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plano anual de prevenção de cheias ciclo 2010/2011 - ONS

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PLANO ANUAL DE<br />

PREVENÇÃO DE CHEIAS<br />

CICLO <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

Operador Nacional do Sistema Elétrico<br />

Diretoria <strong>de</strong> Planejamento Programação da Operação<br />

Rua da Quitanda 196/23º andar, Centro<br />

20091-005 Rio <strong>de</strong> Janeiro RJ<br />

tel (+21) 2203-9899 fax (+21) 2203-9423


© <strong>2010</strong>/<strong>ONS</strong><br />

Todos os direitos reservados.<br />

Qualquer alteração é proibida sem autorização.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong><br />

PLANO ANUAL DE<br />

PREVENÇÃO DE CHEIAS<br />

CICLO <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

Agosto <strong>de</strong> <strong>2010</strong>


Sumário<br />

1 Introdução 6<br />

1.1 Prevenção e controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> no âmbito do SIN 10<br />

1.1.1 Breve histórico 10<br />

1.1.2 Caracterização do problema 10<br />

1.2 Objetivos do trabalho 12<br />

2 Bacia do rio Paraná até o posto<br />

fluviométrico Porto São José 13<br />

2.1 Localização e principais características da bacia 13<br />

2.2 Sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia 13<br />

2.3 Restrições operativas hidráulicas existentes na<br />

bacia do Paraná 18<br />

2.4 Séries <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias 21<br />

2.5 Aplicação da metodologia 22<br />

2.5.1 Tendências <strong>de</strong> padrões climáticos 23<br />

2.5.2 Sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Paraná<br />

até Porto São José 28<br />

2.5.3 Sistema <strong>de</strong> reservatórios Camargos-Funil 50<br />

2.5.4 Sistema <strong>de</strong> reservatórios Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro 52<br />

2.6 Alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera 54<br />

3 Bacia do rio Paraíba do Sul 56<br />

3.1 Localização e principais características da bacia 56<br />

3.2 Sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia 56<br />

3.2.1 Aproveitamentos utilizados no controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> 56<br />

3.3 Restrições hidráulicas existentes na bacia 59<br />

3.4 Séries <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias 60<br />

3.5 Aplicação da metodologia 61<br />

3.6 Consi<strong>de</strong>rações adicionais dos estudos 63<br />

3.7 Alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera 63<br />

4 Bacia do rio São Francisco 65<br />

4.1 Localização e principais características da bacia 65<br />

4.2 Sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia 66<br />

4.3 Restrições hidráulicas existentes na bacia 68<br />

4.4 Séries <strong>de</strong> vazões naturais e incrementais médias<br />

diárias 69<br />

4.5 Aplicação da metodologia 69<br />

4.6 Alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera 70<br />

5 Bacia do rio Parnaíba 74<br />

5.1 Localização e principais características da bacia 74<br />

5.2 Sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia 75<br />

5.3 Restrições hidráulicas existentes na bacia 75<br />

5.4 Série <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias 76<br />

5.5 Aplicação da metodologia 76<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano Anual <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Cheias - Ciclo <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 3 / 150


5.6 Alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera 76<br />

6 Bacia do rio Jequitinhonha 79<br />

6.1 Localização e principais características da bacia 79<br />

6.2 Sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia 80<br />

6.3 Restrições hidráulicas existentes na bacia 80<br />

6.4 Série <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias 80<br />

6.5 Aplicação da metodologia 80<br />

6.6 Alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera 81<br />

7 Bacia do rio Iguaçu 82<br />

7.1 Localização e principais características da bacia 82<br />

7.2 Sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia 83<br />

7.3 Restrições hidráulicas existentes na bacia 85<br />

7.4 Séries <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias 86<br />

7.5 Aplicação da metodologia 86<br />

7.5.1 Tendências <strong>de</strong> padrões climáticos 87<br />

7.6 Consi<strong>de</strong>rações adicionais dos estudos 89<br />

7.7 Alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera 90<br />

8 Bacia do rio Jacuí 92<br />

8.1 Localização e principais características da bacia 92<br />

8.2 Sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia 93<br />

8.2.1 Aproveitamentos utilizados no controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> 93<br />

8.3 Restrições hidráulicas existentes na bacia 94<br />

8.4 Séries <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias 94<br />

8.5 Aplicação da metodologia 94<br />

8.5.1 Tendências <strong>de</strong> padrões climáticos 94<br />

8.6 Alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera 95<br />

8.6.1 Caso 1: Restrição <strong>de</strong> 1.450m³/s a jusante da usina<br />

Dona Francisca 95<br />

8.6.2 Caso 2: Restrição <strong>de</strong> 2.400m³/s a jusante da usina<br />

Passo Real 96<br />

9 Avaliação dos impactos energéticos<br />

<strong>de</strong>correntes da alocação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong><br />

espera para a prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> nos<br />

subsistemas Sul, Su<strong>de</strong>ste/Centro-Oeste,<br />

Norte e Nor<strong>de</strong>ste 98<br />

9.1 Premissas 100<br />

9.2 Resultados 100<br />

9.3 Consi<strong>de</strong>rações finais 103<br />

10 Conclusões e recomendações 104<br />

Referências bibliográficas 106<br />

Anexo I Metodologias para a prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> 109<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano Anual <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Cheias - Ciclo <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 4 / 150


Anexo II Volumes <strong>de</strong> Espera – Ciclo <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 126<br />

Lista <strong>de</strong> figuras, quadros e tabelas 145<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano Anual <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Cheias - Ciclo <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 5 / 150


1 Introdução<br />

O Plano Anual <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Cheias é um instrumento <strong>de</strong> planejamento da<br />

operação hidráulica dos aproveitamentos hidrelétricos integrantes do Sistema Interligado<br />

Nacional – SIN - que estão sujeitos a restrições operativas hidráulicas<br />

<strong>de</strong> vazões ou <strong>de</strong> níveis máximos para a proteção contra inundações <strong>de</strong> locais situados<br />

a jusante ou a montante.<br />

Tendo em vista a integração <strong>de</strong> conjuntos <strong>de</strong> aproveitamentos para a operação<br />

<strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> no âmbito das bacias hidrográficas, as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

planejamento adotadas no <strong>plano</strong> são os sistemas <strong>de</strong> reservatórios para controle<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong>.<br />

O período <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong>ste <strong>plano</strong>, <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> período <strong>de</strong> controle <strong>de</strong><br />

<strong>cheias</strong>, é diferenciado para cada sistema <strong>de</strong> reservatórios, em função do regime<br />

hidrológico das bacias hidrográficas nas quais estão inseridos. De forma geral,<br />

para as bacias localizadas nas regiões Su<strong>de</strong>ste, Nor<strong>de</strong>ste e Norte do Brasil o período<br />

<strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> varia entre os meses <strong>de</strong> outubro ou novembro e abril<br />

ou maio. Na bacia do rio Iguaçu, localizada na região Sul, o período <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong> é <strong>de</strong> maio a outubro. Na bacia do rio Paranapanema, que se localiza<br />

numa área <strong>de</strong> transição entre os regimes hidrológicos das regiões Sul e Su<strong>de</strong>ste,<br />

por não se observar nenhuma sazonalida<strong>de</strong> marcante, o seu período <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong> é o ano todo, uma vez que, <strong>de</strong> novembro a abril, aloca-se volumes <strong>de</strong><br />

espera para o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> na bacia do rio Paraná até Porto São José, cujos<br />

volumes alocados são superiores aos necessários para o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

do próprio Paranapanema, e <strong>de</strong> maio a outubro para o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> da<br />

própria bacia do rio Paranapanema. O controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> na bacia do rio Jacuí,<br />

localizada na região Sul, é realizado durante o ano todo, <strong>de</strong> novembro a outubro.<br />

Esta bacia apresenta duas restrições distintas, sendo uma com vigência sazonal,<br />

entre os meses <strong>de</strong> novembro e abril, e uma outra permanente, durante todo o<br />

ano.<br />

Os sistemas <strong>de</strong> reservatórios para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> tratados neste <strong>plano</strong>,<br />

bem como seus períodos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> são os seguintes:<br />

• sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Paraná até Porto São José -<br />

novembro/abril;<br />

• sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Paranapanema até Chavantes<br />

(Jurumirim e Chavantes) – maio/outubro;<br />

• sistema <strong>de</strong> reservatório <strong>de</strong> Barra Bonita (bacia do rio Tietê): novembro/junho;<br />

• sistema <strong>de</strong> reservatórios Camargos-Funil – novembro/abril;<br />

• sistema <strong>de</strong> reservatórios Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro – novembro/abril;<br />

• sistemas <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Paraíba do Sul – novembro/abril;<br />

• sistemas <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio São Francisco – outubro/maio;<br />

• sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Parnaíba – outubro/maio;<br />

• sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Jequitinhonha – outubro/maio;<br />

• sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Iguaçu – maio/outubro; e<br />

• sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Jacuí – novembro/outubro.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano Anual <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Cheias - Ciclo <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 6 / 150


As restrições operativas hidráulicas para o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> nos aproveitamentos<br />

hidrelétricos do SIN são apresentadas no Quadro 1.<br />

Com exceção da bacia do rio Paraíba do Sul, todas as <strong>de</strong>mais bacias consi<strong>de</strong>ram<br />

a metodologia <strong>de</strong>senvolvida pelo CEPEL para cálculo <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera.<br />

Esta metodologia foi aprimorada no <strong>ciclo</strong> 2006-2007 com a inclusão <strong>de</strong> opção <strong>de</strong><br />

limitação <strong>de</strong> volume máximo por reservatório e/ou sistema <strong>de</strong> reservatórios a ser<br />

consi<strong>de</strong>rado no cálculo <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera (ANEXO I).<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> aprimorar a classificação das estações chuvosas a partir da<br />

consi<strong>de</strong>ração do fenômeno ENSO – El Niño South Oscillation, neste <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong> foram alterados o índice que mensura este fenômeno e o critério<br />

<strong>de</strong> classificação. Esta alteração será <strong>de</strong>talhada nos itens <strong>de</strong> tendências <strong>de</strong> padrões<br />

climáticos das bacias on<strong>de</strong> esta metodologia é aplicada.<br />

A elaboração do Plano Anual <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Cheias é regulamentada pelos<br />

Procedimentos <strong>de</strong> Re<strong>de</strong> do <strong>ONS</strong> através do Submódulo 9.3 do Módulo 9 (<strong>ONS</strong>,<br />

2009), referente aos procedimentos <strong>de</strong> Recursos Hídricos e Meteorologia, os<br />

quais tiveram sua autorização <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong>finitiva através da resolução normativa<br />

nº 372 da ANEEL, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2009 (ANEEL, 2009). De acordo com<br />

estes procedimentos, o <strong>plano</strong> é realizado <strong>de</strong> forma conjunta entre o <strong>ONS</strong> e os<br />

Agentes <strong>de</strong> Geração responsáveis pelos aproveitamentos envolvidos.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano Anual <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Cheias - Ciclo <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 7 / 150


Quadro 1<br />

Restrições operativas consi<strong>de</strong>radas para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> e dados <strong>de</strong> usinas<br />

Bacia<br />

Local da<br />

restrição<br />

Gran<strong>de</strong> estr. <strong>de</strong> acesso<br />

cid.Rib.Vermelho<br />

áreas rib/balsa<br />

casa <strong>de</strong> força<br />

rodovia<br />

áreas ribeirinhas<br />

ponte rodoviária<br />

ponte/usina<br />

cid.S.J.Pardo<br />

UHE Itaipava<br />

Usina Tipo Empresa<br />

Camarg/Itutinga<br />

Funil<br />

Furnas<br />

M.<strong>de</strong> Moraes<br />

Igarapava<br />

Volta Gran<strong>de</strong><br />

Porto Colômbia<br />

Marimbondo<br />

Cacon<strong>de</strong><br />

Armando <strong>de</strong><br />

Salles Oliveira<br />

IJ<br />

IJ<br />

IJ<br />

IJ<br />

IJ<br />

IJ<br />

IJ<br />

M/IJ<br />

IJ<br />

IJ<br />

CEMIG<br />

CEMIG<br />

FURNAS<br />

FURNAS<br />

CEMIG<br />

CEMIG<br />

FURNAS<br />

FURNAS<br />

AES Tietê<br />

AES Tietê<br />

Dados observados<br />

Afluência<br />

máxima<br />

MLT<br />

(m³/s) Vazão<br />

Data<br />

(m³/s)<br />

131<br />

304<br />

923<br />

1.032<br />

1.096<br />

1.162<br />

1.321<br />

1.842<br />

54<br />

89<br />

1253<br />

3.731<br />

7.497<br />

7.798<br />

7.799<br />

7.917<br />

8.367<br />

10.368<br />

564<br />

757<br />

26/01/92<br />

26/01/92<br />

27/01/92<br />

28/01/92<br />

29/01/92<br />

30/01/92<br />

30/01/92<br />

07/02/83<br />

25/12/66<br />

01/01/46<br />

Dados hidr. da<br />

usina<br />

Turbin<br />

nominal<br />

total<br />

(m³/s)<br />

Cap max<br />

vertedor<br />

max.max<br />

(m³/s)<br />

Taxa <strong>de</strong><br />

variação<br />

(m³/s/tpo)<br />

Restrições <strong>de</strong> vazões<br />

Restrições<br />

<strong>de</strong> nível<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/176/2008 Plano Anual <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Cheias Ciclo <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 8 / 150<br />

236<br />

585<br />

1.515<br />

1.189<br />

1.080<br />

1.720<br />

1.864<br />

2.552<br />

78<br />

157<br />

2.070<br />

-<br />

13.000<br />

10.400<br />

14.100<br />

12.700<br />

16.000<br />

23.600<br />

1.577<br />

2.984<br />

150/d<br />

-<br />

2.000/d<br />

2.000/d<br />

-<br />

-<br />

-<br />

1.000/h<br />

-<br />

-<br />

Vazão<br />

(m³/s)<br />

1.000<br />

1.100<br />

4.000<br />

4.400<br />

4.500<br />

5.000<br />

7.000<br />

8.000<br />

600<br />

550<br />

Vazã<br />

o/<br />

MLT<br />

8<br />

4<br />

4<br />

4<br />

4<br />

5<br />

4<br />

11<br />

6<br />

Vazão<br />

/ cap<br />

verted<br />

or (%)<br />

48<br />

31<br />

42<br />

32<br />

39<br />

44<br />

34<br />

38<br />

18<br />

Freq<br />

vazão<br />

natural<br />

TR<br />

(anos)<br />

< 2<br />

7<br />

9<br />

3<br />

3<br />

-<br />

11<br />

-<br />

-<br />

Níveis<br />

máximos <strong>de</strong><br />

montante<br />

(m)<br />

(Limoeiro)<br />

Paranaíba acesso à usina Theodomiro IJ CEMIG 463 3.752 20/02/80 972 8.200 - 5.000 11 61 67<br />

-<br />

Carneiro<br />

Santiago<br />

(Emborcação)<br />

-<br />

ponte a jusante Miranda<br />

IJ CEMIG 348 3.112 05/01/97 675<br />

2.500/d 3.600 10<br />

100<br />

-<br />

cida<strong>de</strong> Itumbiara Itumbiara IJ FURNAS 1.481 9.951 14/02/83 2.858 16.270 2.500/d 7.000 5 43 6<br />

ponte a jusante São Simão IJ CEMIG 2.458 13.870 05/02/83 2.520 24.100 - 16.000 7 66 250<br />

-<br />

Tietê cid.B.Bon./naveg Barra Bonita IJ AES 435 4.278 04/02/83 592 4.530 (1) 2.000 5 40 6 -<br />

Tietê<br />

Paraná áreas ribeirinhas Engº. Souza J CESP 6.342 30.500 08/02/83 6.440 50.130 (2) 16.000 3 32 4 -<br />

Dias (Jupiá)<br />

Paranapanema us.Paranapanema Armando IJ DUKE 222 2.393 07/06/83 340 2.572 - 1.200 5 47 10<br />

-<br />

pontes/usina Avellanal<br />

Laydner<br />

(Jurumirim)<br />

Chavantes IJ DUKE 340 5.048 24/01/97 640 3.252 - 2.000 6 62 13<br />

-<br />

Paraná áreas ribeirinhas Porto São José J Posto 8.700 42.000 13/02/83 24.000 3<br />

Fluv.<br />

Paraíba do Sul<br />

cida<strong>de</strong> Jacareí<br />

adotada na usina<br />

cida<strong>de</strong> Resen<strong>de</strong><br />

cid. Barra Mansa<br />

Santa Branca<br />

Funil<br />

Funil<br />

Funil<br />

J<br />

M/IJ<br />

J<br />

J<br />

LIGHT<br />

FURNAS<br />

FURNAS<br />

FURNAS<br />

80<br />

231<br />

-<br />

-<br />

625<br />

873<br />

1.295<br />

1.410<br />

19/02/59<br />

25/03/73<br />

13/03/47<br />

15/03/47<br />

126<br />

366<br />

-<br />

-<br />

1.300<br />

4.481<br />

-<br />

-<br />

-<br />

100/h<br />

-<br />

-<br />

340<br />

700<br />

850<br />

800<br />

4<br />

3<br />

-<br />

-<br />

14<br />

16<br />

-<br />

-<br />

< 2<br />

< 2<br />

2<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

445,73<br />

-<br />

-<br />

-<br />

466,70<br />

-<br />

-


Bacia<br />

Local da<br />

restrição<br />

Usina Tipo Empresa<br />

Dados observados<br />

Afluência<br />

máxima<br />

MLT<br />

(m³/s) Vazão<br />

Data<br />

(m³/s)<br />

Dados hidr. da<br />

usina<br />

Turbin<br />

nominal<br />

total<br />

(m³/s)<br />

Cap max<br />

vertedor<br />

max.max<br />

(m³/s)<br />

Taxa <strong>de</strong><br />

variação<br />

(m³/s/tpo)<br />

Restrições <strong>de</strong> vazões<br />

Vazão<br />

(m³/s)<br />

Vazã<br />

o/<br />

MLT<br />

Vazão<br />

/ cap<br />

verted<br />

or (%)<br />

Freq<br />

vazão<br />

natural<br />

TR<br />

(anos)<br />

-<br />

2<br />

< 2<br />

-<br />

< 2<br />

3<br />

< 2<br />

Restrições<br />

<strong>de</strong> nível<br />

Níveis<br />

máximos <strong>de</strong><br />

montante<br />

(m)<br />

cid. V. Redonda<br />

cid. Barra Piraí<br />

cid. Barra Piraí<br />

ferrovia<br />

Funil<br />

Santa Cecília<br />

Santana<br />

Ilha dosPombos<br />

J<br />

IJ<br />

IJ<br />

M<br />

FURNAS<br />

LIGHT<br />

LIGHT<br />

LIGHT<br />

-<br />

299<br />

20<br />

581<br />

1.370<br />

2.185<br />

376<br />

4.532<br />

14/03/47<br />

15/03/47<br />

24/01/92<br />

01/02/24<br />

-<br />

0<br />

0<br />

636<br />

-<br />

1.710<br />

1.160<br />

9.758<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

880<br />

10<br />

-<br />

-<br />

4<br />

1<br />

-<br />

-<br />

64<br />

1<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

140,60<br />

São Francisco adotada na usina Três Marias IJ CEMIG 682 7.245 12/02/83 900 8.700 500/d 2.500 4 29<br />

-<br />

cida<strong>de</strong> Pirapora Três Marias J CEMIG - 5.872 13/02/83 - - - 4.000 5 -<br />

-<br />

adotada na usina Queimado IJ CEMIG 53 594 09/02/92 64 1.959 150/d 170 3 9<br />

-<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Unaí Queimado J CEMIG -<br />

- - - 250 - -<br />

-<br />

cid.Petr./Juazeiro Sobradinho IJ CHESF 2.683 18.525 09/03/79 4.290 22.500 1.000/d 8.000 3 36 5<br />

-<br />

áreas urbanas Itaparica<br />

J CHESF 2.767 18.504 12/03/79 2.820 35.300 1.000/d - 3 23 3 304,00 (3)<br />

áreas urbanas Moxotó/PA IV IJ CHESF 2.786 18.851 11/03/79 2.200 28.000 1.000/d 8.000 3 29 3<br />

Parnaíba adotada na usina Boa Esperança IJ CHESF 453<br />

592 12.000 500/d 1.600 4 13 2<br />

-<br />

cida<strong>de</strong> Floriano Boa Esperança J CHESF - 2.948 15/01/02 - - - 2.400 - - 2<br />

-<br />

cida<strong>de</strong> Teresina Boa Esperança J CHESF -<br />

- - - 3.000 - -<br />

-<br />

Jequitinhonha Cida<strong>de</strong> Cel. Murta Irapé J CEMIG 150 4.183 24/12/45 291 - 2.100 14 -<br />

Iguaçu cid. U.Vitória Foz do Areia M COPEL 726 7.830 09/07/83 1.488 10.030 600/4h - - - - variável<br />

casa força/usina Salto Santiago IJ Tractebel 1006 16.909 09/07/83 1.392 27.830 - 19.000 19 68 175<br />

-<br />

Jacuí<br />

substação usina Jacuí<br />

IJ CEEE 209 3.582 30/05/92 220 7.850 150/h 2.400 11 31 9 -<br />

arrozais D. Francisca IJ CEEE 322 5.258 30/05/92 352 14.368<br />

1.450 (4) 5 10<br />

Legenda: TIPO IJ restrição imediatamente a jusante da usina<br />

J restrição distante da usina com influência <strong>de</strong> vazão na área intermediária<br />

M restrição a montante da usina<br />

DADOS OBSERVADOS MLT vazão média <strong>de</strong> longo termo na usina ou seção da restrição (período 1931-2003)<br />

AFLUÊNCIA MÁXIMA máxima afluência observada na usina ou vazão máxima na seção <strong>de</strong> restrição, caso esta seja distante da usina<br />

VAZÃO/MLT indica a razão entre a restrição e a MLT<br />

VAZÃO CAP.VERTEDOR indica a abertura máxima, em % da capacida<strong>de</strong>, que os vertedores po<strong>de</strong>m ser abertos sem causar rompimento<br />

da restrição<br />

FREQ.VAZÃO NATURAL indica o tempo <strong>de</strong> recorrência da vazão <strong>de</strong> restrição, em condições naturais, isto é, a freqüência com que a<br />

restrição seria rompida caso não houvesse os reservatórios na bacia<br />

(1) Para <strong>de</strong>fluências acima <strong>de</strong> 1.000 m³/s é igual a 10% da vazão <strong>de</strong>fluente anterior.<br />

(2) Para <strong>de</strong>fluências acima <strong>de</strong> 9.000 m³/s é igual a 10% da vazão <strong>de</strong>fluente anterior, limitada a 2.000 m³/s/dia, exceto em situação <strong>de</strong> emergência.<br />

(3) Na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belém do São Francisco.<br />

(4) Restrição sazonal: <strong>de</strong> novembro a abril.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/176/2008 Plano Anual <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Cheias Ciclo <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 9 / 150


1.1 Prevenção e controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> no âmbito do SIN<br />

1.1.1 Breve histórico<br />

A partir <strong>de</strong> 1977 a área <strong>de</strong> planejamento da operação dos sistemas elétricos interligados<br />

brasileiros começou a contemplar sistematicamente o controle <strong>de</strong><br />

<strong>cheias</strong>. Para tal, contribuíram as gran<strong>de</strong>s enchentes verificadas na bacia do rio<br />

Gran<strong>de</strong> em fevereiro daquele ano, as quais provocaram diversos danos, incluindo<br />

o rompimento das barragens <strong>de</strong> Eucli<strong>de</strong>s da Cunha e Armando <strong>de</strong> Salles Oliveira<br />

(Limoeiro), localizadas em um dos seus afluentes, o rio Pardo.<br />

Desta forma, em 1977, o GCOI (Grupo Coor<strong>de</strong>nador para Operação Interligada)<br />

constituiu a CECCA (Comissão <strong>de</strong> Estudos para Controle <strong>de</strong> Cheias e Armazenamento),<br />

com o objetivo <strong>de</strong> estudar e propor uma metodologia aplicável à o-<br />

peração <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> do sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Gran<strong>de</strong>.<br />

No ano seguinte, a metodologia adotada foi estendida para os rios Paranaíba<br />

e Paraná.<br />

A partir <strong>de</strong> 1979, foi constatado que o suporte técnico-hidrológico do GCOI<br />

<strong>de</strong>veria ser mais amplo e <strong>de</strong> caráter permanente, sendo então dissolvida a<br />

CECCA e criado o Grupo <strong>de</strong> Trabalho <strong>de</strong> Estudos Hidrológicos - GTEH, no âmbito<br />

do Subcomitê <strong>de</strong> Estudos Energéticos - SCEN do GCOI.<br />

No ano <strong>de</strong> 1979, após a criação do GTEH, tem início também a participação<br />

do CEPEL (Centro <strong>de</strong> Pesquisas <strong>de</strong> Energia Elétrica - Grupo ELETROBRÁS) nos<br />

trabalhos e pesquisas na área <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>.<br />

Ao longo dos anos, o GTEH, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>nominado GTHO (Grupo <strong>de</strong> Trabalho<br />

<strong>de</strong> Hidrologia Operacional), ampliou os estudos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> e implementou<br />

o acompanhamento e a coor<strong>de</strong>nação da operação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> reservatórios<br />

situados nas bacias dos rios Gran<strong>de</strong>, Paranaíba, Paraná, São Francisco,<br />

Paraíba do Sul e Iguaçu, os quais apresentavam a característica comum <strong>de</strong> possuírem<br />

aproveitamentos hidrelétricos pertencentes a diferentes empresas.<br />

Com o processo <strong>de</strong> reestruturação do setor elétrico brasileiro, iniciado a partir<br />

da segunda meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> 90, em 1999 extinguiu-se o GCOI e suas atribuições<br />

foram absorvidas pelo <strong>ONS</strong>. Dessa forma, a partir daquele ano, os estudos<br />

<strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> e a coor<strong>de</strong>nação da operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

passaram a ser atribuições do <strong>ONS</strong>, com a participação dos Agentes <strong>de</strong> Geração<br />

com aproveitamentos nos sistemas <strong>de</strong> reservatórios consi<strong>de</strong>rados.<br />

1.1.2 Caracterização do problema<br />

Os reservatórios do parque <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos do SIN estão distribuídos<br />

por extensas regiões geográficas e foram implantados, em sua maioria,<br />

em bacias hidrográficas que após a construção <strong>de</strong>sses adquiriram um acentuado<br />

grau <strong>de</strong> ocupação socioeconômica.<br />

A implantação <strong>de</strong>sses gran<strong>de</strong>s reservatórios propiciou uma consi<strong>de</strong>rável regularização<br />

das <strong>cheias</strong> fazendo com que as <strong>de</strong> menor porte, ou <strong>de</strong> menor período<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 10 / 150


<strong>de</strong> recorrência, fossem amortecidas, não causando impacto a jusante <strong>de</strong>stes reservatórios.<br />

Em conseqüência <strong>de</strong>ste fato, áreas que eram freqüentemente inundadas<br />

passaram a ser protegidas e utilizáveis, embora ainda sujeitas a um <strong>de</strong>terminado<br />

risco.<br />

A utilização <strong>de</strong>stas áreas para fins diversos, como obras civis, agricultura e<br />

urbanização, <strong>de</strong>u origem a restrições operativas hidráulicas para o escoamento<br />

dos rios, que vieram a se refletir na forma <strong>de</strong> operar estes reservatórios. Assim,<br />

ao objetivo inicial <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia dos aproveitamentos hidrelétricos do<br />

sistema brasileiro veio se somar, em vários casos, o <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>.<br />

Para efetuar o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, o Setor Elétrico passou então a prever a<br />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> volumes vazios nos reservatórios, capazes <strong>de</strong> absorver parcelas<br />

das afluências, para evitar, com um risco prefixado, que fossem causados<br />

danos a jusante nos locais sujeitos a inundações, <strong>de</strong>nominados pontos <strong>de</strong> controle.<br />

Os riscos adotados foram traduzidos a partir do estabelecimento dos tempos<br />

<strong>de</strong> recorrência, que correspon<strong>de</strong>m à gran<strong>de</strong>za estatística que estima a probabilida<strong>de</strong><br />

da ocorrência <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada cheia no intervalo <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> um<br />

ano da qual se quer proteger o ponto <strong>de</strong> controle. Devido à concepção inicial<br />

<strong>de</strong>sses reservatórios, tornou-se evi<strong>de</strong>nte a existência <strong>de</strong> um conflito, qual seja, a<br />

utilização dos reservatórios para a geração <strong>de</strong> energia e controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> simultaneamente.<br />

Tendo em vista que a maioria dos aproveitamentos hidrelétricos não foi projetada<br />

para a utilização no controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, o planejamento da operação <strong>de</strong>ve<br />

procurar minimizar este conflito, através <strong>de</strong> uma alocação criteriosa <strong>de</strong> espaços<br />

vazios nos reservatórios para o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, <strong>de</strong>nominados "volumes <strong>de</strong><br />

espera". Estes volumes têm o objetivo <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong> restrições operativas hidráulicas<br />

<strong>de</strong> vazões ou <strong>de</strong> níveis máximos a jusante, ou "rebaixamento <strong>de</strong> nível"<br />

para não agravar restrições <strong>de</strong> vazões ou níveis máximos a montante, para efeito<br />

<strong>de</strong> remanso dos reservatórios.<br />

A manutenção <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera sazonais nos reservatórios, bem como o<br />

rebaixamento <strong>de</strong> nível, conduz a um aumento do risco <strong>de</strong> que os mesmos não<br />

sejam totalmente recuperados até o final da estação chuvosa. Isto traz como implicação<br />

uma redução nas disponibilida<strong>de</strong>s energéticas que, por conseqüência,<br />

po<strong>de</strong>m causar impactos nos custos <strong>de</strong> operação.<br />

O estabelecimento dos valores ótimos dos volumes <strong>de</strong> espera a serem alocados<br />

nos aproveitamentos <strong>de</strong>veria levar em consi<strong>de</strong>ração, além dos aspectos hidrológicos,<br />

a otimização da relação entre o custo total <strong>de</strong> operação e os benefícios<br />

socioeconômicos promovidos pelo controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>. Como o levantamento<br />

<strong>de</strong> tais benefícios é <strong>de</strong> difícil consecução, optou-se por uma <strong>de</strong>cisão baseada na<br />

escolha <strong>de</strong> uma alternativa que não acarrete apreciável aumento do custo total<br />

<strong>de</strong> operação do SIN. Portanto, a contribuição dada pelo Setor Elétrico para o<br />

controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> tem uma característica conjuntural.<br />

Estes estudos são realizados <strong>anual</strong>mente, abrangendo os reservatórios <strong>de</strong> a-<br />

proveitamentos hidrelétricos <strong>de</strong> usinas <strong>de</strong>spachadas centralizadamente pelo<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 11 / 150


<strong>ONS</strong> que estejam sujeitos às restrições operativas hidráulicas <strong>de</strong> vazões máximas<br />

ou níveis máximos.<br />

1.2 Objetivos do trabalho<br />

Este trabalho tem por objetivo apresentar os resultados dos estudos efetuados<br />

para o <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>, quanto ao aspecto da prevenção <strong>de</strong><br />

<strong>cheias</strong> nos aproveitamentos do Sistema Interligado Nacional - SIN. A revisão a-<br />

nual dos estudos <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> contempla as modificações nos elementos<br />

que <strong>de</strong>finem a obtenção dos volumes <strong>de</strong> espera, tais como: mudança<br />

nas configurações dos sistemas <strong>de</strong> reservatórios; alteração <strong>de</strong> restrições operativas<br />

hidráulicas <strong>de</strong> vazões máximas ou níveis máximos; alteração <strong>de</strong> tempos <strong>de</strong><br />

recorrência associados à proteção dos pontos <strong>de</strong> controle; atualização <strong>de</strong> séries<br />

<strong>de</strong> vazões e aprimoramento metodológico.<br />

Nos Capítulos 2 a 8 são apresentados os estudos realizados para cada bacia<br />

hidrográfica e as alternativas <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera para os sistemas<br />

<strong>de</strong> reservatórios <strong>de</strong> aproveitamentos integrantes do SIN. Cada alternativa foi<br />

obtida em função da freqüência da cheia a ser controlada, indicada em termos<br />

<strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> recorrência dos diferentes cenários hidrológicos associados aos<br />

padrões <strong>de</strong> tendências climáticas.<br />

A atualização das séries <strong>de</strong> vazões naturais para a bacia do rio Paraná - envolvendo<br />

as sub-bacias dos rios Paranaíba, Gran<strong>de</strong>, Tietê e Paranapanema – e<br />

das bacias dos rios São Francisco, Parnaíba, Jequitinhonha, Iguaçu e Jacuí é a<br />

principal motivação para a revisão dos estudos <strong>de</strong>stas bacias.<br />

Para a bacia do rio Paraná (Capítulo 2) foi incluído o ano <strong>de</strong> série histórica <strong>de</strong><br />

2008.<br />

Na bacia do rio Paraíba do Sul (Capítulo 3), <strong>de</strong>vido as usinas <strong>de</strong> Paraibuna e<br />

Jaguari serem dotadas <strong>de</strong> vertedores <strong>de</strong> lâmina livre e à utilização da metodologia<br />

da curva volume-duração, foi realizada a revisão dos volumes <strong>de</strong> espera em<br />

função da diferença dos níveis <strong>de</strong> partida previstos para o início <strong>de</strong>sta estação<br />

chuvosa com os consi<strong>de</strong>rados no último estudo.<br />

Nos sistemas <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio São Francisco e da bacia do rio<br />

Parnaíba (Capítulos 4 e 5) foram revistos os estudos consi<strong>de</strong>rando a atualização<br />

das séries até <strong>2010</strong> (maio).<br />

Des<strong>de</strong> o <strong>ciclo</strong> 2006-2007 está sendo consi<strong>de</strong>rado um estudo <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong><br />

volumes <strong>de</strong> espera para a bacia do rio Jequitinhonha, tendo em vista a <strong>de</strong>finição<br />

<strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera a serem alocados no reservatório <strong>de</strong> Irapé para a proteção<br />

da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coronel Murta. Este estudo foi feito consi<strong>de</strong>rando uma série histórica<br />

<strong>de</strong> vazões <strong>de</strong> 1945 a <strong>2010</strong> (Capítulo 6).<br />

Os estudos das bacias dos rios Iguaçu e Jacuí (Capítulos 7 e 8) foram revistos<br />

em função da atualização das séries <strong>de</strong> vazões naturais <strong>de</strong>sta bacia até o ano <strong>de</strong><br />

2008.<br />

No Capítulo 9 é apresentada a avaliação dos impactos energéticos das alternativas<br />

<strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera consi<strong>de</strong>radas neste estudo.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 12 / 150


2 Bacia do rio Paraná até o posto fluviométrico Porto São José<br />

2.1 Localização e principais características da bacia<br />

A bacia do rio Paraná até Porto São José (posto fluviométrico situado no rio Paraná,<br />

pouco a jusante da foz do rio Paranapanema), é a mais importante da região<br />

Su<strong>de</strong>ste do Brasil, pois está localizada num eixo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do país. Sua área até Porto São José é <strong>de</strong> 673.000 km² e drena partes das regiões<br />

Centro-Oeste e Su<strong>de</strong>ste do Brasil, em particular áreas do Distrito Fe<strong>de</strong>ral e<br />

dos estados <strong>de</strong> Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. A Figura<br />

1 apresenta a localização dos aproveitamentos hidrelétricos situados nesta bacia.<br />

2.2 Sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia<br />

Seu sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos abrange além do trecho do rio Paraná,<br />

os rios Paranaíba, Corumbá, Araguari, Gran<strong>de</strong>, Pardo, Tietê e Paranapanema.<br />

As principais características <strong>de</strong>sses aproveitamentos estão apresentadas<br />

no Quadro 2. Formam o sistema <strong>de</strong> reservatórios para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>de</strong>sta<br />

bacia os seguintes reservatórios: Camargos, Furnas, Mascarenhas <strong>de</strong> Moraes,<br />

Cacon<strong>de</strong>, Marimbondo, José Ermínio <strong>de</strong> Moraes (Água Vermelha), Theodomiro<br />

Carneiro Santiago (Emborcação), Nova Ponte, Itumbiara, São Simão, Barra Bonita,<br />

Mário Lopez Leão (Promissão), Ilha Solteira/Três Irmãos, Armando Avellanal<br />

Laydner (Jurumirim), Chavantes e Escola <strong>de</strong> Engenharia Mackenzie (Capivara).<br />

A Figura 2 mostra um diagrama esquemático do sistema <strong>de</strong> reservatórios <strong>de</strong>sta<br />

bacia. Este sistema, para fins da operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, foi subdividido<br />

em quatro outros sistemas, a saber:<br />

a) Sistema <strong>de</strong> Reservatórios da Bacia do rio Paraná até Porto São José<br />

Furnas, Mascarenhas <strong>de</strong> Moraes, Marimbondo, Água Vermelha, Emborcação,<br />

Nova Ponte, Itumbiara, São Simão, Barra Bonita, Promissão e Ilha Solteira/Três<br />

Irmãos, Jurumirim, Chavantes e Capivara formam um sistema <strong>de</strong> reservatórios<br />

para a operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, visando não só a proteção <strong>de</strong> suas próprias<br />

restrições, <strong>de</strong> restrições associadas a outras usinas a jusante, assim como<br />

das restrições a jusante <strong>de</strong> Porto São José. Seu período <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

abrange os meses <strong>de</strong> novembro a abril.<br />

b) Sistema <strong>de</strong> Reservatórios da Bacia do rio Paranapanema até Chavantes<br />

durante o período <strong>de</strong> maio a outubro<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 13 / 150


Jurumirim e Chavantes, no rio Paranapanema, formam um sistema <strong>de</strong> reservatórios<br />

para a operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, visando apenas a proteção das<br />

restrições operativas hidráulicas localizadas na própria bacia. Seu período <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> abrange todo o ano hidrológico, em razão da inexistência <strong>de</strong><br />

uma sazonalida<strong>de</strong> bem <strong>de</strong>finida das vazões, que ora sofrem influência do regime<br />

<strong>de</strong> chuvas predominante da região Su<strong>de</strong>ste, ora estão sob o regime <strong>de</strong> chuvas<br />

da região Sul. Desta forma, no período <strong>de</strong> novembro a abril os reservatórios <strong>de</strong><br />

Jurumirim e Chavantes estarão protegendo <strong>de</strong> forma integrada as restrições operativas<br />

hidráulicas locais e a restrição operativa hidráulica em Porto São José e<br />

<strong>de</strong> maio a outubro estarão protegendo apenas as restrições operativas hidráulicas<br />

do sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Paranapanema.<br />

c) Sistema <strong>de</strong> Reservatório <strong>de</strong> Barra Bonita<br />

O aproveitamento hidrelétrico <strong>de</strong> Barra Bonita, localizado na bacia do rio Tietê,<br />

forma um sistema <strong>de</strong> reservatórios para a operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> que<br />

visa à proteção <strong>de</strong> sua própria restrição operativa hidráulica. Estudo complementar,<br />

on<strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rou a série histórica <strong>de</strong> vazões incrementais médias diárias<br />

<strong>de</strong> Barra Bonita além do mês <strong>de</strong> abril, indicou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extensão do período<br />

<strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera. Desta forma, seu período <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong> abrange os meses <strong>de</strong> novembro a junho.<br />

d) Sistema <strong>de</strong> Reservatórios Camargos-Funil<br />

Camargos, no rio Gran<strong>de</strong>, forma um sistema <strong>de</strong> reservatório para a operação<br />

<strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, visando a proteção do ponto <strong>de</strong> controle a jusante (estrada<br />

<strong>de</strong> acesso às usinas <strong>de</strong> Camargos/Itutinga) e o ponto <strong>de</strong> controle localizado a<br />

7 Km a jusante do reservatório <strong>de</strong> Funil e a 70 Km <strong>de</strong> Camargos (cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão<br />

Vermelho). Seu período <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> abrange os meses <strong>de</strong> novembro<br />

a abril.<br />

e) Sistema <strong>de</strong> Reservatórios Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro<br />

Cacon<strong>de</strong>, no rio Pardo, forma um sistema <strong>de</strong> reservatório para a operação <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, visando a proteção do ponto <strong>de</strong> controle a jusante (cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

São José do rio Pardo) e do ponto <strong>de</strong> controle localizado a jusante <strong>de</strong> Armando<br />

<strong>de</strong> Salles Oliveira – Limoeiro - e a 70 Km da usina Cacon<strong>de</strong> (Usina Hidrelétrica<br />

<strong>de</strong> Itaipava). Seu período <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> abrange os meses <strong>de</strong> novembro<br />

a abril.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 14 / 150


Figura 1<br />

Localização dos aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio Paraná<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 15 / 150


Quadro 2<br />

Principais características dos aproveitamentos da bacia do rio Paraná até Porto São José<br />

EMPRESA APROVEITAMENTO RIO<br />

DIST. ATÉ<br />

POT. RESTRIÇÕES<br />

A.D. V.U.<br />

PORTO S.<br />

INST. OPERATIVAS<br />

(km²) (km³)<br />

JOSÉ (km)<br />

(MW) MONT(m) JUS(m³/s)<br />

CEMIG CAMARGOS GRANDE 1.404 6.279 0,672 46 - 1.000<br />

CEMIG ITUTINGA GRANDE 1.394 6.302 0,007 52 - 1.000<br />

CEMIG FUNIL GRANDE 1.309 15.770 0,007 180 - 1.100<br />

FURNAS FURNAS GRANDE 1.124 52.138 17,217 1312 - 4.000<br />

FURNAS M.MORAES GRANDE 999 59.730 2,500 478<br />

NAmin=<br />

(1)<br />

663,50<br />

4.400<br />

FURNAS<br />

LUIZ CARLOS<br />

BARRETO<br />

GRANDE 974 61.252 0,178 1.104 - -<br />

(ESTREITO)<br />

CEMIG JAGUARA GRANDE 954 61.871 0,090 424 - -<br />

CEMIG IGARAPAVA GRANDE 906 63.693 0,035 210 - 4.500<br />

CEMIG V.GRANDE GRANDE 824 67.691 0,268 380 - 5.000<br />

FURNAS P.COLÔMBIA GRANDE 754 77.427 0,234 328 - 7.000<br />

AES Tietê CACONDE PARDO 1.048 2.588 0,504 80<br />

Max=600<br />

Min=32<br />

AES Tietê E.CUNHA PARDO 1.004 4.392 0,0047 108 - -<br />

AES Tietê<br />

ARMANDO DE<br />

Max=550<br />

SALLES OLIVEIRA PARDO 980 4.471 0,0164 32<br />

Min=19<br />

(LIMOEIRO)<br />

FURNAS MARIMBONDO GRANDE 644 118.515 5,260 1.488<br />

NAmax=<br />

445,73<br />

8.000<br />

AES Tietê<br />

JOSÉ ERMÍRIO DE<br />

MORAES<br />

GRANDE 464 139.437 5,169 1.396 - -<br />

(A.VERMELHA)<br />

THEODOMIRO<br />

CEMIG<br />

CARNEIRO<br />

SANTIAGO<br />

PARANAÍBA 951 29.050 13,056 1.192 - 5.000<br />

(EMBORCAÇÃO)<br />

CEMIG NOVA PONTE ARAGUARÍ 923 15.480 10,380 510 - -<br />

CEMIG MIRANDA ARAGUARI 848 18.124 0,146 408 -<br />

FURNAS CORUMBÁ I CORUMBÁ -1 (2) 27.604 1,025 375 - -<br />

FURNAS ITUMBIARA PARANAÍBA 786 94.728 12,454 2.280 - 7.000<br />

CDSA C.DOURADA PARANAÍBA 708 99.775 0,218 658 - -<br />

CEMIG SÃO SIMÃO PARANAÍBA 560 171.474 5,540 1.710 - 16.000<br />

AES Tietê BARRA BONITA TIETÊ 731 33.156 (3) 2,567 140 - 2.000<br />

AES Tietê<br />

ÁLVARO DE SOUZA<br />

LIMA (BARIRI)<br />

TIETÊ 691 36.708 (3) 0,060 144 - -<br />

AES Tietê IBITINGA TIETÊ 620 44.923 (3) 0,056 132 - -<br />

AES Tietê<br />

MÁRIO LOPEZ LEÃO<br />

(PROMISSÃO)<br />

TIETÊ 512,5 58.106 (3) 2,127 264 - -<br />

AES Tietê<br />

RUI BARBOSA<br />

(N.AVANHANDAVA)<br />

TIETÊ 450 62.727 (3) 0,380 347 - -<br />

CESP TRÊS IRMÃOS TIETÊ 330 71.221 (3) 3,448 808<br />

NAmin=<br />

325,40<br />

-<br />

CESP ILHA SOLTEIRA PARANÁ 334 377.197 5,483 3.444 - -<br />

CESP<br />

ILHA SOLTEIRA/<br />

TRÊS IRMÃOS (4) PARANÁ/TIETÊ 334 448.418 8,931 4.252 NAmin=<br />

325,00<br />

-<br />

CESP<br />

ENGº. SOUZA DIAS<br />

(JUPIÁ)<br />

PARANÁ 280 476.797 0,163 1.551 - 16.000<br />

ENGº SÉRGIO<br />

CESP<br />

MOTTA (PORTO PARANÁ 60 571.855 4,294 (5) 1.540 (6) - -<br />

PRIMAVERA)<br />

ARMANDO<br />

DUKE ENERGY<br />

AVELLANAL<br />

LAYDNER<br />

PARANAPANEMA 548 17.891 3,165 98 - 1.200<br />

(JURUMIRIM)<br />

CBA PIRAJU PARANAPANEMA 530 18.336 0 80 -<br />

DUKE ENERGY CHAVANTES PARANAPANEMA 464 27.769 3,041 414 - 2.000<br />

CBA OURINHOS PARANAPANEMA 437 27942 0 44 - -<br />

DUKE ENERGY<br />

LUCAS NOGUEIRA<br />

GARCEZ<br />

(S.GRANDE)<br />

PARANAPANEMA 411 38.719 0,029 74 - -<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 16 / 150


EMPRESA APROVEITAMENTO RIO<br />

DIST. ATÉ<br />

POT. RESTRIÇÕES<br />

A.D. V.U.<br />

PORTO S.<br />

INST. OPERATIVAS<br />

(km²) (km³)<br />

JOSÉ (km)<br />

(MW) MONT(m) JUS(m³/s)<br />

DUKE ENERGY CANOAS II PARANAPANEMA 375 39.531 0,023 72 - -<br />

DUKE ENERGY CANOAS I PARANAPANEMA 341 41.276 0,028 81 - -<br />

DUKE ENERGY<br />

ESCOLA DE<br />

ENGENHARIA<br />

MACKENZIE<br />

PARANAPANEMA 233 84.715 5,725 619 - -<br />

(CAPIVARA)<br />

DUKE ENERGY<br />

ESCOLA<br />

POLITÉCNICA PARANAPANEMA 153 88.707 0,138 526 - -<br />

(TAQUARUÇU)<br />

DUKE ENERGY ROSANA PARANAPANEMA 38 100.799 0,408 353 - -<br />

POSTO FLUV. PORTO SÃO JOSÉ PARANÁ 0 673.000 - - - 24.000<br />

(1) para fins <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera o NAmin é <strong>de</strong> 664,01m.<br />

(2) o valor "-1" indica falta <strong>de</strong> informação disponível.<br />

(3) consi<strong>de</strong>rando 5.810 km² <strong>de</strong> área em Pirapora.<br />

(4) com a interligação através do canal Pereira Barreto, po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar Ilha Solteira e Três Irmãos como um único<br />

reservatório, sendo o volume útil obtido pelo somatório dos volumes entre as cotas 323,00 e 328,00 <strong>de</strong> cada reservatório.<br />

(5) P. Primavera está operando na cota mínima 257,00m, sendo o seu volume útil atual igual a zero.<br />

(6) Atualmente em operação 14 máquinas <strong>de</strong> 110 MW, totalizando 1.540 MW.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 17 / 150


Figura 2<br />

Porto São José.<br />

Diagrama esquemático do sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio Paraná até<br />

16000<br />

1200<br />

2.3 Restrições operativas hidráulicas existentes na bacia do Paraná<br />

A bacia do rio Paraná possui diferentes tipos <strong>de</strong> restrições operativas hidráulicas<br />

em pontos <strong>de</strong> controle a serem protegidas com medidas preventivas <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong>. Tais restrições estão <strong>de</strong>scritas no FAX “Restrições Hidráulicas para<br />

Controle <strong>de</strong> Cheias – Ciclo 2008/2009” – FAX <strong>ONS</strong> 173/300/2008 e complementadas<br />

com as restrições contidas no documento “Inventário das Restrições Operativas<br />

Hidráulicas dos Aproveitamentos Hidrelétricos – Revisão-3 <strong>de</strong> 2008” –<br />

RE 3/201/2008. A seguir, <strong>de</strong>stacamos algumas das restrições existentes na bacia<br />

do rio Paraná.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 18 / 150


Iniciando pelo rio Gran<strong>de</strong>, para o conjunto Camargos/Itutinga existem duas<br />

restrições <strong>de</strong> <strong>de</strong>fluência máxima: 1.000 m 3 /s <strong>de</strong>vido à estrada <strong>de</strong> acesso a estas<br />

usinas e <strong>de</strong> 1.100 m 3 /s na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Vermelho, 7 km a jusante do<br />

reservatório <strong>de</strong> Funil. O reservatório <strong>de</strong> Camargos é o único com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, consi<strong>de</strong>rando o reservatório <strong>de</strong> Funil apenas como um ponto<br />

<strong>de</strong> controle.<br />

A jusante <strong>de</strong> Furnas existe uma restrição <strong>de</strong> vazão <strong>de</strong> 4.000 m 3 /s <strong>de</strong>vido a um<br />

porto <strong>de</strong> balsas em São João Batista do Glória, ranchos ribeirinhos e portos <strong>de</strong><br />

areia.<br />

A usina <strong>de</strong> Mascarenhas <strong>de</strong> Moraes, por problema físico causado pelo posicionamento<br />

