02.09.2014 Views

108. uma análise de discurso da lei 10.639

108. uma análise de discurso da lei 10.639

108. uma análise de discurso da lei 10.639

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

UMA ANÁLISE DE DISCURSO DA LEI <strong>10.639</strong><br />

Cecilia Ramos <strong>da</strong> Fonseca (UNIGRANRIO)<br />

ceciliaramos@bol.com.br<br />

Jose Geraldo <strong>da</strong> Rocha (UNIGRANRIO)<br />

rochageraldo@hotmail.com<br />

1. Introdução<br />

A pesquisa em questão tem como finali<strong>da</strong><strong>de</strong> observar o processo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento h<strong>uma</strong>no, que basicamente consta <strong>da</strong> formação dos<br />

valores culturais, nos quais estes são direcionados pelos mo<strong>de</strong>los sociais,<br />

inseridos nos grupos. As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> valorização <strong>da</strong> história, <strong>da</strong> cultura<br />

<strong>da</strong> população afro-brasi<strong>lei</strong>ra, sua inserção no conteúdo curricular <strong>da</strong>s<br />

nossas escolas, <strong>de</strong>terminados aspectos <strong>de</strong>ste processo, bem como as reivindicações<br />

dos movimentos negros para a educação, e a obrigação <strong>de</strong><br />

mu<strong>da</strong>nças, são aspectos sociais que este artigo visa a mencionar. A metodologia<br />

<strong>de</strong> inclusão social, a inserção <strong>de</strong> novas práticas pe<strong>da</strong>gógicas,<br />

que a partir <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> <strong>lei</strong> <strong>10.639</strong>/03, passaram a ser ministrados<br />

pela escola brasi<strong>lei</strong>ra, sob <strong>uma</strong> nova concepção, será eixo norteador a-<br />

bor<strong>da</strong>do.<br />

2. A Lei <strong>10.639</strong>/03 e sua promulgação em Âmbito Fe<strong>de</strong>ral.<br />

A Lei <strong>10.639</strong>/03, sanciona<strong>da</strong> pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, Luís<br />

Inácio Lula <strong>da</strong> Silva, e ministro <strong>da</strong> Educação, no período em questão,<br />

Cristóvão Buarque, altera os dispositivos <strong>da</strong> Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases <strong>da</strong><br />

Educação Nacional (Lei 9394/96 – LDB). A <strong>lei</strong> sanciona<strong>da</strong> tornou obrigatório<br />

o ensino <strong>da</strong> história e cultura afro-brasi<strong>lei</strong>ra nos estabelecimentos<br />

<strong>de</strong> ensino fun<strong>da</strong>mental e médio <strong>da</strong>s re<strong>de</strong>s públicas e particular do país..<br />

Objetivando regulamentar a <strong>lei</strong>, o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, em 10<br />

<strong>de</strong> março <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2004, através do Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação<br />

aprovou o Parecer 003/2004 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais<br />

para a Educação <strong>da</strong>s Relações Étnico-Raciais e para o Ensino<br />

<strong>de</strong> História e Cultura Afro-brasi<strong>lei</strong>ra. (BRASIL, 2003).<br />

Neste período ocorreram movimentos contrários e a favor à nova<br />

legislação em diversas regiões do território nacional, bem como entre<br />

grupos <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças, profissionais, <strong>de</strong>ntre outros. A medi<strong>da</strong> em pauta foi<br />

Ca<strong>de</strong>rnos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais do XVI CNLF, pág. 1233


questiona<strong>da</strong> por diversos setores educacionais do território brasi<strong>lei</strong>ro, porém<br />

os representantes do movimento social negro tomaram-na como um<br />

progresso na educação brasi<strong>lei</strong>ra. (BRASIL 2005)<br />

Estas medi<strong>da</strong>s se tornam artificiais quando são <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s <strong>de</strong> cima para<br />

baixo. A LDB <strong>de</strong>ixou os currículos mais flexíveis e <strong>de</strong>u mais liber<strong>da</strong><strong>de</strong> para as<br />

escolas. A liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ensinar, que consta <strong>da</strong> Lei, é basea<strong>da</strong> num artigo <strong>da</strong><br />

