21.05.2014 Views

Cópulas para distribuiç˜oes generalizadas de valores extremos ...

Cópulas para distribuiç˜oes generalizadas de valores extremos ...

Cópulas para distribuiç˜oes generalizadas de valores extremos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

UFRJ<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Cópulas <strong>para</strong> distribuições <strong>generalizadas</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>valores</strong> <strong>extremos</strong> multidimensionais<br />

Marco Aurélio dos Santos Sanfins<br />

2009


UFRJ<br />

Marco Aurélio dos Santos Sanfins<br />

Cópulas <strong>para</strong> distribuições <strong>generalizadas</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>valores</strong> <strong>extremos</strong> multidimensionais<br />

Dissertação <strong>de</strong> Doutorado apresentada ao Programa<br />

<strong>de</strong> Pós-graduação em Estatística do Instituto <strong>de</strong><br />

Matemática da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

como parte dos requisitos necessários àobtenção do grau<br />

<strong>de</strong> Doutor em Ciências Estatística.<br />

Orientador:<br />

Glauco Valle<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Janeiro <strong>de</strong> 2009


Copulas <strong>para</strong> distribuições <strong>generalizadas</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>valores</strong> <strong>extremos</strong> multidimensionais<br />

Marco Aurélio dos Santos Sanfins<br />

Orientador: Glauco Valle<br />

Tese <strong>de</strong> Doutorado submetida ao Programa <strong>de</strong> Pós-graduação em Estatística<br />

do Instituto <strong>de</strong> Matemática da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro como parte dos requisitos necessários <strong>para</strong> obtenção do grau <strong>de</strong> Doutor<br />

em Ciências Estatísticas.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, Prof. Glauco Valle<br />

IM-UFRJ<br />

Prof. Luiz Koodi Hotta<br />

IMECC-UNICAMP<br />

Prof. Hélio dos Santos Migon<br />

IM-UFRJ<br />

Prof. Vladimir Belintsky<br />

IME-USP<br />

Prof. Nei Rocha<br />

IM-UFRJ<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, janeiro <strong>de</strong> 2009.


Sanfins, Marco Aurélio dos Santos<br />

Copulas <strong>para</strong> distribuições <strong>generalizadas</strong> <strong>de</strong> <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong><br />

multidimensionais/Marco Aurélio dos Santos Sanfins - Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro: UFRJ/IM, 2009.<br />

xiii, 95f.: il.; 31cm.<br />

Orientador: Glauco Valle<br />

Tese (doutorado) - UFRJ/IM/ Programa <strong>de</strong> Pós-graduação<br />

em Estatística, 2009.<br />

Referências Bibliográficas: f.80-82.<br />

1. Cópulas. 2. Estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m. 3. Variáveis aleatórias<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. I. Valle, Glauco II. Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro, Instituto <strong>de</strong> Matemática. III. Título.


Resumo<br />

Nesta tese foi obtida a cópula associada a uma distribuição generalizada <strong>de</strong> <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong><br />

multidimensionais, chamada <strong>de</strong> cópula K-extremal. Essa é <strong>de</strong>scrita através <strong>de</strong><br />

fórmulas exatas <strong>para</strong> as suas funções <strong>de</strong> distribuição e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>. O caso K =2éfeito<br />

primeiro, servindo <strong>de</strong> partida <strong>para</strong> os procedimentos indutivos que nos permitiram esten<strong>de</strong>r<br />

os resultados <strong>para</strong> K>2. Além disso, proprieda<strong>de</strong>s da cópula Bi-extremal foram<br />

obtidas, entre elas o τ <strong>de</strong> Kendall, ρ <strong>de</strong> Spearman e os coeficientes <strong>de</strong> cauda. Exemplos<br />

teóricos e simulados foram propostos. Outro resultado relevante foi provar que a cópula<br />

das K-maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> uma seqüência (i.i.d.) converge em distribuição<br />

<strong>para</strong> a cópula K-extremal. Estudo <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência também é feito usando<br />

acópula K-extremal e como último resultado, foi proposto um algoritmo <strong>de</strong> simulação<br />

<strong>para</strong> esta cópula.<br />

Palavras-Chave: Cópulas, estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, variáveis aleatórias in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e<br />

<strong>valores</strong> <strong>extremos</strong>.


Abstract<br />

In this thesis, we obtain the copula related to multivariate generalized extreme values<br />

distributions, which is called the K-extremal copula. It <strong>de</strong>scribed by its distribution and<br />

<strong>de</strong>nsity functions through exact expressions. The case K = 2 is done first, serving as a<br />

<strong>de</strong>parture for the inductive procedures that allowed us to extend the results to K>2.<br />

In addition, properties of Bi-extremal copula were obtained, including the Kendall’s τ<br />

coefficient, spearman´s ρ coefficient and the tail <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce coefficients. Theoretical<br />

and simulated examples have been worked out. We also show that the copula of the K<br />

largest or<strong>de</strong>r statistics of (i.i.d.) sequences converges in distribution to the K-extremal<br />

copula. We also study measures of <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce. As a last result, we propose a simulation<br />

algorithm to sample from the K-extremal copula.<br />

Key-words: Cópulas, or<strong>de</strong>r statistics, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt random variable and extreme values.


Porque sem mim nada po<strong>de</strong>reis fazer<br />

Jesus Cristo


Agra<strong>de</strong>cimentos<br />

À minha querida esposa Alcina que em todos os momentos acreditou em mim.<br />

Ao meu filho Gabriel com quem aprendi a ser mais concentrado.<br />

Ao meu filho Lucas com quem aprendi a ser mais carinhoso.<br />

À minha filha Clara que me ensinou ainda mais a alegria <strong>de</strong> viver.<br />

Ao professor Glauco Valle, por toda sua <strong>de</strong>dicação, auxílio e compreensão como meu<br />

orientador. Tenho certeza <strong>de</strong> que seu auxílio foi fundamental <strong>para</strong> a conclusão <strong>de</strong>ste<br />

projeto.<br />

Ao professor Dani Gamerman que acreditou em minha capacida<strong>de</strong>; com certeza jamais<br />

esquecerei o que ele possibilitou em minha vida.<br />

À Professora Beatriz Vaz <strong>de</strong> Melo Men<strong>de</strong>s, pela colaboração nos primeiros resultados<br />

obtidos nesta tese, os quais originaram meu primeiro artigo.<br />

Aos professores Kaizô Iwakami Beltrão e Hélio dos Santos Migon, por terem me recomendado<br />

<strong>para</strong> este curso.<br />

À minha amiga Ursula Faustino Nesci pela revisão <strong>de</strong>ste texto por ocasião da<br />

qualificação.<br />

Aos meus pais, estes nunca po<strong>de</strong>riam imaginar que o fruto da <strong>de</strong>dicação ao seu filho<br />

fosse proporcionar este momento. E à minha querida sogra, a quem <strong>de</strong>dico parte <strong>de</strong>ste<br />

trabalho.<br />

À FAPES - Fundação <strong>de</strong> Assistência e Pevidência Social do BNDES, pela inclusão no<br />

programa <strong>de</strong> pós-graduação <strong>de</strong>sta instituição.<br />

Agra<strong>de</strong>ço, ainda, aos <strong>de</strong>mais professores do Instituto pela oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliar meus<br />

conhecimentos e minha formação.


Sumário<br />

1 Introdução 1<br />

Introdução 1<br />

2 Preliminares 4<br />

2.1 Cópulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4<br />

2.2 Teoria dos Valores Extremos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7<br />

2.2.1 Mo<strong>de</strong>los Assintóticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8<br />

2.2.2 O mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> as K-maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12<br />

3 A cópula Bi-extremal 18<br />

3.1 Especificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18<br />

3.2 Algoritmo <strong>para</strong> Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24<br />

3.3 Exemplos teóricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26<br />

3.3.1 O caso Uniforme(0,1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26<br />

3.3.2 O caso Exponencial(1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27<br />

3.4 Exemplos utilizando seleções <strong>de</strong> processos (i.i.d.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28<br />

3.5 Verificação empírica <strong>para</strong> a Bi-extremal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32<br />

4 Proprieda<strong>de</strong>s da Cópula Bi-extremal 36<br />

4.1 Medidas <strong>de</strong> Dependência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36<br />

4.1.1 O coeficiente <strong>de</strong> cauda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36<br />

4.1.2 Rho <strong>de</strong> Spearman . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38<br />

4.1.3 Tau <strong>de</strong> Kendall . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41<br />

4.1.4 O coeficiente <strong>de</strong> Schweizer e Wolff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43<br />

4.1.5 Representação contínua da <strong>de</strong>pendência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45<br />

4.2 Cópula Condicional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47<br />

i


5 A cópula K-extremal 51<br />

5.1 Preliminares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51<br />

5.2 Especificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56<br />

5.3 Convergência em Distribuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59<br />

5.4 Algoritmo <strong>para</strong> Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64<br />

5.5 Simulações <strong>de</strong> processos (i.i.d.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66<br />

5.6 Verificação empírica <strong>para</strong> a K-extremal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68<br />

5.7 Processos Estacionários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68<br />

5.8 Simulação <strong>de</strong> processos ARMA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72<br />

6 Conclusão 77<br />

Bibliografia 79<br />

A Gráficos das simulações 82<br />

ii


Lista <strong>de</strong> Figuras<br />

2.1 Gráfico da função <strong>de</strong> distribuição <strong>para</strong> o caso em que as variáveis são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,<br />

C(u, v) =uv. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7<br />

2.2 Função <strong>de</strong> distribuição e função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> limite das 5 maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m.<br />

À esquerda temos as funções <strong>de</strong> distribuição e àdireita,asfunções <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>para</strong><br />

μ =0, σ =1e ξ =0.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13<br />

3.1 Perspectiva da função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da cópula Bi-Extremal . . . . . . . . . . . . . . . . . 19<br />

3.2 Gráfico da cópula Bi-Extremal. ................................. 24<br />

3.3 Gráficos da cópula BI-extremal. Na parte superior, os gráficosilustramascurvas<strong>de</strong><br />

contorno da cópula Bi-extremal C BIX (esquerda) e da função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> c BIX . Na<br />

parte inferior, po<strong>de</strong>mos ver, no gráfico da esquerda, as seções da diagonal principal das<br />

cópulas C BIX , M (cópula <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência perfeita) e I (produto); e no lado direito as<br />

seções diagonais das <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s correspon<strong>de</strong>ntes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25<br />

3.4 Histogramas do processo <strong>de</strong> simulação. Na parte superior da figura: à esquerda o histograma<br />

<strong>de</strong> 90.000 observações da distribuição N(0,1), àdireitaohistogramadosmáximos<br />

observados <strong>para</strong> os blocos <strong>de</strong> tamanho n =30. Na parte inferior: à esquerda o histograma<br />

das segundas maiores observações e à direita os dados pseudo-uniforme(0,1) . . . . . . . . 29<br />

3.5 Com<strong>para</strong>tivo entre dados reais e simulados (N = 3000; n = 30). À esquerda, <strong>de</strong> forma<br />

ilustrativa, temos o valor esperado arredondado, <strong>para</strong> cada célula calculada a partir da<br />

C BIX ,jáà direita, o valor observado <strong>para</strong> uma certa realização das 200 repetições do<br />

processo <strong>de</strong> simulação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30<br />

3.6 Histograma dos p-<strong>valores</strong> obtidos. P-<strong>valores</strong> oriundos das 200 repetiçõesdoprocessogerados<br />

a partir da N(0,1), com tamanho <strong>de</strong> amostra n = 100. . . . . . . . . . . . . . . . . . 31<br />

3.7 Evolução histórica do índice IBOVESPA e das ações da PETROBRAS. . . . . . . . . . . 32<br />

3.8 Evolução histórica do log(RETORNOS) do IBOVESPA e das ações da PETROBRAS. .. 33<br />

3.9 Histograma e respectiva função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>para</strong> os <strong>valores</strong> observados do máximo e<br />

segundo maior, das séries IBOVESPA e PETROBRAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34<br />

3.10 Dados Uniformizados e Simulados. ............................... 35<br />

iii


4.1 Perspectiva da função <strong>de</strong> Spearman <strong>para</strong> cópula Bi-Extremal . . . . . . . . . . . . . . . . 45<br />

4.2 Curvas <strong>de</strong> Nível da função <strong>de</strong> Spearman <strong>para</strong> cópula Bi-Extremal . . . . . . . . . . . . . . 46<br />

5.1 Gráfico ilustrativo da convergência <strong>de</strong> ψ −1<br />

K<br />

(u) quando K →∞ . . . . . . . . . . . . . . . 58<br />

5.2 Gráficos com cruzamentos entre dados simulados da cópula K-extremal, com K =4 . . . 66<br />

A.1 Histograma das simulações <strong>de</strong> processos (i.i.d) da cópula K-extremal com K =4,<strong>para</strong><br />

Norma(0,1) e Normal(0,4) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83<br />

A.2 Histograma das simulações <strong>de</strong> processos (i.i.d) da cópula K-extremal, com K =4,<strong>para</strong>a<br />

T-stu<strong>de</strong>nt(3) e T-stu<strong>de</strong>nt(4) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84<br />

A.3 Histograma das simulações <strong>de</strong> processos (i.i.d) da cópula K-extremal com K =4,<strong>para</strong><br />

Gama(1,3) e Uniforme(0,1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85<br />

A.4 Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários AR(1), da cópula K-<br />

extremal, <strong>para</strong> K =4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86<br />

A.5 Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários AR(1), da cópula K-<br />

extremal, <strong>para</strong> K =4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87<br />

A.6 Histograma das simulações<strong>de</strong>processosfracamenteestacionários MA(1), da cópula K-<br />

extremal, <strong>para</strong> K =4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88<br />

A.7 Histograma das simulações<strong>de</strong>processosfracamenteestacionários MA(1), da cópula K-<br />

extremal, <strong>para</strong> K =4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89<br />

A.8 Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários ARMA(1), da cópula<br />

K-extremal, <strong>para</strong> K =4. ..................................... 90<br />

A.9 Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários ARMA(1), da cópula<br />

K-extremal, <strong>para</strong> K =4. ..................................... 91<br />

A.10 Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários ARMA(1), da cópula<br />

K-extremal, <strong>para</strong> K =4. ..................................... 92<br />

A.11 Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários AR(1), da cópula K-<br />

extremal, <strong>para</strong> K =4com erros U(-1,1). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93<br />

A.12 Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários AR(1), da cópula K-<br />

extremal, <strong>para</strong> K =4com erros U(-1,1). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94<br />

iv


Lista <strong>de</strong> Tabelas<br />

3.1 Média e erro padrão dos p-<strong>valores</strong> obtidos nas simulações . . . . . . . . . . . . . . . 31<br />

5.1 Tabela com dados simulados <strong>para</strong> a cópula 4-extremal - processos i.i.d. . . . . . . 67<br />

5.2 Tabela resumo com dados simulados <strong>para</strong> a cópula 4-extremal - AR(1) ....... 73<br />

5.3 Tabela resumo com dados simulados <strong>para</strong> a cópula 4-extremal - MA(1) ....... 74<br />

5.4 Tabela resumo com dados simulados <strong>para</strong> a cópula 4-extremal - ARMA(1) ..... 76<br />

5.5 Tabela resumo com dados simulados <strong>para</strong> a cópula 4-extremal - AR(1) ....... 76<br />

v


Capítulo 1<br />

Introdução<br />

Freqüentemente, a mídia tem divulgado a ocorrência <strong>de</strong> eventos <strong>extremos</strong> que, em sua<br />

maioria, estão relacionados com catástrofes naturais. Diante <strong>de</strong>sse fato, gran<strong>de</strong>s pesquisadores<br />

vêm discutindo temas ligados a catástrofes, cujos argumentos são baseados nas<br />

gran<strong>de</strong>s alterações dos níveis <strong>de</strong> ozônio, da radiação ultra violeta, dos efeitos causados pelo<br />

El Niño, nas conseqüências <strong>de</strong> uma guerra global e, finalmente, nos efeitos da globalização.<br />

Exemplos sobre as conseqüências <strong>de</strong>ssas catástrofes foram observados em inumeráveis<br />

situações ao longo dos anos. Entre estes po<strong>de</strong>mos citar: os altos níveis do mar em Nova<br />

Orleans no ano <strong>de</strong> 2005, a ocorrência <strong>de</strong> tsunamis no oceano Índico em 2004, o crash do<br />

mercado <strong>de</strong> ações em 2002. A ocorrência <strong>de</strong>sses eventos, em sua maioria, é consi<strong>de</strong>rada<br />

como sendo extrema, ou seja, <strong>de</strong> pequena probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência. Contudo, quando<br />

levamos em conta dados históricos, verifica-se, nesses casos, que também a segunda maior<br />

observação, ou ainda, generalizando <strong>para</strong> as K-maiores observações, que estas também<br />

são eventos <strong>extremos</strong>. Diante das conseqüências que esses eventos po<strong>de</strong>m causar, tanto<br />

materialmente como financeiramente, torna-se indispensável conhecer profundamente a<br />

relação entre os K-maiores eventos. O trabalho aqui <strong>de</strong>senvolvido consiste exatamente<br />

em estudar o comportamento da <strong>de</strong>pendência entre os K-maiores eventos, mais especificamente,<br />

capturar a relação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência não-linear entre as variáveis, utilizando<br />

o conceito <strong>de</strong> cópulas. Algumas suposições serão feitas com o propósito <strong>de</strong> formalizar<br />

e evi<strong>de</strong>nciar melhor sobre que tipos <strong>de</strong> dados os resultados encontrados nos capítulos<br />

seguintes se aplicam. Inicialmente, supôs-se que essas realizações são oriundas <strong>de</strong> uma<br />

1


seqüência {X t } t≥1 <strong>de</strong> variáveis in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e i<strong>de</strong>nticamente distribuídas (i.i.d.). Com<br />

a viabilida<strong>de</strong> da mo<strong>de</strong>lagem das K-maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, foi possível o cálculo<br />

da probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> eventos <strong>extremos</strong> com uma maior precisão. Entretanto<br />

quando não épossível obter os parâmetros da GEV limite, a cópula <strong>para</strong> a distribuição<br />

generalizada <strong>de</strong> <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong> K-dimensional nos fornece uma total i<strong>de</strong>ntificação da<br />

<strong>de</strong>pendência não linear entre essas variáveis.<br />

A necessida<strong>de</strong> crescente <strong>de</strong> conhecer bem o comportamento <strong>de</strong> eventos <strong>extremos</strong> foi a<br />

principal motivação <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento e a elaboração <strong>de</strong> todos os resultados encontrados<br />

nesta tese. Inicialmente, o primeiro esforço foi estudar a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência<br />

<strong>para</strong> as duas maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, ou seja, entre o máximo e a segunda maior<br />

(K = 2). O principal objetivo foi encontrar a cópula <strong>para</strong> esse par <strong>de</strong> estatísticas <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>m. O primeiro resultado obtido foi a expressão<strong>para</strong>acópula C BIX ,acópula Biextremal,<br />

pertinente à distribuição assintótica das duas maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> um processo (i.i.d.). A partir daí foipossível <strong>de</strong>rivar várias medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência<br />

relacionadas a estas duas estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m. Entre estas estão: as expressões do tau<br />

<strong>de</strong> Kendall e do rho <strong>de</strong> Sperman, bem como os coeficientes <strong>de</strong> cauda. Baseado em um<br />

resultado <strong>de</strong> extrema importância introduzido por Charpentier (2004), que éaLTDC<br />

(the lower tail <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce copula), que caracteriza a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência no limite<br />

da cauda bivariada, foi possível o <strong>de</strong>senvolvimento algébrico da LTDC <strong>para</strong> a cópula Biextremal.<br />

Além disso, foram elaborados processos <strong>de</strong> simulações, exemplos <strong>para</strong> a cópula<br />

Bi-extremal e um algoritmo <strong>para</strong> simulação foi proposto.<br />

O interesse pelo estudo das distribuições multivariadas vem crescendo a cada ano,<br />

gran<strong>de</strong> parte em função do interesse em obter formas <strong>de</strong> medir a <strong>de</strong>pendência entre<br />

variáveis aleatórias, que não sejam as já existentes na literatura. Entretanto, o estudo<br />

<strong>de</strong>stas distribuições multivariadas através do conceito <strong>de</strong> cópulas torna-se bem mais<br />

prático. Diante <strong>de</strong>stes argumentos e após a obtenção da cópula Bi-extremal, passou<br />

a ser <strong>de</strong> extrema importância obter um resultado genérico que comtemplasse o caso<br />

K-variado. Nocapítulo 5, as expressões exatas da função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e função <strong>de</strong> distribuição<strong>para</strong>acópula<br />

da distribuição generalizada <strong>de</strong> <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong> K-dimensional<br />

são obtidas, e chamada <strong>de</strong> cópula K-extremal. Também será provadoqueacópula das<br />

2


K-maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> uma seqüência (i.i.d), sob certas condições, converge<br />

em distribuição <strong>para</strong> a cópula K-extremal. Um algoritmo <strong>de</strong> simulação <strong>para</strong> a cópula<br />

K-extremal éproposto. Além disso, foi obtido resultado <strong>de</strong> convergência exponencial.<br />

Um estudo sobre a convergência assintótica do rho <strong>de</strong> Spearman e do tau <strong>de</strong> Kendall,<br />

entre a primeira e a K-ésima maior estatística <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, também foi feito.<br />

Diante <strong>de</strong>sses resultados, constata-se que inúmeras aplicações po<strong>de</strong>rão utilizar esta<br />

nova estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência contida na cópula K-extremal, e, além disso, surge a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se obter outros resultados relevantes oriundos <strong>de</strong>sta.<br />

Esta tese se apresenta dividida da seguinte forma: no capítulo 2, é feita uma introdução<br />

sobre cópulas e a teoria <strong>de</strong> <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong> (TVE) cujos conceitos e <strong>de</strong>finições,<br />

são o alicerce da gran<strong>de</strong> maioria dos resultados obtidos posteriormente. No capítulo 3,<br />

foi inicialmente estudado o caso particular <strong>para</strong> K = 2, ou seja, foi obtida a cópula<br />

bi-variada <strong>para</strong> a distribuição generalizada <strong>de</strong> <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong>, chamada <strong>de</strong> cópula Biextremal,<br />

esta foi especificada completamente através <strong>de</strong> sua função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e<br />

distribuição; além disso, um algoritmo <strong>para</strong> simulação foi proposto, exemplos teóricos e<br />

simulados foram feitos e uma aplicação a dados financeiros <strong>para</strong> a cópula Bi-extremal<br />

foi proposta. No capítulo 4, foi feito um estudo <strong>de</strong>talhado sobre proprieda<strong>de</strong>s e medidas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>para</strong> cópula Bi-extremal. Por fim no capítulo 5 foi obtida a cópula <strong>para</strong><br />

o caso K-dimensional, ou seja, a cópula associada à distribuição generalizada <strong>de</strong> <strong>valores</strong><br />

<strong>extremos</strong> K-dimensional chamada <strong>de</strong> cópula K-extremal. Por fim no último capítulo<br />

apresentamos uma revisão geral das contribuições e trabalhos futuros.<br />

3


Capítulo 2<br />

Preliminares<br />

2.1 Cópulas<br />

Até há algum tempo, a mo<strong>de</strong>lagem estatística em finanças se apoiou basicamente em<br />

suposições simplificadoras. Por exemplo, séries <strong>de</strong> retornos <strong>de</strong> ativos eram assumidas<br />

como sendo oriundas <strong>de</strong> uma distribuição normal. Além disso, no aspecto multivariado, a<br />

distribuição normal multivariada era freqüentemente assumida e quase nunca contestada.<br />

Contudo, a suposição multivariada restringe o tipo <strong>de</strong> associação entre as distribuições<br />

marginais (normais) a ser linear. Essa é uma restrição drástica, e não parece razoável ser<br />

a associação linear o único tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência que po<strong>de</strong>ria ser observada entre séries<br />

financeiras. Situações similares ocorrem em outras áreas, tais como em seguros, on<strong>de</strong><br />

os dados tipicamente possuem caudas pesadas, e on<strong>de</strong>, muitas vezes, as conclusões são<br />

obtidas através do Teorema Central do Limite.<br />

Asuposição ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong> <strong>para</strong> a mo<strong>de</strong>lagem multivariada <strong>de</strong>sses fenômenos<br />

financeiros acarreta graves conseqüências. A principal écomrelação ao coeficiente<br />

<strong>de</strong> correlação entre estas variáveis, que pouco tem a informar por conta <strong>de</strong>sta suposição.<br />

É bem conhecido que a mo<strong>de</strong>lagem ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> fenômenos financeiros po<strong>de</strong> causar<br />

gran<strong>de</strong>s prejuízos, ou, em alguns casos, levar gran<strong>de</strong>s instituições do mercado financeiro<br />

aumcrash. Logo, é relevante promover um maior entendimento com relaçãoaessas<br />

estruturas e buscar soluções a<strong>de</strong>quadas <strong>para</strong> mo<strong>de</strong>lar esses dados, tornando-se um gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>safio <strong>para</strong> as instituições que estão diretamente convivendo com esse tipo <strong>de</strong> risco.<br />

4


Com o avanço tecnológico que vem ocorrendo nos últimos anos, cada vez mais temos<br />

computadores mais velozes e a um custo cada vez menor; isso possibilitou o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> produtos financeiros mais complexos que permitem mo<strong>de</strong>lar dados multivariados<br />

com estruturas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência complexas.<br />

