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VAI UMA FRANCESINHA? - Mundo Universitário

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DR<br />

<strong>VAI</strong> <strong>UMA</strong><br />

<strong>FRANCESINHA</strong>?<br />

NÃO SE TRATA DE UM FESTIVAL GASTRONÓMICO,<br />

É O SALÃO ERÓTICO QUE R<strong>UMA</strong> AO NORTE. VEM AÍ<br />

O EROS PORTO’ 08 ONDE APRENDER TAMBÉM<br />

É PALAVRA DE ORDEM. P. 10 e 11<br />

Directora: Raquel Louçã Silva | Segunda-feira, 28 de Janeiro de 2008 | Nº 93 | Semanal | distribuição gratuita | www.mundouniversitario.pt<br />

LUSÓFONA PRODUZ CERVEJA<br />

“Loirinha” benéfica para o exercício físico P. 4<br />

GANHA PRÉMIOS COM O MU<br />

Bilhetes para o cinema, teatro e para o Eros Porto’ 08 P. 10, 13 e 14


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Sumário<br />

4 [28 de Janeiro de 2008]<br />

Dito<br />

&<br />

Feito<br />

«Há atletas que vão ter que se cuidar. Aqueles que andam<br />

a jogar com 2 e 3 quilos acima do peso, bunda grande,<br />

menos preocupados com o futebol e mais com a noite,<br />

desfiles e moda, se não tiverem uma vida mais regrada<br />

podem perder o autocarro pelo caminho»<br />

Scolari, a propósito da selecção dos jogadores para o Europeu, in expresso.pt<br />

EDITORIAL<br />

Raquel Louçã Silva [Directora]<br />

rsilva@mundouniversatio.pt<br />

Menu de carnaval<br />

Acaba esta sema e o convite à farra carnavalesca torna-se irresistível.<br />

Estudos de lado, missões académicas melhor ou pior conseguidas,<br />

e há que libertar tensões acumuladas. Já sabes do<br />

que é que te vais mascarar? Que tal d@ Profess@r@ com<br />

quem não conseguiste estreitar um laço, digamos, amigável<br />

durante todo o semestre? Pode sempre ser uma forma de<br />

entrares na sua pele e, quem sabe, perceber melhor aquilo<br />

que até então te pareceu ser uma personalidade complexa<br />

só possível de vir de outro planeta. Ou então pode pura e simplesmente<br />

servir para te divertires. Nós, que não dormimos<br />

em serviço, sugerimos-te algumas possibilidades de sacudir<br />

esse esqueleto [p.18].<br />

Entretanto, e porque também nós queremos entrar na farra,<br />

fazemos um intervalo de uma semaninha nas edições regulares,<br />

e regressamos no dia 11 de Fevereiro – aponta na agenda!<br />

É também por não haver edição na próxima semana que<br />

aproveitamos já para te falar do primeiro Salão Erótico que se<br />

realiza na invicta, de 7 a 10 de Fevereiro [p.10]. Sabemos que é<br />

um evento com sucesso garantido (os números de visitantes das<br />

anteriores edições em Lisboa não deixam dúvidas) e de alguma<br />

forma desconfiamos que o assunto te desperta o interesse. Não<br />

estamos com meias medidas e fazemos dele o pano de fundo<br />

desta edição.<br />

Mas a vida é muito mais do que festa e sexo, também é cerveja<br />

e...investigação (calma, calma, que nós aqui mantemos a decência).<br />

Já a semana passada te tínhamos dito em duas ou três linhas<br />

que a Lusófona agora tinha uma fábrica de cerveja integrada<br />

nas suas instalações. Não aguentámos a curiosidade e fomos<br />

mesmo visitar a dita cuja [p.4]. Ali faz-se investigação a sério,<br />

serve para @s alun@s universitári@s porem em prática o que<br />

aprendem nas cadeiras teóricas e com um mote bem interessante,<br />

reconheça-se. E até serve para receber visitas de estudo<br />

do secundário e motivar os mais novos a seguirem carreiras na<br />

área da ciência.<br />

In<br />

Os portugueses estão cada<br />

vez mais obesos. O Estudo da<br />

Prevalência da Obesidade em<br />

Portugal apresenta resultados<br />

preocupantes: 34,9 por cento<br />

dos portugueses tem peso a<br />

mais.<br />

Foto da Semana<br />

DR<br />

Portishead regressam 10<br />

anos depois. A 26 de Março<br />

no Coliseu do Porto e a 27 no<br />

de Lisboa, a banda de Beth<br />

Gibbons vai voltar a dar-nos<br />

música.<br />

Bienal Experimenta Design<br />

está garantida. Depois de em<br />

2007 não se ter realizado, este<br />

ano regressa a Lisboa e segue<br />

para Amesterdão com vista à<br />

internacionalização.<br />

Centro de Língua Portuguesa<br />

em Oxford recebe elogios. O<br />

meio académico inglês rendeuse<br />

a uma programação que<br />

convida personalidades portuguesas<br />

a debater a lusofonia<br />

e a Europa.<br />

Alerta! Vacina contra o colo<br />

do útero. Na Alemanha e na<br />

Áustria morreram duas jovens<br />

depois de terem tomado a<br />

vacina Gardasil. A notícia causa<br />

algum alarmismo ou não<br />

tivessem 19 mil mulheres<br />

tomado a mesma, em Portugal.<br />

Jovens vão viver num mundo<br />

pior. Um estudo realizado para<br />

o Fórum Económico Mundial<br />

avança que 71 por cento dos<br />

portugueses estão convencidos<br />

de que os jovens viverão num<br />

mundo inseguro e 44 por cento<br />

acreditam que, como se não<br />

bastasse, também vão ter que<br />

viver com poucos meios<br />

económicos.<br />

Out<br />

<br />

O actor Australiano Heath Ledger (à esq.) morre aos 28 anos. Tornou-se conhecido ao encarnar, em 2005,<br />

a personagem de Ennis del Mar em Brokeback Mountain (a fotografia é do filme em questão), uma história de amor entre<br />

dois cowboys . Mais recentemente, foi um dos seis actores escolhidos para interpretar o papel de Bob Dylan na biopic I'm<br />

Not There. E ainda fazia de Joker no novo filme da saga Batman. A morte não escolhe idades e indepentendemente do que<br />

tenha sido e feito é uma pena por ser tão novo. R.I.P.<br />

FICHA TÉCNICA: Título registado no I.C.S. sob o n.º 124469 | Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa n.º 223575 | Matrícula n.º 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Conselho de Gerência: António Stilwell Zilhão; Francisco<br />

Pinto Barbosa; Gonçalo Sousa Uva | Directora: Raquel Louçã Silva | Redacção: Edgar Amaral, Margarida Rolo Matos | Colaboradores: Geraldes Lino | Cronistas: Mariana Seruya Cabral, Marta Crawford, Paulo Anes | Estagiária: Raquel Ramos |<br />

Fotografia: Mónica Moitas | Revisão: Neida Fernandes | Projecto Gráfico: Joana Túlio | Paginação: Joana Túlio | Marketing: Rui Gonçalves e Vanda Filipe | Publicidade: Gisela Correia e Paula Reis (Account Director) | Sede Redacção: Estrada da<br />

Outurela n.º 118 Parque Holanda Edifício Holanda 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 416 92 10 | Fax: 21 416 92 27 | Tiragem: 35 000 | Periodicidade: semanal | Distribuição: Gratuita | Impressão: Grafedisport; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de<br />

Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646−1649.


Cerveja, um produto milenar<br />

A produção de cerveja iniciou-se por Romanos e dava-se aos exércitos para<br />

volta de oito mil anos a.C., difundindose,<br />

na Antiguidade, entre os povos da combate. A sua produção desenvolveu-<br />

levantarem a moral antes de irem para<br />

Suméria, Babilónia e Egipto. Esta bebida<br />

foi ainda produzida pelos Gregos e mentação de<br />

se paralelamente aos processos de fer-<br />

cereais.<br />

Campus [destaque]<br />

5<br />

[28 de Janeiro de 2008]<br />

MÓNICA MOITAS<br />

FÁBRICA-PILOTO ENTRE UNIVERSIDADE LUSÓFONA E CENTRAL DE CERVEJAS<br />

Lusófona<br />

aposta na cerveja<br />

A UNIVERSIDADE LUSÓFONA E A CENTRAL DE CERVEJAS UNIRAM-SE NA ÁREA DA PRODUÇÃO<br />

E DE INVESTIGAÇÃO DE CERVEJA A SEMANA PASSADA, OFERECENDO AQUELA EMPRESA <strong>UMA</strong><br />

FÁBRICA-PILOTO À INSTITUIÇÃO. A BOÉMIA FOI UM DOS REBENTOS GERADOS NAQUELA UNI-<br />

VERSIDADE QUE HÁ MUITO FAZ INVESTIGAÇÃO NA ÁREA.<br />

MÓNICA MOITAS<br />

Margarida Rolo de Matos<br />

mmatos@munouniversitario.pt<br />

Para por mãos à obra na descoberta<br />

de novos tipos de cerveja<br />

na Universidade Lusófona de<br />

Humanidade e Tecnologias (UL-<br />

HT), em Lisboa, falta apenas a<br />

fábrica-escolar estar apta a nível<br />

de equipamento. Até ao final do<br />

ano lectivo, vai estar tudo operacional.<br />

Entretanto, continuam a<br />

ser feitas investigações e produções<br />

da bebida mais simples<br />

pela parte dos docentes e alunos<br />

de Engenharia Biotecnológica, no<br />

âmbito do acordo de cooperação<br />

entre a ULHT e a Sociedade Central<br />

de Cervejas e Bebidas (SCC).<br />

Um trabalho que já tinha vindo a<br />

ser desenvolvido há um ano,<br />

apesar de o protocolo entre as<br />

duas entidades só ter sido firmado<br />

a 17 de Janeiro.<br />

BOÉMIA NASCE<br />

NA LUSÓFONA<br />

Para a docente responsável<br />

pela parceria, Laura Vasconcelos<br />

o objectivo desta união passa<br />

por uma produção a pequena<br />

escala que permita «aprimorar a<br />

cerveja e a descoberta de novos<br />

tipos, uma vez que na própria indústria<br />

falta tempo para inovar».<br />

A este propósito, Laura Vasconcelos,<br />

exemplifica que a cerveja<br />

Boémia foi gerada através<br />

destes estudos naquela instituição<br />

universitária. A fermentação<br />

contínua com imobilização<br />

de células, o uso de<br />

engenharia genética para melhorar<br />

as estirpes de leveduras,<br />

actualmente utilizadas na indústria<br />

e a fabricação de novos produtos,<br />

na vertente dos chamados<br />

alimentos funcionais são<br />

também os objectivos futuros<br />

desta parceria.<br />

Em declarações à agência<br />

Lusa, no dia da assinatura do<br />

protocolo, o presidente da<br />

Comissão Executiva da SCC, Alberto<br />

da Ponte, afirmou que o<br />

projecto se destina a «ensinar os<br />

estudantes a trabalhar com uma<br />

unidade industrial», beneficiando<br />

da criatividade dos jovens e dinamizando<br />

«uma inovação de<br />

certo modo revolucionária no<br />

sector das cervejas». «Com a inovação<br />

há crescimento, com o<br />

crescimento há riqueza, e é isso<br />

que esperamos criar para o<br />

benefício de todos», defendeu<br />

ainda.<br />

E adiantou: «Nós já contribuímos<br />

1,5 por cento para o PIB nacional,<br />

mas esperamos com isto<br />

poder vir um dia a contribuir com<br />

2 por cento [com bebidas como<br />

as cervejas Sagres e Guinness,<br />

as águas Luso e Cruzeiro e os refrigerantes<br />

Joi e Spirit]». O presidente<br />

da Central explicou ainda<br />

que a cerveja aí produzida tem,<br />

para já, fins de investigação e<br />

não de introdução no mercado<br />

mas avançou com a hipótese de<br />

lançar ideias «revolucionárias»,<br />

caso surjam, «a um preço e a um<br />

custo industrial acessíveis». Para<br />

já este é mesmo um projecto pioneiro<br />

e não estão previstos protocolos<br />

com outras instituições universitárias.<br />

Sabias que a cerveja é benéfica<br />

para a saúde?<br />

Durante a sessão experimental os futuros engenheiros foram explicando à<br />

turma do 12º B que a cerveja é saudável. «Para além de ficarmos mais<br />

alegres», disse com um ar brincalhão, Paulo, esta bebida tem outras<br />

vantagens. Para as grávidas, a cerveja preta, mais pesada, é um bom<br />

complemento nutricional, sobretudo, em proteínas. Se és paranóico com os<br />

cuidados estéticos, ficas a saber que a espuma da cerveja faz bem à pele,<br />

tornando-a mais suave. E olha que esta técnica era utilizada pelas<br />

civilizações mais antigas, numa altura em que os cremes de beleza ainda<br />

não eram moda. E se queres ficar mesmo feliz toma nota disto: meio litro<br />

desta bebida por dia para as mulheres e um quarto de litro para os homens<br />

reduz a osteoporose e a possibilidade de ataques miocárdios. E esta, hein?<br />

Mas ainda não é tudo. Se depois de ires ao ginásio, ficas derreado de dores<br />

musculares, aqui está a solução: a seguir ao exercício vai ao café e bebe<br />

umas cervejas com os teus amigos porque o lúpulo, uma das matériasprimas<br />

da bebida, ajuda a relaxar os músculos. Afinal, quem é que disse<br />

que a cerveja só faz barriga?<br />

“Criar Saberes” junto de escolas secundárias<br />

«Vamos fazer a nossa própria<br />

cerveja?», perguntavam<br />

entusiasmados os alunos do 12º B<br />

da Escola Secundária de Linda-a-<br />

Velha, na sessão experimental de<br />

produção de cerveja, do passado<br />

dia 23. É que para já, enquanto a<br />

instalação-piloto não está pronta,<br />

alunos do secundário vão ali<br />

aprender a feitura da cerveja, de<br />

forma manual. A iniciativa está<br />

integrada no projecto “Criar<br />

Saberes” que pretende motivar os<br />

jovens para a ciência.<br />

As sessões são oferecidas pelos<br />

alunos da faculdade de Engenharia<br />

e Ciências Naturais da<br />

Universidade Lusófona, que se<br />

disponibilizam para ensinar os mais<br />

novos, em áreas que englobam a<br />

microbiologia e a química.<br />

Susana Morgado, finalista de<br />

Engenharia Biotecnológica, está a<br />

ensinar aos mais ‘pequenos’ o<br />

fabrico da cerveja. Ela explica que<br />

este tipo de iniciativa «é positiva<br />

porque permite por em prática o<br />

que aprendem nas aulas teóricas<br />

de Microindustrial, além de que é<br />

muito giro interagir com os mais<br />

novos». No final, os alunos estavam<br />

satisfeitos e confirmaram que todos<br />

vão enveredar pela área das<br />

ciências para o próximo ano lectivo,<br />

quando se candidatarem ao ensino<br />

superior.<br />

MÓNICA MOITAS


Campus [entrevista]<br />

6 [28 de Janeiro de 2008]<br />

«É PRECISO CREDIBILIZAR<br />

AS INICIATIVAS<br />

DE CONTESTAÇÃO»<br />

ANDRÉ OLIVEIRA É O NOVO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DE COIMBRA<br />