Constituição. No momento em que você começa a <strong>de</strong>terminar muita coisa, a-<br />

caba transformando o currículo n<strong>uma</strong> camisa <strong>de</strong> força em que tudo é o governo<br />

que diz que tem que ser ensinado (PASSINET, 2003).<br />

Então <strong>de</strong> acordo com o exposto a implementação <strong>da</strong> <strong>lei</strong> no currículo<br />

escolar; as interpretações, frentes as os grupos antes citados, apresentam<br />

valores diferenciados.<br />

3. A inserção curricular dos estudos pautados na cultura negra.<br />

O Brasil colônia, império e república adquiriram um posicionamento<br />

atuante e permissivo no que diz respeito à discriminação e ao racismo<br />

para com sua população afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte e brasi<strong>lei</strong>ra até nossos<br />

dias, pois existiam <strong>lei</strong>s no país que os escravos não po<strong>de</strong>riam ser matriculados<br />

em escolas públicas.<br />

Em 1878 foi instituído que os negros só podiam instruir-se no horário<br />

<strong>da</strong> noite e diferentes táticas estabeleceram-se no propósito <strong>de</strong> impossibilitar<br />

a entra<strong>da</strong> integral <strong>da</strong>s populações negras aos bancos escolares.<br />

Após déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> ações educacionais discriminatórias, o governo<br />

fe<strong>de</strong>ral sancionou a Lei <strong>10.639</strong>/03, conforme citação anterior, que restitui<br />

<strong>de</strong> acordo com a história o subsídio moral, social e literário dos negros na<br />

construção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasi<strong>lei</strong>ra.<br />

Partindo então dos <strong>de</strong>sdobramentos <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong>s insatisfações<br />

sociais coletivas na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasi<strong>lei</strong>ra, emerge a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

novo contexto social, na qual Pereira (2007) abor<strong>da</strong> os aspectos relevantes<br />

a inserção curricular, <strong>de</strong>screvendo que os currículos <strong>de</strong>vem ter papel<br />

fun<strong>da</strong>mental, a<strong>de</strong>quando e medindo o teor <strong>da</strong>s relações estabeleci<strong>da</strong>s nas<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s escolares.<br />

Conforme <strong>de</strong>screve Gomes (2001): “colaborar para a edificação<br />

<strong>de</strong> <strong>uma</strong> educação que seja geradora <strong>de</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, obriga a escola a rever<br />

seus valor e padrões, posicionando-se política e pe<strong>da</strong>gogicamente a favor<br />

do ci<strong>da</strong>dão que ambiciona formar”.<br />

Ca<strong>de</strong>rnos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais do XVI CNLF, pág. 1234


Diante do contexto estrutural formador brasi<strong>lei</strong>ro, relacionado à<br />

cultura negra e sua inclusão no sistema educacional, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>finir que<br />

a inserção do sujeito e a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> aproximam-se a vivenciar diferentes<br />

momentos e processos, que resultaram então, na necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> rápi<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

educadores e educandos unirem-se, com o objetivo <strong>de</strong> estabelecer re<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> convívio, que dê origem não somente no ensino-aprendizado dos saberes,<br />

porém, em resultados mais bem-sucedidos, como no conhecimento<br />

e aceitação do valor <strong>de</strong> outras tantas formas <strong>de</strong> viver e saber.<br />

Distinguir a partir <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, a existência <strong>de</strong> diferentes grupos<br />

culturais, que formaram a nação brasi<strong>lei</strong>ra, torna-se priori<strong>da</strong><strong>de</strong> principal,<br />

assim sendo, vemos a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> inclusão dos conteúdos escolares<br />

afro-brasi<strong>lei</strong>ros no conjunto curricular, nos estabelecimentos <strong>de</strong> ensino<br />

do Brasil, visto que, nossa escola se caracterizava como ambiente <strong>de</strong> implementação<br />

do racismo, sobretudo ao conteúdo eurocêntrico presente no<br />

currículo, que proporcionava comportamentos e ações diferencia<strong>da</strong>s, do<br />

educador diante <strong>de</strong> alunos negros e brancos.<br />

O que temos então é o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> a escola se constituir em um espaço<br />

