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Lições de liderança - ONS

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89<br />

Ano VIII | Fevereiro 2006<br />

Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico<br />

4<br />

Lições <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />

Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Gerencial inicia com incentivo à<br />

leitura e palestra sobre gestão<br />

Amiza<strong>de</strong><br />

Pesquisa<br />

6<br />

7


EDITORIAL<br />

Um visitante discreto<br />

Informativo do Operador<br />

Nacional do Sistema Elétrico<br />

Escritório Central<br />

Rua da Quitanda, 196<br />

Centro • Rio <strong>de</strong> Janeiro • RJ<br />

20.091-005<br />

Telefone (21) 2203-9400<br />

Fax (21) 2203-9444<br />

www.ons.org.br<br />

Edição<br />

Assessoria <strong>de</strong><br />

Comunicação e Marketing<br />

Comissão Editorial<br />

Cláudio Carneiro<br />

Roberto Gomes<br />

Tristão Araripe<br />

Fotos<br />

Reynaldo Dias e arquivo<br />

Coor<strong>de</strong>nação Editorial<br />

Expressiva<br />

Comunicação e Educação<br />

(21) 2578-3148<br />

www.expressivaonline.com.br<br />

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pauta ou proposta <strong>de</strong><br />

texto <strong>de</strong> matéria para:<br />

jornal@ons.org.br<br />

Na sexta-feira, 24 <strong>de</strong> fevereiro,<br />

quando em toda a cida<strong>de</strong> os tamborins já<br />

se aqueciam para o carnaval e o fluxo <strong>de</strong><br />

pessoas chegando ou saindo do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

superava a capacida<strong>de</strong> das vias públicas,<br />

o Operador Nacional recebeu um visitante<br />

ilustre e discreto.<br />

O ministro <strong>de</strong> Minas e Energia, Silas Ron<strong>de</strong>au<br />

Cavalcante Silva, chegou ao Escritório<br />

Central por volta das 10 horas da manhã,<br />

sendo recebido pelo diretor geral do<br />

<strong>ONS</strong>. Vale ressaltar que apenas uma vez em<br />

toda a história da organização um ministro<br />

<strong>de</strong> Estado já havia marcado presença na<br />

casa. Em maio <strong>de</strong> 2004, a então ministra<br />

Dilma Rousseff participou <strong>de</strong> uma reunião<br />

do Conselho <strong>de</strong> Administração realizada no<br />

Escritório Central, trazendo as orientações<br />

do Governo para a mudança <strong>de</strong> Diretoria<br />

que se realizava na ocasião.<br />

Desta vez, entretanto, a visita do ministro<br />

Silas teve um caráter eminentemente técnico.<br />

Em reunião com o diretor geral, inteirou-se<br />

sobre os estudos <strong>de</strong> atendimento<br />

energético em <strong>de</strong>senvolvimento pelo <strong>ONS</strong>,<br />

que serão submetidos ao CMSE. Conheceu<br />

ainda as ações preventivas adotadas<br />

pelo Operador e por seus agentes associados<br />

para reforçar ainda mais a segurança<br />

na operação do SIN durante o carnaval, as<br />

quais fizeram parte do Plano Verão (veja<br />

<strong>de</strong>talhes no Ligação nº 88).<br />

Com o embasamento <strong>de</strong> sua formação <strong>de</strong><br />

engenheiro eletricista, e com a experiência<br />

<strong>de</strong> quem, no início da década <strong>de</strong> 90, já<br />

presidiu o Comitê Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Operações<br />

do Norte e Nor<strong>de</strong>ste (CCON, um<br />

dos precursores do <strong>ONS</strong>), o ministro fez<br />

questão <strong>de</strong> conhecer <strong>de</strong> perto os processos<br />

da programação eletroenergética da operação<br />

do SIN.<br />

Na Gerência <strong>de</strong> Programação e Desligamentos,<br />

assistiu a uma apresentação sobre<br />

o PMO <strong>de</strong> março e foi informado sobre as<br />

condições <strong>de</strong> atendimento a Fortaleza enquanto<br />

a linha <strong>de</strong> transmissão 500 kV Teresina-Sobral<br />

permanecer fora <strong>de</strong> operação.<br />

Afastando-se das formalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seu<br />

cargo, visitou os postos <strong>de</strong> trabalho e conversou<br />

com os engenheiros sobre os <strong>de</strong>talhes<br />

e <strong>de</strong>safios da programação diária da<br />

operação. Saiu satisfeito com o que viu e<br />

ouviu. Encerrou a visita com um almoço<br />

com a Diretoria do Operador.<br />

É um momento importante para qualquer<br />

organização a visita <strong>de</strong> uma autorida<strong>de</strong> do<br />

nível <strong>de</strong> um ministro <strong>de</strong> Estado. Ainda mais<br />

para o Operador Nacional, em que a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> estreita articulação com as autorida<strong>de</strong>s<br />

do setor é tão gran<strong>de</strong> quanto o<br />

compromisso com os critérios técnicos estabelecidos<br />

nos Procedimentos <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>.<br />

Mais ainda, a cordialida<strong>de</strong> no relacionamento<br />

da mais alta autorida<strong>de</strong> do setor<br />

elétrico do país com a Diretoria do <strong>ONS</strong><br />

é uma sólida base para que a interação<br />

entre as duas instituições ocorra <strong>de</strong> maneira<br />

freqüente e sistemática, tendo sempre<br />

em vista a busca do melhor resultado<br />

para a socieda<strong>de</strong>.<br />

2<br />

Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico • Ligação 89 • Fevereiro 2006