É <strong>de</strong>sta forma que o conceito <strong>de</strong> cópulas po<strong>de</strong> ser eficientemente usado <strong>para</strong> a mo<strong>de</strong>lagem<br />

<strong>de</strong> dados multivariados. Isso se dá <strong>de</strong>vidoaonúmero incontável <strong>de</strong> combinações<br />

possíveis <strong>de</strong> serem feitas entre os tipos <strong>de</strong> cópulas e <strong>de</strong> distribuições marginais que po<strong>de</strong>mos<br />

assumir. O conceito <strong>de</strong> cópulas é relativamente fácil <strong>de</strong> ser usado <strong>para</strong> construir<br />

distribuições multivariadas oriundas, em sua maioria, na escolha <strong>de</strong> quaisquer marginais<br />

e qualquer tipo <strong>de</strong> estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência. Uma outra motivação <strong>para</strong> se consi<strong>de</strong>rar<br />

ouso<strong>de</strong>cópulas <strong>para</strong> mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> dados financeiros équefreqüêntemente a única<br />

medida <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência usada <strong>para</strong> explicar a associação entre as variáveis é o coeficiente<br />

<strong>de</strong> correlação, o qual com a utilização do conceito <strong>de</strong> cópulas, permite conhecermos, após<br />

uma mo<strong>de</strong>lagem a<strong>de</strong>quada, como é a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência não linear entre estes<br />

dados multivariados.<br />

Nesta seção vamos <strong>de</strong>finir cópulas, bem como suas proprieda<strong>de</strong>s. Resumindo, a<br />

função cópulas po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como sendo uma função <strong>de</strong> ligação entre as distribuições<br />

marginais univariadas que tem como resultado distribuições multivariadas. Em Nelsen<br />

(2006), cópulas po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidas por dois pontos <strong>de</strong> vista: o primeiro resume cópulas<br />

como sendo funções que juntam ou acoplam distribuições multivariadas às suas distribuições<br />

marginais. A outra forma <strong>de</strong> interpretação afirma que cópulas são distribuições<br />

multivariadas cujas distribuições marginais são uniformes no intervalo (0,1).<br />

Todo o conceito anteriormente visto sobre cópulas é oriundo do teorema <strong>de</strong> Sklar(1959),<br />

que <strong>para</strong> o caso n-dimensional iremos agora enunciar. Inicialmente vamos <strong>de</strong>finir a função:<br />

Definição 2.1 Seja I =[0, 1] e I k =[0, 1] k ,umaCópula k-dimensional éumafunção <strong>de</strong><br />

distribuição multidimensional C <strong>de</strong>finida em I k que assume <strong>valores</strong> em I, e que possui<br />

as seguintes proprieda<strong>de</strong>s:<br />

(i) Para todo u i ∈ IC(u 1 , ..., u i−1 , 0,u i+1 , ..., u k )=0, com i =1, ..., k;<br />

5


(ii) Para todo u i ∈ IC(1, ..., 1,u i , 1, ..., 1) = u i , com i =1, ..., k;<br />

Teorema 2.1 Sklar (1959) Seja (X 1 ,X 2 , ..., X k ) um vetor aleatório em R k com função<br />

<strong>de</strong> distribuição conjunta F emarginaisF i ,i=1, 2, ..., k. Então existe uma cópula C tal<br />

que ∀x =(x 1 , ..., x k ) ∈ R k .<br />

F (x) =C(F 1 (x 1 ), ..., F k (x k )). (2.1)<br />

Se F 1 , ..., F k são contínuas, então C éúnica, e <strong>de</strong>terminada pela fórmula<br />

C(u 1 , ..., u k )=F (F −1<br />

1 (u 1 ), ..., F −1<br />

k (u k)). (2.2)<br />

✷<br />

Além disso, assumindo que F 1 , ..., F k e C são diferenciáveis, então a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> conjunta<br />

f(x 1 , ..., x k )<strong>de</strong>(X 1 , ..., X k ) po<strong>de</strong> ser escrita como<br />

on<strong>de</strong><br />

f(x 1 , ..., x k )=c(F 1 (x 1 ), ..., F k (x k )).<br />

k∏<br />

f i (x i ), (2.3)<br />

i=1<br />

c(u 1 , ..., u k )= ∂k C(u 1 , ..., u k )<br />

∂u 1 ...∂u k<br />

,<br />

é a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da cópula, e f i é a função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> X i ,i=1, ..., k. Em (2.3) notamos<br />

a <strong>de</strong>composição da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> conjunta em duas partes. On<strong>de</strong> c(F 1 (x 1 ), ..., F k (x k ))<br />

<strong>de</strong>screve a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência e ∏ k<br />

i=1 f i(x i ) <strong>de</strong>screve o comportamento marginal<br />

<strong>de</strong> cada componente. A figura (2.1)ilustraaperspectivadacópula <strong>para</strong> o caso em que<br />

as variáveis são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.<br />

Cópulas são conhecidas como funções <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência. Estas também po<strong>de</strong>m ser caracterizadas<br />

como função <strong>de</strong> distribuição acumulada multivariada cujas marginais têm<br />

distribuição U(0, 1). Entre as cópulas po<strong>de</strong>mos citar algumas importantes:<br />

1. C − (u 1 , ..., u k )=max(u 1 +...u k −k+1, 0), Para k =2,C − representa a <strong>de</strong>pendência<br />

negativa perfeita entre as variáveis, não sendo uma cópula <strong>para</strong> k ≥ 3;<br />

6


I<br />

v<br />

2. C ⊥ (u 1 , ..., u k )= ∏ k<br />

i=1 u i,éacópula produto e representa in<strong>de</strong>pendência entre as<br />

variáveis;<br />

3. C + (u 1 , ..., u k )=min(u 1 , ..., u k ), e representa a <strong>de</strong>pendência positiva perfeita entre<br />

as variáveis.<br />

Uma conseqüência do teorema <strong>de</strong> Sklar são os limites <strong>de</strong> Fréchet-Hoeffding, nos quais se<br />

constata, <strong>para</strong> qualquer cópula C(u 1 , ..., u k ),<br />

C − (u 1 , ..., u k ) ≺ C(u 1 , ..., u k ) ≺ C + (u 1 , ..., u k )<br />

u<br />

Figura 2.1: Gráfico da função <strong>de</strong> distribuição <strong>para</strong> o caso em que as variáveis são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,<br />

C(u, v) =uv.<br />

2.2 Teoria dos Valores Extremos<br />

A teoria <strong>de</strong> Valores Extremos (TVE) é um ramo da probabilida<strong>de</strong> que estuda o comportamento<br />

assintótico <strong>de</strong> <strong>extremos</strong> associados a uma seqüência <strong>de</strong> variáveis aleatórias. Nesta<br />

seção faremos uma breve introdução sobre os resultados da teoria <strong>de</strong> <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong><br />

<strong>para</strong> variáveis aleatórias (i.i.d.) que serão relevantes ao nosso estudo.<br />

7


2.2.1 Mo<strong>de</strong>los Assintóticos<br />

Sejam X i ,i =1, 2, ..., n, variáveis aleatórias (i.i.d.), com função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> comum<br />

f e função <strong>de</strong> distribuição F , e representemos como M k,n a k-ésima maior estatística<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> {X 1 , ..., X n }. A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> f k,n e a função <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> F k,n <strong>de</strong> M k,n<br />

po<strong>de</strong>m ser encontradas em Gumbel (1958) e Embrechts, Klüppelberg e Mikosch (1997),<br />

esão dadas por<br />

e<br />

f k,n (z) =<br />

n!<br />

(n − k)!(k − 1)! [F (z)]n−k [1 − F (z)] k−1 f(z), (2.4)<br />

<strong>para</strong> z no suporte <strong>de</strong> F .<br />

F k,n (z) =<br />

∑k−1<br />

j=0<br />

n!<br />

(j)!(n − j)! [F (z)]n−j [1 − F (z)] j , (2.5)<br />

Nos capítulos seguintes será necessário conhecer a distribuição conjunta das K-maiores<br />

estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, esta é fornecida pelo teorema a seguir.<br />

Teorema 2.2 (Embrechts,P.,Klüppelberg, C., Mikosch, T. (1997)) A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> conjunta<strong>para</strong>asK<br />

maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, sendo F absolutamente contínua com<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> f, é:<br />

f M1,n ,...,M K,n<br />

(x 1 , ..., x k )=<br />

n!<br />

(n − k)! F n−k (x k )<br />

k∏<br />

f(x i ), x k < ... < x 1 . (2.6)<br />

i=1<br />

É simples verificar que a função <strong>de</strong> distribuição conjunta <strong>para</strong> as K-maiores estatísticas<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m é dada pela seguinte expressão:<br />

∑k−1<br />

( n<br />

F M1,n ,...,M K,n<br />

(x 1 , ..., x k )= F (x k )<br />

j)<br />

n−j (F (x j ) − F (x k )) j x k < ... < x 1 .<br />

j=0<br />

Outras duas fórmulas que serão utilizadas são a função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e distribuição conjunta<br />

entre a k-ésima e l-ésima estatística <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, ambas são resultados <strong>de</strong>correntes<br />

do teorema anterior ou po<strong>de</strong>m ser facilmente obtidas por cálculo diferencial.<br />

8


A função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> bivariada <strong>de</strong> um par <strong>de</strong> estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m (M l,n ,M k,n )<strong>para</strong><br />

1 ≤ l z, ..., X (1) >z)=<br />

= ( n<br />

n−k+1<br />

)<br />

[F (w)]<br />

n−k+1 ( k−1<br />

k−l<br />

)<br />

[F (z) − F (w)] k+l [1 − F (z)] l−1 .<br />

Para o caso particular <strong>de</strong> l =1ek =2,obtemos:<br />

9


f M1,n M 2,n<br />

(z, w) =(A n,2 ) .f(z).f(w). ( )<br />

n−2<br />

n−2 [F (w)] n−2 . ( 2−2<br />

2−1−1)<br />

[F (z) − F (w)] 2−1−1 .<br />

. [1 − F (z)] 1−1<br />

f M1,n M 2,n<br />

(z, w) =n(n − 1).f(z).f(w). [F (w)] n−2 (2.7)<br />

e<br />

F M1,n M 2,n<br />

(z, w) = ( )<br />

n<br />

n−2+1 [F (w)]<br />

n−2+1 ( )<br />

2−1<br />

2−1 [F (z) − F (w)]<br />

2−1 ( )<br />

1−1<br />

1−1 [1 − F (z)]<br />

1−1<br />

É facil verificar que:<br />

= n [F (w)] n−1 [F (z) − F (w)] . (2.8)<br />

∂ 2 F M1,n M 2,n<br />

(z, w)<br />

∂z∂w<br />

= f M1,n M 2,n<br />

(z, w) =n(n − 1).f(z).f(w). [F (w)] n−2<br />

Entretanto, as expressões acima não são muito usadas, pois, na maioria das situações<br />

práticas, F é <strong>de</strong>sconhecida. A teoria dos <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong> fornece um resultado assintótico,<br />

a generalização do Teorema <strong>de</strong> Fisher e Tippet (Fisher e Tippet,1928), em que a função<br />

<strong>de</strong> distribuição limite in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da função <strong>de</strong> distribuição primitiva F , veja Teorema<br />

4.2.3 <strong>de</strong> Embrechts, Klüppelberg e Mikosch (1997). On<strong>de</strong> G 1,(ξ,μ,σ) é a função <strong>de</strong> distribuição<br />

que representa a família das distribuições GEV (Generalized Extreme Value),<br />

on<strong>de</strong> ξ ∈ R, μ ∈ R, σ>0.<br />

Teorema 2.3 (Fisher-Tippet (1928) e Gne<strong>de</strong>nko (1943)) Se existem seqüências <strong>de</strong> constantes<br />

a n > 0 e b n tais que<br />

{<br />

M1,n − b n<br />

Pr<br />

a n<br />

}<br />

≤ z → G 1 (z) quando n →∞<br />

então G 1 éumafunção <strong>de</strong> distribuição não-<strong>de</strong>generada pertencente a uma das seguintes<br />

famílias:<br />

{ [<br />

I : G 1 (z) =exp −exp −<br />

( z − μ<br />

10<br />

σ<br />

)]}<br />

, −∞


⎧<br />

⎨<br />

II : G 1 (z) =<br />

⎩<br />

⎧<br />

⎨<br />

III : G 1 (z) =<br />

⎩<br />

{<br />

exp<br />

{ [<br />

exp −<br />

0, z ≤ μ,<br />

) } −ξ<br />

, z > μ;<br />

− ( z−μ<br />

σ<br />

− ( z−μ<br />

σ<br />

) ξ<br />

]}<br />

, z < μ<br />

1, z ≥ μ;<br />

<strong>para</strong> parâmetros σ>0, μ ∈ R, e no caso das famílias II e III, ξ>0. Sendo chamadas<br />

respectivamente como, I:Gumbel, II: Fréchet e III: Weibull.<br />

Os três tipos <strong>de</strong> distribuição limite <strong>para</strong> os máximos que são mencionados no Teorema<br />

2.3 têm formas distintas <strong>de</strong> comportamento com relação à função <strong>de</strong> distribuição<br />

primitiva F dos dados. Nas primeiras utilizações <strong>de</strong> <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong> era usual, a priori,<br />

adotar uma das três famílias e posteriormente estimar os parâmetros relevantes da distribuição<br />

escolhida. Contudo, há duas <strong>de</strong>svantagens nesse tipo <strong>de</strong> abordagem: primeiro,<br />

é necessário empregar uma técnica <strong>para</strong> escolher qual das três familias éamaisapropriada<br />

<strong>para</strong> os dados que se têm àmão; Segundo, assim que essa <strong>de</strong>cisão é tomada, as<br />

inferências subseqüentes presumem que a escolha feita no passo anterior foi a correta<br />

enão dá margem <strong>para</strong> investigar as incertezas envolvidas na escolha, embora tais incertezas<br />

possam ser substanciais. Uma melhor análise surgiu com a reformulação dos<br />

mo<strong>de</strong>los apresentados no Teorema 2.3.<br />

É extremamente simples verificar que as famílias<br />

Gumbel, Fréchet e Weibull po<strong>de</strong>m ser combinadas numa única família <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los com<br />

função <strong>de</strong> distribuição da forma:<br />

{ [<br />

G 1 (z) =exp − 1+ξ<br />

( z − μ<br />

σ<br />

)] } −<br />

1<br />

ξ<br />

, (2.9)<br />

<strong>de</strong>finida no conjunto {z : z>μ− σ }, on<strong>de</strong> os parâmetros satisfazem −∞


ξ → 0, conduzindo àfamília Gumbel com função <strong>de</strong> distribuição<br />

{ [ ( )]} z − μ<br />

G 1 (z) =exp −exp −<br />

, −∞ 0}, on<strong>de</strong>−∞


on<strong>de</strong> G 1 éumafunção <strong>de</strong> distribuição não-<strong>de</strong>generada, tal que G 1 é uma GEV dada por<br />

(2.9), então <strong>para</strong> m =1, 2, ...,<br />

{ }<br />

Mm,n − b n<br />

Pr<br />

≤ z → G m (z),<br />

a n<br />

on<strong>de</strong><br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

G m (z) =<br />

⎪⎩<br />

exp{−Λ(z)} ∑ m−1<br />

j=0<br />

0 , se z −1 <strong>para</strong> ξ ≠0or z ∈ R <strong>para</strong> ξ =0<br />

<strong>para</strong> ξ>0<br />

1 , se z>μ− σ ξ <strong>para</strong> ξ −1 <strong>para</strong>ξ ≠0ouz ∈ R <strong>para</strong> ξ =0<br />

g m (z) =<br />

⎩ 0 , caso contrario,<br />

(2.12)<br />

on<strong>de</strong> Λ(z) =−log(G 1 (z)), Λ ′ (z) =dΛ(z)/dz, etambém<br />

⎧<br />

⎨<br />

[ (<br />

1+ξ<br />

z−μ<br />

)] −<br />

1<br />

ξ<br />

, se ξ ≠0<br />

σ<br />

Λ(z) =Λ ξ,μ,σ (z) =<br />

⎩ exp ( )<br />

− z−μ , se ξ =0,<br />

σ<br />

<strong>para</strong> algum −∞


Probabilida<strong>de</strong><br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

Densida<strong>de</strong><br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2<br />

−4 0 2 4<br />

Suporte<br />

−4 0 2 4<br />

Suporte<br />

Figura 2.2: Função <strong>de</strong> distribuição e função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> limite das 5 maiores estatísticas<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m. À esquerda temos as funções <strong>de</strong> distribuição e àdireita,asfunções <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

<strong>para</strong> μ =0, σ =1e ξ =0.2 .<br />

A distribuição conjunta exata <strong>de</strong> (M 1,n ,M 2,n , ..., M K,n )também não po<strong>de</strong> ser usada<br />

<strong>para</strong> inferências, pois, como no caso anterior, esta <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da distribuição primitiva F .<br />

Com a mudança <strong>de</strong> escala apropriada do vetor aleatório, uma distribuição limite po<strong>de</strong><br />

ser obtida (veja Weissman (1978), Smith (1986), Tawn (1988)). Se F está nodomínio<br />

<strong>de</strong> atração <strong>de</strong> alguma distribuição <strong>de</strong> <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong> G 1 (ξ,μ,σ) comξ ≠ 0 e com<br />

seqüências <strong>de</strong> constantes normalizadoras {a n > 0} e {b n },então a distribuição limite<br />

quando n →∞<strong>de</strong><br />

(<br />

M1,n − b n<br />

, ..., M )<br />

K,n − b n<br />

, (2.14)<br />

a n<br />

a n<br />

tem a seguinte função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> conjunta (Smith,1986)<br />

{ [<br />

˜g(z 1 , ..., z K )=exp − 1+ξ<br />

(<br />

zK − μ<br />

σ<br />

)] } −<br />

1<br />

ξ<br />

×<br />

K∏<br />

i=1<br />

[<br />

1<br />

1+ξ<br />

σ<br />

(<br />

zi − μ<br />

σ<br />

)] −<br />

1<br />

ξ −1 , (2.15)<br />

no conjunto dos <strong>valores</strong> <strong>de</strong> z i ,i=1, ..., K, talque1+ξ(z i − μ)/σ > 0ez K ≤ ... ≤ z 1 .<br />

Em (2.15), as constantes <strong>de</strong> escalas <strong>de</strong>sconhecidas são absorvidas pelo parâmetro <strong>de</strong><br />

forma ξ, já que esta fornece a expressão da distribuição limite conjunta <strong>para</strong> os três tipos<br />

<strong>de</strong> GEV. Para uma prova <strong>de</strong> (2.15) ver Coles (2001).<br />

14


Ocasoξ =0é fornecido em Weissman (1978), sendo interpretado como uma forma<br />

limite <strong>de</strong> (2.15). Quando ξ → 0,<br />

{ { ( )}}<br />

zK − μ<br />

K∏<br />

{<br />

1<br />

˜g(z 1 , ..., z K )=exp −exp −<br />

×<br />

σ<br />

σ exp −<br />

i=1<br />

(<br />

zi − μ<br />

σ<br />

)}<br />

, (2.16)<br />

on<strong>de</strong> μ ∈ R, σ>0ez K ≤ ... ≤ z 1 . Em (2.16), o caso K = 1 se reduz na <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da<br />

família Gumbel. Uma outra expressão mais geral, que inclua os três casos é:<br />

⎧<br />

⎨ (−1) K exp{−Λ(z K )} ∏ K<br />

j=1<br />

˜g K (z 1 , ..., z K )=<br />

Λ′ (z j ) , se (z 1 , ..., z K ) ∈ Ω ξ<br />

⎩ 0 , caso contrario.<br />

(2.17)<br />

on<strong>de</strong><br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

Ω ξ =<br />

⎪⎩<br />

R K , se ξ =0<br />

{(z 1 , ..., z K ) ∈ R K : z 1 > ... > z K >μ− σ } ,<br />

ξ<br />

se ξ>0<br />

{(z 1 , ..., z K ) ∈ R K : μ − σ >z ξ 1 > ... > z K } , se ξ


F (u (i)<br />

n )) → Λ(x i ),<strong>para</strong>i =1, ..., K. Então <strong>para</strong> l 1 ≥ ... ≥ l K ,<br />

P {S n (1) = l 1 ,S n<br />

(2) = l 1 + l 2 , ..., S n (K) = l 1 + ... + l K }<br />

→ [Λ(x 1)] l 1<br />

l 1<br />

. [Λ(x 2)−Λ(x 1 )] l 2<br />

! l 2 !<br />

.... [Λ(x K)−Λ(x K−1 )] l K<br />

l K !<br />

exp[−Λ(x K )].✷<br />

(2.18)<br />

Fica evi<strong>de</strong>nte que a distribuição conjunta assintótica das K-maiores estatísticas <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>m po<strong>de</strong> ser obtida diretamente através do (2.6), pelo seguinte cálculo:<br />

P {M 1,n ≤ u (1)<br />

n<br />

, ..., M K,n ≤ u n<br />

(K) } = P {S(1) n =0,S(1) n<br />

≤ 1, ..., S(K) n ≤ K − 1} (2.19)<br />

Além disso, Leadbetter, M., Lindgren, G., Rootzén, H. (1983) afirmam que, se a distribuição<br />

<strong>de</strong> a n (M 1,n − b n ) converge, então não somente a (M i,n − b n )/a n converge em<br />

distribuição <strong>para</strong> i = 1, ..., K, resultado já visto anteriormente, como também a distribuição<br />

conjunta <strong>de</strong> [(M 1,n − b n )/a n , ..., (M K,n − b n )/a n ] converge.<br />

Este resultado é<br />

obtido diretamente <strong>de</strong> (2.19), mas, <strong>de</strong>vido à forma limite da distribuição ser complicada<br />

<strong>de</strong> se obter quando K > 2, mostraremos, a seguir, o resultado somente <strong>para</strong> as duas<br />

maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m.<br />

Teorema 2.7 (Leadbetter, M., Lindgren, G., Rootzén, H. (1983)) Supondo existirem<br />

seqüências <strong>de</strong> constantes a n > 0 e b n tais que<br />

{ }<br />

M1,n − b n<br />

Pr<br />

≤ z → G 1 (z) quando n →∞,<br />

a n<br />

on<strong>de</strong> G 1 éumafunção <strong>de</strong> distribuição não-<strong>de</strong>generada, tal que G 1 é uma GEV dada por<br />

(2.9). Então, <strong>para</strong> x 1 >x 2 ,<br />

P {(M 1,n − b n )/a n ≤ x 1 , (M 2,n − b n )/a n ≤ x 2 }→exp [−Λ(x 2 )] [1 + Λ(x 2 ) − Λ(x 1 )] (2.20)<br />

on<strong>de</strong> Λ(x 1 )=G 1 (x 1 ) e Λ(x 2 )=G 1 (x 2 ).<br />

Prova:<br />

P {M 1,n ≤ u (1)<br />

n ,M 2,n ≤ u (2)<br />

n } = P {S (1)<br />

n =0,S (2)<br />

n ≤ 1}<br />

= P {S (1)<br />

n<br />

= [Λ(x 1)] 0<br />

. [Λ(x 2) − Λ(x 1 )] 0<br />

0! 0!<br />

=0,S(2) n<br />

on<strong>de</strong> Λ(x 1 )=G 1 (x 1 ) e Λ(x 2 )=G 1 (x 2 ).✷<br />

=0} + P {S(1) n =0,S(2) n =1}<br />

exp[−Λ(x 2 )] + [Λ(x 1)] 0<br />

0!<br />

= exp [−Λ(x 2 )] [1 + Λ(x 2 ) − Λ(x 1 )]<br />

16<br />

. [Λ(x 2) − Λ(x 1 )] 1<br />

1!<br />

exp[−Λ(x 2 )]


Existem muitas situações em que um conjunto multivariado <strong>de</strong> dados mostra uma forte<br />

associação positiva, se assemelhando à estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência pertencente ao mo<strong>de</strong>lo<br />

das K-maiores estatísticas (2.15), incluindo as características particulares do suporte da<br />

distribuição multivariada. Exemplos <strong>de</strong>stas situações po<strong>de</strong>m ser casos <strong>de</strong> inundações ou<br />

níveis elevados do mar on<strong>de</strong>, usualmente, o foco énaestimação dos riscos associados a<br />

alguns cenários <strong>de</strong> baixa probabilida<strong>de</strong>. Entretanto, o mo<strong>de</strong>lo em (2.15) po<strong>de</strong> não fornecer<br />

um bom ajuste <strong>para</strong> algumas das componentes marginais. Em tais situações po<strong>de</strong>-se<br />

<strong>de</strong>sejar ter a opção <strong>de</strong> encontrar o melhor ajuste marginal possível, o qual po<strong>de</strong>ria, então,<br />

serligadopelafunção da cópula pertencente ao mo<strong>de</strong>lo das K-maiores. Esta construção<br />

é apoiada pelo Teorema <strong>de</strong> Sklar (Sklar, 1959), sendo a motivação <strong>para</strong> a presente tese.<br />

Portanto, nesta tese inicialmente <strong>de</strong>riva-se a expressão<strong>para</strong>acópula C BIX ,acópula<br />

Bi-extremal pertinente à distribuição assintótica das 2-maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

um processo (i.i.d.). O leitor po<strong>de</strong> consultar Leadbetter et al. (1983) sobre o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

das condições teóricas preenchidas <strong>para</strong> os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong>, no caso<br />