<strong>de</strong> seus vertedores, não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>fluir vazões superiores a 4.400 m³/s<br />

<strong>de</strong>vido ao risco <strong>de</strong> inundação da sua Casa <strong>de</strong> Força. Esta restrição po<strong>de</strong>rá ser<br />

menos severa e a vazão máxima <strong>de</strong> restrição elevada até 6000 m³/s quando a<br />

operação <strong>de</strong>ste reservatório for realizada <strong>de</strong> forma conjugada com a do reservatório<br />

da usina <strong>de</strong> Estreito, <strong>de</strong>vido à influência do remanso <strong>de</strong>sse reservatório no<br />

canal <strong>de</strong> fuga da usina Mascarenhas <strong>de</strong> Moraes. Além disso, para o reservatório<br />

<strong>de</strong> Mascarenhas <strong>de</strong> Moraes, FURNAS <strong>de</strong>clarou que para fins <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> volume<br />

<strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, o nível mínimo <strong>de</strong>sse reservatório <strong>de</strong>verá<br />

ser <strong>de</strong> 664,01m (80% do volume útil) a fim <strong>de</strong> garantir uso consuntivo.<br />

A usina Igarapava possui uma restrição <strong>de</strong> 4.500 m 3 /s em função <strong>de</strong> inundação<br />

do acesso principal à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Delta e da antiga ponte da rodovia BR-050,<br />

no trecho entre as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Delta e Igarapava. A usina Volta Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve respeitar<br />

a vazão máxima <strong>de</strong> restrição <strong>de</strong> 5.000 m 3 /s para evitar a inundação <strong>de</strong> casas<br />

<strong>de</strong> campo ao longo do rio. A usina Porto Colômbia tem como limite a vazão<br />

máxima <strong>de</strong> restrição <strong>de</strong> 7.000 m 3 /s para não causar problemas à estrutura da<br />

ponte Gumercindo Penteado, da BR-364, com o aumento da pressão sobre as<br />

colunas da ponte <strong>de</strong>vido a velocida<strong>de</strong> da água.<br />

Vale ressaltar que, embora com restrições <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> diferentes causas,<br />

as quatro últimas usinas citadas e a usina <strong>de</strong> Jaguara são a fio d'água, sem capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> regularização para manutenção <strong>de</strong> tais restrições, portanto necessitam<br />

da operação combinada com os reservatórios <strong>de</strong> montante, Furnas e Mascarenhas<br />

<strong>de</strong> Moraes, e o <strong>de</strong> jusante, Marimbondo.<br />

O último aproveitamento do rio Gran<strong>de</strong> com restrições operativas é Marimbondo<br />

que possui uma restrição <strong>de</strong> nível máximo em 445,73 m (95% V.U.). Esta<br />

restrição visa manter o nível na ponte Gumercindo Penteado, da BR-364, na cota<br />

446,40 m, ou seja, 50 cm abaixo do seu tabuleiro, evitando o acúmulo <strong>de</strong> plantas<br />

aquáticas, <strong>de</strong>vido ao represamento <strong>de</strong> ilhas flutuantes, e as conseqüentes obstruções<br />

ao fluxo <strong>de</strong> água entre seus pilares e a montante da viga lateral, e as sucessivas<br />

submersões e emersões da viga da ponte. Para jusante, Marimbondo<br />

possui uma <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> restrição <strong>de</strong> 8.000 m 3 /s, que atinge áreas urbanizadas<br />

da própria usina, ranchos <strong>de</strong> pescadores e causa a erosão do acesso à ponte<br />

rodoviária da BR-153.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 19 / 150


No rio Pardo, afluente da margem esquerda do rio Gran<strong>de</strong>, existem duas restrições<br />

<strong>de</strong> vazão máxima, sendo uma <strong>de</strong> 600 m 3 /s em Cacon<strong>de</strong> para a proteção<br />

<strong>de</strong> enchentes na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São José do rio Pardo e outra <strong>de</strong> 550 m 3 /s a jusante<br />

<strong>de</strong> Limoeiro para evitar a inundação da UHE Itaipava.<br />

No rio Paranaíba, o aproveitamento <strong>de</strong> Emborcação possui uma restrição <strong>de</strong><br />

vazão máxima <strong>de</strong> 5.000 m 3 /s para evitar a inundação da estrada <strong>de</strong> acesso à<br />

própria usina.<br />

A usina <strong>de</strong> Itumbiara possui uma restrição <strong>de</strong> vazão máxima <strong>de</strong> 7.000 m 3 /s<br />

máxima a partir da cheia <strong>de</strong> 1983, visando evitar a inundação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> benfeitorias<br />

da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Itumbiara, localizada 13 km a jusante da barragem.<br />

Finalmente, para a bacia do rio Paranaíba, o aproveitamento <strong>de</strong> São Simão<br />

possui uma restrição <strong>de</strong> vazão máxima <strong>de</strong> 16.000 m 3 /s para a proteção da ponte<br />

da rodovia BR-365 na fronteira dos estados <strong>de</strong> Minas Gerais e Goiás. Vale ressaltar<br />

que tal restrição correspon<strong>de</strong> a uma vazão nunca observada, <strong>de</strong> recorrência<br />

estimada em torno <strong>de</strong> 250 anos.<br />

No rio Tietê, o aproveitamento <strong>de</strong> Barra Bonita tem uma restrição, bastante<br />

severa, <strong>de</strong> 2.000 m 3 /s, a qual interrompe a navegação fluvial por impedimento do<br />

funcionamento da eclusa e causa danos à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Barra Bonita. Além disso,<br />

com o objetivo <strong>de</strong> se manter a operação da hidrovia Tietê-Paraná, são consi<strong>de</strong>rados<br />

os seguintes níveis mínimos para os reservatórios <strong>de</strong> Barra Bonita e Promissão:<br />

446,50 m e 381,00 m, respectivamente.<br />

No rio Paraná, a UHE Engº Souza Dias (Jupiá) tem uma restrição <strong>de</strong> vazão<br />

máxima <strong>de</strong> 16.000 m³/s, consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980. Com o enchimento do reservatório<br />

da UHE Engº Sérgio Motta (Porto Primavera), a jusante, e a realocação <strong>de</strong><br />

ilhéus e ribeirinhos, foi levantada a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se eliminar esta restrição. Na<br />

cheia ocorrida em janeiro/fevereiro <strong>de</strong> 2005 foi realizado um intenso monitoramento<br />

<strong>de</strong>ssas áreas, pela CESP, que se posicionou pela manutenção da restrição,<br />

para a proteção das comunida<strong>de</strong>s a jusante, auxiliando, também, na proteção<br />

<strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s ribeirinhas instaladas em Áreas <strong>de</strong> Preservação Ambiental,<br />

a jusante da UHE Porto Primavera, até o posto fluviométrico Porto São José.<br />

A restrição <strong>de</strong> vazão máxima <strong>de</strong> 24.000 m³/s no posto fluviométrico Porto São<br />

José, no rio Paraná, após a confluência com o rio Paranapanema, foi incorporada<br />

aos estudos após a cheia <strong>de</strong> 1997 e ratificada pela CESP e DUKE Energy<br />

após a realização do monitoramento da cheia <strong>de</strong> janeiro/fevereiro <strong>de</strong> 2005 nesta<br />

região para a proteção <strong>de</strong> ribeirinhos e comunida<strong>de</strong>s a jusante.<br />

Para a usina Jurumirim, <strong>de</strong>fluências superiores a 1.200 m 3 /s acarretam o início<br />

do galgamento e a conseqüente inundação da antiga usina UHE Paranapanema<br />

(Sta. Cruz Geração <strong>de</strong> Energia S/A), localizada cerca <strong>de</strong> 32 Km a jusante e<br />

também localizada à jusante da UHE Piraju (CBA). Este valor é adotado como<br />

restrição <strong>de</strong> vazão máxima neste aproveitamento.<br />

Para a usina <strong>de</strong> Chavantes, a restrição <strong>de</strong> vazão máxima adotada é <strong>de</strong><br />

2.000 m 3 /s, para não interromper o tráfego na ponte ferroviária Mello Peixoto e-<br />

xistente a jusante, no município <strong>de</strong> Ourinhos, e localizada a jusante da UHE Ou-<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 20 / 150


inhos. Também com vazão <strong>de</strong> 2.100 m 3 /s surgem problemas na bacia <strong>de</strong> dissipação<br />

da usina e inicia-se o alagamento do seu núcleo administrativo. Também<br />

com vazão 2.200 m 3 /s há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> danos à Ponte Pênsil Alves Lima<br />

(Chavantes-SP/Ribeirão Claro-PR) existente à jusante. As soluções <strong>de</strong> realocação<br />

da ponte e instalações do seu núcleo administrativo são <strong>de</strong> custo elevado,<br />

exigindo a alocação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera e outras medidas operativas para<br />

controlar a restrição <strong>de</strong> vazão máxima em 2.000 m 3 /s, cujo tempo <strong>de</strong> recorrência<br />

é inferior a 10 anos. Além disso, com o objetivo <strong>de</strong> se preservar o volume armazenado<br />

na usina Capivara, adotou-se uma limitação <strong>de</strong> volume máximo nos reservatórios<br />

da bacia do rio Paranapanema.<br />

O Quadro 1, apresentado no Capítulo 1, mostra outros aspectos das restrições<br />

operativas consi<strong>de</strong>radas nesta bacia e <strong>de</strong>mais bacias hidrográficas dos sistemas<br />

interligados brasileiros.<br />

2.4 Séries <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias<br />

As séries <strong>de</strong> vazões naturais totais e incrementais utilizadas para os estudos <strong>de</strong><br />

prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> da bacia do rio Paraná estão listadas, respectivamente nos<br />

Quadros 3 e 4. Estas séries foram obtidas do Projeto <strong>de</strong> Revisão das Séries <strong>de</strong><br />

Vazões Naturais (<strong>ONS</strong>, 2003), com posterior tratamento efetuado para minimizar<br />

gran<strong>de</strong>s oscilações diárias <strong>de</strong> vazões existentes, incompatíveis com a natureza<br />

da bacia. No Quadro 5 são apresentadas as séries utilizadas nos estudos dos<br />

sistemas <strong>de</strong> reservatórios Camargos-Funil e Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro.<br />

Quadro 3<br />

Séries <strong>de</strong> vazões naturais utilizadas<br />

APROVEITAMENTO/LOCAL POSTO<br />

PERÍODO<br />

UTILIZADO<br />

FURNAS 006 1951-2008<br />

M. MORAES 007 1951-2008<br />

JAGUARA 009 1951-2008<br />

VOLTA GRANDE 011 1951-2008<br />

P.COLÔMBIA 012 1951-2008<br />

MARIMBONDO 017 1951-2008<br />

ÁGUA VERMELHA 018 1951-2008<br />

EMBORCAÇÃO 024 1951-2008<br />

NOVA PONTE 025 1951-2008<br />

CORUMBÁ 209 1951-2008<br />

ITUMBIARA 031 1951-2008<br />

SÃO SIMÃO 033 1951-2008<br />

ILHA SOLTEIRA 034 1951-2008<br />

TRÊS IRMÃOS 243 1951-2008<br />

BARRA BONITA 237 1951-2008<br />

PROMISSÃO 240 1951-2008<br />

JUPIÁ 245 1951-2008<br />

JURUMIRIM 047 1951-2008<br />

CHAVANTES 049 1951-2008<br />

CAPIVARA 061 1951-2008<br />

PORTO SÃO JOSÉ 64575004 1951-2008<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 21 / 150


Quadro 4<br />

Séries <strong>de</strong> vazões naturais incrementais adotadas<br />

APROVEITAMENTO/LOCAL<br />

PERÍODO<br />

UTILIZADO<br />

Furnas 1951-2008<br />

M. Moraes / Furnas 1951-2008<br />

Jaguara / M.Moraes 1951-2008<br />

V.Gran<strong>de</strong> / Jaguara 1951-2008<br />

P.Colômbia / V.Gran<strong>de</strong> 1951-2008<br />

Marimbondo / P.Colômbia 1951-2008<br />

Avermelha (AVE) / Marimb. 1951-2008<br />

Emborcação (EMB) 1951-2008<br />

N.Ponte (NPO) 1951-2008<br />

Itumbiara/[EMB+NPO+COR] 1951-2008<br />

S.Simão (SSI) / Itumbiara 1951-2008<br />

B. Bonita 1951-2008<br />

Promissão (PRO) / B. Bonita 1951-2008<br />

I.Solteira (ISO) + T.Irmãos 1951-2008<br />

(TRI) / [SSI+AVE+PRO]<br />

Jupiá (JUP) / [ISO + TRI] 1951-2008<br />

Jurumirim (JUR) 1951-2008<br />

Chavantes (CHA) /<br />

1951-2008<br />

Jurumirim<br />

Capivara (CAP) / Chavantes 1951-2008<br />

P.S.José / Capivara + Jupiá 1951-2008<br />

Quadro 5<br />

Séries hidrológicas incrementais adotadas nos estudos dos sistemas<br />

APROVEITAMENTO/LOCAL<br />

PERÍODO<br />

UTILIZADO<br />

Camargos 1951-2008<br />

Camargos / Funil 1951-2008<br />

Cacon<strong>de</strong> 1951-2008<br />

Cacon<strong>de</strong> / Limoeiro 1951-2008<br />

2.5 Aplicação da metodologia<br />

Na primeira etapa <strong>de</strong> estudo, a partir do histórico <strong>de</strong> vazões naturais incrementais<br />

médias diárias disponível na bacia para todos os locais <strong>de</strong> interesse, <strong>de</strong><br />

1949 a 2008, foram gerados 12.000 períodos chuvosos <strong>de</strong> vazões diárias através<br />

do mo<strong>de</strong>lo DIANA (CEPEL, 1999).<br />

Para a <strong>de</strong>terminação dos volumes <strong>de</strong> espera foi adotada a metodologia baseada<br />

no cálculo a partir <strong>de</strong> série <strong>de</strong> vazões sintéticas, através da metodologia<br />

CEPEL, <strong>de</strong>scrita no Anexo I <strong>de</strong>ste relatório.<br />

O período consi<strong>de</strong>rado como estação chuvosa nas séries <strong>de</strong>sta bacia foi o período<br />

<strong>de</strong> novembro a abril. Como na bacia do rio Paranapanema, integrante da<br />

bacia do rio Paraná até Porto São José, o período <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> abrange<br />

o ano por inteiro, foi realizado um estudo adicional para o cálculo <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong><br />

espera. Para Barra Bonita, bacia do rio Tietê, um estudo complementar indicou a<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 22 / 150


necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extensão do período <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> novembro<br />

a junho.<br />

Para o cálculo dos volumes <strong>de</strong> espera foram consi<strong>de</strong>rados os cinco sistemas<br />

<strong>de</strong> reservatórios para a operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, conforme <strong>de</strong>scrição a-<br />

presentada no item 2.2.<br />

A bacia do rio Paraná, por essas razões, para o cálculo dos volumes <strong>de</strong> espera,<br />

foi dividida nos cinco seguintes trechos, a saber:<br />

• Sistema <strong>de</strong> Reservatórios da Bacia do rio Paraná até Porto São José;<br />

• Sistema <strong>de</strong> Reservatórios da Bacia do rio Paranapanema até Chavantes,<br />

consi<strong>de</strong>rando-se todo o período <strong>anual</strong>;<br />

• Sistema do Reservatório <strong>de</strong> Barra Bonita;<br />

• Sistema <strong>de</strong> Reservatórios Camargos-Funil; e<br />

• Sistema <strong>de</strong> Reservatórios Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro.<br />

Nos itens 2.6.2, 2.6.3 e 2.6.4 são apresentadas as aplicações da metodologia<br />

nos sistemas <strong>de</strong> reservatórios referidos acima.<br />

Na aplicação <strong>de</strong>sta metodologia é incorporada a consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> tendências<br />

<strong>de</strong> padrões climáticos para os seguintes sistemas <strong>de</strong> reservatórios: sistema <strong>de</strong><br />

reservatórios da bacia do rio Paraná até Porto São José, sistema <strong>de</strong> reservatórios<br />

Camargos-Funil e sistema <strong>de</strong> reservatórios Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro. Estas tendências<br />

foram expressas pela consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> três possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cenários<br />

hidrológicos <strong>de</strong> afluências, associados aos três eventos <strong>de</strong> fenômenos do tipo<br />

ENSO (Normal, Seco e Úmido) e o cenário in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, para anos à frente, no<br />

qual não foi consi<strong>de</strong>rada nenhuma das tendências. A forma <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong><br />

eventos do tipo ENSO no estudo está <strong>de</strong>scrita no item 2.5.1. Nos sistemas <strong>de</strong> reservatórios<br />

da bacia do rio Paranapanema e para Barra Bonita – consi<strong>de</strong>randose<br />

todo o período <strong>anual</strong> e até o mês <strong>de</strong> junho, respectivamente, os quatro cenários<br />

hidrológicos foram integrados ao Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />

2.5.1 Tendências <strong>de</strong> padrões climáticos<br />

O fenômeno ENSO – El Niño South Oscillation – e suas relações com a ocorrência<br />

<strong>de</strong> anomalias climáticas em diversas regiões do planeta (teleconexões)<br />

têm sido foco <strong>de</strong> investigações <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da década <strong>de</strong> 60. Além <strong>de</strong> ser possível<br />

se prever atualmente com razoável precisão as oscilações do fenômeno<br />

ENSO com antecedência <strong>de</strong> até três meses, seus efeitos nas condições hidrológicas<br />

das regiões sob influência <strong>de</strong>ste fenômeno só se manifestam após certo<br />

tempo, possibilitando a elaboração <strong>de</strong> estudos prévios, como o planejamento da<br />

operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> (CEPEL, 1997).<br />

Para incorporar a consi<strong>de</strong>ração das fases do fenômeno ENSO na caracterização<br />

dos cenários hidrológicos adotados no cálculo dos volumes <strong>de</strong> espera, foram<br />

classificadas as estações chuvosas do histórico <strong>de</strong> vazões em relação à ocorrência<br />

<strong>de</strong> eventos El Niño ou La Niña nos meses antece<strong>de</strong>ntes. Deste modo, a<br />

série histórica foi agrupada em estações <strong>de</strong>nominadas Úmidas, caracterizadas<br />

pela ocorrência <strong>de</strong> eventos do tipo El Niño nos meses antece<strong>de</strong>ntes, estações<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 23 / 150


Secas caracterizadas pela ocorrência <strong>de</strong> eventos do tipo La Niña nos meses antece<strong>de</strong>ntes<br />

e estações Normais, que não foram antecedidas por eventos caracterizados<br />

como El Niño nem como La Niña. Esta classificação se baseou unicamente<br />

no índice SOI, referente à diferença <strong>de</strong> pressão ao nível do mar entre Tahiti<br />

e Darwin, em base mensal. Com vistas ao aprimoramento dos estudos, a partir<br />

do <strong>ciclo</strong> 2009/<strong>2010</strong>, passou a se utilizar o índice SOI Non Standard. Essa alteração<br />

busca a adoção do índice com toda a sua amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> variação e tem<br />

como objetivo aprimorar a classificação dos anos hidrológicos.<br />

Vale ressaltar que o índice SOI é apenas um dos parâmetros utilizados na<br />

classificação do fenômeno ENSO. Em alguns casos, a classificação baseada<br />

somente nesse índice po<strong>de</strong> levar a uma classificação diferente <strong>de</strong> outras que utilizam<br />

mais parâmetros como, por exemplo, a classificação consi<strong>de</strong>rada como oficial<br />

pelos centros <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> todo o mundo, que leva em conta a temperatura<br />

superficial e subsuperficial do mar no Pacífico Equatorial e o fluxo atmosférico<br />

na região <strong>de</strong> atuação dos ventos alísios<br />

Para a <strong>de</strong>finição da classificação das estações chuvosas para o Sistema <strong>de</strong><br />

Reservatórios da Bacia do rio Paraná até Porto São José, foram apurados os índices<br />

SOI mensais <strong>de</strong> períodos antece<strong>de</strong>ntes à estação chuvosa na região Su<strong>de</strong>ste.<br />

Os períodos <strong>de</strong> informações do SOI, adotados, foram os seguintes:<br />

• junho – novembro; e<br />

• julho – <strong>de</strong>zembro.<br />

Cabe <strong>de</strong>stacar que a partir <strong>de</strong>ste <strong>ciclo</strong> não será mais consi<strong>de</strong>rado para a bacia<br />

do rio Paraná até Porto São José o período SOI <strong>de</strong> Maio a Outubro. A não consi<strong>de</strong>ração<br />

<strong>de</strong>ste período se justifica pela possível influência <strong>de</strong> fenômeno ENSO<br />

associado à estação chuvosa anterior sobre o mês <strong>de</strong> maio, o que po<strong>de</strong>ria interferir<br />

<strong>de</strong> forma inapropriada na classificação da estação chuvosa do ano seguinte.<br />

Para a classificação da estação chuvosa serão consi<strong>de</strong>rados dois índices <strong>de</strong> a-<br />

nálise: o SOMASE (soma se) e o SOMAT (soma total).<br />

O índice SOMASE é um somatório <strong>de</strong> índices SOI Non Standard, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

estes sejam inferiores a um <strong>de</strong>terminado valor <strong>de</strong> referência, <strong>de</strong>nominado I-<br />

SOMASE-U, para anos úmidos, ou superiores a um <strong>de</strong>terminado valor <strong>de</strong> referência,<br />

<strong>de</strong>nominado I-SOMASE-S, para anos secos.<br />

Após a obtenção dos índices SOMASE para os dois períodos analisados (junho<br />

– novembro e julho – <strong>de</strong>zembro), a estação chuvosa será classificada como<br />

ÙMIDA se pelo menos um <strong>de</strong>stes índices for inferior a um <strong>de</strong>terminado valor <strong>de</strong><br />

referência total <strong>de</strong> estação úmida, <strong>de</strong>nominado SOMAT-U. A estação será classificada<br />

como SECA se pelo menos um <strong>de</strong>stes índices for superior a um valor <strong>de</strong><br />

referência total <strong>de</strong> estação seca, <strong>de</strong>nominado SOMAT-S. Caso uma estação<br />

chuvosa não seja classificada como ÚMIDA ou SECA, por exclusão, a estação<br />

será classificada como NORMAL. Abaixo é apresentada uma exemplificação<br />

numérica da aplicação <strong>de</strong>ste critério:<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 24 / 150


Índices históricos SOI Non Standard<br />

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez<br />

1951 2,7 1 -1,3 -1,1 -1,7 -0,5 -2,3 -1,2 -2,1 -2,3 -1,6 -1,6<br />

1952 -2 -1,8 0 -0,9 1 0,8 0,7 -0,7 -0,4 0,3 -0,3 -2,6<br />

1953 0,4 -1,6 -1,4 -0,1 -3,6 -0,5 -0,2 -3,1 -2,4 -0,3 -0,7 -1,1<br />

1954 1 -1,2 -0,5 0,6 0,4 -0,5 0,4 1,3 0,3 0,1 0,2 2,4<br />

1955 -1,1 2,9 0,1 -0,8 1,4 1,7 2,7 2 2,5 2,5 2,2 1,7<br />

ANÁLISE ÚMIDO<br />

ANÁLISE SECO<br />

I-SOMASE-U= -1 SOMAT-U= -10 I-SOMASE-S= 1 SOMAT-S= 10<br />

SOMASE-U Classificação SOMASE-U Classificação<br />

Classificação<br />

Jun-Nov Jul-Dez Jun-Nov Jul-Dez Jun-Nov Jul-Dez Jun-Nov Jul-Dez Final<br />

1951 -9,5 -11,1 ---- Úmido 0 0 ---- ---- Úmido<br />

1952 0 -2,6 ---- ---- 0 0 ---- ---- Normal<br />

1953 -5,5 -6,6 ---- ---- 0 0 ---- ---- Normal<br />

1954 0 0 ---- ---- 1,3 3,7 ---- ---- Normal<br />

1955 0 0 ---- ---- 13,6 13,6 Seco Seco Seco<br />

A <strong>de</strong>finição dos índices SOMASE e SOMAT foi obtida a partir <strong>de</strong> um processo<br />

<strong>de</strong> calibração consi<strong>de</strong>rando a série histórica <strong>de</strong> vazões naturais diárias. Nesta<br />

análise, consi<strong>de</strong>raram-se as <strong>cheias</strong> históricas verificadas, a partir dos volumes<br />

exce<strong>de</strong>ntes em relação às restrições <strong>de</strong> vazão máxima, e também consi<strong>de</strong>rou-se<br />

a or<strong>de</strong>nação das médias <strong>de</strong> vazões verificadas no período <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>,<br />

com o objetivo <strong>de</strong> se classificar as estações chuvosas com vazões acima da média,<br />

<strong>de</strong>ntro da média e abaixo da média.<br />

Abaixo apresentamos os valores dos índices calibrados para a bacia do rio<br />

Paraná:<br />

• Estações chuvosas ÚMIDAS:<br />

I-SOMASE-U = -1,0<br />

SOMAT-U = -8,5<br />

• Estações chuvosas SECAS:<br />

I-SOMASE-S = +0,8<br />

SOMAT-S = +8,0<br />

A aplicação dos critérios acima apresentados para o sistema <strong>de</strong> reservatórios<br />

da bacia do rio Paraná até Porto São José, gerou a classificação apresentada no<br />

Quadro 6. Deve-se ressaltar que a série histórica <strong>de</strong> vazões naturais foi classificada<br />

a partir do ano <strong>de</strong> 1951 <strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> informações do índice SOI Non<br />

Standard anteriores a este.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 25 / 150


Quadro 6<br />

Classificação das estações chuvosas segundo o fenômeno ENSO<br />

Estação Chuvosa Classificação Estação Chuvosa Classificação<br />

51/52 Úmida 80/81 Normal<br />

52/53 Normal 81/82 Normal<br />

53/54 Normal 82/83 Úmida<br />

54/55 Normal 83/84 Normal<br />

55/56 Seca 84/85 Normal<br />

56/57 Normal 85/86 Normal<br />

57/58 Normal 86/87 Normal<br />

58/59 Normal 87/88 Úmida<br />

59/60 Normal 88/89 Seca<br />

60/61 Normal 89/90 Normal<br />

61/62 Normal 90/91 Normal<br />

62/63 Normal 91/92 Úmida<br />

63/64 Normal 92/93 Normal<br />

64/65 Normal 93/94 Úmida<br />

65/66 Úmida 94/95 Úmida<br />

66/67 Normal 95/96 Normal<br />

67/68 Normal 96/97 Normal<br />

68/69 Normal 97/98 Úmida<br />

69/70 Normal 98/99 Seca<br />

70/71 Seca 99/00 Normal<br />

71/72 Seca 00/01 Normal<br />

72/73 Úmida 01/02 Normal<br />

73/74 Seca 02/03 Normal<br />

74/75 Normal 03/04 Normal<br />

75/76 Seca 04/05 Normal<br />

76/77 Normal 05/06 Normal<br />

77/78 Úmida 06/07 Úmida<br />

78/79 Normal 07/08 Normal<br />

79/80 Normal<br />

A partir <strong>de</strong>sta classificação, todas as séries históricas <strong>de</strong> vazões naturais incrementais<br />

foram separadas em séries históricas formadas apenas pelas estações<br />

chuvosas <strong>de</strong> mesma classificação.<br />

Em função do número reduzido <strong>de</strong> estações chuvosas Secas e estações chuvosas<br />

Úmidas no histórico disponível <strong>de</strong> cada sistema, para a geração <strong>de</strong> séries<br />

sintéticas correspon<strong>de</strong>ntes ao cenário Seco e ao cenário Úmido foram agregadas<br />

a estes as séries com estações chuvosas classificadas como Normais.<br />

Neste <strong>ciclo</strong> (<strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>), como uma proposta <strong>de</strong> aprimoramento para a formação<br />

dos cenários Seco e Úmido, para uso no estudo <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> do<br />

sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Paraná até Porto São José, foram retirados<br />

do processo <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> séries sintéticas para a formação do cenário<br />

Seco os 10% anos normais com maiores volumes <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, consi<strong>de</strong>rando a restrição<br />

<strong>de</strong> Jupiá. Desta forma, foram retiradas as 4 estações chuvosas classificadas<br />

como normais <strong>de</strong> maiores volumes <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>.<br />

Na aplicação <strong>de</strong>ste critério, buscou-se assegurar também que as séries normais<br />

com maiores volumes a serem retiradas não estivessem próximas <strong>de</strong> serem<br />

classificadas como anos secos (SOMA-S ≥ 8,0). Para isto, consi<strong>de</strong>rou-se como<br />

limite o valor <strong>de</strong> SOMA-S maior ou igual a 6,0. Pela classificação das 4 séries<br />

normais com maior volume seriam retiradas as séries correspon<strong>de</strong>ntes aos anos:<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 26 / 150


1981/1982, 1984/1985, 1996/1997 e 1964/1965 – ver tabela abaixo. Entretanto,<br />

como a série 1964/1965 possui um valor <strong>de</strong> SOMA-S acima <strong>de</strong> 6,0, ou seja, +6,5,<br />

esta estação chuvosa foi mantida na formação do cenário seco. Logo, foi selecionada<br />

então para ser retirada da formação do cenário seco a série seguinte <strong>de</strong><br />

maior volume que não possuísse um valor <strong>de</strong> SOMA-S maior ou igual a 6,0, ou<br />

seja, 1960/1961. A configuração final das 4 séries normais com maior volume a<br />

serem retiradas para a formação do cenário seco seriam: 1981/1982, 1984/1985,<br />

1996/1997 e 1960/1961.<br />

VE<br />

JUPIÀ<br />

%MLT<br />

Classificação<br />

(km³) Nov-Abr Ciclo<br />

SOMA-S SOMA-U<br />

1º 35,9 179 1982 1983 0,0 -23,8 Úmido<br />

2º 22,9 143 2006 2007 0,0 -8,9 Úmido<br />

3º 10,6 161 1981 1982 0,0 -1,2 Normal<br />

4º 8,7 113 1994 1995 0,0 -15,3 Úmido<br />

5º 6,3 121 1984 1985 0,0 -2,3 Normal<br />

6º 5,7 124 1964 1965 6,5 0,0 Normal<br />

7º 5,7 122 1996 1997 2,3 0,0 Normal<br />

8º 5,5 129 1960 1961 4,1 0,0 Normal<br />

9º 5,4 111 1991 1992 0,0 -11,8 Úmido<br />

10º 4,9 115 1990 1991 0,0 -3,4 Normal<br />

Séries retiradas do cenário Seco<br />

Analogamente, foram retirados do cenário Úmido os 10% anos normais com<br />

menores vazões – uma vez que estas não possuem volumes <strong>de</strong> espera consi<strong>de</strong>rando<br />

a restrição <strong>de</strong> Jupiá, ou seja, foram retiradas as 4 séries normais <strong>de</strong> menores<br />

vazões, sendo estas: 1968/1969, 1953/1954, 1952/1953 e 1954/1955 – ver<br />

tabela abaixo. Na análise das séries normais <strong>de</strong> menores vazões não consi<strong>de</strong>rou<br />

o índice SOMA-U uma vez que qualquer uma das 20 séries <strong>de</strong> menor vazão tem<br />

volumes <strong>de</strong> espera nulo consi<strong>de</strong>rando a restrição <strong>de</strong> Jupiá.<br />

VE<br />

JUPIÀ<br />

%MLT<br />

(km³) Nov-Abr Ciclo<br />

47º 0,0 88 1971 1972 Seco<br />

48º 0,0 85 1985 1986 Normal<br />

49º 0,0 80 1974 1975 Normal<br />

50º 0,0 78 2000 2001 Normal<br />

51º 0,0 64 1963 1964 Normal<br />

52º 0,0 61 1955 1956 Seco<br />

53º 0,0 61 1968 1969 Normal<br />

54º 0,0 61 1953 1954 Normal<br />

55º 0,0 59 1952 1953 Normal<br />

56º 0,0 55 1954 1955 Normal<br />

57º 0,0 45 1970 1971 Seco<br />

Séries retiradas do cenário Úmido<br />

Classificação<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 27 / 150


Em resumo, foram consi<strong>de</strong>radas as seguintes composições <strong>de</strong> estações chuvosas:<br />

Sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Paraná até Porto São José (1951/2008)<br />

• Cenário Seco: 7 estações chuvosas Secas + 39 estações chuvosas Normais –<br />

4 estações chuvosas Normais com mais volumes= 42 estações chuvosas<br />

Secas ou Normais;<br />

• Cenário Normal: 39 estações chuvosas Normais;<br />

• Cenário Úmido: 11 estações chuvosas Úmidas + 39 estações chuvosas<br />

Normais – 4 estações chuvosas Normais com menores vazões = 46 estações<br />

chuvosas Úmidas ou Normais; e<br />

• Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte: todos as 57 estações chuvosas (7 estações chuvosas<br />

Secas + 39 estações chuvosas Normais + 11 estações chuvosas Úmidas).<br />

Sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Paranapanema (1949/2008)<br />

• Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte: todos os 59 anos.<br />

Sistema do reservatório Barra Bonita (1951/2008)<br />

• Cenário Seco: 7 estações chuvosas Secas + 39 estações chuvosas Normais =<br />

46 estações chuvosas Secas ou Normais;<br />

• Cenário Normal: 39 estações chuvosas Normais;<br />

• Cenário Úmido: 11 estações chuvosas Úmidas + 39 estações chuvosas<br />

Normais = 50 estações chuvosas Úmidas ou Normais; e<br />

• Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte: todos as 57 estações chuvosas (7 estações chuvosas<br />

Secas + 39 estações chuvosas Normais + 11 estações chuvosas Úmidas).<br />

Sistema <strong>de</strong> reservatórios Camargos-Funil (1951/2008)<br />

• Cenário Seco: 7 estações chuvosas Secas + 39 anos estações chuvosas<br />

Normais = 46 estações chuvosas Secas ou Normais;<br />

• Cenário Normal: 39 estações chuvosas Normais;<br />

• Cenário Úmido: 11 estações chuvosas Úmidas + 39 estações chuvosas<br />

Normais = 50 estações chuvosas Úmidas ou Normais; e<br />

• Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte: todos os 57 estações chuvosas (7 estações chuvosas<br />

Secas + 39 estações chuvosas Normais + 11 estações chuvosas Úmidas).<br />

Sistema <strong>de</strong> reservatórios Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro (1937/2008)<br />

• Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte: todos as 71 estações chuvosas.<br />

2.5.2 Sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Paraná até Porto São José<br />

Nos cálculos dos volumes vazios para o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> foram consi<strong>de</strong>radas<br />

todas as restrições <strong>de</strong> vazões máximas levantadas e consi<strong>de</strong>radas até então pelas<br />

empresas com usinas em operação neste trecho da bacia. Esta configuração<br />

é apresentada na Figura 2.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 28 / 150


Conforme <strong>de</strong>scrita na introdução <strong>de</strong>ste item 2.6, a aplicação da metodologia<br />

foi realizada em duas etapas: geração <strong>de</strong> séries sintéticas <strong>de</strong> vazões e cálculo<br />

dos volumes vazios necessários e suficientes para o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>.<br />

Os volumes <strong>de</strong> espera foram calculados a partir das séries geradas para os<br />

três cenários hidrológicos Seco+Normal, Normal e Úmido+Normal para o próximo<br />

ano e o cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para ser consi<strong>de</strong>rado nas avaliações energéticas<br />

<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um ano à frente.<br />

As Tabelas 1, 2, 3 e 4, a seguir, apresentam os resultados dos cálculos dos<br />

volumes <strong>de</strong> espera, para estes quatro cenários hidrológicos, nos sistemas <strong>de</strong> reservatórios<br />

a montante das restrições, para a alternativa <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> recorrência<br />

<strong>de</strong> 30 anos nos reservatórios da bacia. A exceção ocorre com as alternativas<br />

correspon<strong>de</strong>ntes aos reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes, tempo <strong>de</strong> recorrência<br />

<strong>de</strong> 50 anos, e com o reservatório <strong>de</strong> Barra Bonita, tempo <strong>de</strong> recorrência<br />

<strong>de</strong> 20 anos.<br />

Com a implementação no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera da possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> limitação dos volumes máximos a serem alocados para controle <strong>de</strong><br />

<strong>cheias</strong> por sistema parcial e por reservatórios (Anexo I), foi adotada, em consenso<br />

com os agentes <strong>de</strong> geração, a limitação <strong>de</strong> 15 km³ para o sistema parcial dos<br />

reservatórios a jusante <strong>de</strong> Jupiá (sistema parcial 176) e o sistema parcial total<br />

(sistema parcial 760) para os cenários hidrológicos Normal e Seco. Para os cenários<br />

hidrológicos In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e Úmido, este volume limitado não foi suficiente<br />

para aten<strong>de</strong>r aos tempos <strong>de</strong> retorno recomendados pelos agentes <strong>de</strong> geração,<br />

sendo necessário adotar para o cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte 17 km³ para os sistemas<br />

parciais 176 e 760 e, para o cenário Úmido, a adoção <strong>de</strong> 17 km³ para o sistema<br />

parcial 176 e 18 km³ para o sistema parcial 760.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 29 / 150


Tabela 1<br />

Volumes <strong>de</strong> espera nos sistemas <strong>de</strong> reservatórios a montante das restrições (km³) - Cenário Seco+Normal<br />

Local com restrição<br />

Período P.S.José<br />

TR=30<br />

Jupiá 1<br />

TR=30<br />

Furn 1<br />

TR=30<br />

MMor 1<br />

TR=30<br />

Igar 1<br />

TR=30<br />

VGra 1<br />

TR=30<br />

PCol 1<br />

TR=30<br />

Mari 1<br />

TR=30<br />

Embo 1<br />

TR=30<br />

Itum 1<br />

TR=30<br />

SSim 1<br />

TR=30<br />

30/10/10 a 05/10/10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

06/10/10 a 12/10/10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

13/10/10 a 19/10/10 0,00 0,16 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

20/10/10 a 26/10/10 4,88 5,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

27/10/10 a 03/12/10 9,82 10,35 0,08 0,06 0,12 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

04/12/10 a 10/12/10 14,19 14,65 0,19 0,23 0,38 0,37 0,25 0,24 0,00 0,75 0,00<br />

11/12/10 a 17/12/10 14,21 14,68 0,39 0,46 0,74 0,72 0,61 0,59 0,00 0,95 0,00<br />

18/12/10 a 24/12/10 13,42 13,88 0,39 0,55 0,79 0,78 0,58 0,65 0,00 0,98 0,03<br />

25/12/10 a 31/12/10 12,82 13,05 0,38 0,50 0,72 0,72 0,56 0,60 0,00 0,93 0,00<br />

01/01/11 a 07/01/11 12,08 12,55 0,36 0,47 0,71 0,67 0,54 0,57 0,00 0,29 0,00<br />

08/01/11 a 14/01/11 11,59 12,02 0,34 0,46 0,65 0,66 0,48 0,56 0,00 0,73 0,01<br />

15/01/11 a 21/01/11 10,73 11,32 0,30 0,42 0,60 0,58 0,46 0,51 0,00 0,73 0,00<br />

22/01/11 a 28/01/11 10,16 10,52 0,29 0,39 0,56 0,57 0,41 0,46 0,00 0,71 0,02<br />

29/01/11 a 04/02/11 9,35 9,73 0,28 0,34 0,53 0,51 0,41 0,46 0,00 0,64 0,00<br />

05/02/11 a 11/02/11 8,75 9,01 0,24 0,32 0,47 0,45 0,32 0,37 0,00 0,58 0,01<br />

12/02/11 a 18/02/11 8,12 8,33 0,20 0,27 0,44 0,42 0,31 0,39 0,00 0,53 0,00<br />

19/02/11 a 25/02/11 6,99 7,33 0,21 0,23 0,41 0,40 0,31 0,32 0,00 0,49 0,00<br />

26/02/11 a 04/03/11 6,10 6,59 0,16 0,23 0,33 0,31 0,22 0,28 0,00 0,47 0,00<br />

05/03/11 a 11/03/11 5,23 5,71 0,09 0,16 0,25 0,25 0,13 0,22 0,00 0,41 0,00<br />

12/03/11 a 18/03/11 4,87 5,17 0,14 0,17 0,24 0,23 0,10 0,16 0,00 0,33 0,00<br />

19/03/11 a 25/03/11 4,37 4,48 0,13 0,17 0,23 0,21 0,11 0,15 0,00 0,31 0,00<br />

26/03/11 a 01/04/11 3,00 3,51 0,09 0,11 0,20 0,15 0,08 0,13 0,00 0,25 0,00<br />

02/04/11 a 08/04/11 2,60 2,98 0,04 0,05 0,16 0,13 0,04 0,10 0,00 0,21 0,00<br />

09/04/11 a 15/04/11 1,55 2,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,10 0,00<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,98 1,48 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,05 0,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

1<br />

aproveitamento existente imediatamente a montante da restrição<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 30 / 150


Tabela 2<br />

Volumes <strong>de</strong> espera nos sistemas <strong>de</strong> reservatórios a montante das restrições (km³) - Cenário Normal<br />

Local com restrição<br />

Período P.S.José<br />

TR=30<br />

Jupiá 1<br />

TR=30<br />

Furn 1<br />

TR=30<br />

MMor 1<br />

TR=30<br />

Igar 1<br />

TR=30<br />

VGra 1<br />

TR=30<br />

PCol 1<br />

TR=30<br />

Mari 1<br />

TR=30<br />

Embo 1<br />

TR=30<br />

Itum 1<br />

TR=30<br />

SSim 1<br />

TR=30<br />

30/10/10 a 05/10/10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

06/10/10 a 12/10/10 0,28 0,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

13/10/10 a 19/10/10 3,04 3,59 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

20/10/10 a 26/10/10 8,77 9,30 0,00 0,00 0,14 0,12 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00<br />

27/10/10 a 03/12/10 12,34 12,67 0,30 0,37 0,76 0,72 0,58 0,38 0,00 0,53 0,00<br />

04/12/10 a 10/12/10 12,39 12,76 0,82 0,80 0,95 0,92 0,77 0,77 0,00 1,69 0,54<br />

11/12/10 a 17/12/10 13,42 13,82 0,90 0,99 1,40 1,38 1,25 1,28 0,00 1,65 0,45<br />

18/12/10 a 24/12/10 14,65 14,62 0,86 1,07 1,42 1,39 1,29 1,29 0,00 1,58 0,56<br />

25/12/10 a 31/12/10 14,84 14,94 0,81 1,01 1,40 1,43 1,28 1,31 0,00 1,27 0,54<br />

01/01/11 a 07/01/11 14,31 14,79 0,75 0,99 1,36 1,33 1,20 1,23 0,00 0,97 0,44<br />

08/01/11 a 14/01/11 14,86 14,88 0,71 0,91 1,26 1,24 1,13 1,14 0,00 1,33 0,48<br />

15/01/11 a 21/01/11 14,59 14,81 0,67 0,87 1,18 1,18 1,04 1,11 0,00 1,23 0,46<br />

22/01/11 a 28/01/11 14,69 14,87 0,64 0,82 1,09 1,12 0,97 1,04 0,00 1,16 0,41<br />

29/01/11 a 04/02/11 13,62 13,98 0,60 0,77 1,02 1,00 0,89 0,97 0,00 1,10 0,35<br />

05/02/11 a 11/02/11 12,57 12,90 0,52 0,57 0,91 0,89 0,77 0,86 0,00 0,91 0,30<br />

12/02/11 a 18/02/11 11,27 12,23 0,41 0,58 0,77 0,76 0,64 0,73 0,00 0,86 0,31<br />

19/02/11 a 25/02/11 10,55 11,10 0,41 0,56 0,78 0,76 0,65 0,69 0,00 0,84 0,26<br />

26/02/11 a 04/03/11 9,09 9,27 0,26 0,38 0,54 0,53 0,44 0,47 0,00 0,74 0,21<br />

05/03/11 a 11/03/11 8,37 8,85 0,29 0,41 0,52 0,44 0,33 0,37 0,00 0,60 0,02<br />

12/03/11 a 18/03/11 7,65 7,72 0,32 0,38 0,55 0,53 0,42 0,43 0,00 0,56 0,02<br />

19/03/11 a 25/03/11 6,02 6,44 0,25 0,34 0,46 0,45 0,35 0,39 0,00 0,48 0,00<br />

26/03/11 a 01/04/11 4,71 5,19 0,10 0,28 0,28 0,32 0,24 0,27 0,00 0,41 0,00<br />

02/04/11 a 08/04/11 3,81 4,31 0,03 0,12 0,19 0,30 0,21 0,29 0,00 0,31 0,00<br />

09/04/11 a 15/04/11 2,39 2,99 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21 0,00<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,69 1,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,08 0,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

1<br />

aproveitamento existente imediatamente a montante da restrição<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 31 / 150


Tabela 3<br />

Volumes <strong>de</strong> espera nos sistemas <strong>de</strong> reservatórios a montante das restrições (km³) - Cenário Úmido + Normal<br />

Local com restrição<br />

Período P.S.José<br />

TR=30<br />

Jupiá 1<br />

TR=30<br />

Furn 1<br />

TR=30<br />

MMor 1<br />

TR=30<br />

Igar 1<br />

TR=30<br />

VGra 1<br />

TR=30<br />

PCol 1<br />

TR=30<br />

Mari 1<br />

TR=30<br />

Embo 1<br />

TR=30<br />

Itum 1<br />

TR=30<br />

SSim 1<br />

TR=30<br />

30/10/10 a 05/10/10 2,75 4,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

06/10/10 a 12/10/10 4,72 10,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

13/10/10 a 19/10/10 7,73 13,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

20/10/10 a 26/10/10 11,86 14,62 0,00 0,00 0,07 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

27/10/10 a 03/12/10 15,28 15,60 0,28 0,20 1,01 0,99 0,83 0,82 0,00 0,58 0,00<br />

04/12/10 a 10/12/10 15,37 15,81 0,70 1,07 1,50 1,62 1,51 1,54 0,00 2,35 0,59<br />

11/12/10 a 17/12/10 15,58 16,42 1,09 1,62 1,32 1,33 1,22 1,53 0,00 2,38 0,85<br />

18/12/10 a 24/12/10 16,85 16,68 1,23 1,61 1,95 1,92 1,79 1,92 0,00 1,99 1,15<br />

25/12/10 a 31/12/10 17,53 16,84 1,24 1,56 1,92 1,93 1,80 1,91 0,00 1,78 1,05<br />

01/01/11 a 07/01/11 17,17 16,91 1,13 1,48 1,86 1,83 1,68 1,76 0,00 1,57 0,99<br />

08/01/11 a 14/01/11 17,16 16,99 1,13 1,44 1,72 1,70 1,59 1,74 0,00 1,86 1,04<br />

15/01/11 a 21/01/11 17,90 16,84 1,02 1,33 1,64 1,62 1,50 1,53 0,00 1,66 0,97<br />

22/01/11 a 28/01/11 16,45 16,68 0,96 1,24 1,55 1,53 1,41 1,51 0,00 1,66 0,92<br />

29/01/11 a 04/02/11 15,70 16,21 0,91 1,16 1,45 1,43 1,33 1,43 0,00 1,53 0,84<br />

05/02/11 a 11/02/11 14,30 14,99 0,76 0,98 1,25 1,36 1,25 1,27 0,00 1,44 0,80<br />

12/02/11 a 18/02/11 13,32 13,69 0,75 0,97 1,20 1,22 1,10 1,14 0,00 1,30 0,72<br />

19/02/11 a 25/02/11 11,89 12,30 0,68 0,79 1,06 1,04 0,91 0,95 0,00 1,19 0,64<br />

26/02/11 a 04/03/11 9,87 10,21 0,53 0,69 0,93 0,92 0,82 0,86 0,00 1,01 0,47<br />

05/03/11 a 11/03/11 9,18 9,64 0,47 0,66 0,87 0,87 0,77 0,82 0,00 0,92 0,41<br />

12/03/11 a 18/03/11 8,26 8,59 0,47 0,60 0,75 0,73 0,64 0,70 0,00 0,81 0,27<br />

19/03/11 a 25/03/11 6,35 6,80 0,42 0,47 0,66 0,58 0,45 0,58 0,00 0,67 0,14<br />

26/03/11 a 01/04/11 5,41 5,91 0,32 0,34 0,46 0,49 0,42 0,44 0,00 0,47 0,00<br />

02/04/11 a 08/04/11 4,03 4,37 0,16 0,24 0,36 0,39 0,29 0,35 0,00 0,46 0,00<br />

09/04/11 a 15/04/11 2,99 3,50 0,00 0,01 0,22 0,23 0,11 0,16 0,00 0,19 0,00<br />

16/04/11 a 22/04/11 1,11 1,57 0,00 0,00 0,02 0,04 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,72 1,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

1<br />

aproveitamento existente imediatamente a montante da restrição<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 32 / 150


Tabela 4<br />

Volumes <strong>de</strong> espera nos sistemas <strong>de</strong> reservatórios a montante das restrições (km³) - Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

Local com restrição<br />

Período P.S.José<br />

TR=30<br />

Jupiá 1<br />

TR=30<br />

Furn 1<br />

TR=30<br />

MMor 1<br />

TR=30<br />

Igar 1<br />

TR=30<br />

VGra 1<br />

TR=30<br />

PCol 1<br />

TR=30<br />

Mari 1<br />

TR=30<br />

Embo 1<br />

TR=30<br />

Itum 1<br />

TR=30<br />

SSim 1<br />

TR=30<br />

30/10/10 a 05/10/10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

06/10/10 a 12/10/10 2,12 2,62 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

13/10/10 a 19/10/10 8,87 9,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

20/10/10 a 26/10/10 12,64 13,24 0,00 0,01 0,10 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

27/10/10 a 03/12/10 14,08 14,66 0,01 0,14 0,29 0,26 0,12 0,15 0,00 1,21 0,66<br />