«Bolonha pode não<br />

ter sido mais que uma<br />

operação de cosmética»<br />

Margarida Rolo de Matos<br />

mmatos@munouniversitario.pt<br />

Quais são as prioridades<br />

do mandato?<br />

É de extrema urgência desenvolver<br />

esforços, no sentido<br />

de criar protocolos com<br />

entidades empregadoras,<br />

de modo a que seja possível<br />

recrutamentos de jovens<br />

licenciados. A acção<br />

social escolar é também<br />

preponderante para colmatar<br />

disparidades sociais, de<br />

modo a que ensino o superior<br />

público seja acessível a<br />

todos. Pretendemos ainda<br />

encetar esforços, de forma<br />

a alterar o processo de atribuição<br />

de bolsas. Não concordamos<br />

com alguns dos<br />

escalões existentes, uma<br />

vez que os intervalos de capitação<br />

mensal do agregado,<br />

bem como os índices<br />

de atribuição de bolsa não<br />

se revelam justos.<br />

Como vês o actual estado<br />

do ensino superior?<br />

Entendo que este sistema<br />

de ensino tem como missão<br />

fundamental não só<br />

qualificar ao mais alto nível<br />

os seus estudantes, como<br />

também contribuir para a<br />

sua compreensão pública<br />

dos valores de uma sociedade<br />

plural e participada.<br />

No actual quadro de funcionamento,<br />

compromete<br />

a sua missão à partida,<br />

tendo vindo a hipotecar de<br />

forma cada vez mais evidente<br />

esses valores de pluralidade<br />

e participação.<br />

Qual o balanço que fazes<br />

NA PASSADA QUARTA-<br />

FEIRA, DIA 23, ANDRÉ<br />

OLIVEIRA FOI EMPOSSADO<br />

COMO O CENTÉSIMO<br />

PRESIDENTE DA DI-<br />

RECÇÃO-GERAL DA ASSO-<br />

CIAÇÃO ACADÉMICA DE<br />

COIMBRA (DG/AAC), A ES-<br />

TRUTURA ESTUDANTIL<br />

MAIS ANTIGA DO PAÍS. FI-<br />

NALISTA DE ECONOMIA,<br />

DEFENDE QUE «A AAC TU-<br />

DO FARÁ PARA IMPEDIR A<br />

PASSAGEM DA UNIVERSI-<br />

DADE DE COIMBRA (UC) A<br />

FUNDAÇÃO».<br />

da implementação de Bolonha<br />

nas universidades?<br />

A implementação de Bolonha<br />

tem sido uma grande<br />

mudança e, como qualquer<br />

mudança, a sua efectiva<br />

adequação dificilmente se<br />

afiguraria pacífica. O sucesso<br />

da mesma varia de<br />

instituição para instituição,<br />

Importa maximizar as suas<br />

potencialidades e minimizar<br />

os seus prejuízos. Torna-se<br />

imperativo explorar<br />

as competências não curriculares,<br />

no sentido de<br />

constituírem uma real<br />

mais-valia para o estudante.<br />

É fundamental assegurar<br />

condições para que o<br />

acesso ao segundo ciclo<br />

não constitua uma barreira<br />

económica. É premente<br />

ainda que o estatuto do<br />

mestrado pós-Bolonha assegure<br />

mais garantias e<br />

qualificações que o grau de<br />

licenciatura pré-Bolonha,<br />

sob pena de todo o processo<br />

de Bolonha não ter sido<br />

mais que uma simples operação<br />

de cosmética.<br />

Como vês a eventual passagem<br />

da UC a fundação,<br />

no âmbito do RJIES?<br />

Mesmo desconhecendo as<br />

implicações inerentes ao<br />

regime fundacional, vejo<br />

essa possibilidade como<br />

uma porta aberta à privatização<br />

do ensino superior,<br />

pelo que discordo profundamente<br />

desta possibilidade.<br />

A AAC tudo fará, no contexto<br />

do actual processo de<br />

elaboração dos novos estatutos<br />

para que tal não se<br />

verifique.<br />

Há muito tempo que não<br />

há uma grande acção de<br />

contestação a nível nacional.<br />

A que se deve?<br />

É consequência directa da<br />

incapacidade de mobilizar<br />

os estudantes. Isto fundamenta-se<br />

numa descrença<br />

crescente nos resultados<br />

concretos que podem advir<br />

desse tipo de acção. É preciso<br />

adoptar diversas formas<br />

de luta sem nunca abdicar<br />

desse objectivo e não<br />

aguardar passivamente por<br />

um refluxo de participação<br />

estudantil. Devem, sim,<br />

procurar construí-lo e credibilizar<br />

esse processo de<br />

participação, procurando,<br />

primeiramente, dar resposta<br />

aos problemas concretos<br />

dso estudantes, para<br />

que se comece a combater<br />

o cepticismo e a desinformação<br />

e se apontem as<br />

causas com maior rigor e<br />

objectividade.<br />

Perfil<br />

André Oliveira, 22 anos, é<br />

natural de Coimbra, e<br />

actualmente finalista da<br />

licenciatura de Economia<br />

na Faculdade de Economia<br />

da Universidade de<br />

Coimbra. A nível<br />

associativo, fez parte do<br />

Núcleo de Estudantes de<br />

Economia da AAC entre<br />

2004 e 2005. No ano<br />

seguinte, foi coordenadorgeral<br />

do pelouro do<br />

Desporto da DG-AAC,<br />

durante o segundo<br />

mandato de Fernando<br />

Gonçalves. Foi ainda<br />

membro do Senado<br />

<strong>Universitário</strong> e da<br />

Assembleia da<br />

Universidade de Coimbra.<br />

Os estudantes não deviam<br />

contestar as elevadas vagas<br />

em cursos que depois<br />

não têm escoamento no<br />

mercado?<br />

Em primeiro, devemos procurar<br />

combater o preconceito<br />

crescente das entidades<br />

empregadoras contra<br />

determinados campos de<br />

conhecimento, de vertente<br />

mais humanística. Em segundo<br />

lugar, a escolha de<br />

um curso deve ser sempre<br />

livre e informada. Contudo,<br />

não nos podemos dissociar<br />

das reais condições que<br />

esses cursos oferecem e<br />

exigir que o conhecimento<br />

adquirido responda a uma<br />

série de desafios...incluindo<br />

os do mercado de trabalho,<br />

recusando, todavia,<br />

a subjugação do conhecimento<br />

que uma universidade<br />

deve oferecer única e<br />

exclusivamente a essa lógica<br />

de mercado.<br />

Perdida a luta contra as<br />

propinas e a implementação<br />

de Bolonha quais são<br />

hoje as grandes causas<br />

dos estudantes?<br />

Embora as propinas e Bolonha<br />

sejam uma realidade,<br />

isso não significa que<br />

sejam irreversíveis. Não<br />

obstante, a temática do<br />

emprego e da acção social<br />

escolar serão as grandes<br />

causas dos estudantes.<br />

Entrevista na íntegra em<br />

www.mundouniversitario.pt


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Campus [inovação]<br />

8 [28 de Janeiro de 2008]<br />

O futuro do Porto em discussão<br />

Hoje e amanhã, 28 e 29 de Janeiro, decorre<br />

no Palácio da Bolsa, no Porto, a tercei-<br />

cem participantes entre académicos, emmento”.<br />

Durante estes dois dias, mais de<br />

ra edição do encontro “Porto Cidade Região”<br />

da Universidade do Porto, que tem cas para o desenvolvimento da região<br />

presários e políticos vão discutir estratégi-<br />

como tema “Por uma Região do Conheci-<br />

desde o Ambiente, à Educação.<br />

Breves<br />

Minho e Vigo ligadas<br />

em rede<br />

As universidades do Minho<br />

e de Vigo passam a estar<br />

ligadas por uma rede de<br />

comunicações de banda<br />

larga, a TORGA.NET, para<br />

incrementarem a cooperação<br />

pedagógica e científica.<br />

Trata-se de um projecto<br />

de cooperação transfronteiriça<br />

que interliga, desde<br />

2007, não só os campus<br />

das duas universidades,<br />

mas também dois centros<br />

tecnológicos relacionados<br />

com as instituições.<br />

As melhores da Europa<br />

A ISCTE Business School<br />

integra o Prémio Best European<br />

Business, iniciativa que<br />

tem como propósito seleccionar<br />

as empresas europeias<br />

mais competitivas. Além de<br />

Portugal, estão também no<br />

concurso países como Alemanha,<br />

Dinamarca, França,<br />

Itália, Polónia e Reino Unido.<br />

Os vencedores nacionais são<br />

conhecidos dia 29 de Fevereiro.<br />

Nova cria “Negociação<br />

sem nós”<br />

O Instituto de Formação de<br />

Executivos da Faculdade de<br />

Economia da Universidade<br />

Nova de Lisboa, mais conhecido<br />

por Nova Forum, lançou<br />

o primeiro programa de<br />

“Negociação sem nós” 2008,<br />

que vai ter lugar nos dias 28<br />

e 29 de Fevereiro. Partilhar<br />

estratégias que aproximem<br />

as empresas e os seus executivos<br />

são os principais propósitos<br />

desta formação.<br />

Mais empreendedores<br />

depois dos 50<br />

Segundo um estudo publicado<br />

na revista Businessweek,<br />

cerca de 20 por cento da<br />

população activa nos Estados<br />

Unidos com mais de 50<br />

anos é dono da sua própria<br />

empresa. A investigação conclui<br />

mesmo que desses, um<br />

terço só criou um negócio<br />

depois dos 50. Os especialistas<br />

adiantam, no entanto,<br />

que muitos empresários têm<br />

falsas expectativas quanto a<br />

ter menos stress e exigência<br />

no dia-a-dia no trabalho.<br />

“QUERO MAIS” PRODUZIDO POR JOVENS EMPRESÁRIOS<br />

PROCURA-SE<br />

emprego no Messenger<br />

PORTUGUÊS<br />

O MUNDO DO EMPREENDEDORISMO ESTÁ DESDE NOVEMBRO DISPONÍVEL NO CANAL “QUERO MAIS”, INTEGRADO NA<br />

VERSÃO PORTUGUESA DO MESSENGER. APESAR DE AINDA NÃO EXISTIREM DADOS DE VISITANTES, A ASSOCIAÇÃO<br />

NACIONAL DE JOVENS EMPRESÁRIOS, RESPONSÁVEL POR ESTE PORTAL, GARANTE QUE É UM DOS MAIS VISITADOS<br />

DIARIAMENTE.<br />

Margarida Rolo de Matos<br />

mmatos@munouniversitario.pt<br />

>>ESCOLA DO PORTO A MAIS AMIGA DO AMBIENTE<br />

O Instituto Politécnico do Porto (IPP)<br />

iniciou na passada segunda-feira, dia<br />

21, a implementação de um projecto<br />

que visa «eliminar» a circulação de documentos<br />

em papel na instituição, intitulado<br />

SmartDocs.<br />

Segundo uma fonte da instituição, em<br />

declarações à agência Lusa, «através<br />

de uma inovadora solução de gestão<br />

documental e processual, qualquer<br />

carta, fax ou processo em papel será<br />

digitalizado e informatizado num programa<br />

que posteriormente poderá ser<br />

acedido por todos». Ainda de acordo<br />

com a mesma fonte, o IPP é «a primeira<br />

instituição de ensino superior a<br />

adoptar este novo sistema, designado<br />

SmartDocs.<br />

Nesta primeira fase, o SmartDocs vai<br />

servir 110 trabalhadores dos serviços<br />

centrais, mas o objectivo é alargar o<br />

projecto às restantes nove unidades<br />

orgânicas do IPP, abrangendo cerca de<br />

1700 colaboradores e 15 mil alunos.<br />

Para já, todos os envolvidos vão receber<br />

formação para usufruir de todas<br />

as ferramentas desta nova plataforma<br />

de gestão documental. A implementação<br />

desta solução, sublinhou, vai permitir<br />

que o IPP possa desmaterializar<br />

os processos actuais, agilizar os procedimentos<br />

e melhorar a capacidade<br />

de acompanhamento e controlo de<br />

documentos.<br />

Dedicado às temáticas<br />

do emprego, formação, carreira<br />

e criação de empresas,<br />

o canal “Quero Mais”,<br />

integrado na versão portuguesa<br />

do Messenger representa,<br />

«um casamento<br />

feliz entre a Associação<br />

Nacional de Jovens Empresários,<br />

pioneira na promoção<br />

da maior empresa de<br />

tecnologia do mundo, a Micrososft,<br />

e a Associaçãção<br />

do empreendedorismo jovem<br />

no nosso país». É desta<br />

forma que o vice-presidente<br />

da Associação<br />

Nacional de Jovens Empresários,<br />

Manuel Teixeira, encara<br />

o desafio proposto<br />

pela Micrososoft, de a versão<br />

portuguesa do Messenger,<br />

incluir um canal inteiramente<br />

dedicada ao<br />

empreendedorismo.<br />

O jovem empresário garante<br />

que as mais-valias do<br />

canal residem no facto de<br />

ao «apostar numa linguagem<br />

bastante jovem, dinâmica<br />

e acessível, o “Quero<br />

Mais” dar resposta às necessidades<br />

profissionais e<br />

formativas dos jovens nacionais<br />

de um modo descontraído<br />

e optimista». E<br />

sublinha: «a própria designação<br />

do canal, consubstancia<br />

essa ambição de<br />

dar resposta às necessidades<br />

das novas gerações,<br />

no que respeita a oportunidades<br />

de emprego, a carências<br />

de ensino e formação<br />

ou ainda a aspirações<br />

>>EMPRESAS GARANTEM EMPREGO<br />

A ESTUDANTES<br />

Um grupo de empresas no sector<br />

da informática vai financiar os estudos<br />

e garantir emprego aos estudantes<br />

que terminem o Mestrado<br />

Avançado de Engenharia de Software<br />

Universidade de Carnegie Mellon/Faculdade<br />

de Ciências e Tecnologias<br />

da Universidade de<br />

Coimbra.<br />

O Mestrado Avançado em Engenharia<br />

de Software surgiu no âmbito do<br />

acordo entre o Estado Português e<br />

a Universidade de Carnegie Mellon,<br />

nos Estados Unidos, uma das mais<br />

prestigiadas instituições de ensino<br />

superior a nível mundial na área de<br />

no que toca à carreira e até<br />

aos negócios.»<br />

DIRIGIDO À GERAÇÃO MSN<br />

Informação sobre empreendedorismo,<br />

casos de<br />

sucesso empresarial, oportunidades<br />

de negócio, financiamento,<br />

carreiras,<br />

técnicas de procura de<br />

emprego, formação e ensino<br />

são apenas alguns<br />

exemplos do conteúdo que<br />

o “Quero Mais” apresenta.<br />

O vice-presidente explica<br />

ainda que sendo dirigido<br />

em especial à “geração<br />

msn”, que se situa entre<br />

os 14 e os 30 anos, o canal<br />

«explora também as<br />

potencialidades multimédia<br />

da Internet, ao combinar<br />

texto, imagem e som e<br />

ao fomentar a interactividade».<br />

Para isso, contribui<br />

«igualmente o papel desempenhado<br />

pela anfitriã<br />

do “Quero Mais”, a Mónika,<br />

que apresenta os vídeos<br />

e interage com os cibernautas<br />

através de um<br />

blogue, partilhando opiniões,<br />

desabafos, rotinas e<br />

novidades», acrescenta.<br />

Quanto aos visitantes do<br />

portal, para já ainda não<br />

há números, Manuel Teixeira<br />

garante que é um<br />

dos canais integrados no<br />

Messenger português<br />

mais visitados diariamente.<br />

A versão portuguesa do<br />

Messenger, que se junta<br />

às 42 versões nacionais<br />

lançadas em 21 línguas,<br />

espera chegar aos 2,9 milhões<br />

de utilizadores.<br />

Engenharia de Software.<br />

O curso está direccionado para engenheiros<br />

de software que se queiram<br />

tornar chefes de equipa, gestores<br />

de projecto e arquitectos de<br />

sistemas em larga escala.<br />

Esta parceria entre indústria e universidades<br />

foi apresentada na Faculdade<br />

de Ciências e Tecnologias<br />

da Universidade de Coimbra, no<br />

passado dia 18 de Janeiro e junta<br />

oito empresas que vão garantir,<br />

durante a formação, o emprego e<br />

o suporte financeiro aos alunos<br />

que tiverem mais sucesso no mestrado.


Ataca<br />

ou<br />

Contra-ataca<br />

Manda bala sobre o que te apetecer...<br />

nós publicamos! Envia o teu artigo de opinião até 1000<br />

caracteres, no máximo, com uma fotografia tipo passe e o<br />

nome da faculdade onde estudas. Ninguém te pode calar!<br />

Manda tudo para info@mundouniversitario.pt<br />

Poder à Palavra<br />

9<br />

[28 de Janeiro de 2008]<br />

INTERVALO<br />

DISCURSO ERASMUS<br />

Paulo Anes, escritor e publicitário<br />

info@mundouniversitario.pt<br />

Mariana Seruya Cabral, Aluna Erasmus em Barcelona<br />

info@mundouniversitario.pt<br />

Quem quer casa?<br />

“Vamos ver o que tens na cabeça se queres<br />

amar” – era assim que falava a sobrinha da<br />

tia que tinha um namorado com quem “não<br />

morava” mas passeava por todo o lado ao<br />

ritmo do Alberto J. Jardim a subir paredes<br />

de madeira pintadas à Sócrates. Iam à Boca<br />

do Inferno com a mesma facilidade com que<br />

iam ao céu da boca. E voltavam por Sintra<br />

via Praia das Maçãs com pêras à mistura.<br />

Nada era o ideal. Tudo era real, até as discussões<br />

intermináveis. E, na realidade<br />

nehum dos dois se sentia alegre, nem triste<br />

nem poeta. Pêra sim, pêra não, ventanias<br />

da praia do Guincho, quartos de pensões<br />

com águas correntes nunca quentes e sempre<br />

frias e os corpos cheios de ministros<br />

para lhes tratar da saúde com taxas moderadoras<br />

cheias de excessos. “-O excesso de<br />

ministros faz mal à saúde” – dizia a sobrinha<br />

da tia! O lado “arisco” da sobrinha da<br />

tia atiçava o desejo do primo da prima de<br />

lhe dar uma lição de namoro. Ficavam horas<br />

a brincar. E “não moravam” juntos mas<br />

namoravam em todo o lado. Faziam conchas<br />

no mar e faziam-se desconhecidos em<br />

piscinas descobertas. Quando é que eles se<br />

viram nus pela primeira vez? Sinceramente<br />

ninguém se lembra ou então ninguém sabe!<br />

Ela era uma jovem virgem e ele uma coisa<br />

religiosa – uma espécie de tabernáculo<br />

nunca visitado; o que apaga os receios de<br />

sarilhos mas acendia a vontade dela de ter<br />

uma casa, uma vida com filhos em noites<br />

tranquilas de Invernos impossíveis. Ele jurava<br />

que ia arranjar a casa nova cheia de assoalhadas<br />

com vistas arejadas para um quarto<br />

crescente de uma vida bela, feliz e sorridente!<br />

Mas (sempre o malquisto mas) as<br />

taxas de juro quebravam-lhe as juras e as<br />

lágrimas dela que até eram abundantes não<br />

davam nem para pagar a luz, quanto mais<br />

a renda!<br />

Brigada contra a beleza natural<br />

Antes de vir para Barcelona já me tinham dito<br />

que as catalãs se arranjam mais do que as portuguesas.<br />

Não é que não nos aperaltemos quando<br />

a ocasião o exige... Mas convenhamos: frisar<br />

o cabelo e pintar os olhos em degradê não é a<br />

primeira coisa que nos ocorre – permitam-me<br />

generalizar – com o raiar das dolorosas 8 da<br />

manhã. Não fiz caso disso até à semana passada,<br />

numa aula de dúvidas. Azar o meu por estar<br />

num dia “não” (sim, os erasmus também os<br />

têm). Não bastou entrar na aula meia a dormir<br />

e tropeçar no mini-degrau da entrada, em transe<br />

onírico. A parte cruel foi ter de fitar as 28 caras<br />

femininas, perfeitamente exfoliadas e maquilhadas,<br />

com o eyeliner gritantemente preto a<br />

olhar na minha direcção. Eu, completamente<br />

desconchavada, tinha olheiras até ao queixo, o<br />

cabelo a formar rastas na parte de trás e um<br />

bronzeado algures entre o amarelo e o transparente.<br />

Pensei logo, esperançosamente: “deve<br />

ser por serem futuras-jornalistas...” Mas não. Cá<br />

fora, olhei à volta e percebi que a brigada do<br />

blush, do batôn, do fond de teint e de todos esses<br />

estrangeirismos cujo significado nenhum<br />

homem conhece, já controla toda a comunidade<br />

estudantil.<br />

Mas o que é que se passa? Desde quando é que<br />

é normal prescindirmos de duas horas de sono<br />

para uma extreme makeover, matutina? Aqui<br />

parece que somos não-alinhadas se sairmos à<br />

rua sem cobrir os pontos negros e passar a ferro<br />

o cabelo! A rua parece uma passerelle, o cachecol<br />

faz “pandan” com os collants, as sobrancelhas<br />

parecem quadros do Miró e o toc toc do<br />

tacão das botas chega a ser intimidante! Em que<br />

altura do campeonato é que as calças de ganga<br />

deixaram de ser bestiais? Para quê besuntar<br />

cada bochecha com 25g de base? Quem é que<br />

tem paciência para fazer penteados com as pestanas?<br />

Porque é que em Barcelona não existem<br />

pontas espigadas?<br />

Deixo-vos a reflectir.<br />

OPINIÃO DE LEITOR<br />

JOSÉ GUERREIRO – j.guerreiro@netcabo.pt<br />

Grito de DIABO<br />

O Diabo tinha o tempo muito ocupado<br />

Andava em lua-de-mel<br />

Com as suas novas “Chicas” colombianas<br />

Viajava no seu “Jag” descapotável<br />

Fumava charuto embebido em JB novo – ardia mais<br />

E fazia sinais de fumo, dizendo<br />

Uh uh, isto está um inferno<br />

Só fazia sexo nas casas de banho das estações de serviço<br />

Dava-lhe pica o cheiro das octanas, dizia<br />

À noite dormia 3 minutos<br />

Depois contribuía com CO2 para os problemas mundiais<br />

A noite toda a dançar “Telephone call from Istanbul”<br />

E a beber JB novo<br />

Na ressaca, puxava da espingarda e lançando as garrafas ao ar<br />

Atirava, para lhes beber a última gota<br />

De seguida era levado em ombros pelas “Chicas”<br />

Colocado no banco de trás<br />

Conduzido pela serpente fora<br />

Sonhava<br />

Com uma vida melhor<br />

in http://estouacordado.blogspot.com/<br />

RICARDO AGNES – Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra;<br />

kalhomota@hotmail.com<br />

Saudosistas<br />

É Portugal um país da História – estamos cá<br />

nós para o recuperar! Portador de um legado<br />

invejável, do qual fazem parte cenários seculares,<br />

protegidos pela ausência das guerras e<br />

das catástrofes naturais.<br />

Coimbra é a imagem dum país de saudosistas.<br />

Preservar o património é construir o futuro.<br />

Mas ao contrário do aspecto, dispensávamos o<br />

cheiro da época. Precisamente! Refiro-me a<br />

esses saudosistas que fazem das nossas ruas<br />

locais imorais, protótipos dos séculos passados.<br />

Trajectórias irregulares, saltos, pés que se raspam<br />

no passeio ou num pedaço de erva fadada<br />

que escapou à Civilização. São rituais que<br />

fazem parte duma dança necessária para andar<br />

a pé em Coimbra. Os passeios são autênticos<br />

campos minados. Manchas de vómito. O<br />

aspecto caiado que os pombos conseguem. Dejectos<br />

de cão.<br />

Relativamente aos últimos, em vez da multa,<br />

talvez de devesse recorrer à devolução do ‘material’,<br />

não aos pobres dos animais, mas sim<br />

aos animais mais pobres. Directamente nas<br />

suas caixas de correio.<br />

Enquanto as ruas não tiverem tanta importância<br />

como o tapete caríssimo da sala de estar,<br />

em cima do qual é aborrecido o cachorro<br />

aliviar-se, as nossas ruas serão um lugar de<br />

ninguém. O lugar contrário às Nossas paredes.