<strong>de</strong> resistência, isto é, <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> outras formas <strong>de</strong> relação social e<br />

interpessoal mediante a interação entre o trabalho educativo escolar e as<br />

questões sociais, posicionando-se crítica e responsavelmente perante elas<br />

(Secretaria <strong>de</strong> Educação Básica – MEC).<br />

4. O contexto discursivo sobre as lutas <strong>de</strong> classes raciais.<br />

São significativas as atuações do movimento negro no Brasil, cujos<br />

resultados contribuíram para a reflexão <strong>da</strong> nova reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, pauta<strong>da</strong> em<br />

<strong>uma</strong> política <strong>de</strong> inclusão social e <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> políticas públicas<br />

para os afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes brasi<strong>lei</strong>ros.<br />

É antiga a preocupação dos movimentos negros com a integração dos assuntos<br />

africanos e afro-brasi<strong>lei</strong>ros ao currículo escolar. Talvez a mais contun<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong>s razões esteja nas consequências psicológicas para a criança brasi<strong>lei</strong>ra<br />

<strong>de</strong> um processo pe<strong>da</strong>gógico que não reflete a sua face e <strong>de</strong> sua família, com<br />

sua história e cultura própria, impedindo-a <strong>de</strong> se i<strong>de</strong>ntificar com o processo<br />

educativo. (CUNHA, 1997, p. 67).<br />

Nos movimentos <strong>de</strong> luta em que os objetivos <strong>de</strong> inclusão social<br />

eram o acesso a educação, visto que próximo a promulgação <strong>da</strong> Constituição,<br />

on<strong>de</strong> o direito ao voto foi conseguido, parcela significativa <strong>da</strong> população<br />

estava excluí<strong>da</strong> <strong>de</strong>ste direito, por somente serem extensivas as pes-<br />

Ca<strong>de</strong>rnos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais do XVI CNLF, pág. 1235


soas alfabetiza<strong>da</strong>s, não sendo assim oportunizado ao negro participar<br />

<strong>de</strong>ste processo.<br />

O TEN (Teatro Experimental do Negro) se encarregou <strong>de</strong> formar<br />

turmas <strong>de</strong> alfabetização em locais dos mais variados, que além <strong>de</strong> alfabetizar,<br />

incluía <strong>uma</strong> nova reali<strong>da</strong><strong>de</strong> aos grupos, na qual estes se iniciavam<br />

nas turmas na arte teatral, tendo como responsável e fun<strong>da</strong>dor Abdias do<br />

Nascimento.<br />

As organizações negras se formavam em diversos locais, com o<br />

propósito <strong>da</strong> inserção a educação para parcela significativa <strong>da</strong> população<br />

brasi<strong>lei</strong>ra. Políticas públicas <strong>de</strong> ações afirmativas com foco na inclusão<br />

econômica e social foram implementa<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>correntes dos movimentos<br />

em prol ao fim do racismo e <strong>da</strong> discriminação racial. Umas sínteses <strong>de</strong><br />

alg<strong>uma</strong>s ações serão menciona<strong>da</strong>s no próximo tópico.<br />

A partir dos breves pressupostos citados <strong>de</strong>screvemos as reivindicações<br />

do movimento social negro pela inserção <strong>da</strong> história <strong>da</strong> África e<br />

<strong>da</strong> cultura afro-brasi<strong>lei</strong>ra no currículo escolar <strong>da</strong>s escolas brasi<strong>lei</strong>ras, que<br />

foram durante anos, motivo <strong>da</strong>s principais <strong>de</strong> luta. Destaca-se como e-<br />

xemplo dos movimentos o I Fórum Acerca do Ensino <strong>da</strong> História <strong>da</strong>s Civilizações<br />

Africanas nas Escolas Públicas, em 1991, realizado na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Tais comportamentos po<strong>de</strong>m ser e-<br />

vi<strong>de</strong>nciados <strong>de</strong> acordo com Nascimento, quando este <strong>de</strong>screve que a inquietação<br />

do movimento social negro com a instrução gerou e refletiu<br />

nas reivindicações executa<strong>da</strong>s perante as composições do Estado.<br />