04/12/10 a 10/12/10 16,23 16,75 0,42 0,75 0,69 0,71 0,58 0,61 0,00 1,68 1,17<br />

11/12/10 a 17/12/10 16,18 16,70 0,59 1,01 1,25 1,23 1,10 1,10 0,00 2,06 1,39<br />

18/12/10 a 24/12/10 16,06 16,57 0,90 1,43 1,36 1,34 1,21 1,40 0,00 2,05 1,19<br />

25/12/10 a 31/12/10 16,73 16,72 0,96 1,35 1,43 1,38 1,31 1,48 0,00 1,36 0,81<br />

01/01/11 a 07/01/11 16,70 17,00 0,96 1,37 1,41 1,43 1,35 1,40 0,00 1,43 0,83<br />

08/01/11 a 14/01/11 16,47 16,98 0,96 1,24 1,46 1,43 1,33 1,38 0,00 1,98 1,05<br />

15/01/11 a 21/01/11 16,52 16,96 0,93 1,18 1,46 1,45 1,31 1,34 0,00 1,79 1,01<br />

22/01/11 a 28/01/11 16,39 16,80 0,80 1,13 1,46 1,46 1,35 1,37 0,00 1,75 0,82<br />

29/01/11 a 04/02/11 16,47 16,89 0,80 1,03 1,46 1,44 1,32 1,31 0,00 1,54 0,90<br />

05/02/11 a 11/02/11 16,38 16,96 0,63 0,83 1,37 1,35 1,15 1,19 0,00 1,50 0,85<br />

12/02/11 a 18/02/11 15,51 16,01 0,61 0,85 1,37 1,35 1,02 1,02 0,00 1,34 0,77<br />

19/02/11 a 25/02/11 14,72 15,30 0,59 0,66 1,24 1,29 0,90 0,92 0,00 1,21 0,65<br />

26/02/11 a 04/03/11 13,19 13,52 0,41 0,62 1,10 1,07 0,82 0,78 0,00 1,06 0,47<br />

05/03/11 a 11/03/11 11,72 12,20 0,40 0,54 0,89 0,94 0,74 0,74 0,00 0,93 0,41<br />

12/03/11 a 18/03/11 10,47 10,84 0,42 0,50 0,83 0,83 0,70 0,68 0,00 0,85 0,36<br />

19/03/11 a 25/03/11 8,50 8,97 0,37 0,46 0,73 0,70 0,59 0,58 0,00 0,75 0,20<br />

26/03/11 a 01/04/11 6,70 7,22 0,28 0,28 0,59 0,62 0,47 0,39 0,00 0,58 0,11<br />

02/04/11 a 08/04/11 5,09 5,60 0,16 0,28 0,33 0,43 0,30 0,34 0,00 0,41 0,00<br />

09/04/11 a 15/04/11 2,86 3,34 0,00 0,02 0,08 0,24 0,13 0,14 0,00 0,14 0,00<br />

16/04/11 a 22/04/11 1,13 1,60 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,73 1,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

1<br />

aproveitamento existente imediatamente a montante da restrição<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 33 / 150


A partir dos resultados <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera para os sistemas <strong>de</strong> reservatórios<br />

a montante <strong>de</strong> cada local sujeito a restrição <strong>de</strong> vazão máxima, a <strong>de</strong>terminação<br />

da alocação espacial ótima dos volumes <strong>de</strong> espera nos reservatórios foi realizada<br />

consi<strong>de</strong>rando-se a opção da curva guia a partir dos índices mostrados no<br />

Quadro 7 a seguir:<br />

Quadro 7<br />

Média das vazões máximas mensais no período <strong>de</strong>zembro/abril e Índice <strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> cheia<br />

Reservatório<br />

Índice <strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> cheia<br />

Média das vazões máximas mensais<br />

(% da soma das média das Qmax<br />

no período <strong>de</strong>zembro/abril (m³/s)<br />

até Jupiá)<br />

EMBORCAÇÃO 1.786 3,5<br />

NOVA PONTE 991 1,9<br />

ITUMBIARA 5.233 10,2<br />

SÃO SIMÃO 7.566 14,8<br />

FURNAS 3.212 6,3<br />

MARIMBONDO 5.979 11,7<br />

ÁGUA VERMELHA 6.456 12,6<br />

PROMISSÃO 2.128 4,1<br />

I. Solteira / Três Irmãos 17.934 34,9<br />

Destaca-se que a <strong>de</strong>terminação da alocação espacial foi aplicada para os três<br />

cenários hidrológicos Seco+Normal, Normal e Úmido+Normal para o próximo <strong>ciclo</strong><br />

e o cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para mais <strong>de</strong> um <strong>ciclo</strong> à frente.<br />

Na bacia do rio Paranapanema, os reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes foram<br />

consi<strong>de</strong>rados nos estudos para cálculo <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera do Sistema <strong>de</strong><br />

Reservatórios da bacia do rio Paraná até Porto São José (sem as restrições <strong>de</strong><br />

Jurumirim e Chavantes) e do sistema formado somente por estes dois <strong>de</strong> reservatórios.<br />

No caso dos estudos do sistema <strong>de</strong> reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes,<br />

além <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar as restrições a jusante <strong>de</strong>stes, utilizou-se a série<br />

histórica <strong>anual</strong> <strong>de</strong> vazões incrementais naturais diárias – outubro a novembro,<br />

para o cenário hidrológico In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Consi<strong>de</strong>rando-se as séries geradas pelo<br />

mo<strong>de</strong>lo DIANA foram calculados os volumes <strong>de</strong> espera para os 3 sistemas<br />

parciais formados pelos reservatórios e pontos <strong>de</strong> controle (locais sujeitos à restrição<br />

<strong>de</strong> vazão) localizados nesta bacia.<br />

A partir dos resultados <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera por sistemas parciais, para a <strong>de</strong>terminação<br />

da alocação espacial dos volumes <strong>de</strong> espera nos reservatórios, foram<br />

utilizados os seguintes procedimentos e critérios:<br />

a) Alocação inicial dos volumes calculados para os sistemas parciais n.º 1 e<br />

n.º 2, respectivamente nos reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes.<br />

b) Alocação das eventuais diferenças entre os volumes calculados para o<br />

sistema parcial n.º 3 e a soma dos volumes alocados nos 2 reservatórios,<br />

conforme o procedimento <strong>de</strong>scrito no item (a), preferencialmente no<br />

reservatório <strong>de</strong> menor alocação <strong>de</strong> volume vazio até então.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 34 / 150


Para a <strong>de</strong>finição do volume <strong>de</strong> espera final, foram consi<strong>de</strong>radas como envoltórias<br />

resultantes para Jurumirim e Chavantes, consi<strong>de</strong>rando-se o tempo <strong>de</strong> recorrência<br />

<strong>de</strong> 50 anos, as envoltórias do sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Paraná<br />

até Porto São José e as <strong>de</strong>scritas nos itens (a) e (b).<br />

Para o aproveitamento <strong>de</strong> Barra Bonita, localizado na bacia do rio Tietê, foram<br />

consi<strong>de</strong>rados os cenários hidrológicos Seco+Normal, Normal e Úmido+Normal,<br />

procedimento análogo ao <strong>de</strong>scrito para a bacia do rio Paraná. Ou seja, utilizouse<br />

a série histórica <strong>anual</strong> <strong>de</strong> vazões incrementais naturais diárias, a restrição a<br />

jusante <strong>de</strong> Barra Bonita e, como envoltórias resultantes, as envoltórias do sistema<br />

<strong>de</strong> reservatórios da bacia do rio Paraná até Porto São José e a envoltória obtida<br />

para cada um dos cenários hidrológicos durante os meses <strong>de</strong> novembro a<br />

junho – consi<strong>de</strong>rando-se o tempo <strong>de</strong> recorrência <strong>de</strong> 20 anos.<br />

A tabela 5 apresenta os resultados dos cálculos dos volumes <strong>de</strong> espera consi<strong>de</strong>rando<br />

suas restrições próprias para os reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim, Chavantes<br />

e Barra Bonita (para os quatros cenários hidrológicos). A série histórica <strong>de</strong><br />

vazões incrementais naturais diárias consi<strong>de</strong>rada para Jurumirim e Chavantes<br />

compreen<strong>de</strong> todo período <strong>anual</strong> (novembro a outubro) e até o mês <strong>de</strong> junho para<br />

Barra Bonita. A tabela 6 apresenta os resultados para estes mesmos reservatórios<br />

quando consi<strong>de</strong>rados nos estudos para cálculo <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera do<br />

Sistema <strong>de</strong> Reservatórios da bacia do rio Paraná até Porto São José (sem suas<br />

restrições próprias).<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 35 / 150


Tabela 5 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para os reservatórios da bacia do rio Paranapanema (período <strong>anual</strong>) e<br />

Barra Bonita (até o mês <strong>de</strong> junho)<br />

Período<br />

Jurumirim<br />

TR=50 anos<br />

Chavantes<br />

TR=50 anos<br />

Barra Bonita<br />

TR=20 anos<br />

Normal Seco Úmido In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

30/10/10 a 05/10/10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

06/10/10 a 12/10/10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

13/10/10 a 19/10/10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

20/10/10 a 26/10/10 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

27/10/10 a 03/12/10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,09 0,07<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,04 0,04 0,31 0,34 0,36 0,38<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,23 0,22 0,48 0,49 0,73 0,87<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,39 0,38 0,44 0,51 1,03 1,18<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,40 0,38 0,42 0,51 0,97 1,12<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,43 0,33 0,40 0,48 1,05 1,00<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,43 0,39 0,40 0,46 1,15 1,03<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,43 0,53 0,40 0,44 1,12 0,98<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,42 0,48 0,38 0,43 1,10 0,95<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,40 0,19 0,35 0,35 1,03 0,90<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,32 0,30 0,34 0,38 0,94 0,82<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,38 0,24 0,33 0,37 0,88 0,82<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,41 0,20 0,31 0,34 0,60 0,65<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,40 0,23 0,29 0,29 0,69 0,61<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,36 0,18 0,25 0,29 0,76 0,67<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,16 0,07 0,25 0,29 0,75 0,64<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,00 0,00 0,24 0,26 0,65 0,59<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,00 0,00 0,22 0,23 0,38 0,32<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,00 0,00 0,00 0,05 0,14 0,27<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,00 0,00 0,11 0,18 0,26 0,42<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,00 0,00 0,09 0,17 0,22 0,27<br />

30/04/11 a 06/05/11 0,07 0,07 0,07 0,05 0,09 0,08<br />

07/05/11 a 13/05/11 0,25 0,24 0,02 0,03 0,03 0,03<br />

14/05/11 a 20/05/11 0,34 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

21/05/11 a 27/05/11 0,43 0,23 0,07 0,08 0,28 0,25<br />

28/05/11 a 03/06/11 0,42 0,34 0,08 0,09 0,23 0,20<br />

04/06/11 a 10/06/11 0,43 0,35 0,00 0,06 0,18 0,17<br />

11/06/11 a 17/06/11 0,39 0,34 0,02 0,05 0,15 0,13<br />

18/06/11 a 24/06/11 0,36 0,35 0,03 0,03 0,08 0,06<br />

25/06/11 a 01/07/11 0,15 0,15 0,01 0,01 0,05 0,04<br />

02/07/11 a 08/07/11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

09/07/11 a 15/07/11 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

16/07/11 a 22/07/11 0,14 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

23/07/11 a 29/07/11 0,14 0,13 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

30/07/11 a 05/08/11 0,10 0,10 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

06/08/11 a 12/08/11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

13/08/11 a 19/08/11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

20/08/11 a 26/08/11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

27/08/11 a 02/09/11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

03/09/11 a 09/09/11 0,05 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

10/09/11 a 16/09/11 0,06 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

17/09/11 a 23/09/11 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

24/09/11 a 30/09/11 0,13 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

01/10/11 a 07/10/11 0,27 0,26 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

08/10/11 a 1410/11 0,20 0,20 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

15/10/11 a 21/10/11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

22/10/11 a 28/10/11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

29/10/11 a 05/11/11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 36 / 150


Tabela 6 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para os reservatórios da bacia do rio Paranapanema e Barra Bonita consi<strong>de</strong>rados nos estudos para cálculo <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong><br />

espera do Sistema <strong>de</strong> Reservatórios da bacia do rio Paraná até Porto São José<br />

Jurumirim Chavantes Barra Bonita<br />

Período Seco +<br />

Úmido +<br />

Seco +<br />

Úmido +<br />

Seco +<br />

Úmido +<br />

Normal<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

Normal<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

Normal<br />

Normal<br />

Normal<br />

Normal<br />

Normal<br />

Normal<br />

Normal<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,090 0,070<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,041 0,041 0,041 0,041 0,039 0,039 0,039 0,039 0,340 0,310 0,360 0,380<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,229 0,229 0,229 0,229 0,221 0,221 0,221 0,221 0,490 0,480 0,730 0,870<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,393 0,393 0,393 0,393 0,377 0,377 0,377 0,377 0,510 0,440 1,030 1,180<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,398 0,398 0,398 0,398 0,382 0,382 0,382 0,382 0,510 0,420 1,030 1,120<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,430 0,430 0,430 0,430 0,330 0,330 0,330 0,330 0,480 0,400 1,050 1,030<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,430 0,430 0,430 0,430 0,390 0,390 0,390 0,390 0,460 0,400 1,150 1,030<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,430 0,430 0,430 0,430 0,530 0,530 0,530 0,530 0,440 0,400 1,120 0,980<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,420 0,420 0,420 0,420 0,480 0,480 0,480 0,480 0,430 0,380 1,100 0,950<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,400 0,400 0,400 0,400 0,190 0,190 0,190 0,190 0,380 0,350 1,030 0,900<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,316 0,316 0,316 0,316 0,304 0,304 0,304 0,304 0,380 0,340 0,940 0,820<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,380 0,380 0,380 0,380 0,240 0,240 0,240 0,240 0,370 0,330 0,880 0,820<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,410 0,410 0,410 0,410 0,200 0,200 0,200 0,200 0,340 0,310 0,760 0,670<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,400 0,400 0,400 0,400 0,230 0,230 0,230 0,230 0,290 0,290 0,760 0,670<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,360 0,360 0,360 0,360 0,180 0,180 0,180 0,180 0,290 0,250 0,760 0,670<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,160 0,160 0,160 0,160 0,070 0,070 0,070 0,070 0,290 0,250 0,750 0,640<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,260 0,240 0,650 0,590<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,230 0,220 0,380 0,420<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,180 0,000 0,280 0,420<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,180 0,110 0,280 0,420<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,170 0,090 0,280 0,270<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 37 / 150


As Tabelas 7, 8, 9 e 10, a seguir, apresentam os resultados dos cálculos dos<br />

volumes <strong>de</strong> espera dos quatro cenários hidrológicos em todos os reservatórios<br />

do Sistema <strong>de</strong> Reservatórios da Bacia do rio Paraná até Porto São José para a<br />

alternativa <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> recorrência <strong>de</strong> 30 anos recomendado pelos Agentes <strong>de</strong><br />

Geração responsáveis pelos reservatórios <strong>de</strong>sta bacia. As exceções <strong>de</strong>sta alternativa<br />

ocorrem com os reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes, tempo <strong>de</strong> recorrência<br />

<strong>de</strong> 50 anos recomendado pela DUKE ENERGY, e para o reservatório <strong>de</strong><br />

Barra Bonita, 20 anos recomendado pela AES Tietê. Para os reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim,<br />

Chavantes e Barra Bonita estes resultados contemplam o estudo realizado<br />

consi<strong>de</strong>rando suas restrições próprias.<br />

Em seguida, estes resultados são apresentados nas Figuras <strong>de</strong> 3 a 16, com a<br />

evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera em cada reservatório para os quatro<br />

cenários hidrológicos.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 38 / 150


Tabela 7 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para os reservatórios da bacia do rio Paraná até Porto São José com operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> - Cenário Seco +<br />

Normal (integrado ao Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes)<br />

Reservatórios<br />

Volume<br />

Mari<br />

Período<br />

Furn MMor<br />

AVer Embo NPon Itum SSim Bbon Prom Ilh+TIr Juru Chav Capi<br />

total<br />

TR=30<br />

TR=30 TR=30<br />

TR=30 TR=30 TR=30 TR=30 TR=30 TR=20 TR=30 TR=30 TR=50 TR=50 TR=30<br />

(1)<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,263 0,000 0,000 0,263 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,263 0,000 0,000 0,263 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,423 0,000 0,000 0,325 0,016 0,000 0,000 0,000 0,022 0,000 0,006 0,054 0,000 0,000 0,000<br />

20/11/10 a 26/11/10 5,732 0,051 0,350 1,105 0,625 0,170 0,093 0,511 0,731 0,141 0,206 1,739 0,000 0,000 0,000<br />

27/11/10 a 03/12/10 10,623 0,490 0,500 1,625 1,184 0,326 0,187 0,959 1,391 0,269 0,392 3,290 0,000 0,000 0,000<br />

04/12/10 a 10/12/10 14,922 0,826 0,500 2,130 1,654 0,470 0,259 1,420 1,930 0,397 0,575 4,751 0,000 0,000 0,000<br />

11/12/10 a 17/12/10 15,025 0,844 0,500 2,136 1,654 0,470 0,259 1,420 1,930 0,397 0,575 4,760 0,041 0,039 0,000<br />

18/12/10 a 24/12/10 14,723 0,792 0,500 1,999 1,592 0,444 0,249 1,295 1,861 0,490 0,542 4,509 0,398 0,382 0,000<br />

25/12/10 a 31/12/10 14,584 0,740 0,500 1,909 1,494 0,418 0,228 1,208 1,751 0,510 0,494 4,232 0,398 0,382 0,330<br />

01/01/11 a 07/01/11 14,188 0,723 0,500 1,857 1,437 0,392 0,218 1,171 1,684 0,510 0,475 4,031 0,398 0,382 0,410<br />

08/01/11 a 14/01/11 14,388 0,689 0,500 1,799 1,375 0,379 0,208 1,121 1,612 0,480 0,453 3,835 0,460 0,557 0,950<br />

15/01/11 a 21/01/11 13,658 0,620 0,500 1,725 1,297 0,353 0,197 1,046 1,518 0,460 0,428 3,604 0,460 0,557 0,950<br />

22/01/11 a 28/01/11 12,597 0,513 0,500 1,641 1,204 0,339 0,187 0,971 1,413 0,440 0,398 3,344 0,460 0,530 0,687<br />

29/01/11 a 04/02/11 11,079 0,411 0,500 1,557 1,117 0,313 0,166 0,909 1,307 0,430 0,366 3,093 0,460 0,530 0,000<br />

05/02/11 a 11/02/11 10,199 0,328 0,500 1,483 1,034 0,287 0,156 0,834 1,208 0,380 0,340 2,869 0,400 0,304 0,000<br />

12/02/11 a 18/02/11 9,537 0,245 0,500 1,410 0,956 0,261 0,145 0,772 1,119 0,380 0,315 2,654 0,400 0,304 0,000<br />

19/02/11 a 25/02/11 8,554 0,210 0,470 1,304 0,843 0,173 0,125 0,685 0,986 0,370 0,277 2,331 0,400 0,240 0,000<br />

26/02/11 a 04/03/11 7,801 0,160 0,420 1,226 0,755 0,163 0,114 0,610 0,886 0,340 0,249 2,098 0,400 0,240 0,000<br />

05/03/11 a 11/03/11 6,945 0,140 0,365 1,131 0,656 0,141 0,104 0,536 0,765 0,290 0,217 1,820 0,400 0,240 0,000<br />

12/03/11 a 18/03/11 6,370 0,140 0,330 1,073 0,594 0,054 0,093 0,486 0,693 0,290 0,196 1,641 0,360 0,240 0,000<br />

19/03/11 a 25/03/11 5,696 0,130 0,287 0,999 0,512 0,013 0,083 0,411 0,598 0,290 0,168 1,425 0,360 0,070 0,000<br />

26/03/11 a 01/04/11 4,723 0,090 0,225 0,899 0,403 0,000 0,018 0,324 0,471 0,260 0,132 1,121 0,000 0,000 0,000<br />

02/04/11 a 08/04/11 4,176 0,040 0,190 0,842 0,341 0,000 0,017 0,274 0,399 0,230 0,113 0,950 0,000 0,000 0,000<br />

09/04/11 a 15/04/11 3,233 0,000 0,118 0,742 0,233 0,000 0,000 0,187 0,271 0,180 0,077 0,645 0,000 0,000 0,000<br />

16/04/11 a 22/04/11 2,703 0,000 0,022 0,684 0,171 0,000 0,000 0,137 0,199 0,180 0,055 0,475 0,000 0,000 0,000<br />

23/04/11 a 29/04/11 1,722 0,000 0,000 0,469 0,057 0,000 0,000 0,000 0,066 0,170 0,019 0,161 0,000 0,000 0,000<br />

(1) Nos volumes indicados para Marimbondo está incorporada a parcela <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> V.U. do próprio reservatório que <strong>de</strong>ve permanecer vazia.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 39 / 150


Tabela 8<br />

Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para os reservatórios da bacia do rio Paraná até Porto São José com operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> - Cenário Normal<br />

(integrado ao Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes)<br />

Reservatórios<br />

Volume<br />

Mari<br />

Período<br />

Furn MMor<br />

AVer Embo NPon Itum SSim Bbon Prom Ilh+TIr Juru Chav Capi<br />

total<br />

TR=30<br />

TR=30 TR=30<br />

TR=30 TR=30 TR=30 TR=30 TR=30 TR=20 TR=30 TR=30 TR=50 TR=50 TR=30<br />

(1)<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,263 0,000 0,000 0,263 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,723 0,000 0,000 0,450 0,052 0,000 0,000 0,000 0,061 0,000 0,017 0,143 0,000 0,000 0,000<br />

13/11/10 a 19/11/10 3,913 0,000 0,230 0,905 0,414 0,057 0,062 0,336 0,482 0,092 0,136 1,139 0,000 0,000 0,000<br />

20/11/10 a 26/11/10 9,632 0,360 0,500 1,515 1,065 0,300 0,166 0,859 1,247 0,241 0,351 2,958 0,000 0,000 0,000<br />

27/11/10 a 03/12/10 13,003 0,723 0,500 1,873 1,452 0,405 0,218 1,183 1,701 0,328 0,479 4,071 0,000 0,000 0,000<br />

04/12/10 a 10/12/10 13,148 0,820 0,500 1,878 1,463 0,405 0,228 1,183 1,712 0,331 0,483 4,071 0,000 0,000 0,000<br />

11/12/10 a 17/12/10 14,158 0,900 0,500 1,994 1,582 0,444 0,239 1,283 1,856 0,359 0,521 4,406 0,041 0,039 0,000<br />

18/12/10 a 24/12/10 15,312 0,920 0,500 2,078 1,654 0,457 0,259 1,390 1,930 0,480 0,572 4,742 0,398 0,382 0,030<br />

25/12/10 a 31/12/10 16,280 0,930 0,500 2,162 1,654 0,470 0,298 1,420 1,930 0,440 0,585 4,841 0,398 0,382 0,450<br />

01/01/11 a 07/01/11 16,734 0,860 0,500 2,157 1,654 0,470 0,298 1,420 1,930 0,420 0,583 4,823 0,398 0,382 0,950<br />

08/01/11 a 14/01/11 16,773 0,844 0,500 2,157 1,654 0,470 0,352 1,420 1,930 0,411 0,583 4,823 0,460 0,382 0,950<br />

15/01/11 a 21/01/11 17,324 0,844 0,500 2,157 1,654 0,470 0,342 1,420 1,930 0,411 0,583 4,823 0,460 0,790 0,950<br />

22/01/11 a 28/01/11 17,304 0,844 0,500 2,157 1,654 0,470 0,342 1,420 1,930 0,411 0,583 4,823 0,460 0,790 0,950<br />

29/01/11 a 04/02/11 16,360 0,792 0,500 2,009 1,628 0,444 0,249 1,295 1,878 0,380 0,549 4,536 0,460 0,790 0,950<br />

05/02/11 a 11/02/11 14,015 0,740 0,500 1,894 1,478 0,405 0,228 1,196 1,734 0,350 0,487 4,165 0,400 0,304 0,150<br />

12/02/11 a 18/02/11 13,354 0,689 0,500 1,825 1,401 0,392 0,218 1,133 1,640 0,340 0,462 3,916 0,400 0,304 0,150<br />

19/02/11 a 25/02/11 12,094 0,575 0,500 1,704 1,272 0,353 0,197 1,034 1,490 0,330 0,419 3,532 0,400 0,240 0,000<br />

26/02/11 a 04/03/11 10,290 0,352 0,500 1,510 1,060 0,300 0,166 0,859 1,247 0,310 0,349 2,949 0,400 0,240 0,000<br />

05/03/11 a 11/03/11 9,866 0,320 0,500 1,468 1,013 0,274 0,156 0,822 1,186 0,290 0,334 2,815 0,400 0,240 0,000<br />

12/03/11 a 18/03/11 8,721 0,320 0,495 1,347 0,884 0,096 0,135 0,722 1,036 0,250 0,292 2,456 0,360 0,240 0,000<br />

19/03/11 a 25/03/11 7,538 0,250 0,415 1,215 0,744 0,089 0,114 0,598 0,870 0,250 0,243 2,062 0,360 0,070 0,000<br />

26/03/11 a 01/04/11 6,244 0,100 0,332 1,078 0,594 0,089 0,093 0,486 0,698 0,240 0,196 1,650 0,000 0,000 0,000<br />

02/04/11 a 08/04/11 5,370 0,030 0,275 0,984 0,496 0,087 0,073 0,399 0,582 0,220 0,164 1,372 0,000 0,000 0,000<br />

09/04/11 a 15/04/11 3,974 0,000 0,190 0,842 0,341 0,015 0,052 0,274 0,399 0,110 0,113 0,950 0,000 0,000 0,000<br />

16/04/11 a 22/04/11 2,351 0,000 0,000 0,663 0,150 0,000 0,000 0,107 0,172 0,110 0,049 0,412 0,000 0,000 0,000<br />

23/04/11 a 29/04/11 1,580 0,000 0,000 0,479 0,062 0,000 0,000 0,000 0,072 0,090 0,019 0,170 0,000 0,000 0,000<br />

(1) Nos volumes indicados para Marimbondo está incorporada a parcela <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> V.U. do próprio reservatório que <strong>de</strong>ve permanecer vazia.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 40 / 150


Tabela 9 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para os reservatórios da bacia do rio Paraná até Porto São José com operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> -<br />

Cenário Úmido + Normal (integrado ao Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes)<br />

Reservatórios<br />

Volume<br />

Mari<br />

Período<br />

Furn MMor<br />

AVer Embo NPon Itum SSim Bbon Prom Ilh+TIr Juru Chav Capi<br />

total<br />

TR=30<br />

TR=30 TR=30<br />

TR=30 TR=30 TR=30 TR=30 TR=30 TR=20 TR=30 TR=30 TR=50 TR=50 TR=30<br />

(1)<br />

30/10/10 a 05/11/10 4,801 0,000 0,290 1,010 0,522 0,133 0,083 0,423 0,609 0,118 0,170 1,443 0,000 0,000 0,000<br />

06/11/10 a 12/11/10 10,293 0,457 0,500 1,589 1,148 0,313 0,176 0,934 1,346 0,259 0,379 3,192 0,000 0,000 0,000<br />

13/11/10 a 19/11/10 13,273 0,740 0,500 1,904 1,489 0,418 0,228 1,208 1,745 0,339 0,492 4,210 0,000 0,000 0,000<br />

20/11/10 a 26/11/10 14,891 0,826 0,500 2,078 1,726 0,457 0,259 1,357 1,984 0,380 0,572 4,742 0,000 0,000 0,000<br />

27/11/10 a 03/12/10 15,873 0,895 0,500 2,236 1,840 0,496 0,279 1,569 2,150 0,431 0,611 4,856 0,000 0,000 0,000<br />

04/12/10 a 10/12/10 16,167 1,120 0,500 2,236 1,861 0,522 0,291 1,569 2,152 0,431 0,619 4,856 0,000 0,000 0,000<br />

11/12/10 a 17/12/10 16,763 1,120 0,500 2,320 1,933 0,535 0,385 1,681 2,260 0,452 0,641 4,856 0,041 0,039 0,000<br />

18/12/10 a 24/12/10 17,986 1,450 0,500 2,320 1,964 0,535 0,385 1,681 2,294 0,730 0,651 4,856 0,398 0,382 0,170<br />

25/12/10 a 31/12/10 20,527 1,430 0,500 2,367 2,139 0,666 0,405 1,694 2,700 1,030 1,520 4,856 0,398 0,382 0,450<br />

01/01/11 a 07/01/11 19,606 1,360 0,500 2,372 1,995 0,666 0,405 1,694 2,338 1,030 0,670 4,856 0,398 0,382 0,940<br />

08/01/11 a 14/01/11 19,928 1,273 0,500 2,383 1,995 0,666 0,405 1,706 2,338 1,050 0,670 4,856 0,460 0,790 0,950<br />

15/01/11 a 21/01/11 19,950 1,188 0,500 2,367 1,980 0,666 0,405 1,694 2,316 1,150 0,670 4,856 0,460 0,790 0,950<br />

22/01/11 a 28/01/11 19,803 1,136 0,500 2,351 1,964 0,666 0,394 1,669 2,294 1,120 0,653 4,856 0,460 0,790 0,950<br />

29/01/11 a 04/02/11 19,296 0,950 0,500 2,299 1,907 0,632 0,384 1,631 2,233 1,100 0,634 4,856 0,460 0,790 0,950<br />

05/02/11 a 11/02/11 16,703 0,861 0,500 2,115 1,768 0,470 0,259 1,395 2,052 1,030 0,587 4,856 0,400 0,304 0,030<br />

12/02/11 a 18/02/11 15,319 0,775 0,500 1,978 1,582 0,431 0,239 1,270 1,839 0,940 0,538 4,447 0,400 0,304 0,000<br />

19/02/11 a 25/02/11 13,905 0,706 0,500 1,830 1,411 0,392 0,218 1,146 1,651 0,880 0,464 3,927 0,400 0,240 0,000<br />

26/02/11 a 04/03/11 11,748 0,530 0,500 1,610 1,168 0,279 0,176 0,947 1,368 0,760 0,385 3,245 0,400 0,240 0,000<br />

05/03/11 a 11/03/11 11,193 0,470 0,500 1,546 1,106 0,242 0,166 0,897 1,296 0,760 0,364 3,066 0,400 0,240 0,000<br />

12/03/11 a 18/03/11 10,169 0,470 0,500 1,436 0,982 0,079 0,156 0,797 1,152 0,760 0,323 2,734 0,360 0,240 0,000<br />

19/03/11 a 25/03/11 8,482 0,420 0,435 1,247 0,781 0,040 0,062 0,635 0,914 0,750 0,257 2,161 0,360 0,070 0,000<br />

26/03/11 a 01/04/11 7,505 0,320 0,378 1,152 0,677 0,040 0,062 0,548 0,792 0,650 0,223 1,883 0,000 0,000 0,000<br />

02/04/11 a 08/04/11 5,746 0,160 0,280 0,989 0,501 0,040 0,062 0,411 0,587 0,380 0,166 1,390 0,000 0,000 0,000<br />

09/04/11 a 15/04/11 4,733 0,005 0,225 0,899 0,403 0,040 0,062 0,324 0,471 0,280 0,132 1,112 0,000 0,000 0,000<br />

16/04/11 a 22/04/11 2,894 0,000 0,040 0,694 0,181 0,000 0,000 0,146 0,211 0,280 0,060 0,502 0,000 0,000 0,000<br />

23/04/11 a 29/04/11 2,362 0,000 0,000 0,636 0,119 0,000 0,000 0,039 0,138 0,280 0,038 0,332 0,000 0,000 0,000<br />

(1) Nos volumes indicados para Marimbondo está incorporada a parcela <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> V.U. do próprio reservatório que <strong>de</strong>ve permanecer vazia.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 41 / 150


Tabela 10 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para os reservatórios da bacia do rio Paraná até Porto São José com operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> -<br />

Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

Reservatórios<br />

Volume<br />

Mari<br />

Período<br />

Furn MMor<br />

AVer Embo NPon Itum SSim Bbon Prom Ilh+TIr Juru Chav Capi<br />

total<br />

TR=30<br />

TR=30 TR=30<br />

TR=30 TR=30 TR=30 TR=30 TR=30 TR=20 TR=30 TR=30 TR=50 TR=50 TR=30<br />

(1)<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,263 0,000 0,000 0,263 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

06/11/10 a 12/11/10 2,884 0,000 0,168 0,805 0,300 0,000 0,004 0,249 0,355 0,069 0,100 0,834 0,000 0,000 0,000<br />

13/11/10 a 19/11/10 9,672 0,373 0,500 1,525 1,080 0,300 0,166 0,872 1,263 0,244 0,355 2,994 0,010 0,010 0,000<br />

20/11/10 a 26/11/10 13,513 0,758 0,500 1,930 1,515 0,418 0,228 1,233 1,778 0,344 0,500 4,299 0,005 0,005 0,000<br />

27/11/10 a 03/12/10 14,933 0,844 0,500 2,083 1,732 0,470 0,259 1,357 1,972 0,380 0,575 4,751 0,000 0,000 0,000<br />

04/12/10 a 10/12/10 17,023 1,000 0,500 2,325 1,900 0,666 0,394 1,681 2,000 0,462 1,229 4,856 0,000 0,000 0,000<br />

11/12/10 a 17/12/10 17,093 1,000 0,500 2,325 1,900 0,666 0,394 1,681 2,000 0,462 1,229 4,856 0,071 0,069 0,000<br />

18/12/10 a 24/12/10 17,871 1,000 0,500 2,325 1,900 0,666 0,394 1,681 2,000 0,870 1,229 4,856 0,250 0,150 0,000<br />

25/12/10 a 31/12/10 18,981 1,000 0,500 2,325 1,900 0,666 0,394 1,681 2,000 1,180 1,229 4,856 0,470 0,790 0,480<br />

01/01/11 a 07/01/11 19,606 1,000 0,500 2,325 1,900 0,666 0,405 1,706 2,000 1,120 1,438 4,856 0,470 0,790 0,910<br />

08/01/11 a 14/01/11 19,568 1,000 0,500 2,325 1,900 0,666 0,405 1,706 2,000 1,030 1,418 4,856 0,470 0,790 0,950<br />

15/01/11 a 21/01/11 19,999 1,000 0,500 2,325 1,900 0,666 0,405 1,694 2,000 1,030 1,413 4,856 0,470 0,790 0,950<br />

22/01/11 a 28/01/11 19,909 1,000 0,500 2,325 1,900 0,666 0,405 1,694 2,000 0,980 1,413 4,856 0,470 0,790 0,950<br />

29/01/11 a 04/02/11 19,879 1,000 0,500 2,325 1,900 0,666 0,405 1,694 2,000 0,950 1,413 4,856 0,470 0,790 0,950<br />

05/02/11 a 11/02/11 18,499 1,000 0,500 2,325 1,900 0,666 0,405 1,694 2,000 0,900 1,413 4,856 0,470 0,790 0,060<br />

12/02/11 a 18/02/11 17,493 1,000 0,500 2,278 1,887 0,640 0,384 1,607 2,000 0,820 0,681 4,856 0,470 0,790 0,060<br />

19/02/11 a 25/02/11 16,739 0,878 0,500 2,204 1,804 0,483 0,270 1,544 2,000 0,820 0,600 4,856 0,470 0,790 0,000<br />

26/02/11 a 04/03/11 14,883 0,775 0,500 1,962 1,551 0,431 0,239 1,258 1,817 0,670 0,511 4,389 0,470 0,290 0,000<br />

05/03/11 a 11/03/11 13,596 0,689 0,500 1,820 1,396 0,392 0,218 1,133 1,640 0,670 0,462 3,896 0,410 0,290 0,000<br />

12/03/11 a 18/03/11 12,272 0,550 0,500 1,678 1,241 0,339 0,187 1,009 1,457 0,670 0,409 3,452 0,310 0,290 0,000<br />

19/03/11 a 25/03/11 10,419 0,370 0,500 1,478 1,029 0,241 0,156 0,834 1,202 0,640 0,338 2,851 0,200 0,010 0,000<br />

26/03/11 a 01/04/11 8,667 0,280 0,463 1,294 0,827 0,098 0,125 0,673 0,970 0,590 0,272 2,295 0,000 0,000 0,000<br />

02/04/11 a 08/04/11 6,916 0,160 0,358 1,120 0,641 0,073 0,093 0,523 0,753 0,420 0,211 1,784 0,000 0,000 0,000<br />

09/04/11 a 15/04/11 4,716 0,025 0,215 0,878 0,383 0,000 0,062 0,311 0,449 0,420 0,126 1,067 0,000 0,000 0,000<br />

16/04/11 a 22/04/11 3,063 0,000 0,052 0,694 0,181 0,000 0,000 0,149 0,216 0,420 0,060 0,511 0,000 0,000 0,000<br />

23/04/11 a 29/04/11 2,434 0,000 0,000 0,647 0,129 0,000 0,000 0,056 0,150 0,270 0,043 0,359 0,000 0,000 0,000<br />

(1) Nos volumes indicados para Marimbondo está incorporada a parcela <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> V.U. do próprio reservatório que <strong>de</strong>ve permanecer vazia.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 42 / 150


Figura 3<br />

Furnas: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários hidrológicos<br />

Furnas - TR = 30 Anos<br />

100,00<br />

98,00<br />

96,00<br />

% VU<br />

94,00<br />

Normal<br />

92,00<br />

Seco+Normal<br />

Úmido+Normal<br />

90,00<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

30/10/10 a 05/10/10<br />

27/10/10 a 03/12/10<br />

25/12/10 a 31/12/10<br />

22/01/11 a 28/01/11<br />

19/02/11 a 25/02/11<br />

19/03/11 a 25/03/11<br />

16/04/11 a 22/04/11<br />

Figura 4<br />

hidrológicos<br />

Mascarenhas <strong>de</strong> Moraes: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários<br />

100,00<br />

Mascarenhas <strong>de</strong> Moraes - TR = 30 Anos<br />

95,00<br />

90,00<br />

% VU<br />

85,00<br />

80,00<br />

Normal<br />

75,00<br />

70,00<br />

Seco+Normal<br />

Úmido+Normal<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

30/10/10 a 05/10/10<br />

27/10/10 a 03/12/10<br />

25/12/10 a 31/12/10<br />

22/01/11 a 28/01/11<br />

19/02/11 a 25/02/11<br />

19/03/11 a 25/03/11<br />

16/04/11 a 22/04/11<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 43 / 150


Figura 5<br />

Marimbondo: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários hidrológicos<br />

95,00<br />

Marimbondo - TR = 30 Anos<br />

90,00<br />

85,00<br />

80,00<br />

% VU<br />

75,00<br />

70,00<br />

65,00<br />

60,00<br />

55,00<br />

Normal<br />

Seco+Normal<br />

Úmido+Normal<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

50,00<br />

30/10/10 a 05/10/10<br />

27/10/10 a 03/12/10<br />

25/12/10 a 31/12/10<br />

22/01/11 a 28/01/11<br />

19/02/11 a 25/02/11<br />

19/03/11 a 25/03/11<br />

16/04/11 a 22/04/11<br />

Figura 6<br />

Água Vermelha: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários hidrológicos<br />

100,00<br />

Água Vermelha - TR = 30 Anos<br />

95,00<br />

90,00<br />

85,00<br />

80,00<br />

% VU<br />

75,00<br />

70,00<br />

65,00<br />

Seco+Normal<br />

60,00<br />

Normal<br />

55,00<br />

50,00<br />

Úmido+Normal<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

30/10/10 a 05/10/10<br />

27/10/10 a 03/12/10<br />

25/12/10 a 31/12/10<br />

22/01/11 a 28/01/11<br />

19/02/11 a 25/02/11<br />

19/03/11 a 25/03/11<br />

16/04/11 a 22/04/11<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 44 / 150


Figura 7<br />

Emborcação: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários hidrológicos<br />

Emborcação - TR = 30 Anos<br />

100,00<br />

98,00<br />

96,00<br />

% VU<br />

94,00<br />

Normal<br />

92,00<br />

Seco+Normal<br />

Úmido+Normal<br />

90,00<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

30/10/10 a 05/10/10<br />

27/10/10 a 03/12/10<br />

25/12/10 a 31/12/10<br />

22/01/11 a 28/01/11<br />

19/02/11 a 25/02/11<br />

19/03/11 a 25/03/11<br />

16/04/11 a 22/04/11<br />

Figura 8<br />

Nova Ponte: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários hidrológicos<br />

100,00<br />

Nova Ponte - TR = 30 Anos<br />

98,00<br />

96,00<br />

% VU<br />

94,00<br />

Normal<br />

92,00<br />

Seco+Normal<br />

Úmido+Normal<br />

90,00<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

30/10/10 a 05/10/10<br />

27/10/10 a 03/12/10<br />

25/12/10 a 31/12/10<br />

22/01/11 a 28/01/11<br />

19/02/11 a 25/02/11<br />

19/03/11 a 25/03/11<br />

16/04/11 a 22/04/11<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 45 / 150


Figura 9<br />

Itumbiara: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários hidrológicos<br />

100,00<br />

Itumbiara - TR = 30 Anos<br />

95,00<br />

% VU<br />

90,00<br />

85,00<br />

Normal<br />

Seco+Normal<br />

Úmido+Normal<br />

80,00<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

30/10/10 a 05/10/10<br />

27/10/10 a 03/12/10<br />

25/12/10 a 31/12/10<br />

22/01/11 a 28/01/11<br />

19/02/11 a 25/02/11<br />

19/03/11 a 25/03/11<br />

16/04/11 a 22/04/11<br />

Figura 10<br />

São Simão: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários hidrológicos<br />

São Simão - TR = 30 Anos<br />

% V U<br />

100,00<br />

95,00<br />

90,00<br />

85,00<br />

80,00<br />

75,00<br />

70,00<br />

65,00<br />

60,00<br />

55,00<br />

50,00<br />

Normal<br />

Seco+Normal<br />

Úmido+Normal<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

30/10/10 a 05/10/10<br />

27/10/10 a 03/12/10<br />

25/12/10 a 31/12/10<br />

22/01/11 a 28/01/11<br />

19/02/11 a 25/02/11<br />

19/03/11 a 25/03/11<br />

16/04/11 a 22/04/11<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 46 / 150


Figura 11<br />

Barra Bonita: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários hidrológicos<br />

Barra Bonita - TR = 20 Anos<br />

100,00<br />

95,00<br />

90,00<br />

85,00<br />

80,00<br />

% VU<br />

75,00<br />

70,00<br />

65,00<br />

Normal<br />

60,00<br />

55,00<br />

Seco+Normal<br />

Úmido+Normal<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

50,00<br />

30/10/10 a 05/10/10<br />

27/10/10 a 03/12/10<br />

25/12/10 a 31/12/10<br />

22/01/11 a 28/01/11<br />

19/02/11 a 25/02/11<br />

19/03/11 a 25/03/11<br />

16/04/11 a 22/04/11<br />

14/05/11 a 20/05/11<br />

11/06/11 a 17/06/11<br />

09/07/11 a 15/07/11<br />

Figura 12<br />

Promissão: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários hidrológicos<br />

Promissão - TR = 30 Anos<br />

100,00<br />

90,00<br />

80,00<br />

70,00<br />

60,00<br />

% VU<br />

50,00<br />

40,00<br />

30,00<br />

20,00<br />

10,00<br />

Normal<br />

Seco+Normal<br />

Úmido+Normal<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

0,00<br />

30/10/10 a 05/10/10<br />

27/10/10 a 03/12/10<br />

25/12/10 a 31/12/10<br />

22/01/11 a 28/01/11<br />

19/02/11 a 25/02/11<br />

19/03/11 a 25/03/11<br />

16/04/11 a 22/04/11<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 47 / 150


Figura 13<br />

hidrológicos<br />

Ilha Solteira Equivalente: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários<br />

100,00<br />

Ilha Solteira Equivalente - TR = 30 Anos<br />

90,00<br />

80,00<br />

70,00<br />

% VU<br />

60,00<br />

50,00<br />

40,00<br />

Normal<br />

Seco+Normal<br />

30,00<br />

Úmido+Normal<br />

20,00<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

30/10/10 a 05/10/10<br />

27/10/10 a 03/12/10<br />

25/12/10 a 31/12/10<br />

22/01/11 a 28/01/11<br />

19/02/11 a 25/02/11<br />

19/03/11 a 25/03/11<br />

16/04/11 a 22/04/11<br />

Figura 14<br />

Jurumirim: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para o cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

Jurumirim - TR = 50 Anos<br />

100,00<br />

95,00<br />

% VU<br />

90,00<br />

85,00<br />

80,00<br />

06/10/10 a 12/10/10<br />

04/12/10 a 10/12/10<br />

01/01/11 a 07/01/11<br />

29/01/11 a 04/02/11<br />

26/02/11 a 04/03/11<br />

26/03/11 a 01/04/11<br />

23/04/11 a 29/04/11<br />

21/05/11 a 27/05/11<br />

18/06/11 a 24/06/11<br />

16/07/11 a 22/07/11<br />

13/08/11 a 19/08/11<br />

Normal<br />

Seco+Normal<br />

Úmido+Normal<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

10/09/11 a 16/09/11<br />

08/10/11 a 1410/11<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 48 / 150


Figura 15<br />

Chavantes: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para o cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

100,00<br />

Chavantes - TR = 50 Anos<br />

95,00<br />

90,00<br />

% VU<br />

85,00<br />

80,00<br />

Normal<br />

Seco+Normal<br />

75,00<br />

Úmido+Normal<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

70,00<br />

06/10/10 a 12/10/10<br />

04/12/10 a 10/12/10<br />

01/01/11 a 07/01/11<br />

29/01/11 a 04/02/11<br />

26/02/11 a 04/03/11<br />

26/03/11 a 01/04/11<br />

23/04/11 a 29/04/11<br />

21/05/11 a 27/05/11<br />

18/06/11 a 24/06/11<br />

16/07/11 a 22/07/11<br />

13/08/11 a 19/08/11<br />

10/09/11 a 16/09/11<br />

08/10/11 a 1410/11<br />

Figura 16<br />

Capivara: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários hidrológicos<br />

Capivara - TR = 30 Anos<br />

100,00<br />

95,00<br />

% VU<br />

90,00<br />

85,00<br />

Normal<br />

Seco+Normal<br />

Úmido+Normal<br />

80,00<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

06/10/10 a 12/10/10<br />

04/12/10 a 10/12/10<br />

01/01/11 a 07/01/11<br />

29/01/11 a 04/02/11<br />

26/02/11 a 04/03/11<br />

26/03/11 a 01/04/11<br />

23/04/11 a 29/04/11<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 49 / 150


2.5.3 Sistema <strong>de</strong> reservatórios Camargos-Funil<br />

O reservatório <strong>de</strong> Camargos não é consi<strong>de</strong>rado no sistema <strong>de</strong> reservatórios da<br />

bacia do rio Paraná até Porto São José em razão do seu pequeno tamanho em<br />

relação aos <strong>de</strong>mais, da localização e da severida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua restrição, cuja recorrência<br />

estimada não chega a 2 anos, não agregando nenhuma proteção adicional<br />

às <strong>de</strong>mais restrições existentes a jusante do mesmo.<br />

Em Camargos o volume <strong>de</strong> espera alocado até a estação chuvosa 1991/1992<br />

era tido como suficiente para garantir uma proteção <strong>de</strong> 100 anos à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão<br />

Vermelho. Após a atualização da série <strong>de</strong> vazões com o período 1977-<br />

1992, tal volume passou a representar uma proteção <strong>de</strong> apenas 17 anos. Em razão<br />

da conclusão da construção da ponte ferroviária sobre o rio Gran<strong>de</strong> em Ribeirão<br />

Vermelho, parcialmente <strong>de</strong>struída durante a cheia <strong>de</strong> 1992, a CEMIG passou<br />

a adotar neste aproveitamento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a estação chuvosa 1993/1994, volumes<br />

<strong>de</strong> espera associados à recorrência <strong>de</strong> 50 anos calculados pela metodologia<br />

da Curva Volume-Duração. Esta metodologia proporcionou um acréscimo no<br />

grau <strong>de</strong> proteção à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Vermelho, <strong>de</strong>finidos com base em avaliações<br />

energéticas.<br />

Após a atualização da série histórica até 1996, a CEMIG fez uma revisão do<br />

cálculo dos volumes <strong>de</strong> espera em Camargos, <strong>de</strong>sta vez utilizando a metodologia<br />

CEPEL (Anexo I), mas consi<strong>de</strong>rando apenas o reservatório <strong>de</strong> Camargos, adotando-se<br />

simplesmente o método das Trajetórias Críticas, sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

se efetuar o cálculo das condições <strong>de</strong> controlabilida<strong>de</strong>.<br />

Des<strong>de</strong> o <strong>ciclo</strong> 2004-2005, a partir da revisão das séries <strong>de</strong> vazões naturais diárias<br />

do projeto <strong>de</strong> Revisão das Séries <strong>de</strong> Vazões Naturais, foi possível aplicar a<br />

metodologia CEPEL para o sistema Camargos-Funil. Nesta metodologia, o reservatório<br />

<strong>de</strong> Camargos é consi<strong>de</strong>rado como reservatório para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

e o reservatório <strong>de</strong> Funil apenas um ponto <strong>de</strong> controle (local da restrição mais<br />

severa), por ser um aproveitamento a fio d’água, sem capacida<strong>de</strong> para a alocação<br />

<strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera. A representação esquemática <strong>de</strong>ste sistema é apresentada<br />

na Figura 17 a seguir, com a composição dos três sistemas parciais<br />

SP1, SP2 e SP3.<br />

Figura 17<br />

Representação esquemática do Sistema Camargos-Funil<br />

SP1<br />

Camargos<br />

SP2<br />

Funil-Gran<strong>de</strong><br />

SP3<br />

Q restr =1000m 3 /s<br />

Q restr =1100m 3 /s<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 50 / 150