SALÃO ERÓTICO CHEGA À INVICTA: EROS PORTO’ 08<br />

É DISTO QUE<br />

O POVO GOSTA<br />

PELA PRIMEIRA VEZ A CIDADE DO PORTO <strong>VAI</strong> RECEBER UM SALÃO ERÓTI-<br />

CO. DE 7 A 10 DE FEVEREIRO (DAS 16H00 ÀS 22H00), TODOS OS CAMINHOS<br />

VÃO DAR AO PAVILHÃO MULTIUSOS DE GONDOMAR. A ORGANIZAÇÃO ES-<br />

PERA ATINGIR A MARCA DOS 20 MIL VISITANTES E COLOCAR A INVICTA CO-<br />

MO PONTO DE REFERÊNCIA NO QUE AO SEXO DIZ RESPEITO.<br />

Edgar Amaral<br />

eamaral@mundouniversitario.pt<br />

O sexo vende? Sim, é um facto indesmentível.<br />

Para reforçar a ideia, só nos Estados Unidos<br />

(onde mais?) o negócio do sexo (leia-se<br />

pornografia) representa mais de 7.300 milhões<br />

de euros por ano, mais do que os três grandes<br />

desportos da terra do Tio Sam: basebol,<br />

basquetebol e futebol. Por cá, a indústria do sexo<br />

ainda dá os primeiros passos, há até quem<br />

questione se lhe podemos chamar indústria,<br />

apesar da apetência para o seu consumo parecer<br />

ser grande. Por exemplo, só em 2005 é que<br />

recebemos o primeiro salão erótico (realizado em<br />

Lisboa mas com organização espanhola). A ideia<br />

pegou e as edições têm-se repetido todos os<br />

anos. Primeiro Lisboa, depois uma passagem por<br />

Portimão e agora uma ida ao Porto.<br />

PELA PRIMEIRA VEZ NO PORTO<br />

Os objectivo são sempre os mesmos: quebrar<br />

barreiras e preconceitos assim como sensibilizar<br />

o público para as questões do erotismo,<br />

contribuindo para uma vivência mais saudável<br />

da sexualidade. «Havia muita gente a reclamar,<br />

sempre a dizerem que se fazia tudo em Lisboa,<br />

por isso pensámos que este seria o momento<br />

ideal para lançar o evento», diz o organizador do<br />

Eros Porto´08, Pepe Vottero. São esperados não<br />

só portuenses, mas também muita gente vinda<br />

de outras zonas como Braga, Guimarães ou até<br />

mesmo da vizinha Espanha, nomeadamente<br />

galegos. Uma coisa Pepe garante: «é um evento<br />

feito para gente do Norte, com muito<br />

divertimento, espectáculo, mas não é o mesmo<br />

que Lisboa». Não chega? Está garantido um<br />

show da acrobata vaginal Sónia Baby, que desta<br />

vez propõe retirar da sua vagina mais de 20<br />

metros de corrente metálica. Ao vivo e a cores!<br />

SALÃO ERÓTICO: RETROSPECTIVA<br />

Como referido anteriormente, em 2005 deu-se<br />

início a estas lides eróticas em Portugal, mais<br />

precisamente na capital, Lisboa. As expectativas<br />

foram superadas, registando-se a presença de<br />

35 mil visitantes, em que 30 por cento eram<br />

mulheres. Vibradores, lingerie, óleos para<br />

massagens e lubrificantes esgotaram, tal como<br />

filmes de pornografia bizarra (com animais e<br />

‘sado-maso’). Para a II Edição as novidades<br />

centravam-se numa zona de Swing (troca de<br />

casais) e lutas na lama (com as beldades, claro).<br />

Quanto à afluência de público, só no primeiro<br />

dia registou-se uma subida de 15 por cento<br />

relativamente ao ano transacto. Mais números<br />

para quê? Quinze metros de uma corrente de<br />

pérolas foram retiradas da vagina de Sónia<br />

Baby, que figurou no livro de recordes do<br />

Guiness. No final, a “Bebé” reagiu desta forma<br />

ao seu desempenho: «Foi doloroso. Ainda é uma<br />

bola muito grande dentro de mim...»<br />

Passemos então a bola para o III Salão Erótico<br />

de Lisboa (em 2007), que contou com a<br />

participação de Anna Llona Staller, vulgarmente<br />

conhecida como Cicciolina. A ex – diva porno<br />

visitou o nosso país pela segunda vez, já que no<br />

longínquo ano de 1987 esteve entre nós como<br />

artista no Coliseu dos Recreios e na Assembleia<br />

da Republica na qualidade de deputada, quiçá<br />

numa tentativa de “aliviar” o stress de alguns.<br />

Contabilisticamente falando, a feira é um<br />

negócio responsável pelo movimento de cinco<br />

milhões de euros, envolvendo não só as<br />

entradas mas também as vendas dos vários<br />

expositores. Ainda no ano passado o certame<br />

deslocou-se para o sul do país, mais<br />

precisamente para a Expo do Sexo – Sexy´ 07,<br />

em Portimão. Um dos pontos altos foi o<br />

concurso “Garganta Funda”, que não é mais do<br />

que introduzir uma salsicha na boca, que irá<br />

igualmente estar presente no Eros Porto’ 08. Os<br />

dados estão lançados.


Ganha<br />

O preço dos bilhetes é de 20 euros para cada um dos dias e dia 7 de<br />

Fevereiro é para ti universitário, já que tens desconto e assim só pagas 15<br />

euros. Mas queres ir assistir à proeza da Baby e para isso não ter que<br />

desembolsar nada? O MU tem para te oferecer 10 convites. Vai a<br />

www.mundouniversitario.pt e concorre!<br />

20 Valores<br />

11<br />

[21 de Janeiro de 2008]<br />

PROGRAMA EROS PORTO’ 08<br />

Áreas Temáticas<br />

Hard Zone – Streaptease, Desfiles de<br />

moda erótica, animações e muito mais.<br />

Área Swinger – Só para casais, num<br />

ambiente íntimo e respeitoso<br />

Zona Feminina – área exclusiva para<br />

mulheres, onde se incluem shows<br />

eróticos, classes de striptease, e mais<br />

surpresas criativas.<br />

EROSBRINCADEIRAS<br />

A rua do prazer, que oferece uma ampla<br />

gama de artigos mais recentes e com<br />

surpreendentes novidades.<br />

Aromaterapia, cosméticos, DVDs de<br />

todo o género erótico, vibradores, roupa<br />

erótica e muitas surpresas.<br />

CONSULTÓRIO DA PERVERSÃO<br />

Consultório erótico destinado a todos os<br />

casais e demais pessoas que poderão<br />

perguntar, sem medo, de forma intima<br />

e confidencial aquelas questões que<br />

ficam cá dentro.<br />

EROSCINE<br />

Reprodução e emissão de filmes<br />

portugueses de referência, desenhos<br />

animados com temática sexual e spots<br />

publicitários sob a mesma temática<br />

EROSCROBÁTICO & EROSTESANO<br />

Em associação com a Escola de Dança,<br />

será apresentado o “pole dance”, ou<br />

mais conhecido por dança no varão.<br />

Versão gata sedutora, roqueira<br />

selvagem, deusa glamourosa, em<br />

suma, a mulher fatal.<br />

EROSCULTO<br />

Conferências para temas da<br />

sexualidade e saúde realizados em<br />

Portugal, tais como Ponto G, orgasmo,<br />

problemas de disfunção sexual, etc.<br />

Estudos que mostram diferentes<br />

comportamentos sexuais.<br />

EROSFOOD<br />

Dois restaurantes, um de modo snack<br />

erótico e outro numa reprodução de um<br />

restaurante de alta gama, sempre<br />

impregnado por um ar erótico.<br />

Também irá haver um espaço para<br />

exposição de pinturas e concursos.<br />

SUPER ESTRELAS NO EROS PORTO’ 08<br />

Nome: Sonia Moreno Gimenez<br />

Nacionalidade: espanhola<br />

Idade: 26<br />

Anos de profissão: 12<br />

É a mais conhecida acrobata vaginal do<br />

mundo. E agora no Porto pretende retirar<br />

mais de 20 metros de corrente metálica da<br />

sua vagina. O que a leva a tamanha ousadia<br />

e como se prepara?<br />

Creio que a ousadia é para quem não nasce<br />

com vergonha...nem sei o que isso é. Para<br />

mim só se vive uma vez e há que dar a cara<br />

ao mundo, não pensar no que dizem os<br />

outros porque assim não seríamos felizes.<br />

Libertem-se! A preparação da vagina requer<br />

muito tempo já que é perigoso lidar com o<br />

interior do seu corpo, podem causar-se<br />

grandes danos, como não poder ser mãe.<br />

Assim tive que treinar muito até atingir o<br />

meu objectivo.<br />

Começou neste ramo de uma forma<br />

acidental. Pretende ficar por muitos anos?<br />

Comecei em silêncio há já alguns anos, até<br />

que decidi mostrar o que fazia. Gostaria de<br />

continuar mais alguns anos, e depois abrir<br />

uma escola para ensinar a minha arte.<br />

Assim as mulheres estariam protegidas de<br />

infecções, perdas de urina e deixariam os<br />

seus namorados muito contentes. É genial!<br />

Também gostava de adoptar uma linha para<br />

lésbicas, porque há muito pouco cinema<br />

para mulheres, quer sejam lésbicas, hetero<br />

ou bissexuais.<br />

Dunia Montenegro<br />

Nome Completo: Dunia Montenegro<br />

Nacionalidade: brasileira<br />

Idade: 28<br />

Anos de Profissão: 3 anos e meio<br />

Sente-se mais à vontade em frente às<br />

câmaras ou a actuar no palco diante de<br />

centenas de pessoas?<br />

Sempre é melhor ao vivo, adoro olhar<br />

nos olhos dos espectadores e adaptar a<br />

minha performance ao espectador.<br />

Assim, se são fechados tenho que me<br />

esforçar mais até conquistá-los, se estão<br />

animados, então sei que já não há<br />

limites.<br />

A sua família, como encara este seu<br />

modo de vida?<br />

Sou brasileira e toda a minha família<br />

conhece a minha profissão, e aceitam<br />

sem problemas. Não tenho namorado<br />

porque adoro o que faço e acho que um<br />

homem que me queira não aceitaria que<br />

desfrutasse tanto com outro, nos filmes<br />

Portugal é conhecido como um país de<br />

brandos costumes. Como caracteriza o<br />

povo português na aceitação deste tipo<br />

de eventos?<br />

Quem afirma que são brandos, não<br />

conhece os portugueses como eu<br />

conheci nestes eventos!<br />

O que espera do Eros Porto ´08?<br />

Espero que as pessoas aproveitem para se<br />

libertar dos seus tabús, que venham ao evento<br />

para que se activem sexualmente e aprendam<br />

a fazer mais coisas com os seus namorados.<br />

Não deixem que sejam outros a contar-vos o<br />

que lá se passou. Apareçam mesmo.


Belas Artes<br />

12 [28 de Janeiro de 2008]<br />

Cândido a partir de Voltaire em cena<br />

De 24 de Janeiro a 24 de Fevereiro, sobe pois de um traiçoeiro pontapé no traseiro,<br />

ao palco no Teatro Maria Matos, em Lisboa,<br />

a peça Cândido a partir de Voltaire”, adulta. Este é o início de uma longa vi-<br />

se vê subitamente mergulhado na vida<br />

uma fábula sobre as aventuras de Cândido,<br />

um rapaz de raciocínio recto que, detam<br />

15<br />

agem à volta do mundo. Os bilhetes cus-<br />

euros.<br />

EXPOSIÇÃO INAUGURADA HOJE, DIA 28, NA FACULDADE DE LETRAS DA UL<br />

Um grito de revolta<br />

Agenda<br />

Cultural<br />

através da arte<br />

INSTALAÇÕES E PEÇAS, SÃO ALG<strong>UMA</strong>S DAS COMPONENTES DA EXPOSIÇÃO VI-<br />

SUAL E PLÁSTICA, CRIADA POR ALUNOS DA FACULDADE DE LETRAS DA UNI-<br />

VERSIDADE DE LISBOA, NO ÂMBITO DO PROJECTO ARTÍSTICO LX TEK. OS<br />

ALUNOS PRETENDEM «CRITICAR A ACTUAL SOCIEDADE DE CONSUMO»<br />

revistas e/ou subvertidas no quadro<br />

da criação artística». Neste contexto,<br />

uma das instalações, apresenta um<br />

fato completo que anda às compras<br />

para adquirir o seu conteúdo,<br />

utilizando como materiais desde o<br />

carrinho de supermercado ao<br />

cabide de metal.<br />

CINEMA<br />

PARANOID PARK<br />

Paranoid Park é o filme d Gus Van Sant que relata a<br />

história de Alex, um jovem skater, mata acidentalmente<br />

um segurança perto de um parque de skate com máreputação<br />

– o Paranoid Park – em Portland. O rapaz<br />

decide não contar a ninguém, mas o dilema moral<br />

persegue-o. Baseado no livro de Blake Nelson, esta<br />

película é uma nova viagem ao universo da adolescência.<br />

A exibição deste filme está integrada na mostra de filmes<br />

que ocorre todas as segundas-feiras.<br />

Dia 4 de Fevereiro, às 21h30, no Teatro Académico de Gil Vicente<br />

EXPOSIÇÃO<br />

Margarida Rolo Matos<br />

mmatos@mundouniversitario.pt<br />

«Um grito de revolta contra a<br />

sociedade de consumo». É desta<br />

forma que Dânia Rodrigues, uma<br />

das organizadoras da Lx Tek,<br />

apresenta a exposição de artes<br />

plásticas e visuais que hoje,<br />

segunda-feira, é inaugurada no átrio<br />

da faculdade de Letras da<br />

Universidade de Lisboa, pelas 19<br />

horas. A abertura da exposição vai<br />

ser acompanhada pela actuação da<br />

anti-banda Non Ensemble, grupo de<br />

música experimental.<br />

De acordo com a finalista de<br />

Arquitectura e História, esta<br />

iniciativa visa «criticar a actual<br />

sociedade de consumo que dita<br />

quem somos ou até como nos<br />

vestimos». E continua: «no fundo,<br />

procuramos ‘brincar’ um pouco aos<br />

artistas mas queremos de uma<br />

forma simples passar essa<br />

mensagem.»<br />

Uma das características que<br />

distingue o trabalho deste colectivo<br />

«é o desejo de recuperação de<br />

materiais tecnológicos considerados<br />

ultrapassados», refere o<br />

comunicado de imprensa. No<br />

entanto, «isto não implica a<br />

reutilização de novos materiais e<br />

tecnologias, antes dota a acção de<br />

criação de uma visão de<br />

revalorização dos “velhos”, inclusive<br />

na promoção das possibilidades de<br />

associação de ambos, podendo, por<br />

vezes, as suas funções originais<br />

ATINGIR MAIS QUE<br />

OS ESTUDANTES<br />

Embora o público-alvo desta<br />

exposição sejam os estudantes<br />

universitários, a Lx Tek quer ir mais<br />

além, pretendendo também chegar<br />

à sociedade civil. Para isso, estão a<br />

ser encetados esforços para levar a<br />

exposição ao espaço de intervenção<br />

cultural, Maus Hábitos, no Porto, e à<br />

Fábrica de Braço de Prata, em<br />

Lisboa.<br />

Lx Tek é a designação adoptada por<br />

um grupo de alunos da Faculdade<br />

de Letras da Universidade de Lisboa<br />

(organizado no âmbito do NuCiVo,<br />

Núcleo de Cinema e Vídeo da<br />

Associação de Estudantes daquela<br />

faculdade), tendo em vista a<br />

produção de eventos artísticos e<br />

culturais. Estes baseiam-se nas<br />

linguagens das artes plásticas e nas<br />

performances coreográficas ou<br />

teatrais. Em suma, arte total que se<br />

traduz em objectos, por um lado e<br />

acontecimentos por outro. Os<br />

primeiros com carácter de<br />

permanência que os distingue dos<br />

segundos, intrinsecamente<br />

efémeros.<br />

FOTOGRAFIA<br />

MORTEN ANDERSEN – FAST CITY<br />

A exposição é o resultado do trabalho deste artista<br />

norueguês, que se destaca pela sua abordagem<br />

contemporânea e orientada para os problemas do nosso<br />

tempo. As cerca de 60 imagens apresentam cenários<br />

urbanos, anónimos, fragmentados e povoados de<br />

personagens errantes: De salientar também o recurso à<br />

cor e o movimento presente em algumas delas.<br />

«Debaixo da Película Mostra-me o Teu Píxel»<br />

A colectiva de fotógrafas nacionais, Ana Luandina, Sílvia<br />

Simões, Margarida Paiva, Rita Castro Neves, Teresa Sá e<br />

Paula Abreu que dá corpo a esta exposição, propõe uma<br />

visão actual da fotografia portuguesa, ao apresentar<br />

trabalhos distintos nesta mostra de fotografias. Esta<br />

exposição marcou o arranque do novo ano para o museu<br />

fotográfico de Braga.<br />

Até dia 27 de Fevereiro, no Museu da Imagem, em Braga<br />

Centro Português de Fotografia até dia 16 de Março<br />

TEATRO<br />

Os Monty Python abriram os sentidos do mundo não só<br />

para a comédia, mas também para alguns temas<br />

importantes para as sociedades modernas como por<br />

exemplo: como trocar papagaios mortos, Piadas enquanto<br />

armas mortíferas., Canibalismo em agências funerárias, a<br />

presença de cangurus na Última Ceia entre outras<br />

características.<br />

Em cena no dia 8 de Fevereiro, às 21h30, no Teatro José Lúcio<br />

da Silva, em Leiria. Os preços variam ente os 12 e os 15 euros<br />

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Carmina Burana na Aula Magna<br />