<strong>de</strong> X i ,i =1, 2, ... ser oriunda <strong>de</strong> um processo (i.i.d.). Esta cópula énão-<strong>para</strong>métrica e<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> somente <strong>de</strong> F através das suposições feitas pelos teoremas limite.<br />

Dois trabalhos relacionados são Schmitz (2004) e Avérous, Genest e Kochar (2005).<br />

Schmitz (2004) obtém a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência do mínimo e do máximo <strong>de</strong> n variáveis<br />

aleatórias (i.i.d.), queé <strong>de</strong>terminada também através da cópula. Avérous, Genest and<br />

Kochar (2005) com<strong>para</strong>m o grau <strong>de</strong> associação apresentado por dois pares <strong>de</strong> estatísticas<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>para</strong> a mesma distribuição contínua. Para finalizar, eles usam o conceito bivariate<br />

monotone regression <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce. É <strong>de</strong>monstrado, também, que a cópula associada<br />

ao par <strong>de</strong> estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da função <strong>de</strong> distribuição F, porém uma<br />

expressão<strong>para</strong>acópula não foi elaborada. Um outro trabalho relacionado éAnjos,<br />

Kolev e Tanaka (2005), no qual é dada uma representação da cópula da função <strong>de</strong> distribuição<br />

conjunta das r-ésima e s-ésima estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m correspon<strong>de</strong>ntes aos pares<br />

<strong>de</strong> variáveis aleatórias.<br />

17


Capítulo 3<br />

Acópula Bi-extremal<br />

O estudo da estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência entre eventos <strong>extremos</strong> é cada vez mais pesquisado<br />

em todo mundo, principalmente aos dados relacionados ao mercado financeiro, ou geológicos.<br />

Neste capítulo iremos obter a expressão da cópula pertinente às duas maiores<br />

estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, que será chamada <strong>de</strong> cópula Bi-extremal.<br />

3.1 Especificação<br />

Consi<strong>de</strong>remos, inicialmente, o caso K = 2. Sem perda <strong>de</strong> generalida<strong>de</strong>, sejam μ =0e<br />

σ = 1. A distribuição marginal limite do máximo M 1,n e da segunda maior M 2,n são<br />

dadas por<br />

G 1 (z) =exp{−Λ(z)} e G 2 (z) =exp{−Λ(z)}[1 + Λ(z)] , (3.1)<br />

On<strong>de</strong>, <strong>de</strong>fine-se previamente, Λ(z) =−log(G 1 (z)). As respectivas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s são<br />

g 1 (z) =−exp{−Λ(z)}Λ ′ (z) , (3.2)<br />

g 2 (z) =−exp{−Λ(z)}Λ ′ (z)Λ(z) . (3.3)<br />

Utilizando a expressão (2.17), o caso bivariado tem a seguinte <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> conjunta<br />

assintótica<br />

˜g 2 (z 1 ,z 2 )=exp{−Λ(z 2 )}Λ ′ (z 1 )Λ ′ (z 2 ) , (3.4)<br />

com z 2 ≤ z 1 e z k :1+ξz k > 0, <strong>para</strong> o caso ξ ≠0ez k ∈ R quando ξ =0,<strong>para</strong>k =1, 2.<br />

18


A partir <strong>de</strong>ste ponto e utilizando-se os resultados obtidos e ilustrados anteriormente,<br />

será possível obter a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> c BIX da cópula Bi-extremal.<br />

Teorema 3.1 (Cópula Bi-extremal - função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>). A função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da<br />

cópula Bi-extremal, pertinente à distribuição limite das duas maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />

oriundas <strong>de</strong> uma seqüência <strong>de</strong> variáveis aleatórias (i.i.d.), é dada por:<br />

ψ(v)<br />

c BIX (u, v) =<br />

u(v − ψ(v)) , (3.5)<br />

sendo 0 ≤ u, v, ψ(v) ≤ 1, ψ(v) ≤ u, ψ(v) ≤ v e ψ(v) é implicitamente <strong>de</strong>finida por<br />

v = ψ(v)(1 − log(ψ(v))), ec(u, v) =0caso contrário.<br />

Prova: Substituindo as expressões (3.2), (3.3), (3.4) em (2.3), obtemos c BIX =1/(uΛ(z 2 )).<br />

Seja ψ(v) =exp{−Λ(z 2 )}. Então, Λ(z 2 )=−log(ψ(v)) e c BIX =(−1)/(ulog(ψ(v))).<br />

Note-se que z 2 ≤ z 1 ⇒ ψ(v) ≤ u, <strong>de</strong> (3.1), e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que G 1 (z 2 ) < G 2 (z 2 ), implica<br />

ψ(v)


Observação 3.2 Da Proposição 10 em Avérous, Genest e Kochar (2005), temos que<br />

acópula Bi-extremal é, também, a cópula <strong>de</strong> (−M n,n , −M n−1,n ) (a menor e a segunda<br />

menor estatística <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m) associada àamostraaleatória <strong>de</strong> tamanho n <strong>de</strong> alguma<br />

distribuição contínua.<br />

Éfácil verificar que a função <strong>de</strong> distribuição bivariada limite das duas maiores estatísticas<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, é dada por<br />

⎧<br />

⎨ exp [−Λ(z 2 )] [1 + Λ(z 2 ) − Λ(z 1 )] se z 2 ≤ z 1<br />

˜G 2 (z 1 ,z 2 )=<br />

(3.6)<br />

⎩ exp [−Λ(z 1 )] se z 2 >z 1<br />

Prova: Quando z 2 ≤ z 1 ,sabe-seque<br />

˜G 2 (z 1 ,z 2 )=1− P (M 1 >z 1 ) − P (M 2 >z 2 )+P (M 1 >z 1 ,M 2 >z 2 ),<br />

por outro lado,<br />

P (M 1 >z 1 ,M 2 >z 2 )=<br />

=<br />

=<br />

∫ +∞ ∫ z1<br />

z 1<br />

∫ +∞ ∫ z1<br />

z 1<br />

z 2<br />

exp [−Λ(z 2 )] [Λ ′ (z 1 )][Λ ′ (z 2 )]dz 2 dz 1 =<br />

z 2<br />

exp [−Λ(z 2 )] d[−Λ(z 2 )]d[−Λ(z 1 )]<br />

∫ +∞<br />

{exp [−Λ(z 2 )]}<br />

z 1<br />

=<br />

z 1<br />

z 2<br />

d[−Λ(z 1 )]<br />

z 1<br />

} {<br />

∫ +∞<br />

}<br />

z 1<br />

exp [−Λ(z 1 )] d[−Λ(z 1 )] − exp[−Λ(z 2 )] d[−Λ(z 1 )]<br />

{∫ +∞<br />

Também sabe-se que:<br />

= {exp [−Λ(z 1 )]} +∞<br />

z 1<br />

− exp[−Λ(z 2 )]. {−Λ(z 1 )} +∞<br />

z 1<br />

=1− exp[−Λ(z 1 )] − exp[−Λ(z 2 )][Λ(z 1 )].<br />

P (M 1 >z 1 )=1− P (M 1 ≤ z 1 )=1− exp[−Λ(z 1 )]<br />

P (M 2 >z 2 )=1− P (M 2 ≤ z 2 )=1− exp[−Λ(z 2 )][1 + Λ(z 2 )],<br />

20


utilizando as expressões obtidas anteriormente tem-se:<br />

˜G 2 (z 1 ,z 2 )= 1−{1 − exp[−Λ(z 1 )]}<br />

−{1 − exp[−Λ(z 2 )] − exp[−Λ(z 2 )][Λ(z 2 )]}<br />

+{1 − exp[−Λ(z 1 )] − exp[−Λ(z 2 )][Λ(z 1 )]}<br />

(3.7)<br />

= exp [−Λ(z 2 )] [1 + Λ(z 2 ) − Λ(z 1 )].<br />

Para o caso em que z 2 >z 1 , temos que:<br />

˜G 2 (z 1 ,z 2 ) = P (M 1 ≤ z 1 ,M 2 ≤ z 2 )<br />

= P (M 1 ≤ z 1 ,M 2 ≤ z 1 )<br />

= exp [−Λ(z 1 )] [1 + Λ(z 1 ) − Λ(z 1 )]<br />

= exp [−Λ(z 1 )] ,<br />

resultado este idêntico ao do teorema 2.7.<br />

Observação 3.3 Como simples verificação <strong>de</strong>ste resultado, po<strong>de</strong>-se aplicar o limite na<br />

expressão acima, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> obtêm-se as distribuições marginais encontradas em (3.1).<br />

Vejamos:<br />

do teorema <strong>de</strong> Sklar, temos<br />

lim z2 →z 1<br />

˜G2 (z 1 ,z 2 )=G 1 (z 1 )=exp [−Λ(z 1 )]<br />

lim z1 →+∞ ˜G 2 (z 1 ,z 2 )=G 2 (z 2 )=exp [−Λ(z 2 )] (1 + Λ(z 2 ))<br />

(3.8)<br />

C BIX = ˜G 2 (G −1<br />

1 (u),G −1<br />

2 (v)), (3.9)<br />

On<strong>de</strong> G −1<br />

i (.) representa a função inversa <strong>de</strong> G i ,i=1, 2.<br />

Para se obter a cópula é necessário, inicialmente, calcular as funções inversas G −1<br />

i (.),i=<br />

1, 2. Note que G 1 (z 1 )=u = exp{−Λ(z 1 )}, implicando Λ(z 1 )=−log(u). Então a inversa<br />

<strong>de</strong> G 1 é z 1 =((−log(u)) −ξ − 1)/ξ. Como exp[−Λ(z 2 )][1 + Λ(z 2 )] = v e, por <strong>de</strong>finição,<br />

v = ψ(v)(1 − log(ψ(v))),tem-se ψ(v) =G 1 (z 2 ) ⇒−log(ψ(v)) = Λ(z 2 ). A inversa <strong>de</strong><br />

G 2 é z 2 = ( v−ψ(v) ) −ξ −1<br />

ψ(v)<br />

e este resultado segue <strong>de</strong> que v = ψ(v)(1 + Λ(z<br />

ξ<br />

2 )) ⇒ v−ψ(v) =<br />

ψ(v)<br />

21


(1 + ξz 2 ) −1/ξ . Observe que Λ(z 2 )=<br />

(1+ξ ( v−ψ(v)<br />

ψ(v)<br />

) −1/ξ<br />

= v−ψ(v) . Com estes resul-<br />

ψ(v)<br />

tados estamos em posição <strong>de</strong> obter a cópula C BIX .<br />

) −ξ −1<br />

ξ<br />

Teorema 3.2 (Acópula C BIX ). A cópula Bi-extremal C BIX , pertinente à distribuição<br />

limite das duas maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m oriundas <strong>de</strong> uma seqüência <strong>de</strong> variáveis<br />

aleatórias (i.i.d.), é dada por<br />

⎧<br />

⎨ v + ψ(v)log(u), se v ≤ u(1 − log(u))<br />

C BIX =<br />

⎩ u, se v>u(1 − log(u))<br />

(3.10)<br />

Prova:<br />

(i) Primeiro, note que z 2 ≤ z 1 ⇒ Λ(z 2 ) ≥ Λ(z 1 ) o que implica u(1 − log(ψ(v))) ≤<br />

u(1−log(u)). Como ψ(v) ≤ u e v = ψ(v)(1−log(ψ(v))), v ≤ u(1−log(u)). Para v ≤ u(1−<br />

log(u)), ˜G 2 (G −1<br />

1 (u),G−1<br />

v−ψ(v)<br />

2 (v)) = exp{− }(1 + v−ψ(v) + log(u)) = exp{− v−ψ(v) }( v +<br />

ψ(v)<br />

ψ(v)<br />

ψ(v) ψ(v)<br />

log(u)). De v = ψ(v)(1−log(ψ(v))), obtemos ˜G 2 (G −1<br />

1 (u),G −1<br />

2 (v)) = ψ(v)(1−log(ψ(v)))+<br />

ψ(v)log(u), <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se segue o resultado.<br />

(ii) Quando z 1 0, on<strong>de</strong> Λ(z) é uma função <strong>de</strong>crescente em z, temos:<br />

exp{Λ(z 1 )} = G 1 (z 1 )=u


(ii)<br />

C(0,v) = lim<br />

u→0<br />

(v + ψ(v)lnu) ≤ lim<br />

u→0<br />

[u(1 − ln u)+u ln u)] = lim<br />

u→0<br />

u =0<br />

C(u, 1) = u(1 − ln u)+u ln u = u<br />

C(1,v)=v + ψ(v)ln1=v<br />

(iii) Sejam a, b, c, d ∈ (0, 1) com a ≤ b e c ≤ d, logo :<br />

C(b, d) − C(b, c) − C(a, d)+C(a, c) =<br />

=(d + ψ(d)lnb) − (c + ψ(c)lnb) − (d + ψ(d)lna)+(c + ψ(c)lna) =<br />

= ψ(c)(ln a − ln b)+ψ(d)(ln b − ln a) − ψ(c)(ln b − ln a)+ψ(d)(ln b − ln a) =<br />

= ψ(c)(ln a − ln b)+ψ(d)(ln b − ln a) =<br />

= −ψ(c)(ln b − ln a)+ψ(d)(ln b − ln a) =<br />

(ψ(d) − ψ(c))(ln b − ln a)<br />

Como (ψ(d) − ψ(c)) ≥ 0e(lnb − ln a) ≥ 0, implica que:<br />

(ψ(d) − ψ(c))(ln b − ln a) ≥ 0<br />

Com esta prova fica claro que a cópula Bi-extremal pertence à classe das cópulas. ✷<br />

Observação 3.4 Acópula Bi-Extremal C BIX énão permutável, ou seja,<br />

C BIX (u, v) ≠ C BIX (v, u).<br />

Para ajudar a enten<strong>de</strong>r melhor a cópula Bi-extremal, a Figura (3.3) ilustra, na parte<br />

superior, as linhas <strong>de</strong> contorno da C BIX (esquerda) e as linhas <strong>de</strong> contorno da função <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> c BIX (direita). Na parte inferior da figura, temos as seções diagonais da C BIX ,<br />

M e I (esquerda), e a seção diagonal das respectivas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> (direita).<br />

23


C(U,V)<br />

V<br />

U<br />

Figura 3.2: Gráfico da cópula Bi-Extremal.<br />

3.2 Algoritmo <strong>para</strong> Simulação<br />

Uma vez que recentemente se tenha proposto uma nova cópula, torna-se <strong>de</strong>sejável gerar<br />

pseudo-observações <strong>de</strong>sta. O algoritmo clássico <strong>para</strong> simulação (Frees and Val<strong>de</strong>z, 1998)<br />

extrai U, uniformemente distribuído no intervalo [0, 1], e <strong>de</strong>pois gera V apartirdadistribuição<br />

condicional C BIX (u|v) =∂C BIX (u, v)/∂v.<br />

inversa são dadas na proposição 3.1 e observação 3.5.<br />

A expressão <strong>de</strong> C BIX (u|v) esua<br />

Proposição 3.1 Seja (U, V ) um par <strong>de</strong> variáveis aleatórias com função <strong>de</strong> distribuição<br />

C BIX e supondo todas as <strong>de</strong>finições e notações encontradas nos Teorema 3.1 e Teorema<br />

3.2. A distribuição condicional C v (u|v) =Pr{U ≤ u|V = v} =1− log(u)<br />

log(ψ(v))<br />

u, v ≤ 1 e v ≤ u(1 − log(u)) e C v (u|v) =0caso contrario.<br />

Prova:<br />

<strong>para</strong> todo<br />

Note, inicialmente, que quando v>u(1 − log(u)), C BIX = u, então ∂C BIX (u, v)/∂v =0.<br />

Mas, <strong>para</strong> v ≤ u(1 − log(u)), C v (u|v) = Pr{U ≤ u|V = v} = ∂C BIX (u, v)/∂v =<br />

24


v<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

v<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

u<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

u<br />

0.0 0.4 0.8<br />

M<br />

I<br />

BIX<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

Seção diagonal da fd da Bi−extremal<br />

0 2 4 6 8<br />

BIX<br />

I<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

Seção diagonal da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da Bi−extremal<br />

Figura 3.3: Gráficos da cópula BI-extremal. Na parte superior, os gráficos ilustram as<br />

curvas <strong>de</strong> contorno da cópula Bi-extremal C BIX (esquerda) e da função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

c BIX . Na parte inferior, po<strong>de</strong>mos ver, no gráfico da esquerda, as seções da diagonal<br />

principal das cópulas C BIX , M (cópula <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência perfeita) e I (produto); e no<br />

lado direito as seções diagonais das <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s correspon<strong>de</strong>ntes.<br />

∂(v+ψ(v)log(u))<br />

∂v<br />

=1+ ∂ψ(v) log(u)✷<br />

∂v<br />

Observação 3.5 Afunção inversa <strong>de</strong> C v (u|v) é dada por Cv<br />

−1 (q|v) =exp{(1−q)log(ψ(v))}.<br />

Para se gerar uma observação (u, v) da C BIX , po<strong>de</strong>-se proce<strong>de</strong>r da seguinte maneira:<br />

1. Simule v <strong>de</strong> uma Uniforme(0, 1);<br />

2. Calcule numericamente, ψ(v) <strong>de</strong>finido implicitamente por v = ψ(v)(1 − log(ψ(v)));<br />

3. Simule q <strong>de</strong> uma Uniforme(0, 1);<br />

4. Calcule u = exp{(1 − q)log(ψ(v))}.<br />

25


3.3 Exemplos teóricos<br />

Agora iremos prover dois exemplos, nos quais a C BIX po<strong>de</strong> ser obtida analiticamente.<br />

Seja X 1 ,X 2 , ..., X n uma seqüência <strong>de</strong> variáveis aleatórias (i.i.d.), com distribuição F e<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> f comuns. Assumindo todas as notações fornecidas anteriormente, então, das<br />

expressões (2.4) e (2.5), obtemos F 1,n = (F (y)) n , F 2,n = (F (x)) n + n(F (x)) n−1 (1 −<br />

F (x)), tendo como respectivas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s f 1,n (y) = n(F (y)) n−1 f(y), f 2,n = n(n −<br />

1)f(x)(F (x)) n−2 (1−F (x)), <strong>para</strong> x


e<br />

( n − 1<br />

f M ∗<br />

2,n<br />

(z 2 )=<br />

n<br />

A função <strong>de</strong> distribuição correspon<strong>de</strong>nte a<br />

F M ∗<br />

1,n ,M ∗ 2,n (z 1,z 2 )=n<br />

) (<br />

(−z 2 )<br />

1+ z 2<br />

n<br />

) n−2<br />

.<br />

( z2<br />

n +1 )<br />

(z 1 − z 2 )<br />

com a seguinte <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

( ) n − 1 (z2 ) n−2<br />

f M ∗<br />

1,n ,M2,n ∗ (z 1,z 2 )=<br />

n n +1 ,<br />

substituindo estas expressões na equação (2.3), obtemos<br />

1<br />

c(F M ∗<br />

1,n<br />

(z 1 ),F M ∗<br />

2,n<br />

(z 2 )) −→ lim<br />

n→∞<br />

(−z 2 ) ( −1<br />

)<br />

1+ z 1 n−1<br />

=<br />

z 2 exp{z 1 } .<br />

n<br />

Agora, no caso Weibull com ξ = −1, temos G 1 (z) =exp{z}. Se u = G 1 (z 1 )eψ(v) =<br />

G 1 (z 2 ), nós obtemos c(u, v) =<br />

−1<br />

✷<br />

ulog(ψ(v))<br />

3.3.2 O caso Exponencial(1)<br />

Seja F exponencial(1). Então f 1,n = n(1 − exp{−y}) n−1 exp{−y}, f 2,n (x) = n(n −<br />

1)exp{−2x}(1 − exp{−x}) n−2 ,<strong>para</strong>x>0ey>0. A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> conjunta é<br />

f M1,n M 2,n<br />

(y, x) =n(n − 1)(1 − exp{−x}) n−2 exp{−x}exp{−y}, se 0 ≤ x


3.4 Exemplos utilizando seleções <strong>de</strong> processos (i.i.d.)<br />

Nosso propósito é verificar, neste estágio, os resultados assintóticos <strong>para</strong> amostras finitas.<br />

Foram construídos 8 experimentos <strong>de</strong> simulação e as amostras simuladas <strong>para</strong> cada<br />

experimento foram das seguintes distribuições: (i) Normal(0,1), (ii) Normal(0,4), (iii)<br />

t-stu<strong>de</strong>nt padrão (3 graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>) e (iv) t-stu<strong>de</strong>nt padrão (6 graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>).<br />

Inicialmente, N observações (i.i.d.) do processo selecionado foram geradas e, em seguida,<br />

as séries foram divididas em blocos <strong>de</strong> tamanho n e as duas maiores observações foram<br />

coletadas. Foram feitos blocos <strong>de</strong> tamanho n =30e,<strong>para</strong>cadaprocesso,consi<strong>de</strong>ramos<br />

dois tamanhos <strong>de</strong> série, N = 900 e N = 3000, a distribuição bivariada <strong>de</strong> <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong><br />

(2.15) foi ajustada ao par <strong>de</strong> observações e as estimativas dos parâmetros foram<br />

usadas em (2.11) <strong>para</strong> obter as observações pseudo-Uniforme(0,1). Na figura (3.4), como<br />

exemplo ilustrativo, po<strong>de</strong>mos verificar o histograma dos dados originais, da maior e da<br />

segunda maior observação coletadas <strong>para</strong> cada bloco, sendo o tamanho da série igual a<br />

N =90.000 observações geradas da distribuição N(0, 1).<br />

Para checar se os dados serão corretamente mo<strong>de</strong>lados pela cópula Bi-extremal, adotamos<br />

um teste <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajuste baseado no teste qui-quadrado <strong>de</strong>scrito em Patton<br />

e Andrew (2006)(veja também Fermanian (2005)), que éumaextensão bivariada do teste<br />

usual <strong>de</strong> Pearson. O teste consiste em dividir o quadrado unitário em m × m quadrados<br />

e, coletar O i,j e E i,j , <strong>de</strong>finidos como sendo o número observado e a freqüência esperada<br />

<strong>para</strong> cada célula (i, j); i, j =1, ..., m. EsejaD aestatística <strong>de</strong> teste, <strong>de</strong>finida a seguir,<br />

D =<br />

m∑<br />

i<br />

m∑<br />

j<br />

(O i,j − E i,j ) 2<br />

E i,j<br />

,<br />

esta segue uma distribuição qui-quadrado com υ graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> υ =(m×m)−1.<br />

Construímos um grid sobre [0, 1] 2 ,comm = 10, resultando em 100 células, conforme<br />

ilustra a figura (3.5), on<strong>de</strong>, <strong>para</strong> uma certa realização das 200 iterações, po<strong>de</strong> ser visto<br />

o valor observado, bem como o valor esperado <strong>para</strong> cada uma das 100 células constridas<br />

sobre o grid [0, 1] 2 . Em DeGroot (2002) é mencionado que a estatística <strong>de</strong> teste D tem<br />

uma boa aproximação pela distribuição χ 2 quando o valor esperado <strong>de</strong> cada célula é<br />

superior a 1.5. Logo, como forma <strong>de</strong> evitar distorções no valor calculado da estatística<br />

28


90.000 simulações − N(0,1)<br />

Máximo<br />

Probabilida<strong>de</strong><br />

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4<br />

Probabilida<strong>de</strong><br />

0.0 0.4 0.8<br />

−4 −2 0 2 4<br />

0.5 1.5 2.5 3.5<br />

Segundo Maior<br />

Dados Pseudo−Uniforme(0,1)<br />

Probabilida<strong>de</strong><br />

0.0 0.4 0.8<br />

V − (Segundo Maior)<br />

0.0 0.4 0.8<br />

0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

U − (Máximo)<br />

Figura 3.4: Histogramas do processo <strong>de</strong> simulação. Na parte superior da figura: àesquerda<br />

o histograma <strong>de</strong> 90.000 observações da distribuição N(0,1), àdireitaohistograma<br />

dos máximos observados <strong>para</strong> os blocos <strong>de</strong> tamanho n =30. Na parte inferior: àesquerda<br />

o histograma das segundas maiores observações e à direita os dados pseudo-uniforme(0,1)<br />

<strong>de</strong> teste, todas as células que possuíam valor esperado inferior a um certo ɛ, aquineste<br />

caso igual a 1.5, tiveram os <strong>valores</strong> esperados e observados agrupados em uma célula<br />

vizinha, e assim sucessivamente até que todas as células apresentassem valor esperado<br />

superior ao ɛ <strong>de</strong>terminado. Para cada repetição do processo <strong>de</strong> simulação, após o cálculo<br />

da estatística <strong>de</strong> teste D, foi calculado o p-valor na distribuição qui-quadrado, on<strong>de</strong> foi<br />

atribuído a υ onúmero <strong>de</strong> células com probabilida<strong>de</strong> positiva menos 1, na figura (3.6)<br />

po<strong>de</strong>mos verificar <strong>para</strong> uma certa realização do processo <strong>de</strong> simulação a freqüência dos<br />

p-<strong>valores</strong> obtidos. A partir daí, como forma <strong>de</strong> verificar a a<strong>de</strong>rência dos dados àcópula<br />

Bi-Extremal, foram calculados a média e o erro padrão do p-valor <strong>para</strong> as 200 repetições<br />

<strong>de</strong> cada experimento realizado.<br />

29


Valor Esperado<br />

Valor Observado<br />

V − (Segundo Maior)<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0 0 0 0 0 0 1 2 3 4<br />