A Tabela 11, a seguir, apresenta os volumes <strong>de</strong> espera calculados para Camargos<br />

para o tempo <strong>de</strong> recorrência <strong>de</strong> 15 anos adotado pela CEMIG, para os<br />

quatro cenários hidrológicos consi<strong>de</strong>rados. Destaca-se que, <strong>de</strong>vido à indicação<br />

<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera em Funil-Gran<strong>de</strong> em algumas<br />

semanas e por esta usina não possuir reservatório <strong>de</strong> regularização, em algumas<br />

semanas não é possível garantir o tempo <strong>de</strong> recorrência <strong>de</strong> 15 anos para a restrição<br />

a jusante da UHE Funil-Gran<strong>de</strong> nestas semanas.<br />

Em seguida, é apresentada na Figura 18 a evolução temporal <strong>de</strong>stes volumes<br />

<strong>de</strong> espera.<br />

Tabela 11<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong> até Funil<br />

Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para o reservatório <strong>de</strong> Camargos com operação <strong>de</strong> controle<br />

Camargos<br />

Período Seco+Normal<br />

TR = 15 anos<br />

Normal<br />

TR = 15 anos<br />

Úmido+Normal<br />

TR = 15 anos<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

TR = 15 anos<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,280 0,280 0,350 0,290<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,280 0,290 0,370 0,350<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,320 0,310 0,370 0,350<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,330 0,310 0,370 0,350<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,350 0,350 0,370 0,370<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,370 0,370 0,370 0,370<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,370 0,370 0,370 0,370<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,370 0,370 0,370 0,370<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,370 0,370 0,370 0,370<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,360 0,370 0,370 0,370<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,340 0,370 0,370 0,370<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,320 0,370 0,370 0,370<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,280 0,350 0,370 0,370<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,250 0,350 0,370 0,370<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,250 0,320 0,370 0,370<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,230 0,310 0,370 0,370<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,190 0,260 0,370 0,360<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,170 0,250 0,370 0,360<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,140 0,210 0,370 0,350<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,110 0,150 0,300 0,330<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,030 0,000 0,300 0,290<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,010 0,000 0,250 0,230<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,000 0,000 0,180 0,170<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,000 0,000 0,020 0,020<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 51 / 150


Figura 18<br />

Camargos: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários hidrológicos<br />

100,00<br />

Camargos - TR = 15 Anos<br />

90,00<br />

80,00<br />

%VU<br />

70,00<br />

60,00<br />

Normal<br />

50,00<br />

Seco<br />

Úmido<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

40,00<br />

30/10/10 a 05/11/10<br />

13/11/10 a 19/11/10<br />

27/11/10 a 03/12/10<br />

11/12/10 a 17/12/10<br />

25/12/10 a 31/12/10<br />

08/01/11 a 14/01/11<br />

22/01/11 a 28/01/11<br />

05/02/11 a 11/02/11<br />

19/02/11 a 25/02/11<br />

05/03/11 a 11/03/11<br />

19/03/11 a 25/03/11<br />

02/04/11 a 08/04/11<br />

16/04/11 a 22/04/11<br />

30/04/11 a 06/05/11<br />

2.5.4 Sistema <strong>de</strong> reservatórios Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro<br />

Deste o <strong>ciclo</strong> 2003-2004, a partir da revisão das séries <strong>de</strong> vazões naturais diárias<br />

do projeto <strong>de</strong> Revisão das Séries <strong>de</strong> Vazões Naturais, foi possível aplicar a metodologia<br />

CEPEL (Anexo I) para o sistema Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro. O reservatório <strong>de</strong><br />

Cacon<strong>de</strong> é consi<strong>de</strong>rado como reservatório para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> e o reservatório<br />

<strong>de</strong> Limoeiro apenas um ponto <strong>de</strong> controle (local da restrição mais severa), por<br />

ser um aproveitamento a fio d’água, sem capacida<strong>de</strong> para a alocação <strong>de</strong> volumes<br />

<strong>de</strong> espera. A representação esquemática <strong>de</strong>ste sistema é apresentada na<br />

Figura 19 a seguir, com a composição dos três sistemas parciais SP1, SP2 e<br />

SP3.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 52 / 150


Figura 19<br />

Representação esquemática do Sistema Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro<br />

SP1<br />

Cacon<strong>de</strong><br />

SP2<br />

Limoeiro<br />

SP3<br />

Q restr =600m 3 /s<br />

Q restr =550m 3 /s<br />

A Tabela 12, a seguir, apresenta os volumes <strong>de</strong> espera calculados para Cacon<strong>de</strong><br />

para o tempo <strong>de</strong> recorrência <strong>de</strong> 20 anos adotado pela AES -Tietê para os<br />

quatro cenários hidrológicos consi<strong>de</strong>rados. Destaca-se que, <strong>de</strong>vido à indicação<br />

<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera em Limoeiro em algumas semanas<br />

e por esta usina não possuir reservatório <strong>de</strong> regularização, em algumas<br />

semanas não é possível garantir o tempo <strong>de</strong> recorrência <strong>de</strong> 20 anos para a restrição<br />

a jusante da UHE Limoeiro nestas semanas.<br />

Em seguida, é apresentada na Figura 20 a evolução temporal <strong>de</strong>stes volumes<br />

<strong>de</strong> espera.<br />

Tabela 12 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para o reservatório <strong>de</strong> Cacon<strong>de</strong> com operação <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong> até Limoeiro<br />

Cacon<strong>de</strong><br />

Período Seco+Normal<br />

TR = 20 anos<br />

Normal<br />

TR = 20 anos<br />

Úmido+Normal<br />

TR = 20 anos<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

TR = 20 anos<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,030 0,050 0,000 0,030<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,040 0,060 0,050 0,060<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,040 0,060 0,050 0,060<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,040 0,060 0,050 0,060<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,060 0,070 0,080 0,060<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,060 0,070 0,070 0,060<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,050 0,070 0,070 0,060<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,050 0,060 0,060 0,050<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,050 0,060 0,060 0,050<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,040 0,050 0,060 0,050<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,040 0,050 0,050 0,040<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,040 0,050 0,050 0,040<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,030 0,040 0,050 0,040<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,030 0,040 0,040 0,030<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,030 0,040 0,040 0,030<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,030 0,030 0,030 0,030<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,020 0,030 0,030 0,020<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,020 0,030 0,030 0,020<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,020 0,020 0,020 0,020<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,010 0,020 0,020 0,010<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,010 0,010 0,010 0,010<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,010 0,010 0,010 0,010<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 53 / 150


Figura 20<br />

Cacon<strong>de</strong>: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera – Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

100,00<br />

CACONDE - TR = 20 Anos<br />

95,00<br />

90,00<br />

%VU<br />

85,00<br />

80,00<br />

Normal<br />

Seco<br />

75,00<br />

Úmido<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

70,00<br />

30/10/10 a 05/11/10<br />

13/11/10 a 19/11/10<br />

27/11/10 a 03/12/10<br />

11/12/10 a 17/12/10<br />

25/12/10 a 31/12/10<br />

08/01/11 a 14/01/11<br />

22/01/11 a 28/01/11<br />

05/02/11 a 11/02/11<br />

19/02/11 a 25/02/11<br />

05/03/11 a 11/03/11<br />

19/03/11 a 25/03/11<br />

02/04/11 a 08/04/11<br />

16/04/11 a 22/04/11<br />

2.6 Alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera<br />

No estudo da bacia do rio Paraná foram mostrados somente os resultados correspon<strong>de</strong>ntes<br />

aos tempos <strong>de</strong> recorrência indicados pelos Agentes <strong>de</strong> Geração:<br />

• 30 anos no Sistema <strong>de</strong> Reservatórios da Bacia do rio Paraná até Porto São<br />

José durante o período <strong>de</strong> novembro a abril;<br />

• 20 anos no Sistema do Reservatório <strong>de</strong> Barra Bonita, durante o período <strong>de</strong><br />

novembro a junho;<br />

• 50 anos no Sistema <strong>de</strong> Reservatórios da Bacia do Rio Paranapanema até<br />

Chavantes, consi<strong>de</strong>rando-se todo o período <strong>anual</strong>;<br />

• 15 anos no Sistema <strong>de</strong> Reservatórios Camargos-Funil durante o período <strong>de</strong><br />

novembro a abril; e<br />

• 20 anos no Sistema <strong>de</strong> Reservatórios Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro durante o período <strong>de</strong><br />

novembro a abril.<br />

O Anexo II apresenta estas alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera semanais para<br />

o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos aproveitamentos da bacia do rio Paraná em km³ e o armazenamento<br />

correspon<strong>de</strong>nte em %V.U. Os quatro cenários hidrológicos foram<br />

consi<strong>de</strong>rados para o sistema <strong>de</strong> reservatórios até Porto São José, para o sistema<br />

<strong>de</strong> Camargos-Funil e para o sistema Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro. Nos sistemas <strong>de</strong> reservatórios<br />

da bacia do rio Paranapanema – consi<strong>de</strong>rando-se todo o período <strong>anual</strong> -<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 54 / 150


os quatro cenários hidrológicos foram integrados ao Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Para<br />

o reservatório <strong>de</strong> Barra Bonita, os quatros cenários hidrológicos foram integrados<br />

aos seus respectivos cenários hidrológicos do sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia<br />

do rio Paraná até Porto São José.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 55 / 150


3 Bacia do rio Paraíba do Sul<br />

3.1 Localização e principais características da bacia<br />

Esta bacia, mostrada nas Figuras 22 e 23, está situada entre os estados <strong>de</strong> São<br />

Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro e Minas Gerais, em uma região com um acentuado grau<br />

<strong>de</strong> ocupação populacional e um gran<strong>de</strong> parque industrial.<br />

A bacia do rio Paraíba do Sul é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância econômica e social, haja<br />

vista os <strong>de</strong>cretos e portarias do Governo Fe<strong>de</strong>ral que regulamentam o uso dos<br />

seus recursos hídricos, visando aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia<br />

elétrica, o abastecimento d'água das cida<strong>de</strong>s ao longo da sua calha, o saneamento,<br />

a irrigação etc.<br />

Portanto, o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> é mais um aspecto <strong>de</strong>ntro dos múltiplos usos<br />

que <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado no planejamento e operação dos aproveitamentos hidrelétricos<br />

da bacia.<br />

3.2 Sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia<br />

A bacia do rio Paraíba do Sul possui um sistema complexo <strong>de</strong> aproveitamentos,<br />

compreen<strong>de</strong>ndo usinas com reservatório <strong>de</strong> acumulação, usinas a fio d'água, u-<br />

sinas elevatórias etc. Existe um sistema para transposição <strong>de</strong> bacias com o objetivo<br />

original <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia elétrica, mas que garante o abastecimento<br />

d'água da cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro (Guandu). A Figura 24 mostra todo o sistema<br />

<strong>de</strong> aproveitamentos da bacia e suas restrições, enquanto o Quadro 8 traz suas<br />

principais características.<br />

3.2.1 Aproveitamentos utilizados no controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

Os aproveitamentos que participam do controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> através da alocação <strong>de</strong><br />

volumes <strong>de</strong> espera são os reservatórios <strong>de</strong> regularização <strong>de</strong> Santa Branca e Funil.<br />

O reservatório <strong>de</strong> Paraibuna tem um papel importante no amortecimento <strong>de</strong><br />

<strong>cheias</strong>, principalmente para as restrições a jusante <strong>de</strong> Santa Branca, mas seus<br />

órgãos extravasores, válvula <strong>de</strong> fundo (circuito hidráulico com a turbina com vazão<br />

máxima limitada em 120 m 3 /s) e vertedor tulipa, impossibilitam a alocação <strong>de</strong><br />

um volume <strong>de</strong> espera. Da mesma forma o reservatório <strong>de</strong> Jaguari tem uma válvula<br />

<strong>de</strong> fundo com capacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> 60 m 3 /s e um vertedor a lâmina livre,<br />

não sendo possível também a alocação <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera, mas havendo portanto<br />

um amortecimento para jusante, maior ou menor em função do nível <strong>de</strong><br />

armazenamento no início da estação chuvosa.<br />

Os aproveitamentos <strong>de</strong> Santa Cecília e Ilha dos Pombos, por serem a fio d'água,<br />

não tem efeito direto no controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> na bacia do rio Paraíba do Sul. A<br />

contribuição pelo bombeamento da Usina Elevatória <strong>de</strong> Santa Cecília só é efetiva<br />

se não estiver ocorrendo cheia simultânea no rio Piraí, <strong>de</strong>vido à sua paralisação,<br />

po<strong>de</strong>ndo inclusive ocorrer visando à redução das <strong>de</strong>scargas pela barragem<br />

<strong>de</strong> Santana.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 56 / 150


Figura 22<br />

Localização dos aproveitamentos da bacia do rio Paraíba do Sul<br />

Figura 23<br />

Perfil da bacia do rio Paraíba do Sul no trecho dos aproveitamentos hidrelétricos<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 57 / 150


Figura 24<br />

Sul<br />

Diagrama esquemático do sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio Paraíba do<br />

CONVENÇÃO<br />

usina com reservatório<br />

usina a fio d’água<br />

restrição <strong>de</strong> vazão máxima<br />

(m³/s)<br />

Rio Paraíba do Sul<br />

reservatório com volume <strong>de</strong><br />

espera para o controle<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

PARAIBUNA<br />

reservatório<br />

Sta. BRANCA<br />

JAGUARI<br />

usina <strong>de</strong> bombeamento<br />

300<br />

Guararema<br />

340<br />

Jacareí<br />

FUNIL<br />

700<br />

TOCOS<br />

LAJES<br />

850<br />

Resen<strong>de</strong><br />

800<br />

Barra Mansa<br />

FONTES<br />

NILO<br />

PEÇANHA<br />

VIGÁRIO<br />

SANTANA<br />

880<br />

10<br />

1100<br />

Volta Redonda<br />

SANTA<br />

CECÍLIA<br />

Barra do Piraí<br />

SOBRAGI<br />

P. PASSOS<br />

ILHA DOS POMBOS<br />

Detalhe do rio Sacra Família<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 58 / 150


Quadro 8<br />

Principais características dos aproveitamentos da bacia do rio Paraíba do Sul<br />

EMPRESA APROVEIT. RIO<br />

CESP<br />

LIGHT<br />

PARAIBUNA/<br />

PARAITINGA<br />

STA. BRANCA<br />

PARAIBUNA/<br />

PARAITINGA<br />

PARAÍBA DO<br />

SUL<br />

DIST.ATÉ<br />

A FOZ<br />

(km) (1)<br />

A.D.<br />

(km²)<br />

V.U.<br />

(km³)<br />

POT.<br />

INST.<br />

(MW)<br />

RESTRIÇÕES OPERATIVAS<br />

MONT.(m)<br />

843/834 4.150 2,636 85 -<br />

796 5.030 0,308 58<br />

CESP JAGUARI JAGUARI 736 1.300 0,793 28 -<br />

FURNAS<br />

LIGHT<br />

LIGHT<br />

FUNIL<br />

STA. CECÍLIA<br />

I. POMBOS<br />

PARAÍBA DO<br />

SUL<br />

PARAÍBA DO<br />

SUL<br />

PARAÍBA DO<br />

SUL<br />

448 13.410 0,606 222<br />

NAmin=<br />

607,45<br />

NAmin=<br />

449,00<br />

337 16.694 0,002 -32 (5) NAmin=<br />

352,00<br />

NAmax=<br />

179 32.516 0,005 182<br />

140,60<br />

JUS.(m³/s)<br />

Qmin=<br />

30,0<br />

(2) Qmax=<br />

120,0<br />

Qmin=<br />

40,0<br />

Qmax= (3)<br />

Qmin=<br />

10,0<br />

(2) Qmax=<br />

60,0<br />

Qmin=<br />

80,0<br />

(4)<br />

Qmax=<br />

700,0<br />

Qmin=<br />

71,0<br />

LIGHT SANTANA PIRAÍ 346 889 0,008 - -<br />

Qmax=<br />

10 m³/s<br />

LIGHT VIGÁRIO RIB.VIGÁRIO 362 30 0,001 -88 (5) - -<br />

LIGHT<br />

NILO<br />

PEÇANHA<br />

- 71 - - 380 - -<br />

LIGHT TOCOS PIRAÍ 402 382 0,002 - - -<br />

LIGHT LAJES RIB.LAJES 74 305 0,445 -<br />

NAmin=<br />

Qmin=<br />

397,50<br />

6,5<br />

LIGHT P. PASSOS RIB.LAJES 66 322 0,004 100 -<br />

Qmin=<br />

120,00<br />

PARAIBUNA<br />

METAIS<br />

SOBRAGI<br />

PARAIBUNA<br />

MINEIRO<br />

- 3675 0,00007 60 - -<br />

-<br />

(1) Refere-se à foz no oceano Atlântico.<br />

(2) Defluência limite do circuito hidráulico: turbina + válvula dispersora.<br />

(3) Valor máximo condicionado à incremental <strong>de</strong>vido à restrição <strong>de</strong> 340 m³/s na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jacareí. Para cálculo <strong>de</strong> volume<br />

<strong>de</strong> espera utiliza-se 300 m³/s como restrição condicionada em Guararema.<br />

(4) Valor condicionado às restrições nas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Resen<strong>de</strong>, Barra Mansa, Volta Redonda e Barra do Piraí (850, 800, 880<br />

e 1.100 m³/s, respectivamente).<br />

(5) Usina elevatória.<br />

(6) Para atendimento à calha da CEDAE.<br />

No rio Piraí, para minimizar <strong>de</strong>scargas a jusante do reservatório <strong>de</strong> Santana,<br />

busca-se, quando da ocorrência <strong>de</strong> chuvas, a formação <strong>de</strong> um volume <strong>de</strong> espera<br />

dinâmico, mediante o pleno bombeamento na Usina Elevatória <strong>de</strong> Vigário e a paralisação<br />

do bombeamento na elevatória <strong>de</strong> Santa Cecília, e se necessário a inversão<br />

do fluxo d´água nesta usina através <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bombeamento.<br />

3.3 Restrições hidráulicas existentes na bacia<br />

Especificamente para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, tem-se para Santa Branca uma restrição<br />

condicionada ao valor <strong>de</strong> 300 m 3 /s no posto fluviométrico <strong>de</strong> Guararema, estimado<br />

como correspon<strong>de</strong>nte ao nível 2,40 m da régua linimétrica da estação <strong>de</strong><br />

captação do Serviço Autônomo <strong>de</strong> Águas e Esgotos – SAAE na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jaca-<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 59 / 150


eí, local da restrição. Também o reservatório <strong>de</strong> Funil opera respeitando uma<br />

restrição condicionada (700 m 3 /s), em função dos problemas nas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Resen<strong>de</strong><br />

(850 m 3 /s), Barra Mansa (800 m 3 /s), Volta Redonda (880 m 3 /s) e Barra do<br />

Piraí (1.100 m 3 /s) a jusante do reservatório.<br />

O reservatório <strong>de</strong> Funil tem, ainda, uma restrição <strong>de</strong> nível máximo, que é o a-<br />

terro da estrada <strong>de</strong> ferro da Re<strong>de</strong> Ferroviária Fe<strong>de</strong>ral, localizado junto ao rio do<br />

Salto, que faz parte da ligação entre Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo. A partir da cota<br />

467,00 m no local compromete-se a segurança do referido aterro. Segundo estudos<br />

realizados pela empresa Geotécnica S.A., contratada por FURNAS, esta cota<br />

é alcançada para um nível junto à barragem <strong>de</strong> 466,70 m e uma vazão afluente<br />

<strong>de</strong> 3.500 m 3 /s, a qual provocará uma sobreelevação <strong>de</strong>vido ao remanso na região<br />

do aterro da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 30 cm.<br />

O trecho crítico do subsistema Paraíba - Piraí - Guandu fica a jusante da barragem<br />

<strong>de</strong> Santana, on<strong>de</strong> a <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> restrição é <strong>de</strong> apenas 10 m 3 /s. Nesse<br />

trecho do rio Piraí estão localizados diversos bairros das cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Piraí e Barra<br />

do Piraí.<br />

Cabe ressaltar que na ocorrência <strong>de</strong> chuva na bacia contribuinte do rio Sacra<br />

Família, afluente da margem direita do rio Piraí, situado entre a barragem <strong>de</strong><br />

Santana e a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Barra do Piraí, po<strong>de</strong>m ocorrer vazões superiores à restrição,<br />

mesmo sem a abertura <strong>de</strong> comporta da barragem <strong>de</strong> Santana.<br />

Em função do estado hidráulico do Sistema <strong>de</strong> Desvio Paraíba - Piraí - Guandu,<br />

<strong>de</strong>verá ser provi<strong>de</strong>nciado o <strong>de</strong>sligamento <strong>de</strong> bombas da Usina Elevatória <strong>de</strong><br />

Santa Cecília e mantido o pleno bombeamento na Usina Elevatória <strong>de</strong> Vigário,<br />

para a formação <strong>de</strong> um volume <strong>de</strong> espera dinâmico no reservatório <strong>de</strong> Santana,<br />

visando evitarem-se <strong>de</strong>scargas pela barragem <strong>de</strong> Santana.<br />

3.4 Séries <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias<br />

As séries históricas <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias nos locais <strong>de</strong> interesse da<br />

bacia do rio Paraíba do Sul estão apresentadas no Quadro 9 a seguir. Po<strong>de</strong>-se<br />

observar que estas séries são as mesmas utilizadas nos estudos anteriores.<br />

Quadro 9<br />

Séries <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias na bacia do rio Paraíba do Sul<br />

LOCAL RIO PERÍODO<br />

Paraibuna-Paraitinga Paraibuna-Paraitinga 1927/1996<br />

S.Branca(Guararema) Paraíba do Sul 1928/1996<br />

Jaguari Jaguari 1935/1996<br />

Queluz Paraíba do Sul 1927/1986<br />

Funil (Resen<strong>de</strong>) Paraíba do Sul 1927/1996<br />

Incremental Paraibuna/S.Branca - 1928/1996<br />

Incremental S.Branca+Jaguari/Funil - 1935/1996<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 60 / 150


3.5 Aplicação da metodologia<br />

A metodologia que vem sendo utilizada no sistema <strong>de</strong> reservatórios da bacia do<br />

rio Paraíba do Sul <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro estudo no âmbito do GCOI para o controle<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>de</strong>sta bacia, em 1983, consiste na aplicação do Método da Curva Volume<br />

x Duração para cada reservatório do sistema. Os volumes <strong>de</strong> espera para<br />

os reservatórios <strong>de</strong> jusante são calculados utilizando-se a série <strong>de</strong> vazões afluentes<br />

regularizadas, obtidas pelo somatório das <strong>de</strong>fluências resultantes da simulação<br />

dos reservatórios <strong>de</strong> montante com as incrementais do trecho entre os reservatórios.<br />

A distribuição <strong>de</strong> freqüência utilizada no ajuste dos eventos extremos máximos<br />

é a distribuição Log-Pearson III.<br />

Sabe-se que o ajuste <strong>de</strong> uma distribuição <strong>de</strong> freqüência aos eventos extremos<br />

máximos <strong>de</strong> uma série regularizada, necessário nesta metodologia, não é bom,<br />

principalmente no caso <strong>de</strong> Santa Branca, <strong>de</strong>vido à alta regularização do reservatório<br />

<strong>de</strong> Paraibuna - Paraitinga a montante.<br />

Vale ressaltar que as simulações realizadas nos estudos dos volumes <strong>de</strong> espera<br />

necessitam dos níveis dos reservatórios no início da estação chuvosa. O<br />

Quadro 10, a seguir, mostra os volumes armazenados verificados ao final <strong>de</strong> outubro<br />

<strong>de</strong> 2007, 2008 e 2009. Para <strong>2010</strong> são apresentados os valores previstos<br />

para o final do mês <strong>de</strong> outubro.<br />

Quadro 10 Armazenamentos no início das estações chuvosas<br />

APROVEITAMENTO<br />

%V.U.31.10.2007 %V.U.31.10.2008 %V.U.31.10.2009 %V.U.31.10.<strong>2010</strong><br />

VERIFICADO VERIFICADO VERIFICADO PREVISTO<br />

PARAIBUNA/PARAITINGA 36,34 61,37 83,38 75,60<br />

SANTA BRANCA 28,82 19,78 86,45 65,00<br />

JAGUARI 40,71 77,24 95,76 94,90<br />

FUNIL 31,34 25,90 47,35 74,40<br />

OBS.:<br />

V.U. - Volume Útil<br />

Em função gran<strong>de</strong> diferença do nível <strong>de</strong> partida da próxima estação chuvosa<br />

com os níveis <strong>de</strong> partida dos últimos anos, o estudo <strong>de</strong> alternativas <strong>de</strong> volumes<br />

<strong>de</strong> espera foi revisto.<br />

• Consi<strong>de</strong>rações:<br />

a) Paraibuna-Paraitinga<br />

A prática operativa e as simulações já mostraram que, durante os períodos <strong>de</strong><br />

<strong>cheias</strong>, o amortecimento propiciado pelo reservatório <strong>de</strong> Paraibuna-Paraitinga<br />

tem papel importante no controle da restrição <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga a jusante <strong>de</strong> Santa<br />

Branca.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 61 / 150


) Santa Branca<br />

Os problemas <strong>de</strong> inundação na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jacareí surgem para níveis d’água a<br />

partir <strong>de</strong> 2,40 m no posto fluviométrico da LIGHT junto à estação <strong>de</strong> captação do<br />

Serviço Autônomo <strong>de</strong> Águas e Esgotos – SAAE, que correspon<strong>de</strong> a uma vazão<br />

<strong>de</strong> restrição <strong>de</strong> 340 m 3 /s.<br />

Como a série histórica <strong>de</strong> vazões naturais utilizada nos estudos é a do posto<br />

fluviométrico <strong>de</strong> Guararema, a montante da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jacareí, a <strong>de</strong>terminação<br />

dos volumes <strong>de</strong> espera foi realizada com a vazão <strong>de</strong> restrição condicionada <strong>de</strong><br />

300 m 3 /s.<br />

O Quadro 11 apresenta as alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera para Santa<br />

Branca calculados pelo método da Curva Volume x Duração.<br />

Quadro 11 Volumes <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> Santa Branca (km³) para a restrição condicionada <strong>de</strong> 300 m³/s<br />

TEMPO DE RECORRÊNCIA<br />

(ANOS)<br />

VOLUME DE ESPERA<br />

(km³)<br />

20 0,007<br />

30 0,009<br />

50 0,012<br />

60 0,013<br />

70 0,015<br />

80 0,016<br />

100 0,017<br />

120 0,019<br />

140 0,021<br />

160 0,031<br />

170 0,023<br />

180 0,024<br />

O Tempo <strong>de</strong> recorrência adotado pela LIGHT para este <strong>ciclo</strong> será <strong>de</strong> 100 a-<br />

nos, o que correspon<strong>de</strong> a um volume <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> 0,017 km 3 .<br />

c) Jaguari<br />

Este reservatório tem pequena capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amortecimento, sendo pouco<br />

significativo para o controle das restrições a jusante <strong>de</strong> Funil.<br />

d) Funil<br />

Em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> inundação nas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Resen<strong>de</strong>, Barra<br />

Mansa, Volta Redonda e Barra do Piraí, localizadas a jusante da usina <strong>de</strong> Funil,<br />

existe para este aproveitamento uma restrição <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga condicionada <strong>de</strong><br />

700 m 3 /s.<br />

Os volumes <strong>de</strong> espera para o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> neste local foram calculados<br />

a partir das séries <strong>de</strong> vazões afluentes regularizadas a Funil, consi<strong>de</strong>rando, como<br />

dito anteriormente, a alocação <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> 0,017 km 3 em Santa<br />

Branca correspon<strong>de</strong>nte ao nível <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> 94,48% <strong>de</strong> VU.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 62 / 150


O Quadro 12 apresenta os resultados dos volumes <strong>de</strong> espera <strong>de</strong>terminados<br />

para Funil, consi<strong>de</strong>rando diversos tempos <strong>de</strong> recorrência.<br />

Quadro 12 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) <strong>de</strong> Funil para a restrição <strong>de</strong> 700 m³/s<br />

TEMPO DE RECORRÊNCIA<br />

(ANOS)<br />

VOLUME DE ESPERA<br />

(km³)<br />

10 0,057<br />

20 0,091<br />

30 0,113<br />

40 0,132<br />

50 0,146<br />

60 0,160<br />

70 0,176<br />

80 0,189<br />

90 0,201<br />

100 0,211<br />

3.6 Consi<strong>de</strong>rações adicionais dos estudos<br />

Cabe ainda assinalar que a escolha da alternativa <strong>de</strong> alocação dos volumes <strong>de</strong><br />

espera <strong>de</strong>sta bacia é feita a partir dos resultados <strong>de</strong> estudos que levam em consi<strong>de</strong>ração<br />

o risco <strong>de</strong> não atendimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>scargas mínimas em várias seções<br />

ao longo do rio Paraíba do Sul, além dos compromissos energéticos.<br />

3.7 Alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera<br />

Em face da experiência operativa nesta bacia foi adotada a alternativa <strong>de</strong> volume<br />

<strong>de</strong> espera pela LIGHT que correspon<strong>de</strong> à um TR <strong>de</strong> 100 anos para Santa Branca<br />

e, por FURNAS, <strong>de</strong> 56 anos para Funil, os quais são apresentados na Tabela 13<br />

e no Anexo II com os valores semanais <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera em km³ e o armazenamento<br />

correspon<strong>de</strong>nte em %VU.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 63 / 150


Tabela 13<br />

Volumes <strong>de</strong> espera nos reservatórios da bacia do rio Paraíba do Sul<br />

Santa Branca Funil<br />

Período TR=100 anos TR=56 anos<br />

km³ %VU km³ %VU<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,014 95,58 0,123 79,67<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,010 96,69 0,092 84,75<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,007 97,79 0,062 89,83<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,003 98,90 0,031 94,92<br />

30/04/11 a 06/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

OBS.: V E Volume <strong>de</strong> Espera (km³)<br />

% V U Volume <strong>de</strong> Espera em % <strong>de</strong> Volume Útil do Reservatório<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 64 / 150


4 Bacia do rio São Francisco<br />

4.1 Localização e principais características da bacia<br />

O rio São Francisco, cujas nascentes estão na região Su<strong>de</strong>ste, no Estado <strong>de</strong><br />

Minas Gerais, é <strong>de</strong> suma importância na geração <strong>de</strong> energia para a região Nor<strong>de</strong>ste<br />

do Brasil. Os aproveitamentos <strong>de</strong> Sobradinho, Itaparica, Complexo <strong>de</strong> Paulo<br />

Afonso e Xingó correspon<strong>de</strong>m a 93,6% da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> geração hidráulica<br />

instalada no Nor<strong>de</strong>ste. Além <strong>de</strong>stes aproveitamentos, ressaltam-se os aproveitamentos<br />

<strong>de</strong> Três Marias e Queimado, localizados mais a montante da bacia do<br />

rio São Francisco. A Figura 25 apresenta a localização <strong>de</strong>stes aproveitamentos,<br />

bem como os principais postos hidrométricos ao longo do rio.<br />

Figura 25<br />

Localização dos aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio São Francisco (Fonte: ANA)<br />

UHE QUEIMADO<br />

Devido à gran<strong>de</strong> extensão do vale, os estudos realizados nesta bacia geralmente<br />

são subdivididos em trechos, como <strong>de</strong>scrito a seguir e apresentado na Figura 26.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 65 / 150


Figura 26<br />

Bacia do rio São Francisco - divisão por trechos<br />

Rio Preto<br />

QUEIMADO<br />

Alto Médio Sub-médio Baixo<br />

Rio Paracatu<br />

Rio São Francisco<br />

ITAPARICA<br />

COMPLEXO<br />

PAULO AF<strong>ONS</strong>O<br />

TRÊS MARIAS<br />

SOBRADINHO<br />

MOXOTÓ<br />

XINGÓ<br />

4.2 Sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia<br />

O diagrama esquemático (Figura 27) apresenta os aproveitamentos hidrelétricos<br />

existentes no rio São Francisco, seus principais tributários e as restrições<br />

operativas consi<strong>de</strong>radas na bacia. O Quadro 13 apresenta as principais características<br />

<strong>de</strong> tais aproveitamentos.<br />

O controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> é exercido pelos reservatórios <strong>de</strong> Três Marias, Queimado,<br />

Sobradinho e Itaparica. Devido à topologia do sistema e às características físicas<br />

<strong>de</strong>sta bacia, os reservatórios <strong>de</strong> Três Marias e Queimado são operados,<br />

para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte em relação aos reservatórios <strong>de</strong><br />

Sobradinho e Itaparica, visando aten<strong>de</strong>r apenas as suas próprias restrições. Isto<br />

se <strong>de</strong>ve principalmente à gran<strong>de</strong> distância entre estes reservatórios e Sobradinho,<br />

pois a água liberada em Três Marias, função da magnitu<strong>de</strong> das vazões, po<strong>de</strong><br />

levar <strong>de</strong> 15 a 35 dias para chegar até Sobradinho. Por outro lado, o aproveitamento<br />

<strong>de</strong> Queimado, localizado no rio Preto, afluente do rio Paracatu, com á-<br />

rea <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> 3.760 km 2 , não afeta significativamente as afluências a Sobradinho,<br />

com área <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> 499.084 km 2 .<br />

Des<strong>de</strong> a entrada em operação <strong>de</strong> Itaparica a CHESF efetua medidas <strong>de</strong> prevenção<br />

<strong>de</strong> enchentes, priorizando a proteção da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belém <strong>de</strong> São Francisco<br />

<strong>de</strong>vido à não conclusão das obras <strong>de</strong> proteção nesta cida<strong>de</strong>, localizada na<br />

extremida<strong>de</strong> do reservatório.<br />

O sistema <strong>de</strong> reservatórios dos aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio<br />

São Francisco, para fins da operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, foi subdividido em<br />

três outros sistemas, a saber:<br />

• Sistema do Reservatório <strong>de</strong> Três Marias;<br />

• Sistema do Reservatório <strong>de</strong> Queimado; e<br />

• Sistema <strong>de</strong> Reservatórios <strong>de</strong> Sobradinho e Itaparica.<br />

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Quadro 13 Principais características dos aproveitamentos da bacia do rio São Francisco<br />

EMPRESA APROVEITAMENTO<br />

DIST ATÉ<br />

POT.INST. REST.OPERAT.<br />

A.D. (km²) V.U. (km³)<br />

A FOZ (km)<br />

(MW) MONT.(m) JUS.(m³/s)<br />

CEMIG TRÊS MARIAS 2.220 50.732 15,278 396 - 4.000 (1)<br />

CEMIG QUEIMADO 3.760 0,389 105 - 300 (2)<br />

CHESF SOBRADINHO 800 499.084 28,669 1.050 - 8.000<br />

CHESF ITAPARICA 310 593.384 3,549 1.500<br />

NAmax=<br />

(3)<br />

304,00<br />

8.000<br />

CHESF MOXOTÓ 270 606.270 0,158 400 - -<br />

CHESF P.AF<strong>ONS</strong>O I, II e III 270 606.294 0,0 1.423 - -<br />

CHESF P.AF<strong>ONS</strong>O IV 270 606.270 0,0 2.460 - -<br />

CHESF XINGÓ 210 610.544 0,065 3.000 - 8.000<br />

(1) Na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pirapora<br />

(2) Na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Unaí<br />

(3) Na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belém do São Francisco<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 67 / 150


Figura 27<br />

Diagrama esquemático dos aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio São Francisco<br />

4.3 Restrições hidráulicas existentes na bacia<br />

O aproveitamento <strong>de</strong> Três Marias opera com uma restrição <strong>de</strong> 4.000 m 3 /s na cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Pirapora, influenciada pela contribuição da vazão incremental entre Três<br />

Marias e Pirapora representada, principalmente, pelo rio Abaeté.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 68 / 150


A restrição <strong>de</strong> Queimado estimada correspon<strong>de</strong>nte à vazão <strong>de</strong> 300 m 3 /s na cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Unaí, localizada a jusante. Este valor <strong>de</strong> restrição em Unaí foi obtido a-<br />

través <strong>de</strong> avaliação realizada no período úmido <strong>de</strong> 2007, indicando que valores<br />

superiores provocariam transbordamento na seção próxima à captação do SAAE.<br />

Todo o trecho do rio São Francisco entre Pirapora e as localida<strong>de</strong>s próximas<br />

ao reservatório <strong>de</strong> Sobradinho encontra-se sem um controle efetivo das <strong>cheias</strong>,<br />

que são acrescidas das contribuições <strong>de</strong> tributários, como os rios das Velhas,<br />

Paracatu, Urucuia, Corrente e Gran<strong>de</strong>, entre outros.<br />

No trecho <strong>de</strong> Sobradinho até a foz do rio São Francisco, em função dos levantamentos<br />

efetuados após a cheia <strong>de</strong> 1979 e confirmados com os eventos <strong>de</strong><br />

1980, 1983 e 1992, tem-se como restrição <strong>de</strong> vazão 8.000 m 3 /s. Portanto, a alocação<br />

<strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera em Sobradinho e Itaparica objetiva o controle <strong>de</strong><br />

<strong>cheias</strong> <strong>de</strong> 17 e 18 anos <strong>de</strong> período <strong>de</strong> retorno, respectivamente, com <strong>de</strong>fluências<br />

<strong>de</strong>stes reservatórios <strong>de</strong> até 8.000 m³/s.<br />

Há também, a restrição <strong>de</strong> nível máximo <strong>de</strong> montante do reservatório <strong>de</strong> Itaparica,<br />

sendo esta, condicionada ao nível máximo <strong>de</strong> 304,00m na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belém<br />

do São Francisco.<br />

4.4 Séries <strong>de</strong> vazões naturais e incrementais médias diárias<br />

Os Quadros 14 e 15 apresentam os históricos utilizados nos estudos da bacia do<br />

rio São Francisco.<br />

Quadro 14 Séries <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias disponíveis na bacia do rio São Francisco<br />

LOCAL PERÍODO FONTE<br />

TRÊS MARIAS 1931 - <strong>2010</strong> Séries <strong>de</strong> Vazões Naturais Consistidas<br />

QUEIMADO 1966 - <strong>2010</strong> Séries <strong>de</strong> Vazões Naturais Consistidas<br />

SOBRADINHO 1931- <strong>2010</strong> Séries <strong>de</strong> Vazões Naturais Consistidas<br />

Quadro 15 Séries hidrológicas incrementais adotadas<br />

POSTO PERÍODO CARACTERÍSTICAS<br />

Três Marias / Pirapora 1931-<strong>2010</strong> Informada pelo Agente<br />

Queimado / Unaí 1966-<strong>2010</strong><br />

Calculada função da proporção da área <strong>de</strong> drenagem do reservatório <strong>de</strong><br />

Queimado e do posto fluviométrico <strong>de</strong> Unaí<br />

Sobradinho / Itaparica 1931-<strong>2010</strong> Projeto <strong>de</strong> Revisão das Séries <strong>de</strong> Vazões Naturais/Atualização pelo <strong>ONS</strong><br />

4.5 Aplicação da metodologia<br />

No presente estudo aplicou-se a metodologia CEPEL (Anexo I) para os sistemas<br />

<strong>de</strong> reservatórios <strong>de</strong> Três Marias, Queimado e sistema <strong>de</strong> reservatórios <strong>de</strong> Sobra-<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 69 / 150


dinho/Itaparica. A aplicação <strong>de</strong>sta metodologia abrange duas etapas distintas,<br />

uma <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> séries sintéticas <strong>de</strong> vazões incrementais através do mo<strong>de</strong>lo<br />

DIANA e outra <strong>de</strong> cálculo dos volumes vazios necessários e suficientes para o<br />

controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, segundo a teoria das Condições <strong>de</strong> Controlabilida<strong>de</strong>.<br />

Na aplicação <strong>de</strong>sta metodologia não foi incorporada a consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> tendências<br />

<strong>de</strong> padrões climáticos, <strong>de</strong>scrita no item 2.5.1, uma vez que não foi observada<br />

uma correlação alta entre estes cenários e a ocorrência <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>. Foi <strong>de</strong>cidido,<br />

portanto, a adoção do cenário in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para todos os sistemas da bacia<br />

do rio São Francisco, ou seja, consi<strong>de</strong>rou-se todos os anos do histórico <strong>de</strong> vazões<br />

para a geração <strong>de</strong> 12.000 séries com o mo<strong>de</strong>lo DIANA.<br />

Na primeira etapa <strong>de</strong> estudo, foram gerados, a partir do histórico <strong>de</strong> vazões<br />

naturais e incrementais médias diárias disponíveis, 12.000 períodos chuvosos <strong>de</strong><br />

vazões diárias através do mo<strong>de</strong>lo DIANA. O período consi<strong>de</strong>rado como estação<br />

chuvosa nas séries <strong>de</strong>sta bacia foi o período <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> setembro a 27 <strong>de</strong> maio.<br />

Foram consi<strong>de</strong>rados os períodos <strong>de</strong> janeiro/1931 a março/<strong>2010</strong> em Três Marias,<br />

<strong>de</strong> janeiro/1931 a maio/<strong>2010</strong> para Sobradinho/Itaparica e <strong>de</strong> janeiro/1966 a maio/<strong>2010</strong><br />

em Queimado.<br />

Para o cálculo dos volumes <strong>de</strong> espera foram consi<strong>de</strong>rados os três sistemas <strong>de</strong><br />

reservatórios para a operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, conforme apresentado no<br />

item 4.2.<br />

Os resultados <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera por sistemas parciais, foram utilizadospara<br />

a <strong>de</strong>terminação da alocação espacial dos volumes <strong>de</strong> espera nos reservatórios<br />

<strong>de</strong> Sobradinho e Itaparica, utilizando o critério <strong>de</strong> faixas <strong>de</strong> proporcionalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> perda <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> do mo<strong>de</strong>lo VESPOT.<br />

4.6 Alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera<br />

Em face da experiência operativa nesta bacia, formulou-se a Tabela 14, que retrata<br />

uma alternativa <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera a ser consi<strong>de</strong>rada, prioritariamente,<br />

nas avaliações energéticas. No caso <strong>de</strong> Três Marias, os valores da tabela correspon<strong>de</strong>m<br />

à consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> uma vazão <strong>de</strong> restrição <strong>de</strong> 4.000 m 3 /s em Pirapora<br />

e uma recorrência <strong>de</strong> 50 anos adotada pela CEMIG. No caso <strong>de</strong> Queimado, os<br />

valores da tabela correspon<strong>de</strong>m à consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> uma vazão <strong>de</strong> restrição <strong>de</strong><br />

300 m 3 /s em Unaí e uma recorrência <strong>de</strong> 10 anos adotada pela CEMIG.<br />

No caso <strong>de</strong> Sobradinho, os valores da tabela correspon<strong>de</strong>m à consi<strong>de</strong>ração<br />

<strong>de</strong> uma vazão <strong>de</strong> restrição <strong>de</strong> 8.000 m 3 /s e um tempo <strong>de</strong> recorrência <strong>de</strong> 17 anos<br />

e 18 anos, para Sobradinho e Itaparica, respectivamente, obtidos consi<strong>de</strong>rando a<br />

alocação dos volumes <strong>de</strong> espera proporcional à perda <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> dos a-<br />

proveitamentos e processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> máxima flecha, adotado pela CHESF.<br />

Contudo, a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> previsão <strong>de</strong> vazões que garante<br />

uma antecedência em gran<strong>de</strong>s <strong>cheias</strong> <strong>de</strong> até 30 dias no conhecimento do hidrograma<br />

afluente permite ao <strong>ONS</strong>, juntamente com a CHESF, durante a operação,<br />

flexibilida<strong>de</strong> para reduzir ou aumentar o volume <strong>de</strong> espera alocado nos reservatórios<br />

no <strong>de</strong>correr do período úmido. Este procedimento <strong>de</strong> revisão dos volumes<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 70 / 150


<strong>de</strong> espera, a ser tratado no relatório “Diretrizes para as Regras <strong>de</strong> Operação <strong>de</strong><br />

Controle <strong>de</strong> Cheias – Bacia do Rio São Francisco”, busca assegurar o reenchimento<br />

dos reservatórios para períodos <strong>de</strong> vazões baixas, como as ocorridas em<br />

fevereiro <strong>de</strong>2001, bem como controlar <strong>cheias</strong> com tempo <strong>de</strong> recorrência superior<br />

ao estabelecido no planejamento, a exemplo <strong>de</strong> 1992, quando se verificou-se a<br />

segunda maior enchente do histórico (120 anos <strong>de</strong> recorrência). Neste caso,<br />

possibilita antecipar a elevação da <strong>de</strong>fluência para o valor da restrição e antecipar<br />

a sua quebra <strong>de</strong> forma controlada, caso necessário.<br />

Análises efetuadas nos históricos do posto hidrométrico <strong>de</strong> São Francisco e<br />

das vazões afluentes a Sobradinho indicam que uma vez caracterizada a ausência<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>de</strong> porte no rio São Francisco até o dia 31 <strong>de</strong> janeiro, já em fevereiro<br />

po<strong>de</strong>m ser tomadas <strong>de</strong>cisões para alteração dos volumes <strong>de</strong> espera estabelecidos<br />

no planejamento, conforme proposta constante do documento <strong>ONS</strong>-NT-<br />

133/2005 - Metodologia para revisão dos volumes <strong>de</strong> espera do reservatório <strong>de</strong><br />

Sobradinho.<br />

Na segunda quinzena do mês <strong>de</strong> outubro será iniciado o <strong>de</strong>plecionamento do<br />

lago <strong>de</strong> Itaparica segundo uma curva-guia linear <strong>de</strong> volumes permissíveis <strong>de</strong><br />

forma que o seu nível atinja a cota 302,16m no final <strong>de</strong> novembro e 301,67m no<br />

final <strong>de</strong> fevereiro, para garantir uma proteção para Belém do São Francisco, igual<br />

a do restante do Vale, que correspon<strong>de</strong> a 8.000 m³/s (cota 302,00m na barragem).<br />

Durante os meses <strong>de</strong> fevereiro a abril, <strong>de</strong>verá ser avaliada a situação hidrológica<br />

da bacia, objetivando uma <strong>de</strong>finição sobre o rebaixamento, ou não, do reservatório<br />

<strong>de</strong> Itaparica para a cota 300,00 m, visando à alocação <strong>de</strong> algum volume<br />

<strong>de</strong> espera adicional para controlar <strong>cheias</strong> incrementais ou ampliar a garantia<br />

da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belém do São Francisco, caso se vislumbre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

ter afluências a Itaparica superiores a 8.000 m³/s. Assim, com base no quadro<br />

hidrológico vigente, o reservatório po<strong>de</strong> ser rebaixado para a cota 300,00 m<br />

(17,73% V.U.) ou permanecer com 49,83% V.U.<br />

A operação <strong>de</strong> reenchimento do reservatório <strong>de</strong> Itaparica a partir do final do<br />

mês <strong>de</strong> março estará condicionada à situação hidrometeorológica vigente na bacia<br />

e aos armazenamentos dos açu<strong>de</strong>s monitorados pelo Governo do Estado <strong>de</strong><br />

Pernambuco.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 71 / 150


Tabela 14<br />

Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para a bacia do rio São Francisco – Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />

Três Marias Queimado Sobradinho Itaparica<br />

Período TR = 50 anos TR = 10 anos TR = 17 anos TR = 18 anos<br />

km³ km³ km³ km³<br />

25/09/10 a 01/10/10 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

02/10/10 a 08/10/10 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

09/10/10 a 15/10/10 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

16/10/10 a 22/10/10 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

23/10/10 a 29/10/10 0,000 0,000 0,159 0,341<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,460 0,010 3,306 0,564<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,670 0,070 5,508 0,752<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,840 0,100 6,234 0,926<br />

20/11/10 a 26/11/10 1,880 0,100 6,244 1,096<br />

27/11/10 a 03/12/10 3,110 0,110 6,244 1,423<br />

04/12/10 a 10/12/10 4,070 0,120 6,244 1,423<br />

11/12/10 a 17/12/10 4,020 0,120 6,365 1,423<br />

18/12/10 a 24/12/10 3,830 0,110 6,365 1,423<br />

25/12/10 a 31/12/10 3,400 0,110 6,365 1,423<br />

01/01/11 a 07/01/11 3,270 0,100 6,365 1,423<br />

08/01/11 a 14/01/11 3,040 0,100 6,365 1,423<br />

15/01/11 a 21/01/11 2,730 0,090 6,365 1,485<br />

22/01/11 a 28/01/11 2,530 0,090 6,365 1,534<br />

29/01/11 a 04/02/11 2,300 0,080 6,365 1,583<br />

05/02/11 a 11/02/11 1,970 0,080 6,365 1,633<br />

12/02/11 a 18/02/11 1,620 0,070 6,365 1,682<br />

19/02/11 a 25/02/11 1,390 0,070 6,365 1,731<br />

26/02/11 a 04/03/11 1,280 0,060 6,365 1,780<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,930 0,060 6,365 1,703<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,710 0,050 6,274 1,627<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,450 0,050 6,130 1,550<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,170 0,040 5,510 1,390<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,000 0,040 5,090 0,810<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,000 0,030 4,960 0,790<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,000 0,030 4,960 0,230<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,000 0,020 4,960 0,203<br />

30/04/11 a 06/05/11 0,000 0,000 4,960 0,035<br />

07/05/11 a 13/05/11 0,000 0,000 4,215 0,035<br />

14/05/11 a 20/05/11 0,000 0,000 1,520 0,020<br />

21/05/11 a 27/05/11 0,000 0,000 0,230 0,000<br />

28/05/11 a 03/06/11 0,000 0,000 0,000 0,000<br />

OBS<br />

A análise do histórico <strong>de</strong> vazões afluentes ao reservatório <strong>de</strong> Três Marias e do<br />

posto hidrométrico <strong>de</strong> Pirapora, consubstanciadas no documento<br />