Torna-se possível <strong>de</strong>stacar as ações acerca do movimento nas últimas<br />

déca<strong>da</strong>s. Em 1980, período do procedimento <strong>da</strong> constituinte, diversas<br />

ações, <strong>de</strong>bates aconteceram li<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s pelos grupos <strong>de</strong> negros no qual<br />

a educação foi o objetivo central <strong>de</strong> ação <strong>da</strong> recente Constituição, que objetivava<br />

o fim do racismo.<br />

No entanto, a insatisfação dos segmentos comprometidos com a<br />

luta antirracista persistiu, e a reivindicação <strong>da</strong> inclusão dos conteúdos <strong>de</strong><br />

história e cultura dos conteúdos <strong>de</strong> história e cultura brasi<strong>lei</strong>ra permaneceu<br />

inseri<strong>da</strong>, culminando então em outro movimento <strong>de</strong> atuação, a Marcha<br />

Zumbi dos Palmares.<br />

No transcorrer dos movimentos em prol do processo <strong>de</strong> inclusão,<br />

ocorre que em 1996, no <strong>de</strong>correr do <strong>de</strong>bate relacionado com a nova LDB<br />

(Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases <strong>da</strong> Educação Nacional), a então senadora Benedita<br />

<strong>da</strong> Silva, representante do movimento social negro, expõe como<br />

Ca<strong>de</strong>rnos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais do XVI CNLF, pág. 1236


esposta a sugestão <strong>de</strong> alteração curricular, apresenta<strong>da</strong> no processo<br />

constituinte. Ficando com a seguinte re<strong>da</strong>ção, o parágrafo 4° do Artigo<br />

26 <strong>da</strong> nova LDB.<br />

Diante do caminhar ain<strong>da</strong> complexo a promulgação <strong>da</strong> Lei<br />

<strong>10.639</strong>/03, surge a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> cultural dos<br />

povos chegados ao Brasil, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas culturas no aspecto<br />

social, no período colonial quanto na contemporanei<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> valores culturais, nas quais incluímos as pauta<strong>da</strong>s<br />

nos acordos e conflitos, estão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo caracteriza<strong>da</strong>s como atributo<br />

<strong>da</strong>s socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s h<strong>uma</strong>nas. As noções <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> e alteri<strong>da</strong><strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolveram<br />

acerca <strong>de</strong>ssas articulações, on<strong>de</strong> os vínculos históricos, políticos,<br />

econômicos e estéticos responsáveis pela formação i<strong>de</strong>al, resultando<br />

no que chamamos <strong>de</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Em síntese, estar em socie<strong>da</strong><strong>de</strong> é essencial ao sujeito, torna-o mais<br />

integrante <strong>de</strong> suas competências. Por conseguinte ao reconhecer sua ancestrali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

sua época atual, imaginar o ser <strong>de</strong> amanhã, interagindo no<br />

conjunto social, mediante suas ações com o outro, pauta<strong>da</strong> no respeito,<br />

no reconhecimento do outro, no seu procedimento, no convívio social,<br />

resultará num sujeito que se i<strong>de</strong>ntificará como integrante do processo <strong>de</strong><br />

construção social.<br />

5. Perspectivas que a <strong>lei</strong> abriu para novas práticas pe<strong>da</strong>gógicas em sala<br />

<strong>de</strong> aula<br />

Reconhecer o direito à diferença, a presença <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo educativo<br />

que abor<strong>de</strong> as marcas <strong>da</strong>s i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s e <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um povo,<br />

exige <strong>da</strong> escola <strong>de</strong>terminado cui<strong>da</strong>do, em <strong>de</strong>corrência aos mo<strong>de</strong>los atualmente<br />

<strong>de</strong>scritos.<br />

Decorrente do comportamento social e individual, perante a socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(coletivo), diferentes processos que perpassam as relações entre o<br />

eu e outro são <strong>de</strong>tectados. Neste contexto, a escola tornasse um lugar<br />

composto <strong>de</strong> diferentes perspectivas, on<strong>de</strong> educadores e educandos se relacionam,<br />

estabelecendo re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> convivência, cuja produção resulta no<br />

aprendizado diversificado, na parceria e aceitação do outro, do seu viver<br />

e do seu saber.<br />

Nesse contexto, busca-se a relação estabeleci<strong>da</strong> entre alunos e<br />

professores, como prática <strong>de</strong> li<strong>da</strong>r com o outro no conjunto educacional,<br />