ENDOMARKETING<br />

Viva as mulheres!<br />

As comemorações do Dia Internacional da Mulher começaram<br />

<strong>de</strong> véspera. No dia 7 <strong>de</strong> março, o grupo Sururu na Roda<br />

abriu alas para as mulheres do <strong>ONS</strong>.<br />

Nascido do encontro <strong>de</strong> jovens estudantes<br />

da escola <strong>de</strong> música da Uni-Rio –<br />

Nilze Carvalho (voz, bandolim e cavaquinho),<br />

Camila Costa (voz e violão) e Silvio<br />

Carvalho (voz, cavaquinho e percussão) –, o<br />

Sururu na Roda fechou a sua atual formação<br />

com a chegada <strong>de</strong> Fabiano Salek (voz e percussão).<br />

No show <strong>de</strong>dicado à doçura e à força<br />

feminina, realizado no Auditório do Escritório<br />

Central pela série Todos os Sons, o<br />

grupo <strong>de</strong>u uma interpretação muito própria<br />

e especial para antigos e novos sucessos do<br />

cancioneiro popular brasileiro, valorizando<br />

gêneros e estilos como xote, samba, choro e<br />

maxixe, presentes no seu segundo CD.<br />

Meninas-prodígio<br />

Nilze Carvalho foi flagrada pelo irmão mais<br />

velho tocando cavaquinho quando tinha<br />

apenas cinco anos. Aos sete, já havia se apresentado<br />

no 1º Festival <strong>de</strong> Choro do Teatro<br />

João Caetano, no Rio <strong>de</strong> Janeiro. Lançou vários<br />

discos, como: Choro <strong>de</strong> Menina (volumes<br />

1, 2, 3 e 4) e Chorinho <strong>de</strong> Ouro. Des<strong>de</strong><br />

os 15 anos, tocou e gravou em países como:<br />

Estados Unidos, Itália, França, Argentina,<br />

Japão, Suíça, Espanha, China e Austrália.<br />

Camila Costa estudou violão clássico e popular<br />

e está terminando o curso <strong>de</strong> licenciatura<br />

em música na Uni-Rio. Participou <strong>de</strong> vários<br />

festivais pelo Brasil, sendo premiada diversas<br />

vezes como revelação feminina. Participou,<br />

como convidada do compositor Walter Alfaiate,<br />

em Brasília, do projeto Gente do Samba<br />

2004. Em setembro <strong>de</strong> 2004, teve participação<br />

especial nos shows <strong>de</strong> lançamento do CD<br />

Partido ao Cubo <strong>de</strong> Nei Lopes.<br />

Da esq. para a dir: Fabiano<br />

Salek, Nilze Carvalho, Camila<br />

Costa e Silvio Carvalho.<br />

Além do Sururu na Roda,<br />

Nilze Carvalho toca,<br />

ainda, com o grupo Choro<br />

na Feira e com o violinista<br />

francês Nicolas Krassik. É<br />

formada em licenciatura<br />

em música pela Uni-Rio.<br />

Lançou seu primeiro CD<br />

solo, em junho <strong>de</strong> 2005.<br />

Em abril <strong>de</strong> 2005, Camila<br />

Costa lançou seu primeiro<br />

CD solo, com produção e<br />

arranjos <strong>de</strong> Ruy Quaresma<br />

e participação especial <strong>de</strong><br />

Fátima Gue<strong>de</strong>s.<br />

Informação combate o câncer <strong>de</strong> mama<br />

No dia 8 <strong>de</strong> março, as mulheres do Operador Nacional receberam um presente muito<br />

especial: uma linda sacola com uma canga e um folheto muito importante <strong>de</strong>ntro. O slogan<br />

“Prevenção ao Câncer <strong>de</strong> Mama – Invista sua energia neste projeto” marca o objetivo do <strong>ONS</strong><br />

com a iniciativa.<br />

Segundo dados da Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, cerca <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> mulheres, por ano,<br />

<strong>de</strong>scobre que está com câncer <strong>de</strong> mama. Mas, graças ao diagnóstico cada vez mais precoce<br />

e aos avanços da medicina, este tipo <strong>de</strong> câncer já é visto como um inimigo que po<strong>de</strong> ser<br />

vencido. Uma das principais armas para isso é a informação. O folheto traz as orientações do<br />