<strong>ONS</strong>-NT-109/2006 - Metodologia para revisão dos volumes <strong>de</strong> espera do reservatório<br />

<strong>de</strong> Três Marias, permite que possa ser procedido o reenchimento do reservatório<br />

a partir <strong>de</strong> 01 <strong>de</strong> março, uma vez caracterizada, até o dia 28 <strong>de</strong> fevereiro,<br />

a ausência <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>de</strong> porte afluentes ao reservatório, bem como no trecho<br />

incremental entre o reservatório e a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pirapora.<br />

Assim, objetivando a realização <strong>de</strong> revisão dos volumes <strong>de</strong> espera no início<br />

do mês <strong>de</strong> março, foram calculados os volumes <strong>de</strong> espera pelo sistema SPEC.<br />

Foram excluídos os anos que apresentaram a vazão média superior a 120% da<br />

MLT, no período <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro a fevereiro. Os resultados obtidos para os volumes<br />

<strong>de</strong> espera levando em consi<strong>de</strong>ração um Tempo <strong>de</strong> Recorrência <strong>de</strong> 50 anos<br />

são apresentados na Tabela 15.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 72 / 150


Tabela 15<br />

Volumes <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> Três Marias para anos <strong>de</strong> baixa hidraulicida<strong>de</strong><br />

Três Marias NT<br />

Período<br />

TR = 50 anos<br />

km³<br />

25/09/10 a 01/10/10 0,000<br />

02/10/10 a 08/10/10 0,000<br />

09/10/10 a 15/10/10 0,000<br />

16/10/10 a 22/10/10 0,000<br />

23/10/10 a 29/10/10 0,000<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,270<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,720<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,720<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,840<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,900<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,870<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,830<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,820<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,760<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,730<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,680<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,660<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,600<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,540<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,530<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,490<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,440<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,400<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,380<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,300<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,250<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,230<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,190<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,090<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,000<br />

30/04/11 a 06/05/11 0,000<br />

07/05/11 a 13/05/11 0,000<br />

14/05/11 a 20/05/11 0,000<br />

Havendo indicações <strong>de</strong> chuvas e incrementais <strong>de</strong> porte entre o reservatório <strong>de</strong><br />

Três Marias e o posto hidrométrico <strong>de</strong> Pirapora, a operação do reservatório <strong>de</strong>verá<br />

objetivar a mitigação <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> que estejam ocorrendo à jusante.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 73 / 150


5 Bacia do rio Parnaíba<br />

5.1 Localização e principais características da bacia<br />

A bacia do rio Parnaíba abrange quase totalmente o Estado do Piauí, parte do<br />

Maranhão e uma pequena área do Ceará, totalizando 344.112 km². O rio Parnaíba<br />

é o principal da região, com aproximadamente 1.400 km <strong>de</strong> extensão.<br />

O rio Parnaíba nasce na Chapada das Mangabeiras, Estado do Maranhão e<br />

tem sua foz na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Parnaíba, no Piauí. Seu leito <strong>de</strong>senvolve-se do Sul para<br />

o Norte e faz a divisa do Estado do Maranhão com o Piauí. Apesar da intermitência<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> seus tributários, o rio Parnaíba possui uma gran<strong>de</strong> importância<br />

econômica para a região.<br />

A Figura 28 apresenta um esboço da bacia, seus principais tributários e a indicação<br />

das restrições operativas consi<strong>de</strong>radas. O Quadro 16 apresenta as principais<br />

características do aproveitamento hidrelétrico <strong>de</strong> Boa Esperança.<br />

Figura 28<br />

Diagrama esquemático com a indicação do aproveitamento hidrelétrico <strong>de</strong> Boa Esperança e das<br />

restrições operativas na bacia do rio Parnaíba<br />

CONVENÇÃO<br />

reservatório com operação<br />

para o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

restrição <strong>de</strong> vazão máxima<br />

(m³/s)<br />

Rio Balsas<br />

BOA<br />

ESPERANÇA<br />

Floriano<br />

Teresina<br />

Rio Parnaíba<br />

1600 2400<br />

3000<br />

Rio Uruçui Preto<br />

Rio Gurguéia<br />

Rio Canindé<br />

Rio Poti<br />

Quadro 16 Principais características do reservatório <strong>de</strong> Boa Esperança<br />

DIST.ATÉ<br />

POT. RESTR. OPERATIVAS<br />

A.D. V.U.<br />

EMPRESA APROVEIT. RIO A FOZ<br />

INST.<br />

(km²) (km³)<br />

MONT.(m) JUS.(m³/s)<br />

(km)<br />

(MW)<br />

CHESF BOA ESPERANÇA PARNAÍBA 700 300.000 1,917 225 - 1.600<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 74 / 150


5.2 Sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia<br />

O aproveitamento hidroelétrico <strong>de</strong> Boa Esperança é, atualmente, o único implantado<br />

na bacia.<br />

O reservatório, <strong>de</strong> uso múltiplo, foi projetado para geração e para regularização<br />

das vazões com o objetivo <strong>de</strong> permitir a navegação, tendo em seu projeto<br />

um sistema <strong>de</strong> eclusas, cuja implantação limitou-se à execução <strong>de</strong> obras civis.<br />

Além disso, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o final da década <strong>de</strong> 70, como os <strong>de</strong>mais reservatórios do setor<br />

elétrico brasileiro, foi incluído o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> nas regras operativas <strong>de</strong><br />

Boa Esperança, sendo alocado, no período úmido, volume <strong>de</strong> espera para este<br />

fim.<br />

5.3 Restrições hidráulicas existentes na bacia<br />

O aproveitamento <strong>de</strong> Boa Esperança opera com uma restrição variável <strong>de</strong>vido<br />

às contribuições existentes nos trechos do Parnaíba a montante das cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Floriano (rio Gurguéia) e <strong>de</strong> Teresina (rio Canindé), bem como o efeito <strong>de</strong> remanso<br />

da confluência dos rios Parnaíba e Poti na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Teresina, capital do<br />

Estado.<br />

A limitação <strong>de</strong> <strong>de</strong>fluência em Boa Esperança é consi<strong>de</strong>rada uma <strong>de</strong>scarga<br />

calculada em função das restrições em Floriano e Teresina e das incrementais<br />

Boa Esperança/Floriano e Floriano/Teresina. Tendo em vista que tais incrementais<br />

não são fixas, a <strong>de</strong>fluência permitida em Boa Esperança é variável.<br />

Após avaliação das últimas <strong>cheias</strong> (1981, 1985, 1995 e 2003), tendo a cheia<br />

<strong>de</strong> 1995 se formado a jusante do reservatório, são consi<strong>de</strong>rados os seguintes valores<br />

apresentados no Quadro 17.<br />

Quadro 17 Restrição local - bacia do rio Parnaíba<br />

CIDADE COTA VAZÃO APROXIMADA<br />

Floriano 8,98 m 2.400 m³/s<br />

Teresina 6,87 m 3.000 m³/s<br />

Observações<br />

No <strong>de</strong>correr das últimas <strong>cheias</strong> constatou-se, em Teresina, que o efeito <strong>de</strong> represamento<br />

do rio Parnaíba causado pela confluência com o rio Poti, afluente localizado<br />

imediatamente a jusante da cida<strong>de</strong>, interfere na curva-chave do posto<br />

fluviométrico <strong>de</strong> mesmo nome, <strong>de</strong> forma que o valor da cota po<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>r a<br />

vazões inferiores à indicada.<br />

Na prática, consi<strong>de</strong>ra-se que a restrição <strong>de</strong> <strong>de</strong>fluência <strong>de</strong> Boa Esperança varia<br />

entre 1.600 e 2.000 m 3 /s, sendo a primeira utilizada para o cálculo do volume <strong>de</strong><br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 75 / 150


espera, pois consi<strong>de</strong>ra as maiores contribuições já observadas nos rios Gurguéia<br />

e Canindé, na formação das <strong>de</strong>scargas em Floriano e Teresina.<br />

5.4 Série <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias<br />

A série <strong>de</strong> vazões afluentes a Boa Esperança utilizada para o cálculo do volume<br />

<strong>de</strong> espera está compreendida no período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1966 a maio <strong>de</strong><br />

<strong>2010</strong>, uma vez que apenas neste período se dispõe <strong>de</strong> <strong>de</strong>scargas médias diárias<br />

observadas. Salienta-se que, como já <strong>de</strong>stacado no <strong>ciclo</strong> anterior, as séries <strong>de</strong><br />

vazões naturais diárias no período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1966 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2005 foram<br />

substituídas pelas séries obtidas no projeto <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> séries <strong>de</strong> vazões naturais<br />

<strong>de</strong>sse aproveitamento (<strong>ONS</strong>, 2008b).<br />

A título <strong>de</strong> informação, a série histórica <strong>de</strong> vazões médias mensais para o período<br />

<strong>de</strong> Jan/1931 a ago/1933 foi obtida através do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> regressão múltipla,<br />

utilizando precipitação mensal nos postos Amarante e Oeiras e a vazão mensal<br />

em Boa Esperança. Para o período <strong>de</strong> Set/1933 a <strong>de</strong>z/1965 as vazões médias<br />

mensais foram obtidas por meio <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> regressão múltipla utilizando<br />

dados <strong>de</strong> precipitação mensal nos postos <strong>de</strong> Amarante e Oeiras e dados <strong>de</strong> vazão<br />

observada no posto fluviométrico <strong>de</strong> Boqueirão. Contudo, por serem séries<br />

<strong>de</strong> vazões médias mensais, as mesmas não foram utilizadas nos estudos <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong> apresentados nesse relatório.<br />

5.5 Aplicação da metodologia<br />

No presente estudo aplicou-se a metodologia CEPEL (<strong>de</strong>scrita no Anexo I) para<br />

o sistema do reservatório <strong>de</strong> Boa Esperança. A mesma abrange duas etapas<br />

distintas, uma <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> séries sintéticas <strong>de</strong> vazões naturais, através do<br />

mo<strong>de</strong>lo DIANA, e outra <strong>de</strong> cálculo dos volumes vazios necessários e suficientes<br />

para o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, segundo a teoria das Condições <strong>de</strong> Controlabilida<strong>de</strong>.<br />

Na aplicação <strong>de</strong>sta metodologia não foi incorporada a consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> tendências<br />

<strong>de</strong> padrões climáticos, <strong>de</strong>scrita no item 2.5.1, face ao pequeno número<br />

<strong>de</strong> anos do histórico <strong>de</strong> vazões.<br />

Na primeira etapa <strong>de</strong> estudo, a partir do histórico <strong>de</strong> vazões naturais, <strong>de</strong> janeiro<br />

<strong>de</strong> 1966 a maio <strong>de</strong> <strong>2010</strong> em Boa Esperança, foram gerados 12.000 períodos<br />

chuvosos <strong>de</strong> vazões diárias através do mo<strong>de</strong>lo DIANA. O período consi<strong>de</strong>rado<br />

como estação chuvosa foi o <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> setembro a 27 <strong>de</strong> maio.<br />

5.6 Alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera<br />

A Tabela 16 apresenta a evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> Boa<br />

Esperança recomendada para o período úmido <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>, correspon<strong>de</strong>nte ao<br />

tempo <strong>de</strong> recorrência <strong>de</strong> 36 anos indicado pela CHESF.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 76 / 150


Tabela 16<br />

Volumes <strong>de</strong> espera (km³) <strong>de</strong> Boa Esperança<br />

Boa Esperança<br />

Período<br />

TR = 36 anos<br />

km³<br />

25/09/10 a 01/10/10 0,000<br />

02/10/10 a 08/10/10 0,000<br />

09/10/10 a 15/10/10 0,000<br />

16/10/10 a 22/10/10 0,000<br />

23/10/10 a 29/10/10 0,000<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,000<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,050<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,440<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,550<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,550<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,560<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,680<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,680<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,680<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,680<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,680<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,680<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,680<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,680<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,680<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,680<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,680<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,680<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,680<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,680<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,680<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,680<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,680<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,670<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,630<br />

30/04/11 a 06/05/11 0,540<br />

07/05/11 a 13/05/11 0,530<br />

14/05/11 a 20/05/11 0,120<br />

21/05/11 a 27/05/11 0,000<br />

Através da análise do histórico <strong>de</strong> vazões afluentes ao reservatório <strong>de</strong> Boa Esperança,<br />

consubstanciadas no documento <strong>ONS</strong>-NT-027/2006 - Metodologia para<br />

revisão dos volumes <strong>de</strong> espera do reservatório <strong>de</strong> Boa Esperança – Revisão 1,<br />

constatou-se que o reenchimento do reservatório po<strong>de</strong>rá ser procedido a partir<br />

<strong>de</strong> 01 <strong>de</strong> março, uma vez caracterizada, até o dia 28 <strong>de</strong> fevereiro, a ausência <strong>de</strong><br />

<strong>cheias</strong> <strong>de</strong> porte afluentes ao reservatório.<br />

Assim, objetivando a realização <strong>de</strong> revisão dos volumes <strong>de</strong> espera no início<br />

do mês <strong>de</strong> março, calcularam-se os volumes <strong>de</strong> espera pelo sistema SPEC excluindo-se<br />

os anos que apresentaram a vazão média dos meses <strong>de</strong> janeiro e fevereiro<br />

superior a 120% da MLT <strong>de</strong>stes meses. Os resultados obtidos para os<br />

volumes <strong>de</strong> espera levando em consi<strong>de</strong>ração um Tempo <strong>de</strong> Recorrência <strong>de</strong> 36<br />

anos encontram-se apresentados na Tabela 17.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 77 / 150


Tabela 17<br />

Volumes <strong>de</strong> espera (km³) <strong>de</strong> Boa Esperança para anos <strong>de</strong> baixa hidraulicida<strong>de</strong><br />

Boa Esperança<br />

Período<br />

TR = 36 anos<br />

km³<br />

25/09/10 a 01/10/10 0,000<br />

02/10/10 a 08/10/10 0,000<br />

09/10/10 a 15/10/10 0,000<br />

16/10/10 a 22/10/10 0,000<br />

23/10/10 a 29/10/10 0,000<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,000<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,170<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,170<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,170<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,170<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,170<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,180<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,180<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,180<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,180<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,180<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,180<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,180<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,180<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,180<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,180<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,180<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,180<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,180<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,180<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,180<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,160<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,180<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,180<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,180<br />

30/04/11 a 06/05/11 0,070<br />

07/05/11 a 13/05/11 0,050<br />

14/05/11 a 20/05/11 0,000<br />

21/05/11 a 27/05/11 0,000<br />

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6 Bacia do rio Jequitinhonha<br />

6.1 Localização e principais características da bacia<br />

O rio Jequitinhonha tem suas nascentes próximas à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Diamantina<br />

(MG), na Serra do Espinhaço, nas proximida<strong>de</strong>s das coor<strong>de</strong>nadas 18º 30’ <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong><br />

Sul e 43º 35’ <strong>de</strong> longitu<strong>de</strong> Oeste, numa altitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1.200 m. Desenvolve-se<br />

predominantemente no sentido nor<strong>de</strong>ste, pelo Estado <strong>de</strong> Minas Gerais,<br />

atravessando o su<strong>de</strong>ste da Bahia até <strong>de</strong>saguar no Oceano Atlântico, próximo<br />

à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belmonte (BA).<br />

A bacia está compreendida entre os paralelos 16º e 18º <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong> Sul e 39º e<br />

44º <strong>de</strong> longitu<strong>de</strong> Oeste, drenando uma área <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 70.315 km², sendo<br />

66.319 km² no trecho mineiro e o 3.996 km² no trecho baiano. A bacia limita-se<br />

com as bacias do rio Pardo (ao norte), do rio Doce (ao sul) e do rio São Francisco<br />

(ao oeste), tendo ao leste o Oceano Atlântico. O rio Jequitinhonha tem como<br />

principais afluentes pela margem esquerda os rios Itacambiruçu, Salinas, São<br />

Pedro e São Francisco e, pela margem direita, os rios Araçuaí, Piauí e São Miguel.<br />

Entre os principais usos da água praticados na bacia, <strong>de</strong>stacam-se a irrigação,<br />

a mineração e o abastecimento doméstico e industrial. Existem dois aproveitamentos<br />

na bacia em fase <strong>de</strong> operação, ambos <strong>de</strong> construção recente quais<br />

sejam: os aproveitamentos <strong>de</strong> Irapé e Itapebi, e mais um com entrada em operação<br />

prevista até 2012.<br />

A Figura 29 apresenta o reservatório <strong>de</strong> Irapé com a indicação da localização<br />

da restrição operativa consi<strong>de</strong>rada. O Quadro 18 apresenta as principais características<br />

do aproveitamento hidrelétrico <strong>de</strong> Irapé.<br />

Figura 29<br />

Jequitinhonha<br />

Diagrama esquemático do sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio<br />

Irapé<br />

<strong>de</strong><br />

Coronel Murta<br />

Cida<strong>de</strong><br />

Q = 2100 m³/s<br />

restr<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 79 / 150


Quadro 18 Principais características <strong>de</strong> Irapé<br />

DIST.AT<br />

POT. RESTR. OPERATIVAS<br />

A.D. V.U.<br />

EMPRESA APROVEIT. RIO É A FOZ<br />

INST.<br />

(km²) (km³)<br />

MONT.(m) JUS.(m³/s)<br />

(km)<br />

(MW)<br />

CEMIG IRAPÉ JEQUITINHONHA - - 3,689 360 - 2.100<br />

6.2 Sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia<br />

O aproveitamento hidroelétrico <strong>de</strong> Irapé é, atualmente, o segundo implantado<br />

na bacia. O reservatório foi projetado para geração <strong>de</strong> energia elétrica, regularizando,<br />

atualmente, as vazões afluentes ao reservatório <strong>de</strong> Itapebi. A partir <strong>de</strong><br />

2006, como os <strong>de</strong>mais reservatórios do setor elétrico brasileiro, foi incluído o<br />

controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> nas regras operativas <strong>de</strong> Irapé, sendo alocado, no período<br />

úmido, volume <strong>de</strong> espera para este fim.<br />

6.3 Restrições hidráulicas existentes na bacia<br />

O aproveitamento <strong>de</strong> Irapé opera com uma limitação <strong>de</strong> <strong>de</strong>fluência <strong>de</strong> 2.100 m³/s<br />

calculada em função da restrição <strong>de</strong> vazão máxima para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>de</strong><br />

2.450 m³/s na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coronel Murta, conforme Quadro 19.<br />

Quadro 19 Restrição local - bacia do rio Jequitinhonha<br />

CIDADE<br />

VAZÃO APROXIMADA<br />

Coronel Murta<br />

2.450 m³/s<br />

6.4 Série <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias<br />

A série <strong>de</strong> vazões afluentes a Irapé utilizada para o cálculo <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera<br />

está compreendida <strong>de</strong> 1945 a <strong>2010</strong>, uma vez que apenas neste período se<br />

dispõe <strong>de</strong> <strong>de</strong>scargas médias diárias observadas.<br />

6.5 Aplicação da metodologia<br />

No presente estudo aplicou-se a metodologia CEPEL (Anexo I) para o sistema<br />

do reservatório <strong>de</strong> Irapé. A mesma abrange duas etapas distintas, uma <strong>de</strong> geração<br />

<strong>de</strong> séries sintéticas <strong>de</strong> vazões naturais, através do mo<strong>de</strong>lo DIANA, e outra<br />

<strong>de</strong> cálculo dos volumes vazios necessários e suficientes para o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>,<br />

segundo a teoria das Condições <strong>de</strong> Controlabilida<strong>de</strong>.<br />

Na aplicação <strong>de</strong>sta metodologia não foi incorporada a consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> tendências<br />

<strong>de</strong> padrões climáticos, <strong>de</strong>scrita no item 2.5.1, face ao pequeno número<br />

<strong>de</strong> anos do histórico <strong>de</strong> vazões.<br />

Na primeira etapa <strong>de</strong> estudo, a partir do histórico <strong>de</strong> vazões naturais, <strong>de</strong> janeiro<br />

<strong>de</strong> 1945 a maio <strong>de</strong> <strong>2010</strong> em Irapé, foram gerados 12.000 períodos chuvosos<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 80 / 150


<strong>de</strong> vazões diárias através do mo<strong>de</strong>lo DIANA. O período consi<strong>de</strong>rado como estação<br />

chuvosa nas séries <strong>de</strong>sta bacia foi o <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> setembro a 27 <strong>de</strong> maio.<br />

6.6 Alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera<br />

A Tabela 18 apresenta a evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> Irapé recomendado<br />

para o período úmido <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>, correspon<strong>de</strong>nte ao tempo <strong>de</strong> recorrência<br />

<strong>de</strong> 50 anos indicado pela CEMIG.<br />

Tabela 18<br />

Volumes <strong>de</strong> espera (km³) Irapé<br />

Irapé<br />

Período<br />

TR = 50 anos<br />

km³<br />

25/09/10 a 01/10/10 0,000<br />

02/10/10 a 08/10/10 0,000<br />

09/10/10 a 15/10/10 0,000<br />

16/10/10 a 22/10/10 0,180<br />

23/10/10 a 29/10/10 0,220<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,220<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,220<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,220<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,290<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,340<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,450<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,460<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,430<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,420<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,390<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,380<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,360<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,360<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,320<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,310<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,300<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,240<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,240<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,190<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,190<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,170<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,150<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,120<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,000<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,000<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,000<br />

30/04/11 a 06/05/11 0,000<br />

07/05/11 a 13/05/11 0,000<br />

14/05/11 a 20/05/11 0,000<br />

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7 Bacia do rio Iguaçu<br />

7.1 Localização e principais características da bacia<br />

A bacia do rio Iguaçu localiza-se na região Sul do país em gran<strong>de</strong> parte no estado<br />

do Paraná. Esta bacia tem também áreas <strong>de</strong> contribuição no estado <strong>de</strong> Santa<br />

Catarina e na República Argentina, haja vista os trechos fronteiriços <strong>de</strong>limitados<br />

pelo canal principal do rio Iguaçu, conforme mostra a Figura 29.<br />

Essa bacia possui características próprias que <strong>de</strong>terminam distintos padrões<br />

<strong>de</strong> enchente ao longo da mesma. O trecho conhecido como Alto Iguaçu, que<br />

compreen<strong>de</strong> a área drenada a montante da localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Vitória, situada<br />

na cabeceira do reservatório <strong>de</strong> Foz do Areia, caracteriza-se por <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s extremamente<br />

pequenas, resultando em escoamentos que possibilitam boa antecedência<br />

nas previsões, uma vez que evoluem <strong>de</strong> forma gradativa. O trecho a jusante<br />

<strong>de</strong> Porto Vitória é caracterizado por acentuada <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>, resultando em<br />

rápidas respostas às precipitações e, portanto, menores horizontes <strong>de</strong> previsão.<br />

A bacia apresenta características geomorfológicas também distintas, tendo no<br />

planalto <strong>de</strong> Guarapuava, área <strong>de</strong> contribuição do rio Jordão, uma região <strong>de</strong> basalto<br />

com reduzida capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção e regularização da água no seu subsolo.<br />

Aliado a este aspecto, a distribuição espacial das chuvas na bacia mostra<br />

maiores índices <strong>de</strong> pluviosida<strong>de</strong> na sua parte central, correspon<strong>de</strong>nte ao trecho<br />

<strong>de</strong>nominado Médio Iguaçu.<br />

Baseado nas consi<strong>de</strong>rações acima e na análise do histórico das vazões disponíveis,<br />

on<strong>de</strong> se observa um comportamento diferenciado das ondas <strong>de</strong> cheia<br />

ao longo da bacia, i<strong>de</strong>ntificam-se três regiões hidrologicamente distintas e conhecidas<br />

por Alto, Médio e Baixo Iguaçu. Nesta última, as <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s se tornam<br />

mais suaves, conforme mostra a Figura 30.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 82 / 150


Figura 30<br />

quedas<br />

Localização dos aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio Iguaçu e perfil com divisão <strong>de</strong><br />

7.2 Sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia<br />

A bacia do rio Iguaçu possui cinco aproveitamentos hidrelétricos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

porte, dispostos em cascata, a saber: GBM (Foz do Areia) e GNB (Segredo) da<br />

COPEL, Salto Santiago e Salto Osório da Tractebel Energia e GJR (Salto Caxias)<br />

da COPEL. No rio Jordão, afluente do rio Iguaçu pela margem direita, entre<br />

GNB e Salto Santiago, encontram-se os aproveitamentos <strong>de</strong> Santa Clara, Fundão<br />

e Jordão, todos operados pela COPEL. As principais características <strong>de</strong>sses<br />

aproveitamentos estão apresentadas a seguir no Quadro 18.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 83 / 150


Quadro 18<br />

Principais características dos aproveitamentos da bacia do rio Iguaçu<br />

EMPRESA APROVEITAMENTO RIO<br />

DIST.<br />

ATÉ A<br />

FOZ (km)<br />

A.D.<br />

(km²)<br />

V.U.<br />

(km³)<br />

POT.<br />

INST.<br />

(MW)<br />

RESTRIÇÕES OPERATIVAS<br />

MONT. (m)<br />

JUS. (m³/s)<br />

COPEL GBM (Foz do Areia) IGUAÇU 550 30.127 3,805 1.676<br />

NA.max=<br />

variável(1)<br />

-<br />

COPEL GNB (Segredo) IGUAÇU 450 34.346 0,384 1.260 - -<br />

TRACTEBEL S. SANTIAGO IGUAÇU 357 43.852 4,113 1.420 -<br />

19.000 (2)<br />

TRACTEBEL S. OSÓRIO IGUAÇU 307 45.769 0,403 1.078 - -<br />

COPEL GJR (S. Caxias) IGUAÇU 210 56.977 0,273 1.240 - 30.000 (3)<br />

COPEL SANTA CLARA JORDÃO 32 3.900 0,262 120 - -<br />

COPEL FUNDÃO JORDÃO 23 4.090 0,007 120 - -<br />

COPEL JORDÃO JORDÃO 3 4730 0,025 - - -<br />

(1) N.A. máximo do reservatório, variável em função do nível da água em Porto Vitória e em União da Vitória, <strong>de</strong>terminada<br />

pela curva <strong>de</strong> remanso.<br />

(2) Valor <strong>de</strong> restrição para proteção da casa <strong>de</strong> força própria. (3) Restrição da ponte da PR-182.<br />

(3) Restrição da ponte da PR-182.<br />

A Figura 31 mostra a disposição relativa dos aproveitamentos hidrelétricos na<br />

bacia do rio Iguaçu.<br />

Figura 31<br />

Diagrama esquemático do sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio Iguaçu<br />

O reservatório <strong>de</strong> Foz do Areia é operado no controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> para evitar a<br />

sua influência nos níveis <strong>de</strong> enchente das cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> União da Vitória (PR) e<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 84 / 150


Porto União (SC), através <strong>de</strong> uma metodologia específica <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> “rebaixamento<br />

dinâmico”, <strong>de</strong>scrito no item seguinte.<br />

O reservatório <strong>de</strong> Salto Santiago é utilizado no controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> para evitar<br />

a inundação da sua própria casa <strong>de</strong> força, através da metodologia CEPEL, <strong>de</strong>scrita<br />

no Anexo I <strong>de</strong>ste relatório.<br />

7.3 Restrições hidráulicas existentes na bacia<br />

O aproveitamento <strong>de</strong> Foz do Areia, o primeiro da cascata, possui uma restrição<br />

<strong>de</strong> operação caracterizada pela influência do seu reservatório, em certas condições<br />

<strong>de</strong> cheia, nos níveis <strong>de</strong> inundação das cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> União da Vitória (PR) e<br />

Porto União (SC), localizada na sua cabeceira. Essa influência é <strong>de</strong>terminada<br />

pelas curvas <strong>de</strong> remanso calculadas pela COPEL (CEHPAR, 2002), que permitem<br />

estabelecer, em tempo real e para cada situação <strong>de</strong> cheia, o nível do reservatório<br />

<strong>de</strong> Foz do Areia a ser consi<strong>de</strong>rado como restrição, com base nos níveis<br />

da água observados, simultaneamente, em Foz do Areia, Porto Vitória (localizado<br />

no trecho intermediário entre Foz do Areia e União da Vitória) e União da Vitória.<br />

Assim, a restrição <strong>de</strong> nível do reservatório <strong>de</strong> Foz do Areia não é um valor<br />

constante, e sim variável e <strong>de</strong>terminado em tempo real através das curvas <strong>de</strong><br />

remanso <strong>de</strong>ste reservatório.<br />

A operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> do reservatório <strong>de</strong> Foz do Areia visa evitar o<br />

agravamento das enchentes em União da Vitória e Porto União, em áreas situadas<br />

acima da cota <strong>de</strong> <strong>de</strong>sapropriação. Essa operação é <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> “rebaixamento<br />

dinâmico” e baseia-se no recurso <strong>de</strong> previsão da vazão afluente, na<br />

preservação do fim energético (pela recuperação do nível máximo normal<br />

742,00 m no final da cheia) e na disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> volumes vazios nos reservatórios<br />

<strong>de</strong> jusante. A operação em Foz do Areia <strong>de</strong>verá ser executada <strong>de</strong> forma integrada<br />

com Segredo, <strong>de</strong> modo a não provocar aumentos na vazão máxima a jusante<br />

do sistema <strong>de</strong> reservatórios. A operação <strong>de</strong> “rebaixamento dinâmico” <strong>de</strong>verá<br />

ser executada sob a coor<strong>de</strong>nação do <strong>ONS</strong> que <strong>de</strong>verá levar em consi<strong>de</strong>ração<br />

as afluências verificadas nas bacias <strong>de</strong> contribuição das usinas da cascata e a<br />

existência os volumes vazios existentes nos reservatórios <strong>de</strong> jusante, com exceção<br />

do reservatório <strong>de</strong> Salto Santiago que tem regras próprias <strong>de</strong> operação <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>.<br />

O aproveitamento <strong>de</strong> Segredo não possui nenhuma restrição conhecida para<br />

a operação hidráulica do seu reservatório. Sua operação consistirá em controlar<br />

as vazões para jusante, utilizando eventual volume vazio existente no seu reservatório<br />

para absorver os efeitos do rebaixamento <strong>de</strong> Foz do Areia, em conjunto<br />

com os <strong>de</strong>mais reservatórios <strong>de</strong> jusante.<br />

O aproveitamento <strong>de</strong> Salto Santiago possui uma restrição <strong>de</strong> <strong>de</strong>fluência, caracterizada<br />

pela inundação da sua própria Casa <strong>de</strong> Força para vazões <strong>de</strong>fluentes<br />

superiores a 19.000 m 3 /s. Depen<strong>de</strong>ndo da tendência macro-climática, <strong>de</strong>terminada<br />

segundo critérios pré-estabelecidos, Salto Santiago po<strong>de</strong>rá alocar ou não volumes<br />

<strong>de</strong> espera para a proteção <strong>de</strong>sta restrição.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 85 / 150


O aproveitamento <strong>de</strong> Salto Osório não possui nenhuma restrição conhecida<br />

para a operação hidráulica do seu reservatório. Sua operação consistirá em controlar<br />

as vazões para jusante, em consonância com os <strong>de</strong>mais reservatórios da<br />

cascata.<br />

O aproveitamento <strong>de</strong> Salto Caxias, o último da cascata e também o mais recente,<br />

teve o seu reservatório enchido em outubro <strong>de</strong> 1998. À jusante <strong>de</strong>ste a-<br />

proveitamento existe uma ponte rodoviária da PR-182 sobre o rio Iguaçu, entre<br />

os municípios <strong>de</strong> Capitão Leônidas Marques e Marmelândia, para a qual a CO-<br />

PEL informou como restrição a vazão <strong>de</strong> 30.000 m 3 /s. Esta restrição não é contemplada<br />

neste <strong>plano</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, entretanto, <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada<br />

nas diretrizes para regras <strong>de</strong> operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>. A COPEL adota<br />

medidas para manter informadas as comunida<strong>de</strong>s usuárias da referida ponte rodoviária,<br />

em situações em que houver perspectiva da vazão atingir valores da<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 30.000 m 3 /s naquele local. Esta vazão correspon<strong>de</strong> a um tempo <strong>de</strong> recorrência<br />

superior a 100 anos, usual no dimensionamento <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> obra.<br />

Segundo levantamentos realizados pela COPEL a jusante <strong>de</strong> Salto Caxias até<br />

o final do trecho exclusivamente nacional do Iguaçu, há proprieda<strong>de</strong>s agrícolas,<br />

instalações agropecuárias e se<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fazendas que são gradativamente atingidas<br />

para vazões muito altas, como aquelas ocorridas em 1983 e 1992, que i-<br />

gualmente não são passíveis <strong>de</strong> proteção com volumes <strong>de</strong> espera. Neste trecho<br />

é importante que Salto Caxias mantenha taxas <strong>de</strong> variação <strong>de</strong> <strong>de</strong>fluência compatíveis<br />

com as taxas das <strong>cheias</strong> naturais, o que possibilitará uma evacuação or<strong>de</strong>nada<br />

das áreas <strong>de</strong> várzea durante os eventos <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>.<br />

7.4 Séries <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias<br />

O estudo para a <strong>de</strong>terminação dos volumes <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> Salto Santiago, associados<br />

à restrição da sua casa <strong>de</strong> força, utilizou a série <strong>de</strong> vazões naturais<br />

médias diárias do rio Iguaçu em Salto Santiago do período compreendido entre<br />

1951 e 2008. O período <strong>de</strong> 1951 a 2001 é parte da revisão das séries <strong>de</strong> vazões<br />

diárias do Projeto <strong>de</strong> Revisão das Séries <strong>de</strong> Vazões Naturais (<strong>ONS</strong>, 2003).<br />

O presente estudo utilizou as séries <strong>de</strong> vazões do ano todo (04/<strong>de</strong>zembro a<br />

02/<strong>de</strong>zembro), com o objetivo <strong>de</strong> reavaliar o critério <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong><br />

espera em Salto Santiago no período <strong>de</strong> maio a outubro, que tem sido adotado<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1993, baseado no estudo “Pesquisa <strong>de</strong> Período Menos Suscetível a Ocorrências<br />

<strong>de</strong> Cheias em Salto Santiago”, (Eletrosul, 1993).<br />

7.5 Aplicação da metodologia<br />

Inicialmente, a série histórica <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias <strong>de</strong> Salto Santiago<br />

<strong>de</strong> 1951 a 2008 foi dividida em séries representativas <strong>de</strong> cenários hidrológicos<br />

relacionados ao fenômeno ENSO, segundo o critério <strong>de</strong>scrito no item 7.5.1. Na<br />

seqüência, essas séries foram utilizadas para gerar 12.000 séries sintéticas, a-<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 86 / 150


través do mo<strong>de</strong>lo DIANA e, a partir <strong>de</strong>ssas, foram <strong>de</strong>terminados os volumes <strong>de</strong><br />

espera <strong>de</strong> acordo com a metodologia CEPEL, <strong>de</strong>scrita no Anexo I <strong>de</strong>ste relatório.<br />

Para o cálculo dos volumes <strong>de</strong> espera foi consi<strong>de</strong>rado somente o reservatório<br />

<strong>de</strong> Salto Santiago, por ser esta a forma mais eficaz na operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong><br />

<strong>cheias</strong>, para a restrição hidráulica.<br />

7.5.1 Tendências <strong>de</strong> padrões climáticos<br />

O fenômeno ENSO – El Niño South Oscillation – e suas relações com a ocorrência<br />

<strong>de</strong> anomalias climáticas em diversas regiões do planeta (teleconexões) têm<br />

sido foco <strong>de</strong> investigações <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da década <strong>de</strong> 60. Atualmente, além <strong>de</strong><br />

ser possível se prever com razoável precisão as oscilações do fenômeno ENSO<br />

com antecedência <strong>de</strong> até três meses, seus efeitos nas condições hidrológicas<br />

das regiões sob influência <strong>de</strong>ste fenômeno só se manifestam após certo tempo,<br />

possibilitando a elaboração <strong>de</strong> estudos preventivos, como o planejamento da o-<br />

peração <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> (CEPEL, 1997).<br />

Para incorporar a consi<strong>de</strong>ração das fases do fenômeno ENSO na caracterização<br />

dos cenários hidrológicos adotados no cálculo dos volumes <strong>de</strong> espera, foram<br />

classificadas as estações chuvosas do histórico <strong>de</strong> vazões em relação à ocorrência<br />

<strong>de</strong> eventos El Niño ou La Niña nos meses antece<strong>de</strong>ntes. Deste modo, a<br />

série histórica foi agrupada em estações <strong>de</strong>nominadas Úmidas, caracterizadas<br />

pela ocorrência <strong>de</strong> eventos do tipo El Niño nos meses antece<strong>de</strong>ntes, estações<br />

Secas caracterizadas pela ocorrência <strong>de</strong> eventos do tipo La Niña nos meses antece<strong>de</strong>ntes<br />

e estações Normais, que não foram antecedidas por eventos caracterizados<br />

como El Niño nem como La Niña. Esta classificação se baseou unicamente<br />

no índice SOI, referente à diferença <strong>de</strong> pressão ao nível do mar entre Tahiti<br />

e Darwin, em base mensal. Sendo que, a partir do <strong>ciclo</strong> 2009/<strong>2010</strong>, passou a<br />

se utilizar o índice SOI Non Standard. Essa alteração busca a adoção do índice<br />

com toda a sua amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> variação e tem como objetivo aprimorar a classificação<br />

dos anos hidrológicos.<br />

Vale ressaltar que o índice SOI é apenas um dos parâmetros utilizados na<br />

classificação do fenômeno ENSO. Em alguns casos, a classificação baseada<br />

somente nesse índice po<strong>de</strong> levar a uma classificação diferente daquela utilizando<br />

outros parâmetros como, por exemplo, a temperatura superficial e subsuperficial<br />

do mar no Pacífico Equatorial e o fluxo atmosférico na região <strong>de</strong> atuação dos<br />

ventos alísios, classificação essa consi<strong>de</strong>rada como oficial pelos centros <strong>de</strong> pesquisa<br />

<strong>de</strong> todo o mundo.<br />

Para classificar as estações chuvosas (anos) da série histórica <strong>de</strong> Salto Santiago<br />

em Úmidos, Secos ou Normais, foram apurados os índices SOI Non Standard<br />

mensais dos seguintes períodos antece<strong>de</strong>ntes ao período chuvoso na região<br />

Sul, <strong>de</strong> maio a outubro:<br />

• novembro a abril;<br />

• <strong>de</strong>zembro a maio; e<br />

• janeiro a junho<br />

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As estações chuvosas foram classificadas por dois índices <strong>de</strong> análise SOMA-<br />

SE (soma se) e o SOMAT (soma total) <strong>de</strong>scritos, anteriormente, na bacia do rio<br />

Paraná.<br />

A escolha dos índices SOMASE e SOMAT foi realizada por um processo <strong>de</strong><br />

calibração a partir da série histórica <strong>de</strong> vazões naturais diárias Salto Santiago <strong>de</strong><br />

1951 a 2008. As vazões médias do período <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> (maio a<br />

outubro) foram organizados em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente, <strong>de</strong> modo a permitir<br />

classificar os anos com vazões acima da média, <strong>de</strong>ntro da média e abaixo<br />

da média.<br />

O ano <strong>de</strong> 1951 foi consi<strong>de</strong>rado o início da série histórica <strong>de</strong> vazões <strong>de</strong>vido a<br />

indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações do índice SOI Non Standard anterior a esse a-<br />

no.<br />

Os valores dos índices calibrados para a bacia do rio Iguaçu são os seguintes:<br />

• Estações chuvosas Úmidas:<br />

SOMASE-Úmido = -0,7<br />

SOMAT-Úmido = -10<br />

• Estações chuvosas Secas:<br />

SOMASE-Seco = +0,7<br />

SOMAT-Seco = +10<br />

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O Quadro 19 apresenta a classificação resultante dos anos da série histórica <strong>de</strong><br />

Salto Santiago.:<br />

Quadro 19 Classificação das estações chuvosas segundo o fenômeno ENSO - Bacia do rio Iguaçu<br />

Estação Chuvosa Fase Enso Estação Chuvosa Fase Enso<br />

51/52 Normal 79/80 Normal<br />

52/53 Normal 80/81 Normal<br />

53/54 Normal 81/82 Normal<br />

54/55 Normal 82/83 Úmida<br />

55/56 Seca 83/84 Normal<br />

56/57 Normal 84/85 Normal<br />

57/58 Normal 85/86 Normal<br />

58/59 Normal 86/87 Úmida<br />

59/60 Normal 87/88 Normal<br />

60/61 Normal 88/89 Seca<br />

61/62 Normal 89/90 Normal<br />

62/63 Normal 90/91 Normal<br />

63/64 Normal 91/92 Úmida<br />

64/65 Normal 92/93 Úmida<br />

65/66 Úmida 93/94 Normal<br />

66/67 Normal 94/95 Normal<br />

67/68 Normal 95/96 Normal<br />

68/69 Normal 96/97 Normal<br />

69/70 Normal 97/98 Úmida<br />

70/71 Seca 98/99 Seca<br />

71/72 Normal 99/00 Seca<br />

72/73 Normal 00/01 Normal<br />

73/74 Seca 01/02 Normal<br />

74/75 Normal 02/03 Normal<br />

75/76 Seca 03/04 Normal<br />

76/77 Normal 04/05 Úmida<br />

77/78 Úmida 05/06 Normal<br />

78/79 Normal 06/07 Normal<br />

07/08 Seco<br />

A partir <strong>de</strong>sta classificação, a série histórica <strong>de</strong> vazões naturais <strong>de</strong> Salto Santiago<br />

foi separada em séries históricas Úmida, Normal e Seca.<br />

Devido ao número reduzido <strong>de</strong> anos Secos e <strong>de</strong> anos Úmidos no histórico<br />

disponível, foram consi<strong>de</strong>radas as seguintes composições <strong>de</strong> cenários para viabilizar<br />

a geração <strong>de</strong> séries sintéticas:<br />

• Seco + Normal: 8 estações chuvosas Secas + 41 estações chuvosas Normais<br />

= 49 estações chuvosas Secas e Normais;<br />

• Normal: 41 anos;<br />

• Úmido + Normal: 8 estações chuvosas Úmidas + 41 estações chuvosas<br />

Normais = 49 estações chuvosas Úmidas e Normais; e<br />

• In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte: 57 estações chuvosas (8 estações chuvosas Secas + 41<br />

estações chuvosas Normais + 8 estações chuvosas Úmidas).<br />

7.6 Consi<strong>de</strong>rações adicionais dos estudos<br />

A ELETROSUL (1993) elaborou um estudo <strong>de</strong>nominado “Pesquisa <strong>de</strong> Período<br />

Menos Suscetível a Ocorrências <strong>de</strong> Cheias em Salto Santiago”, cuja conclusão<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 89 / 150


estabelece não ser necessária a alocação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera em Salto Santiago<br />

no período <strong>de</strong> novembro a abril, <strong>de</strong>vido às restrições consi<strong>de</strong>radas, com base<br />

na série <strong>de</strong> vazões médias diárias (1941 - 1992) verificada até então neste local.<br />

Nesta série, e a maior vazão observada no semestre <strong>de</strong> novembro a abril foi<br />

<strong>de</strong> 6.541 m 3 /s, valor este significativamente inferior à restrição existente a jusante<br />

<strong>de</strong> Salto Santiago, <strong>de</strong> 19.000 m 3 /s.<br />

No presente estudo, relativo ao <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>-<strong>2011</strong>, foi utilizada a série histórica<br />

<strong>de</strong> vazões médias diárias <strong>de</strong> 1951 a 2008 e a consi<strong>de</strong>ração do ano todo, <strong>de</strong><br />

04/<strong>de</strong>zembro a 02/<strong>de</strong>zembro. Os resultados indicaram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> volumes<br />

<strong>de</strong> espera apenas no período <strong>de</strong> maio a julho, conforme alternativas apresentadas<br />

a seguir.<br />

Desta forma, o período chuvoso da bacia do rio Iguaçu continua sendo <strong>de</strong><br />

maio a outubro.<br />

7.7 Alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera<br />

Na bacia do rio Iguaçu, a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera para o controle <strong>de</strong><br />

<strong>cheias</strong> consi<strong>de</strong>rou somente a restrição hidráulica associada à inundação da casa<br />

<strong>de</strong> força <strong>de</strong> Salto Santiago, com alocação <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera no próprio reservatório.<br />

A restrição <strong>de</strong> montante <strong>de</strong> Foz do Areia é controlada através da operação <strong>de</strong><br />

rebaixamento dinâmico neste mesmo reservatório, realizada em tempo real pela<br />

consi<strong>de</strong>ração da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> volumes vazios nos reservatórios <strong>de</strong> jusante<br />

e da garantia <strong>de</strong> recuperação do nível máximo normal 742,00 m no final da cheia.<br />

A metodologia CEPEL(1997) foi aplicada à série <strong>de</strong> vazões diárias <strong>de</strong> Salto<br />

Santiago, <strong>de</strong> 05/<strong>de</strong>zembro a 03/<strong>de</strong>zembro e os cenários hidrológicos Seco, Normal<br />

e Úmido. As séries sintéticas geradas pelo mo<strong>de</strong>lo DIANA foram selecionadas<br />

após uma criteriosa análise dos parâmetros do mo<strong>de</strong>lo e privilegiando o a-<br />

juste às vazões altas ocorridas nas maiores <strong>cheias</strong> verificadas nesta bacia. Essas<br />

séries sintéticas foram utilizadas na <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera para<br />

diversas alternativas <strong>de</strong> cenários hidrológicos e <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> recorrência<strong>de</strong><br />

250 anos, indicado pela Tractebel Energia para a restrição hidráulica associada a<br />

inundação da casa <strong>de</strong> força da UHE Salto Santiago.<br />

A Tabela 19 apresenta os volumes <strong>de</strong> espera resultantes para os cenários<br />

Úmido e In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, respectivamente. Os cenários Normal e Seco não apresentaram<br />

volume <strong>de</strong> espera para o tempo <strong>de</strong> recorrência adotado.<br />

Esses resultados foram analisados pela Tractebel Energia em conjunto com o<br />

<strong>ONS</strong> e COPEL visando a sua adoção no <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>-<strong>2011</strong>. O resultado do cenário<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte será consi<strong>de</strong>rado nas avaliações energéticas para mais <strong>de</strong> um ano<br />

à frente.<br />

De acordo com o critério <strong>de</strong>scrito no item 7.5.1, Salto Santiago <strong>de</strong>verá alocar<br />

volume <strong>de</strong> espera no período <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> <strong>2011</strong> a 22 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, que<br />

varia <strong>de</strong> 0,120 km 3 (97,86 %VU) a 0,080 km 3 (98,05 %VU), <strong>de</strong>vendo realizar a<br />

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transição do nível do reservatório, na primeira semana que antece<strong>de</strong> e na primeira<br />

que suce<strong>de</strong> a alocação do volume <strong>de</strong> espera.<br />

A Figura 32 apresenta a evolução temporal <strong>de</strong>stes volumes <strong>de</strong> espera para os<br />

cenários hidrológicos consi<strong>de</strong>rados.<br />

Tabela 19 Volumes <strong>de</strong> espera (km 3 ) para Salto Santiago – Cenários Úmido e In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

Período<br />

Salto Santiago<br />

TR=250 anos<br />

Úmido In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

30/04/<strong>2011</strong> a 06/05/<strong>2011</strong> 0,000 0,000<br />

07/05/<strong>2011</strong> a 13/05/<strong>2011</strong> 0,000 0,000<br />

14/05/<strong>2011</strong> a 20/04/<strong>2011</strong> 0,000 0,000<br />

21/05/<strong>2011</strong> a 26/05/<strong>2011</strong> 0,090 0,100<br />

27/05/<strong>2011</strong> a 03/06/<strong>2011</strong> 0,120 0,090<br />

04/06/<strong>2011</strong> a 10/06/<strong>2011</strong> 0,080 0,090<br />

11/06/<strong>2011</strong> a 17/06/<strong>2011</strong> 0,080 0,090<br />

18/06/<strong>2011</strong> a 24/06/<strong>2011</strong> 0,080 0,090<br />

2506/<strong>2011</strong> a 01/07/<strong>2011</strong> 0,080 0,090<br />

02/07/<strong>2011</strong> a 08/07/<strong>2011</strong> 0,080 0,090<br />

09/07/<strong>2011</strong> a 15/07/<strong>2011</strong> 0,080 0,090<br />

16/07/<strong>2011</strong> a 22/07/<strong>2011</strong> 0,080 0,080<br />

23/07/<strong>2011</strong> a 29/07/<strong>2011</strong> 0,000 0,000<br />

Figura 32<br />

Salto Santiago: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para os cenários hidrológicos<br />

100,00<br />

Salto Santiago - Cenário Úmido e In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

TR = 250 anos<br />

95,00<br />

90,00<br />

85,00<br />

%VU<br />

80,00<br />

75,00<br />

Úmido<br />

70,00<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

65,00<br />

60,00<br />

30/04/<strong>2011</strong> a 06/05/<strong>2011</strong><br />

14/05/<strong>2011</strong> a 20/04/<strong>2011</strong><br />

27/05/<strong>2011</strong> a 03/06/<strong>2011</strong><br />

11/06/<strong>2011</strong> a 17/06/<strong>2011</strong><br />

2506/<strong>2011</strong> a 01/07/<strong>2011</strong><br />

09/07/<strong>2011</strong> a 15/07/<strong>2011</strong><br />

23/07/<strong>2011</strong> a 29/07/<strong>2011</strong><br />

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8 Bacia do rio Jacuí<br />

8.1 Localização e principais características da bacia<br />

A bacia do rio Jacuí está situada no estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, região Sul do<br />

Brasil. O rio Jacuí, um dos principais rios do estado, nasce nos arredores da cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Passo Fundo, em altitu<strong>de</strong> aproximada <strong>de</strong> 700 m. Os primeiros 200 km<br />