Ca<strong>de</strong>rnos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais do XVI CNLF, pág. 1237


essaltando os parâmetros curriculares nacionais (PCN), nas ações a serem<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s, reconhecendo a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> cultural, <strong>de</strong> acordo com<br />

os (PCN):<br />

Para viver <strong>de</strong>mocraticamente em <strong>uma</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> plural, é preciso respeitar<br />

e valorizar a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> étnica e cultural que a constitui. Por sua formação<br />

histórica, a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasi<strong>lei</strong>ra é marca<strong>da</strong> pela presença <strong>de</strong> diferentes etnias,<br />

grupos culturais, <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> imigrantes <strong>de</strong> diversas nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, religiões<br />

e línguas. No que se referem à composição populacional, as regiões brasi<strong>lei</strong>ras<br />

apresentam diferenças entre si; ca<strong>da</strong> região é marca<strong>da</strong> por características<br />

culturais próprias, assim como pela convivência interna <strong>de</strong> grupos diferenciados.<br />

A diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> cultural do povo brasi<strong>lei</strong>ro, frequentemente é alvo <strong>de</strong><br />

preconceito e discriminação, atingindo a escola e reproduzindo-se em seu interior.<br />

A <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>, que não se confun<strong>de</strong> com a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, também está<br />

presente em nosso país como resultado <strong>da</strong> injustiça social. (Parâmetros Curriculares<br />

Nacionais, 1998, p. 69).<br />

Assimilar o vínculo ensino-aprendizagem oportuno para que grupos<br />

sociais que interagem e se <strong>de</strong>frontam com suas diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, torna-se<br />

um recorte específico <strong>de</strong> inclusão acerca <strong>da</strong> Lei <strong>10.639</strong>/03, que <strong>de</strong>screve<br />

em seu conteúdo necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se adotar medi<strong>da</strong>s teóricas e práticas que<br />

exemplifique a inserção <strong>de</strong> conteúdos voltados a cultura africana e afrobrasi<strong>lei</strong>ra<br />

no processo ensino aprendizagem, reconhecendo a contribuição<br />

<strong>da</strong>s socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s africanas e dos afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes brasi<strong>lei</strong>ros para a formação<br />

social do Brasil.<br />

Consi<strong>de</strong>ra-se então, como responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> social do Estado, dos<br />

órgãos privados e <strong>da</strong> população o compromisso no que tange a educação.<br />

Os currículos educacionais não <strong>de</strong>vem ser apenas indicadores <strong>de</strong> ações a<br />

cumprir, contundo transformem-se em incentivo a aprendizagem, consi<strong>de</strong>rando<br />

no geral, a abrangência <strong>de</strong> intenções pelas diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>s étnicas e<br />

culturais. Devem também abranger às questões relevantes a construção/<strong>de</strong>sconstrução,<br />

pauta<strong>da</strong>s no espírito <strong>da</strong> autocrítica e do respeito às diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

sociais.<br />

6. Racismo e <strong>de</strong>sconforto no tratamento <strong>da</strong> cultura negra.<br />

Consi<strong>de</strong>rar se dois aspectos reflexivos neste contexto, a primeira<br />

esta relacionado à exclusão <strong>da</strong> contribuição dos valores afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes<br />

e a segun<strong>da</strong> esta relaciona<strong>da</strong> à inserção <strong>de</strong>stes valores nos currículos.<br />

Tais construções foram <strong>de</strong>scritas pela professora Azoil<strong>da</strong> Loreto <strong>da</strong> Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

pesquisadora <strong>da</strong> UFRJ, on<strong>de</strong> a mesma nos atenta para o problema<br />

<strong>da</strong> inclusão dos afro-brasi<strong>lei</strong>ros no ambiente escolar.<br />

Ca<strong>de</strong>rnos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais do XVI CNLF, pág. 1238