0 0 0 0 0 2 2 2 2 2<br />

0 0 0 1 2 2 2 1 1 1<br />

0 0 0 2 2 1 1 1 1 1<br />

0 0 2 2 1 1 1 1 1 1<br />

0 1 2 2 1 1 1 1 1 1<br />

0 3 2 1 1 1 1 1 1 0<br />

1 3 2 1 1 1 1 0 0 0<br />

3 2 1 1 1 1 0 0 0 0<br />

5 1 1 1 0 0 0 0 0 0<br />

V − (Segundo Maior)<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0 0 0 0 0 0 2 0 2 5<br />

0 0 0 0 0 3 2 4 0 1<br />

0 0 0 0 2 2 3 2 3 1<br />

0 0 0 1 1 1 1 2 3 0<br />

0 0 1 3 2 0 1 0 1 0<br />

0 2 3 0 2 0 1 1 0 0<br />

0 2 1 1 0 1 0 0 1 2<br />

2 6 3 0 1 1 0 0 0 1<br />

2 1 4 1 1 0 2 0 0 0<br />

7 0 0 0 1 1 0 0 0 0<br />

0.0 0.4 0.8<br />

0.0 0.4 0.8<br />

U − (Máximo)<br />

U − (Máximo)<br />

Figura 3.5: Com<strong>para</strong>tivo entre dados reais e simulados (N = 3000; n = 30). À esquerda,<br />

<strong>de</strong> forma ilustrativa, temos o valor esperado arredondado, <strong>para</strong> cada célula calculada<br />

apartirdaC BIX , jáà direita, o valor observado <strong>para</strong> uma certa realização das 200<br />

repetições do processo <strong>de</strong> simulação.<br />

Os resultados foram apresentados na tabela 3.1. Como esperado, a média dos p-<strong>valores</strong><br />

ficou próxima <strong>de</strong> 0.50, aceitando, portanto, a hipótese nula <strong>de</strong> que os dados po<strong>de</strong>m ser<br />

mo<strong>de</strong>lados pela cópula Bi-extremal.<br />

30


Tabela 3.1: Média e erro padrão dos p-<strong>valores</strong> obtidos nas simulações<br />

N(0, 1) N(0, 4) t − st(3) t − st(4)<br />

Pequena amostra <strong>de</strong> tamanho (30)<br />

média 0.5692 0.6050 0.5477 0.5638<br />

erro padrão 0.3355 0.3283 0.3475 0.3215<br />

Mo<strong>de</strong>rada amostra <strong>de</strong> tamanho (100)<br />

média 0.5296 0.5504 0.5708 0.5568<br />

erro padrão 0.3112 0.3093 0.3077 0.3082<br />

Histograma dos p−<strong>valores</strong><br />

Frequência<br />

0 5 10 15<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

p−valor<br />

Figura 3.6: Histograma dos p-<strong>valores</strong> obtidos. P-<strong>valores</strong> oriundos das 200 repetições do<br />

processo gerados a partir da N(0,1), com tamanho <strong>de</strong> amostra n = 100.<br />

31


3.5 Verificação empírica <strong>para</strong> a Bi-extremal<br />

Como forma <strong>de</strong> verificar a possibilida<strong>de</strong> da mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> dados reais com a utilização da<br />

estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência da cópula Bi-extremal, foram coletadas observações históricas<br />

<strong>de</strong> duas séries financeiras, sendo estas: a cotação <strong>de</strong> fechamento do IBOVESPA, que<br />

atualmente é o principal índice <strong>de</strong> negociações <strong>de</strong> ações no Brasil, e também a cotação<br />

<strong>de</strong> fechamento das ações da PETROBRAS no período <strong>de</strong> 02/01/1994 a 17/06/2008. Os<br />

dados são provenientes do site www.bovespa.com.br totalizando 3325 observações coletadaseambasasséries<br />

po<strong>de</strong>m ser visualizadas na figura (3.7). Como esperado, as séries<br />

possuem uma gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência temporal, logo, como forma <strong>de</strong> obter séries <strong>de</strong> dados<br />

no mínimo estacionárias, iremos trabalhar com o logaritmo dos retornos <strong>de</strong>stas séries<br />

históricas; estes dados transformados po<strong>de</strong>m ser visualizados na figura (3.8).<br />

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO IBOVESPA<br />

IBOVESPA<br />

0 20000 50000<br />

1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008<br />

02/01/94 a 17/06/08<br />

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AÇÃO PETROBRAS<br />

IBOVESPA<br />

0 10 30 50<br />

1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008<br />

02/01/94 a 17/06/08<br />

Figura 3.7: Evolução histórica do índice IBOVESPA e das ações da PETROBRAS.<br />

32


EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS LOG(RETORNOS) DO IBOVESPA<br />

log(RETORNO)<br />

−0.1 0.1 0.3<br />

0 500 1000 1500 2000 2500 3000<br />

03/01/08 a 27/05/08<br />

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS LOG(RETORNOS) DA PETROBRAS<br />

log(RETORNO)<br />

−0.2 0.0 0.2<br />

0 500 1000 1500 2000 2500 3000<br />

03/01/08 a 27/05/08<br />

Figura 3.8: Evolução histórica do log(RETORNOS) do IBOVESPA e das ações da<br />

PETROBRAS.<br />

Inicialmente os dados <strong>de</strong> ambas as séries foram divididos em blocos <strong>de</strong> tamanho n.<br />

Neste estudo o valor escolhido <strong>para</strong> n foi igual ao número médio <strong>de</strong> dias úteis que um<br />

mês contém, ou seja, n = 22. Posteriormente, <strong>para</strong> cada bloco, foi coletado o par das<br />

duas maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, o que permitiu coletar 151 observações do máximo e<br />

do segundo maior valor <strong>para</strong> cada um dos blocos, em ambas as séries. Além disso, como<br />

os parâmetros a serem estimados <strong>para</strong> o máximo e <strong>para</strong> a segunda maior estatísticas<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m padronizadas são os mesmos, optamos por ajustar a distribuição conjunta<br />

das 2-maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, seção (2.2.2), àcadaumadassérie financeira. Para<br />

maiores <strong>de</strong>talhes ver estudo em Rubem, A.P.S. (2006), on<strong>de</strong> se verifica que as estimativas<br />

provenientes <strong>de</strong>ste ajuste possuem erro padrão menor do que as estimativas provenientes<br />

<strong>de</strong> ajustes se<strong>para</strong>dos <strong>para</strong> o máximo e segundo maior. Na figura (3.9) po<strong>de</strong>mos obser-<br />

33


var os histogramas das duas maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m coletadas e suas respectivas<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s ajustadas.<br />

Máximo−IBOVESPA<br />

Segundo Maior−IBOVESPA<br />

Densida<strong>de</strong><br />

0 5 10 15 20 25 30<br />

Densida<strong>de</strong><br />

0 10 20 30 40<br />

0.00 0.05 0.10 0.15<br />

0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10<br />

Máximo−PETROBRAS<br />

Segundo Maior−PETROBRAS<br />

Densida<strong>de</strong><br />

0 5 10 15 20 25<br />

Densida<strong>de</strong><br />

0 10 20 30 40<br />

0.00 0.05 0.10 0.15 0.20<br />

0.00 0.05 0.10 0.15<br />

Figura 3.9: Histograma e respectiva função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>para</strong> os <strong>valores</strong> observados do<br />

máximo e segundo maior, das séries IBOVESPA e PETROBRAS.<br />

Para ambas as séries, após o ajuste, foram obtidos os <strong>valores</strong> pseudo-uniformes <strong>para</strong> o<br />

máximo e <strong>para</strong> a segunda maior observação. A figura (3.10) ilustra os dados no quadrado<br />

unitário, tanto <strong>para</strong> o índice IBOVESPA, quanto <strong>para</strong> as cotações da PETROBRAS.<br />

Além disso, temos, neste gráfico, dados simulados da cópula Bi-extremal. O que po<strong>de</strong>mos<br />

constatar visualmente é que, em ambos os casos, existe uma forte evidência <strong>de</strong> que<br />

acópula Bi-extremal, é apropriada <strong>para</strong> representar a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência da distribuição<br />

conjunta, entre o máximo e a segunda maior observação em ambas as séries.<br />

Somente a análise gráfica não é suficiente <strong>para</strong> verificar a a<strong>de</strong>rência dos dados àcópula<br />

Bi-extremal; é necessário verificar esta mo<strong>de</strong>lagem através <strong>de</strong> um teste <strong>de</strong> hipótese; o<br />

34


teste <strong>de</strong>scrito na seção (3.4) foi realizado <strong>para</strong> cada série. Para o IBOVESPA, foi encontrado<br />

um p-valor igual a 0.5002, não rejeitando a hipótese <strong>de</strong> que os dados uniformizados<br />

são oriundos da cópula Bi-extremal; o mesmo ocorreu <strong>para</strong> as cotações da PETROBRAS,<br />

on<strong>de</strong> foi obtido um p-valor igual a 0.4305.<br />

IBOVESPA<br />

PETROBRAS<br />

Dados Simulados<br />

V − (Segundo Maior)<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

V − (Segundo Maior)<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

V − (Segundo Maior)<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.4 0.8<br />

U − (Máximo)<br />

0.0 0.4 0.8<br />

U − (Máximo)<br />

0.0 0.4 0.8<br />

U − (Máximo)<br />

Figura 3.10: Dados Uniformizados e Simulados.<br />

35


Capítulo 4<br />

Proprieda<strong>de</strong>s da Cópula Bi-extremal<br />

A estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência revelada pela cópula Bi-extremal é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância<br />

<strong>para</strong> a mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> dados bivariados oriundos <strong>de</strong> uma GEV bivariada. Esta estrutura<br />

po<strong>de</strong> ser melhor i<strong>de</strong>ntificada através <strong>de</strong> algumas medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência e <strong>de</strong> associação.<br />

Neste capítulo, nosso intuito é apresentar as proprieda<strong>de</strong>s oriundas da cópula Bi-extremal.<br />

Para tanto, iremos obter algumas <strong>de</strong>stas medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência. As medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência<br />

e associação, cujos <strong>valores</strong> iremos calcular, são muito conhecidas e sintetizam<br />

a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência capturada pela cópula Bi-extremal.<br />

4.1 Medidas <strong>de</strong> Dependência<br />

4.1.1 O coeficiente <strong>de</strong> cauda<br />

O coeficiente <strong>de</strong> cauda tem como objetivo medir a <strong>de</strong>pendência na cauda superior e inferior<br />

no quadrante I 2 . O conceito <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> cauda em sua gran<strong>de</strong> maioria é<br />

do interesse <strong>de</strong> profissionais que estejam peocupados em mo<strong>de</strong>lar, e conseqüentemente<br />

prever, eventos relacionados com as caudas das distribuições. Embora a probabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>stes seja baixa, a ocorrência <strong>de</strong>stes eventos po<strong>de</strong> representar gran<strong>de</strong>s perdas, em especial<br />

aos relacionados ao mercado financeiro. Logo é <strong>de</strong> extrema importância estudarmos<br />

qual é o comportamento limite <strong>de</strong>stas probabilida<strong>de</strong>s.<br />

Definição 4.1 (Nelsen (2006)) Sejam X e Y variáveis aleatórias contínuas com funções<br />

36


<strong>de</strong> distribuição F e G, respectivamente. O coeficiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> cauda superior<br />

<strong>de</strong>nominado λ U é o limite (se existir) da probabilida<strong>de</strong> condicional <strong>de</strong> Y ser maior que o<br />

t-ésimo percentil <strong>de</strong> G dado que X é maior que o t-ésimo percentil <strong>de</strong> F quanto t ten<strong>de</strong><br />

<strong>para</strong> 1, ouseja,<br />

λ U = lim P [Y >G(−1) (t)|X >F (−1) (t)],<br />

t→1 −<br />

similarmente, o coeficiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> cauda inferior <strong>de</strong>nominado λ L éolimite<br />

(se existir) da probabilida<strong>de</strong> condicional <strong>de</strong> Y ser menor ou igual ao o t-ésimo percentil<br />

<strong>de</strong> G dado que X é menor ou igual ao t-ésimo percentil <strong>de</strong> F quanto t ten<strong>de</strong> <strong>para</strong> 0, ou<br />

seja,<br />

λ L = lim<br />

t→0 + P [Y ≤ G(−1) (t)|X ≤ F (−1) (t)],<br />

A partir da <strong>de</strong>finição acima, nosso intuito é verificar quais são os <strong>valores</strong> <strong>de</strong> λ U e λ L<br />

<strong>para</strong>acópula Bi-extremal.<br />

Teorema 4.1 O coeficiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> cauda: O coeficiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong><br />

cauda superior e inferior da cópula Bi-extremal são iguais a zero.<br />

Prova: Sejaaseção diagonal da cópula Bi-extremal representada por δ(t) e <strong>de</strong>finida da<br />

forma δ(t) =C(t, t). Os coeficientes <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência λ U e λ L <strong>para</strong> uma cópula C qualquer<br />

são calculados usando as seguintes expressões Nelsen (2006)<br />

λ U =2− lim<br />

t→1<br />

∂δ(t)<br />

∂t<br />

e<br />

λ L = lim<br />

t→0<br />

∂δ(t)<br />

∂t<br />

No caso da cópula Bi-extremal, a função da seção diagonal é:<br />

δ C (t) =C(t, t) =t + ψ(t)lnt<br />

On<strong>de</strong> ψ(t) satisfazt = ψ(t)(1 − ln ψ(t)). Temos que<br />

∂ψ(t)<br />

∂t<br />

= − 1<br />

ln ψ(t)<br />

e portanto<br />

∂δ(t)<br />

∂t<br />

=1+ ψ(t)<br />

t<br />

−<br />

ln t<br />

ln ψ(t) .<br />

37


Logo, <strong>para</strong> λ U tem-se:<br />

∂δ(1 − )<br />

∂t<br />

(<br />

= lim 1+ ψ(t) −<br />

t→1 − t<br />

ln t )<br />

ln ψ(t)<br />

ψ(t)<br />

= lim 1+ lim<br />

t→1− t→1 − t<br />

pois lim t→1 − ψ(t) = 1. Empregando a regra <strong>de</strong> L´Hôpital:<br />

∂δ(1 − )<br />

∂t<br />

=2− lim<br />

1<br />

t<br />

t→1 − 1 ∂ψ(t)<br />

ψ(t) ∂t<br />

− lim<br />

t→1 −<br />

ln t<br />

ln ψ(t)<br />

ψ(t)logψ(t)<br />

= 2 + lim<br />

.<br />

t→1 − t<br />

Novamente usando o fato que lim t→1 − ψ(t) =1,temosque<br />

∂δ ′ (1 − )<br />

∂t<br />

Finalmente, conclui-se que λ U =2− 2=0.<br />

Para λ L ;<br />

∂δ(0)<br />

∂t<br />

= lim 1+ ψ(t) −<br />

t→0 t<br />

Empregando a regra <strong>de</strong> L´Hôpital:<br />

∂δ(0)<br />

∂t<br />

=2.<br />

ln t<br />

ln ψ(t) = lim 1 + lim ψ(t)<br />

− lim<br />

t→0 + t→0 + t t→0 +<br />

1<br />

=1− lim<br />

t→0 ln ψ(t) + lim ψ(t)lnψ(t)<br />

t→0 + t<br />

Empregando novamente a regra <strong>de</strong> L´Hôpital;<br />

∂δ(0)<br />

∂t<br />

= 1 + lim<br />

t→0<br />

1.<br />

Concluindo que: λ L =0.✷<br />

−1<br />

1<br />

ln ψ(t)+ψ(t)<br />

ln ψ(t) ψ(t)<br />

1<br />

−1<br />

ln ψ(t)<br />

ln t<br />

=2− lim<br />

t→1 − ln ψ(t) ,<br />

ln t<br />

ln ψ(t)<br />

ψ(t)lnψ(t)<br />

= 1 + lim<br />

.<br />

t→0 t<br />

=1− lim 1 − lim 1<br />

t→0 + t→0 + ln ψ(t)<br />

=1− 1=0<br />

Os resultados obtidos <strong>para</strong> λ U =0eλ L = 0 indicam que os <strong>extremos</strong> da distribuição<br />

conjunta <strong>de</strong> (M 1 ,M 2 ) em ambas as caudas são assintoticamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.<br />

4.1.2 Rho <strong>de</strong> Spearman<br />

A medida conhecida como ρ <strong>de</strong> Spearman na sua versão populacional é baseada na<br />

concordância e discordância. Seja (X 1 ,Y 1 ), (X 2 ,Y 2 )e(X 3 ,Y 3 )três vetores aleatórios<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, com função <strong>de</strong> distribuição conjunta H comum, marginais F e G ecópula<br />

C. Aversão populacional ρ X,Y <strong>de</strong> Spearman é <strong>de</strong>finida como sendo a proporção da probabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> concordância menos a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discordância <strong>para</strong> os vetores (X 1 ,Y 1 )<br />

e(X 2 ,Y 3 ), ou seja:<br />

ρ X,Y =3(P [(X 1 − X 2 )(Y 1 − Y 3 ) > 0] − P [(X 1 − X 2 )(Y 1 − Y 3 ) < 0]).<br />

38


Esta medida po<strong>de</strong> ser obtida também , através da cópula C associada ao vetor (X, Y ),<br />

sua <strong>de</strong>finição é encontrada no teorema 5.1.6, Nelsen(2006). Logo, <strong>para</strong> qualquer cópula<br />

C, oρ <strong>de</strong> Spearman é calculado da seguinte forma<br />

ρ C<br />

=12 ∫∫ I 2 [C(u, v) − uv]dudv<br />

=12 ∫∫ I 2 C(u, v)dudv − 3<br />

=12 ∫∫ I 2 uvdC(u, v) − 3<br />

(4.1)<br />

Proposição 4.1 O coeficiente <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Spearman, ρ S,BIX ,dacópula Bi-Extremal<br />

éiguala2/3.<br />

Prova: A <strong>de</strong>finição do ρ S,BIX , encontrada em Nelsen (2006), é:<br />

∫ ∫<br />

ρ S,BIX =12 [C BIX (u, v) − uv]dudv =<br />

I 2<br />

=12<br />

∫ 1 ∫ u(1−ln u)<br />

0<br />

0<br />

(v + ψ(v)lnu − uv)dvdu +12<br />

∫ 1 ∫ 1<br />

0<br />

u(1−ln u)<br />

Para facilitar o cálculo, po<strong>de</strong>mos se<strong>para</strong>r em duas partes, ou seja:<br />

ρ S,BIX = ρ S,BIX (1) + ρ S,BIX (2).<br />

Desta forma vamos calcular inicialmente o valor <strong>de</strong> ρ S,BIX (1),<br />

=12<br />

=12<br />

ρ S,BIX (1) = 12<br />

∫ 1<br />

0<br />

∫ 1<br />

0<br />

∫ 1 ∫ u(1−ln u)<br />

0 0<br />

∫ 1 ∫ u(1−ln u)<br />

(v + ψ(v)lnu − uv)dvdu<br />

(u − uv)dvdu<br />

=12<br />

[v(1 − u)+ψ(v)lnu]dvdu<br />

0 0<br />

[ ∫ u(1−ln u)<br />

∫ u(1−ln u)<br />

]<br />

v(1 − u)dv + ψ(v)(ln u)dv du<br />

[<br />

0<br />

0<br />

∫ u(1−ln u)<br />

∫ u(1−ln u)<br />

]<br />

(1 − u) vdv +(lnu) ψ(v)dv du.<br />

0<br />

Como por <strong>de</strong>finição v = ψ(v)(1 − ln ψ(v)), implica que dv = − ln ψ(v)dψ(v), logo continuando:<br />

=12<br />

∫ 1<br />

0<br />

[<br />

(1 − u)<br />

( v<br />

2<br />

2<br />

)] u(1−ln u)<br />

0<br />

0<br />

∫ u<br />

+(lnu) ψ(v)(− ln ψ(v))dψ(v)du<br />

0<br />

39


=12<br />

∫ 1<br />

0<br />

∫ 1<br />

=12<br />

[(1 − u) u2 (1 − ln u) 2 ∫ u<br />

]<br />

− (ln u) (ln ψ(v))ψ(v)dψ(v) du<br />

0<br />

2<br />

0<br />

) {(1 − u) u2 (1 − ln u) 2<br />

u ∫ u<br />

]}<br />

− (ln u)<br />

[(ln ψ(v) ψ(v)2 ψ(v) 2 1<br />

−<br />

2<br />

2<br />

0 0 2 ψ(v) dψ(v) du<br />

∫ 1<br />

=12<br />

[(1 − u) u2 (1 − ln u) 2<br />

− (ln u)<br />

(ln u u2<br />

0<br />

2<br />

2 − 1 )]<br />

u 2<br />

du<br />

2 2<br />

∫ 1<br />

=12<br />

[(1 − u) u2 (1 − ln u) 2<br />

− (ln ]<br />

u)2 u 2<br />

+ u2 (ln u)<br />

du<br />

2<br />

2 4<br />

=3<br />

∫ 1<br />

0<br />

0<br />

[<br />

2u 2 (1 − ln u) 2 − 2u 3 (1 − ln u) 2 − 2u 2 (ln u) 2 + u 2 (ln u) ] du<br />

=3<br />

∫ 1<br />

0<br />

[2u 2 +2u 2 (ln u) 2 − 4u 2 ln u − 2u 3 +<br />

−2u 3 (ln u) 2 +4u 3 ln u − 2u 2 (ln u) 2 + u 2 ln u]du<br />

∫ 1<br />

[<br />

=3 2u 2 − 3u 2 ln u − 2u 3 − 2u 3 (ln u) 2 +4u 3 ln u ] du.<br />

0<br />

Calculando se<strong>para</strong>damente, tem-se:<br />

∫ 1<br />

( ) u<br />

2u 2 3 1<br />

du =2 = 2<br />

0<br />

3<br />

0<br />

3<br />

∫ [<br />

1<br />

( ) 1 ∫ ]<br />

1<br />

−3 u 2 ln udu = −3 ln u u3 u 3 1<br />

−<br />

0<br />

3<br />

0 0 3 u du = − ( u 3 ln u ) ( )<br />

1 u<br />

3 1 + 0<br />

3<br />

0<br />

( ) 1<br />

= (0 + lim u 3 ln u)+<br />

u→0 3 − 0 = (lim −u 3 )+ 1<br />

u→0 3 = 1 3<br />

∫ 1<br />

( ) u<br />

−2 u 3 4 1<br />

du = −2 = −2 1<br />

0<br />

4<br />

0<br />

4 = −1 2<br />

∫ [<br />

1<br />

( ) 1 ∫ ]<br />

1<br />

−2 u 3 (ln u) 2 du = −2 (ln u) 2 u4 u 4<br />

−<br />

0<br />

4<br />

0 0 4 2(ln u) 1 u du<br />

∫ [<br />

1<br />

( ) 1 ∫ ]<br />

1<br />

= u 3 (ln u)du = (ln u) u4 u 4 1<br />

−<br />

0<br />

4<br />

0 0 4 u du = − 1 ( ) u<br />

4 1<br />

= − 1 1<br />

4 4<br />

0<br />

4 4 = − 1<br />

16<br />

∫ [<br />

1<br />

( ) 1 ∫ ]<br />

1<br />

4 u 3 (ln u)du =4 (ln u) u4 u 4<br />

∫<br />

1<br />

1<br />

( ) u<br />

−<br />

0<br />

4<br />

0 0 4 u du = −4 u 3 4 1<br />

du = −4 = − 1<br />

0<br />

4<br />

0<br />

4 ,<br />

logo:<br />

( 2<br />

ρ S,BIX (1) = 3<br />

3 + 1 3 − 1 2 − 1 16 − 1 =<br />

4)<br />

9<br />

16 .<br />

40


Por outro lado:<br />

ρ S,BIX (2) = 12<br />

∫ 1<br />

∫ 1<br />

0<br />

∫ 1<br />

u(1−ln u)<br />

∫ 1<br />

=12<br />

{<br />

u<br />

(u − uv)dvdu =12<br />

[<br />

u<br />

(v − v2<br />

∫ 1<br />

∫ 1<br />

0<br />

u(1−ln u)<br />

)] 1<br />

du<br />

0 2<br />

u(1−ln u)<br />

[ 1<br />

2 − u(1 − ln (1 − ln u) 2<br />

u)+u2<br />

=12<br />

0<br />

2<br />

∫ 1<br />

( u<br />

=12<br />

0 2 − u2 (1 − ln u)+ u3 (1 − ln u) 2<br />

2<br />

Calculando, novamente, cada membro interno da integral,<br />

∫ 1<br />

u<br />

0 2 = 1 [ ] u<br />

2 1<br />

= 1 2 2<br />

0<br />

4<br />

∫ 1<br />

] 1 ∫ 1<br />

u 2 (1 − ln u)du =<br />

[(1 − ln u) u3 u 3 −1<br />

−<br />

0<br />

3<br />

0 0 3 u du = 1 3 + 1 3<br />

chega-se:<br />

= 1 2<br />

1<br />

2<br />

∫ 1<br />

0<br />

∫ 1<br />

u 3 (1 − ln u) 2 du = 1 2<br />

Finalmente, o valor resultante é:<br />

0<br />

∫ 1<br />

(u 3 − 2u 3 ln u + u 3 (ln u) 2 )du = 1 2<br />

ρ S,BIX (2) = 12<br />

0<br />

]}<br />

du<br />

)<br />

du.<br />

[ u<br />

3<br />

u(1 − v)dvdu<br />

3<br />

] 1<br />

0<br />

u 3 (1 − 2lnu +(lnu) 2 du =<br />

( 1<br />

4 − 4 9 + 13 )<br />

= 5<br />

64 48 .<br />

[ 1<br />

4 + 2<br />

16 + 1 ]<br />

= 13<br />

32 64 ,<br />

ρ S,BIX = ρ S,BIX (1) + ρ S,BIX (2) = 9 16 + 5 48 = 2 3 .✷<br />

= 1 3 + 1 9 = 4 9<br />

4.1.3 Tau <strong>de</strong> Kendall<br />

Uma das medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> extrema importância é o Tau <strong>de</strong> Kendall. A versão<br />

amostral <strong>de</strong>sta medida <strong>de</strong> associação é <strong>de</strong>finida em termos <strong>de</strong> concordância. Como forma<br />