<strong>de</strong> seu curso segue no sentido sudoeste até receber o rio Jacuí-Mirim pela margem<br />

direita, quando muda <strong>de</strong> sentido para sul, numa extensão <strong>de</strong> mais 200 km.<br />

Nova mudança <strong>de</strong> rumo se verifica ao receber as águas do rio Vacacaí pela<br />

margem direita, já na região <strong>de</strong>nominada Depressão Central. Neste trecho, o rio<br />

segue por cerca <strong>de</strong> 300 km no sentido leste até <strong>de</strong>sembocar no estuário do Guaíba.<br />

A Figura 33 apresenta a planta e o perfil do rio Jacuí com os aproveitamentos<br />

hidrelétricos da bacia.<br />

Todos os aproveitamentos <strong>de</strong>sta bacia são operados pela CEEE que é proprietária<br />

<strong>de</strong> quase todas as usinas <strong>de</strong>sta bacia, com exceção <strong>de</strong> Dona Francisca<br />

que pertence a Dona Francisca Energética S.A. – DFESA. A própria CEEE vinha<br />

elaborando os estudos para a <strong>de</strong>terminação dos volumes <strong>de</strong> espera necessários<br />

para o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> até a criação do <strong>ONS</strong>, quando este passou a elaborar<br />

os estudos <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>de</strong> todos os aproveitamentos <strong>de</strong>spachados<br />

por ele <strong>de</strong> forma centralizada.<br />

Figura 33<br />

Perfil com divisão <strong>de</strong> quedas dos aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio Jacuí<br />

489,50<br />

279,39<br />

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8.2 Sistema <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos da bacia<br />

Na bacia do rio Jacuí atualmente existem quatro usinas hidrelétricas em operação,<br />

<strong>de</strong>spachadas pelo <strong>ONS</strong>, a saber: Passo Real, Jacuí, Itaúba e Dona Francisca.<br />

Ernestina é um aproveitamento constituído <strong>de</strong> reservatório <strong>de</strong> armazenamento<br />

e uma PCH. O Quadro 21, abaixo, mostra as principais características <strong>de</strong>ssas<br />

usinas, enquanto a Figura 34 apresenta a configuração esquemática <strong>de</strong>sses a-<br />

proveitamentos.<br />

Quadro 21 Principais características dos aproveitamentos da bacia do rio Jacuí<br />

Empresa Aproveit. Rio<br />

Dist.até<br />

Pot. Restrições operativas<br />

A.D.<br />

a foz<br />

V.U. (Km³) inst.<br />

(km²)<br />

Mont.(m) Jus.(m³/s)<br />

(km)<br />

(MW)<br />

CEEE PASSO REAL JACUÍ 508 8.140 3,3568 158 - 2.400 (1)<br />

CEEE JACUÍ JACUÍ 495 8.220 0,0244 180 - 2.400<br />

CEEE ITAÚBA JACUÍ 448 10.600 0,1582 500 - -<br />

DFESA D.FRANCISCA JACUÍ 414 13.200 0,0628 125 - 1.450 (2)<br />

(1) Restrição <strong>de</strong>vido à inundação na casa <strong>de</strong> força e subestação da UHE Jacuí.<br />

(2) Restrição <strong>de</strong>vido ao cultivo do arroz no período <strong>de</strong> novembro a abril.<br />

Figura 34<br />

Diagrama esquemático do sistema <strong>de</strong> aproveitamentos da bacia do rio Jacuí<br />

PASSO REAL<br />

ITAÚBA<br />

2400 1450<br />

JACUÍ<br />

D. FRANCISCA<br />

CONVENÇÃO<br />

reservatório com<br />

operação para o<br />

controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

reservatório<br />

usina a fio d’água<br />

restrição <strong>de</strong> vazão máxima (m³/s)<br />

8.2.1 Aproveitamentos utilizados no controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

A usina Passo Real é único aproveitamento na bacia do rio Jacuí com capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> alocar volumes <strong>de</strong> espera para o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> nesta bacia.<br />

A CEEE mantém um rebaixamento no nível operacional do reservatório Ernestina,<br />

localizada na cabeceira da bacia do rio Jacuí, com o objetivo <strong>de</strong> prevenção<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong> e segurança da própria barragem. Tendo em vista que este aproveita-<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 93 / 150


mento não é <strong>de</strong>spachado pelo <strong>ONS</strong>, o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>de</strong>sta usina é <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

exclusiva da CEEE.<br />

8.3 Restrições hidráulicas existentes na bacia<br />

A principal restrição que tem sido consi<strong>de</strong>rada no controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> na bacia<br />

do rio Jacuí refere-se à inundação das instalações da usina Jacuí, constituída <strong>de</strong><br />

casa <strong>de</strong> força e subestação da usina. Estudo realizado pelo Instituto <strong>de</strong> Pesquisas<br />

Hidráulicas-IPH da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul concluiu que:<br />

vazões da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 3.500 m 3 /s inundam a casa <strong>de</strong> força da usina <strong>de</strong> Jacuí; <strong>de</strong>scargas<br />

<strong>de</strong> 3.000 m 3 /s atingem o nível <strong>de</strong> coroamento do aterro da subestação<br />

<strong>de</strong>sta usina; vazões superiores a 2.400 m 3 /s atingem o talu<strong>de</strong> da subestação,<br />

provocando remoção do material <strong>de</strong> aterro, com danos imprevisíveis. Portanto, o<br />

primeiro valor <strong>de</strong> vazão que passa a ser consi<strong>de</strong>rado como restrição local é <strong>de</strong><br />

2.400 m 3 /s.<br />

No período <strong>de</strong> novembro a abril, <strong>de</strong>vido ao cultivo do arroz, abrangendo o<br />

plantio, o crescimento e a sua colheita na área ribeirinha situada a jusante da u-<br />

sina Dona Francisca, adota-se como restrição <strong>de</strong> <strong>de</strong>fluência máxima <strong>de</strong>sta usina<br />

o valor <strong>de</strong> 1.450 m 3 /s.<br />

8.4 Séries <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias<br />

No presente estudo, foi utilizada as séries históricas <strong>de</strong> vazões naturais <strong>de</strong><br />

Passo Real e <strong>de</strong> Dona Francisca, reconstituídas no Projeto <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> séries<br />

<strong>de</strong> vazões naturais, no período <strong>de</strong> 1941 a 2005 e complementada até 2008 com<br />

dados consolidados pelo <strong>ONS</strong>.<br />

O estudo foi dividido em dois casos <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera em<br />

Passo Real: o primeiro, associado a restrição hidráulica <strong>de</strong> vazão máxima <strong>de</strong><br />

1450 m³/s relativa ao cultivo do arroz a jusante <strong>de</strong> Dona Francisca, no período <strong>de</strong><br />

novembro a abril; o segundo, associado a restrição <strong>de</strong> vazão máxima <strong>de</strong> 2400<br />

m³/s relativa a inundação da subestação e casa <strong>de</strong> força da usina Jacuí, durante<br />

o ano todo. Este último consi<strong>de</strong>rou o período <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro a <strong>de</strong>zembro com objetivo<br />

<strong>de</strong> reavaliar o período <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>.<br />

8.5 Aplicação da metodologia<br />

As séries históricas <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias <strong>de</strong> Passo Real e da bacia<br />

incremental <strong>de</strong> Dona Francisca, <strong>de</strong> 1941 a 2008, foram utilizadas para gerar<br />

12.000 séries sintéticas, através do mo<strong>de</strong>lo DIANA e, a partir <strong>de</strong>ssas, foram <strong>de</strong>terminados<br />

os volumes <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> acordo com a metodologia CEPEL, <strong>de</strong>scrita<br />

no Anexo I <strong>de</strong>ste relatório.<br />

8.5.1 Tendências <strong>de</strong> padrões climáticos<br />

No presente estudo para a bacia do rio Jacuí, não foi adotado o critério para<br />

caracterização <strong>de</strong> padrões climáticos <strong>de</strong>senvolvido pelo CEPEL e revisto neste<br />

<strong>ciclo</strong> tendo em vista que na primeira reunião do PAPC, realizada em 05/08/2009,<br />

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foi <strong>de</strong>batido e concluído que o fenômeno ENSO tem baixa correlação com o regime<br />

<strong>de</strong> chuvas no extremo sul do país. Posteriormente, a CEEE concordou em<br />

utilizar a série integral <strong>de</strong> vazões, ou seja, sem a distinção entre série <strong>de</strong> vazões<br />

<strong>de</strong> anos Úmido, Normal e Seco, como nas bacias da região Su<strong>de</strong>ste..<br />

8.6 Alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera<br />

8.6.1 Caso 1: Restrição <strong>de</strong> 1.450m³/s a jusante da usina Dona Francisca<br />

O estudo <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> associada a restrição <strong>de</strong> vazão máxima <strong>de</strong><br />

1450 m³/s a jusante da usina Dona Francisca (Caso 1) utilizou as séries históricas<br />

<strong>de</strong> vazões naturais <strong>de</strong> Passo Real e da bacia incremental entre Dona Francisca<br />

e Passo Real, do período <strong>de</strong> novembro a abril, tendo em vista ser este o<br />

período <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong>sta restrição.<br />

Os volumes <strong>de</strong> espera foram calculados para tempo <strong>de</strong> recorrência <strong>de</strong> 12 a-<br />

nos, indicado pela CEEE. Destaca-se que, <strong>de</strong>vido à indicação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

alocação <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera em Dona Francisca em algumas semanas e por<br />

esta usina não possuir reservatório <strong>de</strong> regularização, em algumas semanas não<br />

é possível garantir o tempo <strong>de</strong> recorrência <strong>de</strong> 12 anos para a restrição a jusante<br />

da UHE Dona Francisca nestas semanas. Os volumes resultantes estão apresentados<br />

na Tabela 20.<br />

Tabela 20 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> em Passo Real – caso 1 – período novembro a abril –<br />

TR = 12 anos<br />

Período<br />

VE Passo Real<br />

(In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte)<br />

23/10/<strong>2010</strong> a 29/10/<strong>2010</strong> 0,340<br />

30/10/<strong>2010</strong> a 05/11/<strong>2010</strong> 0,340<br />

06/11/<strong>2010</strong> a 12/11/<strong>2010</strong> 0,340<br />

13/11/<strong>2010</strong> a 19/11/<strong>2010</strong> 0,340<br />

20/11/<strong>2010</strong> a 26/11/<strong>2010</strong> 0,340<br />

27/11/<strong>2010</strong> a 03/12/<strong>2010</strong> 0,340<br />

04/12/<strong>2010</strong> a 10/12/<strong>2010</strong> 0,340<br />

11/12/<strong>2010</strong> a 17/12/<strong>2010</strong> 0,340<br />

18/12/<strong>2010</strong> a 24/12/<strong>2010</strong> 0,340<br />

25/12/<strong>2010</strong> a 31/01/<strong>2011</strong> 0,340<br />

01/01/<strong>2011</strong> a 07/01/<strong>2011</strong> 0,340<br />

08/01/<strong>2011</strong> a 14/01/<strong>2011</strong> 0,340<br />

15/01/<strong>2011</strong> a 21/01/<strong>2011</strong> 0,340<br />

22/01/<strong>2011</strong> a 28/01/<strong>2011</strong> 0,340<br />

29/01/<strong>2011</strong> a 04/02/<strong>2011</strong> 0,340<br />

05/02/<strong>2011</strong> a 11/02/<strong>2011</strong> 0,340<br />

12/02/<strong>2011</strong> a 18/02/<strong>2011</strong> 0,340<br />

19/02/<strong>2011</strong> a 25/02/<strong>2011</strong> 0,340<br />

26/02/<strong>2011</strong> a 04/03/<strong>2011</strong> 0,340<br />

05/03/<strong>2011</strong> a 11/03/<strong>2011</strong> 0,340<br />

12/03/<strong>2011</strong> a 18/03/<strong>2011</strong> 0,340<br />

19/03/<strong>2011</strong> a 25/03/<strong>2011</strong> 0,330<br />

26/03/<strong>2011</strong> a 01/04/<strong>2011</strong> 0,330<br />

02/04/<strong>2011</strong> a 08/04/<strong>2011</strong> 0,330<br />

09/04/<strong>2011</strong> a 15/04/<strong>2011</strong> 0,320<br />

16/04/<strong>2011</strong> a 22/04/<strong>2011</strong> 0,320<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 95 / 150


8.6.2 Caso 2: Restrição <strong>de</strong> 2.400m³/s a jusante da usina Passo Real<br />

O estudo <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> para a restrição <strong>de</strong> vazão máxima <strong>de</strong> 2400<br />

m³/s a jusante da usina Jacui (Caso 2) utilizou a série histórica <strong>de</strong> vazões naturais<br />

<strong>de</strong> Passo Real do ano todo (04/<strong>de</strong>zembro a 02/<strong>de</strong>zembro), <strong>de</strong>vido a existência<br />

<strong>de</strong>ssa restrição durante o ano todo.<br />

Os volumes <strong>de</strong> espera foram calculados para tempo <strong>de</strong> recorrência <strong>de</strong> 100<br />

anos, indicado pela CEEE. Os volumes <strong>de</strong> espera estão apresentados na Tabela<br />

21.<br />

Tabela 21<br />

<strong>de</strong>zembro – TR = 100 anos<br />

Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> em Passo Real – caso 2 – período <strong>de</strong>zembro a<br />

Período<br />

VE Passo Real<br />

(In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte)<br />

23/10/<strong>2010</strong> a 29/10/<strong>2010</strong> 0,070<br />

30/10/<strong>2010</strong> a 05/11/<strong>2010</strong> 0,070<br />

06/11/<strong>2010</strong> a 12/11/<strong>2010</strong> 0,070<br />

13/11/<strong>2010</strong> a 19/11/<strong>2010</strong> 0,070<br />

20/11/<strong>2010</strong> a 26/11/<strong>2010</strong> 0,070<br />

27/11/<strong>2010</strong> a 03/12/<strong>2010</strong> 0,070<br />

04/12/<strong>2010</strong> a 10/12/<strong>2010</strong> 0,070<br />

11/12/<strong>2010</strong> a 17/12/<strong>2010</strong> 0,070<br />

18/12/<strong>2010</strong> a 24/12/<strong>2010</strong> 0,070<br />

25/12/<strong>2010</strong> a 31/01/<strong>2011</strong> 0,070<br />

01/01/<strong>2011</strong> a 07/01/<strong>2011</strong> 0,070<br />

08/01/<strong>2011</strong> a 14/01/<strong>2011</strong> 0,070<br />

15/01/<strong>2011</strong> a 21/01/<strong>2011</strong> 0,090<br />

22/01/<strong>2011</strong> a 28/01/<strong>2011</strong> 0,180<br />

29/01/<strong>2011</strong> a 04/02/<strong>2011</strong> 0,180<br />

05/02/<strong>2011</strong> a 11/02/<strong>2011</strong> 0,180<br />

12/02/<strong>2011</strong> a 18/02/<strong>2011</strong> 0,180<br />

19/02/<strong>2011</strong> a 26/02/<strong>2011</strong> 0,180<br />

26/02/<strong>2011</strong> a 04/03/<strong>2011</strong> 0,180<br />

05/03/<strong>2011</strong> a 11/03/<strong>2011</strong> 0,180<br />

12/03/<strong>2011</strong> a 18/03/<strong>2011</strong> 0,180<br />

19/03/<strong>2011</strong> a 25/03/<strong>2011</strong> 0,280<br />

26/03/<strong>2011</strong> a 01/04/<strong>2011</strong> 0,310<br />

02/04/<strong>2011</strong> a 08/04/<strong>2011</strong> 0,310<br />

09/04/<strong>2011</strong> a 16/04/<strong>2011</strong> 0,350<br />

16/04/<strong>2011</strong> a 22/04/<strong>2011</strong> 0,350<br />

23/04/<strong>2011</strong> a 29/04/<strong>2011</strong> 0,350<br />

30/04/<strong>2011</strong> a 06/05/<strong>2011</strong> 0,350<br />

07/05/<strong>2011</strong> a 13/05/<strong>2011</strong> 0,350<br />

14/05/<strong>2011</strong> a 20/05/<strong>2011</strong> 0,350<br />

21/05/<strong>2011</strong> a 27/05/<strong>2011</strong> 0,350<br />

28/05/<strong>2011</strong> a 03/06/<strong>2011</strong> 0,350<br />

04/06/<strong>2011</strong> a 10/06/<strong>2011</strong> 0,350<br />

11/06/<strong>2011</strong> a 17/06/<strong>2011</strong> 0,350<br />

18/06/<strong>2011</strong> a 24/06/<strong>2011</strong> 0,350<br />

25/06/<strong>2011</strong> a 01/07/<strong>2011</strong> 0,350<br />

02/07/<strong>2011</strong> a 08/07/<strong>2011</strong> 0,350<br />

09/07/<strong>2011</strong> a 15/07/<strong>2011</strong> 0,350<br />

16/07/<strong>2011</strong> a 22/07/<strong>2011</strong> 0,350<br />

23/07/<strong>2011</strong> a 29/07/<strong>2011</strong> 0,350<br />

30/07/<strong>2011</strong> a 05/08/<strong>2011</strong> 0,350<br />

06/08/<strong>2011</strong> a 12/08/<strong>2011</strong> 0,350<br />

13/08/<strong>2011</strong> a 19/08/<strong>2011</strong> 0,350<br />

20/08/<strong>2011</strong> a 26/08/<strong>2011</strong> 0,350<br />

27/08/<strong>2011</strong> a 02/09/<strong>2011</strong> 0,350<br />

03/09/<strong>2011</strong> a 09/09/<strong>2011</strong> 0,350<br />

10/09/<strong>2011</strong> a 16/09/<strong>2011</strong> 0,350<br />

17/09/<strong>2011</strong> a 23/09/<strong>2011</strong> 0,340<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 96 / 150


Período<br />

VE Passo Real<br />

(In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte)<br />

24/09/<strong>2011</strong> a 31/10/<strong>2011</strong> 0,340<br />

01/10/<strong>2011</strong> a 07/10/<strong>2011</strong> 0,220<br />

08/10/<strong>2011</strong> a 14/10/<strong>2011</strong> 0,220<br />

15/10/<strong>2011</strong> a 21/10/<strong>2011</strong> 0,220<br />

Tendo em vista a superposição dos 2 períodos <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera,<br />

os resultados apresentados nas Tabelas 20 e 21 <strong>de</strong>vem ser combinados <strong>de</strong><br />

modo a envolver os dois casos. A tabela II.13 do Anexo II apresenta esses resultados.<br />

Os volumes <strong>de</strong> espera resultantes dos estudos foram analisados pela CEEE<br />

conjuntamente com o <strong>ONS</strong>, segundo o critério <strong>de</strong>scrito no item 2.6.1.<br />

A Figura 35 apresenta a evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera a serem<br />

alocados no reservatório <strong>de</strong> Passo Real, para as duas restrições hidráulicas consi<strong>de</strong>radas.<br />

Figura 35<br />

Passo Real: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong> espera para as duas restrições hidráulicas<br />

100<br />

Passo Real - Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

Nov-Abr (1450 m³/s) TR = 12anos e Ano Todo (2400 m³/s) TR = 100anos<br />

95<br />

%VU<br />

90<br />

85<br />

80<br />

20/11/<strong>2010</strong> a 26/11/<strong>2010</strong><br />

04/12/<strong>2010</strong> a 10/12/<strong>2010</strong><br />

23/10/<strong>2010</strong> a 29/10/<strong>2010</strong><br />

06/11/<strong>2010</strong> a 12/11/<strong>2010</strong><br />

18/12/<strong>2010</strong> a 24/12/<strong>2010</strong><br />

01/01/<strong>2011</strong> a 07/01/<strong>2011</strong><br />

15/01/<strong>2011</strong> a 21/01/<strong>2011</strong><br />

29/01/<strong>2011</strong> a 04/02/<strong>2011</strong><br />

12/02/<strong>2011</strong> a 18/02/<strong>2011</strong><br />

26/02/<strong>2011</strong> a 04/03/<strong>2011</strong><br />

12/03/<strong>2011</strong> a 18/03/<strong>2011</strong><br />

26/03/<strong>2011</strong> a 01/04/<strong>2011</strong><br />

09/04/<strong>2011</strong> a 16/04/<strong>2011</strong><br />

23/04/<strong>2011</strong> a 29/04/<strong>2011</strong><br />

07/05/<strong>2011</strong> a 13/05/<strong>2011</strong><br />

21/05/<strong>2011</strong> a 27/05/<strong>2011</strong><br />

04/06/<strong>2011</strong> a 10/06/<strong>2011</strong><br />

18/06/<strong>2011</strong> a 24/06/<strong>2011</strong><br />

02/07/<strong>2011</strong> a 08/07/<strong>2011</strong><br />

16/07/<strong>2011</strong> a 22/07/<strong>2011</strong><br />

30/07/<strong>2011</strong> a 05/08/<strong>2011</strong><br />

13/08/<strong>2011</strong> a 19/08/<strong>2011</strong><br />

27/08/<strong>2011</strong> a 02/09/<strong>2011</strong><br />

10/09/<strong>2011</strong> a 16/09/<strong>2011</strong><br />

24/09/<strong>2011</strong> a 31/10/<strong>2011</strong><br />

08/10/<strong>2011</strong> a 14/10/<strong>2011</strong><br />

22/10/<strong>2011</strong> a 28/10/<strong>2011</strong><br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

05/11/<strong>2011</strong> a 11/11/<strong>2011</strong><br />

19/11/<strong>2011</strong> a 25/11/<strong>2011</strong><br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 97 / 150


9 Avaliação dos impactos energéticos <strong>de</strong>correntes da alocação<br />

<strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera para a prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> nos<br />

subsistemas Sul, Su<strong>de</strong>ste/Centro-Oeste, Norte e Nor<strong>de</strong>ste<br />

Para avaliação dos impactos energéticos, foram realizadas simulações com<br />

mo<strong>de</strong>lo NEWAVE consi<strong>de</strong>rando 2.000 séries sintéticas <strong>de</strong> energias afluentes e a<br />

base <strong>de</strong> dados do Programa Mensal da Operação – PMO <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> <strong>2010</strong>.<br />

Foram analisados, neste <strong>ciclo</strong>, os impactos <strong>de</strong> três cenários <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong><br />

volume <strong>de</strong> espera: Normal, Úmido e Seco. Os impactos foram avaliados comparativamente<br />

a um cenário sem a consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera.<br />

Para este fim, o mo<strong>de</strong>lo NEWAVE foi utilizado, para cada um dos cenários,<br />

com os volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> das usinas indicadas nos estudos<br />

<strong>de</strong> planejamento da operação hidráulica dos aproveitamentos hidroelétricos<br />

integrantes do Sistema Interligado Nacional – SIN, em cada mês do horizonte<br />

<strong>de</strong> análise, transformando-os em restrição <strong>de</strong> armazenamento máximo por<br />

subsistema. As Figuras 9.1-a, 9.1-b e 9.1-c, a seguir, apresentam a energia armazenável<br />

máxima dos subsistemas Su<strong>de</strong>ste/Centro-Oeste, Sul e Nor<strong>de</strong>ste, respectivamente,<br />

consi<strong>de</strong>rando a alocação dos volumes <strong>de</strong> espera.<br />

Figura 9.1-a Energia armazenável máxima com volume <strong>de</strong> espera SE/CO (%EARm)<br />

100%<br />

98%<br />

96%<br />

94%<br />

92%<br />

Úmido<br />

90%<br />

88%<br />

Seco<br />

% EARmax<br />

86%<br />

84%<br />

82%<br />

Normal<br />

Período <strong>de</strong> cenário in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

80%<br />

78%<br />

76%<br />

74%<br />

72%<br />

70%<br />

Úmido<br />

ago-10<br />

set-10<br />

out-10<br />

nov-10<br />

<strong>de</strong>z-10<br />

jan-11<br />

fev-11<br />

mar-11<br />

abr-11<br />

mai-11<br />

jun-11<br />

jul-11<br />

ago-11<br />

set-11<br />

out-11<br />

nov-11<br />

<strong>de</strong>z-11<br />

jan-12<br />

fev-12<br />

mar-12<br />

abr-12<br />

mai-12<br />

jun-12<br />

jul-12<br />

ago-12<br />

set-12<br />

out-12<br />

nov-12<br />

<strong>de</strong>z-12<br />

jan-13<br />

fev-13<br />

mar-13<br />

abr-13<br />

mai-13<br />

jun-13<br />

jul-13<br />

ago-13<br />

set-13<br />

out-13<br />

<strong>de</strong>z-13<br />

jan-14<br />

fev-14<br />

mar-14<br />

abr-14<br />

mai-14<br />

jun-14<br />

jul-14<br />

ago-14<br />

set-14<br />

out-14<br />

nov-14<br />

<strong>de</strong>z-14<br />

Seco<br />

Normal<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 98 / 150


Figura 9.1-b Energia armazenável máxima com volume <strong>de</strong> espera Sul (%EARmax)<br />

100%<br />

98%<br />

96%<br />

94%<br />

92%<br />

Período <strong>de</strong> cenário in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

90%<br />

88%<br />

% EARmax<br />

86%<br />

84%<br />

82%<br />

80%<br />

78%<br />

76%<br />

74%<br />

72%<br />

70%<br />

Úmido<br />

ago/10<br />

set/10<br />

out/10<br />

nov/10<br />

<strong>de</strong>z/10<br />

jan/11<br />

fev/11<br />

mar/11<br />

abr/11<br />

mai/11<br />

jun/11<br />

jul/11<br />

ago/11<br />

set/11<br />

out/11<br />

nov/11<br />

<strong>de</strong>z/11<br />

jan/12<br />

fev/12<br />

mar/12<br />

abr/12<br />

mai/12<br />

jun/12<br />

jul/12<br />

ago/12<br />

set/12<br />

out/12<br />

nov/12<br />

<strong>de</strong>z/12<br />

jan/13<br />

fev/13<br />

mar/13<br />

abr/13<br />

mai/13<br />

jun/13<br />

jul/13<br />

ago/13<br />

set/13<br />

out/13<br />

<strong>de</strong>z/13<br />

jan/14<br />

fev/14<br />

mar/14<br />

abr/14<br />

mai/14<br />

jun/14<br />

jul/14<br />

ago/14<br />

set/14<br />

out/14<br />

nov/14<br />

<strong>de</strong>z/14<br />

Seco<br />

Normal<br />

Figura 9.1-c Energia armazenável máxima com volume <strong>de</strong> espera Nor<strong>de</strong>ste (%EARmax)<br />

% EARmax<br />

100%<br />

98%<br />

96%<br />

94%<br />

92%<br />

90%<br />

88%<br />

86%<br />

84%<br />

82%<br />

80%<br />

78%<br />

76%<br />

74%<br />

72%<br />

70%<br />

68%<br />

66%<br />

64%<br />

62%<br />

60%<br />

Período <strong>de</strong> cenário in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

ago/10<br />

set/10<br />

out/10<br />

nov/10<br />

<strong>de</strong>z/10<br />

jan/11<br />

fev/11<br />

mar/11<br />

abr/11<br />

mai/11<br />

jun/11<br />

jul/11<br />

ago/11<br />

set/11<br />

out/11<br />

nov/11<br />

<strong>de</strong>z/11<br />

jan/12<br />

fev/12<br />

mar/12<br />

abr/12<br />

mai/12<br />

jun/12<br />

jul/12<br />

ago/12<br />

set/12<br />

out/12<br />

nov/12<br />

<strong>de</strong>z/12<br />

jan/13<br />

fev/13<br />

mar/13<br />

abr/13<br />

mai/13<br />

jun/13<br />

jul/13<br />

ago/13<br />

set/13<br />

out/13<br />

<strong>de</strong>z/13<br />

jan/14<br />

fev/14<br />

mar/14<br />

abr/14<br />

mai/14<br />

jun/14<br />

jul/14<br />

ago/14<br />

set/14<br />

out/14<br />

nov/14<br />

<strong>de</strong>z/14<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 99 / 150


Observa-se que as diferenças <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera nos três cenários<br />

acontecem até o 1º semestre <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, a partir <strong>de</strong> então é consi<strong>de</strong>rado o<br />

cenário in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para todas as alternativas.<br />

Ressalta-se que para o subsistema Nor<strong>de</strong>ste foi consi<strong>de</strong>rado apenas o cenário<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, inclusive no primeiro ano, e que o subsistema Norte não apresenta<br />

usina com alocação <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera.<br />

No item 9.1, a seguir, apresentam-se as principais premissas do estudo e no<br />

item 9.2 os resultados da análise, a saber: custo total <strong>de</strong> operação e geração<br />

térmica média <strong>anual</strong>.<br />

9.1 Premissas<br />

As principais premissas consi<strong>de</strong>radas no estudo estão <strong>de</strong>scritas a seguir:<br />

• Versão do Mo<strong>de</strong>lo NEWAVE: 15;<br />

• Horizonte <strong>de</strong> análise: agosto/<strong>2010</strong>-<strong>de</strong>zembro/2014;<br />

• Níveis iniciais <strong>de</strong> armazenamento do Programa Mensal <strong>de</strong> Operação do mês<br />

<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> <strong>2010</strong>;<br />

• Cenário <strong>de</strong> Oferta com base no cronograma <strong>de</strong> obras estabelecido em reunião<br />

do DMSE <strong>de</strong> Acompanhamento <strong>de</strong> Cronograma <strong>de</strong> Usinas, no âmbito do<br />

Comitê <strong>de</strong> Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE, coor<strong>de</strong>nado pelo MME,<br />

com participação da ANEEL, <strong>ONS</strong> e EPE, realizada em 21 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2010</strong>;<br />

• Carga própria <strong>de</strong> energia elaborada pela EPE/MME e <strong>ONS</strong> utilizada no<br />

Planejamento Anual da Operação Energética – Ano <strong>2010</strong>.<br />

9.2 Resultados<br />

O Quadro 9.1 apresenta o custo total <strong>de</strong> operação para cada um dos cenários<br />

analisados, assim como sua variação em relação ao cenário sem a consi<strong>de</strong>ração<br />

<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera.<br />

Quadro 9.1 Valor esperado do custo total <strong>de</strong> operação (10 6 R$)<br />

Cenário<br />

Valor esperado Variação Desvio Padrão<br />

(R$ milhões) (R$ milhões) (%) (R$ milhões)<br />

Sem Volume <strong>de</strong> Espera 27230,24 753,86<br />

Seco 27359,45 129,21 0,5 753,95<br />

Normal 27134,08 -96,16 -0,4 760,44<br />

Úmido 27454,14 223,90 0,8 746,88<br />

Po<strong>de</strong>-se observar que a variação do valor esperado do custo total <strong>de</strong><br />

operação pela consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do cená-<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 100 / 150


io, não é significativa, apresentando incrementos inferiores à tolerância do mo<strong>de</strong>lo,<br />

como po<strong>de</strong> ser observado na Figura 9.2, apresentada a seguir.<br />

Figura 9.2 Valor esperado dos custos totais <strong>de</strong> operação e <strong>de</strong>svios padrões associados (10 6 R$)<br />

30.000<br />

29.000<br />

28.000<br />

27.000<br />

26.000<br />

25.000<br />

Milhões <strong>de</strong> R$<br />

24.000<br />

23.000<br />

22.000<br />

21.000<br />

20.000<br />

19.000<br />

18.000<br />

17.000<br />

16.000<br />

15.000<br />

Sem Volume <strong>de</strong> Espera Seco Normal Úmido<br />

O Quadro 9.2, a seguir, apresenta os valores médios anuais <strong>de</strong> geração térmica<br />

dos cenários estudados.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 101 / 150


Quadro 9.2 Geração térmica média <strong>anual</strong> (MWmed)<br />

SUDESTE<br />

5000<br />

4500<br />

4000<br />

3500<br />

3000<br />

MWméd<br />

2500<br />

2000<br />

1500<br />

1000<br />

500<br />

0<br />

<strong>2011</strong> 2012 2013 2014<br />

Sem VE 3968 3590 4238 4538<br />

Normal 3968 3606 4272 4546<br />

Úmido 3970 3601 4265 4535<br />

Seco 3965 3604 4264 4535<br />

SUL<br />

1200<br />

1000<br />

800<br />

MWméd<br />

600<br />

400<br />

200<br />

0<br />

<strong>2011</strong> 2012 2013 2014<br />

Sem VE 1092 970 1002 1031<br />

Normal 1097 972 1005 1031<br />

Úmido 1096 972 1004 1029<br />

Seco 1095 971 1004 1029<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 102 / 150


Quadro 9.2 Geração térmica média <strong>anual</strong> (MWmed) – continução<br />

NORDESTE<br />

1800<br />

1600<br />

1400<br />

1200<br />

MWméd<br />

1000<br />

800<br />

600<br />

400<br />

200<br />

0<br />

<strong>2011</strong> 2012 2013 2014<br />

Sem VE 1007 1101 1410 1620<br />

Normal 1012 1105 1420 1623<br />

Úmido 1010 1106 1439 1617<br />

Seco 1010 1103 1431 1620<br />

Pelos resultados apresentados no quadro anterior, po<strong>de</strong>-se observar que as<br />

gerações térmicas médias anuais tiveram uma variação em relação ao cenário<br />

sem alocação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera <strong>de</strong>, no máximo, 33,6 MWméd no subsistema<br />

Su<strong>de</strong>ste/Centro-Oeste, no cenário Normal no ano <strong>de</strong> 2013.<br />

9.3 Consi<strong>de</strong>rações finais<br />

Com base nos resultados apresentados, conclui-se que os impactos energéticos<br />

pela consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do cenário<br />

consi<strong>de</strong>rado (Normal, Seco ou Úmido), não foram significativos, quando analisados<br />

sob a ótica do mo<strong>de</strong>lo NEWAVE.<br />

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10 Conclusões e recomendações<br />

De acordo com o que foi exposto nos capítulos anteriores são apresentadas, a<br />

seguir, as conclusões e recomendações relacionadas aos estudos <strong>de</strong> prevenção<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong> nos reservatórios <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos do SIN:<br />

a) Os estudos <strong>de</strong>senvolvidos e a experiência operativa ao longo das últimas<br />

décadas têm <strong>de</strong>monstrado que os reservatórios dos aproveitamentos<br />

hidrelétricos além <strong>de</strong> serem utilizados para geração <strong>de</strong> energia elétrica<br />

po<strong>de</strong>m contribuir, também, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> certas limitações, para o amortecimento<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong>. Como a alocação dos volumes <strong>de</strong> espera utiliza uma parte do<br />

volume do reservatório <strong>de</strong>stinado a geração <strong>de</strong> energia, o SIN po<strong>de</strong> passar a<br />

ter riscos adicionais no que se refere: ao reenchimento dos seus<br />

reservatórios e ao incremento no valor esperado do custo total <strong>de</strong> operação.<br />

Portanto, somente a partir <strong>de</strong> estudos dos impactos energéticos causados<br />

pela alocação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera é que se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>finir a solução que<br />

permita aten<strong>de</strong>r aos compromissos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, com um risco<br />

(tempo <strong>de</strong> recorrência) fixado, e <strong>de</strong> atendimento à carga <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda e<br />

energia, com um acréscimo <strong>de</strong> custo econômico e risco <strong>de</strong>terminado.<br />

b) Além do esforço para reduzir ou evitar os impactos causados pelas <strong>cheias</strong>,<br />

através da prática <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera e <strong>de</strong> regras <strong>de</strong><br />

operação a<strong>de</strong>quadas, observa-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações extra-setoriais<br />

complementares, como por exemplo, a implementação efetiva <strong>de</strong> uma política<br />

<strong>de</strong> ocupação e uso do solo por parte dos po<strong>de</strong>res governamentais instituídos.<br />

c) Para o <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>, os volumes <strong>de</strong> espera apresentados no Anexo II<br />

abrangem os sistemas <strong>de</strong> reservatórios localizados nas bacias dos rios<br />

Paraná até Porto São José, Paraíba do Sul, São Francisco, Parnaíba,<br />

Jequitinhonha, Iguaçu e Jacuí. No caso do sistema <strong>de</strong> reservatórios para a<br />

operação controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> da bacia do rio Paraná, caso seja necessário<br />

planejar ou programar vertimentos durante o período <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

para a manutenção dos volumes <strong>de</strong> espera indicados, <strong>de</strong>ve-se promover uma<br />

avaliação do risco na operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, consi<strong>de</strong>rando outras<br />

alternativas <strong>de</strong> distribuição espacial dos volumes <strong>de</strong> espera que, sem violar o<br />

risco associado ao tempo <strong>de</strong> recorrência adotado, permitam reduzir ou evitar<br />

vertimentos. No caso do sistema <strong>de</strong> reservatórios da Bacia do rio São<br />

Francisco, a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> previsões <strong>de</strong> vazões <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>, para<br />

até 30 dias, possibilita a revisão dos volumes <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> Sobradinho. Os<br />

procedimentos para a revisão dos volumes <strong>de</strong> espera nestes casos são<br />

estabelecidos nos relatórios <strong>de</strong> Diretrizes para as Regras <strong>de</strong> Operação <strong>de</strong><br />

Controle <strong>de</strong> Cheias <strong>de</strong> cada bacia. Ainda no caso do sistema <strong>de</strong> reservatórios<br />

da Bacia do rio São Francisco, a operação <strong>de</strong> reenchimento do reservatório<br />

<strong>de</strong> Itaparica, a partir do final do mês <strong>de</strong> março, estará condicionada à<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 104 / 150


situação hidrometeorológica vigente na bacia e aos armazenamentos dos<br />

açu<strong>de</strong>s monitorados pelo Governo do Estado <strong>de</strong> Pernambuco. Para os<br />

reservatórios <strong>de</strong> Três Marias, no rio São Francisco, e Boa Esperança, no rio<br />

Parnaíba, é possivel a revisão dos volumes <strong>de</strong> espera estabelecidos, levando<br />

em consi<strong>de</strong>ração os documentos: <strong>ONS</strong>-NT-137/2005 - Metodologia para<br />

revisão dos volumes <strong>de</strong> espera do reservatório <strong>de</strong> Três Marias e <strong>ONS</strong>-NT-<br />

027/2006 - Metodologia para revisão dos volumes <strong>de</strong> espera do reservatório<br />

<strong>de</strong> Boa Esperança.<br />

d) Consi<strong>de</strong>rando a heterogeneida<strong>de</strong> dos tipos <strong>de</strong> restrições hidráulicas, os<br />

diferentes níveis <strong>de</strong> severida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas restrições em termos quantitativos, a<br />

diversida<strong>de</strong> dos regimes hidrológicos, e os impactos energéticos, são<br />

adotados diferentes tempos <strong>de</strong> recorrência para a proteção <strong>de</strong> cada ponto <strong>de</strong><br />

controle.<br />

e) As análises apresentadas no Capítulo 9 concluem que a adoção <strong>de</strong> volumes<br />

<strong>de</strong> espera associados aos tempos <strong>de</strong> recorrência indicados pelos Agentes<br />

aponta para uma tendência <strong>de</strong> aumento no custo total <strong>de</strong> operação do SIN,<br />

nos custos marginais <strong>de</strong> operação e na geração térmica, quando analisados<br />

sob a ótica do mo<strong>de</strong>lo NEWAVE. As diferenças entre os impactos energéticos<br />

dos três cenários com volume <strong>de</strong> espera (Normal, Seco e Úmido) não foram<br />

significativas.<br />

f) Dentre as restrições <strong>de</strong> vazão máxima protegidas a partir da alocação <strong>de</strong><br />

volumes <strong>de</strong> espera no âmbito do SIN um dos casos que <strong>de</strong>mandam a maior<br />

alocação <strong>de</strong>stes volumes é o da restrição <strong>de</strong> vazão máxima <strong>de</strong> 16.000 m³/s<br />

da UHE Jupiá. Esses volumes <strong>de</strong> espera, os quais são alocados no período<br />

<strong>de</strong> novembro a abril <strong>de</strong> cada período hidrológico, chegam a alcançar até 17<br />

km³, o que correspon<strong>de</strong> a cerca <strong>de</strong> 10% da capacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong><br />

armazenamento do subsistema Su<strong>de</strong>ste. Neste contexto, a ANA no início <strong>de</strong><br />

2009 constituiu grupo <strong>de</strong> trabalho, formado por técnicos da própria Agência,<br />

do MME, do MMA, da ANEEL, do IBAMA, do <strong>ONS</strong> e da CESP, para a<br />

realização <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> reavaliação da restrição <strong>de</strong> vazão máxima <strong>de</strong>fluente<br />

na UHE Jupiá. Até então, os estudos <strong>de</strong>senvolvidos não produziram<br />

subsídios suficientes para a revisão <strong>de</strong>sta restrição por parte <strong>de</strong>ste grupo.<br />

g) O Anexo II apresenta os volumes <strong>de</strong> espera indicados para o <strong>ciclo</strong><br />

<strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>. No caso das bacias dos rios Paraná até Porto São José e Iguaçu<br />

são mostrados os resultados para os quatro cenários hidrológicos<br />

consi<strong>de</strong>rados (Úmido+Normal, Normal e Seco+Normal e In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte). Para<br />

as <strong>de</strong>mais bacias, o único cenário consi<strong>de</strong>rado foi o cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 105 / 150


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<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 106 / 150


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GTHO, (1992), Prevenção <strong>de</strong> Cheias nos Aproveitamentos dos Sistemas Interligados<br />

- 1992/1993.<br />

GTHO, (1993), Prevenção <strong>de</strong> Cheias nos Aproveitamentos dos Sistemas Interligados<br />

- 1993/1994.<br />

GTHO, (1994), Prevenção <strong>de</strong> Cheias nos Aproveitamentos dos Sistemas Interligados<br />

- 1994/1995.<br />

GTHO, (1995), Prevenção <strong>de</strong> Cheias nos Aproveitamentos dos Sistemas Interligados<br />

- 1995/1996.<br />

GTHO, (1996), Prevenção <strong>de</strong> Cheias nos Aproveitamentos dos Sistemas Interligados<br />

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<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 107 / 150


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<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 108 / 150


Anexo I Metodologias para a prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 109 / 150


No planejamento da operação hidráulica dos reservatórios do sistema interligado,<br />

objetivando o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, são consi<strong>de</strong>radas duas etapas. Na primeira,<br />

chamada <strong>de</strong> prevenção, os órgãos responsáveis pela operação dos sistemas dotam-se<br />

<strong>de</strong> recursos físicos e materiais para o controle <strong>de</strong> enchentes.<br />

Os recursos físicos são os rebaixamentos <strong>de</strong> nível dos reservatórios para proteção<br />

<strong>de</strong> restrições <strong>de</strong> montante, bem como aqueles <strong>de</strong>ixados nos reservatórios<br />

para proteção <strong>de</strong> restrições <strong>de</strong> jusante, utilizados para amortecer <strong>cheias</strong> <strong>de</strong><br />

magnitu<strong>de</strong>s até ao correspon<strong>de</strong>nte tempo <strong>de</strong> recorrência adotado, chamados<br />

neste último caso <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera.<br />

Os recursos materiais do controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> correspon<strong>de</strong>m às re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medição<br />

hidrometeorológicas e sistemas <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> dados, <strong>de</strong> forma que a<br />

manipulação <strong>de</strong>ssas informações forneça elementos para <strong>de</strong>cisões operativas<br />

mais a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada situação.<br />

Em uma segunda etapa são elaboradas todas as medidas que <strong>de</strong>vem ser tomadas<br />

durante a ocorrência <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, tanto <strong>de</strong> caráter administrativo como <strong>de</strong><br />

engenharia. As medidas administrativas compreen<strong>de</strong>m o estabelecimento <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong>s nas <strong>de</strong>cisões operativas entre as diversas pessoas e órgãos<br />

envolvidos na operação, o acionamento <strong>de</strong> equipes para execução <strong>de</strong> tarefas <strong>de</strong><br />

emergência, tais como, o aviso ou a remoção <strong>de</strong> moradores ribeirinhos etc.<br />

As medidas <strong>de</strong> engenharia constam principalmente da coleta, processamento<br />

e análise dos dados operativos observados no sistema visando a sua utilização<br />

para quantificação e previsão das afluências, bem como as <strong>de</strong>cisões operativas<br />

indicadas pelas regras <strong>de</strong> operação para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> estabelecidas. Estas<br />

regras são um conjunto <strong>de</strong> instruções pelas quais <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>finidas <strong>de</strong>scargas<br />

<strong>de</strong>fluentes que garantam a segurança do sistema hidráulico e/ou reservatório,<br />

tendo em vista as condições operativas caracterizadas pelos níveis d'água no(s)<br />

reservatório(s), afluências, taxas <strong>de</strong> variação do(s) armazenamento(s) etc.<br />

O presente relatório trata dos estudos <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, que têm início<br />

com o levantamento e <strong>de</strong>terminação pelas empresas, das restrições à operação<br />

dos aproveitamentos nas várias bacias. Tais restrições po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> máximas<br />

vazões <strong>de</strong>fluentes que não causem danos a jusante ou <strong>de</strong> nível no reservatório,<br />

como é o caso, por exemplo, da limitação <strong>de</strong> Marimbondo para evitar afetar a<br />

ponte Gumercindo Penteado da Rodovia BR-364.<br />

De uma maneira geral, as principais limitações atualmente existentes na operação<br />

hidráulica dos reservatórios <strong>de</strong>vem-se a pontes, estradas, plantações, casas,<br />

áreas urbanas, travessias <strong>de</strong> balsas e, em alguns casos, às próprias instalações<br />

da usina (por exemplo, a sua Casa <strong>de</strong> Força).<br />

No entanto, como ainda não se possui um levantamento completo das planícies<br />

<strong>de</strong> inundação, bem como o cadastramento dos bens ali existentes, o conjunto<br />

<strong>de</strong> informações sobre restrições hidráulicas vem sendo formado, ao longo <strong>de</strong>stes<br />

anos, basicamente em função da constatação dos problemas verificados a-<br />

pós a ocorrência <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>. Portanto, para estudos <strong>de</strong> planejamento da operação<br />

hidráulica, com raras exceções, a consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> novas restrições é feita <strong>de</strong><br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 110 / 150


forma estimada, <strong>de</strong>vido às dificulda<strong>de</strong>s técnicas e materiais da quantificação<br />

precisa das mesmas.<br />

Um outro aspecto importante é a heterogeneida<strong>de</strong> dos tipos <strong>de</strong> restrições. Para<br />

isso não se possui ainda instrumentos técnicos e políticos que propiciem a <strong>de</strong>finição<br />

criteriosa <strong>de</strong> qual restrição hidráulica, <strong>de</strong>ntro do conjunto levantado, <strong>de</strong>verá<br />

ser consi<strong>de</strong>rada nos estudos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>.<br />

Apesar das dificulda<strong>de</strong>s para o estabelecimento das restrições, o Setor Elétrico<br />

tem buscado reduzir ou evitar os impactos causados pelas <strong>cheias</strong>, através da<br />

prática <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera e <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> operação <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong> a<strong>de</strong>quadas para os seus reservatórios.<br />

Tradicionalmente os estudos <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> envolvem a consi<strong>de</strong>ração<br />

<strong>de</strong> alternativas <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera associados a tempos <strong>de</strong> recorrência.<br />

Com base nestas alternativas e numa avaliação <strong>de</strong> impactos energéticos tomase<br />

uma <strong>de</strong>cisão sobre os volumes a serem implantados, conforme já mencionado<br />

no capítulo 1.<br />

No entanto, esta análise po<strong>de</strong>ria ser levada mais adiante, utilizando o procedimento<br />

tradicional em obras hidráulicas (ver Kite, 1977; Pinto e outros, 1976 e<br />

Raudkivi, 1975) <strong>de</strong> calcular o risco <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo<br />

(vida útil da obra ou benfeitoria a ser protegida, ou um período <strong>de</strong> tempo arbitrado<br />

para análise econômica), a partir do evento <strong>de</strong> recorrência Tr e da probabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ocorrência 1/Tr <strong>de</strong>ntro do período unitário <strong>de</strong> tempo consi<strong>de</strong>rado (ano<br />

para o nosso caso).<br />

Admitindo a in<strong>de</strong>pendência dos eventos anuais, a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não ocorrência<br />

<strong>de</strong> um evento com tempo <strong>de</strong> recorrência superior a Tr é:<br />

1<br />

q = 1 -<br />

Tr<br />

• a probalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não ocorrência (ou segurança) em n anos é:<br />

• finalmente a probabilida<strong>de</strong> (ou risco) que o evento ocorra ao menos uma vez<br />

nos n anos é:<br />

• assim, por exemplo, se tivéssemos um volume <strong>de</strong> espera para proteger uma<br />

ponte para <strong>cheias</strong> <strong>de</strong> até 50 anos <strong>de</strong> recorrência, num período <strong>de</strong> 10 anos o<br />

risco <strong>de</strong> inundá-la seria <strong>de</strong>:<br />

S = ( 1 -<br />

1<br />

Tr ) n<br />

R = 1 - S = 1 - ( 1 -<br />

1<br />

Tr ) n<br />

1<br />

10<br />

R = 1 - ( 1 - ) = 0,18 ou 18%<br />

50<br />

• a este risco po<strong>de</strong>ria ser atribuído um valor monetário (o custo do risco)<br />

multiplicando-o pelo prejuízo com a possível perda da ponte.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 111 / 150


O custo do risco é diretamente comparável com o custo energético associado<br />

à alocação do volume <strong>de</strong> espera em n anos, o que po<strong>de</strong>ria em alguns casos levar<br />

a um dimensionamento ótimo dos volumes <strong>de</strong> espera sob o ponto <strong>de</strong> vista<br />

econômico.<br />

Obviamente há casos em que a quantificação das perdas econômicas é difícil<br />

ou mesmo não aplicável, quando envolve perdas <strong>de</strong> vidas humanas. No entanto,<br />

há uma vasta classe <strong>de</strong> problemas em que a análise acima é aplicável.<br />

