Uma história de mUitas - Apas
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capa<br />
APAS 35 ANOS<br />
<strong>Uma</strong> história <strong>de</strong> muitas<br />
conquistas<br />
Pioneiros do setor<br />
supermercadista<br />
criam a Associação<br />
Paulista <strong>de</strong><br />
Supermercados<br />
com o objetivo <strong>de</strong><br />
organizar a ca<strong>de</strong>ia<br />
do abastecimento,<br />
hoje consolidada<br />
como a maior<br />
entida<strong>de</strong> estadual<br />
do Brasil.<br />
Por Lana <strong>de</strong> Paula e Soraia Nigro<br />
Em 12 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1971, numa pequena sala, na<br />
se<strong>de</strong> da Abras – Associação Brasileira <strong>de</strong> Supermercados,<br />
localizada à rua Cristiano Viana,<br />
no bairro <strong>de</strong> Pinheiros, na capital paulista, era<br />
criada a Associação Paulista <strong>de</strong> Supermercados.<br />
A iniciativa foi <strong>de</strong> Fernando Pacheco <strong>de</strong> Castro,<br />
sócio do Sirva-se e da re<strong>de</strong> Peg-Pag e um dos<br />
fundadores da Abras. Nesse en<strong>de</strong>reço, a APAS<br />
permaneceu por 11 anos. Em maio <strong>de</strong> 1982, a Associação<br />
mudou-se para sua primeira se<strong>de</strong> própria,<br />
à avenida São Gualter, no Alto <strong>de</strong> Pinheiros.<br />
22 SuperVarejo novembro 2006
capa<br />
APAS 35 ANOS<br />
Linha do tempo<br />
1971<br />
1982<br />
1984<br />
1994<br />
1995<br />
1996<br />
1997<br />
1998<br />
2000<br />
2001<br />
Fundação da APAS<br />
Mudança para se<strong>de</strong> própria,<br />
na avenida São Gualter, no<br />
Alto <strong>de</strong> Pinheiros<br />
1º Congresso e Feira APAS<br />
Lançamento da Revista APAS<br />
• Lançamento do<br />
Happy Hour APAS<br />
• 1ª Edição do<br />
Troféu Ponto Extra<br />
Criação da Escola Paulista <strong>de</strong><br />
Supermercados<br />
Lançamento do<br />
Café com Personalida<strong>de</strong> APAS<br />
Início da parceria com a<br />
Fipe (Fundação Instituto <strong>de</strong><br />
Pesquisas Econômicas) para<br />
a elaboração do IPS (Índice <strong>de</strong><br />
Preços nos Supermercados)<br />
• Transformação da Revista<br />
APAS em Revista SuperVarejo<br />
• Lançamento do Cartão APAS<br />
• Inauguração da nova se<strong>de</strong><br />
Inauguração do Centro <strong>de</strong><br />
Convenções<br />
Consolidada como legítima representante<br />
dos interesses do setor supermercadista,<br />
a associação passou a alçar vôos mais<br />
altos. Ampliou os espaços e <strong>de</strong>senvolveu<br />
serviços para os associados, sempre visando<br />
o melhor atendimento ao consumidor<br />
final. A trajetória da entida<strong>de</strong> nesta segunda<br />
fase foi marcada por sua atuação<br />
durante os planos econômicos editados<br />
pelo governo.<br />
De 1986 a 1994, entre os planos Cruzado<br />
e Real, o setor supermercadista foi visto<br />
como vilão. Este período foi traumatizante<br />
para o setor. William Eid, então vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
da APAS, relata: “No dia seguinte<br />
à edição do Plano Cruzado, o jornal Folha<br />
<strong>de</strong> S. Paulo publicou uma lista <strong>de</strong> preços<br />
da Sunab (Superintendência Nacional <strong>de</strong><br />
Abastecimento) como se fosse uma tabela<br />
para vigorar a partir daquela data. Era<br />
uma tabela improvisada, com preços disparatados,<br />
mas acabou vigorando, já que<br />
chegou às mãos da população”.<br />
Foram tempos difíceis, mas o setor<br />
conseguiu dar a volta por cima. No Plano<br />
Real, por exemplo, o setor se impôs como<br />
aliado da população no combate à alta <strong>de</strong><br />
preços que os fornecedores teimavam em<br />
repassar.<br />
Des<strong>de</strong> 1998, numa parceria com a Fipe,<br />