<strong>de</strong> ilustrar o conceito, seja (x 1 ,y 1 ), (x 2 ,y 2 ), ..., (x n ,y n ) uma amostra aleatória <strong>de</strong> tamanho<br />

n do vetor (X, Y )<strong>de</strong>variáveis aleatórias contínuas. Quando introduzimos os conceito<br />

<strong>de</strong> concordânca, equivale dizer que o par <strong>de</strong> observações birariadas (x i ,y i )e(x j ,y j )é<br />

concordante se x i y j , da mesma forma dizemos que<br />

(x i ,y i )e(x j ,y j )são discordantes se x i y j ou x i >x j e y i


c=número <strong>de</strong> pares concordantes<br />

d=número <strong>de</strong> pares discordantes<br />

Por <strong>de</strong>finição, o tau <strong>de</strong> Kendall amostral é:<br />

t n = c − d<br />

c + d = c − d<br />

( n 2 ) (4.2)<br />

<strong>de</strong>sta forma, t n é a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> concordância menos a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discordância<br />

<strong>para</strong> cada par <strong>de</strong> observações (x i ,y i )e(x j ,y j ) escolhido aleatoriamente da amostra. A<br />

versão populacional <strong>para</strong> o cálculo do tau <strong>de</strong> Kendall é dada por:<br />

τ = P {(X 1 − X 2 )(Y 1 − Y 2 ) > 0}−P {(X 1 − X 2 )(Y 1 − Y 2 ) < 0} (4.3)<br />

Logo, como forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir todas as proprieda<strong>de</strong>s da cópula Bi-Extremal, também<br />

iremos calcular algebricamente qual é o tau <strong>de</strong> Kendall <strong>para</strong> a cópula Bi-Extremal.<br />

Proposição 4.2 O τ <strong>de</strong> Kendall: O coeficiente <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Kendall, τ S,BIX ,da<br />

cópula Bi-Extremal éiguala1/2.<br />

Prova: Do teorema 5.1.3, Nelsen (2006), o τ S,BIX é dado por:<br />

Agora,<br />

τ S,BIX =<br />

∫ 1 ∫ u(1−ln u)<br />

0<br />

0<br />

τ S,BIX =4<br />

∫ 1 ∫ 1<br />

0<br />

∫ 1 ∫ u(1−ln u)<br />

0<br />

0<br />

∫<br />

−v<br />

1<br />

u ln ψ(v) dvdu +<br />

Como, por <strong>de</strong>finição, v = ψ(v)(1 − ln ψ(v)), então:<br />

∫ 1 ∫ u<br />

0<br />

0<br />

∫ 1<br />

0<br />

0<br />

C(u, v)dC(u, v) − 1. (4.4)<br />

−1<br />

(v + ψ(v)lnu)<br />

u ln ψ(v) dvdu =<br />

0<br />

∫ u(1−ln u)<br />

0<br />

∫ 1 ∫ u<br />

−ψ(v)lnu<br />

u ln ψ(v) dvdu.<br />

−ψ(v)(1 − ln ψ(v))<br />

−ψ(v)lnu<br />

(− ln ψ(v))dψ(v)du+<br />

(− ln ψ(v))dψ(v)du =<br />

u ln ψ(v)<br />

0 0 ulnψ(v)<br />

{[ ]<br />

1 ψ(v)<br />

2<br />

u ∫ u<br />

} ∫<br />

ψ(v)<br />

1<br />

[ ]<br />

(1 − ln ψ(v)) +<br />

0 u 2<br />

0 0 2 dψ(v) ln u ψ(v)<br />

2 u<br />

du +<br />

du =<br />

0 u 2<br />

0<br />

∫ 1<br />

[ ]<br />

1 u<br />

2<br />

(1 − ln u)+u2 du + 1 ∫ 1<br />

(u ln u)du =<br />

u 2 4 2<br />

∫ 1<br />

0<br />

u(1 − ln u)<br />

du +<br />

2<br />

∫ 1<br />

0<br />

u<br />

4 du + 1 2<br />

42<br />

0<br />

{ [u 2 ln u<br />

2<br />

] 1<br />

0<br />

−<br />

∫ 1<br />

0<br />

}<br />

u<br />

2 du =


1<br />

2<br />

Logo, temos que:<br />

{ [u 2 (1 − ln u)<br />

2<br />

∫ }<br />

1<br />

u<br />

+<br />

0 2 du + 1 [ ] {<br />

u<br />

2 1<br />

+ 1 0 − 0 − 1 [ ] u<br />

2 1<br />

=<br />

4 2<br />

0<br />

2 2 2 0}<br />

{ ∫<br />

1 1 1<br />

}<br />

2 2 − 0+1 udu + 1 2 0 8 − 1 8 =<br />

{ [ ]<br />

1 u<br />

2 1<br />

1+ =<br />

4 2 0}<br />

3 8 .<br />

] 1<br />

0<br />

τ S,BIX =4 3 8 − 1=1 2 .✷<br />

4.1.4 O coeficiente <strong>de</strong> Schweizer e Wolff<br />

Em certas cituações on<strong>de</strong> os <strong>valores</strong> obtidos <strong>para</strong> as medidas τ <strong>de</strong> Kendall e ρ <strong>de</strong> Spearman<br />

sejam próximas <strong>de</strong> zero, é recomendado calcular a medida <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência σ <strong>de</strong> Schweizer<br />

e Wolff entre duas variáveis aleatórias contínuas. A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> σ C encontrada em<br />

Schweizer e Wolff (1981) é dada pela seguinte expressão:<br />

∫ ∫<br />

σ C = |C(u, v) − uv|dudv.<br />

I 2<br />

σ C po<strong>de</strong> ser visto como a norma em L 1 entre uma certa cópulaeacópula produto, além<br />

disso seu valor esta contido no intervalo [0, 1]. Uma importante proprieda<strong>de</strong> é: σ C =0<br />

se somente se as variáveis correspon<strong>de</strong>s são mutuamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, ou seja, C =Π.<br />

Proposição 4.3 O coeficiente <strong>de</strong> Schweizer e Wolff: A medida <strong>de</strong> associação <strong>de</strong> Schweizer<br />

eWolff,σ BIX ,dacópula Bi-extremal éiguala1/18.<br />

Prova: Agora, C BIX (u, v) ≥ uv, <strong>para</strong>todo(u, v) ∈ [0, 1] 2 . Logo,<br />

∫ ∫<br />

∫ ∫<br />

σ BIX = C BIX (u, v)dudv − uvdudv,<br />

I 2 I 2<br />

como<br />

∫ ∫<br />

I 2 C BIX (u, v)dudv =<br />

∫ 1 ∫ u(1−log(u))<br />

0<br />

0<br />

(v + ψ(v)log(u))dvdu +<br />

∫ 1 ∫ 1<br />

0<br />

u(1−log(u))<br />

udvdu.<br />

Além disso<br />

∫ 1 ∫ 1<br />

0 u(1−log(u))<br />

udvdu =<br />

∫ 1<br />

0<br />

u[1 − u(1 − log(u))]du = 1 18 .<br />

43


Fazendo agora a mudança <strong>de</strong> variável,<br />

v = ψ(v)(1 − log(ψ(v))) ⇒ dv = −log(ψ(v))dψ(v),<br />

obtemos<br />

∫ 1<br />

∫ u<br />

0<br />

0<br />

∫ 1 ∫ u(1−log(u))<br />

0<br />

0<br />

(v + ψ(v)log(u))dvdu =<br />

(ψ(v) − ψ(v)log(ψ(v)) + ψ(v)log(ψ(u))(−log(ψ(v)))dψ(v) = 1 4 ,<br />

o que implica<br />

∫ ∫<br />

C BIX (u, v)dudv = 11<br />

I 36 .<br />

2<br />

Por outro lado, éfácil verificar que<br />

∫ ∫<br />

uvdudv = 1<br />

I 4 ,<br />

2<br />

oqueresultaσ BIX =1/18 .✷<br />

Observação 4.1 Este resultado também po<strong>de</strong> ser obtido através do limite da expressão<br />

1 − ( )<br />

n 2<br />

/ ( 2n<br />

n−1 2(n−1))<br />

quando n →∞,queé <strong>de</strong>rivado da proposição 9 em Avérous, Genest<br />

e Kochar (2005).<br />

Observação 4.2 Segue da Observação 3.2 que o coeficiente <strong>de</strong> correlação tau <strong>de</strong> Kendall<br />

da distribuição limite da menor e da segunda menor estatística <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m éiguala1/2.<br />

Observação 4.3 Note que ρ S,BIX >τ S,BIX ,oqueestá <strong>de</strong> acordo com o resultado (The<br />

pair of or<strong>de</strong>r statistics is positive likelihood ratio <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt), Nelsen (1992). Fredricks e<br />

Nelsen (2007) obtiveram o limite <strong>de</strong> 3/2 ,quandon →∞<strong>para</strong> a razão ρ/τ entre as duas<br />

menores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m. Para este caso, obtemos o valor <strong>de</strong> 4/3.<br />

Observação 4.4 O coeficiente <strong>de</strong> Gini da cópula Bi-extremal, que é dado por γ BIX =<br />

[ ∫ 1<br />

4 C 0 BIX(u, 1 − u)du − ∫ ]<br />

1<br />

[u − C 0 BIX(u, u)du] ,é aproximadamente igual a 2/5. Este<br />

resultado foi obtido por integração numérica.<br />

44


4.1.5 Representação contínua da <strong>de</strong>pendência<br />

Uma outra maneira <strong>de</strong> visualizar a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência da cópula Bi-extremal é<br />

através da função <strong>de</strong> Spearman, introduzida por Anjos e Kolev, (2005), cuja afirmação é<br />

que, <strong>para</strong> qualquer cópula C bivariada, existe uma função contínua <strong>de</strong>finida por ρ c <strong>para</strong><br />

todo (u, v) ∈ [0, 1] 2 ,queé dada por:<br />

ρ c (u, v) =<br />

C(u, v) − uv<br />

√<br />

uv(1 − u)(1 − v)<br />

(4.5)<br />

A função ρ c permite verificar, <strong>para</strong> todo par (u, v), como é o comportamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência<br />

quando com<strong>para</strong>da com a cópulaproduto. Paraocasodacópula Bi-extremal<br />

a função ρ c é:<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

ρ c (u, v) =<br />

⎪⎩<br />

[v+φ(v)ln(u)]−uv<br />

√ ,<br />

uv(1−u)(1−v)<br />

u(1−v)<br />

√ ,<br />

uv(1−u)(1−v)<br />

se v ≤ u(1 − log(u))<br />

se v>u(1 − log(u))<br />

(4.6)<br />

As figuras (4.1) e (4.2) ilustram a perspectiva e suas curvas <strong>de</strong> Nível <strong>para</strong> esta função.<br />

C(U,V)<br />

V<br />

U<br />

Figura 4.1: Perspectiva da função <strong>de</strong> Spearman <strong>para</strong> cópula Bi-Extremal<br />

45


v<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

u<br />

Figura 4.2: Curvas <strong>de</strong> Nível da função <strong>de</strong> Spearman <strong>para</strong> cópula Bi-Extremal<br />

Esta função auxilia verificarmos como é o comportamento da <strong>de</strong>pendência entre as<br />

variáveis. Para o nosso caso em particular, qual éarelação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência entre as duas<br />

maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m padronizadas. O que constatamos graficamente équea<br />

maior <strong>de</strong>pendência ocorre quando os <strong>valores</strong> do par (u, v), no quadrado unitário, estão<br />

proximos da restrição v = u(1 − log(u)). Além disso, po<strong>de</strong>mos validar através das curvas<br />

<strong>de</strong> nível, os <strong>valores</strong> obtidos <strong>para</strong> os coeficientes <strong>de</strong> cauda λ U =0eλ L =0.<br />

46


4.2 Cópula Condicional<br />

Em muitos casos, é interessante estudar a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência da cópula nas regiões<br />

superior ou inferior, ou seja, próximo àregião limite (1, 1) ou (0, 0). Este fato tornase<br />

interessante, pois, em muitos casos, esta estrutura limite é completamente diferente<br />

do todo. Visando a um melhor entendimento sobre esta estrutura, Charpentier (2004)<br />

introduziu o conceito da LTDC (The lower tail <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce copula), que nada mais édo<br />

que a cópula condicional <strong>de</strong> (U, V ) dada a ocorrência <strong>de</strong> (U ≤ u, V ≤ v). Além <strong>de</strong>sta<br />

nova cópula que reflete a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência condicional, também po<strong>de</strong>mos estudar<br />

o limite <strong>de</strong>sta distribuição quando u e v → 1 ou 0, o que permite conhecer exatamente o<br />

comportamento das caudas.<br />

Seja (U, V )ovetoraleatório em [0, 1] 2 com função <strong>de</strong> distribuição C e <strong>de</strong>finindo <strong>para</strong><br />

todo (u, v) ∈ [0, 1] 2 oeventoΞ={U ≤ u} ∩{V ≤ v}. Temos que a distribuição<br />

condicional <strong>de</strong> (U, V ) dado Ξ, <strong>de</strong>notada por F C|Ξ ,é dada pela expressão:<br />

F C|Ξ (x, y) =P (U ≤ x, V ≤ y|Ξ) =<br />

C(x, y)<br />

C(u, v)<br />

on<strong>de</strong> 0 ≤ x ≤ u, 0 ≤ y ≤ v.<br />

É importante lembrar que as distribuições marginais <strong>de</strong> U e V dado Ξ não são uniformes<br />

e F C|Ξ não éumacópula. As distribuições marginais são dadas por:<br />

F U|Ξ (x) =F C|Ξ (x, v) =<br />

C(x, v)<br />

C(u, v)<br />

e F V |Ξ (y) =F C|Ξ (u, y) =<br />

C(u, y)<br />

C(u, v)<br />

A LTDC, The lower tail <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce copula, relativaaC, é <strong>de</strong>notada Φ C|Ξ , sendo<br />

<strong>de</strong>finida como:<br />

−1<br />

C(F<br />

Φ C|Ξ (z, w) =F C|Ξ (F −1<br />

U|Ξ (z),F−1<br />

U|Ξ<br />

V |Ξ<br />

(w)) = (z),F−1 V |Ξ (w))<br />

C(u, v)<br />

A <strong>de</strong>finição acima é <strong>de</strong> extrema importância, pois possibilita encontrar o comportamento<br />

limite da estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência entre as variáveis. Para o caso da Bi-extremal, esta<br />

<strong>de</strong>finição torna-se ainda mais interessante, visto que irá possibilitar enten<strong>de</strong>r o comportamento<br />

dos <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong>.<br />

47


Teorema 4.2 ALTDC<strong>para</strong>acópula Bi-Extremal é dada pela seguinte expressão:<br />

⎧<br />

⎪⎨ z.w<br />

F −1<br />

−1<br />

−1<br />

V |Ξ<br />

(w) ≤ FU|Ξ (z)(1 − ln(FU|Ξ (z)))<br />

Φ C|Ξ (z, w) =<br />

.<br />

⎪⎩<br />

z<br />

F −1<br />

−1<br />

V |Ξ<br />

(w) >F−1<br />

U|Ξ<br />

(z)(1 − ln(FU|Ξ (z)))<br />

Prova: Para o cálculo da LTDC da cópula Bi-Extremal, quando v ≤ u(1 − ln u), a<br />

distribuição condicional é:<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

F C|Ξ (x, y) =<br />

⎪⎩<br />

que tem distribuições marginais:<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

F U|Ξ (x) =<br />

⎪⎩<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

F V |Ξ (y) =<br />

⎪⎩<br />

y+ψ(y)lnx<br />

v+ψ(v)lnu<br />

y ≤ x(1 − ln x)<br />

x<br />

y>x(1 − ln x)<br />

v+ψ(v)lnu<br />

v+ψ(v)lnx<br />

v+ψ(v)lnu<br />

v ≤ x(1 − ln x)<br />

x<br />

v>x(1 − ln x)<br />

v+ψ(v)lnu<br />

y+ψ(y)lnu<br />

v+ψ(v)lnu<br />

y ≤ u(1 − ln u)<br />

u<br />

y>u(1 − ln u)<br />

v+ψ(v)lnu<br />

(4.7)<br />

(4.8)<br />

(4.9)<br />

Para obter a LTDC da Bi-extremal é necessário, em um primeiro momento, calcular<br />

as inversas relativas às distribuições marginais <strong>de</strong> U e V . Inicialmente, vamos calcular<br />

<strong>para</strong> o caso y ≤ x(1 − ln x). A partir da distribuição marginal condicional F U|Ξ em (4.8),<br />

temos:<br />

( )<br />

z = F U|Ξ (x) ⇒ x = F −1<br />

U|Ξ (z) =exp z(v+ψ(v)lnu)−v<br />

.<br />

ψ(v)<br />

(4.10)<br />

Em relação à distribuição F V |Ξ , constata-se que não há inversa analítica. Entretanto, da<br />

expressão (4.9) conclui-se a seguinte igualda<strong>de</strong>:<br />

y + ψ(y)lnu =(v + ψ(v)lnu)w,<br />

esta vale <strong>para</strong> todo u ∈ [0, 1]. Logo, também vale <strong>para</strong> x = F −1<br />

U|Ξ<br />

(z), que, por <strong>de</strong>finição,<br />

está contido no intervalo [0,u]. Portanto:<br />

y + ψ(y)lnx =(v + ψ(v)lnx)w, ∀x ∈ [0,u] (4.11)<br />

48


substituindo os resultados encontrados em (4.10),(4.11) em (4.7), tem-se:<br />

[<br />

y + ψ(y)ln exp<br />

Φ C|Ξ (z, w) =F C|Ξ (F −1<br />

U|Ξ (z),F−1 V |Ξ (w)) = ψ(v)<br />

=<br />

{ [<br />

v + ψ(v)ln exp<br />

(<br />

z(v+ψ(v)lnu)−v<br />

v + ψ(v)lnu<br />

ψ(v)<br />

)]}<br />

w<br />

=<br />

(<br />

z(v+ψ(v)lnu)−v<br />

v + ψ(v)lnu<br />

z(v + ψ(v)lnu)w<br />

v + ψ(v)lnu<br />

)]<br />

= zw<br />

=<br />

Concluímos, portanto, que a LTDC da cópula Bi-extremal éacópula produto quando<br />

y ≤ x(1 − ln x).<br />

É importante ressaltar que o resultado final não é uma função <strong>de</strong> u<br />

e v. Então, <strong>para</strong> todo par bivariado (u, v) dado, a LTDC éacópula produto, o que<br />

caracteriza que condicionalmente as variáveis são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.<br />

Para o caso em que y>x(1 − ln x),<br />

substituindo em (4.7), conclui-se:<br />

z = F U|Ξ (x) ⇒ x = F −1<br />

U|Ξ<br />

(z) =z(v + ψ(v)lnu), (4.12)<br />

Φ C|Ξ (z, w) =z<br />

Por outro lado, quando v>u(1 − ln u), a distribuição condicional da cópula Bi-extremal<br />

é:<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

F C|Ξ (x, y) =<br />

⎪⎩<br />

Possuindo as respectivas distribuições marginais:<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

F V |Ξ (y) =<br />

⎪⎩<br />

y+ψ(y)lnx<br />

u<br />

y ≤ x(1 − ln x)<br />

x<br />

y>x(1 − ln x)<br />

u<br />

F U|Ξ (x) = x u<br />

y+ψ(y)lnu<br />

u<br />

y ≤ u(1 − ln u)<br />

1 y>u(1 − ln u)<br />

(4.13)<br />

(4.14)<br />

(4.15)<br />

Novamente, <strong>para</strong> obter a LTDC da Bi-extremal é necessário,emumprimeiromomento,<br />

calcular as inversas relativas às distribuições marginais <strong>de</strong> U e V . Inicialmente, vamos<br />

calcular <strong>para</strong> o caso y ≤ x(1 − ln x). A partir da distribuição marginal condicional F U|Ξ<br />

em (4.14) temos:<br />

z = F U|Ξ (x) ⇒ x = F −1<br />

U|Ξ (z) =z.u (4.16)<br />

49


Em relação à distribuição F V |Ξ , constata-se que não há inversa analítica. Entretanto, da<br />

expressão (4.15) conclui-se a seguinte igualda<strong>de</strong>:<br />

y + ψ(y)lnu = w.u<br />

Tal igualda<strong>de</strong> vale <strong>para</strong> todo u ∈ [0, 1]. Logo, também vale <strong>para</strong> x = F −1<br />

U|Ξ<br />

(z), que, por<br />

<strong>de</strong>finição, está contido no intervalo [0,u], Portanto:<br />

y + ψ(y)lnx = w.x, ∀x ∈ [0,u]. (4.17)<br />

Substituindo os resultados encontrados em (4.16) e (4.17) em (4.13), tem-se:<br />

Φ C|Ξ (z, w) =F C|Ξ (F −1<br />

w.x<br />

U|Ξ (z),F−1 V |Ξ<br />

(w)) =<br />

u =<br />

= w.u.z = z.w<br />

u<br />

Para este caso, a LTDC da cópula Bi-extremal também éacópula produto <strong>para</strong> y ≤<br />

x(1 − ln x).<br />

Paraocasoemquey>x(1 − ln x), basta substituir (4.16) em (4.13), <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se<br />

conclui:<br />

Φ C|Ξ (z, w) =z.✷<br />

A LTDC da cópula Bi-extremal reforça os resultados obtidos <strong>para</strong> os coeficientes <strong>de</strong><br />

cauda λ U =0eλ L = 0, estes <strong>valores</strong> indicam in<strong>de</strong>pendência entre as variáveis quando<br />

u e v → 0 ou 1, visto que o resultado obtido <strong>para</strong> cópula condicional, quando sujeita à<br />

restrição F −1<br />

−1<br />

−1<br />

V |C<br />

(w) ≤ FU|C (z)(1−ln(FU|C(z))) éacópula produto, ou seja, que as variáveis<br />

são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes quando u e v ten<strong>de</strong>m <strong>para</strong> 0 ou <strong>para</strong> 1.<br />

50


Capítulo 5<br />

Acópula K-extremal<br />

5.1 Preliminares<br />

Um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio foi encontrar uma generalização da cópula Bi-extremal, ou seja, obter<br />

acópula <strong>para</strong> as K-maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>para</strong> amostras (i.i.d.). O primeiro<br />

passo imprescindível, foi conhecer a forma exata da função <strong>de</strong> distribuição das K-maiores<br />

estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>para</strong> uma amostra (i.i.d.) <strong>de</strong> uma variável aleatória contínua.<br />

Teorema 5.1 Afunção <strong>de</strong> distribuição ˜G K <strong>de</strong> uma distribuição MGEV K-dimensional,<br />

tem a seguinte representação,<br />

˜G K (z 1 , ..., z K )=H K (z 1 ,min(z 1 ,z 2 ),min(z 1 ,z 2 ,z 3 ), ..., min(z 1 , ..., z K )), (5.1)<br />

∀(z 1 , ..., z K ) ∈ R K ,on<strong>de</strong><br />

H K (z 1 , ..., z K )=exp{−Λ(z K )}J K (Λ(z 1 ), ..., Λ(z K )), (5.2)<br />

<strong>para</strong> min(z 1 , ..., z K ) >μ− σ ξ ,seξ>0, ou<strong>para</strong>min(z 1, ..., z K )


Prova: Inicialmente é necessário provar que ˜G K é uma função <strong>de</strong> distribuição K-dimensional.<br />

Para tanto, esta <strong>de</strong>ve satisfazer certas proprieda<strong>de</strong>s; um maior <strong>de</strong>talhamento po<strong>de</strong><br />

ser encontrado em James B.R. (1981).<br />

Definição 5.1 (James B.R. (1981)) Uma função F <strong>de</strong>finida <strong>de</strong> R K → R que satisfaça<br />

as proprieda<strong>de</strong> P1, P2, P3 e P4 relacionadas abaixo, é chamada função <strong>de</strong> distribuição<br />

K-dimensional (ou K-variada).<br />

P1 - F (x 1 , ..., x k ) énão <strong>de</strong>crescente em cada uma das variáveis. Ou seja, se r i