Quando os custos totais resultantes da quebra <strong>de</strong> restrições pu<strong>de</strong>rem ser avaliados,<br />

será possível <strong>de</strong>terminar o grau <strong>de</strong> proteção ótimo a ser adotado, em função<br />

do risco em um <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo e do custo do risco. No presente<br />

estudo isto ainda não foi possível em razão da não existência <strong>de</strong> boas estimativas<br />

dos custos envolvidos.<br />

I.1 Método da Curva Volume x Duração<br />

Dentro da etapa <strong>de</strong>nominada "prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>", o primeiro método adotado<br />

pelo Setor Elétrico para o cálculo dos volumes <strong>de</strong> espera é o chamado "Método<br />

da Curva Volume x Duração", apresentado em (Beard, 1963). A solução obtida<br />

com este procedimento é ainda utilizada, apesar <strong>de</strong> algumas dificulda<strong>de</strong>s na sua<br />

aplicação, constatadas ao longo dos anos.<br />

Neste trabalho, o método da Curva Volume x Duração para cálculo <strong>de</strong> volumes<br />

<strong>de</strong> espera foi adotado no estudo da bacia do rio Paraíba do Sul.<br />

Este método relaciona cada intervalo <strong>de</strong> tempo com duração <strong>de</strong> d dias consecutivos<br />

com o máximo volume afluente neste período. Este fica <strong>de</strong>finido como:<br />

va(d) = max [ (q (t + j) . ∆t)]<br />

0 < t < h - d +1<br />

d-1<br />

∑<br />

j=0<br />

(1)<br />

on<strong>de</strong>: va (d) = máximo volume afluente para a duração <strong>de</strong> d dias;<br />

D = duração em dias;<br />

q (t+j) = vazão média diária no dia t + j;<br />

∆t = intervalo <strong>de</strong> discretização do tempo (1 dia = 86400 s);<br />

H = número <strong>de</strong> dias da estação chuvosa;<br />

T = dia.<br />

A partir da série histórica <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias e admitindo uma<br />

vazão <strong>de</strong>fluente máxima que não cause danos a jusante (<strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> restrição),<br />

po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>finir, para o período chuvoso <strong>de</strong> cada ano hidrológico, o volume vazio<br />

necessário para absorver <strong>cheias</strong> com qualquer duração. Este volume, <strong>de</strong>nominado<br />

volume <strong>de</strong> espera, po<strong>de</strong> ser representado pela seguinte expressão:<br />

ve(i) = max [ (va(d) - d.qr.∆t), d = 1,2,3,...,h ]. (2)<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 112 / 150


on<strong>de</strong>:<br />

ve (i) = volume <strong>de</strong> espera para o período chuvoso do ano hidrológico;<br />

Qr<br />

<strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> restrição.<br />

A duração associada a este volume é chamada duração crítica. A Figura I.1 i-<br />

lustra o conceito da Curva Volume x Duração.<br />

Figura I.1<br />

Curva Volume x Duração<br />

Um possível critério para obtenção do volume <strong>de</strong> espera a ser alocado seria<br />

selecionar o máximo volume <strong>de</strong> espera levantado na série histórica. Como, contudo,<br />

nada garante que o histórico se repetirá no futuro, ou mesmo, que seja viável<br />

a alocação <strong>de</strong>ste volume, a solução mais comum leva a um estudo <strong>de</strong> freqüência<br />

e à adoção <strong>de</strong> uma distribuição teórica <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>s.<br />

São levantadas, da série histórica, amostras <strong>de</strong> eventos máximos <strong>de</strong> várias<br />

durações. Ajustando, então, uma distribuição <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>s a cada duração<br />

<strong>de</strong> d dias torna-se possível construir a Curva Volume x Duração associada a uma<br />

probabilida<strong>de</strong> p fixa <strong>de</strong> emergência. A Figura I.2 mostra a obtenção da Curva Volume<br />

x Duração associada a uma probabilida<strong>de</strong> p.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 113 / 150


Figura I.2<br />

Obtenção da Curva Volume x Duração associada a probabilida<strong>de</strong> fixa p <strong>de</strong> emergência<br />

Neste caso, va(d) é tal que:<br />

P [ VA(d) > va(d) ] = p (3)<br />

Uma das dificulda<strong>de</strong>s observadas na aplicação <strong>de</strong>ste método <strong>de</strong>ve-se à variação<br />

amostral que, ocasionalmente, faz com que a curva va(d) não seja côncava,<br />

como é o esperado.<br />

O procedimento inicialmente adotado para superar este inconveniente consistia<br />

no ajuste <strong>de</strong> uma função analítica aos pares (volume afluente, duração) pelo<br />

Método dos Mínimos Quadrados. Contudo, mesmo pequenos <strong>de</strong>svios da curva<br />

ajustada, em relação aos volumes próprios das várias durações, implicavam em<br />

erros significativos nos volumes <strong>de</strong> espera resultantes.<br />

Desta forma, passou-se a recomendar a construção gráfica com ajuste m<strong>anual</strong><br />

da curva, o que, em parte, corrigiu os problemas do ajuste automático <strong>de</strong> uma<br />

parábola do 2º grau, ao conjunto <strong>de</strong> pares <strong>de</strong> pontos, pelo Método dos Mínimos<br />

Quadrados.<br />

Entretanto, este processo artesanal, além <strong>de</strong> lento e trabalhoso, induz a uma<br />

perda <strong>de</strong> precisão em função da escala gráfica adotada.<br />

Atualmente utiliza-se um processo computacional <strong>de</strong> ajuste automático, porém<br />

em duas etapas. Na primeira etapa são calculadas as diferenças entre os volumes<br />

afluentes para as várias durações, va(d), e os volumes passíveis <strong>de</strong> serem<br />

liberados no mesmo período, isto é, qr.d.∆ t, conforme mostra a Figura I.2.<br />

Consi<strong>de</strong>rando d* como a duração em que se verificou a máxima diferença calculada,<br />

em uma segunda etapa o programa computacional efetua o ajuste <strong>de</strong><br />

uma parábola do 2º grau por três pares <strong>de</strong> pontos, a saber:<br />

(d* - 1, va(d* - 1)), (d*, va(d*)) e (d* + 1, va(d* + 1)).<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 114 / 150


Logo, como uma curva do grau n se ajusta perfeitamente a n+1 pontos e utilizou-se<br />

os pares <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> maiores diferenças va(d) - qr.d.∆ t, ter-se-á o valor<br />

mais preciso para o par (volume <strong>de</strong> espera, duração crítica) associado a cada<br />

tempo <strong>de</strong> recorrência consi<strong>de</strong>rado para o aproveitamento.<br />

A questão fundamental que se coloca para a utilização do método é relativa a<br />

qual distribuição teórica <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ve ser ajustada. Este assunto é polêmico<br />

no meio hidrológico e vem sendo discutido há bastante tempo conforme<br />

relatado em (NERC, 1975), (USWRC, 1977), (Kite, 1977) e (ELETROBRÁS,<br />

1987). Contudo, uma conclusão bastante difundida é que não se dispõe <strong>de</strong> uma<br />

distribuição "melhor" para o ajuste a séries <strong>de</strong> vazões extremas. Portanto, <strong>de</strong>sejando-se<br />

uma maior segurança no estudo, é necessário uma análise do ajustamento<br />

<strong>de</strong> diversas distribuições.<br />

Para se ter uma noção <strong>de</strong> quão polêmica é a escolha da distribuição <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>s<br />

para vazões extremas, três das publicações citadas recomendam<br />

distribuições diferentes. Com efeito, o estudo da ELETROBRÁS recomenda a<br />

distribuição Exponencial <strong>de</strong> 2 parâmetros, admitindo para certos casos o uso <strong>de</strong><br />

distribuição Gumbel. O estudo do NERC recomenda a distribuição Gumbel, enquanto<br />

o estudo do USWRC a Log-Pearson III. O trabalho <strong>de</strong> Kite não indica<br />

uma distribuição específica, atendo-se mais à questão da estimação dos parâmetros<br />

das distribuições mais utilizadas.<br />

Po<strong>de</strong>-se acrescentar, ainda, que no caso da escolha <strong>de</strong> uma distribuição <strong>de</strong><br />

probabilida<strong>de</strong>s para a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera, <strong>de</strong>ve-se levar em<br />

consi<strong>de</strong>ração que existe a particularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não incorrer em gran<strong>de</strong>s extrapolações<br />

da faixa amostral. Em geral, a proteção consi<strong>de</strong>rada no controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>,<br />

em situações normais, não ultrapassa uma recorrência <strong>de</strong> 50 anos. Portanto, o<br />

bom ajustamento da distribuição teórica à faixa amostral tem relevância maior<br />

nesta situação que no caso do dimensionamento <strong>de</strong> vertedores, por exemplo.<br />

Uma outra dificulda<strong>de</strong> da aplicação do método da Curva Volume x Duração é<br />

que o mesmo <strong>de</strong>termina somente um único volume <strong>de</strong> espera para toda a estação<br />

chuvosa. Este método não consi<strong>de</strong>ra implicitamente a variação do potencial<br />

<strong>de</strong> cheia com o <strong>de</strong>correr da estação chuvosa.<br />

Tal solução, na medida em que existem interesses conflitantes, não é eficiente.<br />

Realmente, em regiões com sazonalida<strong>de</strong> bem <strong>de</strong>finida, o risco para o qual o<br />

volume <strong>de</strong> espera foi dimensionado só se verifica no período inicial da estação<br />

chuvosa, para então ir <strong>de</strong>caindo conforme se aproxime o final da estação. Logo,<br />

a alocação constante do volume <strong>de</strong> espera superdimensiona a proteção <strong>de</strong>sejada.<br />

Há que se ressaltar, ainda, que o evento "cheia" po<strong>de</strong> não ocorrer, e neste<br />

caso o objetivo "geração <strong>de</strong> energia" fica muito penalizado durante a estação seca<br />

que se segue.<br />

A estratégia que vem sendo adotada para compatibilizar a manutenção do risco<br />

com a evolução dos volumes <strong>de</strong> espera alocados, consiste na <strong>de</strong>terminação<br />

<strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera a partir da censura contínua da série <strong>de</strong> vazões médias<br />

diárias, conforme o avanço da estação chuvosa. Melhor explicando, a <strong>de</strong>termina-<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 115 / 150


ção do volume <strong>de</strong> espera para o dia t consi<strong>de</strong>ra a série <strong>de</strong> vazões no intervalo<br />

que vai do dia t ao final do período chuvoso. Neste caso, então, o risco se mantém<br />

constante e o volume <strong>de</strong> espera se torna variável. A Figura I.3 mostra este<br />

tipo <strong>de</strong> alocação.<br />

Figura I.3<br />

Alocação variável <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera<br />

0<br />

( tem po )<br />

estação chuvosa<br />

( volum e )<br />

O procedimento indicado na Figura I.3 consegue promover um rápido reenchimento<br />

do volume <strong>de</strong> espera. Entretanto, esta solução <strong>de</strong>ixa o Método da Curva<br />

Volume x Duração muito vulnerável ao problema da variação amostral. O esperado<br />

é que os volumes <strong>de</strong> espera obtidos <strong>de</strong>caiam continuamente. Contudo,<br />

na prática, <strong>de</strong>vido à variação amostral, isto po<strong>de</strong> não ocorrer.<br />

Cabe assinalar que a solução apresentada aten<strong>de</strong> a somente um único reservatório,<br />

<strong>de</strong> forma que sua extensão para o caso <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> reservatórios<br />

requer algumas consi<strong>de</strong>rações. O procedimento usual, o qual inclusive é utilizado<br />

nas bacias do rio Paraíba do Sul, consiste na <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong><br />

espera para o reservatório <strong>de</strong> montante a partir da série <strong>de</strong> vazões naturais, para<br />

então obter os volumes <strong>de</strong> espera dos reservatórios <strong>de</strong> jusante a partir <strong>de</strong> séries<br />

<strong>de</strong> vazões afluentes.<br />

Estas séries são obtidas pela soma das vazões <strong>de</strong>fluentes do reservatório <strong>de</strong><br />

montante, as quais são obtidas através <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> simulação que consi<strong>de</strong>re<br />

as regras <strong>de</strong> operação para o controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, com as vazões naturais incrementais<br />

da bacia intermediária. A aplicação <strong>de</strong>ste expediente nem sempre é<br />

possível <strong>de</strong>vido às séries <strong>de</strong> vazões naturais disponíveis, as quais ora não existem<br />

para alguns aproveitamentos, ora contemplam períodos distintos que inviabilizam<br />

a obtenção das séries <strong>de</strong> vazões afluentes. Além disso, o procedimento é<br />

discutível pelo fato <strong>de</strong> haver a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajustar a distribuição <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>s<br />

a séries <strong>de</strong> vazões regularizadas.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 116 / 150


I.2 Metodologia CEPEL<br />

A Metodologia CEPEL para cálculo <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera é composta do método<br />

das trajetórias críticas acoplado à teoria das condições <strong>de</strong> controlabilida<strong>de</strong>. Os<br />

métodos e os seus <strong>de</strong>senvolvimentos para a aplicação aos estudos <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos sistemas <strong>de</strong> reservatórios brasileiros são apresentados nos itens<br />

I.2.1 e I.2.2 a seguir.<br />

Neste trabalho, a Metodologia CEPEL para cálculo <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera foi<br />

aplicada aos estudos da bacia dos rios Paraná até Porto São José, São Francisco,<br />

Parnaíba, Jequitinhonha, Iguaçu e Jacuí.<br />

I.2.1 Método das trajetórias críticas<br />

Utilizando-se o contrato <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> que a ELETROBRÁS<br />

manteve com o CEPEL foi possível <strong>de</strong>senvolver por esta entida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntre outros<br />

trabalhos, o chamado "Método das Trajetórias Críticas" para <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> volumes<br />

<strong>de</strong> espera, com objetivo <strong>de</strong> superar as limitações acima referidas, relativas<br />

ao Método da Curva Volume x Duração. No âmbito do GTHO, esta metodologia<br />

vinha sendo estudada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1985, quando houve sua primeira aplicação, que<br />

resolve a questão da alocação temporal dos volumes.<br />

Esta nova metodologia, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> essencialmente <strong>de</strong> um bom gerador <strong>de</strong><br />

séries <strong>de</strong> vazões diárias, começou a ser testada nas bacias dos rios São Francisco,<br />

Paraná e Paraíba do Sul. Inicialmente, pelos resultados encontrados, observou-se<br />

que ainda seria necessário se aprofundar algumas pesquisas, para<br />

que esta opção metodológica ocorresse <strong>de</strong> forma gradual e consistente.<br />

Durante o III Encontro Técnico <strong>de</strong> Hidrologia Operacional, realizado em 1994,<br />

foi recomendada uma ampla aplicação da metodologia CEPEL para cálculo <strong>de</strong><br />

volumes <strong>de</strong> espera, abrangendo todos os locais <strong>de</strong> interesse para os estudos <strong>de</strong><br />

prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> do Setor Elétrico. A aplicação recomendada começou no i-<br />

nício <strong>de</strong> 1995 com a implantação dos programas computacionais da metodologia<br />

CEPEL nas empresas. O conceito <strong>de</strong> trajetória crítica já vinha sendo utilizado para<br />

subsidiar a alocação temporal dos volumes <strong>de</strong> espera <strong>de</strong>terminados pelo Método<br />

da Curva Volume x Duração. Tal procedimento já fora utilizado na bacia do<br />

rio São Francisco, para auxiliar a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> uma alocação temporal assemelhada<br />

às trajetórias críticas verificadas no histórico.<br />

Efetivamente, a estação chuvosa 1997/1998 constituiu o marco da primeira<br />

aplicação integral <strong>de</strong>sta metodologia, no caso, à bacia do rio Paraná. No presente<br />

relatório, esta aplicação se esten<strong>de</strong>u às bacias dos rios São Francisco, Parnaíba,<br />

Jequitinhonha, Iguaçu e Jacuí.<br />

O método das Trajetórias Críticas foi <strong>de</strong>senvolvido no CEPEL por Kelman<br />

(1987) e permite <strong>de</strong>terminar para cada dia da estação chuvosa, o volume <strong>de</strong> espera<br />

associado a uma probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência p’, previamente estabelecida.<br />

Emprega um algoritmo recursivo sobre as vazões naturais médias diárias do local<br />

a ser estudado. Partindo-se <strong>de</strong> um volume <strong>de</strong> espera nulo no final do último<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 117 / 150


dia do período chuvoso, no dia h <strong>de</strong> um ano i, da vazão média diária neste dia e<br />

da <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> restrição, <strong>de</strong>termina-se o volume no início <strong>de</strong>ste dia da seguinte<br />

forma:<br />

ve (h,i) = max [0, (q (h,i) - qr) x ∆t ] (1)<br />

on<strong>de</strong>: ve - volume <strong>de</strong> espera;<br />

h - índice do último dia do período chuvoso;<br />

i - índice do ano<br />

q (h,i) - vazão média diária no dia h do ano i;<br />

qr - <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> restrição<br />

∆t - intervalo <strong>de</strong> discretização (1 dia = 86400 s).<br />

Ao início do penúltimo dia, o volume <strong>de</strong> espera <strong>de</strong>verá ser igual a:<br />

ve (h-1) = max [0, (q (h -1,i) - qr) x ∆t + ve (h,i)] (2)<br />

De uma forma geral, então, dispondo-se sempre do volume necessário no início<br />

do dia posterior, po<strong>de</strong>-se, recursivamente, <strong>de</strong>terminar os volumes necessários<br />

nos dias anteriores:<br />

ve (t-1,-i) = max [0, (q (t -1,i) - qr) x ∆t + ve (t,i)] (3)<br />

t=h, h-1, h-2, ..., 2<br />

A evolução do volume <strong>de</strong> espera ao longo do tempo para o i-ésimo ano <strong>de</strong>nomina-se<br />

trajetória crítica. A figura I.4, a seguir, apresenta a trajetória crítica para<br />

o ano i, mostrando as regiões segura e insegura para a operação <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> <strong>cheias</strong> do reservatório.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 118 / 150


Figura I.4<br />

Evolução do volume <strong>de</strong> espera para o i-ésimo ano<br />

Suponham-se agora, três anos distintos, cujas trajetórias estão na figura I.5. A<br />

envoltória das mesmas, representada em linha tracejada, garantirá que em nenhum<br />

instante, não importando o ano ocorrido, a vazão <strong>de</strong>fluente será superior a<br />

<strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> restrição.<br />

Figura I.5<br />

Definição da envoltória das trajetórias críticas<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 119 / 150


Em uma série <strong>de</strong> n anos, consequentemente n trajetórias, a envoltória garantirá<br />

a não ocorrência <strong>de</strong> violação da <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> restrição.<br />

A envoltória é <strong>de</strong>finida por:<br />

v1 (t) = max [ve (t,i); I -1, 2...,n]; t =1,2...,h<br />

Como a seqüência <strong>de</strong> vazões futuras não é conhecida, adota-se, assim como<br />

no caso da Curva Volume X Duração, uma abordagem probabilística, sendo que<br />

neste caso o universo <strong>de</strong> possíveis seqüências <strong>de</strong> vazões futuras é obtido através<br />

<strong>de</strong> séries sintéticas <strong>de</strong> vazões. A utilização <strong>de</strong> séries sintéticas é imperiosa,<br />

pois as séries históricas <strong>de</strong> vazões diárias disponíveis nos locais <strong>de</strong> interesse<br />

para os estudos <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> geralmente não ultrapassam 60 anos,<br />

período este, ainda pequeno para a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> trajetórias associadas aos<br />

tempos <strong>de</strong> recorrência comumente adotados pelo Setor Elétrico brasileiro.<br />

Como, provavelmente, a alocação da envoltória obtida das séries sintéticas <strong>de</strong><br />

vazões seria inviável, é necessária a aceitação <strong>de</strong> alguma probabilida<strong>de</strong> p’ <strong>de</strong> insucesso<br />

no controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>. Define-se, então, um conjunto <strong>de</strong> k trajetórias críticas<br />

que não serão consi<strong>de</strong>radas na <strong>de</strong>terminação da envoltória <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong><br />

espera.<br />

A eliminação das k trajetórias críticas é realizada segundo critério que prioriza<br />

a retirada <strong>de</strong> trajetórias com altas taxas <strong>de</strong> reenchimento ao final do período<br />

chuvoso. A taxa <strong>de</strong> reenchimento <strong>de</strong> cada trajetória é obtida por pesquisa, ao<br />

longo <strong>de</strong> todos os dias da estação chuvosa, <strong>de</strong> qual é a maior razão entre o volume<br />

vazio diário e o tempo existente até o final da estação. Desta forma, as envoltórias<br />

<strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera resultantes <strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong> eliminação <strong>de</strong> trajetórias<br />

críticas apresentam as menores taxas <strong>de</strong> reenchimento para cada um<br />

dos tempos <strong>de</strong> recorrência consi<strong>de</strong>rados.<br />

Des<strong>de</strong> os estudos e testes realizados com o Método das Trajetórias Críticas, o<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> séries sintéticas utilizado tem sido o mo<strong>de</strong>lo DIANA, <strong>de</strong>senvolvido<br />

por Kelman (1986).<br />

I.2.2 Limitação <strong>de</strong> Volume Máximo<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> volumes <strong>de</strong> espera permite ao usuário limitar volumes<br />

máximos por reservatório e/ou sistema parcial.<br />

Caso o usuário utilize a opção <strong>de</strong> limitação <strong>de</strong> volumes, a envoltória <strong>de</strong> volumes<br />

<strong>de</strong> espera resultante é obtida inicialmente eliminando-se n trajetórias críticas<br />

que necessitarem <strong>de</strong> volumes superiores ao informado pelo usuário e, em<br />

seguida, m trajetórias críticas necessárias para a composição das k trajetórias<br />

críticas que não serão consi<strong>de</strong>radas na <strong>de</strong>terminação da envoltória <strong>de</strong> volumes<br />

<strong>de</strong> espera. Dessa forma: k = n + m.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 120 / 150


I.2.3 Teoria das condições <strong>de</strong> controlabilida<strong>de</strong><br />

O Método das Trajetórias Críticas resolve a questão da alocação temporal dos<br />

volumes <strong>de</strong> espera, entretanto, para um sistema <strong>de</strong> reservatórios é necessário,<br />

ainda, a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> como este volume <strong>de</strong>ve estar disponível espacialmente.<br />

Os problemas <strong>de</strong> sistemas multireservatórios para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> foram<br />

analisados teoricamente pela primeira vez por Marien (1984), levando a formulação<br />

da teoria das condições <strong>de</strong> controlabilida<strong>de</strong> para a análise <strong>de</strong>terminística <strong>de</strong><br />

sistemas <strong>de</strong> reservatórios com apenas um local sujeito à restrição. Damázio<br />

(1989) esten<strong>de</strong>u estes resultados <strong>de</strong> forma a consi<strong>de</strong>rar também sistemas com<br />

múltiplos locais sujeitos à restrição, agregando ainda à esta teoria a noção <strong>de</strong><br />

envoltórias, permitindo um tratamento estocástico do problemas.<br />

Tome-se como exemplo um sistema <strong>de</strong> dois reservatórios, R2 e R1, em série,<br />

sendo R2 o reservatório <strong>de</strong> montante, conforme a Figura I.6, no qual existem restrições<br />

<strong>de</strong> vazão máxima imediatamente a jusante <strong>de</strong> cada reservatório. O cálculo<br />

do volume <strong>de</strong> espera a ser alocado em cada reservatório e em cada dia <strong>de</strong>ve<br />

consi<strong>de</strong>rar que existe um mínimo espaço vazio a ser alocado em R2, função exclusiva<br />

<strong>de</strong> sua restrição e das afluências a R2 Por outro lado, o mínimo espaço<br />

vazio a ser alocado a jusante <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do total afluente a R1 (soma da afluência<br />

a R2 com a afluência incremental entre R2 e R1) e também do espaço vazio que<br />

tiver sido alocado em R2.<br />

Figura I.6<br />

Sistema <strong>de</strong> dois reservatórios com restrições <strong>de</strong> vazão máxima<br />

R 2<br />

R 1<br />

Para o entendimento das condições <strong>de</strong> controlabilida<strong>de</strong> é necessária a noção<br />

<strong>de</strong> sistemas parciais (Marien, 1984). Formam sistemas parciais todos os conjuntos<br />

<strong>de</strong> reservatórios <strong>de</strong> um sistema que dispõem <strong>de</strong> apenas um exutório, ou seja,<br />

só um ponto <strong>de</strong> saída. No caso do exemplo da Figura I.6, formam sistemas parciais<br />

os conjuntos {R1}, {R2} e {R1,R2}.<br />

Para um dia qualquer t, o domínio das soluções possíveis é caracterizado pelas<br />

seguintes equações, uma para cada sistema parcial, chamadas <strong>de</strong> condições<br />

<strong>de</strong> controlabilida<strong>de</strong>:<br />

E 1 (t) ≥ Ve 1 (t) (1)<br />

E 2 (t) ≥ Ve 2 (t) (2)<br />

E 1 (t) + E 2 (t) ≥ Ve 1, 2 (t) (3)<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 121 / 150


Os valores <strong>de</strong> Ve(t) servem para <strong>de</strong>finir a região viável para os espaços vazios<br />

no dia t. Em geral, para qualquer sistema multireservatório a região viável será<br />

sempre caracterizada por limites inferiores Ve(t) para somas <strong>de</strong> espaços vazios<br />

<strong>de</strong> reservatórios pertencentes aos vários sistemas parciais existentes neste sistema.<br />

A Figura I.7 ilustra a fronteira entre as regiões viável para controle <strong>de</strong><br />

<strong>cheias</strong> neste sistema como um todo para um <strong>de</strong>terminado dia.<br />

Damázio (1989) mostra como os limites inferiores <strong>de</strong> espaços vazios, Ve(t)<br />

são <strong>de</strong>terminados para cada sistema parcial.<br />

Figura I.7<br />

Regiões viáveis e inviáveis para os espaços vazios num <strong>de</strong>terminado dia<br />

Ve 1<br />

Região viável<br />

Região inviável<br />

Ve 1,2<br />

Ve 2<br />

I.4 Conceitos gerais das regras <strong>de</strong> operação para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

Uma vez escolhida a alternativa <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera, passa-se à<br />

segunda etapa do planejamento da operação hidráulica on<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem ser estabelecidas<br />

diretrizes para regras <strong>de</strong> operação consi<strong>de</strong>rando duas condições, a saber:<br />

operação normal e operação em emergência.<br />

Julga-se, portanto, conveniente apresentar os conceitos gerais <strong>de</strong>stas regras<br />

<strong>de</strong> operação, com o objetivo <strong>de</strong> fornecer elementos para melhor compreensão da<br />

função dos volumes <strong>de</strong> espera.<br />

I.4.1 Operação normal<br />

Esta operação po<strong>de</strong> ser caracterizada pela ocorrência <strong>de</strong> uma cheia que permanece,<br />

ao longo <strong>de</strong> sua duração, sob o controle do Centro <strong>de</strong> Operação, não havendo<br />

perspectivas <strong>de</strong> esgotamento dos volumes <strong>de</strong> espera dos reservatórios<br />

nem da liberação <strong>de</strong> <strong>de</strong>scargas <strong>de</strong>fluentes que ultrapassem restrições a jusante<br />

dos aproveitamentos.<br />

No caso <strong>de</strong> reservatórios com restrição <strong>de</strong> montante, a operação normal ocorre<br />

enquanto houver capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga para controlar o reservatório em níveis<br />

inferiores àqueles que começariam a causar danos.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 122 / 150


Durante a operação normal para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>, são recebidas e processadas<br />

as informações <strong>de</strong> dados provenientes <strong>de</strong> postos hidrometeorológicos da<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> medição, oferecendo um quadro aproximado da situação real do sistema<br />

e permitindo uma boa confiabilida<strong>de</strong> das <strong>de</strong>cisões.<br />

Se o Centro <strong>de</strong> Operação se mantém em comunicação com todas as usinas<br />

do sistema, existem meios a<strong>de</strong>quados para a <strong>de</strong>finição da operação integrada do<br />

sistema hidráulico para controle <strong>de</strong> enchentes. No entanto, é indispensável a<br />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> operação que recomen<strong>de</strong>m os valores das <strong>de</strong>scargas<br />

totais em função <strong>de</strong> vários parâmetros, tais como níveis em pontos críticos<br />

do(s) rio(s), vazões afluentes em pontos situados a montante ou a jusante dos<br />

reservatórios, vazões dos principais afluentes, alturas <strong>de</strong> chuva etc.<br />

Estas regras são frutos <strong>de</strong> uma longa experiência operativa ou po<strong>de</strong>m ser obtidas<br />

<strong>de</strong> simulações com mo<strong>de</strong>los programados para este objetivo, e são apresentadas<br />

em relatórios específicos para cada bacia.<br />

I.4.2 Operação em emergência<br />

Esta operação po<strong>de</strong> ser caracterizada pela ocorrência <strong>de</strong> uma cheia com perspectivas<br />

<strong>de</strong> esgotamento dos volumes <strong>de</strong> espera dos reservatórios, sendo necessário<br />

provi<strong>de</strong>nciar <strong>de</strong>scargas <strong>de</strong>fluentes totais que superam as limitações impostas<br />

por eventuais restrições, provocando danos. As enchentes que impliquem<br />

em <strong>de</strong>cisões operativas em condições <strong>de</strong> emergência po<strong>de</strong>m ocasionar situações<br />

críticas que coloquem em risco a própria segurança da barragem.<br />

Outra situação possível que caracteriza a condição <strong>de</strong> emergência é a perda<br />

<strong>de</strong> comunicações da usina com o Centro <strong>de</strong> Operação. Neste caso, o elemento<br />

encarregado da operação da usina <strong>de</strong>ve estar autorizado a tomar as providências<br />

cabíveis, para as quais <strong>de</strong>ve estar disponível uma sistemática <strong>de</strong> procedimentos<br />

bem <strong>de</strong>finidos, que garantam a segurança da barragem.<br />

Em ambas as situações, é indispensável a existência <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> operação<br />

que indiquem, a cada instante, qual <strong>de</strong>fluência <strong>de</strong>ve ser programada <strong>de</strong> forma a<br />

garantir a segurança das estruturas dos aproveitamentos, sem provocar enchentes<br />

mais críticas do que as que ocorreriam sob condições naturais <strong>de</strong> escoamento.<br />

I.4.3 Curva <strong>de</strong> sobrecarga induzida<br />

Em aproveitamentos on<strong>de</strong> existe folga na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vertimento em relação à<br />

cheia <strong>de</strong> projeto revista, po<strong>de</strong>-se invadir o volume <strong>de</strong> segurança, entre os níveis<br />

máximo normal e máximo maximorum, para dispor <strong>de</strong> um volume adicional para<br />

controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong>.<br />

No esquema a ser <strong>de</strong>senvolvido para operação em emergência, salienta-se o<br />

conceito <strong>de</strong> curva <strong>de</strong> sobrecarga induzida. A sobrecarga induzida é obtida quando<br />

as comportas do vertedor são operadas todas ao mesmo tempo, através <strong>de</strong><br />

aberturas parciais, <strong>de</strong> modo a possibilitar o armazenamento do excesso <strong>de</strong> afluência<br />

em relação à <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong>fluente total. A sobrecarga induzida, para cada<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 123 / 150


abertura parcial das comportas, está limitada pela cota do topo das comportas do<br />

vertedor para esta mesma abertura, <strong>de</strong> modo a evitar o galgamento das mesmas.<br />

A curva <strong>de</strong> sobrecarga induzida é obtida pela união <strong>de</strong> todos os pontos que<br />

representam os máximos níveis permitidos do reservatório, para várias taxas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scargas <strong>de</strong>fluentes totais, quando em operação sob sobrecarga induzida. Portanto,<br />

o efeito da utilização da curva <strong>de</strong> sobrecarga induzida é o <strong>de</strong> criar uma capacida<strong>de</strong><br />

adicional <strong>de</strong> amortecimento <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> no reservatório, pelo menos para<br />

aquelas mais freqüentes, porém garantindo a abertura or<strong>de</strong>nada total para lâmina<br />

livre das comportas, quando necessário, para a garantia da segurança da barragem.<br />

Em (Beard, 1977) é recomendado que a curva <strong>de</strong> sobrecarga induzida seja<br />

traçada a partir <strong>de</strong> um ponto correspon<strong>de</strong>nte à <strong>de</strong>scarga máxima <strong>de</strong> restrição<br />

que não provoque danos a jusante, no nível máximo normal operativo, até o nível<br />

em que todas as comportas <strong>de</strong>vem estar totalmente abertas, correspon<strong>de</strong>nte à<br />

sobrecarga induzida máxima.<br />

I.4.4 Diagrama <strong>de</strong> operação normal e em emergência<br />

Uma ferramenta bastante utilizada, durante a ocorrência <strong>de</strong> uma cheia, para obtenção<br />

do valor da <strong>de</strong>fluência mínima necessária em cada aproveitamento, é o<br />

<strong>de</strong>nominado diagrama <strong>de</strong> operação em emergência apresentado em (U.S. Army -<br />

Corps of Engineers, 1959), (Beard, 1963) e (CECCA, 1977). Este diagrama <strong>de</strong>fine<br />

a <strong>de</strong>scarga que <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>fluída, quando são conhecidos os níveis do reservatório<br />

e a taxa <strong>de</strong> variação dos níveis ou a afluência, tendo em vista uma previsão<br />

do mínimo volume afluente que po<strong>de</strong> ser esperado em uma particular cheia.<br />

A hipótese admitida é <strong>de</strong> que o hidrograma tenha atingido o seu pico para o<br />

valor atual e <strong>de</strong> que os valores futuros ocorrerão segundo uma lei exponencial<br />

que governa a recessão das vazões <strong>de</strong> um rio. O volume mínimo afluente a ser<br />

esperado po<strong>de</strong> ser calculado pela área sob o trecho <strong>de</strong> <strong>de</strong>scida do hidrograma.<br />

A partir <strong>de</strong>ste volume afluente mínimo esperado, com uma dada afluência presente<br />

e o nível atual do reservatório, po<strong>de</strong> ser calculada a <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong>fluente,<br />

<strong>de</strong> modo que seja utilizado o volume do reservatório até a sua capacida<strong>de</strong> disponível,<br />

limitada no seu nível máximo normal ou, quando possível, pela sua curva<br />

<strong>de</strong> sobrecarga induzida. Uma família <strong>de</strong> curvas características <strong>de</strong> afluências<br />

po<strong>de</strong> ser traçada a partir <strong>de</strong>stes cálculos.<br />

Estes mesmos conceitos foram, posteriormente, utilizados para a <strong>de</strong>finição do<br />

diagrama <strong>de</strong> operação normal, consi<strong>de</strong>rando como limite máximo o nível estabelecido<br />

para o volume <strong>de</strong> espera.<br />

Portanto, o diagrama <strong>de</strong> operação em emergência é usado para indicar a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> rompimento da <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> restrição, haja vista o nível <strong>de</strong> armazenamento<br />

no aproveitamento (ou sistema) e o porte da cheia. Por outro lado, o<br />

diagrama <strong>de</strong> operação normal é adotado para a elevação gradual das <strong>de</strong>fluências,<br />

buscando atingir o valor da restrição e a recuperação do nível do volume <strong>de</strong><br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 124 / 150


espera no período inicial da subida das vazões afluentes ao aproveitamento ou<br />

sistema consi<strong>de</strong>rado.<br />

Por fim, vale ressaltar que em função dos vários aspectos levantados; da heterogeneida<strong>de</strong><br />

dos tipos <strong>de</strong> restrições hidráulicas; das características peculiares<br />

das regiões e regimes hidrológicos; das diferentes configurações topológicas dos<br />

aproveitamentos; e da ausência <strong>de</strong> séries hidrológicas diárias homogêneas para<br />

os locais <strong>de</strong> interesse, não é viável generalizar as metodologias para as várias<br />

bacias brasileiras.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 125 / 150


Anexo II Volumes <strong>de</strong> Espera – Ciclo <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 126 / 150


Tabela II.1 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>.<br />

Cenário Normal (integrado ao Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes)<br />

Furnas M. Moraes Marimbondo¹ A. Vermelha Emborcação Nova Ponte Itumbiara São Simão Barra Bonita<br />

Período TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=20 anos<br />

Km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU Km³ %VU Km³ %VU<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,263 95,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,450 91,44 0,052 98,99 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,061 98,90 0,000 100,00<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,000 100,00 0,230 90,80 0,905 82,79 0,414 91,99 0,057 99,56 0,062 99,40 0,336 97,30 0,482 91,30 0,092 96,41<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,360 97,91 0,500 80,00 1,515 71,20 1,065 79,40 0,300 97,70 0,166 98,40 0,859 93,10 1,247 77,49 0,241 90,61<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,723 95,80 0,500 80,00 1,873 64,39 1,452 71,91 0,405 96,90 0,218 97,90 1,183 90,50 1,701 69,30 0,328 87,22<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,820 95,24 0,500 80,00 1,878 64,30 1,463 71,70 0,405 96,90 0,228 97,80 1,183 90,50 1,712 69,10 0,331 87,10<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,900 94,77 0,500 80,00 1,994 62,09 1,582 69,39 0,444 96,60 0,239 97,70 1,283 89,70 1,856 66,50 0,359 86,01<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,920 94,66 0,500 80,00 2,078 60,49 1,654 68,00 0,457 96,50 0,259 97,50 1,390 88,84 1,930 65,16 0,480 81,29<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,930 94,60 0,500 80,00 2,162 58,90 1,654 68,00 0,470 96,40 0,298 97,13 1,420 88,60 1,930 65,16 0,440 82,85<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,860 95,00 0,500 80,00 2,157 58,99 1,654 68,00 0,470 96,40 0,298 97,13 1,420 88,60 1,930 65,16 0,420 83,63<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,844 95,10 0,500 80,00 2,157 58,99 1,654 68,00 0,470 96,40 0,352 96,61 1,420 88,60 1,930 65,16 0,411 83,98<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,844 95,10 0,500 80,00 2,157 58,99 1,654 68,00 0,470 96,40 0,342 96,71 1,420 88,60 1,930 65,16 0,411 83,98<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,844 95,10 0,500 80,00 2,157 58,99 1,654 68,00 0,470 96,40 0,342 96,71 1,420 88,60 1,930 65,16 0,411 83,98<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,792 95,40 0,500 80,00 2,009 61,81 1,628 68,50 0,444 96,60 0,249 97,60 1,295 89,60 1,878 66,10 0,380 85,19<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,740 95,70 0,500 80,00 1,894 63,99 1,478 71,41 0,405 96,90 0,228 97,80 1,196 90,40 1,734 68,70 0,350 86,36<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,689 96,00 0,500 80,00 1,825 65,30 1,401 72,90 0,392 97,00 0,218 97,90 1,133 90,90 1,640 70,40 0,340 86,75<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,575 96,66 0,500 80,00 1,704 67,60 1,272 75,39 0,353 97,30 0,197 98,10 1,034 91,70 1,490 73,10 0,330 87,14<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,352 97,96 0,500 80,00 1,510 71,29 1,060 79,49 0,300 97,70 0,166 98,40 0,859 93,10 1,247 77,49 0,310 87,92<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,320 98,14 0,500 80,00 1,468 72,09 1,013 80,40 0,274 97,90 0,156 98,50 0,822 93,40 1,186 78,59 0,290 88,70<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,320 98,14 0,495 80,20 1,347 74,39 0,884 82,90 0,096 99,26 0,135 98,70 0,722 94,20 1,036 81,30 0,250 90,26<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,250 98,55 0,415 83,40 1,215 76,90 0,744 85,61 0,089 99,32 0,114 98,90 0,598 95,20 0,870 84,30 0,250 90,26<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,100 99,42 0,332 86,72 1,078 79,51 0,594 88,51 0,089 99,32 0,093 99,10 0,486 96,10 0,698 87,40 0,240 90,65<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,030 99,83 0,275 89,00 0,984 81,29 0,496 90,40 0,087 99,33 0,073 99,30 0,399 96,80 0,582 89,49 0,220 91,43<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,000 100,00 0,190 92,40 0,842 83,99 0,341 93,40 0,015 99,89 0,052 99,50 0,274 97,80 0,399 92,80 0,110 95,71<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,663 87,40 0,150 97,10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,107 99,14 0,172 96,90 0,110 95,71<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,479 90,89 0,062 98,80 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,072 98,70 0,090 96,49<br />

30/04/10 a 06/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 95,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,080 96,88<br />

¹ Nos volumes indicados para Marimbondo está incorporada a parcela <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> V.U. do próprio reservatório que <strong>de</strong>ve permanecer vazia.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

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Tabela II.1 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>.<br />

Cenário Normal (integrado ao Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes)– CONTINUAÇÃO<br />

Promissão Ilha/T. Irmãos Jurumirim Chavantes Capivara<br />

Período TR=30 anos TR=30 anos TR=50 anos TR=50 anos TR=30 anos<br />

km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,017 99,20 0,143 98,40 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,136 93,61 1,139 87,30 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,351 83,51 2,958 67,01 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,479 77,49 4,071 54,59 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,483 77,30 4,071 54,59 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,521 75,52 4,406 50,85 0,041 98,70 0,039 98,72 0,000 100,00<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,572 73,12 4,742 47,11 0,398 87,42 0,382 87,44 0,030 99,48<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,585 72,51 4,841 46,00 0,398 87,42 0,382 87,44 0,450 92,14<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,583 72,60 4,823 46,20 0,398 87,42 0,382 87,44 0,950 83,40<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,583 72,60 4,823 46,20 0,460 85,47 0,382 87,44 0,950 83,40<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,583 72,60 4,823 46,20 0,460 85,47 0,790 74,02 0,950 83,40<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,583 72,60 4,823 46,20 0,460 85,47 0,790 74,02 0,950 83,40<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,549 74,20 4,536 49,40 0,460 85,47 0,790 74,02 0,950 83,40<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,487 77,11 4,165 53,54 0,400 87,36 0,304 90,00 0,150 97,38<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,462 78,29 3,916 56,32 0,400 87,36 0,304 90,00 0,150 97,38<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,419 80,31 3,532 60,60 0,400 87,36 0,240 92,11 0,000 100,00<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,349 83,60 2,949 67,11 0,400 87,36 0,240 92,11 0,000 100,00<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,334 84,30 2,815 68,60 0,400 87,36 0,240 92,11 0,000 100,00<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,292 86,28 2,456 72,60 0,360 88,63 0,240 92,11 0,000 100,00<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,243 88,58 2,062 77,00 0,360 88,63 0,070 97,70 0,000 100,00<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,196 90,79 1,650 81,60 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,164 92,29 1,372 84,70 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,113 94,69 0,950 89,40 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,049 97,70 0,412 95,40 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,019 99,11 0,170 98,10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

30/04/10 a 06/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,250 92,10 0,070 97,70 0,000 100,00<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

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Tabela II.2 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>.<br />

Cenário Úmido + Normal (integrado ao Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes)<br />

Furnas M. Moraes Marimbondo¹ A. Vermelha Emborcação Nova Ponte Itumbiara São Simão Barra Bonita<br />

Período TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=20 anos<br />

Km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU Km³ %VU Km³ %VU<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000 100,00 0,290 88,40 1,010 80,80 0,522 89,90 0,133 98,98 0,083 99,20 0,423 96,60 0,609 89,01 0,118 95,40<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,457 97,35 0,500 80,00 1,589 69,79 1,148 77,79 0,313 97,60 0,176 98,30 0,934 92,50 1,346 75,70 0,259 89,91<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,740 95,70 0,500 80,00 1,904 63,80 1,489 71,19 0,418 96,80 0,228 97,80 1,208 90,30 1,745 68,50 0,339 86,79<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,826 95,20 0,500 80,00 2,078 60,49 1,726 66,61 0,457 96,50 0,259 97,50 1,357 89,10 1,984 64,19 0,380 85,19<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,895 94,80 0,500 80,00 2,236 57,49 1,840 64,40 0,496 96,20 0,279 97,31 1,569 87,40 2,150 61,19 0,431 83,20<br />

04/12/10 a 10/12/10 1,120 93,49 0,500 80,00 2,236 57,49 1,861 64,00 0,522 96,00 0,291 97,20 1,569 87,40 2,152 61,16 0,431 83,20<br />

11/12/10 a 17/12/10 1,120 93,49 0,500 80,00 2,320 55,89 1,933 62,60 0,535 95,90 0,385 96,29 1,681 86,50 2,260 59,21 0,452 82,39<br />

18/12/10 a 24/12/10 1,450 91,58 0,500 80,00 2,320 55,89 1,964 62,00 0,535 95,90 0,385 96,29 1,681 86,50 2,294 58,59 0,730 71,55<br />

25/12/10 a 31/12/10 1,430 91,69 0,500 80,00 2,367 55,00 2,139 58,62 0,666 94,90 0,405 96,10 1,694 86,40 2,700 51,26 1,030 59,86<br />

01/01/11 a 07/01/11 1,360 92,10 0,500 80,00 2,372 54,90 1,995 61,40 0,666 94,90 0,405 96,10 1,694 86,40 2,338 57,80 1,030 59,86<br />

08/01/11 a 14/01/11 1,273 92,61 0,500 80,00 2,383 54,70 1,995 61,40 0,666 94,90 0,405 96,10 1,706 86,30 2,338 57,80 1,050 59,08<br />

15/01/11 a 21/01/11 1,188 93,10 0,500 80,00 2,367 55,00 1,980 61,69 0,666 94,90 0,405 96,10 1,694 86,40 2,316 58,19 1,150 55,18<br />

22/01/11 a 28/01/11 1,136 93,40 0,500 80,00 2,351 55,30 1,964 62,00 0,666 94,90 0,394 96,20 1,669 86,60 2,294 58,59 1,120 56,35<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,950 94,48 0,500 80,00 2,299 56,29 1,907 63,11 0,632 95,16 0,384 96,30 1,631 86,90 2,233 59,69 1,100 57,13<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,861 95,00 0,500 80,00 2,115 59,79 1,768 65,80 0,470 96,40 0,259 97,50 1,395 88,80 2,052 62,96 1,030 59,86<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,775 95,50 0,500 80,00 1,978 62,40 1,582 69,39 0,431 96,70 0,239 97,70 1,270 89,80 1,839 66,81 0,940 63,37<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,706 95,90 0,500 80,00 1,830 65,21 1,411 72,70 0,392 97,00 0,218 97,90 1,146 90,80 1,651 70,20 0,880 65,71<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,530 96,92 0,500 80,00 1,610 69,39 1,168 77,40 0,279 97,86 0,176 98,30 0,947 92,40 1,368 75,31 0,760 70,38<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,470 97,27 0,500 80,00 1,546 70,61 1,106 78,60 0,242 98,15 0,166 98,40 0,897 92,80 1,296 76,61 0,760 70,38<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,470 97,27 0,500 80,00 1,436 72,70 0,982 81,00 0,079 99,39 0,156 98,50 0,797 93,60 1,152 79,21 0,760 70,38<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,420 97,56 0,435 82,60 1,247 76,29 0,781 84,89 0,040 99,69 0,062 99,40 0,635 94,90 0,914 83,50 0,750 70,77<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,320 98,14 0,378 84,88 1,152 78,10 0,677 86,90 0,040 99,69 0,062 99,40 0,548 95,60 0,792 85,70 0,650 74,67<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,160 99,07 0,280 88,80 0,989 81,20 0,501 90,31 0,040 99,69 0,062 99,40 0,411 96,70 0,587 89,40 0,380 85,19<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,005 99,97 0,225 91,00 0,899 82,91 0,403 92,20 0,040 99,69 0,062 99,40 0,324 97,40 0,471 91,50 0,280 89,09<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,000 100,00 0,040 98,40 0,694 86,81 0,181 96,50 0,000 100,00 0,000 100,00 0,146 98,83 0,211 96,19 0,280 89,09<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,636 87,91 0,119 97,70 0,000 100,00 0,000 100,00 0,039 99,69 0,138 97,51 0,280 89,09<br />

30/04/10 a 06/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,263 95,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,280 89,09<br />

¹ Nos volumes indicados para Marimbondo está incorporada a parcela <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> V.U. do próprio reservatório que <strong>de</strong>ve permanecer vazia.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

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Tabela II.2 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>.<br />

Cenário Úmido + Normal (integrado ao Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes) – CONTINUAÇÃO<br />

Promissão Ilha/T. Irmãos Jurumirim Chavantes Capivara<br />

Período TR=30 anos TR=30 anos TR=50 anos TR=50 anos TR=30 anos<br />

km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,170 92,01 1,443 83,90 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,379 82,19 3,192 64,39 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,492 76,88 4,210 53,04 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,572 73,12 4,742 47,11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,611 71,29 4,856 45,83 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,619 70,91 4,856 45,83 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,641 69,88 4,856 45,83 0,041 98,70 0,039 98,72 0,000 100,00<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,651 69,41 4,856 45,83 0,398 87,42 0,382 87,44 0,170 97,03<br />

25/12/10 a 31/12/10 1,520 28,57 4,856 45,83 0,398 87,42 0,382 87,44 0,450 92,14<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,670 68,52 4,856 45,83 0,398 87,42 0,382 87,44 0,940 83,58<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,670 68,52 4,856 45,83 0,460 85,47 0,790 74,02 0,950 83,40<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,670 68,52 4,856 45,83 0,460 85,47 0,790 74,02 0,950 83,40<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,653 69,31 4,856 45,83 0,460 85,47 0,790 74,02 0,950 83,40<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,634 70,21 4,856 45,83 0,460 85,47 0,790 74,02 0,950 83,40<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,587 72,42 4,856 45,83 0,400 87,36 0,304 90,00 0,030 99,48<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,538 74,72 4,447 50,40 0,400 87,36 0,304 90,00 0,000 100,00<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,464 78,20 3,927 56,20 0,400 87,36 0,240 92,11 0,000 100,00<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,385 81,91 3,245 63,80 0,400 87,36 0,240 92,11 0,000 100,00<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,364 82,89 3,066 65,80 0,400 87,36 0,240 92,11 0,000 100,00<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,323 84,82 2,734 69,50 0,360 88,63 0,240 92,11 0,000 100,00<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,257 87,92 2,161 75,90 0,360 88,63 0,070 97,70 0,000 100,00<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,223 89,52 1,883 79,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,166 92,20 1,390 84,50 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,132 93,80 1,112 87,60 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,060 97,18 0,502 94,40 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,038 98,21 0,332 96,30 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