Nos próximos dias 1 e 2 de<br />

Fevereiro, a Nova Orquestra Sinfónica<br />

de Lisboa e o Coro da Nova<br />

Orquestra Sinfónica de Lisboa,<br />

com a participação dos solistas<br />

Elvira Ferreira, Carlos Guilherme e<br />

Luís Rodrigues e dirigidos pelo<br />

maestro Albertino Monteiro irão interpretar<br />

a cantata medieval<br />

“Carmina Burana”, de Carl Orff. O<br />

preço dos bilhetes ronda entre os<br />

15 euros e os 40 euros.<br />

Jukebox<br />

13<br />

[28 de Janeiro de 2008]<br />

Agenda<br />

Concertos<br />

Tabela votada por ti<br />

em cidadefm.clix.pt e<br />

apresentada aos sábados<br />

entre as nove e a uma da tarde<br />

ÉVORA<br />

SÁBADO, 9 - Zuul<br />

Nation @ Sociedade<br />

Harmonia Eborense<br />

FARO<br />

2ªFEIRA, 28 – Eternal<br />

Tango + Ella Palmer +<br />

From Now On + Along<br />

Came Mary @<br />

Associação Recreativa e<br />

Cultural de Músicos<br />

3ªFEIRA, 29 - Miss Lava<br />

+ Pee-Jama + Dog Days<br />

@ Arcádia Rock Bar<br />

6ªFEIRA, 1 – The<br />

Cummies + Kalashnikov<br />

+ Pee-Jamma + Punk c/<br />

Manteiga @ Associação<br />

de Músicos<br />

LEIRIA<br />

6ªFEIRA, 8 - If Lucy Fell.<br />

(A-do-Barbas) @ Bar Alfa<br />

LISBOA<br />

3ªFEIRA, 29 – Big Band<br />

Reunion @ Onda Jazz<br />

4ªFEIRA, 30 – Roda de<br />

Choro de Lisboa. Fábrica<br />

Braço de Prata<br />

SÁBADO, 2 – Red Trio +<br />

Carlos Pereira @ Zé dos<br />

Bois<br />

PÓVOA DE VARZIM<br />

2ªFEIRA, 4 - Buraka Som<br />

Sistema + Miguel<br />

Rendeiro + Overule +<br />

Rui Covas @ Hit Club<br />

PORTO<br />

2ªFEIRA, 28 – Anthony<br />

Braxton Septet @ Casa<br />

da Música<br />

5ªFEIRA, 31 – Marvin +<br />

Goodbye Diana @ Casa<br />

Viva<br />

VISEU<br />

5ªFEIRA, 31 – Fonzie @<br />

Luna<br />

2ªFEIRA, 4 - The<br />

Cummies + Pee-Jamma<br />

+ Punk c/ Manteiga +<br />

Greg the Killer @ Luna<br />

6ªFEIRA, 8 - D3Gr3d0<br />

+ Pushed Mind + Bless<br />

the OGGs @ Luna<br />

APESAR DE MORAREM TODOS LONGE UNS DOS OUTROS, É GARANTIDO QUE…<br />

«A música acaba por<br />

encurtar a distância»<br />

DOIS MIL E QUATRO FOI O INÍCIO. O CD PROMO “KINESICS” RECEBEU ÓPTIMAS CRÍTICAS E O<br />

SEU SOM ROCKEIRO LEVOU-OS A PARTILHAR PALCOS COM BANDAS COMO WRAYGUNN,<br />

BLASTED MECHANISM OU MOONSPELL. NO PRÓXIMO DIA 8 DE FEVEREIRO DÁ-SE O LANÇA-<br />

MENTO OFICIAL DO PRIMEIRO ÁLBUM “SAVE THE DRAMA” NO ARMAZÉM F. SEIS EUROS DE<br />

ENTRADA DÃO-TE DIREITO AO DISCO DE BORLA. MIGUEL FERRADOR (VOZ E GUITARRA)<br />

DESVENDA O QUE ESTÁ POR TRÁS DOS “THE ASTER”.<br />

Edgar Amaral<br />

eamaral@mundouniversitario.pt<br />

Já existem como banda desde 2004 e só<br />

agora é que vão lançar o primeiro álbum,<br />

“Save the drama”. Pretendem salvar alguma<br />

coisa para este ano de 2008?<br />

É engraçado porque a ideia é mesmo essa:<br />

o título é ambíguo e pretende salvar um<br />

pouco de drama, de teatralidade. O “save”<br />

também remete para o poupar e não se<br />

fazer grandes dramas, característica comum<br />

no percurso de qualquer banda.<br />

Segundo sei, também houve alterações no<br />

lineup da banda.<br />

Sim, houve algumas, especialmente com<br />

baixistas. Ficámos sem baixista no exacto<br />

momento em que estava a ser tratado a<br />

parte promocional do álbum. E como tivemos<br />

sempre experiências menos boas, esperávamos<br />

um pouco mais até que ele se<br />

integrasse. Mas fomos com precaução para<br />

evitar alguma chatice.<br />

Porquê “The Aster” para nome da banda?<br />

Antes de começarmos em 2004, eu e o Ricardo<br />

(guitarrista) tínhamos outra banda.<br />

Pode-se dizer que os “The Aster” é um<br />

pouco a continuação da anterior. Mas a mudança<br />

para este nome foi mais por delinearmos<br />

um objectivo, uma coisa mais a sério<br />

e desafiante. O nome surgiu numa altura<br />

em que estava a ler um livro de língua inglesa<br />

(tirei o curso de Literatura) que fazia<br />

parte da biografia obrigatória. Fui ao dicionário<br />

e reparei que tinha diversos significados.<br />

The Aster é uma espécie de flor,<br />

uma margarida. Também deriva da palavra<br />

astro e significa igualmente um formato de<br />

estrela. Esses três significados eram suficientemente<br />

variados para poder explicar<br />

várias coisas da nossa existência que é<br />

muito variada. Mas não foi isso que delimitou<br />

a escolha, foi mais porque soava bem.<br />

Fui ao vosso myspace e li Almada, Loures,<br />

Torres Vedras e Cascais. De onde é que<br />

realmente vocês são proveniente?<br />

É a terra de cada um dos membros. Eram já<br />

amizades anteriores à banda e apesar de<br />

sermos de diferentes partes da cidade de<br />

Lisboa, é a musica que nos une e a distância<br />

acaba por se encurtar. E ainda ensaiamos<br />

noutro sítio...em Póvoa de Santa Iria<br />

(Alverca).<br />

Pos. Artista Album MOVES.<br />

W.O.C.<br />

NOVO LÍDER<br />

1 V.Da Mata ft Ben Harper Boa Sorte / Good Luck 10<br />

2 Alicia Keys ft Cassidy No One 6<br />

3 Timbal. ft One Republic Apologize 13<br />

4 Rihanna Don't Stop The Music 7<br />

5 Mr V Put Your Drink Down 10<br />

6 Rihanna featuring Ne-Yo Hate That I Love You 19<br />

7 Kat Deluna ft Eleph.Man Whine Up 22<br />

8 50 Cent ft J.Timberlake Ayo Technology 12<br />

9 Bob Sinclar pres. Fireball What I Want 15<br />

10 Timbaland ft Keri Hilson The Way I Are <br />

20<br />

11 Elephant Man ft Rihanna Throw Your Hands Up <br />

5<br />

12 Fabolous ft Ne-Yo Make Me Better 14<br />

MELHOR PORTUGUÊS<br />

13 TT ft Nuno Guerreiro Não Olhes Para Trás 9<br />

14 G.Class Heroes ft P.Stump Clothes Off <br />

10<br />

15 Sean Kingston Beautiful Girl <br />

19<br />

16 Vanessa Hudgens Say OK 20<br />

17 K.Deluna ft Busta Rhymes Run the Show <br />

4<br />

18 Yves Larock Rise Up 26<br />

SUBIDA DA SEMANA<br />

19 Craig David Hot Stuff <br />

4<br />

20 Akon Never Took The Time 7<br />

21 Flo Rida Low 5<br />

22 Yung Berg ft Junior Sexy Lady 9<br />

23 Justin Timberlake Lovestoned <br />

21<br />

24 Akon Sorry Blame It On Me <br />

16<br />

25 Plies featuring Akon Hypnotized <br />

10<br />

26 Fergie Big Girls Don't Cry 29<br />

27 Samim Heater <br />

5<br />

28 Chris Brown ft T-Pain Kiss Kiss 6<br />

DESCIDA DA SEMANA<br />

29 Omarion ft Kat DeLuna Cut Off Time 5<br />

30 B.Sinclar ft Steve Edwards Together <br />

2<br />

31 N.Furtado ft Missy Elliot Do It 16<br />

ENTRADA MAIS ALTA<br />

32 Plain White T's Hey There Delilah 1<br />

33 Fergie Clumsy 3<br />

REENTRA<br />

34 Eve featuring Sean Paul Give It To You R<br />

1<br />

35 N.Bedingfield ft S.Kingston Love Like This <br />

8<br />

36 Zac Effron Bet On It <br />

4<br />

37 Chris Brown With You 1<br />

38 NLT She Said, I Said 3<br />

NOVA<br />

39 Sean Kingston Take You There 2<br />

40 TT Dança Este Som 18<br />

Grande Lisboa – 91,6 FM<br />

Grande Porto – 107,2 FM<br />

Alentejo – 97,2 FM<br />

Ribatejo – 99,3 FM<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

=<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

N<br />

=<br />

N<br />

=<br />

=<br />

<br />

N – Nova | R – Reentrada<br />

Algarve – 99,7 FM<br />

Braga – 104,4 FM<br />

Coimbra – 99,7FM


Lançamentos<br />

14 [28 de Janeiro de 2008]<br />

Carnaval é no Casino Lisboa<br />

Os loucos anos do Disco Sound vão estar seguindo-se as “Night Fever” (23h30/<br />

presentes no Casino Lisboa, no próximo 24h) e Bonéy M feat. Bobby Farrel<br />

dia quatro de Fevereiro, segunda – feira, (00h00/ 00h30). Depois e até às quatro<br />

para celebrar o Carnaval. A noite começará da manhã, o som ficará a cargo de Louie<br />

com as “Boogie Nights” (22h/ 23h30), Vega.<br />

cd e dvd<br />

livros<br />

[<strong>VAI</strong> TUDO ABAIXO]<br />

DVD <strong>VAI</strong> TUDO ABAIXO!<br />

[RUBI]<br />

FRAGANÂNCIAS<br />

BREVE HISTÓRIA DOS MORTOS<br />

DE KEVIN BROCKMEIER<br />

7 ANOS DE MAU SEXO<br />

DE ANA ANES<br />

E pronto, agora é que vai tudo, mas<br />

mesmo tudo abaixo! Reunido em DVD a<br />

1ª série de 10 episódios na íntegra<br />

transmitidos na SIC Radical. Para quem<br />

não sabe (mas nesta altura do<br />

campeonato já deveria saber), o autor do<br />

programa do ano na televisão<br />

portuguesa chama-se Jel. E do que é que<br />

realmente se trata? Bem, desde a sátira<br />

pura ao exagero extremo, tudo serve<br />

para rebaixar e afundar tudo e todos.<br />

Muitas das vezes as situações em que<br />

se mete são mesmo surreais, como por<br />

exemplo ser expulso de um treino da<br />

selecção de futebol (mas nunca foi<br />

preso).<br />

A próxima bomba do hip hop nacional. De<br />

talento imensurável, Rubi começou a<br />

fazer o seu próprio som a partir do ano<br />

1999, 2000. Como todo e qualquer fiel<br />

seguidor deste estilo musical, a<br />

mensagem passa por nos incentivar a<br />

acreditar em nós próprios e contribuir<br />

para um mundo melhor. Natural da<br />

Figueira da Foz ( «o people de Buarcos<br />

representa a tara, Ninguém nos pára,<br />

estrilhamos e ninguém repara»), o CD tem<br />

grandes malhas como «Magiflow», «Game<br />

Over Party» e «Concentrado». É a voz, a<br />

palavra e a música de uma nova geração,<br />

num “grito” de positividade. Uma<br />

preciosidade!<br />

E se depois de morrermos fôssemos ter<br />

a uma cidade? Uma cidade normal, com<br />

os seus pedaços de inferno e de paraíso.<br />

E com bairros e gente que, não se<br />

enquadrando na categoria do morto-vivo,<br />

continua a viver depois de morrer. A vida<br />

e a morte entrelaçam-se no livro de<br />

Kevin Brockmeier, que promete<br />

«permanecer em nós muito depois de<br />

virarmos a última página».<br />

Ficha técnica<br />

Editora: Dom Quixote<br />

PVP: 17,75 euros<br />

Avisa-se as mentes mais austeras que<br />

este livro reúne «crónicas<br />

constrangedoras» e que um copinho de<br />

água dificilmente vai apagar o efeito dos<br />

textos classificados com 1 malagueta,<br />

quanto mais os que recebem 3. Quem já<br />

está familiarizado com o tom humorístico<br />

e autobiográfico de Ana Anes através das<br />

diversas publicações em que colaborou,<br />

está preparado para uma leitura sem<br />

tabus e, já agora, sem roupa.<br />

Ficha técnica<br />

Editora: Guerra & Paz<br />

PVP: 13,30 euros<br />

[NOVEMBRO]<br />

À DERIVA<br />

Álbum de estreia dos lisboetas<br />

“Novembro”. Das imagens contidas no CD<br />

até à própria música remetem-nos para<br />

forte portugalidade. O som tem<br />

reminiscências do fado, com uma voz<br />

tipicamente nacional. Co – Produzido por<br />

Tiago Lopes e Miguel Filipe “à Deriva”<br />

procura retratar a cultura urbana<br />

portuguesa, num misto de ternura e<br />

violência. «Lentamente desperto de uma<br />

morte assumida, com os teus desejos às<br />

costas, nesta partilha a sós.» é assim que<br />

começa o single de apresentação<br />

“Solidão a dois” com o próprio videoclip a<br />

condizer.<br />

[TUCANAS]<br />

MARIA CAFÉ<br />

Geralmente quando se juntam cinco<br />

senhoras, boa coisa não vai sair de<br />

certeza (acalmem-se que isso também se<br />

aplica aos homens). Mas neste caso em<br />

particular, não saiu nada de mal, muito<br />

pelo contrário, nasceram as Tucanas.<br />

Desde 2001 que estão no activo, criando<br />

uma sonoridade peculiar através da<br />

percussão, voz e acordeão. O próprio<br />

corpo também é utilizado como<br />

instrumento e à primeira audição do tema<br />

«Domingo/ Niára» fica-se logo apaixonado<br />

e enfeitiçado por algo tão belo e é uma<br />

bela maneira de ficar a conhecer o grupo.<br />

Fixem este nome!<br />

TODAS SE APAIXONAM POR MIM<br />

DE JOSÉ PINTO CARNEIRO<br />

Não é uma queixa nem uma fanfarronice,<br />

é a constatação de alguém que sabe ter<br />

as condições essenciais para alojar o<br />

amor que todas as mulheres querem<br />

conceder. O herói desta comédia (quase)<br />

romântica é Júlio, um ser tão generoso<br />

que foge da exclusividade para não<br />

desapontar nenhum dos elementos do<br />

sexo oposto.<br />

Ficha técnica<br />

Editora: Guerra & Paz<br />

PVP: 14,40 euros<br />

EXPIAÇÃO<br />

DE IAN MCEWAN<br />

1935. Briony Tallis, uma menina-mulher<br />

de 13 anos, causa a prisão do namorado<br />

da irmã mais velha, Robbie. A culpa, que<br />

a acompanhará sempre, leva-a a<br />

trabalhar, mais tarde, como enfermeira na<br />

2ª Guerra Mundial. O retrato de uma<br />

busca pela absolvição que foi nomeado<br />

para o Booker Prize e já passou para as<br />

salas de cinema.<br />

Ficha técnica<br />

Editora: Gradiva<br />

PVP: 17,50 euros<br />

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Uni(sexus)<br />

15<br />

[28 de Janeiro de 2008]<br />

Será que é verdade?<br />

Marta Crawford [Sexóloga]<br />

info@mundouniversatio.pt<br />

O imaginário popular foi criando uma série de ideias<br />

que se foram afirmando como verdades absolutas,<br />

gerando mitos e preconceitos, relacionados com determinados<br />

assuntos, que tendem a ser passadas de geração<br />

a geração. Todos nós vamos ouvindo das nossas<br />

avós, da nossa mãe, de familiares mais próximos ou<br />

de amigos, determinadas frases, ditos, ideias, ou<br />

palavras soltas, que parecem efectivamente verdades.<br />

Aliás, se são verbalizadas por pessoas que nos são<br />

importantes, é porque são verdadeiras - não é? Não!<br />

Todos nós ouvimos muitas coisas, e vamos interiorizando<br />

algumas, sem termos o cuidado de fazer uma<br />

avaliação crítica, ou de as questionarmos quanto à sua<br />

veracidade.<br />

Alguns dos preconceitos difíceis de combater são afirmações<br />

como:<br />

•A homossexualidade é uma doença<br />

•A mulher deve subjugar-se sexualmente ao poder do<br />

homem<br />

•Ter relações sexuais antes do casamento é um pecado<br />

•Um homem que não satisfaça sexualmente uma mulher<br />

é um falhado<br />

•As pessoas mais velhas não precisam de sexo<br />

•Depois da menopausa as mulheres já não se interessam<br />

por sexo<br />

•Ter relações sexuais durante a gravidez faz mal ao<br />

bebé<br />

•As pessoas com deficiência são assexuadas<br />

•Os homens só gostam sexualmente de mulheres bonitas<br />

e elegantes<br />

•No sexo o que conta é o orgasmo<br />

•O sexo só deve ter como único objectivo a procriação<br />

•A masturbação é um pecado<br />

•O orgasmo simultâneo é essencial numa relação<br />

sexual<br />

•Utilizar o preservativo diminui a qualidade do sexo<br />

•Só algumas pessoas é que apanham Infecções Sexualmente<br />

Transmissíveis (IST)<br />

•No sexo a mulher é passiva e o homem é activo<br />

•Existem dois tipos de orgasmo: um clitoriano e outro<br />

vaginal<br />

Estes e tantos outros mitos multiplicam-se proporcionalmente<br />

ao desconhecimento, ao medo e às<br />

inibições de cada um, e reflectem medos e inseguranças<br />

pessoais que se arrastam ao longo da vida, impedindo<br />

por vezes a satisfação e a realização sexual. Informar --<br />

-se, discutir os assuntos e manter uma mente aberta,<br />

são algumas das formas de se combaterem os preconceitos<br />

e as ideias falsas acerca da sexualidade.<br />

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5.ª Dimensão<br />

16 [28 de Janeiro de 2008]<br />

Halo 3 com números de venda históricos<br />

Parece que, mesmo tendo sido lançado já há<br />

vários meses, o Efeito HALO ainda se faz<br />

sentir, havendo sempre mais uma notícia<br />

relacionada com Halo todos os meses, e às<br />

vezes até mais do que uma. Esta semana, a<br />

Microsoft Game Studios e a Bungie<br />

informaram oficialmente que Halo 3 foi o<br />

título mais vendido durante 2007 no<br />

mercado norte-americano, chegando à<br />

espectacular quantia de 4,81 milhões de<br />

cópias em menos de quatro meses. Sem<br />

dúvida um número espectacular.<br />

Os conteúdos desta secção são da responsabilidade do blogue português de videojogos ene3.<br />

Em www.ene3.com encontras informação mais alargada sobre tudo o que precisas de saber.<br />

Equipa ENE3 (geral@ene3.com).<br />

Nintendo: site oficial português<br />

Com os jogadores a utilizarem cada vez mais a Internet<br />

como ferramenta de pesquisa e leitura acerca de<br />

toda a indústria dos videojogos, a Concentra<br />

não quis ficar atrás e respondeu aos<br />

pedidos dos fãs portugueses da<br />

Nintendo. Apesar ainda não se tratar do<br />

muito esperado Club Nintendo em<br />

Portugal, esta é uma novidade que deve<br />

satisfazer os fãs da empresa nipónica.<br />

A Nintendo encontra-se agora melhor<br />

representada no nosso pequeno país com<br />

um portal oficial que, com certeza, se<br />

tornará num ponto de referência para<br />

toda a comunidade de fãs.<br />

Visitem o site oficial da<br />

Nintendo em Portugal em<br />

http://www.nintendo.pt/.<br />

Rumor: Crysis na PS3?<br />

Já há algum tempo que se vem<br />

especulando acerca de uma<br />

hipotética versão para consolas next<br />

gen do espectacular Crysis, o shooter<br />

de PC que se destaca por ter os<br />

gráficos mais foto-realistas de sempre.<br />

Segundo uma fonte, que se diz ser do<br />

interior dos estúdios da Crytek, o jogo está a<br />

ser desenvolvido para Playstation<br />

3, e irá incluir vários modos e<br />

funções extra que não estão<br />

disponíveis na versão PC. A<br />

mesma fonte afirmou<br />

também que a versão Xbox<br />

360 terá sido descartada devido a<br />

problemas técnicos. Por enquanto ainda<br />

nada é oficial, podendo ser apenas<br />

mais um rumor. Vamos esperar por<br />

uma confirmação da parte da<br />

Electronic Arts ou da Crytek.<br />

futebol<br />

e dinossauros:<br />

AS DEMOS DA SEMANA<br />

A Electronic Arts disponibilizou para todos aqueles que<br />

têm uma Playstation 3 e uma Xbox 360, a demo<br />

de FIFA Street 3, que pode ser descarregada<br />

nos respectivos serviços online. Esta<br />

demo vai permitir que joguemos a<br />

algumas partidas de futebol, onde<br />

poderemos controlar algumas das estrelas<br />

que fazem parte do mundo do futebol<br />

nos mais diversos cenários repartidos<br />

por todo o mundo. Recordamos<br />

que o jogo deverá chegar às lojas no<br />

próximo dia 22 de Fevereiro.<br />

Para aqueles menos voltados para o<br />

desporto e mais para os trillers de<br />

acção, a demo de Turok também foi disponibilizada. Neste<br />

jogo publicado pela Disney Interactive, o jogador tem que<br />

sobreviver num mundo estranho e selvagem,<br />

povoado por várias espécies de dinossauros,<br />

e caçado por mercenários<br />

impiedosos, sendo o resultado<br />

uma demo com um par de<br />

níveis cheios de acção. Relembramos<br />

que Turok deverá ser<br />

lançado no próximo mês.<br />

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Insólito<br />

Sabiam que as autoridades<br />

alemãs resolveram<br />

enviar um jovem<br />

delinquente para a<br />

Sibéria? Depois dos internamentos<br />

num reformatório<br />

e num hospital<br />

psiquiátrico não terem<br />

surtido efeito, o rapaz de<br />

16 anos vai viver em<br />

Sedelnikovo, onde terá<br />

de arranjar produtos de<br />

consumo e construir o<br />

seu próprio abrigo.<br />

Salada Russa<br />

17<br />

[28 de Janeiro de 2008]<br />

Consumo<br />

Passatempos<br />

Microsoft parceira na aprendizagem<br />

A empresa de Bill Gates renovou o compromisso de contribuir com recursos e<br />

formação para alunos e professores. Desde 2004 que, no programa Partners in<br />