Dr. Henrique Alberto Pasqualette, diretor do Centro <strong>de</strong> Estudos e Pesquisas da Mulher, e se<br />

propõe a esclarecer e a ajudar na prevenção da doença, com informações sobre diagnóstico,<br />

tratamento e mitos criados sobre o tema.<br />

Fevereiro 2006 • Ligação 89 • Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico<br />

3


DESENVOLVIMENTO GERENCIAL<br />

J. C. Bemvenutti,<br />

que abriu o Programa<br />

Caise/2006 falando sobre<br />

relacionamento, li<strong>de</strong>rança,<br />

integração e disseminação<br />

do conhecimento,<br />

é um dos especialistas<br />

mais requisitados quando<br />

o tema é o fator humano<br />

nas empresas.<br />

Apren<strong>de</strong>r a apren<strong>de</strong>r<br />

No dia 20 <strong>de</strong> fevereiro, às 10h, os gestores do <strong>ONS</strong> tiveram um<br />

compromisso em comum. Foram todos convidados pela Diretoria a<br />

participar do evento <strong>de</strong> lançamento do projeto contínuo <strong>de</strong> incentivo<br />

à leitura, associado ao Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento Gerencial, e<br />

da logomarca da Biblioteca. A data foi marcada por uma instigante<br />

palestra <strong>de</strong> J. C. Bemvenutti, sobre O Gestor e o Aprendiz.<br />

Lições <strong>de</strong> Bemvenutti:<br />

“Quem acha que sabe tudo<br />

exclui o apren<strong>de</strong>r. Quem<br />

apren<strong>de</strong> embute o saber.”<br />

“Nossa tendência oci<strong>de</strong>ntal<br />

e técnica é rejeitar o que<br />

não enten<strong>de</strong>mos, aquilo<br />

que está fora do nosso<br />

círculo <strong>de</strong> saber. Temos<br />

muita dificulda<strong>de</strong> em fazer<br />

perguntas.”<br />

“Um gestor não ensina só<br />

tecnicamente, ele <strong>de</strong>ve<br />

levar em conta o que quer<br />

que sua equipe saiba, faça<br />

e sinta. O sentimento é<br />

tão, ou mais, importante<br />

que o conhecimento.”<br />

“As pessoas estão mais<br />

motivadas quando em<br />

harmonia com o ambiente.<br />

O gestor é um lubrificador<br />

do ambiente.”<br />

“A maior necessida<strong>de</strong><br />

do ser humano é a <strong>de</strong><br />

reconhecimento.”<br />

“Mais importante do que o<br />

que é ensinado, é o que é<br />

aprendido.”<br />

“As pessoas fazem as coisas<br />

por suas próprias razões e<br />

não pelas dos outros.”<br />

O Auditório do Escritório Central estava<br />

lotado. De Brasília, Florianópolis e Recife, as<br />

equipes do <strong>ONS</strong> podiam participar por vi<strong>de</strong>oconferência.<br />

O clima era <strong>de</strong> muita integração<br />

e expectativa. Afinal, todos os gerentes executivos<br />

foram convidados e, além dos gestores <strong>de</strong><br />

suas áreas, podiam também chamar mais dois<br />

integrantes <strong>de</strong> sua equipe. O convite fora assinado<br />

pelo diretor geral da organização, Hermes<br />

Chipp, que fez questão <strong>de</strong> apresentar o<br />

palestrante (foto ao lado). A Diretoria do Operador<br />

Nacional estava presente. Havia, então,<br />

uma pergunta no ar: o que, <strong>de</strong> tão importante,<br />

o professor J. C. Bemvenutti teria a dizer?<br />

Não foi preciso muito tempo para todos se darem<br />

conta <strong>de</strong> como os ensinamentos e questionamentos<br />

do professor Bemvenutti eram oportunos.<br />

De uma forma muito <strong>de</strong>scontraída, com<br />

exemplos práticos e consi<strong>de</strong>rações relevantes, o<br />

professor manteve a audiência atenta por mais<br />

<strong>de</strong> duas horas. “O gestor precisa se ver como um<br />

educador dos seus li<strong>de</strong>rados. Educador como<br />

aquele que ouve, estimula, ensina e apren<strong>de</strong> junto”,<br />

afirma. Para que isso realmente ocorra é preciso<br />

que se reconheça seus limites e encontre mecanismos<br />

para superá-los. Uma das lições é a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perceber que a escola tradicional<br />

não estimula as pessoas a perguntar, a priorida<strong>de</strong><br />

é dada ao respon<strong>de</strong>r. Por outro lado, também<br />

não ensina o aluno a compartilhar o seu conhecimento<br />

com os outros. “Se na hora da prova o<br />

colega me pe<strong>de</strong> ajuda, isso é cola. A escola não<br />

permite. Não somos educados a trabalhar em<br />

equipe”, avalia. “Como chegar, agora, no trabalho<br />

e sermos cobrados por isso, se passamos a<br />

nossa vida toda apren<strong>de</strong>ndo a não compartilhar<br />

o nosso saber? Da mesma forma, na universida<strong>de</strong>,<br />

não apren<strong>de</strong>mos nada sobre relação interpessoal,<br />

sobre gestão <strong>de</strong> pessoas”, comenta.<br />

Para os gestores superarem esse <strong>de</strong>safio, é preciso<br />

i<strong>de</strong>ntificarem essa dificulda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>les e das suas<br />