30/04/10 a 06/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,250 92,10 0,070 97,70 0,000 100,00<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

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Tabela II.3 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>.<br />

Cenário Seco + Normal (integrado ao Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes)<br />

Furnas M. Moraes Marimbondo¹ A. Vermelha Emborcação Nova Ponte Itumbiara São Simão Barra Bonita<br />

Período TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=20 anos<br />

Km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU Km³ %VU Km³ %VU<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,263 95,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,263 95,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,325 93,82 0,016 99,69 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,022 99,60 0,000 100,00<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,051 99,70 0,350 86,00 1,105 78,99 0,625 87,91 0,170 98,70 0,093 99,10 0,511 95,90 0,731 86,81 0,141 94,51<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,490 97,15 0,500 80,00 1,625 69,11 1,184 77,09 0,326 97,50 0,187 98,20 0,959 92,30 1,391 74,89 0,269 89,52<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,826 95,20 0,500 80,00 2,130 59,51 1,654 68,00 0,470 96,40 0,259 97,50 1,420 88,60 1,930 65,16 0,397 84,53<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,844 95,10 0,500 80,00 2,136 59,39 1,654 68,00 0,470 96,40 0,259 97,50 1,420 88,60 1,930 65,16 0,397 84,53<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,792 95,40 0,500 80,00 1,999 62,00 1,592 69,20 0,444 96,60 0,249 97,60 1,295 89,60 1,861 66,41 0,490 80,90<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,740 95,70 0,500 80,00 1,909 63,71 1,494 71,10 0,418 96,80 0,228 97,80 1,208 90,30 1,751 68,39 0,510 80,12<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,723 95,80 0,500 80,00 1,857 64,70 1,437 72,20 0,392 97,00 0,218 97,90 1,171 90,60 1,684 69,60 0,510 80,12<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,689 96,00 0,500 80,00 1,799 65,80 1,375 73,40 0,379 97,10 0,208 98,00 1,121 91,00 1,612 70,90 0,480 81,29<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,620 96,40 0,500 80,00 1,725 67,21 1,297 74,91 0,353 97,30 0,197 98,10 1,046 91,60 1,518 72,60 0,460 82,07<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,513 97,02 0,500 80,00 1,641 68,80 1,204 76,71 0,339 97,40 0,187 98,20 0,971 92,20 1,413 74,49 0,440 82,85<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,411 97,61 0,500 80,00 1,557 70,40 1,117 78,39 0,313 97,60 0,166 98,40 0,909 92,70 1,307 76,41 0,430 83,24<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,328 98,09 0,500 80,00 1,483 71,81 1,034 80,00 0,287 97,80 0,156 98,50 0,834 93,30 1,208 78,19 0,380 85,19<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,245 98,58 0,500 80,00 1,410 73,19 0,956 81,51 0,261 98,00 0,145 98,60 0,772 93,80 1,119 79,80 0,380 85,19<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,210 98,78 0,470 81,20 1,304 75,21 0,843 83,69 0,173 98,67 0,125 98,80 0,685 94,50 0,986 82,20 0,370 85,58<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,160 99,07 0,420 83,20 1,226 76,69 0,755 85,39 0,163 98,75 0,114 98,90 0,610 95,10 0,886 84,01 0,340 86,75<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,140 99,19 0,365 85,40 1,131 78,50 0,656 87,31 0,141 98,92 0,104 99,00 0,536 95,70 0,765 86,19 0,290 88,70<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,140 99,19 0,330 86,80 1,073 79,60 0,594 88,51 0,054 99,59 0,093 99,10 0,486 96,10 0,693 87,49 0,290 88,70<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,130 99,24 0,287 88,52 0,999 81,01 0,512 90,09 0,013 99,90 0,083 99,20 0,411 96,70 0,598 89,21 0,290 88,70<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,090 99,48 0,225 91,00 0,899 82,91 0,403 92,20 0,000 100,00 0,018 99,83 0,324 97,40 0,471 91,50 0,260 89,87<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,040 99,77 0,190 92,40 0,842 83,99 0,341 93,40 0,000 100,00 0,017 99,84 0,274 97,80 0,399 92,80 0,230 91,04<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,000 100,00 0,118 95,28 0,742 85,89 0,233 95,49 0,000 100,00 0,000 100,00 0,187 98,50 0,271 95,11 0,180 92,99<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,000 100,00 0,022 99,12 0,684 87,00 0,171 96,69 0,000 100,00 0,000 100,00 0,137 98,90 0,199 96,41 0,180 92,99<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,469 91,08 0,057 98,90 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,066 98,81 0,170 93,37<br />

30/04/10 a 06/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,263 95,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,090 96,49<br />

¹ Nos volumes indicados para Marimbondo está incorporada a parcela <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> V.U. do próprio reservatório que <strong>de</strong>ve permanecer vazia.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

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Tabela II.3 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>.<br />

Cenário Seco + Normal (integrado ao Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes) – CONTINUAÇÃO<br />

Promissão Ilha/T. Irmãos Jurumirim Chavantes Capivara<br />

Período TR=30 anos TR=30 anos TR=50 anos TR=50 anos TR=30 anos<br />

km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,006 99,72 0,054 99,40 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,206 90,32 1,739 80,60 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,392 81,58 3,290 63,30 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,575 72,98 4,751 47,01 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,575 72,98 4,760 46,90 0,041 98,70 0,039 98,72 0,000 100,00<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,542 74,53 4,509 49,70 0,398 87,42 0,382 87,44 0,000 100,00<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,494 76,79 4,232 52,79 0,398 87,42 0,382 87,44 0,330 94,23<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,475 77,68 4,031 55,04 0,398 87,42 0,382 87,44 0,410 92,84<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,453 78,71 3,835 57,22 0,460 85,47 0,557 81,68 0,950 83,40<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,428 79,89 3,604 59,80 0,460 85,47 0,557 81,68 0,950 83,40<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,398 81,30 3,344 62,70 0,460 85,47 0,530 82,57 0,687 88,00<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,366 82,80 3,093 65,50 0,460 85,47 0,530 82,57 0,000 100,00<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,340 84,02 2,869 68,00 0,400 87,36 0,304 90,00 0,000 100,00<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,315 85,20 2,654 70,40 0,400 87,36 0,304 90,00 0,000 100,00<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,277 86,98 2,331 74,00 0,400 87,36 0,240 92,11 0,000 100,00<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,249 88,30 2,098 76,60 0,400 87,36 0,240 92,11 0,000 100,00<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,217 89,80 1,820 79,70 0,400 87,36 0,240 92,11 0,000 100,00<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,196 90,79 1,641 81,70 0,360 88,63 0,240 92,11 0,000 100,00<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,168 92,11 1,425 84,10 0,360 88,63 0,070 97,70 0,000 100,00<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,132 93,80 1,121 87,50 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,113 94,69 0,950 89,40 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,077 96,38 0,645 92,81 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,055 97,42 0,475 94,70 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,019 99,11 0,161 98,20 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

30/04/10 a 06/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,250 92,10 0,070 97,70 0,000 100,00<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

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Tabela II.4 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>.<br />

Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

Furnas M. Moraes Marimbondo¹ A. Vermelha Emborcação Nova Ponte Itumbiara São Simão Barra Bonita<br />

Período TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=30 anos TR=20 anos<br />

Km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU Km³ %VU Km³ %VU<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,263 95,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,000 100,00 0,168 93,28 0,805 84,70 0,300 94,20 0,000 100,00 0,004 99,96 0,249 98,00 0,355 93,59 0,069 97,31<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,373 97,83 0,500 80,00 1,525 71,01 1,080 79,11 0,300 97,70 0,166 98,40 0,872 93,00 1,263 77,20 0,244 90,49<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,758 95,60 0,500 80,00 1,930 63,31 1,515 70,69 0,418 96,80 0,228 97,80 1,233 90,10 1,778 67,91 0,344 86,59<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,844 95,10 0,500 80,00 2,083 60,40 1,732 66,49 0,470 96,40 0,259 97,50 1,357 89,10 1,972 64,40 0,380 85,19<br />

04/12/10 a 10/12/10 1,000 94,19 0,500 80,00 2,325 55,80 1,900 63,24 0,666 94,90 0,394 96,20 1,681 86,50 2,000 63,90 0,462 82,00<br />

11/12/10 a 17/12/10 1,000 94,19 0,500 80,00 2,325 55,80 1,900 63,24 0,666 94,90 0,394 96,20 1,681 86,50 2,000 63,90 0,462 82,00<br />

18/12/10 a 24/12/10 1,000 94,19 0,500 80,00 2,325 55,80 1,900 63,24 0,666 94,90 0,394 96,20 1,681 86,50 2,000 63,90 0,870 66,10<br />

25/12/10 a 31/12/10 1,000 94,19 0,500 80,00 2,325 55,80 1,900 63,24 0,666 94,90 0,394 96,20 1,681 86,50 2,000 63,90 1,180 54,01<br />

01/01/11 a 07/01/11 1,000 94,19 0,500 80,00 2,325 55,80 1,900 63,24 0,666 94,90 0,405 96,10 1,706 86,30 2,000 63,90 1,120 56,35<br />

08/01/11 a 14/01/11 1,000 94,19 0,500 80,00 2,325 55,80 1,900 63,24 0,666 94,90 0,405 96,10 1,706 86,30 2,000 63,90 1,030 59,86<br />

15/01/11 a 21/01/11 1,000 94,19 0,500 80,00 2,325 55,80 1,900 63,24 0,666 94,90 0,405 96,10 1,694 86,40 2,000 63,90 1,030 59,86<br />

22/01/11 a 28/01/11 1,000 94,19 0,500 80,00 2,325 55,80 1,900 63,24 0,666 94,90 0,405 96,10 1,694 86,40 2,000 63,90 0,980 61,81<br />

29/01/11 a 04/02/11 1,000 94,19 0,500 80,00 2,325 55,80 1,900 63,24 0,666 94,90 0,405 96,10 1,694 86,40 2,000 63,90 0,950 62,98<br />

05/02/11 a 11/02/11 1,000 94,19 0,500 80,00 2,325 55,80 1,900 63,24 0,666 94,90 0,405 96,10 1,694 86,40 2,000 63,90 0,900 64,93<br />

12/02/11 a 18/02/11 1,000 94,19 0,500 80,00 2,278 56,69 1,887 63,49 0,640 95,10 0,384 96,30 1,607 87,10 2,000 63,90 0,820 68,04<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,878 94,90 0,500 80,00 2,204 58,10 1,804 65,10 0,483 96,30 0,270 97,40 1,544 87,60 2,000 63,90 0,820 68,04<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,775 95,50 0,500 80,00 1,962 62,70 1,551 69,99 0,431 96,70 0,239 97,70 1,258 89,90 1,817 67,20 0,670 73,89<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,689 96,00 0,500 80,00 1,820 65,40 1,396 72,99 0,392 97,00 0,218 97,90 1,133 90,90 1,640 70,40 0,670 73,89<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,550 96,81 0,500 80,00 1,678 68,10 1,241 75,99 0,339 97,40 0,187 98,20 1,009 91,90 1,457 73,70 0,670 73,89<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,370 97,85 0,500 80,00 1,478 71,90 1,029 80,09 0,241 98,15 0,156 98,50 0,834 93,30 1,202 78,30 0,640 75,06<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,280 98,37 0,463 81,48 1,294 75,40 0,827 84,00 0,098 99,25 0,125 98,80 0,673 94,60 0,970 82,49 0,590 77,01<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,160 99,07 0,358 85,68 1,120 78,71 0,641 87,60 0,073 99,44 0,093 99,10 0,523 95,80 0,753 86,41 0,420 83,63<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,025 99,85 0,215 91,40 0,878 83,31 0,383 92,59 0,000 100,00 0,062 99,40 0,311 97,50 0,449 91,90 0,420 83,63<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,000 100,00 0,052 97,92 0,694 86,81 0,181 96,50 0,000 100,00 0,000 100,00 0,149 98,80 0,216 96,10 0,420 83,63<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,647 87,70 0,129 97,50 0,000 100,00 0,000 100,00 0,056 99,55 0,150 97,29 0,270 89,48<br />

30/04/10 a 06/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,263 95,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

¹ Nos volumes indicados para Marimbondo está incorporada a parcela <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> V.U. do próprio reservatório que <strong>de</strong>ve permanecer vazia.<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

133 / 150


Tabela II.4 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>.<br />

Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte - CONTINUAÇÃO<br />

Promissão Ilha/T. Irmãos Jurumirim Chavantes Capivara<br />

Período TR=30 anos TR=30 anos TR=50 anos TR=50 anos TR=30 anos<br />

km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,100 95,30 0,834 90,70 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,355 83,32 2,994 66,60 0,010 99,68 0,010 99,67 0,000 100,00<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,500 76,50 4,299 52,05 0,005 99,84 0,005 99,84 0,000 100,00<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,575 72,98 4,751 47,01 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

04/12/10 a 10/12/10 1,229 42,25 4,856 45,83 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

11/12/10 a 17/12/10 1,229 42,25 4,856 45,83 0,071 97,76 0,069 97,73 0,000 100,00<br />

18/12/10 a 24/12/10 1,229 42,25 4,856 45,83 0,250 92,10 0,150 95,07 0,000 100,00<br />

25/12/10 a 31/12/10 1,229 42,25 4,856 45,83 0,470 85,15 0,790 74,02 0,480 91,61<br />

01/01/11 a 07/01/11 1,438 32,42 4,856 45,83 0,470 85,15 0,790 74,02 0,910 84,10<br />

08/01/11 a 14/01/11 1,418 33,36 4,856 45,83 0,470 85,15 0,790 74,02 0,950 83,40<br />

15/01/11 a 21/01/11 1,413 33,60 4,856 45,83 0,470 85,15 0,790 74,02 0,950 83,40<br />

22/01/11 a 28/01/11 1,413 33,60 4,856 45,83 0,470 85,15 0,790 74,02 0,950 83,40<br />

29/01/11 a 04/02/11 1,413 33,60 4,856 45,83 0,470 85,15 0,790 74,02 0,950 83,40<br />

05/02/11 a 11/02/11 1,413 33,60 4,856 45,83 0,470 85,15 0,790 74,02 0,060 98,95<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,681 68,00 4,856 45,83 0,470 85,15 0,790 74,02 0,060 98,95<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,600 71,80 4,856 45,83 0,470 85,15 0,790 74,02 0,000 100,00<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,511 75,99 4,389 51,04 0,470 85,15 0,290 90,46 0,000 100,00<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,462 78,29 3,896 56,54 0,410 87,05 0,290 90,46 0,000 100,00<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,409 80,78 3,452 61,49 0,310 90,21 0,290 90,46 0,000 100,00<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,338 84,12 2,851 68,20 0,200 93,68 0,010 99,67 0,000 100,00<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,272 87,22 2,295 74,40 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,211 90,08 1,784 80,10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,126 94,08 1,067 88,10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,060 97,18 0,511 94,30 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,043 97,98 0,359 96,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

30/04/10 a 06/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

134 / 150


Tabela II.5 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos aproveitamentos da bacia do rio<br />

Paraná (trecho do rio Tietê) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

Barra Bonita<br />

TR=20 anos<br />

Período<br />

Úmido +<br />

Seco + Normal Normal<br />

Normal<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU<br />

07/05/11 a 13/05/11 0,090 96,49 0,080 96,88 0,280 89,09 0,250 90,26<br />

14/05/11 a 20/05/11 0,090 96,49 0,080 96,88 0,280 89,09 0,250 90,26<br />

21/05/11 a 27/05/11 0,090 96,49 0,080 96,88 0,280 89,09 0,250 90,26<br />

28/05/11 a 03/06/11 0,090 96,49 0,080 96,88 0,230 91,04 0,250 90,26<br />

04/06/11 a 10/06/11 0,060 97,66 0,030 98,83 0,180 92,99 0,200 92,21<br />

11/06/11 a 17/06/11 0,050 98,05 0,030 98,83 0,150 94,15 0,170 93,37<br />

18/06/11 a 24/06/11 0,030 98,83 0,030 98,83 0,080 96,88 0,130 94,93<br />

25/06/11 a 01/07/11 0,010 99,61 0,010 99,61 0,050 98,05 0,060 97,66<br />

02/07/11 a 08/07/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,040 98,44<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

135 / 150


Tabela II.6 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos aproveitamentos da bacia do rio<br />

Paraná (trecho do rio Paranapanema) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

Período<br />

Jurumirim Chavantes<br />

TR=50 anos TR=50 anos<br />

km³ %VU km³ %VU<br />

07/05/11 a 13/05/11 0,250 92,10 0,290 90,46<br />

14/05/11 a 20/05/11 0,340 89,26 0,290 90,46<br />

21/05/11 a 27/05/11 0,430 86,41 0,290 90,46<br />

28/05/11 a 03/06/11 0,430 86,41 0,350 88,49<br />

04/06/11 a 10/06/11 0,430 86,41 0,350 88,49<br />

11/06/11 a 17/06/11 0,390 87,68 0,350 88,49<br />

18/06/11 a 24/06/11 0,390 87,68 0,350 88,49<br />

25/06/11 a 01/07/11 0,153 95,17 0,147 95,17<br />

02/07/11 a 08/07/11 0,153 95,17 0,147 95,17<br />

09/07/11 a 15/07/11 0,153 95,17 0,147 95,17<br />

16/07/11 a 22/07/11 0,153 95,17 0,147 95,17<br />

23/07/11 a 29/07/11 0,153 95,17 0,147 95,17<br />

30/07/11 a 05/08/11 0,153 95,17 0,147 95,17<br />

06/08/11 a 12/08/11 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

13/08/11 a 19/08/11 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

20/08/11 a 26/08/11 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

27/08/11 a 02/09/11 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

03/09/11 a 09/09/11 0,056 98,23 0,054 98,22<br />

10/09/11 a 16/09/11 0,056 98,23 0,054 98,22<br />

17/09/11 a 23/09/11 0,056 98,23 0,054 98,22<br />

24/09/11 a 30/09/11 0,270 91,47 0,260 91,45<br />

01/10/11 a 07/10/11 0,270 91,47 0,260 91,45<br />

08/10/11 a 1410/11 0,270 91,47 0,260 91,45<br />

15/10/11 a 21/10/11 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

22/10/11 a 28/10/11 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

136 / 150


Tabela II.7 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos aproveitamentos da bacia do rio<br />

Paraná - sistema <strong>de</strong> reservatórios Camargos-Funil - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>.<br />

Camargos<br />

TR=15 anos<br />

Período<br />

Úmido +<br />

Seco + Normal Normal<br />

Normal<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,280 58,33 0,280 58,33 0,350 47,92 0,290 56,85<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,280 58,33 0,290 56,85 0,370 44,94 0,350 47,92<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,320 52,38 0,310 53,87 0,370 44,94 0,350 47,92<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,330 50,89 0,310 53,87 0,370 44,94 0,350 47,92<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,350 47,92 0,350 47,92 0,370 44,94 0,370 44,94<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,370 44,94 0,370 44,94 0,370 44,94 0,370 44,94<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,370 44,94 0,370 44,94 0,370 44,94 0,370 44,94<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,370 44,94 0,370 44,94 0,370 44,94 0,370 44,94<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,370 44,94 0,370 44,94 0,370 44,94 0,370 44,94<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,360 46,43 0,370 44,94 0,370 44,94 0,370 44,94<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,340 49,40 0,370 44,94 0,370 44,94 0,370 44,94<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,320 52,38 0,370 44,94 0,370 44,94 0,370 44,94<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,280 58,33 0,350 47,92 0,370 44,94 0,370 44,94<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,250 62,80 0,350 47,92 0,370 44,94 0,370 44,94<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,250 62,80 0,320 52,38 0,370 44,94 0,370 44,94<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,230 65,77 0,310 53,87 0,370 44,94 0,370 44,94<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,190 71,73 0,260 61,31 0,370 44,94 0,360 46,43<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,170 74,70 0,250 62,80 0,370 44,94 0,360 46,43<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,140 79,17 0,210 68,75 0,370 44,94 0,350 47,92<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,110 83,63 0,150 77,68 0,300 55,36 0,330 50,89<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,030 95,54 0,000 100,00 0,300 55,36 0,290 56,85<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,010 98,51 0,000 100,00 0,250 62,80 0,230 65,77<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,180 73,21 0,170 74,70<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,020 97,02 0,020 97,02<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

137 / 150


Tabela II.8 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos aproveitamentos da bacia do rio<br />

Paraná - sistema <strong>de</strong> reservatórios Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>.<br />

Cacon<strong>de</strong><br />

TR=20 anos<br />

Período<br />

Úmido +<br />

Seco + Normal Normal<br />

Normal<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,030 94,05 0,050 90,08 0,000 100,00 0,030 94,05<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,040 92,06 0,060 88,10 0,050 90,08 0,060 88,10<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,040 92,06 0,060 88,10 0,050 90,08 0,060 88,10<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,040 92,06 0,060 88,10 0,050 90,08 0,060 88,10<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,060 88,10 0,070 86,11 0,080 84,13 0,060 88,10<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,060 88,10 0,070 86,11 0,070 86,11 0,060 88,10<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,050 90,08 0,070 86,11 0,070 86,11 0,060 88,10<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,050 90,08 0,060 88,10 0,060 88,10 0,050 90,08<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,050 90,08 0,060 88,10 0,060 88,10 0,050 90,08<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,040 92,06 0,050 90,08 0,060 88,10 0,050 90,08<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,040 92,06 0,050 90,08 0,050 90,08 0,040 92,06<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,040 92,06 0,050 90,08 0,050 90,08 0,040 92,06<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,030 94,05 0,040 92,06 0,050 90,08 0,040 92,06<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,030 94,05 0,040 92,06 0,040 92,06 0,030 94,05<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,030 94,05 0,040 92,06 0,040 92,06 0,030 94,05<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,030 94,05 0,030 94,05 0,030 94,05 0,030 94,05<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,020 96,03 0,030 94,05 0,030 94,05 0,020 96,03<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,020 96,03 0,030 94,05 0,030 94,05 0,020 96,03<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,020 96,03 0,020 96,03 0,020 96,03 0,020 96,03<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,010 98,02 0,020 96,03 0,020 96,03 0,010 98,02<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,010 98,02 0,010 98,02 0,010 98,02 0,010 98,02<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,010 98,02 0,010 98,02 0,010 98,02 0,010 98,02<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

138 / 150


Tabela II.9 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos aproveitamentos da bacia do rio<br />

Paraíba do Sul - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

Santa Branca Funil<br />

Período TR=100 anos TR=56 anos<br />

km³ %VU km³ %VU<br />

30/10/10 a 05/10/10 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

06/10/10 a 12/10/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

13/10/10 a 19/10/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

20/10/10 a 26/10/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

27/10/10 a 03/12/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,017 94,48 0,154 74,59<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,014 95,58 0,123 79,67<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,010 96,69 0,092 84,75<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,007 97,79 0,062 89,83<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,003 98,90 0,031 94,92<br />

30/04/11 a 06/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

139 / 150


Tabela II.10 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos aproveitamentos da bacia do rio São Francisco -<br />

<strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

Três Marias Queimado Sobradinho Itaparica<br />

Período TR = 50 anos TR = 10 anos TR = 17 anos TR = 18 anos<br />

km³ %VU km³ %VU km³ %VU km³ %VU<br />

25/09/10 a 01/10/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

02/10/10 a 08/10/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

09/10/10 a 15/10/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

16/10/10 a 22/10/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

23/10/10 a 29/10/10 0,000 100,00 0,000 100,00 0,159 99,45 0,341 90,39<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,460 96,99 0,010 97,43 3,306 88,47 0,564 84,10<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,670 95,61 0,070 82,03 5,508 80,79 0,752 78,80<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,840 94,50 0,100 74,32 6,234 78,26 0,926 73,90<br />

20/11/10 a 26/11/10 1,880 87,69 0,100 74,32 6,244 78,22 1,096 69,11<br />

27/11/10 a 03/12/10 3,110 79,64 0,110 71,76 6,244 78,22 1,423 59,89<br />

04/12/10 a 10/12/10 4,070 73,36 0,120 69,19 6,244 78,22 1,423 59,89<br />

11/12/10 a 17/12/10 4,020 73,69 0,120 69,19 6,365 77,80 1,423 59,89<br />

18/12/10 a 24/12/10 3,830 74,93 0,110 71,76 6,365 77,80 1,423 59,89<br />

25/12/10 a 31/12/10 3,400 77,75 0,110 71,76 6,365 77,80 1,423 59,89<br />

01/01/11 a 07/01/11 3,270 78,60 0,100 74,32 6,365 77,80 1,423 59,89<br />

08/01/11 a 14/01/11 3,040 80,10 0,100 74,32 6,365 77,80 1,423 59,89<br />

15/01/11 a 21/01/11 2,730 82,13 0,090 76,89 6,365 77,80 1,485 58,15<br />

22/01/11 a 28/01/11 2,530 83,44 0,090 76,89 6,365 77,80 1,534 56,76<br />

29/01/11 a 04/02/11 2,300 84,95 0,080 79,46 6,365 77,80 1,583 55,37<br />

05/02/11 a 11/02/11 1,970 87,11 0,080 79,46 6,365 77,80 1,633 53,99<br />

12/02/11 a 18/02/11 1,620 89,40 0,070 82,03 6,365 77,80 1,682 52,60<br />

19/02/11 a 25/02/11 1,390 90,90 0,070 82,03 6,365 77,80 1,731 51,22<br />

26/02/11 a 04/03/11 1,280 91,62 0,060 84,59 6,365 77,80 1,780 49,83<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,930 93,91 0,060 84,59 6,365 77,80 1,703 51,99<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,710 95,35 0,050 87,16 6,274 78,12 1,627 54,15<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,450 97,05 0,050 87,16 6,130 78,62 1,550 56,31<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,170 98,89 0,040 89,73 5,510 80,78 1,390 60,82<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,000 100,00 0,040 89,73 5,090 82,25 0,810 77,17<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,000 100,00 0,030 92,30 4,960 82,70 0,790 77,73<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,000 100,00 0,030 92,30 4,960 82,70 0,230 93,52<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,000 100,00 0,020 94,86 4,960 82,70 0,203 94,28<br />

30/04/11 a 06/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00 4,960 82,70 0,035 99,01<br />

07/05/11 a 13/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00 4,215 85,30 0,035 99,01<br />

14/05/11 a 20/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00 1,520 94,70 0,020 99,44<br />

21/05/11 a 27/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,230 99,20 0,000 100,00<br />

28/05/11 a 03/06/11 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

abacate<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

140 / 150


Tabela II.11 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos aproveitamentos da bacia do rio<br />

Parnaíba e Jequitinhonha - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

Boa Esperança<br />

Irapé<br />

Período TR=36 anos TR=50 anos<br />

km³ %VU km³ %VU<br />

25/09/10 a 01/10/10 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

02/10/10 a 08/10/10 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

09/10/10 a 15/10/10 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

16/10/10 a 22/10/10 0,000 100,00 0,180 95,12<br />

23/10/10 a 29/10/10 0,000 100,00 0,220 94,04<br />

30/10/10 a 05/11/10 0,000 100,00 0,220 94,04<br />

06/11/10 a 12/11/10 0,000 100,00 0,220 94,04<br />

13/11/10 a 19/11/10 0,050 97,38 0,220 94,04<br />

20/11/10 a 26/11/10 0,440 76,99 0,290 92,14<br />

27/11/10 a 03/12/10 0,550 71,23 0,340 90,78<br />

04/12/10 a 10/12/10 0,550 71,23 0,450 87,80<br />

11/12/10 a 17/12/10 0,560 70,71 0,460 87,53<br />

18/12/10 a 24/12/10 0,680 64,44 0,430 88,34<br />

25/12/10 a 31/12/10 0,680 64,44 0,420 88,61<br />

01/01/11 a 07/01/11 0,680 64,44 0,390 89,43<br />

08/01/11 a 14/01/11 0,680 64,44 0,380 89,70<br />

15/01/11 a 21/01/11 0,680 64,44 0,360 90,24<br />

22/01/11 a 28/01/11 0,680 64,44 0,360 90,24<br />

29/01/11 a 04/02/11 0,680 64,44 0,320 91,33<br />

05/02/11 a 11/02/11 0,680 64,44 0,310 91,60<br />

12/02/11 a 18/02/11 0,680 64,44 0,300 91,87<br />

19/02/11 a 25/02/11 0,680 64,44 0,240 93,49<br />

26/02/11 a 04/03/11 0,680 64,44 0,240 93,49<br />

05/03/11 a 11/03/11 0,680 64,44 0,190 94,85<br />

12/03/11 a 18/03/11 0,680 64,44 0,190 94,85<br />

19/03/11 a 25/03/11 0,680 64,44 0,170 95,39<br />

26/03/11 a 01/04/11 0,680 64,44 0,150 95,93<br />

02/04/11 a 08/04/11 0,680 64,44 0,120 96,75<br />

09/04/11 a 15/04/11 0,680 64,44 0,000 100,00<br />

16/04/11 a 22/04/11 0,670 64,96 0,000 100,00<br />

23/04/11 a 29/04/11 0,630 67,05 0,000 100,00<br />

30/04/11 a 06/05/11 0,540 71,76 0,000 100,00<br />

07/05/11 a 13/05/11 0,530 72,28 0,000 100,00<br />

14/05/11 a 20/05/11 0,120 93,72 0,000 100,00<br />

21/05/11 a 27/05/11 0,000 100,00 0,000 100,00<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

141 / 150


Tabela II.12 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos aproveitamentos da bacia do Iguaçu<br />

- <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

VE Salto Santiago (TR 250 anos)<br />

Período<br />

Úmido Normal e Seco In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

(hm³) % VU (hm³) % VU (hm³) % VU<br />

30/04/<strong>2011</strong> a 06/05/<strong>2011</strong> 0 100 0 100 0 100<br />

07/05/<strong>2011</strong> a 13/05/<strong>2011</strong> 0 100 0 100 0 100<br />

14/05/<strong>2011</strong> a 20/04/<strong>2011</strong> 0 100 0 100 0 100<br />

21/05/<strong>2011</strong> a 26/05/<strong>2011</strong> 0,090 97,86 0 100 0,100 97,57<br />

27/05/<strong>2011</strong> a 03/06/<strong>2011</strong> 0,120 97,08 0 100 0,090 97,86<br />

04/06/<strong>2011</strong> a 10/06/<strong>2011</strong> 0,080 98,05 0 100 0,090 97,86<br />

11/06/<strong>2011</strong> a 17/06/<strong>2011</strong> 0,080 98,05 0 100 0,090 97,86<br />

18/06/<strong>2011</strong> a 24/06/<strong>2011</strong> 0,080 98,05 0 100 0,090 97,86<br />

2506/<strong>2011</strong> a 01/07/<strong>2011</strong> 0,080 98,05 0 100 0,090 97,86<br />

02/07/<strong>2011</strong> a 08/07/<strong>2011</strong> 0,080 98,05 0 100 0,090 97,86<br />

09/07/<strong>2011</strong> a 15/07/<strong>2011</strong> 0,080 98,05 0 100 0,090 97,86<br />

16/07/<strong>2011</strong> a 22/07/<strong>2011</strong> 0,080 98,05 0 100 0,080 98,05<br />

23/07/<strong>2011</strong> a 29/07/<strong>2011</strong> 0 100 0 100 0 100<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

142 / 150


Tabela II.13 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> dos aproveitamentos da bacia do Jacuí<br />

- <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> - TR=12 anos (novembro a abril) e TR = 100 anos (ano todo)<br />

Período<br />

VE Passo Real<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte (hm³)<br />

VE Passo Real<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte (%VU)<br />

23/10/<strong>2010</strong> a 29/10/<strong>2010</strong> 0,340 89,83<br />

30/10/<strong>2010</strong> a 05/11/<strong>2010</strong> 0,340 89,83<br />

06/11/<strong>2010</strong> a 12/11/<strong>2010</strong> 0,340 89,83<br />

13/11/<strong>2010</strong> a 19/11/<strong>2010</strong> 0,340 89,83<br />

20/11/<strong>2010</strong> a 26/11/<strong>2010</strong> 0,340 89,83<br />

27/11/<strong>2010</strong> a 03/12/<strong>2010</strong> 0,340 89,83<br />

04/12/<strong>2010</strong> a 10/12/<strong>2010</strong> 0,340 89,83<br />

11/12/<strong>2010</strong> a 17/12/<strong>2010</strong> 0,340 89,83<br />

18/12/<strong>2010</strong> a 24/12/<strong>2010</strong> 0,340 89,83<br />

25/12/<strong>2010</strong> a 31/01/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

01/01/<strong>2011</strong> a 07/01/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

08/01/<strong>2011</strong> a 14/01/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

15/01/<strong>2011</strong> a 21/01/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

22/01/<strong>2011</strong> a 28/01/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

29/01/<strong>2011</strong> a 04/02/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

05/02/<strong>2011</strong> a 11/02/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

12/02/<strong>2011</strong> a 18/02/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

19/02/<strong>2011</strong> a 26/02/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

26/02/<strong>2011</strong> a 04/03/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

05/03/<strong>2011</strong> a 11/03/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

12/03/<strong>2011</strong> a 18/03/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

19/03/<strong>2011</strong> a 25/03/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

26/03/<strong>2011</strong> a 01/04/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

02/04/<strong>2011</strong> a 08/04/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

09/04/<strong>2011</strong> a 16/04/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

16/04/<strong>2011</strong> a 22/04/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

23/04/<strong>2011</strong> a 29/04/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

30/04/<strong>2011</strong> a 06/05/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

07/05/<strong>2011</strong> a 13/05/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

14/05/<strong>2011</strong> a 20/05/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

21/05/<strong>2011</strong> a 27/05/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

28/05/<strong>2011</strong> a 03/06/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

04/06/<strong>2011</strong> a 10/06/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

11/06/<strong>2011</strong> a 17/06/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

18/06/<strong>2011</strong> a 24/06/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

25/06/<strong>2011</strong> a 01/07/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

02/07/<strong>2011</strong> a 08/07/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

09/07/<strong>2011</strong> a 15/07/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

16/07/<strong>2011</strong> a 22/07/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

23/07/<strong>2011</strong> a 29/07/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

30/07/<strong>2011</strong> a 05/08/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

06/08/<strong>2011</strong> a 12/08/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

13/08/<strong>2011</strong> a 19/08/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

20/08/<strong>2011</strong> a 26/08/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

27/08/<strong>2011</strong> a 02/09/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

03/09/<strong>2011</strong> a 09/09/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

10/09/<strong>2011</strong> a 16/09/<strong>2011</strong> 0,350 89,53<br />

17/09/<strong>2011</strong> a 23/09/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

24/09/<strong>2011</strong> a 31/10/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

01/10/<strong>2011</strong> a 07/10/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

143 / 150


08/10/<strong>2011</strong> a 14/10/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

15/10/<strong>2011</strong> a 21/10/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

22/10/<strong>2011</strong> a 28/10/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

29/10/<strong>2011</strong> a 04/11/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

05/11/<strong>2011</strong> a 11/11/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

12/11/<strong>2011</strong> a 18/11/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

19/11/<strong>2011</strong> a 25/11/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

26/11/<strong>2011</strong> a 02/12/<strong>2011</strong> 0,340 89,83<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

144 / 150


Lista <strong>de</strong> figuras, quadros e tabelas<br />

Figuras<br />

Figura 1 Localização dos aproveitamentos hidrelétricos da<br />

bacia do rio Paraná 15<br />

Figura 2 Diagrama esquemático do sistema <strong>de</strong><br />

aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio<br />

Paraná até Porto São José. 18<br />

Figura 3 Furnas: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong><br />

espera para os quatro cenários hidrológicos 43<br />

Figura 4 Mascarenhas <strong>de</strong> Moraes: evolução temporal dos<br />

volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários<br />

hidrológicos 43<br />

Figura 5 Marimbondo: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong><br />

espera para os quatro cenários hidrológicos 44<br />

Figura 6 Água Vermelha: evolução temporal dos volumes<br />

<strong>de</strong> espera para os quatro cenários hidrológicos 44<br />

Figura 7 Emborcação: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong><br />

espera para os quatro cenários hidrológicos 45<br />

Figura 8 Nova Ponte: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong><br />

espera para os quatro cenários hidrológicos 45<br />

Figura 9 Itumbiara: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong><br />

espera para os quatro cenários hidrológicos 46<br />

Figura 10 São Simão: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong><br />

espera para os quatro cenários hidrológicos 46<br />

Figura 11 Barra Bonita: evolução temporal dos volumes<br />

<strong>de</strong> espera para os quatro cenários hidrológicos 47<br />

Figura 12 Promissão: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong><br />

espera para os quatro cenários hidrológicos 47<br />

Figura 13 Ilha Solteira Equivalente: evolução temporal<br />

dos volumes <strong>de</strong> espera para os quatro cenários<br />

hidrológicos 48<br />

Figura 14 Jurumirim: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong><br />

espera para o cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte 48<br />

Figura 15 Chavantes: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong><br />

espera para o cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte 49<br />

Figura 16 Capivara: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong><br />

espera para os quatro cenários hidrológicos 49<br />

Figura 17 Representação esquemática do Sistema<br />

Camargos-Funil 50<br />

Figura 18 Camargos: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong><br />

espera para os quatro cenários hidrológicos 52<br />

Figura 19 Representação esquemática do Sistema<br />

Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro 53<br />

Figura 20 Cacon<strong>de</strong>: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong><br />

espera – Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte 54<br />

Figura 22 Localização dos aproveitamentos da bacia do<br />

rio Paraíba do Sul 57<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

145 / 150


Figura 23 Perfil da bacia do rio Paraíba do Sul no trecho<br />

dos aproveitamentos hidrelétricos 57<br />

Figura 24 Diagrama esquemático do sistema <strong>de</strong><br />

aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio<br />

Paraíba do Sul 58<br />

Figura 25 Localização dos aproveitamentos hidrelétricos<br />

da bacia do rio São Francisco (Fonte: ANA) 65<br />

Figura 26 Bacia do rio São Francisco - divisão por<br />

trechos 66<br />

Figura 27 Diagrama esquemático dos aproveitamentos<br />

hidrelétricos da bacia do rio São Francisco 68<br />

Figura 28 Diagrama esquemático com a indicação do<br />

aproveitamento hidrelétrico <strong>de</strong> Boa Esperança e<br />

das restrições operativas na bacia do rio Parnaíba 74<br />

Figura 29 Diagrama esquemático do sistema <strong>de</strong><br />

aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio<br />

Jequitinhonha 79<br />

Figura 30 Localização dos aproveitamentos hidrelétricos<br />

da bacia do rio Iguaçu e perfil com divisão <strong>de</strong><br />

quedas 83<br />

Figura 31 Diagrama esquemático do sistema <strong>de</strong><br />

aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio<br />

Iguaçu 84<br />

Figura 32 Salto Santiago: evolução temporal dos<br />

volumes <strong>de</strong> espera para os cenários hidrológicos 91<br />

Figura 33 Perfil com divisão <strong>de</strong> quedas dos<br />

aproveitamentos hidrelétricos da bacia do rio<br />

Jacuí 92<br />

Figura 34 Diagrama esquemático do sistema <strong>de</strong><br />

aproveitamentos da bacia do rio Jacuí 93<br />

Figura 35 Passo Real: evolução temporal dos volumes <strong>de</strong><br />

espera para as duas restrições hidráulicas 97<br />

Figura 9.1-a Energia armazenável máxima com volume<br />

<strong>de</strong> espera SE/CO (%EARm) 98<br />

Figura 9.1-b Energia armazenável máxima com volume<br />

<strong>de</strong> espera Sul (%EARmax) 99<br />

Figura 9.1-c Energia armazenável máxima com volume<br />

<strong>de</strong> espera Nor<strong>de</strong>ste (%EARmax) 99<br />

Figura 9.2 Valor esperado dos custos totais <strong>de</strong> operação<br />

e <strong>de</strong>svios padrões associados (10 6 R$) 101<br />

Figura I.1 Curva Volume x Duração 113<br />

Figura I.2 Obtenção da Curva Volume x Duração<br />

associada a probabilida<strong>de</strong> fixa p <strong>de</strong> emergência 114<br />

Figura I.3 Alocação variável <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> espera 116<br />

Figura I.4 Evolução do volume <strong>de</strong> espera para o i-ésimo<br />

ano 119<br />

Figura I.5 Definição da envoltória das trajetórias críticas 119<br />

Figura I.6 Sistema <strong>de</strong> dois reservatórios com restrições<br />

<strong>de</strong> vazão máxima 121<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

146 / 150


Figura I.7 Regiões viáveis e inviáveis para os espaços<br />

vazios num <strong>de</strong>terminado dia 122<br />

Quadros<br />

Quadro 1 Restrições operativas consi<strong>de</strong>radas para<br />

controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> e dados <strong>de</strong> usinas 8<br />

Quadro 2 Principais características dos aproveitamentos<br />

da bacia do rio Paraná até Porto São José 16<br />

Quadro 3 Séries <strong>de</strong> vazões naturais utilizadas 21<br />

Quadro 4 Séries <strong>de</strong> vazões naturais incrementais<br />

adotadas 22<br />

Quadro 5 Séries hidrológicas incrementais adotadas nos<br />

estudos dos sistemas 22<br />

Quadro 6 Classificação das estações chuvosas segundo<br />

o fenômeno ENSO 26<br />

Quadro 7 Média das vazões máximas mensais no período<br />

<strong>de</strong>zembro/abril e Índice <strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> cheia 34<br />

Quadro 8 Principais características dos aproveitamentos<br />

da bacia do rio Paraíba do Sul 59<br />

Quadro 9 Séries <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias na<br />

bacia do rio Paraíba do Sul 60<br />

Quadro 10 Armazenamentos no início das estações<br />

chuvosas 61<br />

Quadro 11 Volumes <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> Santa Branca (km³)<br />

para a restrição condicionada <strong>de</strong> 300 m³/s 62<br />

Quadro 12 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) <strong>de</strong> Funil para a<br />

restrição <strong>de</strong> 700 m³/s 63<br />

Quadro 13 Principais características dos<br />

aproveitamentos da bacia do rio São Francisco 67<br />

Quadro 14 Séries <strong>de</strong> vazões naturais médias diárias<br />

disponíveis na bacia do rio São Francisco 69<br />

Quadro 15 Séries hidrológicas incrementais adotadas 69<br />

Quadro 16 Principais características do reservatório <strong>de</strong><br />

Boa Esperança 74<br />

Quadro 17 Restrição local - bacia do rio Parnaíba 75<br />

Quadro 18 Principais características <strong>de</strong> Irapé 80<br />

Quadro 19 Restrição local - bacia do rio Jequitinhonha 80<br />

Quadro 18 Principais características dos<br />

aproveitamentos da bacia do rio Iguaçu 84<br />

Quadro 19 Classificação das estações chuvosas<br />

segundo o fenômeno ENSO - Bacia do rio Iguaçu 89<br />

Quadro 21 Principais características dos<br />

aproveitamentos da bacia do rio Jacuí 93<br />

Quadro 9.1 Valor esperado do custo total <strong>de</strong> operação<br />

(10 6 R$) 100<br />

Quadro 9.2 Geração térmica média <strong>anual</strong> (MWmed) 102<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

147 / 150


Quadro 9.2 Geração térmica média <strong>anual</strong> (MWmed) –<br />

continução 103<br />

Tabelas<br />

Tabela 1 Volumes <strong>de</strong> espera nos sistemas <strong>de</strong> reservatórios<br />

a montante das restrições (km³) - Cenário<br />

Seco+Normal 30<br />

Tabela 2 Volumes <strong>de</strong> espera nos sistemas <strong>de</strong> reservatórios<br />

a montante das restrições (km³) - Cenário Normal 31<br />

Tabela 3 Volumes <strong>de</strong> espera nos sistemas <strong>de</strong> reservatórios<br />

a montante das restrições (km³) - Cenário Úmido<br />

+ Normal 32<br />

Tabela 4 Volumes <strong>de</strong> espera nos sistemas <strong>de</strong> reservatórios<br />

a montante das restrições (km³) - Cenário<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte 33<br />

Tabela 5 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para os reservatórios da<br />

bacia do rio Paranapanema (período <strong>anual</strong>) e<br />

Barra Bonita (até o mês <strong>de</strong> junho) 36<br />

Tabela 6 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para os reservatórios da<br />

bacia do rio Paranapanema e Barra Bonita<br />

consi<strong>de</strong>rados nos estudos para cálculo <strong>de</strong><br />

volumes <strong>de</strong> espera do Sistema <strong>de</strong> Reservatórios<br />

da bacia do rio Paraná até Porto São José 37<br />

Tabela 7 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para os reservatórios da<br />

bacia do rio Paraná até Porto São José com<br />

operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> - Cenário Seco +<br />

Normal (integrado ao Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no<br />

caso dos reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes) 39<br />

Tabela 8 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para os reservatórios da<br />

bacia do rio Paraná até Porto São José com<br />

operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> - Cenário Normal<br />

(integrado ao Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos<br />

reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes) 40<br />

Tabela 9 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para os reservatórios da<br />

bacia do rio Paraná até Porto São José com<br />

operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> - Cenário Úmido<br />

+ Normal (integrado ao Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no<br />

caso dos reservatórios <strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes) 41<br />

Tabela 10 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para os reservatórios<br />

da bacia do rio Paraná até Porto São José com<br />

operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> - Cenário<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte 42<br />

Tabela 11 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para o reservatório<br />

<strong>de</strong> Camargos com operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

até Funil 51<br />

Tabela 12 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para o reservatório<br />

<strong>de</strong> Cacon<strong>de</strong> com operação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

até Limoeiro 53<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

148 / 150


Tabela 13 Volumes <strong>de</strong> espera nos reservatórios da bacia<br />

do rio Paraíba do Sul 64<br />

Tabela 14 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) para a bacia do rio<br />

São Francisco – Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. 72<br />

Tabela 15 Volumes <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> Três Marias para anos<br />

<strong>de</strong> baixa hidraulicida<strong>de</strong> 73<br />

Tabela 16 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) <strong>de</strong> Boa Esperança 77<br />

Tabela 17 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) <strong>de</strong> Boa Esperança<br />

para anos <strong>de</strong> baixa hidraulicida<strong>de</strong> 78<br />

Tabela 18 Volumes <strong>de</strong> espera (km³) Irapé 81<br />

Tabela 19 Volumes <strong>de</strong> espera (km 3 ) para Salto Santiago –<br />

Cenários Úmido e In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte 91<br />

Tabela 20 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> em<br />

Passo Real – caso 1 – período novembro a abril –<br />

TR = 14 anos 95<br />

Tabela II.1 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho<br />

até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento<br />

<strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>. Cenário Normal (integrado ao Cenário<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios <strong>de</strong><br />

Jurumirim e Chavantes) 127<br />

Tabela II.1 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho<br />

até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento<br />

<strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>. Cenário Normal (integrado ao Cenário<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios <strong>de</strong><br />

Jurumirim e Chavantes)– CONTINUAÇÃO 128<br />

Tabela II.2 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho<br />

até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento<br />

<strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>. Cenário Úmido + Normal (integrado ao<br />

Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios<br />

<strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes) 129<br />

Tabela II.2 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho<br />

até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento<br />

<strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>. Cenário Úmido + Normal (integrado ao<br />

Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios<br />

<strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes) – CONTINUAÇÃO 130<br />

Tabela II.3 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho<br />

até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento<br />

<strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>. Cenário Seco + Normal (integrado ao<br />

Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios<br />

<strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes) 131<br />

Tabela II.3 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho<br />

até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento<br />

<strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>. Cenário Seco + Normal (integrado ao<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

149 / 150


Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte no caso dos reservatórios<br />

<strong>de</strong> Jurumirim e Chavantes) – CONTINUAÇÃO 132<br />

Tabela II.4 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho<br />

até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento<br />

<strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>. Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte 133<br />

Tabela II.4 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos reservatórios da bacia do rio Paraná (trecho<br />

até Porto São José) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento<br />

<strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>. Cenário In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte -<br />

CONTINUAÇÃO 134<br />

Tabela II.5 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos aproveitamentos da bacia do rio Paraná<br />

(trecho do rio Tietê) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento<br />

<strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 135<br />

Tabela II.6 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos aproveitamentos da bacia do rio Paraná<br />

(trecho do rio Paranapanema) - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong><br />

planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 136<br />

Tabela II.7 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos aproveitamentos da bacia do rio Paraná -<br />

sistema <strong>de</strong> reservatórios Camargos-Funil - <strong>ciclo</strong><br />

<strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>. 137<br />

Tabela II.8 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos aproveitamentos da bacia do rio Paraná -<br />

sistema <strong>de</strong> reservatórios Cacon<strong>de</strong>-Limoeiro - <strong>ciclo</strong><br />

<strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong>. 138<br />

Tabela II.9 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos aproveitamentos da bacia do rio Paraíba do<br />

Sul - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 139<br />

Tabela II.10 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos aproveitamentos da bacia do rio São<br />

Francisco - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 140<br />

Tabela II.11 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos aproveitamentos da bacia do rio Parnaíba e<br />

Jequitinhonha - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 141<br />

Tabela II.12 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos aproveitamentos da bacia do Iguaçu - <strong>ciclo</strong> <strong>de</strong><br />

planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> 142<br />

Tabela II.13 Volumes <strong>de</strong> espera para controle <strong>de</strong> <strong>cheias</strong><br />

dos aproveitamentos da bacia do Jacuí - <strong>ciclo</strong><br />

<strong>de</strong> planejamento <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong> - TR=14 anos<br />

(novembro a abril) e TR = 62 anos (ano todo) 143<br />

<strong>ONS</strong> RE 3/158/<strong>2010</strong> Plano <strong>anual</strong> <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> <strong>cheias</strong> <strong>ciclo</strong> <strong>2010</strong>/<strong>2011</strong><br />

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