Learning, a Microsoft tem apostado em 3 vertentes: Professores Inovadores,<br />

Alunos Inovadores e Escolas Inovadoras. Tanta “inovação” representa, até 2009,<br />

um investimento de 1 milhão de euros.<br />

À boleia com<br />

os Da Weasel<br />

A escolha foi difícil, mas os<br />

vencedores já foram premiados.<br />

WEBEDU e PMG ganharam um I-Pod<br />

Touch pelos concursos Twingo 99k e<br />

My Twingo Art Contest. A Renault, os<br />

Da Weasel e a MTV premiaram<br />

também o grupo BE ONE pela<br />

coreografia apresentada no<br />

TwingoMoves Competition com um<br />

Twingo personalizado pela doninha.<br />

A Bayer vai plantar<br />

Em resposta ao apelo das Nações Unidas, a Bayer está empenhada em<br />

ajudar na reflorestação. A nível ibérico, vai plantar 3 mil árvores – uma por<br />

colaborador – na Tapada de Mafra. O esforço para «mudar o mundo»<br />

estende-se ainda em campanhas de sensibilização e num mural que reunirá<br />

as preocupações ambientais dos jovens até aos 15 anos.<br />

HORIZONTAIS: 1. Designação da<br />

segunda letra do alfabeto grego.<br />

Revista de tropas. 2. Guarnição<br />

na extremidade de uma peça de<br />

vestuário. Lavrar. 3. Décima sétima<br />

letra grega do alfabeto<br />

grego que corresponde ao nosso<br />

R. Tem ou sente tonturas. Aperta<br />

ou dá nó em. 4. Mau cheiro<br />

(bras.). Pedaço de qualquer<br />

coisa. Avenida (abrev.). 5. Munir<br />

de armas. Tecido fino, espécie de<br />

escumilha. 6. Fazer a triagem<br />

de. Aberturas na terra. 7. Antigo<br />

Testamento (abrev.). Dispendiosas.<br />

8. Graceja. Apertar<br />

ou dar nó em. Substância dura,<br />

friável, de gosto acre, que serve<br />

para tempero. 9. Pau-ferro.<br />

Engano. Mulher acusada de um<br />

crime. 10. Qualquer animal feroz.<br />

Amido próprio para engomar.<br />

11. Tem sabor amargo.<br />

Margem.<br />

VERTICAIS: 1. Que parece bom,<br />

mas não o é. Pauta de direitos<br />

alfandegários. 2. Tornar oco. Da<br />

mesma forma. 3. Contr. do pron.<br />

pess. te com o pron. pess. o.<br />

Peça musical em que a melodia<br />

sobressai com dominância e interesse.<br />

Larva que se cria nas<br />

feridas dos animais. 4. Pequeno<br />

arco. Causa a morte a. Brisa. 5.<br />

Referente à Lua. A ti. 6. Cessar o<br />

movimento. Tudo o que é ou<br />

pode ser transportado por pessoa,<br />

animal, veículo ou barco. 7.<br />

Antes de Cristo (abrev.). Automóvel.<br />

8. Deus egípcio. Aroma.<br />

Elemento da formação de<br />

palavras que exprime a ideia de<br />

ombro. 9. Lavra a terra com arado<br />

ou charrua. Ovário dos peixes<br />

(pl.). O espaço aéreo. 10. Indicação<br />

de época, ano, mês ou dia<br />

em que se deu ou vem a dar-se<br />

um facto. Guarnecer de asas. 11.<br />

Sulcavas. Divisa.<br />

Muito bem<br />

orientado<br />

É assim que te vais sentir com o<br />

Samsung i550 nas mãos. O GPS<br />

integrado no telemóvel permite ver<br />

mapas de alta precisão em 2D, 3D,<br />

com seta direccional, em modo de<br />

visão nocturna… é à escolha do<br />

freguês!<br />

Soluções:<br />

HORIZONTAIS: 1. Beta. Parada. 2. Orla. Arar. 3. Ró. Oura. Ata. 4. Aca. Naco. Av. 5. Armar. Ló.<br />

6. Triar. Covas. 7. AT. Caras. 8. Ri. Atar. Sal. 9. Itu. Erro. Ré. 10. Fera. Goma. 11. Amarga. Orla.<br />

VERTICAIS: 1. Bera. Tarifa. 2. Ocar. Item. 3. To. Ária. Ura. 4. Aro. Mata. Ar. 5. Lunar. Te. 6.<br />

Parar. Carga. 7. AC. Carro. 8. Rá. Olor. Omo. 9. Ara. Ovas. Ar. 10. Data. Asar. 11. Aravas. Lema.<br />

REFLEXÕES E PENSAMENTOS in CITADOR.PT<br />

TEMA: O Melindre é Vaidade Pura<br />

«O melindre é um movimento da vaidade: não quero que o meu antagonista leve a melhor<br />

sobre mim, e tomo o próprio antagonista por juiz do meu mérito. Quero produzir um efeito<br />

sobre o seu coração. É por isso que vamos muito para além do que é razoável. Algumas<br />

vezes, para justificar a própria extravagância, chegamos a dizer-nos que este competidor tem<br />

a pretensão de nos armar em tolos»<br />

Stendhal, in "Do Amor"


Bar Aberto<br />

18<br />

[28 de Janeiro de 2008]<br />

O Carnaval está aí!<br />

Seja para celebrar o fim da<br />

primeira etapa do ano lectivo,<br />

seja para aliviar a pressão do<br />

estudo, o Carnaval não podia<br />

vir em melhor altura. Onde<br />

quer que estejas, é tempo de<br />

sacudires o pó às máscaras! O<br />

MU deixa-te algumas sugestões<br />

para tirares a barriga de<br />

misérias…<br />

Vais mascarar-te<br />

de quê?<br />

Raquel<br />

Agenda noite...<br />

O carnaval...<br />

Ramos<br />

rramos@mundouniversitario.pt<br />

Cenário: Bairro Alto, noite de Carnaval. Um desfile de mascarados percorre as ruas.<br />

Visita o Clube da Esquina, o Purex, o Velvet, o Lounge e outros bares que fazem parte<br />

dos hábitos da noite. Os melhores momentos perduram para sempre em fotografia.<br />

Será assim a 3ª edição de “O Carnaval é no Bairro Alto”, da Sociedade Lomográfica<br />

Portuguesa, com um concurso de máscaras que termina no MusicBox. E, para que<br />

ninguém fique de fora, a festa inclui ainda um concurso nacional de fotografia para<br />

exposição das mais originais. Os lomógrafos não<br />

assumidos podem «pedir emprestadas» (sob caução)<br />

câmaras Lomo em Lisboa, Porto e Ovar. De resto, em<br />

www.lomografiaportugal.com encontras toda a<br />

informação para te inscreveres. Que os flashes comecem!<br />

…NO NORTE<br />

Carnaval 08<br />

No Hit Club, Póvoa de Varzim, Miguel Rendeiro, Buraka DJs,<br />

Overlude e Rui Covas fazem a festa a 4 de Fevereiro.<br />

De volta aos anos 60<br />

A discoteca SA, no Furadouro, não só dedica as noites de 31 a<br />

2 à época festiva, com as actuações de Fernando Alvim como<br />

DJ, Jaimão e Mister Gay, como termina em beleza com um baile<br />

de máscaras inspirado nos anos 60, no dia 3. A juntar a estes,<br />

há mais um ponto positivo: transporte gratuito num autocarro a<br />

partir do tribunal de Ovar.<br />

…NO CENTRO<br />

Carnaval de Torres Vedras 2008<br />

Dura de 1 a 6 de Fevereiro, e este ano o tema é a banda<br />

desenhada. Para além dos corsos e dos bailes de<br />

máscaras, as discotecas, bares e cafés da cidade estão<br />

autorizados a funcionar ininterruptamente.<br />

Lesboa Party<br />

A 7ª edição realiza-se no dia 4, no Parque de Campismo de<br />

Lisboa, em Monsanto. Samba Rainha, DJ Nuno K e VJs<br />

Bevel & Emboss dão conta da animação musical. Dress<br />

code: super-heróis.<br />

…NO SUL<br />

Entrudanças<br />

Em Castro Verde, o Carnaval é feito de música<br />

tradicional. Ideal para quem procura um programa<br />

alternativo, com oficinas de dança, instrumentos<br />

tradicionais, canto alentejano e mostras de<br />

artesanato.<br />

Albufeira em Fevereiro<br />

Porque o Algarve não é só Verão, o Kadoc organiza<br />

um concurso de máscaras e dá música aos<br />

participantes com a ajuda do DJ King Bizz.


Aprender BD<br />

O Centro de Investigação e de Estudos Arte e<br />

Multimédia da Faculdade de Belas-Artes da<br />

Universidade de Lisboa está a organizar, entre<br />

Fevereiro e Julho de 2008, Cursos Livres de Animação<br />

em Desenho, Banda Desenhada e Ilustração,<br />

dirigidos a profissionais ou a estudantes<br />

de Artes Plásticas ou Design. O curso de BD,<br />

por exemplo, tem início a 11 de Fevereiro e conta<br />

com uma duração de 144 horas (de segunda<br />

a quinta, das 18h às 22h). Os formadores<br />

do curso são José Pedro Cavalheiro, Diniz Conefrey<br />

e Luís Henriques.<br />

BD<br />

19<br />

[28 de Janeiro de 2008]<br />

Espaço coordenado por Geraldes Lino, http://divulgandobd.blogspot.com


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SUPLEMENTO ESPECIAL MUNDO UNIVERSITÁRIO | 28 DE JANEIRO DE 2008


Sumário<br />

Jurídico<br />

04<br />

06<br />

ENTREVISTA AO BASTONÁRIO<br />

ANTÓNIO MARINHO E PINTO<br />

ÍNDICE<br />

CASO<br />

DE <strong>UMA</strong> ADVOGADA DE SUCESSO<br />

EDITORIAL<br />

Aabrir, uma entrevista com o recém<br />

eleito bastonário da Ordem dos<br />

Advogados. Marinho e Pinto, que<br />

tomou posse a 8 de Janeiro não podia<br />

deixar de marcar presença no suplemento<br />

jurídico que o <strong>Mundo</strong> <strong>Universitário</strong>, único<br />