equipes, e estarem abertos a apren<strong>de</strong>r. Segundo<br />

o professor Bemvenutti, há três leis do aprendizado<br />

que <strong>de</strong>vem ser observadas: as pessoas não<br />

refletem sobre suas próprias convicções, o aprendizado<br />

é diretamente proporcional ao prazer (divertimento)<br />

experimentado e o aprendizado não<br />

terá ocorrido enquanto não houver mudança <strong>de</strong><br />

comportamento. Essas leis valem tanto para o<br />

4<br />

Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico • Ligação 89 • Fevereiro 2006


DESENVOLVIMENTO GERENCIAL<br />

gestor apren<strong>de</strong>r, como na hora <strong>de</strong><br />

transmitir o seu conhecimento. Em<br />

primeiro lugar, ele precisa estar aberto<br />

à sua equipe, ser acessível e sensível<br />

às peculiarida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizado dos<br />

seus li<strong>de</strong>rados. “As pessoas não apren<strong>de</strong>m<br />

da mesma forma. Cada um tem<br />

uma maneira <strong>de</strong> assimilar e refletir sobre<br />

o conhecimento. Alguns sentem<br />

mais facilida<strong>de</strong> em lidar com as informações<br />

<strong>de</strong> uma forma mais técnica,<br />

baseada nos fatos; outros <strong>de</strong> um modo mais tradicional,<br />

metódico, sistematizado; outros sentem<br />

mais facilida<strong>de</strong> com o que chamamos <strong>de</strong><br />

uma maneira humanista; e outros <strong>de</strong> uma forma<br />

mais experimental”, explica. Cabe ao gestor<br />

i<strong>de</strong>ntificar o melhor caminho para chegar aos<br />

membros da sua equipe. “O que é mais importante<br />

para o <strong>ONS</strong> <strong>de</strong>ve ser repetido diariamente<br />

e <strong>de</strong> formas diferentes”, acrescenta Bemvenutti.<br />

Ao longo da palestra, foram realizadas algumas<br />

dinâmicas com os presentes e, ao final, três participantes<br />

(acima) passaram por uma experiência<br />

muito divertida e surpreen<strong>de</strong>nte. Durante as<br />

dinâmicas, cada um recebeu uma batata e, no<br />

fim da palestra, Bemvenutti ensinou como atravessá-la<br />

com um canudinho <strong>de</strong> plástico. O objetivo<br />

do exercício era <strong>de</strong>monstrar que, além do<br />

conhecimento técnico transmitido pelo professor,<br />

o êxito da tarefa <strong>de</strong>pendia <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong><br />

dose <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> e <strong>de</strong> confiança.<br />

Formação <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res<br />

O Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento Gerencial é<br />

uma iniciativa da Diretoria <strong>de</strong> Assuntos Corporativos,<br />

mais especificamente da Assessoria <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento <strong>de</strong> Recursos Humanos, e está<br />

sob a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Solange Pose Aguiar,<br />

embora envolva todas as <strong>de</strong>mais diretorias. “O<br />

programa busca uma associação da teoria com<br />

a prática. Ele leva em conta três variáveis: o mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> gestão, os resultados da pesquisa <strong>de</strong> clima<br />

organizacional e os resultados da avaliação<br />

<strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>. Esse será um ano <strong>de</strong> investimento<br />

nos gestores que, também, são responsáveis pelo<br />

clima da organização, por gerar um melhor ambiente<br />

<strong>de</strong> trabalho. O gestor é um veículo <strong>de</strong><br />

comunicação. É preciso que ele se veja também<br />

com esse papel”, explica Solange, especialista em<br />

Recursos Humanos.<br />

O Programa prevê o <strong>de</strong>senvolvimento dos 80<br />

gestores do Operador Nacional, entre gerentes<br />

executivos, assistentes e assessores, que li<strong>de</strong>ram<br />

cerca <strong>de</strong> 500 empregados, além <strong>de</strong> estagiários,<br />

trainees e contratados.<br />

A palestra do professor faz<br />

parte do projeto <strong>de</strong> incentivo<br />

à leitura, inserido<br />

no Programa. Os gestores<br />

também receberam<br />

o livro Shackleton –<br />

Uma lição <strong>de</strong> Coragem,<br />

<strong>de</strong> Margot Morrell e<br />

Stephanie Capparell. Esse projeto é composto<br />

por ciclos <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates sobre experiências pessoais<br />