a APAS divulga mensalmente o IPS (Índice<br />
<strong>de</strong> Preços em Supermercados). Atualmente<br />
o acumulado no ano está negativo<br />
(-3,24%). A evolução dos índices a partir<br />
<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1999, mostra que o IPC/Fipe<br />
Conhecimento<br />
e negócios<br />
Há 22 anos, a Feira da APAS, como<br />
é conhecida, é sucesso em participação<br />
<strong>de</strong> público e negócios realizados. A<br />
última edição, realizada em maio <strong>de</strong><br />
2006, reuniu cerca <strong>de</strong> 60 mil executivos<br />
e gerou R$ 3 bilhões em negócios.<br />
Com a missão <strong>de</strong> promover a gestão<br />
do conhecimento, o Congresso, a<br />
partir <strong>de</strong>sse ano, passou a contar com<br />
o apoio técnico-acadêmico do GVcev<br />
– Centro <strong>de</strong> Excelência em Varejo da<br />
Escola <strong>de</strong> Administração da Fundação<br />
Getúlio Vargas.<br />
APAS 1997 e APAS 2006: sucesso em público e negócios.<br />
Arquivo<br />
2002<br />
2004<br />
2005<br />
2006<br />
Criação da Mulher APAS<br />
• 1ª Conferência e Feira <strong>de</strong> Flores,<br />
Frutas, Legumes e Verduras<br />
• Lançamento do Meio-Dia em<br />
Destaque APAS<br />
1ª Feira <strong>de</strong> Gestão em<br />
Centrais <strong>de</strong> Negócios<br />
Criação dos Encontros APAS,<br />
que incluem os tradicionais<br />
Café, Happy Hour, Meio-Dia<br />
em Destaque e mais o Evento<br />
Promocional, Seminário e<br />
Workshop<br />
fonte: apas<br />
Arquivo<br />
24 SuperVarejo novembro 2006
capa<br />
APAS 35 ANOS<br />
variou 62% e o IPS/APAS 36%. “Os números<br />
mostram que a livre concorrência<br />
é a melhor maneira <strong>de</strong> segurar os preços.<br />
Hoje o supermercado conquista o cliente<br />
com bom atendimento e serviços, já que<br />
os preços são muito parecidos <strong>de</strong> uma loja<br />
para a outra”, explica João Sanzovo Neto,<br />
atual presi<strong>de</strong>nte da associação.<br />
Com sua postura no Plano Real, a<br />
APAS ganhou visibilida<strong>de</strong>, ampliou seus<br />
relacionamentos, conquistou mais associados<br />
e precisou <strong>de</strong> mais espaço físico.<br />
A inauguração da nova se<strong>de</strong>, em 29 <strong>de</strong><br />
novembro <strong>de</strong> 2000, marca um novo período<br />
da história da entida<strong>de</strong>, cujo principal<br />
objetivo passa a ser a profissionalização<br />
do setor e a integração <strong>de</strong> toda a ca<strong>de</strong>ia<br />
produtiva. “O novo prédio <strong>de</strong>u visibilida<strong>de</strong><br />
à associação e possibilitou o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> projetos que estavam parados”,<br />
explica Omar Ahmad Assaf, presi<strong>de</strong>nte da<br />
entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1997 a 2002.<br />
Com a casa em or<strong>de</strong>m, as priorida<strong>de</strong>s<br />
se voltaram para o aumento do número<br />
<strong>de</strong> associados, que hoje somam 1.044; a integração<br />
estadual, viabilizada pela maior<br />
atuação das regionais e distritais; a formação<br />
do Comitê <strong>de</strong> Centrais <strong>de</strong> Negócios; a<br />
consolidação do Congresso <strong>de</strong> Gestão e<br />
Feira Internacional <strong>de</strong> Negócios em Supermercados;<br />
a consolidação do Espaço<br />
APAS Centro <strong>de</strong> Convenções e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> produtos e serviços para<br />
aten<strong>de</strong>r as <strong>de</strong>mandas do setor. “Ampliamos<br />
o espectro <strong>de</strong> atuação da entida<strong>de</strong>,<br />
dando visibilida<strong>de</strong> para as questões que<br />
inquietavam o setor”, avalia Sussumu<br />