jornal destinado exclusivamente ao meio académico<br />

de norte a sul do País, pensou para os<br />

académicos e profissionais da área de Direito.<br />

Talvez o seu tom soe a aflitivo para quem entrega<br />

as energias a esta área – não recomendar o<br />

estudo das Leis a ninguém, neste momento, não é<br />

de todo um discurso optimista – mas é uma<br />

opinião pungente. Vinda de quem vem, então,<br />

pode mesmo dizer-se que dá para fazer tremer as<br />

próprias estruturas das instituições de ensino<br />

superior.<br />

08<br />

10<br />

PÓS LICENCIATURA<br />

LL.M, MESTRADOS E DOUTORAMENTOS<br />

VOZ AOS ESTUDANTES<br />

A VIDA DE <strong>UMA</strong> ESTAGIÁRIA<br />

Análises mordazes, ou simples leitura directa da<br />

realidade à parte, a perspectiva de um caso de<br />

sucesso (Maria Castelos, uma advogada que é a<br />

única mulher sócia de um escritório de<br />

advogados de peso a nível nacional) também faz<br />

todo o sentido. Ainda por cima quando se trata<br />

da responsável pela área de recrutamento e<br />

estágios no escritório onde está desde que ela<br />

própria fez o seu estágio. Quem está prestes a<br />

entrar nessa etapa pode inspirar-se e preparar-se<br />

com o seu relato. Ou com o de Ana Rodrigues da<br />

Costa, completamente embrenhada nas<br />

exigências da vida de uma jovem estagiária.<br />

12<br />

RANKING<br />

ESCRITÓRIOS: OS MELHORES DO PAÍS<br />

Depois de auscultar profissionais de peso, o<br />

suplemento entra numa segunda fase – a de<br />

investigação. A listagem exaustiva de pós<br />

graduações, mestrados e doutoramentos serve para<br />

olhar para estas 16 páginas como verdadeiro guia. E<br />

apresentamos ainda o caso do LL.M da Católica, a<br />

única instituição portuguesa que aposta neste<br />

modelo de formação importado dos Estados Unidos.<br />

A fechar a porta, porque a filosofia do quotidiano<br />

ensina que não dá para ser menos do que o<br />

melhor, apresentam-se os melhores advogados e<br />

escritórios do País.<br />

Raquel Louçã Silva | Directora<br />

rsilva@mundouniversitario.pt<br />

FICHA<br />

TÉCNICA<br />

Directora<br />

Raquel Louçã Silva<br />

Conselho de Gerência:<br />

António Stilwell Zilhão; Francisco<br />

Pinto Barbosa; Gonçalo Sousa Uva<br />

Colaboradores:<br />

Cátia Pinto<br />

Edgar Amaral<br />

Joana Peres<br />

Margarida Rolo Matos<br />

Raquel Ramos<br />

Fotografia:<br />

Mónica Moitas<br />

Projecto gráfico<br />

e Paginação:<br />

Joana Túlio<br />

Revisão:<br />

Neida Fernandes<br />

Marketing:<br />

Rui Gonçalves e Vanda Filipe<br />

Publicidade:<br />

Paula Reis (Account Director)<br />

Sede Redacção: Estrada da<br />

Outurela nº 118 Parque Holanda<br />

Edifício Holanda 2790-114<br />

Carnaxide | Tel: 21 416 92 10 | Fax:<br />

21 416 92 27 | Tiragem: 15 000 |<br />

Periodicidade: semanal |<br />

Distribuição: Gratuita | Impressão:<br />

Grafedisport; Morada: Casal Sta.<br />

Leopoldina – Queluz de Baixo 2745<br />

Barcarena;<br />

ISSN 1646-1649.<br />

02 | Segunda, 28 de Janeiro de 2008


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Bastonário<br />

da ordem<br />

dos<br />

advogados<br />

ANTÓNIO COTRIM/LUSA<br />

NOVO BASTONÁRIO DA ORDEM DOS ADVOGADOS, ANTÓNIO MARINHO E PINTO<br />

«Alunos do secundário: fujam<br />

das faculdades de Direito»<br />

04 | Segunda, 28 de Janeiro de 2008<br />

O NOVO BASTONÁRIO DA ORDEM DOS ADVOGADOS, ANTÓNIO MARINHO E PINTO, 57<br />

ANOS, CONHECIDO PELO SEU DISCURSO INCISIVO, TRAÇA UM CENÁRIO MUITO NEGATIVO<br />

DA PROFISSÃO, DEFENDENDO QUE O COMBATE DA MASSIFICAÇÃO DE ADVOGADOS COMO<br />

<strong>UMA</strong> DAS PRIORIDADES DO MANDATO. A ESTE PROPÓSITO, DIZ QUE OS CANDIDATOS A<br />

ADVOGADOS DEVEM FAZER UM EXAME DE ACESSO À ORDEM DOS ADVOGADOS PARA<br />

QUE, DESTA FORMA, SEJAM ESCOLHIDOS OS MELHORES DO PAÍS. QUANTO À<br />

IMPLEMENTAÇÃO DE BOLONHA, AFIRMA QUE A OBRIGATORIEDADE DOS 5 ANOS DE<br />

FORMAÇÃO <strong>VAI</strong> SER REGULARIZADA EM BREVE


«Com as medidas levadas a cabo pelo Governo que<br />

visa retirar a justiça dos Tribunais vai ser preciso<br />

combater a desjusdicialização: Não se pode escorraçar<br />

os cidadãos dos Tribunais.»<br />

Margarida Rolo de Matos |<br />

mmatos@mundouniversitario.pt<br />

Qual é o actual panorama da Justiça em Portugal?<br />

É mau, é muito mau, é péssimo. Nunca esteve num estado<br />

tão deplorável. E com as medidas levadas a cabo<br />

pelo Governo que visa retirar a justiça dos Tribunais<br />

vai ser preciso combater a desjusdicialização: Não se<br />

pode escorraçar os cidadãos dos Tribunais. Representa<br />

um retrocesso civilizacional muito grande para a<br />

democracia. É preciso convencer o Executivo de que a<br />

justiça não pode ser feita em repartições de finanças.<br />

Portugal não pode ser um paraíso para os caloteiros.<br />

Vamos entrar no reino da selva em que nem os pobres<br />

nem a classe média conseguem ter acesso aos tribunais.<br />

Só os poderosos, astutos e com dinheiro.<br />

É no contexto de transparência da justiça, que defende<br />

que é incompatível ser deputado e advogado?<br />

Claro. Quem faz leis, não pode ter clientes privados,<br />

uma vez que já houve suspeitas de que se fizeram leis<br />

para clientes. Quem administra a justiça não pode fazer<br />

leis, na Assembleia da República. Houve verdadeiros<br />

escândalos nas leis da amnistia, em que houve<br />

crimes que foram incluídos entre a aprovação em<br />

plenário e a publicação em Diário da República.<br />

Mas esta questão é uma das prioridades do seu mandato?<br />

Não é uma prioridade do meu mandato porque só o Parlamento<br />

é que pode alterar os estatutos da Ordem dos<br />

Advogados. Mas é um dos aspectos da justiça que deve<br />

ser corrigido. Vou pressionar o Governo nesse sentido.<br />

No seu caso concreto, enquanto bastonário vai continuar<br />

a advogar?<br />

Suspenderei a advocacia de clientes, ou seja a advocacia<br />

remunerada. Estou neste momento, a concluir os últimos<br />

casos. Mas farei uma Advocacia “pro bono” das<br />

causas em defesa do Estado de Direito, em casos especiais<br />

de defesa dos Direitos Humanos e em defesa de advogados<br />

no caso de actos praticados no âmbito do patrocínio,<br />

desde que tais situações estejam em<br />

conformidade com o nosso estatuto profissional.<br />

Afirmou que encontrar soluções para responder à massificação<br />

dos advogados era uma das bandeiras do<br />

mandato. Como se combate?<br />

É necessário denunciar as faculdades de Direito públicas<br />

e privadas que enganam, exploram, iludem os alunos,<br />

numa altura em que a sociedade está em crise. É preciso<br />

denunciar o lucro sem escrúpulos que estas faculdades<br />

fazem. Há mais de 20 faculdades de Direito no país que<br />

não correspondem às necessidades sociais do mercado.<br />

Basta pensar que entre os licenciados desempregados<br />

um terço é licenciado em Direito. Há cerca de 26 mil licenciados<br />

em Portugal, quando cerca de 12 mil<br />

chegavam para as necessidades do mercado, fazendo-se<br />

uma média entre o número de habitantes e o número de<br />

advogados. Porque depois não há trabalho para todos e<br />

essa situação actual degrada o patrocínio forense e<br />

degrada a administração da Justiça e o Estado de Direito<br />

As vagas de acesso aos cursos de Direito têm de<br />

diminuir ainda mais.<br />

Mas vai tomar alguma medida para limitar o acesso à<br />

Ordem dos candidatos a advogados?<br />

Defendo que deve ser feita um exame de acesso à Ordem,<br />

onde se escolhem os melhores do país, tendo em conta a<br />

sua formação académica, a sua preparação científica para<br />

o exercício da profissão. E depois mantêm-se à mesma os<br />

exames de final de estágio. É que há muita gente que vai<br />

para a Ordem que não quer ser advogado mas como não<br />

consegue arranjar emprego noutras áreas de saída profissionais<br />

proporcionadas pelo curso de Direito acaba por ir<br />

para a Ordem. Para já ainda não há um número concreto<br />

de quantos alunos vão poder entrar.<br />

Encerrar o acesso à ordem durante um ou dois anos<br />

pode ser uma das hipóteses?<br />

Sim, todas as hipóteses estão em cima da mesa. Estamos<br />

a estudar a situação.<br />

Face ao cenário actual, hoje ia tirar o curso de Direito?<br />

Claro que não. Jamais. E digo aos estudantes do ensino<br />

secundário: fujam das faculdades de Direito. Fujam dos<br />

cursos de natureza humanística.<br />

E a questão da vocação onde fica no meio disto?<br />

A sobrevivência é cada vez mais difícil para os jovens<br />

advogados. Milhares de jovens são enganados nas suas<br />

expectativas. Mais uma vez saliento: Fujam das faculdades<br />

de Direito. Há advogados que não têm clientes: há<br />

outros que não facturam o suficiente para pagar 5 a 10<br />

por cento das suas despesas. E muitos têm depois de<br />

ficar a depender dos pais. Muitos vão trabalhar para sítios<br />

que não têm nada a ver com a sua formação, como<br />

empregados de escritórios ou mesmo em supermercados.<br />

Se quiserem ser mesmo advogados vão ter que fazer<br />

muitos sacrifícios no futuro.<br />

Como é que viu a implementação de Bolonha em Direito?<br />

É mais uma forma de as faculdades de Direito aumentarem<br />

os seus lucros. Os alunos fazem os 3<br />

primeiros anos a um preço e depois o segundo ciclo de<br />

formação é a preços elevados, mesmo inadmissíveis. Nada<br />

o justifica, é intolerável. Os alunos investem milhões<br />

de euros para nada.<br />

Quantos anos de formação são obrigatórios para o acesso<br />

à Ordem?<br />

Cinco anos de formação como acontecia anteriormente,<br />

antes da entrada em vigor do Processo de Bolonha. Não<br />

se pode diminuir a exigência académica de um curso como<br />

o de Direito, encurtando os anos de formação. Neste<br />

momento a Ordem está a levar a cabo um estudo e a<br />

preparar os estatutos para regularizar esta situação:<br />

quem quiser aceder à OA tem mesmo que fazer os 5<br />

anos de formação.<br />

Porque defende que os estagiários não podem tratar do<br />

patrocínio oficioso?<br />

Os estagiários ainda não estão preparados para tal e não se<br />

pode prejudicar os direitos dos cidadãos. É inaceitável que a<br />

defesa de bens jurídicos como a liberdade de pessoas mais<br />

desfavorecidas que não possuem recursos para contratar<br />

um advogado seja entregue, muitas vezes, a colegas estagiários<br />

que ainda não estão devidamente preparados para o<br />

exercício do patrocínio forense.<br />

ANTÓNIO COTRIM/LUSA<br />

Perfil<br />

Nome: António Marinho e Pinto<br />

Naturalidade: Amarante<br />

Idade: 57 anos<br />

Formação: Licenciado em Direito pela Universidade<br />

de Coimbra, como trabalhador estudante.<br />

Enquanto aluno esteve ligado à secção de Jornalismo<br />

da Associação Académica de Coimbra e<br />

participou na criação do jornal <strong>Universitário</strong> de<br />

Coimbra – A CABRA, a mais antiga publicação<br />

do género com 17 anos de existência. Exerce<br />

advocacia há 25 anos. Mantém-se ligado àquela<br />

instituição, sendo professor de Direito da Comunicação<br />

na Faculdade de Letras, entre outras<br />

cadeiras.<br />

Curiosidade: Nos tempos de estudante chegou a<br />

ser preso pela PIDE durante dois meses, no<br />

Forte de Caxias.<br />

Cargos: Foi presidente da Comissão dos Direitos<br />

Humanos da Ordem dos Advogados e concorreu<br />

a bastonário nas anteriores eleições (em que foi<br />

o segundo mais votado) juntamente com<br />

Rogério Alves (o bastonário a que sucede) e João<br />

Correia.<br />

Ordem dos Advogados: As eleições que o<br />

tornaram no novo Bastonário da Ordem dos Advogados<br />

aconteceram a 30 de Novembro, tendo<br />

tomado posse a 8 de Janeiro.


Caso<br />

Advogada<br />

de sucesso<br />

MARIA CASTELOS É DAS MELHORES NA PENÍNSULA IBÉRICA<br />

«Ser advogado é aprender<br />

a vida inteira, até ao último<br />

dia de trabalho»<br />

NATURALMENTE. FOI ASSIM QUE SURGIU O DESEJO DE SER ADVOGADA. AINDA<br />

EXPERIMENTOU O DESIGN MAS DEPRESSA O TROCOU PELAS LETRAS QUE A LEVARAM AO<br />

ESTUDO DAS LEIS. AOS 39 ANOS, MARIA CASTELOS É A MAIS JOVEM SÓCIA ADVOGADA<br />

DA PLMJ, O MAIOR ESCRITÓRIO DE ADVOGADOS DO PAÍS. AO MU, RECORDOU MEMÓRIAS<br />

DE FACULDADE E REVELOU COMO CONSTRUIU <strong>UMA</strong> CARREIRA DE SUCESSOS.<br />

06 | Segunda, 28 de Janeiro de 2008<br />

Cátia Pinto | info@mundouniversitario.pt<br />

Mónica Moitas | fotografia<br />

O Direito foi um sonho de menina ou só mais<br />

tarde é que se apercebeu que era esta a área<br />

em que gostaria de trabalhar?<br />

O Direito, mas mais o ser advogada, surgiu no<br />

nono ano. Nasci e estudei em Évora e, aos 14<br />

anos, tínhamos de escolher a área. Eu queria<br />

Direito, mas na escola onde andava não havia<br />

essa opção e então fui para Arte e Design. No<br />

ano seguinte, troquei para Humanísticas. Nunca<br />

me questionei muito por esta escolha, não<br />

tinha pais nem ninguém na família que fosse<br />

advogado. Fui talvez influenciada pelo Perry<br />

Meyer e pelos casos que ele resolvia. A ida depois<br />

para a Universidade foi muito tranquila.<br />

Como foi a vinda para Lisboa?<br />

Fácil porque vim com o meu irmão. Foi um grito<br />

do Ipiranga porque, na altura, tinha 16 anos<br />

e vir viver para a capital sem os pais para frequentar<br />

o ano zero da Católica... Depois, por<br />

coincidência, veio para a mesma universidade<br />

a filha de uns amigos dos meus pais e a adaptação<br />

foi pacífica. Na Universidade Católica<br />

criei logo um grupo de amigos fantásticos, admito<br />

que nesta universidade, por ter um ambiente<br />

mais pequeno, a integração seja mais fácil<br />

do que noutras universidades.<br />

Houve assim algum professor que a tenha<br />

marcado especialmente?<br />

Do ano zero, recordo-me da professora Maria<br />

da Glória Leitão que me marcou pela paixão<br />

com que nos dava a cadeira. Tenho a imagem<br />

dela sempre de olhos fechados a falar de uma<br />

maneira apaixonada. Depois o Marcelo Rebelo<br />

de Sousa, pela genialidade. Também a professora<br />

Maria Pires Beleza que me deu Processo<br />

Civil e, apesar de hoje não fazer tribunal, acho<br />

que tudo o que me lembro dessa matéria, foi<br />

aprendido nas aulas. Tive um professor de<br />

aulas práticas, o Dr. Pedro Eiró, que também<br />

me marcou muito porque nós tivemos frequência<br />

e tinha havido notas péssimas… Quando<br />

chegámos à aula prática o professor disse que<br />

as notas tinham sido más e que havia muitas<br />

notas abaixo de sete e referiu o meu nome. Foi<br />

assim um murro no estômago, porque a frequência<br />

tinha corrido lindamente…mas depois<br />

olhou para mim e disse “Estou a brincar!”…<br />

Como eu era muito caladinha nas aulas e tinha<br />

tido boa nota na frequência, ele fez-me provar


que tinha merecido essa classificação e<br />

chamou-me em quase todas as aulas práticas.<br />

Passados cinco anos, termina o curso e entra<br />

na PLMJ…<br />

Sim, terminei em 1991 e vim fazer o estágio.<br />

Seguidamente fui para Londres fazer o curso<br />

de pós-graduação na área de Direito Financeiro,<br />

durante um ano e regressei.<br />

Nessa altura a PLMJ já era o maior escritório<br />

do país. Como foi a integração?<br />

Era muito diferente da de hoje. Sou responsável<br />

há alguns anos pela área de recrutamento<br />

e estágios da PLMJ e, pelas entrevistas<br />

que faço, percebo que o mercado mudou<br />

exponencialmente desde o ano em que fiz o<br />

estágio. Na altura ninguém se candidatava a<br />

um escritório. Funcionava tudo através de<br />

conhecimentos. Numa conversa com o meu<br />

pai ele dizia-me, ‘fala com alguém que te indique<br />

os melhores escritórios’. Depois, foi até<br />

numa conversa com uns colegas que trocámos<br />

impressões sobre os melhores escritórios<br />

para fazer o estágio…<br />

Era mais fácil?<br />

Era mais injusto, porque as oportunidades<br />

não chegavam da mesma forma a todos.<br />

Para nós, era muito mais fácil porque não<br />

passávamos por nenhum processo de ansiedade.<br />

Só tive de escolher se queria ficar<br />

em Lisboa ou não. Hoje é completamente<br />

diferente. Por um lado, é mais fácil porque as<br />

oportunidades podem chegar a qualquer um.<br />

Mas é também mais ansioso. Na minha altura,<br />

eu encarava o estágio como uma continuação<br />

do meu curso. Quando entrei neste<br />

escritório, nunca pensei se me davam carreira<br />

ou não… Hoje em dia as sociedades são<br />

muito maiores e nas entrevistas as pessoas<br />

acham que vão tomar a decisão para o resto<br />

da vida, quando nem sequer é o caso. É importante<br />

escolher o escritório certo, mas essa<br />

decisão não é para o resto da vida.<br />

Qual o perfil dos candidatos que entrevista?<br />

Temos algum padrão por faculdade, mas<br />

acaba por ser variado. Noto é diferenças entre<br />

gerações. O que a geração de hoje quer<br />

não tem nada a ver com a de há alguns anos<br />

atrás. Os sacrifícios que as pessoas estão dispostas<br />

a fazer também são diferentes. A geração<br />

de hoje é mais exigente, no sentido da<br />

compatibilização da vida profissional com a<br />

vida pessoal. Querem muito mais uma compensação<br />

imediata do que nós queríamos há<br />

uns anos. Digo sempre nas entrevistas e apresentações<br />

que faço nas faculdades que ser<br />

advogado é ser um profissional liberal e, por<br />

isso, não tem horários. Tem prazos, tem<br />

clientes e clientes com problemas para resolver.<br />

Ser advogado é ser disponível. E o<br />

facto de olharmos para essas grandes sociedades<br />

como novos escritórios não pode<br />

subverter esse princípio. Ninguém pense que<br />

num escritório de advogados terá um<br />

horário das nove às cinco. Além disso, pode<br />

sempre acontecer ter de voltar de férias<br />

mais cedo (ou nem ir) se o cliente precisar de<br />

ajuda e não estiver ninguém no escritório<br />

que o possa fazer. Tudo isto é inerente à<br />

profissão.<br />

E os candidatos hoje têm essa noção?<br />

Quando entram, percebem. Também não<br />

faço o discurso de alguns escritórios, de que<br />

‘tem de casar connosco e não pode ir de<br />

férias…’. Nós não fazemos isso e preocupamo-nos<br />

que as pessoas que trabalham<br />

connosco consigam ter o seu espaço. E uma<br />

vantagem é o facto de trabalharmos em<br />

equipa. Nunca há só uma pessoa a tratar de<br />

um assunto específico. Há sempre duas ou<br />

três pessoas que podem substituir.<br />

Em que contexto surgiu o prémio PLMJ?<br />

É mais uma oportunidade para os jovens licenciados<br />

que querem ser advogados terem a<br />

possibilidade de estagiarem connosco. É também<br />

uma forma de aproximar o escritório das<br />

faculdades. Durante anos a fio, os escritórios e<br />

a Academia viveram de costas voltadas. Sempre<br />

houve advogados que eram simultaneamente<br />

assistentes, mas havia um grande<br />

corte, o que é errado. Aliás, basta olhar para a<br />

realidade de outros países, inclusive de Espanha,<br />

onde a prática jurídica e a academia<br />

vivem mais em comunhão. É também importante<br />

para o escritório apostar nas relações<br />

com a universidade para que os alunos consigam<br />

perceber cada vez mais cedo o trabalho<br />

que implica cada uma das práticas do Direito.<br />

Acções conjuntas, acções de pós-graduação<br />

são alguns exemplos. Até porque, ser advogado<br />

é aprender a vida inteira, até ao último dia<br />

de trabalho.<br />

Como perspectiva a sua carreira?<br />

Eu gostava de me reformar amanhã e tirar<br />

arquitectura! (risos)<br />

Mas sente que já fez tudo?<br />

Não, claro que ainda não fiz tudo. Mas isto<br />

tem a ver com a intensidade da nossa profissão.<br />

Trabalhamos muito e é cansativo. A<br />

coisa boa é que como é uma profissão que<br />

tem sempre novos desafios não é rotineira e<br />

intelectualmente é muito estimulante. E dentro<br />

do próprio escritório, o facto de podermos<br />

crescer é sempre um desafio.<br />

Como é ser a única sócia mulher no meio de<br />

tantos sócios homens?<br />

Têm de me tratar bem! Ainda tenho pouca<br />

experiência em ser a única mulher, porque<br />

até há pouco tempo éramos mais.<br />

Que olhar faz da justiça portuguesa?<br />

(risos)… Não faço tribunal e, portanto, não me<br />

sinto autorizada a comentar o dia-a-dia. Falo<br />

em nome da percepção que tenho como advogada<br />

e também como cidadã. Obviamente<br />

que a justiça é um dos maiores problemas de<br />

Portugal. É muito fácil, e tem havido um<br />

pouco essa tentação, de se apontar culpas…<br />

Durante uns tempos, os juízes apontavam o<br />

dedo aos advogados e vice-versa. Mas acho<br />

que este é um problema estrutural. Seguramente<br />

não é culpa da magistratura nem da<br />

advocacia. É o resultado do desinvestimento<br />

do Estado nesta área durante algumas décadas.<br />

A mensagem que continua a passar cá<br />

para fora é a de que as coisas não se resolvem.<br />

E isto tem um impacto brutal na<br />

economia…<br />

Como analisa a actuação do novo bastonário?<br />

Com distanciamento. Espero que não faça<br />

tudo o que disse durante a campanha. Que,<br />

assumidas as suas funções, tenha a oportunidade<br />

de analisar internamente os condicionamentos<br />

da acção da própria Ordem. E,<br />

além disso, que a Ordem se consiga aproximar<br />

muito mais de todos os advogados, com<br />

uma visão mais abrangente da profissão.<br />

Porque não são só os dos grandes escritórios<br />

que são advogados…<br />

O caminho do sucesso<br />

1991 Licencia-se em Direito pela Universidade<br />

Católica de Lisboa<br />

1995 Completa o LL.M. em Bancário e Financeiro<br />

pela University of London, University<br />

College London.<br />

2000 Com apenas 31 anos torna-se Sócia de<br />

Indústria da PLMJ<br />

2005 Passa a Sócia de Capital. Actualmente é,<br />

não só a mais nova Sócia de Capital de<br />

PLMJ, como a única mulher entre 20 Sócios<br />

de Capital num total de 45 Sócios e<br />

200 Advogados.<br />

Em 2007 foi reconhecida como uma das melhores<br />

Advogadas da Península Ibérica com<br />

menos de 40 anos pela revista Iberian Lawyer<br />

(Prémio “Top 40 under 40”).


LL.M<br />

Pós graduações<br />

Mestrados<br />

Doutoramentos<br />

EM PORTUGAL, A CATÓLICA É A ÚNICA QUE OFERECE FORMAÇÃO EM LL.M<br />

LL...quê?<br />

LL.M. OU, SE PREFERIREM, MASTER OF LAWS. EM PORTUGAL SÓ HÁ UM, NA FACULDADE<br />

DE DIREITO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA (UCP). O LOCAL É LISBOA, A<br />

INSPIRAÇÃO É AMERICANA, OS PROFESSORES SÃO BRITÂNICOS, O MÉTODO É GREGO E<br />

OS ESTUDANTES SÃO DE TODA A PARTE.<br />

08 | Segunda, 28 de Janeiro de 2008<br />

Raquel Ramos | rramos@mundouniversitario.pt<br />

Voltado para o Direito dos negócios<br />

internacionais, O LL.M. em International<br />

Trade and Business Law<br />

da UCP é único a nível nacional,<br />

mas as suas ambições transbordam<br />

para além das fronteiras do país. O programa<br />

foi lançado no ano lectivo passado, desde<br />

logo assumindo uma vocação internacional:<br />

interessar aos estudantes portugueses e aos<br />

estrangeiros. «O conteúdo do LL.M. também é<br />

internacional», acrescenta Luís Barreto<br />

Xavier, coordenador do curso, «não se ensina<br />

no programa Direito português, ensina-se<br />

Direito que é aplicável à generalidade dos países<br />

e que tem uma dimensão cada vez mais<br />

transnacional».<br />

O LL.M. nasceu nas universidades dos Estados<br />

Unidos como oferta de uma preparação intensiva<br />

para a prática profissional e a sua filosofia<br />

foi bem recebida e desenvolvida nos meios<br />

académicos britânicos. Estas duas nacionalidades<br />

estão, aliás, fortemente representadas<br />

no corpo docente do programa da Católica,<br />

que é leccionado em inglês. «Neste momento, o<br />

inglês começa a ser cada vez mais falado pela<br />

comunidade jurídica, é a língua da contratação<br />

internacional. E, de facto, é a língua que nos<br />

permite, por um lado, competir no mercado internacional<br />

de programas de topo e, por outro,<br />

captar mais facilmente estudantes estrangeiros<br />

e ter a leccionar na Católica professores<br />

da Universidade de Berkeley, de Georgetown,<br />

do King’s College e outras universidades<br />

mundiais», explica o responsável pelo «mestrado<br />

em leis», que envolve este ano apenas 3 professores<br />

portugueses. «Para o ano vão ser<br />

mais», garante Luís Barreto Xavier.<br />

QUEM É O ESTUDANTE DO LL.M.?<br />

O paralelo entre o MBA (Master Business Administration)<br />

e o LL.M. é um lugar comum<br />

mas, ainda que levando a concepções erradas<br />

do segundo como imitação do primeiro, a comparação<br />

é possível. «Não se faz um LL.M., tal<br />

como não se faz um MBA, para seguir uma<br />

carreira académica. O que se quer é obter ferramentas<br />

de conhecimento para a acção e promover<br />

uma qualificação profissional muito sólida.<br />

Por outro lado, o LL.M., tal como o MBA,<br />

não se destina a recém-licenciados», esclarece<br />

Barreto Xavier. Os destinatários deste tipo de<br />

pós-gradução são profissionais com alguma experiência,<br />

mas que se vêem confrontados com<br />

a necessidade de «refrescar ideias, serem expostos<br />

à novidade».<br />

Em Portugal, a adesão ao programa pioneiro<br />

superou as expectativas. «Não nos podemos<br />

esquecer de que estamos em Portugal, um país<br />

pequeno, e de que este programa não é para<br />

grandes massas. Nem todas as pessoas têm<br />

um background suficientemente sólido e<br />

sofisticado para terem a preparação<br />

necessária e, ao mesmo tempo, Portugal não<br />

tem uma população enorme que permita augurar<br />

um sucesso imediato», lembra o Mestre em<br />

Ciências Jurídicas.<br />

A «altíssima qualidade» dos estudantes admitidos<br />

para o primeiro ano do curso consolidou-se<br />

no segundo, que dá continuidade a um «método<br />

socrático», ou seja, uma opção por aulas<br />

menos expositivas e mais abertas à participação,<br />

à discussão livre e à análise de casos.<br />

Assim, além do domínio do inglês técnico-jurídico,<br />

os profissionais saem do LL.M. com um<br />

«networking» feito de contactos com colegas<br />

de diferentes sociedades e empresas, em diferentes<br />

países, e também com a possibilidade de<br />

avançarem nas suas carreiras em direcção às<br />

sociedades de advogados que patrocinam o<br />

programa.<br />

No fim de contas, o valor do LL.M. acaba por<br />

residir mais no diploma e na formação de alto<br />

nível do que no grau de Mestre. E, como prova,<br />

o título só se adquire com a defesa e aprovação<br />

de uma dissertação opcional.


