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Costa Rica: referência em preservação ambiental O design ... - Senac

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fotos: Inês Arigoni / Bossa<br />

O Complexo Eólico de Osório (RS), a maior usina movida a vento da América Latina,<br />

amplia a matriz energética nacional com sustentabilidade<br />

Aproveitar a força dos ventos para<br />

geração de energia elétrica se apresenta,<br />

cada vez mais, como forma de<br />

diversificar a matriz energética mundial,<br />

frente aos impactos ambientais<br />

decorrentes do uso de combustíveis<br />

fósseis, hidrelétricas, termelétricas e<br />

usinas nucleares.<br />

Seguindo essa tendência, um consórcio<br />

entre as <strong>em</strong>presas Enerfin<br />

(Espanha), CIP-Brasil e Wöbben<br />

(Al<strong>em</strong>anha) se uniu ao governo do<br />

Rio Grande do Sul, à Eletrobrás e ao<br />

BNDES para construir o Complexo<br />

Eólico de Osório, aportando um<br />

capital de R$ 670 milhões, sendo<br />

69% (R$ 465 milhões) financiados<br />

pelo banco estatal. A produção da<br />

energia elétrica gerada pela “fazenda<br />

de vento” de Osório será adquirida<br />

pela Eletrobrás durante 20 anos, para<br />

compl<strong>em</strong>entar o Sist<strong>em</strong>a Integrado<br />

Nacional.<br />

Industrialização do vento<br />

Distante 95 km de Porto Alegre, o<br />

Complexo Eólico de Osório é a maior<br />

usina desse tipo da América Latina e<br />

Por Enrique Blanco<br />

a sexta do mundo – no Texas (EUA),<br />

foram construídas as cinco maiores<br />

usinas eólicas até o momento. O diretor<br />

do Complexo, Telmo Magadan,<br />

esclarece que a usina “contribui para<br />

a diversificação da matriz energética<br />

do Brasil, tornando o país menos<br />

dependente de recursos não-renováveis.<br />

O projeto, que equivale à mais<br />

da metade da capacidade instalada<br />

de energia eólica no país – cerca de<br />

150 megawatts –, compl<strong>em</strong>enta as<br />

outras fontes de geração com energia<br />

limpa e renovável”.<br />

Em operação comercial desde dez<strong>em</strong>bro<br />

de 2006, o Complexo de<br />

Osório é controlado pela Empresa<br />

Ventos do Sul, e está dividido <strong>em</strong><br />

três parques – Sangradouro, Osório<br />

e Índios –, cada um com 25 aerogeradores<br />

de dois megawatts. A energia<br />

elétrica produzida pelos cata-ventos<br />

gigantes é enviada por uma linha de<br />

transmissão subterrânea de oito quilômetros<br />

de extensão até a estação<br />

da Companhia Estadual de Energia<br />

Elétrica (CEEE), no município de<br />

Osório. Em pleno funcionamento,<br />

gera energia elétrica para abastecer<br />

por ano o consumo residencial de<br />

cerca de 650 mil pessoas.<br />

Para instalação dos três parques, diversos<br />

estudos de impacto <strong>ambiental</strong><br />

foram realizados. Segundo Telmo<br />

Magadan, “o licenciamento <strong>ambiental</strong><br />

para a instalação dos parques<br />

foi obtido a partir de aprofundados<br />

estudos e monitoramentos ambientais,<br />

realizados por uma equipe de<br />

dez profissionais especializados <strong>em</strong><br />

meio ambiente, durante três anos.<br />

Os resultados desse estudo, inédito<br />

no Rio Grande do Sul, propiciaram<br />

melhor conhecimento da flora e dos<br />

hábitos da fauna na região de Osório,<br />

e foram entregues <strong>em</strong> forma de relatório<br />

à Fepam (Fundação Estadual<br />

de Proteção Ambiental), servindo de<br />

modelo para novos projetos na área<br />

eólica <strong>em</strong> todo o estado”.<br />

Com a instalação do Complexo de<br />

Osório, o Brasil começa a participar<br />

definitivamente do uso comercial<br />

dos ventos (trade-winds) <strong>em</strong> escala<br />

internacional. Em 2006, o país liderou<br />

o crescimento mundial das nações<br />

que utilizam energia eólica (730%),<br />

foto: Inês Arigoni/Bossa<br />

<strong>Senac</strong> e Educação Ambiental 31 Ano 17 • n.1 • janeiro/julho de 2008

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