Honda, presi<strong>de</strong>nte da APAS <strong>de</strong> 2002 até<br />
31 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong>ste ano, quando concluiu<br />
seu segundo mandato.<br />
Evolução do auto-serviço em 35 anos<br />
O auto-serviço <strong>de</strong> alimentos foi um dos<br />
formatos <strong>de</strong> varejo que mais cresceu nas<br />
últimas décadas. Des<strong>de</strong> o seu surgimento,<br />
no início dos anos 50, até hoje, mais <strong>de</strong><br />
70 mil lojas levam produtos <strong>de</strong> primeira<br />
necessida<strong>de</strong> às famílias <strong>de</strong> todo o País,<br />
utilizando um sistema que cortou custos<br />
e mo<strong>de</strong>rnizou processos <strong>de</strong> distribuição.<br />
Na verda<strong>de</strong>, a história dos supermercados<br />
no Brasil está diretamente ligada aos movimentos<br />
macroeconômicos pelos quais o<br />
País passou, dos anos 1960 até hoje.<br />
O vai e vem do mercado<br />
1971 Surge o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> hipermercado, presente em duas lojas: um Peg-Pag, em São<br />
José dos Campos-SP, e um Jumbo, do Pão <strong>de</strong> Açúcar, em Santo André-SP.<br />
1972 A Companhia <strong>de</strong> Cigarros Souza Cruz compra 38 lojas Peg-Pag existentes no Sul<br />
e Su<strong>de</strong>ste do País. Sendo 24 <strong>de</strong>las em São Paulo.<br />
1974 A re<strong>de</strong> Eldorado <strong>de</strong> supermercados inova com o lançamento <strong>de</strong> marcas próprias.<br />
1975 Chega ao País a re<strong>de</strong> francesa Carrefour.<br />
1976 O grupo Pão <strong>de</strong> Açúcar incorpora a Re<strong>de</strong> Eletroradiobraz, com 50 lojas, sendo<br />
oito supermercados, 26 hipermercados e 16 magazines (bens-duráveis).<br />
1978 O grupo Pão <strong>de</strong> Açúcar adquire da Companhia <strong>de</strong> Cigarros Souza Cruz 80,35%<br />
das ações dos Supermercados Peg-Pag.<br />
1986 A re<strong>de</strong> Morita ven<strong>de</strong> 28 lojas aos irmãos Peralta, que operavam a re<strong>de</strong> Peralta <strong>de</strong><br />
supermercados na Baixada Santista.<br />
1987 <strong>Uma</strong> joint venture entre o Pão <strong>de</strong> Açúcar e a Shell viabiliza a primeira loja <strong>de</strong> conveniência<br />
do País, a Express.<br />
1989 O grupo português Sonae começa a investir no País com a compra da Companhia<br />
Real <strong>de</strong> Distribuição, do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, e mais tar<strong>de</strong> chegaria em SP.<br />
1992 A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Supermercados Futurama compra as lojas paulistas das Casas da Banha,<br />
em processo <strong>de</strong> falência.<br />
1994 A re<strong>de</strong> Mambo compra cinco lojas da re<strong>de</strong> Gigante. Dois anos <strong>de</strong>pois, incorpora<br />
as seis lojas do Bazar 13.<br />
1995 O Grupo Pão <strong>de</strong> Açúcar abre capital lançando ações na Bovespa.<br />
1995 O gigante americano Wal-Mart instala sua primeira loja no Brasil, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
São Caetano do Sul, no ABC paulista.<br />
1997 O Grupo Pão <strong>de</strong> Açúcar lança ações na Bolsa <strong>de</strong> Nova York.<br />
1997 O grupo português Jerônimo Martins, que entrou no Brasil ao comprar a Re<strong>de</strong><br />
São Jorge, adquire a Re<strong>de</strong> Sé Supermercados.<br />
1997 O Carrefour adquire 50% das ações das oito lojas da re<strong>de</strong> Eldorado.<br />
1998 O grupo Sonae compra a re<strong>de</strong> paranaense Mercadorama.<br />
1998 O Carrefour assume o controle acionário das lojas da re<strong>de</strong> Planaltão, que passam<br />
a se chamar Champion.<br />
1998 O Grupo Pão <strong>de</strong> Açúcar compra 32 lojas da re<strong>de</strong> Barateiro.<br />