VERA EIRÓ, DOUTORANDA EM DIREITO<br />

«O caminho da tese<br />

é de quem a faz»<br />

fazer... O orientador ajuda-nos a percorrer o<br />

caminho, mas não é pessoa que o faça por nós.<br />

O caminho da tese é de quem a faz, não é de<br />

quem a orienta. É complicado, por um lado,<br />

estabelecer barreiras e, por outro, sentir que<br />

se está a ser acompanhado. Eu tenho a sorte<br />

de estar a correr muito bem porque sempre<br />

que precisei de alguma orientação específica o<br />

meu orientador esteve presente. Mas o caminho<br />

é meu, faço-o sozinha.<br />

EM 2006 VERA EIRÓ, HOJE COM 29 ANOS, COMEÇOU<br />

A SUA TESE SOBRE “OBRIGAÇAO DE INDEMNIZAR<br />

EM CONTRATAÇÃO PÚBLICA”, EM CONCLUSÃO<br />

DO DOUTORAMENTO PELA FACULDADE DE DIREITO<br />

DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA.<br />

Raquel Ramos | rramos@mundouniversitario.pt<br />

Porquê a decisão pelo doutoramento?<br />

Na altura em que decidi, a Faculdade<br />

[FDUNL] propunha um novo modelo, mais<br />

dinâmico. O pano de fundo foi sempre a vida<br />

profissional mas, depois da fase escolar, optei<br />

por estar em exclusividade no doutoramento,<br />

pois entendi que só assim conseguiria chegar<br />

a bom porto. Na minha área, no Direito<br />

administrativo, é essencial ter conhecimentos<br />

teóricos consolidados, e fazer a tese na área<br />

em que trabalhava surgiu como uma oportunidade<br />

de valorização profissional e pessoal.<br />

O grau de Doutor, por si só, abre portas?<br />

Eu acho que aquilo que abre mais portas são<br />

as duas coisas associadas: ter experiência<br />

profissional na advocacia e ter o grau. Saber<br />

ser advogado e, ao mesmo tempo, passar pela<br />

experiência de aprofundar um tema com a exigência<br />

de uma tese de doutoramento.<br />

A primeira fase, em que estudava e trabalhava,<br />

foi difícil?<br />

A fase inicial foi muito difícil. Valeu a pena a<br />

tentativa de compatibilização, mas achamos<br />

sempre que faríamos melhor se tivéssemos<br />

mais tempo. O programa de doutoramento é<br />

exigente e cada vez mais acho que carece de<br />

dedicação exclusiva desde o dia zero.<br />

E que outras dificuldades sentiu?<br />

Inicialmente, foi dificil estabelecer um ritmo<br />

de trabalho. Quando se começa a fazer o<br />

doutoramento também é difícil encontrar a<br />

nossa tese, que é o ponto de partida e o ponto<br />

de chegada do nosso trabalho.<br />

Como é a relação com o orientador da tese?<br />

É sempre difícil dizer o que o orientador deve<br />

Estabeleceu uma meta para terminar a tese?<br />

Quando terminar a bolsa da Fundação para a<br />

Ciência e a Tecnologia já não tenho financiamento<br />

para escrever a tese. É uma meta objectiva<br />

e que não depende de mim. Eu estabeleci<br />

acima de tudo prazos que acho<br />

razoáveis, embora seja muito difícil dizer<br />

quando vou ter a tese pronta.<br />

O doutoramento marca o fim do seu percurso<br />

académico?<br />

Não sei. Noutras áreas que não tenham nada<br />

que ver com a área específica do meu<br />

doutoramento e que tenham cariz essencialmente<br />

prático, não vejo porque não [voltar à<br />

faculdade]. A formação contínua é sempre<br />

boa, mas mais importante é saber contextualizá-la<br />

naquilo que fazemos em concreto, se<br />

não, é só uma linha no currículo que vale<br />

pouco.<br />

ANDAS À PROCURA DE <strong>UMA</strong> PÓS GRADUAÇÃO, MESTRADO OU DOUTORAMENTO EM DIREITO?<br />

BRAGA<br />

Universidade do Minho<br />

MESTRADOS<br />

Direito das Autarquias Locais |<br />

Direitos Humanos | Direito Judiciário<br />

DOUTORAMENTOS<br />

Direito<br />

PORTO<br />

Universidade do Porto<br />

MESTRADOS<br />

Ciências Forenses | Criminologia<br />

PÓS-GRADUAÇÕES<br />

Criminologia| Direito das Autarquias Locais | Direito das<br />

Autarquias Locais e Urbanismo | Direito Fiscal<br />

Universidade Católica Portuguesa<br />

MESTRADOS<br />

Direito Criminal | Direito da Empresa e dos Negócios |<br />

Direito Privado | Direito Público e Internacional<br />

PÓS-GRADUAÇÕES<br />

Direito da Edificação e Construção | Direito do Trabalho e<br />

de Processo de Trabalho<br />

Universidade Portucalense Infante D. Henrique<br />

MESTRADOS<br />

Direito | Especialização em Ciências Jurídico-Administrativas<br />

e Tributárias | Especialização em Ciências Jurídico-<br />

Empresarias | Especialização em Ciências Jurídico-Processuais<br />

DOUTORAMENTOS<br />

Direito<br />

Universidade Lusíada<br />

MESTRADOS<br />

Direito<br />

DOUTORAMENTOS<br />

Direito<br />

PÓS-GRADUAÇÕES<br />

Direito do Ambiente | Direito do Trabalho | Integração<br />

Latino – Americana<br />

Universidade Lusófona<br />

MESTRADOS<br />

Direito | Integração Europeia e Economia Internacional<br />

COIMBRA<br />

Universidade Internacional<br />

MESTRADOS<br />

Direito<br />

PÓS-GRADUAÇÕES<br />

Direito<br />

Instituto Superior Bissaya Barreto<br />

MESTRADOS<br />

Ciências Jurídico-Forenses | Direito e Economia |<br />

Justiça Alternativa<br />

PÓS-GRADUAÇÕES<br />

Direito do 3º Sector<br />

Universidade de Coimbra<br />

MESTRADOS<br />

Direito<br />

DOUTORAMENTOS<br />

Direito | Direito, Justiça e Cidadania no Século XXI<br />

PÓS-GRADUAÇÕES<br />

Contratação Pública | Direito Bancário, da Bolsa e dos<br />

Seguros | Direito da Comunicação | Direito da Familia |<br />

Direito da Medicina | Direito das Empresas | Direito do<br />

Consumo | Direito do Desporto Profissional | Direito do<br />

Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente | Direito do<br />

Trabalho | Direito Fiscal das Empresas | Direito Notarial<br />

e Registal | Direito Penal, Económico e Europeu |<br />

Direitos Humanos | Estudos Europeus | Justiça Administrativa<br />

e Fiscal | Justiça Europeia sobre Direitos do<br />

Homem | Regulação Pública e Concorrência<br />

LISBOA<br />

Universidade Católica Portuguesa<br />

MESTRADOS<br />

LL.M. em International Trade and Business Law | LL.M.<br />

Europeu - European Legal Practice<br />

Direito Administrativo e Contratação Pública | Direito<br />

do Trabalho | Direito e Gestão | Direito Forense | Direito<br />

Global Legal Studies | Direito Penal | Direito Público |<br />

Pós-Graduações | Ciências Jurídicas | Contencioso Administrativo<br />

| Direito Comercial | Direito e Prática da<br />

Contratação Pública | Direito Processual Tributário |<br />

Fiscalidade<br />

Universidade Lusófona<br />

MESTRADOS<br />

Direito<br />

PÓS-GRADUAÇÕES<br />

Criminologia | Direito Marítimo | Mediação de Conflitos<br />

em Matéria Penal | Medicina Legal e Ciências Forenses |<br />

Notariado e Registos<br />

Universidade Lusíada<br />

MESTRADOS<br />

Direito<br />

DOUTORAMENTOS<br />

Direito<br />

PÓS-GRADUAÇÕES<br />

Criminologia | Direito do Trabalho | Direito Registal |<br />

Direito, religião e sociedade<br />

Universidade Internacional<br />

PÓS-GRADUAÇÕES<br />

Direito<br />

Universidade Autónoma<br />

MESTRADOS<br />

Ciências Jurídicas | Ciências Jurídico-Políticas | Ciências<br />

Jurídico-Processuais<br />

PÓS-GRADUAÇÕES<br />

Administração Pública e Direito Administrativo | Ciências<br />

Criminais | Direito Bancário e Seguros | Direito do<br />

Ambiente | Direito do Desporto | Direito e Prática Notarial<br />

| Direito Empresarial | Direito Fiscal | Direito no Trabalho<br />

| Direito para Profissionais da Comunicação Social |<br />

Direito Rodoviário | Práticas Forenses<br />

Universidade Nova de Lisboa<br />

MESTRADOS<br />

Direito<br />

DOUTORAMENTOS<br />

Direito<br />

PÓS-GRADUAÇÕES<br />

Arbitragem<br />

Universidade de Lisboa<br />

MESTRADOS<br />

Ciências Histórico-Jurídicas | Ciências Jurídicas | Ciências<br />

Jurídico-Comunitárias | Ciências Jurídico-Criminais |<br />

Ciências Jurídico-Económicas | Ciências Jurídico-Empresariais<br />

| Ciências Jurídico-Forenses | Ciências Jurídico-Internacionais<br />

| Ciências Jurídico-Políticas | Direito Administrativo<br />

| Direito Intelectual | Direito Internacional e<br />

Relações Internacionais<br />

DOUTORAMENTOS<br />

Ciências Histórico-Jurídicas | Ciências Jurídicas | Ciências<br />

Jurídico-Económicas | Ciências Jurídico-Políticas<br />

PÓS-GRADUAÇÕES<br />

Aperfeiçoamento em Arrendamento Urbano | Aperfeiçoamento<br />

em Direito Bancário | Aperfeiçoamento em<br />

Direito do Consumo | Aperfeiçoamento sobre Direito Penal<br />

Especial |<br />

Choque e Diálogo de Civilização: Direito, História e<br />

Filosofia | Direito Comercial Internacional | Direito da<br />

Concorrência e da Regulação | Direito da Educação |<br />

Direito da Energia | Direito da Responsabilidade das Entidades<br />

Públicas | Direito das Pessoas | Direito das Telecomunicações<br />

| Direito do Ambiente | Direito dos Contratos<br />

Públicos | Direito do Ordenamento do Território e do Urbanismo<br />

| Direito dos Valores Mobiliários | Direito Fiscal |<br />

Direito Humanitário e dos Refugiados | Direito Sancionatório<br />

das Autoridades Reguladoras | Especialização<br />

em Direito do Trabalho<br />

Estudos Europeus | Filiação, Adopção e Protecção de<br />

Menores (As respostas do Direito) | Finanças e Gestão do<br />

Sector Público | Formação para o Acesso ao Notariado<br />

Instituto Superior de Ciências<br />

do Trabalho e da Empresa<br />

MESTRADOS<br />

Direito das Empresas<br />

Instituto Superior de Línguas e Administração<br />

MESTRADOS<br />

Tradução Jurídica e Empresarial<br />

CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO<br />

Especialização em Direito


Voz<br />

aos<br />

estudantes<br />

RELATO DA VIDA DE <strong>UMA</strong> ESTAGIÁRIA<br />

«A maioria das pessoas<br />

só dá valor ao trabalho de um<br />

advogado quando precisa de um»<br />

EM TODA E QUALQUER LICENCIATURA, O ESTÁGIO É FUNDAMENTAL NA PREPARAÇÃO<br />

PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO. E DIREITO É, CERTAMENTE, DOS MAIS EXIGENTES<br />

PORQUE TÊM MÉTODOS E DISCIPLINAS DE TRABALHO MUITO PRÓPRIOS. A IMPORTÂNCIA<br />

DE <strong>UMA</strong> BOA ORIENTAÇÃO NESTA FASE DA CARREIRA É ESSENCIAL PARA O (IN)SUCESSO.<br />

ANA, FUTURA ADVOGADA, DEIXOU-NOS ENTRAR NA SUA ROTINA DE ESTAGIÁRIA.<br />

10 | Segunda, 28 de Janeiro de 2008<br />

Edgar Amaral | eamaral@mundouniversitario.pt<br />

Mónica Moitas | fotografia<br />

São quatro da tarde de uma tarde de<br />

segunda-feira solarenga. O escritório<br />

de advogados Botelho da Silva, localizado<br />

em frente ao Estabelecimento<br />

Prisional de Lisboa e a dois passos<br />

do Palácio da Justiça conferem um ambiente<br />

digno dos filmes em que a acção se centra num<br />

tribunal. Ana Rodrigues da Costa, 24 anos, recebe-nos<br />

no seu local de trabalho (simples e<br />

sem grandes ornamentos). Neste momento é a<br />

única advogada estagiária e encontra-se na segunda<br />

fase do estágio, a fase complementar<br />

(para trás já ficaram as aulas e os exames da<br />

Ordem).<br />

Quase a completar um ano de estágio<br />

(começou em Março de 2007), o seu dia a dia<br />

no escritório é preenchido com idas constantes<br />

e prioritárias «aos emails da Ordem, ao site do<br />

Legix para obter novidades em termos legislativos,<br />

contactos que são necessários fazer, idas<br />

às finanças ou consultas em tribunais. Ao mesmo<br />

tempo vou fazendo os relatórios para o final<br />

do estágio», termina.<br />

Como é apanágio do sistema educativo português<br />

(muita teoria e pouca prática), a jovem<br />

estagiária admite que a universidade não lhe<br />

deu todos os conhecimentos necessários para<br />

enfrentar a dura realidade laboral, destacando<br />

a importância das aulas da Ordem na sua formação<br />

profissional. «Não é obrigatório mas é<br />

essencial. Eu posso ser sincera: aprendi imenso<br />

nessas aulas. Faltei a algumas mas dou o<br />

tempo por muito bem empregue.»<br />

PERÍODO DE ESTÁGIO<br />

São 24 meses o tempo que os estudantes de<br />

Direito têm que despender no estágio para depois<br />

exercer advocacia. Demasiado tempo?<br />

«Na minha óptica é», confessa Ana Costa, que<br />

se apressa a acrescentar: «eu compreendo


porque é que são dois anos. Há muita coisa a assimilar<br />

e aprendes todos os dias. É uma área vasta<br />

e em constante mutação...é preciso ganhar confiança<br />

(neste momento todas as peças que faço são<br />

sempre visionadas pelo meu patrono). Por esse lado<br />

entendo o porquê dos dois anos e o facto de no<br />

final a Ordem ter que ver se estou apta para exercer<br />

a profissão. Mas por outro lado é muito extenso<br />

e se não for remunerado, mais complicado<br />

se torna [como é o caso da Ana].» Sempre num<br />

tom optimista, acrescenta nas entrelinhas: «prefiro<br />

um estágio não remunerado, onde consigo<br />

aprender, do que ser remunerada e no final não<br />

me sentir confiante para desempenhar a função a<br />

que me proponha.» Uma posição um bocado<br />

dúbia, visto a situação económica em que o País se<br />

encontra, mas opiniões são para se respeitar.<br />

ADVOGADOS – ESTAGIÁRIOS<br />

FORA DAS OFICIOSAS<br />

A intenção do novo Bastonário da Ordem dos Advogados,<br />

Marinho e Pinto, em delegar as oficiosas<br />

somente aos advogados e não estendê-las aos estagiários<br />

(manifestada na época de campanha)<br />

tem gerado muita controvérsia. Face a esta possibilidade,<br />

Ana garante que entende o seu receio.<br />

«A maior parte dos estágios corre bem, mas também<br />

pode correr mal e um estagiário que não esteja<br />

apto para essa responsabilidade torna-se, de<br />

facto, um bocadinho perigoso». Num discurso<br />

confiante e bastante seguro, esta jovem advogada<br />

formada na Faculdade de Direito da Universidade<br />

de Lisboa garante: «quando estou a defender um<br />

oficioso, defendo-o com toda a consciência daquilo<br />

que estou a fazer, estudo ao máximo, peço conselhos<br />

ao meu patrono (com o qual tenho uma excelente<br />

relação) e nessa medida eu ponho as mãos<br />

no fogo pelo meu trabalho. Porque sei daquilo que<br />

BI<br />

Nome: Ana (Sofia) Rodrigues da Costa<br />

Idade: 24 anos<br />

Instituição de ensino: Universidade Clássica,<br />

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa<br />

Média Final: 12 valores<br />

Início do Estágio: Março 2007<br />

Escritório de advogados: Botelho da Silva<br />

faço, com responsabilidade, consciente dos meus<br />

actos, aplicando os conhecimentos que adquiri na<br />

faculdade.» Por ser uma actividade muito exigente,<br />

retira pelo menos uma hora do dia para estudar,<br />

como se para um exame se preparasse. Tudo<br />

isto para chegar a uma conclusão: «embora<br />

compreenda e aceite a posição dele [Marinho e<br />

Pinto], discordo».<br />

O MUNDO FISCAL<br />

Nos tempos de faculdade, sempre se interessou<br />

por cadeiras com uma vertente económica, onde<br />

inclusivamente obtinha as melhores notas. A pós –<br />

graduação em Fiscal foi um passo natural: «é uma<br />

área que ainda não está saturada e é muito aliciante<br />

porque todos os dias há coisa novas a acontecer.»<br />

E não é para menos, já que os códigos fiscais<br />

alteram todos os anos, nomeadamente com as<br />

propostas de Orçamento de estado. Daqui depreende-se<br />

que dinamismo é algo que não falta a<br />

esta jovem, que daqui a cinco anos se imagina «a<br />

trabalhar com empresas ou na área da banca e fiscalidade».<br />

Confrontada com a questão de se considerar uma<br />

estagiária subordinada ou independente, mostrouse<br />

hesitante na resposta, mas feitas as contas,<br />

garantiu ver-se «mais como independente»,<br />

porque acaba por ser a própria a gerir o seu trabalho<br />

e o próprio horário, seguindo a velha máxima<br />

‘Máxima liberdade, máxima responsabilidade’.<br />

A entrada no escritório é às 15 horas e geralmente<br />

sai por volta das 19 horas, mas acaba sempre por<br />

dar continuidade ao trabalho em casa.<br />

Considera que os advogados não são propriamente<br />

cidadãos comuns, e em jeito de conclusão,<br />

acaba por dizer que «a maioria das pessoas só dá<br />

valor ao trabalho de um advogado quando precisa<br />

de um».<br />

Sérgio Silva Gaspar,<br />

Presidente da Direcção<br />

Nacional de Estudantes<br />

de Direito<br />

Para Marinho e Pinto, as defesas oficiosas<br />

não devem ser entregues aos advogados estagiários.<br />

Qual o seu ponto de vista?<br />

Estamos a falar de jovens licenciados em<br />

Direito, inscritos na Ordem Dos Advogados<br />

que estão a trabalhar com um patrono mas<br />

que prestam serviços de cariz profissional a<br />

troco de absolutamente nada, nenhuma contrapartida<br />

económica. É revoltante, sob o<br />

ponto de vista da dignidade humana não receberem<br />

absolutamente nada. Em relação às<br />

declarações do Doutor Marinho Pinto, só nos<br />

resta lamentar e condenar veementemente a<br />

intenção de retirar a única forma de especialização.<br />

Esta semana vamos levar a cabo uma<br />

recolha de assinaturas para entregar um<br />

abaixo-assinado em Fevereiro ao Bastonário<br />

e ao Ministro da Justiça, relativamente a este<br />

problema.<br />

Não seria a intenção do próprio bastonário<br />

apostar numa vertente mais qualitativa do<br />

próprio serviço?<br />

Ainda bem que fala nisso porque para nós é<br />

absurdo. Se até hoje todos os jovens advogados<br />

passaram por uma fase de adaptação do<br />

mercado de trabalho e se o próprio estágio<br />

profissional se refere precisamente a isso, então<br />

é uma contradição. Se não existe um contacto<br />

com o mundo do trabalho, com os<br />

cidadãos que pretendem ver efectivados os<br />

seus direitos, então que experiência é que<br />

irão ter ao representarem esses mesmos<br />

cidadãos no futuro? É colocar em causa a capacidade<br />

dos jovens licenciados e desvalorizar<br />

a qualidade de formação das faculdades<br />

e da Ordem dos advogados.<br />

E quanto à duração do estágio passar de 24<br />

para 30 meses?<br />

Estamos agora sob a implementação do sistema<br />

de Bolonha. Com essa nova reforma<br />

pretende-se uma rápida colocação dos jovens<br />

no mercado de trabalho. Se o período de formação<br />

nas faculdades encurtou para quatro<br />

anos, e o de formação na Ordem foi aumentado<br />

para 30 meses, entendemos que há aqui<br />

uma grande contradição. Acho que é mais<br />

uma forma encapotada de criar um obstáculo<br />

para exercer a profissão.