adaptadas ao universo organizacional, tema<br />

abordado no livro. Segundo o diretor geral do<br />

<strong>ONS</strong>, “o objetivo é auxiliar cada um a alcançar<br />

o melhor <strong>de</strong> si mesmo. E o seu compromisso é<br />

multiplicar o seu melhor com a sua equipe. Precisamos<br />

encontrar o ponto <strong>de</strong> equilíbrio entre<br />

gerenciar e li<strong>de</strong>rar”, avalia Hermes Chipp.<br />

A experiência dos três<br />

participantes:<br />

“Foi um privilégio muito<br />

gran<strong>de</strong> participar da<br />

apresentação e concluir<br />

que o posicionamento do<br />

ser aprendiz me capacita a<br />

aumentar a visão e traduzir<br />

melhor o sentido <strong>de</strong> cada<br />

acontecimento.”<br />

Luís Cláudio Azeredo<br />

Analista <strong>de</strong> RH<br />

“Gostei muito da palestra.<br />

A questão <strong>de</strong> como tratar<br />

a li<strong>de</strong>rança e aproximar<br />

as pessoas que você<br />

li<strong>de</strong>ra, <strong>de</strong>ntro do contexto<br />

da equipe, foi muito<br />

interessante.”<br />

Sumara Duarte Ticom<br />

Engenheira Sênior<br />

“O que mais me marcou foi<br />

a reflexão sobre a forma<br />

com que somos educados<br />

e como, <strong>de</strong>pois, somos<br />

exigidos como gestores.<br />

Ter essa consciência, <strong>de</strong><br />

que somos aprendizes,<br />

diminui o peso e quebra<br />

as barreiras para que<br />

possamos realmente<br />

apren<strong>de</strong>r.”<br />

Bianca M. I. Martins<br />

Analista <strong>de</strong> RH Sênior<br />

O livro conta como<br />

Ernest Shackleton e sua<br />

tripulação conseguiram<br />

sobreviver a um naufrágio<br />

na Antártida. Foram<br />

dois anos <strong>de</strong> luta pela<br />

sobrevivência, e o espírito<br />

<strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Shackleton<br />

foi a sua principal arma.<br />

Esta aventura está<br />

disponível na Biblioteca.<br />

Fevereiro 2006 • Ligação 89 • Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico<br />

5


CIRCUITO INTERNO<br />

Um bom companheiro<br />

Fausto Pinheiro Menezes<br />

Quem ainda não teve a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conversar com Fausto Pinheiro<br />

Menezes, gerente <strong>de</strong> Previsão e Acompanhamento da Carga, que está há<br />

pouco mais <strong>de</strong> um ano no <strong>ONS</strong>, po<strong>de</strong> até achá-lo um tanto introvertido.<br />

Mas, por trás do seu ar sério e fechado, há um flamenguista “saudável”,<br />

como ele mesmo diz, que sabe o valor <strong>de</strong> uma amiza<strong>de</strong>.<br />

Formado em Economia<br />

pela UFF, possui MBA em<br />

Desenvolvimento Gerencial<br />

pelo Ibmec e participa da<br />

segunda turma do Caise.<br />

Mora em Camboinhas<br />

(Niterói). Casado, tem dois<br />

filhos, Fausto, <strong>de</strong> 22 anos,<br />

e Mariana, <strong>de</strong> 23, que, em<br />

breve, lhe dará uma netinha.<br />

Gosta <strong>de</strong> ler e ouvir MPB.<br />

Entre seus compositores<br />

favoritos estão Chico<br />

Buarque e Djavan.<br />

Esclarece: “Sou muito<br />

objetivo e acabo passando<br />

a impressão <strong>de</strong> ser fechado,<br />

mas não sou.”<br />

Como foi o início da sua carreira?<br />

Logo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> formado em Economia, trabalhei<br />

seis meses em uma empresa <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentos<br />

e, <strong>de</strong>pois, entrei para o setor elétrico.<br />

Fui trabalhar nas Centrais Elétricas <strong>de</strong><br />

Roraima. Tinha 25 para 26 anos, e foi uma<br />

experiência muito rica. Atuava na área <strong>de</strong><br />

mercado, lidando com tarifas e planejamento<br />

financeiro. A empresa reunia pessoas <strong>de</strong><br />

todos os lugares do Brasil. Morei um tempo<br />

numa espécie <strong>de</strong> “república” <strong>de</strong> empregados,<br />

praticamente <strong>de</strong>ntro da companhia.<br />

O curioso é que nunca tivemos uma briga.<br />

Antes <strong>de</strong> vir para o <strong>ONS</strong>, fiquei 19 anos na<br />

Light, lidando com previsão <strong>de</strong> mercado, tarifas<br />

e regulação econômica. Coor<strong>de</strong>nei também<br />

alguns cursos da Associação Brasileira<br />

<strong>de</strong> Distribuidores <strong>de</strong> Energia Elétrica, na<br />