No que diz respeito às culturas afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, LORETO, 2010,<br />

observa que <strong>de</strong>terminados valores permitem ser assinalados como referencial<br />

para a edificação <strong>de</strong> práticas pe<strong>da</strong>gógicas que transmitem aos e-<br />

ducadores e educandos, no qual a autora <strong>de</strong>staca a valorização <strong>da</strong> circulari<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

<strong>da</strong> corporei<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong> musicali<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong> ludici<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong> cooperativi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

do princípio do Axé (força vital) e <strong>da</strong> orali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Enfatizar as questões relaciona<strong>da</strong>s à necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> analisar as<br />

culturas afro-brasi<strong>lei</strong>ras como no campo <strong>de</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e distinguir as diferenças<br />

que individualizam os vários segmentos colocados sob essa <strong>de</strong>nominação<br />

geral, são tópicos fun<strong>da</strong>mentais, que necessitam serem alocados.<br />

Para tal restringimo-nos a circunscrever à <strong>de</strong>scrição e a analise dos<br />

diferentes elementos <strong>de</strong> contribuição para a cultura brasi<strong>lei</strong>ra, com colocações<br />

mais restritas. Consi<strong>de</strong>rando que a expressão cultural afrobrasi<strong>lei</strong>ra<br />

expandiu-se em nossa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> forma complexa, on<strong>de</strong> os<br />

conceitos abor<strong>da</strong>dos ao conjunto pluricultural brasi<strong>lei</strong>ro, suas expressões<br />

foram nega<strong>da</strong>s, por conta <strong>de</strong> <strong>uma</strong> padronização cultural, que impôs um<br />

mo<strong>de</strong>lo estrutural <strong>de</strong> cultura.<br />

Torna-se possível i<strong>de</strong>ntificar segmentos contrários a <strong>de</strong>monstração<br />

<strong>de</strong> valores culturais, que segundo Pereira, 2010, incluem ligações assinala<strong>da</strong>s<br />

como conflitos, que sucessivamente, <strong>de</strong>stacam-se como atributo<br />

fun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> h<strong>uma</strong>na. O autor menciona que, reconhecer<br />

as especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos diversos grupos culturais que originaram nação<br />

brasi<strong>lei</strong>ra é fun<strong>da</strong>mental para a construção <strong>de</strong> <strong>uma</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> equitativa e<br />

igualitária, que tenha no diálogo e no respeito ao outro o ponto inicial para<br />

a ascensão do bem comum.<br />

A tradição <strong>da</strong> cultura brasi<strong>lei</strong>ra que se caracterizou pela influência<br />

<strong>de</strong> diversas culturas. A expressão, os conhecimentos oriundos <strong>de</strong> seus<br />

ancestrais, não foi reconheci<strong>da</strong>, fato este que evi<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong> forma autentica,<br />

quando, por exemplo, em viagens pelo país nos encantamos com a<br />

maneira e o preparo <strong>da</strong>s comi<strong>da</strong>s, que <strong>de</strong>monstram como os ascen<strong>de</strong>ntes<br />

africanos investiram na introdução <strong>de</strong> seus costumes em nosso dia a dia.<br />

O sabor por <strong>de</strong>terminados produtos e sua entra<strong>da</strong> na cozinha brasi<strong>lei</strong>ra,<br />

<strong>de</strong>sven<strong>da</strong>m, <strong>de</strong> qualquer modo, vonta<strong>de</strong> que os africanos apresentavam<br />

<strong>de</strong> interação com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> que lhes era ofereci<strong>da</strong>. A troca <strong>de</strong> pala<strong>da</strong>r<br />

representava ao mesmo tempo <strong>uma</strong> troca <strong>de</strong> conhecimento no meio<br />

dos diferentes elementos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasi<strong>lei</strong>ra.<br />

Ca<strong>de</strong>rnos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais do XVI CNLF, pág. 1239


Os folguedos e a música brasi<strong>lei</strong>ra retumbam n<strong>uma</strong> varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

jeitos o legado africano, seja na amplitu<strong>de</strong> do tambor, seja no compasso<br />

do samba.<br />

No conjugar <strong>da</strong>s comemorações em que a canção e a bailado remetem<br />

aos antepassados africanos e aos santos católicos, com <strong>de</strong>staque<br />

para o jongo no Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo e o Candomblé, em Minas<br />