Ranking<br />

Escritórios<br />

e<br />

Advogados<br />

Os melhores do país<br />

CONHEÇA OS JURISTAS QUE SÃO VERDADEIRAS “BARRAS” NO TRIBUNAL NAS DIVERSAS<br />

ÁREAS DO DIREITO E OS JOVENS PROMISSORES ADVOGADOS DE PORTUGAL QUE JÁ DÃO<br />

QUE FALAR.<br />

12 | Segunda, 28 de Janeiro de 2008<br />

Joana Peres | info@mundouniversitario.pt<br />

Num país onde o número de advogados<br />

inscritos na Ordem ronda<br />

os cerca de 25.700, é difícil escolher<br />

o melhor. Para isso, aqui fica o<br />

ranking das recomendações actualizadas<br />

de quem percebe do assunto.<br />

O rankings 2008 do Chambers and Partners,<br />

publicação inglesa que elege os melhores escritórios<br />

de advocacia do mundo, a partir de<br />

pesquisa realizada entre grandes empresas de<br />

175 países. Estes rankings resultam da recolha<br />

de opiniões entre responsáveis jurídicos de empresas<br />

e dos profissionais ligados à advocacia,<br />

de acordo com a notoriedade atribuída aos<br />

diferentes advogados para as respectivas<br />

áreas de prática. Para Portugal, o "Global" do<br />

Chambers and Partners faz, este ano, 182 recomendações<br />

de juristas lusos ligados a sociedades<br />

de advogados. Mas não só! O Chambers<br />

and Partners também destaca os jovens<br />

advogados. Os "Up and coming", como são<br />

chamados, elegeu 15 profissionais portugueses<br />

como as "promessas" para este ano: Ana Sá<br />

Couto, da Uría Menéndez; Ana Sofia Silva, da<br />

Gonçalves Pereira, Castelo Branco (GPCB);<br />

Sofia Santos Machado, da Abreu Advogados; e<br />

Sónia Teixeira da Mota, da PLMJ, são as quatro<br />

jovens advogadas distinguidas para o sector<br />

dos mercados de capitais. Na versão securisation,<br />

é Paula Gomes Freire, da Vieira de<br />

Almeida, o destaque. Na área das Fusões e<br />

Aquisições, as referências vão para Bernardo<br />

Abreu, da Uría Menéndez; Miguel Urbano,<br />

PLMJ; Rui de Oliveira Neves, da Morais Leitão,<br />

Galvão Teles, Soares da Silva; e também Rita<br />

Marques, da Vieira de Almeida. Quanto à Resolução<br />

de conflitos, são distinguidos Ana Falcão<br />

Afonso, da Vieira de Almeida, João Maria Pimentel,<br />

da Uría Menéndez; Maria Raquel Moreira,<br />

da Serra Lopes, Cortes Martins & Associados;<br />

e Pedro Metello de Nápoles, da PLMJ. Na<br />

área de prática relativa a Private Equity destacase<br />

Teresa Simões, da GPCB. Em Projects, Ana<br />

Luís de Sousa, da Vieira de Almeida.<br />

Fique a conhecer as “estrelas” do direito em<br />

Portugal.


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Ranking escritórios de advogados de 2008 são…<br />

Confira as recomendações do directório britânico para Portugal<br />

Área do Direito 1.º Lugar 2.º Lugar 3.º Lugar 4.º Lugar Outros Notáveis<br />

DIREITO BANCÁRIO<br />

E FINANCEIRO<br />

>> Morais Leitão, Galvão Teles,<br />

Soares da Silva & Associados<br />

Advogados: Luís Branco e Filipe<br />

Lowndes Marques<br />

>> Vieira de Almeida & Associados<br />

Advogados: Vasco Vieira de<br />

Almeida, Pedro Cassiano Santos,<br />

Paulo de Barros Baptista e Paula<br />

Gomes Freire<br />

>> A.M. Pereira, S. Leal, O. Martins,<br />

Júdice & Associados (PLMJ)<br />

Advogados: Maria Castelos e Fernando<br />

Campos Ferreira<br />

>>António Frutuoso de Melo & Associados<br />

Sociedade De Advogados,<br />

RL<br />

Advogados: António Frutuoso de<br />

Melo<br />

>> Gonçalves Pereira, Castelo Branco<br />

& Associados<br />

Advogados: Maria João Ricou e<br />

Manuel Magalhães<br />

>>Abreu Advogados<br />

Advogados: Miguel Castro<br />

Pereira e Sofia Santos Machado<br />

>> Simmons & Simmons Rebelo de<br />

Sousa<br />

Advogados: William Smithson,<br />

Alexandra Maia Loureiro e Pedro<br />

Rebelo de Sousa<br />

>> ABBC - Azevedo Neves, Benjamim<br />

Mendes, Bessa Monteiro,<br />

Cardigos & Associados Sociedade<br />

de Advogados<br />

Advogados: Pedro Cardigos<br />

>> Serra Lopes, Cortes Martins &<br />

Associados<br />

Advogados: Alexandre Jardim<br />

>> António Payan Martins (Rui Pena,<br />

Arnaut & Associados-Sociedade<br />

De Advogados, RL); António<br />

de Macedo Vitorino<br />

(Macedo Vitorino & Associados);<br />

Fernando Ferreira Pinto (Ferreira<br />

Pinto & Associados); Diogo<br />

Leónidas Rocha (Garrigues Portugal<br />

SL's) e Jorge Santiago<br />

Neves (Barrocas Sarmento<br />

Neves)<br />

>> Linklaters<br />

Advogados: Pedro Siza Vieira<br />

>> Uría Menéndez<br />

Advogados: Francisco Sá<br />

Carneiro, Duarte Brito de Goes e<br />

Pedro Ferreira Malaquias<br />

MERCADO DE CAPITAIS<br />

>> A.M. Pereira, S. Leal, O. Martins,<br />

Júdice & Associados (PLMJ)<br />

Advogados: Jorge de Brito<br />

Pereira e Sónia Teixeira da Mota<br />

>> Linklaters<br />

Advogados: António Soares e Rita<br />

Oliveira Pinto<br />

>> Morais Leitão, Galvão Teles,<br />

Soares da Silva & Associados<br />

Advogados: Carlos Osório de<br />

Castro, João Soares da Silva e<br />

Filipe Lowndes Marques<br />

>> Garrigues Portugal SL<br />

Advogados: Diogo Leónidas<br />

Rocha e Marta Graça Rodrigues<br />

>> Gonçalves Pereira, Castelo Branco<br />

& Associados<br />

Advogados: André Luiz Gomes,<br />

Maria João Ricou e Ana Sofia Silva<br />

>> Uría Menéndez<br />

Advogados: Carlos Costa Andrade,<br />

Ana Sá Couto e Pedro Ferreira<br />

Malaquias<br />

>> Abreu Advogados<br />

Advogados: Miguel Castro<br />

Pereira e Sofia Santos Machado<br />

>> Barrocas Sarmento Neves<br />

Advogados: João Nuno Barrocas<br />

>> Francisco Almeida (Arnaut & Associados);<br />

Pedro Cardigos dos<br />

Reis (ABBC) e António Mouteira<br />

Guerreiro (Mouteira Guerreiro,<br />

Rosa Amaral & Associados - Sociedade<br />

de Advogados)<br />

>> Vieira de Almeida & Associados<br />

Advogados: Pedro Cassiano Santos<br />

e Paula Gomes Freire<br />

MERCADO DE CAPITAIS:<br />

SECURITISATION<br />

>> Vieira de Almeida<br />

& Associados<br />

>> Linklaters<br />

>> Morais Leitão, Galvão Teles,<br />

Soares da Silva & Associados<br />

>> Simmons & Simmons Rebelo de<br />

Sousa<br />

Advogados: Alexandra Maia<br />

Loureiro e William Smithson<br />

>> Uría Menéndez<br />

COMPETITION/<br />

ANTITRUST<br />

>> A.M. Pereira, S. Leal, O. Martins,<br />

Júdice & Associados (PLMJ)<br />

Advogados: José Luís da Cruz Vilaça<br />

e Ricardo Oliveira<br />

>> Linklaters<br />

Advogados: Carlos Pinto Correia<br />

>> Marques Mendes & Associados<br />

Advogados: Mário Marques Mendes<br />

>> Morais Leitão, Galvão Teles,<br />

Soares da Silva & Associados<br />

Advogados: Carlos Botelho Moniz,<br />

Joaquim Vieira Peres e Margarida<br />

Rosado da Fonseca<br />

>> Gonçalves Pereira, Castelo Branco<br />

& Associados<br />

Advogados: Frederico Pereira<br />

Coutinho<br />

>> Simmons & Simmons Rebelo de<br />

Sousa<br />

Advogados: Gonçalo Anastácio<br />

>> Uría Menéndez<br />

Advogados: Joaquim Caimoto<br />

Duarte<br />

>> Abreu Advogados<br />

Advogados: Armando Martins<br />

Ferreira<br />

>> Garrigues Portugal SL<br />

Advogados: João Paulo Teixeira<br />

de Matos<br />

>> Serra Lopes, Cortes Martins &<br />

Associados<br />

Advogados: Miguel Pena Machete<br />

>> Vieira de Almeida & Associados<br />

Advogados: Nuno Ruiz<br />

PROJECTS<br />

>> Linklaters<br />

Advogados: Pedro Siza Vieira e<br />

Rita Ferreira dos Santos<br />

>> Morais Leitão, Galvão Teles,<br />

Soares da Silva & Associados<br />

Advogados: Luís Branco e Filipe<br />

Lowndes Marques<br />

>> A.M. Pereira, S. Leal, O. Martins,<br />

Júdice & Associados (PLMJ)<br />

Advogados: Maria Castelos<br />

>> Gonçalves Pereira, Castelo Branco<br />

& Associados<br />

Advogados: Diogo Perestrelo e<br />

Elsa Pizarro Pardal<br />

>> Barrocas Sarmento Neves<br />

Advogados: Jorge Santiago<br />

Neves, Albano Sarmento e Pedro<br />

Madeira de Brito<br />

>> Sérvulo Correia & Associados<br />

Advogados: Francisco Ferraz de<br />

Carvalho<br />

>> Vieira de Almeida & Associados<br />

Advogados: Manuel Protasio, Vanda<br />

Cascão, Paulo de Barros Baptista<br />

e Ana Luís de Sousa<br />

>> Uría Menéndez<br />

Advogados: Francisco Sá<br />

Carneiro e Duarte Brito de Goes


Área do Direito 1.º Lugar 2.º Lugar 3.º Lugar 4.º Lugar Outros Notáveis<br />

FUSÕES E AQUISIÇÕES<br />

>> A.M. Pereira, S. Leal, O. Martins,<br />

Júdice & Associados (PLMJ)<br />

Advogados: Luís Sáragga Leal,<br />

Gabriela Rodrigues Martins, Fernando<br />

Campos Ferreira, Maria<br />

Castelos, Dulce Franco, Vasco<br />

Marques Correia e Miguel Urbano<br />

>> Morais Leitão, Galvão Teles,<br />

Soares da Silva & Associados<br />

Advogados: Miguel Galvão Teles,<br />

Carlos Osório de Castro, João<br />

Soares da Silva, Nuno Galvão Teles,<br />

Segismundo Pinto Basto,<br />

Tomás Vaz Pinto e Rui de<br />

Oliveira Neves<br />

>> Vieira de Almeida & Associados<br />

Advogados: João Vieira de Almeida,<br />

Helena Vaz Pinto, Paulo Olavo<br />

Cunha e Rita Marques<br />

>> Gonçalves Pereira, Castelo Branco<br />

& Associados<br />

Advogados: Manuel Castelo<br />

Branco, Frederico Pereira<br />

Coutinho e Diogo Perestrelo<br />

>> Linklaters<br />

Advogados: Jorge Bleck e Marcos<br />

de Sousa Monteiro<br />

>> Uría Menéndez<br />

Advogados: Francisco Sá<br />

Carneiro, Duarte Vasconcelos,<br />

Francisco Brito e Abreu e<br />

Bernardo Abreu Mota<br />

>> Abreu Advogados<br />

Advogados: Miguel Teixeira de<br />

Abreu e Miguel de Avillez Pereira<br />

>> Serra Lopes, Cortes Martins &<br />

Associados<br />

Advogados: Luís Miguel Cortes<br />

Martins<br />

>> Simmons & Simmons Rebelo de<br />

Sousa<br />

Advogados: Octávio Castelo<br />

Paulo e Pedro Rebelo de Sousa<br />

>> ABBC - Azevedo Neves, Benjamim<br />

Mendes, Bessa Monteiro,<br />

Cardigos & Associados Sociedade<br />

de Advogados<br />

Advogados: Pedro Cardigos dos<br />

Reis<br />

>> Abreu & Marques, Vinhas & Associados<br />

Advogados: Afonso Barroso,<br />

Jorge de Abreu e Luís Vinhas<br />

>> Barrocas Sarmento Neves<br />

Advogados: Manuel Barrocas<br />

>> Carlos Aguiar, Ferreira de Lima<br />

& Associados – Sociedade de Advogados,<br />

R.L<br />

Advogados: Carlos Aguiar<br />

>> F. Castelo Branco & Associados<br />

Advogados: Gonçalo da Cunha e<br />

Pedro Guimarães<br />

>> Rui Pena (Rui Pena, Arnaut &<br />

Associados); António Frutuoso de<br />

Melo (António Frutuoso de Melo<br />

& Associados Sociedade De Advogados)<br />

e António Raimundo<br />

(Albuquerque & Associados)<br />

>> Ferreira Pinto & Associados<br />

Advogados: Fernando Ferreira<br />

Pinto e António Teles<br />

>> Garrigues Portugal SL<br />

Advogados: Diogo Leónidas<br />

Rocha<br />

RESOLUÇÃO<br />

DE CONFLITOS<br />

>> A.M. Pereira, S. Leal, O. Martins,<br />

Júdice & Associados (PLMJ)<br />

Advogados: José Miguel Júdice,<br />

Nuno Líbano Monteiro, Paulo<br />

Farinha Alves e Pedro Metello de<br />

Nápoles<br />

>> Morais Leitão, Galvão Teles,<br />

Soares da Silva & Associados<br />

Advogados: Miguel Galvão Teles,<br />

António Pinto Leite, Rui Patrício<br />

e José Manuel Galvão Teles<br />

>> Gonçalves Pereira, Castelo Branco<br />

& Associados<br />

Advogados: Miguel Esperança Pina<br />

>> Linklaters<br />

Advogados: Miguel Cardoso<br />

>> Proença De Carvalho Advogados<br />

Advogados: Daniel Proença de<br />

Carvalho e Fernando Aguilar de<br />

Carvalho<br />

>> Serra Lopes, Cortes Martins &<br />

Associados<br />

Advogados: Luís Miguel Cortes<br />

Martins, António Serra Lopes e<br />

Maria Raquel Moreira<br />

>> Albuquerque & Associados<br />

Advogados: Francisco Colaço e<br />

Martim de Albuquerque<br />

>> Barrocas Sarmento Neves<br />

Advogados: Paulo Nogueira da<br />

Rocha e Carlos Soares<br />

>> Simmons & Simmons Rebelo de<br />

Sousa<br />

Advogados: João Caniço Gomes<br />

>> Vieira de Almeida & Associados<br />

Advogados: Frederico Gonçalves<br />

Pereira e Ana Falcão Afonso<br />

>> Abreu Advogados<br />

Advogados: Miguel Castro<br />

Pereira<br />

>> Alves Pereira Teixeira de Sousa<br />

& Associados<br />

Advogados: José Alves Pereira<br />

>> Ferreira Pinto & Associados<br />

Advogados: Fernando Ferreira<br />

Pinto<br />

>> Flamínio Roza, Pinto Duarte,<br />

Côrte-Real & Associados<br />

Advogados: José Côrte-Real<br />

>> Sérvulo Correia & Associados<br />

Advogados: Lino Torgal<br />

>> João de Macedo Vitorino (Macedo<br />

Vitorino & Associados); Augusto<br />

Lopes Cardoso (Augusto<br />

Lopes Cardoso e Associados) e<br />

Henrique Chaves (Chaves, Cruz<br />

Martins, Queiroz de Barros, Roquette<br />

& Associados)<br />

>> Uría Menéndez<br />

Advogados: Tito Arantes Fontes<br />

e Joao Maria Pimentel<br />

PRIVATE EQUITY<br />

>> A.M. Pereira, S. Leal, O. Martins,<br />

Júdice & Associados (PLMJ)<br />

Advogados: Maria Castelos<br />

>> Abreu Advogados<br />

Advogados: Miguel Teixeira de<br />

Abreu e Ana-Sofia Batista<br />

>> Gonçalves Pereira, Castelo Branco<br />

& Associados<br />

Advogados: Diogo Perestrelo e<br />

Teresa Simões<br />

>> Morais Leitão, Galvão Teles,<br />

Soares da Silva & Associados<br />

Advogados: Tomás Vaz Pinto e<br />

Filipe Lowndes Marques<br />

>> Linklaters<br />

Advogados: Jorge Bleck e Marcos<br />

de Sousa Monteiro<br />

>> Uría Menéndez<br />

Advogados: Francisco Brito e<br />

Abreu<br />

>> Serra Lopes, Cortes Martins &<br />

Associados<br />

Advogados: Luís Miguel Cortes<br />

Martins e Rafael Lucas Pires<br />

>> Vieira de Almeida<br />

& Associados<br />

Advogados: Helena Vaz Pinto<br />

IMPOSTOS<br />

>> A.M. Pereira, S. Leal, O. Martins,<br />

Júdice & Associados<br />

Advogados: Rogério Fernandes<br />

Ferreira e Diogo Leite Campos<br />

>> Morais Leitão, Galvão Teles,<br />

Soares da Silva & Associados<br />

Advogados: Francisco de Sousa<br />

da Câmara e António Lobo<br />

Xavier<br />

>> Garrigues Portugal SL<br />

Advogados: Fernando Castro Silva<br />

>> Gonçalves Pereira, Castelo Branco<br />

& Associados<br />

Advogados: Diogo Ortigão Ramos<br />

>> Abreu Advogados<br />

Advogados: Miguel Teixeira de<br />

Abreu<br />

>> Uría Menéndez<br />

Advogados: Filipe Romão<br />

>> Rui Barreira (escritório Rui Barreira,<br />

Magalhães Correia, Teresa<br />

Carregueiro e Gorjão Henriques);<br />

Manuel Anselmo Torres (Galhardo<br />

Vilão, Torres - Sociedade de<br />

Advogados); Tiago Caiado Guerreiro<br />

(Franco Caiado Guerreiro &<br />

Associados); João Espanha (Espanha<br />

e Associados) e Isabel Garcia<br />

(Serra Lopes, Cortes Martins<br />

& Associados)<br />

>> FONTE: GLOBAL CHAMBERS 2008<br />

Uma ferramenta útil<br />

>> Desde Abril de 2007 que está ‘online’ o directório Advogado na Hora<br />

que disponibiliza informação sobre os advogados portugueses que<br />

queiram que os seus dados profissionais sejam públicos. Através do advogado<br />

na Hora pode saber quais são os advogados ou sociedades especialistas<br />

em determinada área do direito. www.advogadonahora.pt


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