Portanto ˜G K (z 1 , ..., z K )= ˜G K (z 1 ,min(z 1 ,z 2 ),min(z 1 ,z 2 ,z 3 ), ..., min(z 1 , ..., z K )) e supondo<br />

em seguida que z 1 >z 2 > ... > z K ,então<br />

˜G K (z 1 , ..., z K )=(−1) K ∫ zK<br />

∫ zK−1<br />

∫ z2<br />

∫ z1<br />

A ξ<br />

y 3<br />

j=1<br />

y K<br />

...<br />

y 2<br />

exp{−Λ(y K )}<br />

K∏<br />

Λ ′ (y j )dy 1 ...dy K .<br />

On<strong>de</strong> A ξ=0 = −∞, A ξ>0 = μ − σ e A ξ ξ


= exp[−Λ(z 2 )]<br />

[ ∑2−1<br />

Λ(z 2 ) j<br />

j!<br />

j=0<br />

−<br />

∑2−1<br />

j=1<br />

]<br />

Λ(z j ) j<br />

J 2−j (Λ(z j+1 ), ..., Λ(z 2 )) =<br />

j!<br />

= exp[−Λ(z 2 )] [1 + Λ(z 2 ) − Λ(z 1 )J 1 ]=<br />

= exp[−Λ(z 2 )] [1 + Λ(z 2 ) − Λ(z 1 )] .<br />

Resultado este que coinci<strong>de</strong> com o obtido na expressão (3.6). Para o caso K =3,temos:<br />

˜G 3 (z 1 ,z 2 ,z 3 )=exp[−Λ(z 3 )]J 3 (Λ(z 1 ), Λ(z 2 ), Λ(z 3 )) =<br />

[ 3−1<br />

]<br />

∑ Λ(z 3 ) j ∑3−1<br />

Λ(z j ) j<br />

= exp[−Λ(z 3 )]<br />

− J 3−j (Λ(z j+1 ), ..., Λ(z 3 )) =<br />

j! j!<br />

j=0<br />

j=1<br />

= exp[−Λ(z 3 )]<br />

[1+Λ(z 3 )+ Λ(z 3) 2<br />

− Λ(z 1 )J 2 (Λ(z 2 ), Λ(z 3 )) − Λ(z ]<br />

2) 2<br />

J 1 =<br />

2!<br />

2!<br />

= exp[−Λ(z 3 )]<br />

[1+Λ(z 3 )+ Λ(z 3) 2<br />

− Λ(z 1 )[1+Λ(z 3 ) − Λ(z 2 )J 1 ] − Λ(z ]<br />

2) 2<br />

J 1 =<br />

2!<br />

2!<br />

= exp[−Λ(z 3 )]<br />

[1+Λ(z 3 )+ Λ(z 3) 2<br />

− Λ(z 1 ) − Λ(z ]<br />

2) 2<br />

− Λ(z 1 )Λ(z 3 )+Λ(z 1 )Λ(z 2 ) =<br />

2!<br />

2!<br />

Mas este resultado também po<strong>de</strong> ser obtido por métodos <strong>de</strong> integração, da mesma forma<br />

que no caso K =2,ouseja:<br />

˜G 3 (z 1 ,z 2 ,z 3 )=P (M 1 >z 1 ,M 2 >z 2 ,M 3 >z 3 )<br />

Sabendo que:<br />

G 3 (z 1 ,z 2 ,z 3 )=<br />

=1− [ Ḡ 1 (z 1 )+Ḡ2(z 2 )+Ḡ3(z 3 ) − Ḡ12(z 1 ,z 2 ) − Ḡ13(z 1 ,z 3 ) − Ḡ23(z 2 ,z 3 )+Ḡ3(z 1 ,z 2 ,z 3 ) ]<br />

Calculando inicialmente:<br />

˜G 3 (z 1 ,z 2 ,z 3 )=<br />

=<br />

=<br />

∫ +∞ ∫ z1<br />

∫ z2<br />

z 1 z 2<br />

∫ +∞ ∫ z1<br />

∫ z2<br />

z 1<br />

=<br />

z 1<br />

∫ +∞<br />

∫ z1<br />

z 1<br />

z 2<br />

∫ +∞ ∫ z1<br />

z 3<br />

exp [−Λ(z 3 )] [−Λ ′ (z 1 )][−Λ ′ (z 2 )][−Λ ′ (z 3 )]dz 3 dz 2 dz 1 =<br />

z 3<br />

exp [−Λ(z 3 )] d[−Λ(z 3 )]d[−Λ(z 2 )]d[−Λ(z 1 )] =<br />

z 2<br />

[exp[−Λ(z 3 )]] z 2<br />

z 3<br />

d[−Λ(z 2 )]d[−Λ(z 1 )] =<br />

z 2<br />

{exp[−Λ(z 2 )] − exp[−Λ(z 3 )]} d[−Λ(z 2 )]d[−Λ(z 1 )] =<br />

54


∫ +∞<br />

{<br />

= {exp[−Λ(z2 )]} z 1<br />

z 2<br />

− exp[−Λ(z 3 )] {−Λ(z 2 )} z }<br />

1<br />

z d[−Λ(z1 2<br />

)] =<br />

z 1<br />

∫ +∞<br />

= {exp[−Λ(z 1 )] − exp[−Λ(z 2 )] − [−Λ(z 1 )]exp[−Λ(z 3 )]+<br />

z 1<br />

+[−Λ(z 2 )]exp[−Λ(z 3 )]} d[−Λ(z 1 )] =<br />

{<br />

= {exp[−Λ(z 1 )]} +∞<br />

z 1<br />

− exp[−Λ(z 2 )] {−Λ(z 1 )} +∞<br />

[−Λ(z1 )] 2<br />

z 1<br />

− exp[−Λ(z 3 )]<br />

2<br />

+[−Λ(z 2 )]exp[−Λ(z 3 )] {−Λ(z 1 )} +∞<br />

z 1<br />

=<br />

=1− exp[−Λ(z 1 )] + [−Λ(z 1 )]exp[−Λ(z 2 )]+<br />

+ [−Λ(z 1)] 2<br />

exp[−Λ(z 3 )] − [−Λ(z 1 )][−Λ(z 2 )]exp[−Λ(z 3 )]<br />

2<br />

Opróximo passo será calcular todas as distribuições marginais, que são:<br />

˜G 12 (z 1 ,z 2 )= ˜G 3 (z 1 ,z 2 , −∞) =<br />

=1− exp[−Λ(z 1 )] + [−Λ(z 1 )]exp[−Λ(z 2 )]<br />

˜G 13 (z 1 ,z 3 )= ˜G 3 (z 1 ,z 3 ,z 3 )=<br />

} +∞<br />

z 1<br />

+<br />

=1− exp[−Λ(z 1 )] + [−Λ(z 1 )]exp[−Λ(z 3 )]+<br />

+ [−Λ(z 1)] 2<br />

exp[−Λ(z 3 )] − [−Λ(z 1 )][−Λ(z 3 )]exp[−Λ(z 3 )]<br />

2<br />

˜G 23 (z 2 ,z 3 )= ˜G 3 (z 2 ,z 2 ,z 3 )=<br />

=1−exp[−Λ(z 2 )]+[−Λ(z 2 )]exp[−Λ(z 2 )]+ [−Λ(z 2)] 2<br />

exp[−Λ(z 3 )]−[−Λ(z 2 )] 2 exp[−Λ(z 3 )]<br />

2<br />

˜G 1 (z 1 )= ˜G 12 (z 1 , −∞) =1− exp[−Λ(z 1 )]<br />

˜G 2 (z 2 )= ˜G 12 (z 2 ,z 2 )=1− exp[−Λ(z 2 )] + [−Λ(z 2 )]exp[−Λ(z 2 )]<br />

˜G 3 (z 3 )= ˜G 23 (z 3 ,z 3 )=<br />

=1− exp[−Λ(z 3 )] + [−Λ(z 3 )]exp[−Λ(z 3 )] − [−Λ(z 3)] 2<br />

exp[−Λ(z 3 )]<br />

2<br />

com isso, conclui-se que:<br />

˜G 3 (z 1 ,z 2 ,z 3 )=<br />

exp[−Λ(z 3 )]<br />

[1+Λ(z 3 )+ Λ(z 3) 2<br />

− Λ(z 1 ) − Λ(z ]<br />

2) 2<br />

− Λ(z 1 )Λ(z 3 )+Λ(z 1 )Λ(z 2 ) .<br />

2<br />

2<br />

Observação 5.1 Se ˜G K éafunção <strong>de</strong> distribuição limite das K-maiores estatísticas <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>m <strong>para</strong> uma amostra (i.i.d) <strong>de</strong> uma variável aleatória contínua, então ˜G K tem como<br />

função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> ˜g K fornecida em (2.17).<br />

55


5.2 Especificação<br />

Nesta seção a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da cópula K-extremal será obtida utilizando-se a expressão<br />

encontrada em (2.3), além disso, os resultados da seção anterior serão empregados <strong>para</strong><br />

se obter a cópula K-extremal. Como primeiro passo vamos <strong>de</strong>finir uma função implícita<br />

que será <strong>de</strong> extrema importância na <strong>de</strong>terminação dos resultados.<br />

Definição 5.2 Seja ψ m :(0, 1) → (0, 1) <strong>de</strong>finida como uma função crescente que satisfaz<br />

aseguinteequação implícita<br />

m−1<br />

∑<br />

u = ψ m (u) (−1) j (log ψ m(u)) j<br />

j!<br />

j=0<br />

(5.4)<br />

em particular, ψ 1 (u) =u. Esta <strong>de</strong>finição éconseqüência direta da fórmula explícita <strong>para</strong><br />

afunção <strong>de</strong> distribuição G m fornecida em (2.11). Além disso, se <strong>de</strong>rivarmos os dois<br />

lados <strong>de</strong> (5.4), iremos obter os seguintes resultados:<br />

( m−1<br />

)<br />

∑<br />

1= (−1) j (log ψ m) j m−2<br />

∑<br />

− (−1) j (log ψ m) j dψ m<br />

(log ψ m) m−1 dψ m<br />

j!<br />

j! du =(−1)m−1 (m − 1)! du ,<br />

j=0<br />

j=0<br />

isso implica<br />

dψ m<br />

du<br />

( ) (log ψm ) m−1 −1 =(−1)m−1 e<br />

(m − 1)!<br />

d log ψ m<br />

du<br />

(<br />

)<br />

=(−1) m−1 (log ψ m ) m−1 −1<br />

ψ m .<br />

(m − 1)!<br />

Um resultado obtido foi conhecer qual a convergência da função ψ −1<br />

K<br />

(u) quando K → 1.<br />

Proposição 5.1 Afunção ψ −1<br />

K<br />

(u) :(0, 1) → (0, 1) converge <strong>para</strong> 1 exponencialmente<br />

rápido, quando K →∞.<br />

PROVA: Temos que a função ψ −1<br />

K<br />

(u) :(0, 1) → (0, 1), é:<br />

Entretanto sabemos que:<br />

K−1<br />

u = ψ −1<br />

K (u) =u ∑<br />

j (log u)j<br />

(−1) . (5.5)<br />

j!<br />

j=0<br />

u<br />

+∞∑<br />

j=0<br />

j (log u)j<br />

(−1)<br />

j!<br />

= u.e log( 1 u ) =1,<br />

56


portanto:<br />

+∞<br />

K (u) − 1| = u ∑<br />

j (log u)j<br />

(−1) ,<br />

j!<br />

|ψ −1<br />

j=K<br />

além disso, existe λ>0, tal que u = e −λ , com isso,<br />

u<br />

+∞∑<br />

j=K<br />

j (log u)j ∑+∞ (−1) = e −λ<br />

j!<br />

j=K<br />

λ j<br />

j! ≤ λK<br />

K! ,<br />

utilizando-se a aproximação <strong>de</strong> stirling, on<strong>de</strong> K! ≈ √ 2πK.K K .e −K ,temos:<br />

λ K<br />

K! ≈ √ (λ.e)K<br />

2πK<br />

K+ 1 2<br />

,<br />

fazendo λ = K/(2e)<br />

= C.e −K log 2 ≤ e −K log 2 ,<br />

on<strong>de</strong> C é uma constante igual a 1/ √ 2π.K, talqueC ≤ 1. Logo <strong>para</strong> 0 ψ 2 (u 2 ) > ... > ψ K (u K ) on<strong>de</strong> ψ m :(0, 1) → (0, 1)<br />

éumafunção crescente <strong>de</strong>finida em (5.4).<br />

Prova: Sabe-seque<br />

c(u 1 , ..., u )=˜g K(G −1<br />

1 (u 1), ..., G −1<br />

K (u K))<br />

K ∏ K<br />

.<br />

j=1 g−1 j (G −1<br />

j (u j ))<br />

Entretanto, aplicando as fórmulas (2.11) e (2.17) obtemos<br />

( K−1<br />

) −1<br />

∏<br />

c(u 1 , ..., u K )= exp{−Λ(G −1<br />

j (u j ))} Λ(G−1 j (u j )) j−1 ( Λ(G<br />

−1<br />

K (u )<br />

K)) K−1 −1<br />

(j − 1)!<br />

(K − 1)!<br />

j=1<br />

57


SIMULAÇÂO<br />

U<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

5 10 15 20<br />

K<br />

Figura 5.1: Gráfico ilustrativo da convergência <strong>de</strong> ψ −1<br />

K<br />

(u) quando K →∞<br />

Da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> ψ m encontrada em (5.4), obtemos (5.7) <strong>de</strong> imediato.<br />

utilizando as expressões das <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> ψ m elogψ m obtemos (5.8). ✷<br />

E, ainda mais,<br />

Observação 5.2 Afunção ψ m que aparece na expressão da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da cópula K-<br />

extremal po<strong>de</strong> ser calculada explicitamente através da função <strong>de</strong> distribuição MGEV como<br />

ψ m (u) =exp{−Λ(G −1<br />

m (u))} <strong>para</strong> todo u ∈ (0, 1) e m ≥ 1.<br />

Utilizando todos os resultados até aqui vistos, iremos, no próximo teorema, obter a<br />

cópula K-extremal.<br />

Teorema 5.3 Acópula <strong>de</strong> uma distribuição GEV K-dimensional, é dada pela expressão<br />

C K (u 1 , ..., u K )=H K (u 1 ,r 1 (u 1 ,u 2 ),r 2 (u 1 ,u 2 ,u 3 ), ..., r K−1 (u 1 , ..., u K )), (5.9)<br />

<strong>para</strong> todo (u 1 , ..., u K ) ∈ [0, 1] K ,on<strong>de</strong><br />

m−1<br />

r m−1 (u 1 , ..., u m )=ψm −1 (ψ ∑<br />

l(u l )) = ψ l (u l ) (−1) j (log ψ l(u l )) j<br />

j!<br />

j=0<br />

,<br />

58


se ψ l (u l )=min(ψ 1 (u 1 ), ..., ψ m (u m )) e<strong>para</strong>todo(u 1 , ..., u K ) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que u 1 = ψ 1 (u 1 ) ≥<br />

ψ 2 (u 2 ) ≥ ... ≥ ψ K (u K )<br />

H K (u 1 , ..., u K )=ψ K (u K )J K (− log u 1 , − log ψ 2 (u 2 ), ..., − log ψ K (u K )) ,<br />

K−1<br />

∑ (− log ψ j (u j )) j<br />

= u K − ψ K (u K )<br />

J K−j (− log ψ j+1 (u j+1 ), ..., − log ψ K (u K ))<br />

j!<br />

j=1<br />

com J m <strong>de</strong>finido previamente no teorema 5.1<br />

Prova: Seja ˜G K a função <strong>de</strong> distribuição limite <strong>de</strong> <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong>. Então a função<br />

<strong>de</strong> distribuição da cópula K-extremal é dada por<br />

C K (u 1 , ..., u K )= ˜G K (G −1<br />

1 (u 1), ..., G −1<br />

K (u K))<br />

<strong>para</strong> todo (u 1 , ..., u K ) ∈ [0, 1] K que pelo teorema 5.1 é igual a<br />

H K (G −1<br />

1 (u 1), min(G −1<br />

1 (u 1),G −1<br />

2 (u 2)), ..., min(G −1<br />

1 (u 1), ..., G −1<br />

K (u K))).<br />

Pela <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> H K , monotonicida<strong>de</strong> e a expressão <strong>para</strong> ψ m na <strong>de</strong>finição (5.2), chega-se<br />

(<br />

)<br />

min (ψ l(u l )) J K − log u 1 , − log min (ψ l(u l )), ..., − log min (ψ l(u l )) .<br />

1≤l≤K l=1,2 1≤l≤K<br />

Usando a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> r m , po<strong>de</strong>mos escrever<br />

ψ K (r K (u 1 , ..., u m )) J K (− log u 1 , − log ψ 2 (r 2 (u 1 ,u 2 )), ..., − log ψ K (r K (u 1 , ..., u m ))) ,<br />

com isso completamos a prova. ✷<br />

5.3 Convergência em Distribuição<br />

Nesta seção nosso objetivo é verificar qual é o comportamento limite da cópula das K-<br />

maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, <strong>para</strong> qualquer seqüência <strong>de</strong> variáveis aleatórias contínuas<br />

(i.i.d.). O teorema seguinte é um resultado <strong>de</strong> convergência, no qual prova-se que, <strong>para</strong><br />

uma gran<strong>de</strong> classe <strong>de</strong> distribuições absolutamente contínuas, a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência<br />

não-linear <strong>para</strong> as K-maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> uma amostra (i.i.d.) éaproximadamente<br />

capturada pela cópula K-extremal. Por uma simples generalização do Lema<br />

59


6 encontrado em Avérous, J., Genest, C., Kochar, S. (2005), tem-se que a cópula multivariada<br />

<strong>para</strong> as K-maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>para</strong> uma amostra (i.i.d.) não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

da distribuição contínua primitiva da amostra. Esta cópula será <strong>de</strong>notada por<br />

n <strong>de</strong>nota o tamanho da amostra.<br />

˜C<br />

(n)<br />

K , on<strong>de</strong><br />

Teorema 5.4 Acópula<br />

˜C<br />

(n)<br />

K<br />

converge em distribuição <strong>para</strong> C K quando n →∞.<br />

Prova:<br />

Seja M 1,n ,...,M K,n uma amostra <strong>de</strong> tamanho n das K-maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, <strong>de</strong><br />

uma certa função <strong>de</strong> distribuição F , que pertence ao domínio <strong>de</strong> atração da distribuição<br />

GEV. Isto significa que existem seqüências <strong>de</strong> números reais (a n ) +∞<br />

n=1 and (b n ) +∞<br />

n=1 tais que<br />

(<br />

M1,n − b n<br />

, ..., M )<br />

K,n − b n<br />

a n<br />

a n<br />

converge em distribuição <strong>para</strong> ˜G K ,queé a distribuição MGEV. Pelo princípio <strong>de</strong> invariância<br />

relativa, a cópula associada a (M 1,n , ..., M K,n )e((M 1,n − b n )/a n , ..., (M K,n −<br />

(n) (n)<br />

b n )/a n )é ˜C<br />

K<br />

,e ˜C<br />

K<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> F .<br />

Seja F n,j a função <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> (a n M n,j + b n ). Portanto, se <strong>de</strong>finirmos a função<br />

então<br />

tem distribuição àcópula<br />

on<strong>de</strong><br />

V n (x 1 , ..., x K )=(F 1,n (x 1 ), ..., F K,n (x K )) (x 1 , ..., x K ) ∈ R n ,<br />

(<br />

M1,n − b n<br />

V n , ..., M )<br />

K,n − b n<br />

, (5.10)<br />

a n<br />

a n<br />

˜C<br />

(n)<br />

K .Acópula K-extremal tem a distribuição <strong>de</strong> V (Y 1, ..., Y K ),<br />

V (x 1 , ..., x K )=(G 1 (x 1 ), ..., G K (x K )) (x 1 , ..., x K ) ∈ R n .<br />

Pelo teorema 5.1 página 30, encontrado em Billingsley, P. (1968), a expressão (5.10)<br />

converge em distribuição <strong>para</strong> a cópula K-extremal, se V n converge uniformemente <strong>para</strong> V<br />

em intervalos compactos. Mas isto é uma conseqüência do Teorema <strong>de</strong> Polya encontrado<br />

em Magalhães, M. N. (2006), que implica convergência uniforme <strong>de</strong> F n,j <strong>para</strong> G j <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que esta seja absolutamente contínua. ✷<br />

Observação 5.3 Através da cópula K-extremal, po<strong>de</strong>-se obter a cópula limite entre a<br />

l-ésima maior e a m-ésima maior estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>para</strong> qualquer escolha <strong>de</strong> l e m.<br />

60


Po<strong>de</strong>-se utilizar as cópulas bivariadas mencionadas na observação (5.3), <strong>para</strong> obter as<br />

medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência rho <strong>de</strong> Spearman e tau <strong>de</strong> Kendall. Para uma cópula bivariada C<br />

qualquer, o coeficiente rho <strong>de</strong> Spearman e tau <strong>de</strong> Kendall são calculados respectivamente<br />

pelas expressões (4.1) e (4.4). Um estudo sobre a convergência <strong>de</strong>stas medidas, entre a<br />

primeira e a K-ésima estatística <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m quando K →∞foi feito, iremos <strong>de</strong>notar estas<br />

medidas respectivamente por ρ K e τ K , K ≥ 2. Como já <strong>de</strong>monstrado anteriormente,<br />

temos que ρ 2 =2/3 eτ 2 =1/2. Além disso, <strong>para</strong> maiores <strong>de</strong>talhes sobre estas medidas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência, veja Avérous, J., Genest, C., Kochar, S. (2005) e Chen, Y. (2007). Com<br />

isso temos o seguinte teorema <strong>de</strong> convergência.<br />

Teorema 5.5 Ambasasseqüências (ρ K ) e(τ K ) convergem <strong>para</strong> zero quando K →∞.<br />

Iremos provar, através da estimativa da expressão exata, que (ρ K ) → 0. Por analogia,<br />

o resultado também po<strong>de</strong> ser aplicado à(τ K ), dado que ρ K ≥ τ K ≥ 0, este resultado<br />

po<strong>de</strong> ser verificado através do teorema 5.1 em Fredricks e Nelsen (2007).<br />

Aplicando diretamente a <strong>de</strong>finição po<strong>de</strong>mos reescrever (ρ K +3)/12 como<br />

∫ 1 ∫ 1<br />

0<br />

ψ −1<br />

K−1 (ψ K (u K ))<br />

...<br />

∫ 1<br />

ψ −1<br />

2 (ψ 3(u 3 ))<br />

∫ 1<br />

ψ 2 (u 2 )<br />

u 1 u K c K (u 1 , ..., u K )du 1 ...du K . (5.11)<br />

Iremos provar que esta converge <strong>para</strong> 1/4 quando K → ∞ resultando em ρ K → 0.<br />

Utilizando a expressão (5.7), a integral anterior po<strong>de</strong> ser escrita como<br />

∫ 1 ∫ 1<br />

0<br />

ψ −1<br />

K−1 (ψ K (u K ))<br />

∫ 1 ∫ (<br />

1<br />

K−1<br />

)<br />

∏ d log(ψ j (u j )) dψ K (u K )<br />

...<br />

u 1 u K du 1 ...du K .<br />

ψ −1<br />

2 (ψ 3(u 3 )) ψ 2 (u 2 )<br />

du<br />

j=1<br />

j du K<br />

Por indução em 1 ≤ m ≤ K − 1, provaremos que<br />

é igual a<br />

∫ 1<br />

ψ −1<br />

m (ψ m+1 (u m+1 ))<br />

∫ 1<br />

∫ 1<br />

...<br />

u 1<br />

ψ −1<br />

2 (ψ 3(u 3 )) ψ 2 (u 2 )<br />

(−1) m [ψ m+1 (u m+1 ) −<br />

m−1<br />

∑<br />

Na verda<strong>de</strong>, ψ 1 é a função i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> em (0, 1), e portanto<br />

∫ 1<br />

ψ 2 (u 2 )<br />

u 1<br />

d log(ψ 1 (u 1 ))<br />

du 1<br />

du 1 =<br />

∫ 1<br />

j=0<br />

ψ 2 (u 2 )<br />

61<br />

m<br />

∏<br />

j=1<br />

d log(ψ j (u j ))<br />

du j<br />

du 1 ...du m .<br />

]<br />

(log ψ m+1 (u m+1 )) j<br />

. (5.12)<br />

j!<br />

u 1<br />

1<br />

u 1<br />

du 1 =(−1)[ψ 2 (u 2 ) − 1].