Gerais, ambos inci<strong>de</strong>m em cantar e <strong>da</strong>nçar seguidos pelos toques dos<br />

tambores.<br />

No aspecto dos brasi<strong>lei</strong>ros, a presença africana é marcante, porém<br />

complexa. Por um caminho apresentamos o candomblé, religião <strong>de</strong> procedência<br />

africana ou, como igualmente é chama<strong>da</strong>, a religião dos orixás.<br />

Por outra parte temos o congado, que aproxima legado africano <strong>de</strong> genealogia<br />

banto, aspectos santificados <strong>da</strong> religião católica e, em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s<br />

regiões, aspectos <strong>de</strong> cultura indígena.<br />

Como exercício religioso, o candomblé é <strong>uma</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> princípios<br />

que, <strong>uma</strong> vez distinguidos, auxiliam os <strong>de</strong>votos a realizar suas preferências<br />

particulares e consoli<strong>da</strong>r alianças com os seus pares. Essas práticas<br />

também os situam no interior <strong>de</strong> <strong>uma</strong> cama<strong>da</strong> social que tem no legado<br />

africano a alicerce para o diálogo como a <strong>de</strong>mais matrizes culturais <strong>da</strong><br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasi<strong>lei</strong>ra.<br />

Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> mencionar a existência <strong>da</strong>s culturas africanas<br />

na vi<strong>da</strong> social, principalmente no campo <strong>da</strong> língua oficial.. A pesquisadora<br />

Ye<strong>da</strong> Pessoa <strong>de</strong> Castro (2001-2002) comprova ain<strong>da</strong> <strong>de</strong> modo<br />

recente, que as intervenções africanas no campo <strong>da</strong> língua vão além dos<br />

aspectos sintáticos, fonéticos e morfológicos. Ou seja, as semelhanças<br />

dos dialetos africanos com o português instituíram solução <strong>de</strong> comunicação<br />

que colaboraram <strong>de</strong> modo que os afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, não apenas eles<br />

expressassem sua visão <strong>de</strong> mundo, seus conhecimentos sociais e suas<br />

formulações i<strong>de</strong>ológicas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que passaram a se perceber como sujeitos<br />

integrantes <strong>de</strong> <strong>uma</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> multiétnica e multicultural.<br />

7. Consi<strong>de</strong>rações Finais<br />

A Lei <strong>10.639</strong>/03 enfatiza a obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> do ensino <strong>da</strong> história<br />

<strong>da</strong> África e <strong>da</strong> cultura afro-brasi<strong>lei</strong>ra nos estabelecimentos <strong>de</strong> ensino, on<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>vido sua importância e abrangência, tornasse um elemento <strong>de</strong> s<strong>uma</strong><br />

importância para a formação <strong>de</strong> novas práticas metodológicas nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

pe<strong>da</strong>gógicas.<br />

Ca<strong>de</strong>rnos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais do XVI CNLF, pág. 1240


A construção e estabelecimentos <strong>de</strong> novos procedimentos educativos,<br />

que objetivem a aplicação <strong>de</strong> propostas políticas educacionais, que<br />

explicite nas relações pe<strong>da</strong>gógicas cotidianas, on<strong>de</strong> na relação com o outro,<br />

seja fun<strong>da</strong>mental o respeito e a valorização.<br />

A implementação concretiza<strong>da</strong> <strong>da</strong> legislação, com o <strong>de</strong>correr do<br />

processo <strong>de</strong> aplicabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, trará suportes para ultrapassar o conjunto <strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s raciais e sociais no Brasil. Os resultados esperados <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<br />

não somente <strong>da</strong> obrigação <strong>de</strong> serem implantados pela educação, porém<br />

esta se insere no conjunto <strong>de</strong> atuações e é portadora <strong>de</strong> vantagem, já<br />

que esta possui momentos educativos que favorecem um novo processo<br />

construtivo que contribuíram para eliminar os i<strong>de</strong>ais dominantes <strong>da</strong> elite<br />

brasi<strong>lei</strong>ra.<br />

Verificamos atualmente com novas políticas públicas em vigor<br />

que o ingresso a escola está ampliando significativamente nas últimas<br />

déca<strong>da</strong>s, porém a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> educação e os índices <strong>de</strong> aproveitamento<br />

necessitam ser revistos, em específico no que se refere às condições <strong>da</strong>s<br />

diferenças basea<strong>da</strong>s em raça.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