1998 O grupo português Sonae adquire 15% do capital dos Supermercados Cândia.<br />
1999 O grupo Pão <strong>de</strong> Açúcar se associa ao grupo francês Casino.<br />
1999 O grupo Pão <strong>de</strong> Açúcar compra a re<strong>de</strong> Peralta.<br />
1999 O Carrefour adquire a re<strong>de</strong> mineira Mineirão.<br />
2000 O Bank of America financia o primeiro mo<strong>de</strong>lo hard discount no Brasil: o Econ.<br />
2000 O Grupo Pão <strong>de</strong> Açúcar compra as lojas do Reimberg, Nagumo e G. Pires, em<br />
São Paulo.<br />
2000 O grupo holandês Royal Ahold compra 100% da re<strong>de</strong> Bompreço.<br />
2002 O Grupo Pão <strong>de</strong> Açúcar adquire as lojas Sé do Jerônimo Martins.<br />
2004 O Wal-Mart compra a re<strong>de</strong> Bompreço do grupo holandês Royal Ahold.<br />
2005 O Wal-Mart compra parte do grupo Sonae.<br />
2005 O Carrefour compra a operação paulista do BIG, pertencente ao grupo Sonae.<br />
fonte: apas e Abras<br />
26 SuperVarejo novembro 2006
capa<br />
APAS 35 ANOS<br />
Unilever<br />
Em 1969, o Pão <strong>de</strong> Açúcar inovou com<br />
a inauguração <strong>de</strong> um hipermercado, mo<strong>de</strong>lo<br />
logo copiado pelo Peg-Pag e pela<br />
Eletroradiobraz. E, em 1975 a re<strong>de</strong> francesa<br />
Carrefour firmou <strong>de</strong>finitivamente o<br />
mo<strong>de</strong>lo hipermercado no País.<br />
Se por um lado a novida<strong>de</strong> encantou<br />
os consumidores, por outro o novo formato<br />
passou a tirar o sono <strong>de</strong> pequenos e<br />
Descentralizar<br />
para crescer<br />
A idéia <strong>de</strong> criar diretorias regionais<br />
da APAS surgiu na gestão <strong>de</strong> Armando<br />
Jorge Peralta, com o objetivo <strong>de</strong> criar<br />
espaços nos quais os supermercadistas<br />
associados pu<strong>de</strong>ssem se encontram e<br />
receber suporte para discutir temas <strong>de</strong><br />
interesse do setor.<br />
Graças aos <strong>de</strong>bates promovidos<br />
pela APAS, as regionais i<strong>de</strong>ntificam<br />
os cenários <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s e<br />
oportunida<strong>de</strong>s – como novas<br />
legislações e regulamentações do<br />
setor – e contam com a estrutura da<br />
se<strong>de</strong> para promover ações <strong>de</strong> interesse<br />
das empresas supermercadistas. Os<br />
associados em todo o Estado <strong>de</strong> São<br />
Paulo po<strong>de</strong>m contar com a proximida<strong>de</strong><br />
da entida<strong>de</strong> para ter acesso a cursos<br />
da Escola Paulista <strong>de</strong> Supermercados,<br />
além <strong>de</strong> orientações e serviços<br />
oferecidos com exclusivida<strong>de</strong>.<br />
Ao todo, são 10 regionais<br />
– Araçatuba, Baixada Santista, Bauru,<br />
Campinas, Marília, Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte,<br />
Ribeirão Preto, São José do Rio Preto,<br />
Sorocaba e Vale do Paraíba; além <strong>de</strong><br />
4 distritais – ABC, Leste Alta Mogiana,<br />
Oeste e Sul. Hoje, interligadas “on-line”,<br />
otimizam a troca <strong>de</strong> informações e<br />
experiências.<br />
médios varejistas, que enfrentaram gran<strong>de</strong>s<br />
dificulda<strong>de</strong>s para sobreviver. Vários<br />
supermercadistas chegaram a imaginar<br />
que o varejo tradicional e as pequenas<br />
lojas <strong>de</strong> auto-serviço estariam liquidadas<br />
com o crescimento das re<strong>de</strong>s. Mas o que<br />
se viu nos últimos anos é que há espaço<br />
para todos os formatos.<br />
Para dar uma idéia da amplitu<strong>de</strong> do<br />
mercado, na década <strong>de</strong> 1970 o Estado <strong>de</strong><br />
São Paulo tinha 187 lojas, sendo 118 na<br />
capital e 69 no interior. Hoje, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 30<br />