Agora supondo 5.12 verda<strong>de</strong>ira <strong>para</strong> algum 1 ≤ m = l ≤ K − 2então<br />

]<br />

∑l−1<br />

(−1)<br />

[ψ l (log ψ l+1 (u l+1 )) j d log(ψ l+1 (u l+1 ))<br />

l+1 (u l+1 ) −<br />

,<br />

j!<br />

du l+1<br />

esta é igual a<br />

j=0<br />

(<br />

(−1) l d<br />

ψ l+1 (u l+1 ) −<br />

du l+1<br />

)<br />

l∑ (log ψ l+1 (u l+1 )) j<br />

como ψ l+1 (1) = 1, e integrando em u l+1 ,nointervalo(ψ −1<br />

l+1 (ψ l+2(u l+2 )), 1), obtemos (5.11)<br />

válida <strong>para</strong> m = l + 1. Entretanto a integral (5.11) é igual a<br />

∫ [<br />

]<br />

1<br />

u dψ K−2<br />

∑<br />

K<br />

(logψ K (u)) j<br />

du (u)(−1)K−1 ψ K (u) −<br />

du.<br />

j!<br />

0<br />

Fazendo v = ψ K (u),u∈ (0, 1) e usando a expansão em séries <strong>de</strong> potência<br />

j=1<br />

j=0<br />

j!<br />

v =<br />

∞∑ [log(v)] j<br />

j=0<br />

j!<br />

logo, po<strong>de</strong>mos reescrever a integral anterior da seguinte forma<br />

∫ (<br />

1<br />

∞<br />

)<br />

(−1) K−1 ψ −1<br />

K (v) ∑ [log(v)] j<br />

dv<br />

j!<br />

0<br />

Fazendo uma outra mudança <strong>de</strong> variável e com a expressão (5.4), po<strong>de</strong>mos escrever a<br />

integral em (5.11) como<br />

K−1<br />

∑<br />

=(−1) K−1<br />

on<strong>de</strong><br />

l=0<br />

∞∑<br />

j=K−1<br />

K−1<br />

∑<br />

(−1) K−1<br />

∞∑<br />

l=0 j=K−1<br />

(−1) l−1<br />

j!l!<br />

K−1<br />

∫ +∞<br />

0<br />

y l+j e −2y dy =<br />

( ) l + j 1<br />

(−1) l−1 l 2 = 1 K−1<br />

∑<br />

l+j+1 2 .(−1)K−1<br />

∫ +∞<br />

Terminamos a prova mostrando que<br />

0<br />

K−1<br />

∑<br />

(−1) K−1<br />

y l+j e −2y dy =<br />

∞∑<br />

l=0 j=K−1<br />

(l + j)!<br />

2 l+j+1 .<br />

( l + j<br />

(−1) l−1 l<br />

l=0<br />

∞∑<br />

j=K−1<br />

) 1<br />

2 l+j → 1 2<br />

( ) l + j 1<br />

(−1) l−1 l 2 l+j<br />

62


A partir <strong>de</strong>ste ponto supomos K ímpar (<strong>para</strong> K par a prova é semelhante com poucas<br />

mudanças sinal). O lado esquerdo da expressão anterior <strong>de</strong> convergência é igual a<br />

K−1<br />

∑<br />

l=0<br />

∞∑<br />

j=K−1<br />

( l + j<br />

l<br />

) K−1<br />

1<br />

2 − ∑<br />

l+j<br />

l=0<br />

∞∑<br />

j= K−1<br />

2<br />

( l +2j +1 ) 1<br />

, (5.13)<br />

l 2l+2j Agora aplicando as seguintes i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s<br />

⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞<br />

⎝ l +2j ⎠ =1 e<br />

l +2j +1<br />

⎝ ⎠ = ⎝ l +2j ⎠ + ⎝ l +2j ⎠ , <strong>para</strong> l ≥ 1,<br />

0<br />

l<br />

l − 1 l<br />

<strong>para</strong> escrever o segundo termo <strong>de</strong> (5.13) como<br />

⎛ ⎞<br />

⎛ ⎞<br />

∞∑ 2j +1<br />

⎝ ⎠ 1<br />

K−1<br />

j=K−1 K − 1 2 − ∑ ∞∑<br />

⎝ l + j ⎠ 1<br />

2j+1<br />

l=0 j=K−1 l 2 . l+j<br />

Portanto (5.13) é igual a<br />

⎛ ⎞<br />

∞∑ 2j +1<br />

⎝ ⎠ 1<br />

K − 1 2 2j+1<br />

oqueé igual a<br />

⎛ ⎞<br />

∞∑<br />

⎝ j − 1 ⎠ 1<br />

j=2K K − 1 2 + j<br />

Mas<br />

j=K−1<br />

∞<br />

∑<br />

j=K−1<br />

⎛ ⎞<br />

2j +1<br />

⎝ ⎠<br />

K − 1<br />

(<br />

1 −<br />

⎛ ⎞<br />

2j +1<br />

⎝ ⎠ 1<br />

K − 1 2 2(j+2)<br />

)<br />

2j +2 1<br />

2(2j − K +3) 2 . 2(j+2)<br />

são probabilida<strong>de</strong>s oriundas <strong>de</strong> uma distribuição binomial negativa, logo o segundo elementonasomaacima,é<br />

limitado por<br />

(<br />

1 −<br />

2K )<br />

.<br />

2K +2<br />

Por conseguinte, o limite <strong>de</strong> (5.13) quando K →∞é o mesmo que o limite da expressão<br />

⎛ ⎞<br />

∞∑<br />

⎝ j − 1 ⎠ 1<br />

K − 1 2 j<br />

j=2K<br />

que é a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma distribuição binomial negativa com parâmetros K e1/2,<br />

<strong>para</strong> <strong>valores</strong> maiores ou iguais a 2K. Esta probabilida<strong>de</strong> converge <strong>para</strong> 1/2 pelo Teorema<br />

Central do Limite.<br />

63<br />


5.4 Algoritmo <strong>para</strong> Simulação<br />

Igualmente como visto na seção 3.2 o método <strong>para</strong> simular <strong>valores</strong> oriundos <strong>de</strong> uma certa<br />

cópula multivariada é baseado na técnica <strong>de</strong> amostragem condicional ver Cherubini, U.,<br />

Luciano, E., Vecchiato, W. (2004). Vamos focar agora <strong>para</strong> o caso em que <strong>de</strong>sejamos<br />

gerar <strong>valores</strong> oriundos <strong>de</strong> uma cópula K-dimensional. Seja U 1 ,U 2 , ..., U K uniformemente<br />

distribuídos e tendo C como sendo sua função <strong>de</strong> distribuição, então a distribuição condicional<br />

<strong>de</strong> U i dado os <strong>valores</strong> <strong>de</strong> U 1 ,U 2 , ..., U i−1 ,é dado por<br />

C i (u i |u 1 , ..., u i−1 ) = Pr(U i ≤ u i |U 1 = u 1 , ..., U i−1 = u i−1 )<br />

=<br />

( [∂ i−1 C i (u 1 , ..., u i )]/[∂u 1 , ..., ∂u i−1 ]<br />

)<br />

∂ i−1 C i−1 (u 1 , ..., u i−1 )]/[∂u 1 , ..., ∂u i−1 ]<br />

(5.14)<br />

com i =2, ..., K. Obviamente assumimos que ambos, numerador e <strong>de</strong>nominador, existem<br />

eestenão é zero, <strong>de</strong>sta forma o algoritmo <strong>para</strong> a simulação po<strong>de</strong> ser reescrito da seguinte<br />

forma<br />

(i) Defina C i (u 1 ,u 2 , ..., u i )=C(u 1 ,u 2 , ..., u i , 1, ..., 1) <strong>para</strong> i =1, ..., K;<br />

(ii) Simule um valor aleatório u 1 oriundo <strong>de</strong> uma U(0, 1);<br />

(iii) E generalizando, gere um valor aleatório u i oriundo <strong>de</strong> C i (.|u 1 , ..., u i−1 )<strong>para</strong><br />

i =1, ..., K.<br />

Logo, <strong>para</strong> se obter o valor <strong>de</strong> u i através <strong>de</strong> C i (.|u 1 , ..., u i−1 ), basta gerar um valor<br />

q oriundo <strong>de</strong> uma U(0, 1), e <strong>de</strong>finir u i<br />

= Ci<br />

−1 (q|u 1 , ..., u i−1 )queéobtidodaequação<br />

q = C i (u i |u 1 , ..., u i−1 ). Para que possa gerar <strong>valores</strong> aleatórios oriundos da cópula K-<br />

extremal, torna-se necessário conhecermos qual é a distribuição <strong>de</strong> (U i |U 1 ,U 2 , ..., U i−1 ).<br />

Teorema 5.6 A distribuição condicional (U i |U 1 ,U 2 , ..., U i−1 ) <strong>para</strong> a cópula K-extremal<br />

é dada pela seguinte expressão.<br />

C i (u i |u 1 , ..., u i−1 )= ψ i(u i )<br />

ψ i−1 (u i−1 ) . (5.15)<br />

Prova: Calculando inicialmente o numerador <strong>de</strong> (5.14), tem-se,<br />

64


∂ i−1 C i (u 1 , ..., u i )<br />

∂u 1 , ..., ∂u i−1<br />

=<br />

[<br />

∂ i−1 −ψ i (u i ) ∑ ]<br />

i−1 −log(ψ j (u j )) j<br />

j=1<br />

J<br />

j! i−j (− log ψ j+1 (u j+1 ), ..., − log ψ i (u i ))<br />

. (5.16)<br />

∂u 1 ...∂u i−1<br />

Eliminando os termos que não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> todas as variáveis u 1 , ..., u i−1 ,conclui-se<br />

[<br />

∂ i−1 C i (u 1 , ..., u i ) ∂ i−1 −ψ i (u i ) ∏ ]<br />

i−1<br />

j=1 (−log(ψ(u j)))<br />

=<br />

=<br />

∂u 1 , ..., ∂u i−1 ∂u 1 ...∂u i−1<br />

mas como<br />

conclui-se<br />

d log ψ m<br />

du<br />

(<br />

)<br />

=(−1) m−1 (log ψ m ) m−1 −1<br />

ψ m<br />

(m − 1)!<br />

∏i−1<br />

(<br />

=(−1) i ψ i (u i )(−1) i−1 (−1) j−1 ψ j (u j ) log(ψ )<br />

j(u j )) j−1 −1<br />

. (5.17)<br />

(j − 1)!<br />

j=1<br />

Já o <strong>de</strong>nominador em (5.14), nada mais é do que a função <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da cópula K-<br />

extremal <strong>para</strong> K = i − 1, logo:<br />

∂ i−1 C i−1 (u 1 , ..., u i−1 )<br />

∂u 1 , ..., ∂u i−1<br />

( i−2<br />

∏<br />

j=1(−1) j−1 ψ j (u j ) (log ψ j(u j )) j−1 )<br />

(j − 1)!<br />

) −1 (<br />

− (log ψ )<br />

i−1(u i−1 )) i−2 −1<br />

(5.18)<br />

(i − 2)!<br />

finalmente, substituindo os <strong>valores</strong> <strong>de</strong> (5.17) e (5.18) em (5.14), obtemos:<br />

Fazendo q = C i (u i |u 1 , ..., u i−1 ), temos:<br />

C i (u i |u 1 , ..., u i−1 )= ψ i(u i )<br />

ψ i−1 (u i−1 ) .<br />

✷<br />

u i = Ci<br />

−1 (q|u 1 , ..., u i−1 )=ψi −1 (q.ψ i−1 (u i−1 ))<br />

65


mas pela <strong>de</strong>finição 5.2, conclui-se:<br />

∑i−1<br />

u i = ψ i (q.ψ i−1 (u i−1 )) (−1) j (log ψ i(q.ψ i−1 (u i−1 ))) j<br />

j!<br />

j=0<br />

Este último resultado implica que inúmeras simulações po<strong>de</strong>m ser feitas, tanto <strong>de</strong> forma<br />

a possibilitar um maior conhecimento sobre a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência da cópula K-<br />

extremal, como também <strong>para</strong> auxiliar em futuras mo<strong>de</strong>lagens <strong>de</strong> dados reais. A figura<br />

(5.2) ilustra gráficos <strong>de</strong> cruzamento entre as variáveis uniformizadas, a partir <strong>de</strong> dados<br />

simulados da cópula K-extremal (K =4).<br />

.<br />

U2<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

U3<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

U4<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.4 0.8<br />

U1<br />

0.0 0.4 0.8<br />

U1<br />

0.0 0.4 0.8<br />

U1<br />

U3<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

U4<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

U4<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.4 0.8<br />

U2<br />

0.0 0.4 0.8<br />

U2<br />

0.0 0.4 0.8<br />

U3<br />

Figura 5.2: Gráficos com cruzamentos entre dados simulados da cópula K-extremal, com<br />

K =4<br />

5.5 Simulações <strong>de</strong> processos (i.i.d.)<br />

Como foi feito na seção (3.4), queremos verificar os resultados assintóticos <strong>para</strong> a cópula<br />

K-extremal. As simulações foram divididas em 5 etapas. Como forma simplificadora,<br />

66


optamos por estudar a a<strong>de</strong>rência dos dados simulados àcópula K-extremal com K =4.<br />

Também aqui, assumimos m = 10, ou seja, <strong>para</strong> cada dimensão no intervalo (0, 1) foram<br />

feitas 10 partições <strong>de</strong> igual tamanho, o que resultou em 10.000 células no R 4 .Além disso,<br />

<strong>de</strong>vido ao intenso cálculo computacional que seria necessário <strong>para</strong> se obter a probabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> cada célula, optamos por utilizar uma aproximação, que consistiu em multiplicar o<br />

volume <strong>de</strong> cada célula pelo valor da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da cópula 4-extremal em seu ponto médio<br />

no quadrado 4-dimensional. Foram construídos 12 experimentos <strong>de</strong> simulação. Estes<br />

tiveram como primeiro objetivo verificar a convergência dos resultados <strong>para</strong> várias distribuições<br />

<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> contínua, sendo estas: (i) Normal(0,1), (ii) Normal(0,4), (iii)<br />

t-st(3), (iv) t-st(4), (v) Gama(1,3), (vi) Uniforme(0,1), <strong>para</strong> dois tamanhos <strong>de</strong> amostra<br />

N = 100 e N = 300. Para cada processo <strong>de</strong> simulação foi calculada a estatística <strong>de</strong><br />

teste D eop-valor na respectiva distribuição qui-quadrado. A partir daí, como forma<br />

<strong>de</strong> verificar a a<strong>de</strong>rência dos dados àcópula 4-extremal, foram calculados a média, o erro<br />

padrão da distribuição amostral dos p-<strong>valores</strong> obtidos e o percentual dos p-<strong>valores</strong> que<br />

foram maiores do que 0.05 <strong>para</strong> as 200 repetições <strong>de</strong> cada experimento realizado.<br />

Para todos os processos em que os dados são i.i.d., conforme ilustra a tabela (5.1)<br />

e nas figuras (A.1) a (A.3), constatamos que a cópula K-extremal com K =4éi<strong>de</strong>al<br />

<strong>para</strong> representar a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência multivariada das 4 maiores estatísticas <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>m. Somente no caso uniforme, foi que obtemos um maior percentual <strong>de</strong> rejeição<br />

<strong>para</strong> o tamanho <strong>de</strong> amostra N = 100, mas, quando a amostra passou <strong>para</strong> N = 300,<br />

imediatamente houve uma expressiva diminuição <strong>de</strong>ste percentual. Neste processo <strong>de</strong><br />

simulação nosso intuito foi verificar e <strong>de</strong>mostrar a a<strong>de</strong>rência dos resultados teóricos a<br />

dados simulados, sujeitos às hipóteses feitas previamente. A partir <strong>de</strong>ste ponto, surge<br />

também o interesse <strong>de</strong> verificar qual seria a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem da cópula K-<br />

extremal a conjuntos <strong>de</strong> dados oriundos <strong>de</strong> processos estacionários, que serão <strong>de</strong>talhados<br />

na seção 5.7.<br />

67


Tabela 5.1: Tabela com dados simulados <strong>para</strong> a cópula 4-extremal - processos i.i.d.<br />

Média Erro padrão % > 0.05<br />

Processo i.i.d. (N=100)<br />

N(0, 1) 0.8345 0.2770 97%<br />

N(0, 4) 0.8380 0.2728 95%<br />

t − st(3) 0.8496 0.2636 96%<br />

t − st(4) 0.8585 0.2362 98%<br />

Gama(1, 3) 0.8740 0.4208 99%<br />

Uniforme(0, 1) 0.6370 0.4208 76%<br />

Processo i.i.d. (N=300)<br />

N(0, 1) 0.7049 0.2863 98%<br />

N(0, 4) 0.7290 0.2860 97%<br />

t − st(3) 0.6470 0.3266 94%<br />

t − st(4) 0.7196 0.2938 98%<br />

Gama(1, 3) 0.7603 0.2705 98%<br />

Uniforme(0, 1) 0.6800 0.3238 93%<br />

68


5.6 Verificação empírica <strong>para</strong> a K-extremal<br />

Nosso intuito, nesta seção, é verificar, com a utilização <strong>de</strong> dados reais, a a<strong>de</strong>rência da<br />

estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência da cópula K-extremal. Os dados utilizados nesta aplicação<br />

são os mesmos da seção 3.5, sendo que, <strong>para</strong> este caso, foram coletadas as 3 maiores<br />

observações <strong>para</strong> cada bloco. Após o ajuste da estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência da cópula 3-<br />

extremal aos dados, obtemos um p-valor igual a 0.6573. Este valor aceita a hipótese nula,<br />

ou seja, que a cópula 3-extremal é apropriada <strong>para</strong> exprimir a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência,<br />

entre as três maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m padronizadas.<br />

5.7 Processos Estacionários<br />

A generalização da teoria <strong>de</strong> <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong> <strong>para</strong> processos estacionários está bem<strong>de</strong>talhada<br />

no trabalho <strong>de</strong> Leadbetter (1983). Esta foi fundamental <strong>para</strong> unificar os resultados,<br />

como também <strong>para</strong> <strong>de</strong>senvolver uma caracterização amplamente aplicável, adotando apenasfracassuposições<br />

<strong>de</strong> regularida<strong>de</strong>.<br />

Os resultados ilustrados no capítulo 2 foram obtidos a partir <strong>de</strong> processos oriundos<br />

<strong>de</strong> uma seqüência <strong>de</strong> variáveis aleatórias in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes (<strong>para</strong> um melhor <strong>de</strong>talhamento<br />

veja o teorema 2.5). No entanto, <strong>para</strong> os tipos <strong>de</strong> dados aos quais os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> <strong>valores</strong><br />

<strong>extremos</strong> são comumente aplicados, a in<strong>de</strong>pendência temporal é uma suposição nada<br />

realista. Condições extremas freqüentemente persistem durante algumas observações<br />

consecutivas, trazendo à tona o questionamento quanto àa<strong>de</strong>quação <strong>de</strong>sses mo<strong>de</strong>los.<br />

Uma investigação <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong>ssas questões requer um tratamento matemático num<br />

nível mais elevado. Contudo, a idéia básica não édifícil e o principal resultado obtido<br />

tem uma interpretação intuitiva bastante simples. Um <strong>de</strong>talhamento mais preciso édado<br />

em Leadbetter et al (1983).<br />

A generalização mais natural <strong>de</strong> uma seqüência <strong>de</strong> variáveis aleatórias in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes é<br />

<strong>para</strong> séries estacionárias. Estacionarieda<strong>de</strong> é uma suposição bem mais realista <strong>para</strong> vários<br />

processos, correspon<strong>de</strong>ndo a séries cujas variáveis po<strong>de</strong>m ser mutuamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,<br />

mas cujas proprieda<strong>de</strong>s estocásticas são homogêneas através do tempo.<br />

69


A <strong>de</strong>pendência em séries estacionárias po<strong>de</strong> assumir diversas formas, sendo, portanto,<br />

impossível <strong>de</strong>senvolver uma caracterização geral do comportamento <strong>de</strong> <strong>extremos</strong>, a menos<br />

que algumas restrições sejam impostas. É usual assumir a condiçãoquerestringeaextensão<br />

da <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> longo prazo em níveis <strong>extremos</strong>, <strong>de</strong> tal forma que eventos<br />

X i >ue X j >usejam aproximadamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, <strong>para</strong> <strong>valores</strong> <strong>de</strong> u suficientemente<br />

gran<strong>de</strong>s, e os tempos i e j bastante distanciados no tempo. Em outras palavras,<br />

eventos <strong>extremos</strong> ocorridos em tempos bastantes distanciados entre si são aproximadamente<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. Muitas séries estacionárias satisfazem esta proprieda<strong>de</strong>. Mas o<br />

mais importante é que se trata <strong>de</strong> uma proprieda<strong>de</strong> freqüentemente plausível <strong>para</strong> processos<br />

físicos (Rubem, A.P.S. (2006)).<br />

Segundo Morettin e Toloi (1981), processos estacionários são uma classe <strong>de</strong> processos<br />

estocásticos que satisfazem suposições simplificadoras. Intuitivamente, um processo {X t }<br />

éestacionário se ele se <strong>de</strong>senvolve no tempo <strong>de</strong> modo que a escolha <strong>de</strong> uma origem dos<br />

tempos não é importante. Em outras palavras, as características <strong>de</strong> X t+h , ∀h são as<br />

mesmas <strong>de</strong> X t . Po<strong>de</strong>mos dar como exemplo <strong>de</strong> processos estacioários as medidas das<br />

vibrações <strong>de</strong> um avião em regime estável <strong>de</strong> vôo horizontal durante seu cruzeiro, como<br />

também as várias formas <strong>de</strong> ”ruídos”po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados processos estacionários.<br />

Tecnicamente, há duas formas <strong>de</strong> estacionarieda<strong>de</strong>: fraca (ou ampla <strong>de</strong> segunda or<strong>de</strong>m)<br />

e estrita (ou forte). Para o nosso estudo, iremos <strong>de</strong>talhar somente a estacionarieda<strong>de</strong><br />

estrita ou forte. Como forma <strong>de</strong> simplificação iremos usar a notação ”estacionário”<strong>para</strong><br />

”estritamente estacionário”.<br />

Definição 5.3 (Morettin e Toloi (1981)) Um processo estocástico {X t },t ∈ T diz-se<br />

estritamente estacionário se todas as distribuições finito-dimensionais permanecem as<br />

mesmas sob translações do tempo, ou seja:<br />

(X t1 , ..., X tn ) =(X d t1+h , ..., X tn+h )<br />

<strong>para</strong> quaiquer t 1 , ..., t n ,h∈ T . Isto significa, em particular, que todas as distribuições unidimensionais<br />

são invariantes sob translações do tempo, e portanto tem média e variância<br />

constantes <strong>para</strong> todo t ∈ T ,ecov(X n ,X m )=cov(X 0 ,X |n−m| )∀n, m.<br />

70


Em Embrechts, P., Klüppelberg, C., Mikosch, T. (1997) é mensionado ser impossível<br />

generalizar a teoria <strong>de</strong> <strong>valores</strong> <strong>extremos</strong> <strong>para</strong> todos os processos estritamente estacionários,<br />

entretanto <strong>para</strong> uma classe <strong>de</strong>stes processos que sejam assintoticamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

isso será possível.<br />

Para tanto, <strong>de</strong>finiremos formalmente <strong>para</strong> uma seqüência qualquer<br />

(u n ) +∞<br />

n=1 <strong>de</strong> números reais, as condições D(u n)eD ′ (u n )queserão mensionadas a seguir.<br />

Condição 5.1 D(u n ): Para qualquer inteiro p, q e n<br />

1 ≤ i 1 < ... < i p u n ,X j >u n )=0.<br />

k→∞ n→∞<br />

j=2<br />

De posse <strong>de</strong>stas condições po<strong>de</strong>mos obter generalizações do teorema 2.5 <strong>para</strong> processos<br />

estacionários.<br />

Teorema 5.7 (Embrechts, P., Klüppelberg, C., Mikosch, T. (1997)) Seja {X n } um processo<br />

estacionário e <strong>de</strong>fina M n = max{X 1 , ..., X n }. Então, se existem sequências <strong>de</strong><br />

constantes {a n > 0} e {b n } tais que<br />

{<br />

Mn − b n<br />

Pr<br />

a n<br />

}<br />

≤ x → G 1 (z)<br />

on<strong>de</strong> G 1 éumafunção <strong>de</strong> distribuição não-<strong>de</strong>generada, e as condições D(a n x + b n ) e<br />

D ′ (a n x + b n ) são satisfeitas <strong>para</strong> todo x real, então G 1 é membro da família GEV.<br />

Teorema 5.8 (Embrechts, P., Klüppelberg, C., Mikosch, T. (1997)) Seja {X n } um processo<br />

estacionário e {Xn ∗ } uma seqüência <strong>de</strong> variáveis aleatórias in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes com a<br />

71


mesma distribuição marginal. Defina M n = max{X 1 , ..., X n } e M ∗ n = max{X ∗ 1 , ..., X ∗ n}.<br />

Assumindo ∀x ∈ R, D(a n x + b n ) e D ′ (a n x + b n ) são satisfeitas,<br />

{ }<br />

M<br />

∗<br />

Pr n − b n<br />

≤ z → G ∗ 1 (z)<br />

a n<br />

quando n →∞<strong>para</strong> seqüências normalizadoras {a n > 0} e {b n },on<strong>de</strong>G 1 éumafunção<br />

<strong>de</strong> distribuição não-<strong>de</strong>generada, se e somente se<br />

{ }<br />

Mn − b n<br />

Pr ≤ x → G 1 (z),<br />

a n<br />

on<strong>de</strong><br />

G 1 (z) =[G ∗ 1 (z)]θ (5.19)<br />

<strong>para</strong> uma constante θ tal que 0 0 e b n e assumindo ∀x ∈ R, D(a n x+b n )<br />

e D ′ (a n x + b n ) são satisfeitas,<br />

{<br />

M1,n − b n<br />

Pr<br />

a n<br />

}<br />

≤ z → G 1 (z) quando n →∞,<br />

72


on<strong>de</strong> G 1 éumafunção <strong>de</strong> distribuição não-<strong>de</strong>generada, tal que G 1 é uma GEV dada por<br />

(2.9), então:<br />

on<strong>de</strong><br />

{<br />

Mk,n − b n<br />

Pr<br />

a n<br />

}<br />

≤ z → G k (z),<br />

∑k−1<br />

[−log(G 1 (z))] s<br />

G k (z) =G 1 (z)<br />

. (5.20)<br />

s!<br />

s=0<br />

<strong>para</strong> todo k ≥ 1.<br />

O teorema 5.9 mostra a similarida<strong>de</strong> entre os resultados assintóticos obtidos <strong>para</strong><br />

sequências estacionárias com sequências i.i.d. Este ganho só foipossível em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> as<br />

condições D(a n x + b n )eD ′ (a n x + b n ) terem sido assumidas. Logo, naturalmente surge<br />

o interesse <strong>de</strong> verificar se a cópula K-extremal é a<strong>de</strong>quada <strong>para</strong> representar também a<br />

estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong>stes processos estacionários. Entre os processsos estacionários<br />

que satisfazem as condições anteriores, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar os processos ARMA gaussianos.<br />