BRASIL. Lei n° <strong>10.639</strong>/03 <strong>de</strong> 09 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2003. Inclui a obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>da</strong> temática “História e Cultura Afro-Brasi<strong>lei</strong>ra” no currículo oficial<br />

<strong>da</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino. Diário Oficial <strong>da</strong> União, Brasília, 2003.<br />

CASTRO, Ye<strong>da</strong> Pessoa <strong>de</strong>. Falares africanos na Bahia; um vocabulário<br />

brasi<strong>lei</strong>ro. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Topbooks, ABL, 2001.<br />

COSENTINO, T. R. Movimento negro, raça e política educacional. Anped,<br />

2004. Disponível em:<br />

. Acesso<br />

em: 20 <strong>de</strong> jul.2009.<br />

CUNHA, J. H. Educação popular afro-brasi<strong>lei</strong>ra. In: LIMA, I; GOMES,<br />

Nilma Lino. Educação ci<strong>da</strong>dã, etnia e raça: o trato pe<strong>da</strong>gógico <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />

In: Cavalheiro, Eliane (org.). Racismo e antirracismo na educação:<br />

representando nossa escola. São Paulo: São Luiz, 2001.<br />

GOMES, N. L. Cultura negra e educação. Revista Brasi<strong>lei</strong>ra <strong>de</strong> Educação,<br />

nº 23, 2002.<br />

Ca<strong>de</strong>rnos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais do XVI CNLF, pág. 1241


HALL, S. A. I<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> cultural na Pós-Mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />

DP&A, 1997.<br />

NAMO DE MELLO G. O. Brasil precisa <strong>de</strong> <strong>lei</strong> para ensinar a história do<br />

negro? Folha <strong>de</strong> São Paulo, 28 jan.2003.<br />

NASCIMENTO, Abdias do. O negro revoltado. 2. ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />

Nova Fronteira, 1982.<br />

NASCIMENTO, E. L. (Org.). A África na escola brasi<strong>lei</strong>ra. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />

Imprensa Oficial, 1993.<br />

PANISSET, U. O Brasil precisa <strong>de</strong> <strong>lei</strong> para ensinar a história do negro?<br />

Folha <strong>de</strong> São Paulo, 28 jan. 2003.<br />

PEREIRA, Edimilson <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong>. Malungos na escola: questões sobre<br />

culturas afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes e educação. São Paulo: Paulinas, 2007.<br />

QUEIROZ, Sônia. Pé preto no barro branco; a língua dos negros <strong>da</strong> Tabatinga.<br />

Belo Horizonte, PUC, 2004.<br />

ROMÃO, J. (Orgs.). Série pensamento negro em educação. Florianópolis:<br />

Núcleo <strong>de</strong> Estudos Negros (NEM), 1997.<br />

BRASIL. Secretaria <strong>de</strong> Educação Básica – MEC. Parâmetros e referenciais<br />

curriculares nacionais. Net, Brasília, nov. 1998.<br />

SILVA, Joselina. A união dos homens <strong>de</strong> COR: do movimento negro dos<br />

anos quarenta e cinquenta. Estudos afro-asiáticos. Ano 25, vol. 2, maiojulho<br />

2003. Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

TRINDADE, Azoil<strong>da</strong> Loretto <strong>da</strong>. Áfricas e afro-brasi<strong>lei</strong>ros nos brinquedos<br />

e brinca<strong>de</strong>iras. Net, Rio <strong>de</strong> Janeiro, nov. 2006. Programa 1: Salto para<br />

o futuro. Disponível em: . Acesso em: 2006.<br />

Ca<strong>de</strong>rnos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais do XVI CNLF, pág. 1242

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!