anos, são 1.799 lojas na capital e 1.264 no<br />
interior e Baixada Santista.<br />
De acordo com o professor da Faculda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Economia e Administração da<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (FEA/USP),<br />
Nelson Barrizelli, entre 1980 e 1994 o setor<br />
passou por momentos difíceis, mas com a<br />
chegada do Plano Real tomou novo fôlego<br />
e progrediu. De 1996 em diante, no entanto,<br />
as vendas voltaram a andar <strong>de</strong> lado e em<br />
2003 o setor ven<strong>de</strong>u, em valores, menos do<br />
que em 1989. “Tendo em vista a necessida<strong>de</strong><br />
estratégica <strong>de</strong> ocupar espaço, as re<strong>de</strong>s<br />
continuaram abrindo lojas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
do crescimento das vendas. Entre<br />
1997 e 2003, enquanto as vendas se estabilizavam<br />
com uma pequena tendência <strong>de</strong><br />
queda, o número <strong>de</strong> metros quadrados <strong>de</strong><br />
loja cresceu 34%”, analisa.<br />
O cenário econômico, aliado ao surgimento<br />
<strong>de</strong> novas lojas, resultou em queda<br />
substancial das margens. Hoje a margem<br />
líquida <strong>de</strong> um supermercado bem administrado<br />
não passa <strong>de</strong> 2% e, sem nenhuma<br />
perspectiva <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> preços, em<br />
curto prazo, o supermercadista só tem uma<br />
alternativa: investir em gestão e tecnologia<br />
para melhorar sua performance.<br />
O controle <strong>de</strong> perdas e rupturas, conforme<br />
Barrizzelli, aliado ao treinamento <strong>de</strong><br />
pessoal e a informatização da loja (frente<br />
<strong>de</strong> caixa e retaguarda), vêm garantindo ao<br />
empresário supermercadista maior controle<br />
do seu negócio, agilida<strong>de</strong> nas <strong>de</strong>cisões e, mais<br />
que isso, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer o perfil<br />
do consumidor a ser atendido. “Esse conjunto<br />
<strong>de</strong> ações diminui as perdas, aumenta<br />
as vendas e, conseqüentemente, possibilita<br />
ampliar a rentabilida<strong>de</strong>”, aconselha.<br />
Apesar <strong>de</strong> todos os percalços, os supermercadistas<br />
brasileiros têm <strong>de</strong>monstrado<br />
gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação<br />
ao mercado, tirando <strong>de</strong>le o melhor. Por<br />
terem vivido, em um curto espaço <strong>de</strong><br />
tempo, situações <strong>de</strong> sucesso e fracasso,<br />
esses empresários brasileiros apren<strong>de</strong>ram<br />
a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r seus negócios. “Esse<br />
espírito <strong>de</strong> luta, somado à capacida<strong>de</strong><br />
empreen<strong>de</strong>dora e às tecnologias disponíveis<br />
tornam os supermercadistas<br />
imbatíveis na superação <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios”,<br />
avalia Barrizelli.<br />
Fontes <strong>de</strong>sta matéria<br />
ABRAS - (11) 3838-4500<br />
APAS - (11) 3647-5000<br />
ACNielsen - (11) 4613 7000<br />
A6 Arquitetura e Design - (11) 3817-5888<br />
ECR Brasil - (11) 3034-4012<br />
Eletrofrio - 0800 643-7080<br />
Fast - (11) 2105-6000<br />
Filizola - (11) 2195-8800<br />
GS1 Brasil - (11) 3068 6229<br />
Inst. <strong>de</strong> Defesa do Consum. (I<strong>de</strong>c) - (11) 3874-2152<br />
LatinPanel - (11) 4133-9700<br />
Metalúrgica Ariam - 0800-77 21 201<br />
NCR - (11) 3347-1100<br />
Popai Brasil - (11) 3016-9777<br />
Promovisão - (11) 3087-5050<br />
Pró-pesquisa - (19) 3254-1706<br />
Rod-Car - (11) 2145-8500<br />
Ray & Berndtson - (11) 5506-0166<br />
Sense Envirosell - (11) 3884-8855<br />
revista@supervarejo.com.br<br />
Ncr<br />
28 SuperVarejo novembro 2006