área econômico-financeira e regulatória.<br />

Qual a sua expectativa em relação ao Caise?<br />

Acredito que o curso será muito bom. É uma<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizado e reciclagem <strong>de</strong><br />

conceitos. Os professores são <strong>de</strong> altíssima qualida<strong>de</strong><br />

e a PUC é uma universida<strong>de</strong> com gran<strong>de</strong><br />

envolvimento em pesquisa, o que agrega<br />

mais valor ainda ao curso. Estou certo <strong>de</strong> que<br />

o Caise vai ser <strong>de</strong> muita utilida<strong>de</strong>, principalmente<br />

no que se refere à gestão. A nossa turma<br />

é <strong>de</strong>dicada e está muito empolgada.<br />

Horário <strong>de</strong> Verão na balança<br />

Mirtis Do Coutto (à esq.) e<br />

Douglas Farias (à dir.) integram<br />

a equipe da Gerência <strong>de</strong><br />

Previsão e Acompanhamento da<br />

Carga, sob a gerência executiva<br />

<strong>de</strong> Saulo Cisneiros, da GMC (ao<br />

lado <strong>de</strong> Fausto Menezes).<br />

Mirtis é a engenheira<br />

especialista à frente dos estudos<br />

realizados com o apoio do<br />

Núcleo Sul.<br />

Os 126 dias do Horário <strong>de</strong> Verão, que terminou em 18 <strong>de</strong> fevereiro, significam mais do que algumas<br />

horas extras para aproveitar o sol. Trata-se <strong>de</strong> uma medida que reduz investimentos para aten<strong>de</strong>r a<br />

uma <strong>de</strong>manda sazonal no Sistema Interligado Sul/Su<strong>de</strong>ste/Centro-Oeste. Nas áreas <strong>de</strong> Minas Gerais,<br />

Mato Grosso do Sul, Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e Santa Catarina, espera-se um ganho <strong>de</strong> R$ 31 milhões,<br />

com a redução da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> geração térmica, por exemplo. Com o maior aproveitamento da<br />

iluminação natural, há uma mudança no comportamento dos consumidores, o que provoca a nãocoincidência<br />

<strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> energia elétrica, reduzindo a <strong>de</strong>manda máxima no horário <strong>de</strong> ponta.<br />

O sistema ganha também maior segurança operacional. Para que isso seja possível, são feitos vários<br />

estudos pela equipe da Gerência <strong>de</strong> Previsão e Acompanhamento da Carga, que subsidiam as <strong>de</strong>cisões<br />

do Ministério <strong>de</strong> Minas e Energia. O último relatório — Expectativa dos Benefícios no Término do Horário<br />

<strong>de</strong> Verão 2005/2006 <strong>de</strong>staca as reduções esperadas da carga no horário <strong>de</strong> ponta. No Su<strong>de</strong>ste/Centro-<br />

Oeste a redução <strong>de</strong> energia equivale, aproximadamente, ao consumo da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vitória; e a redução<br />

da <strong>de</strong>manda, correspon<strong>de</strong> à carga no horário <strong>de</strong> ponta da região metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte<br />

(cerca <strong>de</strong> 1.700 MW). No Sul, a redução é igual a meta<strong>de</strong> do consumo <strong>de</strong> Florianópolis e a redução da<br />

<strong>de</strong>manda equivale a 90% da carga no horário <strong>de</strong> ponta <strong>de</strong> Porto Alegre.<br />

6<br />

Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico • Ligação 89 • Fevereiro 2006


PESQUISA<br />

Melhor Ambiente<br />

Realizada pelo Operador Nacional, em<br />

parceria com o Great Place To Work® Institute,<br />

a pesquisa Melhor Ambiente, que teve o objetivo<br />

<strong>de</strong> aferir o clima organizacional no <strong>ONS</strong>,<br />

alcançou alto índice <strong>de</strong> participação.<br />

Dos 778 questionários distribuídos, 601 foram<br />

respondidos, o que significou um retorno<br />

<strong>de</strong> 78% no grau <strong>de</strong> envolvimento da organização.<br />

Somando-se a isso, nos meses <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro e janeiro, foram realizados oito<br />

grupos focais, com 112 participantes, <strong>de</strong>ntre<br />

eles 23 gestores <strong>de</strong> diversas diretorias do<br />

Operador. A partir <strong>de</strong> perguntas como “O<br />

que torna sua empresa um excelente lugar<br />

para trabalhar?” e “O que po<strong>de</strong> ser melhorado<br />

na sua empresa?”, elaboradas tanto no<br />

questionário, como nos grupos focais, foram<br />

obtidos 1.303 comentários e 48 sugestões.<br />

Conceitos aplicados<br />

A pesquisa, coor<strong>de</strong>nada pela Diretoria <strong>de</strong> Assuntos<br />

