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'BORA AÍ, VAMOS VIAJAR?

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Campus DESTAQUE<br />

IN<br />

» LISTAGEM DE EMPREGABILIDADE<br />

Finalmente, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior<br />

apresentou um estudo do desemprego entre licenciados, intitulado<br />

‘A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior’.<br />

A partir de agora, esta prática vai repetir-se todos os anos. Mais vale<br />

tarde do que nunca. Pode ser que este seja o ponto de partida para uma reorganização<br />

dos cursos mais de acordo com as saídas profissionais.<br />

» NÚMEROS DE DOCENTES REDUZIDO<br />

OUT<br />

Face às dificuldades económicas de muitas instituições de ensino superior,<br />

ou de iminentes alterações às carreiras do sector, é já uma certeza que<br />

as universidades públicas vão reduzir os seus corpos docentes. Para já,<br />

não se sabe é o número de docentes afectados. A nível financeiro, os<br />

casos mais graves estão identificados: as universidades do Algarve,<br />

Évora, Trás-os-Montes e Alto Douro e Açores vivem momentos difíceis.<br />

CADA VEZ HÁ MAIS MULHERES A ESTUDAR MAS DEPOIS DESAPARECEM<br />

PALAVRA DE DECANO<br />

» FEIRA<br />

ACADÉMICO-<br />

-CULTURAL<br />

NA LUSÍADA<br />

Começa hoje, segunda-feira<br />

e prolonga-se até sexta-<br />

-feira, dia 7 de Março, a<br />

Feira Académico-Cultural<br />

da Universidade Lusíada do<br />

Porto que vai incidir sobre<br />

o Emprego, o Empreendedorismo<br />

e o Livro. Durante<br />

esta semana, no auditório<br />

principal, haverá um conjunto<br />

de seminários e conferências<br />

nas mais diversas<br />

áreas do saber, sendo que<br />

também se realizarão<br />

workshops variados.<br />

04 [28 [3 MAR JAN 2008]<br />

4<br />

HÁ CADA VEZ MAIS MULHERES<br />

A FREQUENTAREM O ENSINO<br />

SUPERIOR, MAS AINDA SÃO<br />

POUCAS AS QUE OCUPAM CAR-<br />

GOS DE TOPO. A MENOS DE<br />

UMA SEMANA DO DIA INTER-<br />

NACIONAL DA MULHER, QUE SE<br />

CELEBRA ESTE SÁBADO, DIA 8<br />

DE MARÇO, O MU FOI VER CO-<br />

MO SE ENCONTRA A IGUAL-<br />

DADE ENTRE HOMENS E MU-<br />

LHERES NO MEIO ACADÉMICO.<br />

AQUI FICA UM CASO DE SUCES-<br />

SO NO FEMININO.<br />

Prontas<br />

para dar<br />

o salto<br />

» Margarida Rolo de Matos<br />

mmatos@munouniversitario.pt<br />

Anabela Rolo foi uma das vencedoras<br />

do prémio L’Oréal mulheres<br />

na Ciência 2007 pelo estudo<br />

de identificação das<br />

alterações metabólicas e moleculares<br />

associadas ao desenvolvimento<br />

da síndrome metabólica.<br />

Tem um percurso invejável.<br />

Licenciada em Biologia pela<br />

Universidade de Coimbra com<br />

uma média de 18 valores e<br />

doutorada, actualmente com 30<br />

anos, é docente na Universidade<br />

de Aveiro.<br />

A também investigadora garante<br />

que nunca sentiu dificuldades<br />

em afirmar-se no campo<br />

profissional, mas considera que<br />

«continua a ser evidente a sub-<br />

-representação das mulheres<br />

nas posições de topo das carreiras<br />

científicas, pelo que é necessário<br />

continuar a promover a<br />

igualdade de oportunidades».<br />

No seu ponto de vista, «é uma<br />

questão de tempo e de amadurecimento<br />

para que haja rotatividade<br />

e para que o único critério<br />

determinante para o<br />

exercício de um cargo seja apenas<br />

a capacidade de quem se<br />

propõe exercê-lo». Neste sentido,<br />

defende que o Dia Internacional<br />

da Mulher «continua a fazer<br />

sentido, sobretudo se<br />

pensarmos em termos de sociedade<br />

global num mundo onde o<br />

facto de se ser mulher é, à partida,<br />

uma desvalorização».<br />

MAIS MULHERES<br />

NAS ÁREAS CIENTÍFICAS<br />

Para combater a invisibilidade<br />

feminina foi criada em 2005 a<br />

Associação Portuguesa de Mulheres<br />

Cientistas, Amonet, nome<br />

de uma deusa do Baixo<br />

Mais mulheres a<br />

estudar no superior<br />

Os últimos números disponíveis<br />