5.8 Simulação <strong>de</strong> processos ARMA<br />

Para verificar se a cópula K-extremal também po<strong>de</strong> ser utilizada <strong>para</strong> estes processos,<br />

foram construídos novos experimentos, inicialmente foram gerados dados oriundos <strong>de</strong><br />

processos auto-regressivos AR(1), Z t = φ 1 Z t−1 + ɛ t , on<strong>de</strong> ɛ t são erros Gausianos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,<br />

aqui neste caso tendo distribuição N(0, 1). Os dados provenientes <strong>de</strong>sta etapa<br />

estão na tabela 5.2 enasfigurasA.4 aA.5. As conclusões a que po<strong>de</strong>mos chegar são<br />

que somente <strong>para</strong> o processo on<strong>de</strong> a <strong>de</strong>pendência temporal é extremamente fraca, ou<br />

seja, φ = 0.1, os <strong>valores</strong> das estatísticas observados não sofreram gran<strong>de</strong>s mudanças<br />

quando o tamanho da amostra aumentou. Além disso, fica evi<strong>de</strong>nte que quanto maior<br />

for a <strong>de</strong>pendência temporal e quanto maior for nossa amostra, mais rapidamente o índice<br />

<strong>de</strong> p-<strong>valores</strong> > 0.05 diminui, chegando ao extremo <strong>para</strong> φ =0.8, em que obtemos um<br />

percentual <strong>de</strong> p-<strong>valores</strong> > 0.05 igual 0%.<br />

Outro experimento consistiu em gerar dados oriundos <strong>de</strong> processos médias móveis<br />

MA(1), Z t = θ 1 ɛ t−1 + ɛ t , on<strong>de</strong> ɛ t são erros gaussianos, aqui neste caso tendo distribuição<br />

73


Tabela 5.2: Tabela resumo com dados simulados <strong>para</strong> a cópula 4-extremal - AR(1)<br />

Processo fracamente estacionários - AR(1) Média Erro padrão % > 0.05<br />

Erros Gausianos( N=100)<br />

φ 1 =0.1 0.8278 0.2789 98%<br />

φ 1 =0.4 0.6487 0.3330 95%<br />

φ 1 =0.6 0.2836 0.3341 59%<br />

φ 1 =0.8 0.0074 0.0307 0.5%<br />

Erros Gausianos (N=300)<br />

φ 1 =0.1 0.6981 0.2763 97%<br />

φ 1 =0.4 0.2553 0.2717 68%<br />

φ 1 =0.6 0.0020 0.0087 1%<br />

φ 1 =0.8 4.35 × e −17 4.46 × e −16 00%<br />

N(0, 1). Os dados oriundos <strong>de</strong>sta etapa estão na tabela 5.3 enasfigurasA.6 aA.7. A<br />

maioria das simulações neste caso ocasionou que a cópula 4-extremal torna-se uma opção<br />

<strong>para</strong> ajuste. Mas, da mesma forma que nos processos AR(1), também aqui, conforme o<br />

parâmetro θ 1 aumenta, também o índice <strong>de</strong> p-<strong>valores</strong> maiores do que 0.05 diminui, sendo<br />

que com menor intensida<strong>de</strong> do que no caso anterior. Também, quando o tamanho da<br />

amostra aumenta, o índice <strong>de</strong> p-<strong>valores</strong> maiores do que 0.05 diminui.<br />

Para as simulações oriundas <strong>de</strong> processos ARMA(1,1), foram feitas algumas combinações<br />

entre os parâmetros φ e θ. Além disso, somente foram geradas simulações com<br />

tamanho <strong>de</strong> amostra igual N = 300. Os resultados encontram-se na tabela 5.4, bem<br />

como nas figuras A.8 aA.10. Aqui, igualmente como nos dois experimentos anteriores<br />

<strong>de</strong> simulação, observa-se que, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da combinação feita entre os parâmetros φ e<br />

θ, acópula K-extremal não po<strong>de</strong> ser empregada.<br />

Oúltimo experimento consistiu em verificar o comportamento do ajuste dos dados<br />

pela cópula K-extremal <strong>para</strong> erros não gaussianos, em particular, <strong>para</strong> erros com distribuição<br />

U(−1, 1). As simulações foram oriundas <strong>de</strong> um processo AR(1). Os resultados<br />

encontram-se na tabela 5.5, bem como nas figuras A.11 a A.12. Neste caso, não<br />

po<strong>de</strong>ríamos aceitar a hipótese <strong>de</strong> que a cópula K-extremal é apropriada <strong>para</strong> ajustar os<br />

74


Tabela 5.3: Tabela resumo com dados simulados <strong>para</strong> a cópula 4-extremal - MA(1)<br />

Processo fracamente estacionários - MA(1) Média Erro padrão % > 0.05<br />

Erros Gausianos( N=100)<br />

θ 1 =0.1 0.8166 0.2753 99%<br />

θ 1 =0.4 0.6859 0.3399 94%<br />

θ 1 =0.6 0.6539 0.3482 91%<br />

θ 1 =0.8 0.6188 0.3650 89%<br />

Erros Gausianos (N=300)<br />

θ 1 =0.1 0.7155 0.2894 98%<br />

θ 1 =0.4 0.4692 0.3120 86%<br />

θ 1 =0.6 0.3464 0.3133 77%<br />

θ 1 =0.8 0.2649 0.2854 65%<br />

dados.<br />

Diante <strong>de</strong>stes resultados, chega-se àconclusão que a cópula K-extremal não po<strong>de</strong><br />

ser utilizada <strong>para</strong> representar a estrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência entre as K-maiores estatísticas<br />

<strong>para</strong> todas as classes <strong>de</strong> seqüências estacionárias. Este fato ocorre porque, apesar das<br />

condições D(u n )eD ′ (u n ) serem satisfeitas <strong>para</strong> o caso dos processos ARMA gaussianos,<br />

estas não garantem que a distribuição conjunta também é assintoticamente igual àobtida<br />

<strong>para</strong>ocaso<strong>de</strong>seqüências i.d.d.. Entretanto, segundo Embrechts, P., Klüppelberg, C.,<br />

Mikosch, T. (1997), <strong>para</strong> que os resultados assintóticos sejam os mesmos, é necessário<br />

introduzir uma analogia <strong>para</strong> o caso k-dimensional da condição D(u n ).<br />

Condição 5.3 D k (u n ): Para qualquer inteiro fixo p, q<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que j 1 − i p ≥ l, temos<br />

∣<br />

∣P<br />

1 ≤ i 1 < ... < i p


Tabela 5.4: Tabela resumo com dados simulados <strong>para</strong> a cópula 4-extremal - ARMA(1)<br />

Processo fracamente estacionários - ARMA(1) Média Erro padrão % > 0.05<br />

Erros Gausianos( N=300)<br />

φ 1 = .1,θ 1 =0.1 0.7721 0.3157 96%<br />

φ 1 = .4,θ 1 =0.1 0.5534 0.3590 86%<br />

φ 1 = .6,θ 1 =0.1 0.1817 0.2601 50%<br />

φ 1 = .8,θ 1 =0.1 0.2218 0.3075 47%<br />

φ 1 = .1,θ 1 =0.8 0.0031 0.0190 2%<br />

φ 1 = .4,θ 1 =0.8 0.2670 0.3327 58%<br />

φ 1 = .6,θ 1 =0.8 0.0848 0.1885 23%<br />

φ 1 = .8,θ 1 =0.8 0.0022 0.0145 2%<br />

φ 1 = .4,θ 1 =0.4 0.3912 0.3686 72%<br />

φ 1 = .5,θ 1 =0.5 0.2111 0.2944 47%<br />

Além disso, não é necessário <strong>de</strong>finir uma extensão <strong>para</strong> a condição D ′ (u n ), se simplesmente<br />

assumir que D ′ (u (i)<br />

n ) seja satisfeita se<strong>para</strong>mente <strong>para</strong> cada i =1, ..., k. A pergunta<br />

quepo<strong>de</strong>serfeita,nesteponto,é:<br />

Existe alguma classe <strong>de</strong> processos estacionários em que<br />

a distribuição conjunta satisfaça as condições D k (u n ) e D ′ (u (i)<br />

n ),i=1, ..., k?<br />

Aprincípio, não foi possível i<strong>de</strong>ntificar tais classes, principalmente pela dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> verificar a condição D k (u n ). Eestudos posteriores po<strong>de</strong>m ter como objetivo verificar<br />

quais classes aten<strong>de</strong>riam esta condição. Além disso, também algum cálculo empírico<br />

po<strong>de</strong>ria ser proposto, tendo como objetivo principal evi<strong>de</strong>nciar a aplicabilida<strong>de</strong> da cópula<br />

K-extremal.<br />

76


Tabela 5.5: Tabela resumo com dados simulados <strong>para</strong> a cópula 4-extremal - AR(1)<br />

Processo fracamente estacionários - AR(1) Média Erro padrão % > 0.05<br />

Erros Uniformes ( N=100)<br />

φ 1 =0.1 0.5799 0.4260 72%<br />

φ 1 =0.4 0.6369 0.3617 90%<br />

φ 1 =0.6 0.2368 0.2946 57%<br />

φ 1 =0.8 0.0116 0.0601 0.4%<br />

Erros Uniformes (N=300)<br />

φ 1 =0.1 0.3192 0.3695 54%<br />

φ 1 =0.4 0.1202 0.1991 42%<br />

φ 1 =0.6 0.0004 0.0028 00%<br />

φ 1 =0.8 3.21 × e −18 3.46 × e −17 00%<br />

77


Capítulo 6<br />

Conclusão<br />

Vários resultados <strong>de</strong> extrema relevância foram obtidos nos capítulos anteriores. O primeiro<br />

resultado, que foi a cópula Bi-extremal, <strong>de</strong>finida completamente por suas funções <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

e distribuição, possibilitou um extenso estudo sobre as proprieda<strong>de</strong>s contidas nessa<br />

nova estrutura assintótica <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência não-linear (capítulo 4). Essa também po<strong>de</strong>rá<br />

ser fundamental <strong>para</strong> novos estudos <strong>de</strong> simulações. É interessante ressaltar que a estrutura<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong>sta nova cópula po<strong>de</strong>rá ser empregada como uma função <strong>de</strong><br />

ligação entre marginais univariadas que geraram distribuições bi-variadas.<br />

Já acópula K-extremal, em sua essência, teve como objetivo principal generalizar os<br />

resultados obtidos da cópula Bi-extremal. No <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>sse trabalho, vários resultados<br />

teóricos foram obtidos. Entre esses, o <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>staque foi constatar que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da distribuição contínua primitiva F dos dados, a cópula das K-maiores estatísticas<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m padronizadas éacópula K-extremal. Além disso, essa possibilita, através <strong>de</strong><br />

suas expressões exatas <strong>para</strong> a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e a função <strong>de</strong> distribuição, a propagação <strong>de</strong> estudos<br />

sobre a <strong>de</strong>pendência assintótica não-linear entre quaisquer pares <strong>de</strong> estatísticas <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>m.<br />

Como <strong>de</strong>safios futuros temos: Inicialmente obter uma família <strong>de</strong> cópulas <strong>para</strong> a Biextremal.<br />

Esse estudo po<strong>de</strong>rá ter como referência os resultados obtidos em Nelsen (2006).<br />

Além disso, contruir uma biblioteca <strong>para</strong> o R-project com as funções utilizadas em todo<br />

este estudo, que possibilitarão a propagação das pesquisas relacionadas com a cópula<br />

K-extremal. Um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio seria também i<strong>de</strong>ntificar quais processos estacionários<br />

78


se enquadrariam na extrutura <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência da cópula K-extremal. O pesquisador<br />

Thomas Mikosch, um dos autores do livro Mo<strong>de</strong>lling extremal events for insurance and<br />

finance, em contato por email, relata que a condição D K necessária <strong>para</strong> que a distribuição<br />

conjunta das K-maiores estatísticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m seja a mesma àdocasoi.i.d.<br />

é implicitamente satisfeita nos processos <strong>de</strong> misturas forte, ver Doukhan (1994). Esta<br />

última proposta <strong>de</strong> trabalho ten<strong>de</strong> a ser <strong>de</strong> extrema importância <strong>para</strong> futuras aplicações<br />

dos resultados já obtidos, visto que, na prática, muitas séries temporais não são processos<br />

totalmente i.i.d..<br />

79


Referências Bibliográficas<br />

[1] Anjos, U., Kolev, N., Tanaka, N. (2005). ”Copula associated to or<strong>de</strong>r statistics”’.<br />

BJPS 19, 111-124.<br />

[2] Anjos, U., Kolev, N. (2005). Representation of bivariate copulas via local measure<br />

of <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce. Technical Report RT-MAE 2005-03, University of São Paulo. Submitted.<br />

[3] Avérous, J., Genest, C., Kochar, S. (2005). On the <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce structure of or<strong>de</strong>r<br />

statistics. Journal of Multivariate Analysis 94, 159-171.<br />

[4] Belitsky, V., Moreira, F.M. (2007). A thorough yet simple exposition of the peaksover-threshold<br />

and its employnent for risk estimation. Third Brazilian Conference<br />

on Statistical Mo<strong>de</strong>lling in Insurance and Finance, 2007.<br />

[5] Billingsley, P. (1968). Convergence of Probability Measures. John Wiley & Sons,<br />

Inc., New York.<br />

[6] Charpentier, A. (2004). Extremes and <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce: a copula approach. Submitted.<br />

Available at http://www.crest.fr/pageperso/lfa/charpent/charpent.htm<br />

[7] Chen, Y. (2007). A note on the relationship between Spearman´s ρ and Kendall´s<br />

τ for extreme or<strong>de</strong>r statistics, Journal of Stat. Plain. and Inf. 137,2165-2171.<br />

[8] Cherubini, U., Luciano, E., Vecchiato, W. (2004). Copula Methods in Finance. Wiley<br />

Finance: Chichester.<br />

[9] Coles, S. (2001). An Introduction to Statistical Mo<strong>de</strong>ling of Extreme Values. Springer<br />

Series in Statistics, Springer: Berlin.<br />

80


[10] DeGroot, M. H. (2002). Probability and Statistics, Addison-Wesley, 3rd ed.<br />

[11] Doukhan, P. (1994). Mixing: Properties and Examples Lecture Notes in Statistics.<br />

1994<br />

[12] Embrechts, P., Klüppelberg, C., Mikosch, T. (1997). Mo<strong>de</strong>lling extremal events for<br />

insurance and finance. Springer-Verlag: Berlin.<br />

[13] Fermanian, JD. (2005). Goodness of fit tests for copulas. Journal of Multivariate<br />

Analysis, 119-152.<br />

[14] Fisher, R.A., and Tippet, L.H.C.(1928) Limiting Forms of the Frequency Distribution<br />

of the Largest or Smallest Member of a Sample, Proceedings of the Cambridge<br />

Philosophical Society, n.24, p.180-190.<br />

[15] Fredricks, G.A., Nelsen, R.B. (2007). On the relationship between Spearmans rho and<br />

Kendalls tau for pairs of continuous random variable. Journal of Statistical Planning<br />

and Inference, in press.<br />

[16] Frees, E.W, Val<strong>de</strong>z, E. (1998). Un<strong>de</strong>rstanding Relationships Using Copulas. North<br />

American Actuarial Journal, 2, 1-25.<br />

[17] Gne<strong>de</strong>nko, B.V. (1943).Sur la distribution limite du terme maximum d´une serie<br />

aléatoire, Annals of Mathematics n.44,p.423-453.<br />

[18] Gumbel, E.J. (1958). Statistics of Extremes, Columbia University Press, New York.<br />

[19] James B. R. (1981). Probabilida<strong>de</strong>: um curso em nível intermediário, CNPq-IMPA<br />

Projeto Eucli<strong>de</strong>s, Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

[20] Jenkinson, A.F. (1955). The frequency distribution of the annual maximum (or minimum)<br />

values of meteorological events, Quarterly Journal of the Royal Meteorological<br />

Society 81, 158-172, 1955.<br />

[21] Leadbetter, M. (1983). Extremes and local <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce in stationary sequences, Zeit,<br />

Wahrscheinl-theorie, 16, 291-396.<br />

81


[22] Leadbetter, M., Lindgren, G., and Rootzën, H. (1983). Extremes and Related Properties<br />

of Random Sequences and Processes, Springer-Verlag, Berlin.<br />

[23] Magalhães, M.N. (2006). Probabilida<strong>de</strong> e Variáveis Aleatórias. EDUSP - Editora da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo-Brasil.<br />

[24] Morettin, P.A., Toloi,C.M.C. (1981). Mo<strong>de</strong>los <strong>para</strong> Previsão <strong>de</strong> Séries Temporais,<br />

13 o Colóquio Brasileiro <strong>de</strong> Matemática. CNPQ-IMPA<br />

[25] Nelsen, R.B. (1992). On measures of association as measures of positive <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce.<br />

Statistics Probab. Letters, 14, 269-274.<br />

[26] Nelsen, R.B. (2006). An Introduction to Copulas. Springer: New York.<br />

[27] Patton, A., Andrew, J. (2006). Asymmetric Exchange Rate Depen<strong>de</strong>nce. International<br />

Economic Review, Vol. 47, No. 2, pp. 527-556, May 2006.<br />

[28] Rubem, A.P.S. (2006). Mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> <strong>extremos</strong> baseada nas r-maiores estatísticas<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m. Dissertação <strong>de</strong> Mestrado, IM-UFRJ, 2006.<br />

[29] Schweizer, B., Wolff, E.F. (1981) On non<strong>para</strong>metric measures of <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce for<br />

random variables. The Annals of Statistics, 9, 879-885.<br />

[30] Smith, R.L. (1986). ”Extreme value theory based on the r largest annual events”, J.<br />

Hydrology, 86, 27-43.<br />

[31] Sklar, A. (1959). Fonctions <strong>de</strong> répartition á n dimensions et leurs marges. Publ. Inst.<br />

Statist. Univ. Paris 8, 229-231.<br />

[32] Schmitz, V. (2004). ”Revealing the <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce structure between X (1) andX (n) . J.<br />

Statist. Plann. Inference, 123, 1, 41-47.<br />

[33] Tawn, J. (1988). Bivariate extreme value theory: mo<strong>de</strong>ls and estimation. Biometrika<br />

75, 397-415.<br />

[34] Weissman, I. (1978) Estimation of <strong>para</strong>meters and large quantiles based on the k-<br />

largest observations, Journal of American Statistical Society, v.73, 812-815.<br />

82


Apêndice A<br />

Gráficos das simulações<br />

83


Normal(0,1) − Amostra = 100<br />

Normal(0,1) − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 40 80 120<br />

Frequência<br />

0 10 20 30 40 50<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

Normal(0,4) − Amostra = 100<br />

Normal(0,4) − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 20 60 100<br />

Frequência<br />

0 10 30 50<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

Figura A.1: Histograma das simulações <strong>de</strong> processos (i.i.d) da cópula K-extremal com<br />

K =4, <strong>para</strong> Norma(0,1) e Normal(0,4)<br />

84


T−stu<strong>de</strong>nt(3) − Amostra = 100<br />

T−stu<strong>de</strong>nt(3) − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 20 60 100<br />

Frequência<br />

0 10 20 30 40<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

T−stu<strong>de</strong>nt(4) − Amostra = 100<br />

T−stu<strong>de</strong>nt(4) − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 20 60 100<br />

Frequência<br />

0 10 30 50<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

Figura A.2: Histograma das simulações <strong>de</strong> processos (i.i.d) da cópula K-extremal, com<br />

K =4, <strong>para</strong> a T-stu<strong>de</strong>nt(3) e T-stu<strong>de</strong>nt(4)<br />

85


Gama(1,3) − Amostra = 100<br />

Gama(1,3) − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 40 80 120<br />

Frequência<br />

0 20 40 60<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

Uniforme(0,1) − Amostra = 100<br />

Uniforme(0,1) − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 20 40 60 80<br />

Frequência<br />

0 10 30 50<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

Figura A.3: Histograma das simulações <strong>de</strong> processos (i.i.d) da cópula K-extremal com<br />

K =4, <strong>para</strong> Gama(1,3) e Uniforme(0,1)<br />

86


AR(1) − fi=.1 − Amostra = 100<br />

AR(1) − fi=.1 − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 20 60 100<br />

Frequência<br />

0 10 20 30 40<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

AR(1) − fi=.4 − Amostra = 100<br />

AR(1) − fi=.4 − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 10 30 50<br />

Frequência<br />

0 20 40 60<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

Figura A.4: Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários AR(1), da<br />

cópula K-extremal, <strong>para</strong> K =4.<br />

87


AR(1) − fi=.6 − Amostra = 100<br />

AR(1) − fi=.6 − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 20 40 60 80<br />

Frequência<br />

0 50 100 150<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.00 0.02 0.04 0.06 0.08<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

AR(1) − fi=.8 − Amostra = 100<br />

AR(1) − fi=.8 − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 50 100 150<br />

Frequência<br />

0 50 100 150 200<br />

0.00 0.10 0.20 0.30<br />

0e+00 2e−15 4e−15<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

Figura A.5: Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários AR(1), da<br />

cópula K-extremal, <strong>para</strong> K =4.<br />

88


MA(1) − Theta=.1 − Amostra = 100<br />

MA(1) − Theta=.1 − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 20 60 100<br />

Frequência<br />

0 10 30 50<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

MA(1) − Theta=.4 − Amostra = 100<br />

MA(1) − Theta=.4 − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 20 40 60<br />

Frequência<br />

0 5 10 20 30<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

Figura A.6: Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários MA(1),<br />

da cópula K-extremal, <strong>para</strong> K =4.<br />

89


MA(1) − Theta=.6 − Amostra = 100<br />

MA(1) − Theta=.6 − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 20 40 60<br />

Frequência<br />

0 10 20 30 40<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

MA(1) − Theta=.8 − Amostra = 100<br />

MA(1) − Theta=.8 − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 20 40 60<br />

Frequência<br />

0 20 40 60<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

Figura A.7: Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários MA(1),<br />

da cópula K-extremal, <strong>para</strong> K =4.<br />

90


ARMA(1) , fi=.1 e Theta=.1 − Amostra = 300<br />

ARMA(1) , fi=.4 e Theta=.1 − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 20 40 60 80 100<br />

Frequência<br />

0 10 20 30<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

ARMA(1) , fi=.6 e Theta=.1 − Amostra = 300<br />

ARMA(1) , fi=.8 e Theta=.1 − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 20 40 60 80 100<br />

Frequência<br />

0 20 40 60 80 100<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

Figura A.8: Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários ARMA(1),<br />

da cópula K-extremal, <strong>para</strong> K =4.<br />

91


ARMA(1) , fi=.1 e Theta=.8 − Amostra = 300<br />

ARMA(1) , fi=.4 e Theta=.8 − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 50 100 150<br />

Frequência<br />

0 20 40 60 80<br />

0.00 0.05 0.10 0.15 0.20<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

ARMA(1) , fi=.6 e Theta=.8 − Amostra = 300<br />

ARMA(1) , fi=.8 e Theta=.8 − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 50 100 150<br />

Frequência<br />

0 50 100 150 200<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8<br />

0.00 0.05 0.10 0.15<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

Figura A.9: Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários ARMA(1),<br />

da cópula K-extremal, <strong>para</strong> K =4.<br />

92


ARMA(1) , fi=.4 e Theta=.4 − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 20 40<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

ARMA(1) , fi=.5 e Theta=.5 − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 40 80<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

Figura A.10: Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários<br />

ARMA(1), da cópula K-extremal, <strong>para</strong> K =4.<br />

93


AR(1), fi=.1 e erro U(−1,1) − Amostra = 100<br />

AR(1),fi=.1 e erro U(−1,1) − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 10 20 30 40 50 60<br />

Frequência<br />

0 20 40 60 80<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

AR(1),fi=.4 e erro U(−1,1) − Amostra = 100<br />

AR(1),fi=.4 e erro U(−1,1) − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 10 20 30 40 50 60<br />

Frequência<br />

0 20 40 60 80 100<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

Figura A.11: Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários AR(1),<br />

da cópula K-extremal, <strong>para</strong> K =4com erros U(-1,1).<br />

94


AR(1),fi=.6 e erro U(−1,1) − Amostra = 100<br />

AR(1),fi=.6 e erro U(−1,1) − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 20 40 60 80<br />

Frequência<br />

0 50 100 150<br />

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0<br />

0.000 0.010 0.020 0.030<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

AR(1),fi=.8 e erro U(−1,1) − Amostra = 100<br />

AR(1),fi=.8 e erro U(−1,1) − Amostra = 300<br />

Frequência<br />

0 50 100 150 200<br />

Frequência<br />

0 50 100 150 200<br />

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6<br />

0e+00 1e−16 2e−16 3e−16 4e−16<br />

pvalor<br />

pvalor<br />

Figura A.12: Histograma das simulações <strong>de</strong> processos fracamente estacionários AR(1),<br />

da cópula K-extremal, <strong>para</strong> K =4com erros U(-1,1).<br />

95

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!