Corporativos, por meio da Gerência <strong>de</strong><br />

Recursos Humanos, visou i<strong>de</strong>ntificar com precisão<br />

quais pontos <strong>de</strong>vem ser melhorados no<br />

ambiente <strong>de</strong> trabalho do <strong>ONS</strong>. Dessa maneira,<br />

foi possível levantar informações que servirão<br />

<strong>de</strong> base para a adoção do mo<strong>de</strong>lo Great Place To<br />

Work®, que organiza e divi<strong>de</strong> as características<br />

mais importantes dos excelentes lugares para se<br />

trabalhar em cinco dimensões. São elas: credibilida<strong>de</strong>,<br />

respeito, imparcialida<strong>de</strong> (que, juntas,<br />

formam o vínculo <strong>de</strong> confiança), orgulho e camaradagem.<br />

Cada uma está dividida em três<br />

subdimensões, que direcionam para um conjunto<br />

<strong>de</strong> condições ou comportamentos encontrados<br />

nos excelentes lugares para se trabalhar.<br />

Após a realização da pesquisa, é gerado o Trust<br />

In<strong>de</strong>x, que permite medir com maior confiabilida<strong>de</strong><br />

a qualida<strong>de</strong> do ambiente <strong>de</strong> trabalho.<br />

Além disso, este documento apresenta<br />

um comparativo dos dados com as melhores<br />

empresas que já participaram da pesquisa no<br />

Brasil e no exterior. Em fevereiro, foi apresentado<br />

o Relatório Corporativo Geral à Diretoria.<br />

Em março, está prevista a realização <strong>de</strong><br />

workshops para a elaboração do Plano <strong>de</strong> Ação,<br />

bem como a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> ações por diretoria,<br />

baseada nos seminários. Para abril, está programada<br />

a divulgação do resultado geral para<br />

todos os colaboradores.<br />

A pesquisa constou <strong>de</strong><br />

um questionário com 69<br />

questões com afirmativas<br />

específicas, com as quais<br />

se po<strong>de</strong> concordar ou<br />

discordar, parcial ou<br />

totalmente.<br />

Os resultados do Trust<br />

In<strong>de</strong>x po<strong>de</strong>m incluir as<br />

respostas dos funcionários<br />

abrangendo tanto a visão<br />

da empresa como um<br />

todo (macroambiente)<br />

como da área <strong>de</strong> trabalho<br />

(microambiente).<br />

Escala para classificar ocorrências<br />

O Operador Nacional <strong>de</strong>senvolveu, por solicitação do ministro Silas Ron<strong>de</strong>au, no âmbito do Comitê<br />

<strong>de</strong> Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), uma metodologia para a classificação das perturbações<br />

ocorridas no Sistema Interligado Nacional (SIN). O método leva em conta o impacto da ocorrência no<br />

suprimento à região afetada, bem como no próprio SIN. Para isso, são consi<strong>de</strong>rados, simultaneamente,<br />

diversos fatores, como o horário do evento, a carga interrompida, a duração, a área <strong>de</strong> abrangência e<br />

a população afetada. O método foi exposto pelo diretor geral, Hermes Chipp, em reunião plenária no<br />

CMSE, sendo reconhecido como uma ferramenta <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> para o esclarecimento à socieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> eventuais perturbações. O trabalho foi realizado por uma equipe multidisciplinar formada por: Paulo<br />

Gomes e Marco Aurélio Rodrigues, da Gerência <strong>de</strong> Estudos Especiais <strong>de</strong> Proteção e Controle (DPP);<br />

A<strong>de</strong>l Mendonça e José Luiz Rovere, do Centro Nacional <strong>de</strong> Operações do Sistema; Ronaldo Amaral,<br />

Marcelo Cascardo, Márcio Silvado e Alexandre Paixão, do Centro Regional <strong>de</strong> Operação Su<strong>de</strong>ste; João<br />

Maksoud, Takao Murakami e Cláudio Cardoso, da Assessoria <strong>de</strong> Supervisão e Controle (DOP); e Orlando<br />

Riccieri e Janine Monteiro, da Gerência <strong>de</strong> Informática e Telecomunicação (DAC).<br />

O novo método resulta em<br />

uma escala <strong>de</strong> gradação da<br />

severida<strong>de</strong> das ocorrências<br />

e recebeu elogios do<br />

ministro <strong>de</strong> Minas e<br />

Energia. O Boletim <strong>de</strong><br />

Interrupção do Suprimento<br />

<strong>de</strong> Energia (BISE) está<br />

publicando essa escala em<br />

caráter provisório para o<br />

MME, Aneel e os agentes<br />

associados. A implantação<br />

da nova metodologia pelos<br />

agentes <strong>de</strong>ve ser concluída<br />

até 6 <strong>de</strong> abril.<br />

Fevereiro 2006 • Ligação 89 • Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico<br />