pelo Ministério da Ciência, Tecnologia<br />

e Ensino Superior, desde<br />

o ano lectivo de 1997/98 até ao<br />

de 2005/06, indicam um aumento<br />

significativo do número<br />

de mulheres a frequentar o ensino<br />

superior. No ano lectivo de<br />

2005/06, havia cerca de 197<br />

908 mulheres a estudarem em<br />

todos os graus de formação,<br />

desde o bacharelato até ao<br />

doutoramento, mais 30 mil do<br />

que homens, precisamente 168<br />

821. Assim, também o número<br />

de diplomados é maior no sexo<br />

feminino, cerca de 46 988 mulheres<br />

contra 24 840 do sexo<br />

masculino, no ano lectivo de<br />

2005/06.<br />

Egipto. Geradora do vento Norte,<br />

a deusa soprava sabedoria<br />

nas mentes das elites e dos governantes.<br />

De acordo com esta associação,<br />

as mulheres estão em<br />

maioria nos cursos superiores<br />

de ciências, mas após a licenciatura<br />

‘desaparecem’ em termos<br />

de carreira, pelo que há<br />

uma grande perda de efectivos<br />

femininos.<br />

As mulheres são maioritárias<br />

ao nível da licenciatura, especialização<br />

de pós-licenciatura e<br />

mestrado mas apenas um terço<br />

envereda pelos doutoramentos.<br />

Mas depois têm uma progressão<br />

na carreira demorada, não<br />

atingem o topo e não têm visibilidade<br />

ao nível da gestão de órgãos.<br />

O trabalho desta associação<br />

passa pela realização de estudos<br />

sobre estas questões e a<br />

apresentação de propostas de<br />

diplomas ou de alteração da legislação,<br />

no sentido da igualdade<br />

de direitos e oportunidades<br />

entre homens e mulheres. Promover<br />

o debate sobre a situação<br />

das mulheres cientistas, divulgar<br />

os seus direitos e<br />

denunciar formas de discriminação<br />

são também objectivos, tal<br />

como o intercâmbio com outras<br />

organizações portuguesas e internacionais.<br />

ANNE COVA,<br />

investigadora do<br />

Instituto de<br />

Ciências Sociais<br />

(ICS) da<br />

Universidade de<br />

Lisboa e vice-<br />

-presidente da Associação<br />

Portuguesa de Investigação<br />

Histórica sobre as Mulheres.<br />

Organizadora do seminário<br />

internacional feminismos no<br />

século XIX e XX que decorreu<br />

no ICS no passado dia 25.<br />

APESAR DE SEREM CADA VEZ<br />

MAIS MULHERES A FRE-<br />

QUENTAREM O ENSINO SUPERI-<br />

OR, COMO EXPLICA O FACTO DE<br />

POUCAS OCUPAREM CARGOS DE<br />

PODER?<br />

Isto verifica-se também noutros<br />

países: quanto mais subimos na<br />

hierarquia menos mulheres encontramos.<br />

Há várias razões,<br />

para isso e é preciso tempo para<br />

alterar as mentalidades. Os cargos<br />

de poder no meio universitário<br />

foram ao longo da<br />

história ocupados maioritariamente<br />

por homens. As mulheres<br />

têm dificuldades em ocupar cargos<br />

de direcção nomeadamente<br />

porque estes últimos exigem<br />

uma grande disponibilidade que<br />

muitas mulheres não têm por<br />

continuarem a desempenhar<br />

vários papéis (trabalho fora da<br />

casa e dentro). Há também resistências<br />

institucionais: os cargos<br />

de prestígio vão tradicionalmente<br />

para os homens e isto só<br />

poderá ser alterado tomando<br />

medidas que impõem a paridade<br />

a todos os níveis.<br />

FAZ SENTIDO EXISTIR UM DIA<br />

INTERNACIONAL DA MULHER?<br />

Faz sentido porque pelo menos<br />

uma vez por ano falamos muito<br />

das mulheres. Mas claro que seria<br />

melhor falar todos os dias<br />

dos numerosos problemas das<br />

mulheres.<br />

QUAIS OS TEMAS COM MAIS<br />

DESTAQUE NO SEMINÁRIO IN-<br />

TERNACIONAL DE FEMINISMOS<br />

NOS SÉC. XIX E XX?<br />

Conciliar maternidade e trabalho<br />

foi e continua a ser muito difícil. A<br />

maioria das feministas do passado,<br />

objecto deste seminário, tentaram<br />

implementar medidas legislativas<br />

para dar às mulheres a<br />

possibilidade de conciliar maternidade<br />

e trabalho fora da casa.

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