7


INTERLIGADAS<br />

Integração no Recife<br />

no Pinto do Galo da Madrugada<br />

“A integração foi ótima.<br />

Além do animadíssimo<br />

carnaval, foi muito bom<br />

conhecer alguns dos<br />

operadores do Recife.”<br />

Alceu <strong>de</strong> Campos,<br />

<strong>de</strong> Florianópolis<br />

“Foi emocionante participar<br />

do <strong>de</strong>sfile. O bloco é muito<br />

animado e bem familiar e<br />

tranqüilo. Levei, inclusive,<br />

a minha filha <strong>de</strong> 4 anos.<br />

Espero que o <strong>ONS</strong> continue<br />

promovendo campanhas<br />

<strong>de</strong>ste tipo.”<br />

Wagner José <strong>de</strong> Oliveira,<br />

<strong>de</strong> Brasília<br />

“O clima no bloco estava<br />

empolgante, superalegre,<br />

sem falar na segurança. Eu<br />

e a Andréia Baptista viemos<br />

do Rio e ficamos encantados<br />

com o carnaval do Recife.”<br />

José Mauro Abreu Pinto,<br />

do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Abaixo, os foliões Laércio Gue<strong>de</strong>s,<br />

Antonio Falcão, Andréia Baptista,<br />

Joseline e Alceu <strong>de</strong> Campos.<br />

Por Graça Camelo<br />

Gerente executiva do Núcleo Norte-Nor<strong>de</strong>ste<br />

Imaginem acordar às 5h30 do sábado <strong>de</strong> carnaval<br />

após ter brincado a noite da sexta! A motivação<br />

precisa ser gran<strong>de</strong>! E tem que ser, para ver as<br />

ruas ainda adormecidas, coloridas com personagens<br />

do nosso Ariano Suassuna, os bonecos<br />

gigantes no Marco Zero, um sol lindo reluzindo<br />

atrás do parque das esculturas <strong>de</strong> Brennand,<br />

e apreciar o pirão <strong>de</strong> Cabeça <strong>de</strong> Galo feito e servido,<br />

ao som <strong>de</strong> um frevo rasgado, pelo nosso<br />

“Doutor em Física do Estado Sólido”. Tem que<br />

ser, para ver nosso presi<strong>de</strong>nte Laércio (eterno,<br />

imutável) comandar o bloco que vai acordar<br />

o Recife antigo com frevos-canções. Tem que<br />

ser, para ouvir a poesia <strong>de</strong> Carlos Penna Filho,<br />

saudoso poeta recifense, <strong>de</strong>clamada <strong>de</strong> cima do<br />

busto <strong>de</strong> Ascenso Ferreira. Tem que ser, para<br />

curtir os reencontros <strong>de</strong> carnaval, abraçar amigos<br />

e amigas que às vezes só vemos uma vez por<br />

ano, no bloco. Tem que ser, para entrar na Pracinha<br />

do Diário cantando “Voltei Recife”, fazer<br />

o caminho do Galo da Madrugada pela contramão,<br />

cantando o seu hino diante dos palanques<br />

da Guararapes. Tem que ser, para fazer<br />

o passo, dançar, cantar Alceu e, sentindo-se<br />

unida ao companheiro no meio da multidão,<br />

entregar-se ao ritmo <strong>de</strong> Vassourinhas, lamentando<br />

aqueles que, nos palanques,<br />

trocam o prazer <strong>de</strong> fazer<br />

o carnaval por serem espectadores<br />

da folia alheia. Tem que<br />

ser, pela alegria <strong>de</strong> misturar-se<br />

com o povo, sentir a multidão<br />

a<strong>de</strong>rindo ao bloco e cantar<br />

com ela “Olinda, quero cantar,<br />

para ti esta canção...”.<br />

Pois é, há 13 anos faço isto: acordo cedinho<br />

para às 6h30 chegar ao Marco Zero, para a<br />

concentração do Pinto do Galo da Madrugada.<br />

E este ano, com a camisa que ganhamos<br />

do <strong>ONS</strong>, a minha recortada e personalizada,<br />

saímos <strong>de</strong> casa, eu com flores na cabeça<br />

e Cláudio com chapéu <strong>de</strong> maracatu cheio <strong>de</strong><br />

fitas, um isopor com gelo e bourbon para esquentar<br />

ainda mais o corpo e a alma.<br />

E lembro-me quando o Pinto tinha cem pessoas.<br />

Agora, somos mais <strong>de</strong> quinhentos, três<br />

gerações <strong>de</strong> amigos e conhecidos que têm em<br />

comum o amor pelo carnaval do Recife. O<br />

Pinto é um bloco que tem o setor elétrico<br />

no sangue. E este ano não foi diferente. Estávamos<br />

todos lá: Celpe, Chesf, Eletronorte,<br />

Eletrobrás, EPE e <strong>ONS</strong>, com os visitantes <strong>de</strong><br />

Florianópolis, Brasília e Rio <strong>de</strong> Janeiro somando-se<br />

ao pessoal do Recife. E o frevo integrando<br />

todos na manhã do sábado. Neste<br />

ano, acordamos o Galo.<br />

8<br />

Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico • Ligação 89 • Fevereiro 2006

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