O texto como objecto empÃrico: consequências e desafios para a ...
O texto como objecto empÃrico: consequências e desafios para a ...
O texto como objecto empÃrico: consequências e desafios para a ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Linguística da Universidade Nova de Lisboa (CLUNL); a investigação em causa foi apresentada<br />
oralmente no âmbito do 15º InPLA (cf. COUTINHO et al. 2005), estando em pre<strong>para</strong>ção a respectiva<br />
publicação.<br />
11 É o que se passa com a (pequena) fotografia que corrobora o nome do colunista, em <strong>texto</strong>s de<br />
opinião, mas pode ser também o caso das fotografias de pessoas entrevistadas, de <strong>objecto</strong>s,<br />
pessoas ou locais tematizados, em notícia ou reportagem, ou ainda o da reprodução de pormenores<br />
(de cenas, de artistas, de capas de DVDs, etc.), em secções de programação e/ou de crítica<br />
televisiva e cultural. Em casos <strong>como</strong> estes, a imagem desempenha sobretudo uma função – dialógica<br />
– de facilitação de leitura (reconhecimento/identificação de determinada figura, quebra no trabalho de<br />
leitura, amenização da mancha da página, etc.).<br />
12 Em Portugal não se observa a distinção estabelecida no Brasil entre cartoon e charge.<br />
13 Cartoon de Luís Afonso, publicado no jornal Público, 8 de Fevereiro de 2004.<br />
14 Cartoon de Luís Afonso, Pública (suplemento dominical do jornal Público), 24 de Julho de 2005.<br />
15 Em Coutinho (2002), foi analisada a forma anafórica em ocorrência: o facto de a ausência de<br />
antecedente linguisticamente expresso não ser sentida <strong>como</strong> irregular é, evidentemente, um<br />
consequência associada às características do género em análise.<br />
16<br />
De acordo com a concepção de Ducrot, a negação polémica distingue-se da negação<br />
metalinguística: a primeira opõe-se a um ponto de vista (posto em cena por um enunciador) que pode<br />
não corresponder a um discurso efectivo, ao passo que a segunda se opõe a um discurso produzido;<br />
uma e outra distinguem-se da negação descritiva. Cf. Ducrot (1984, p. 216-218).<br />
Referências<br />
ADAM, J.-M. Linguistique Textuelle. Des genres de discours aux textes. Paris:<br />
Nathan, 1999.<br />
BAKHTINE, M. Esthétique de la création verbale, Paris: Gallimard, 1984.<br />
BEAUGRANDE, R. de. Text, Discourse and Process. Toward a multidisciplinary<br />
science of texts. London: Longman, 1980.<br />
BEAUGRANDE, R. & DRESSLER, W. Introduction to textlinguistics. London:<br />
Longman, 1981.<br />
BERNÁRDEZ, E. Teoría y epistemología del <strong>texto</strong>. Madrid: Ediciones Cátedra, 1995<br />
BRONCKART, J.-P. Les genres de textes et leur contribution au développement<br />
psychologique. Langages, nº153, 2004a. p. 98-108.<br />
BRONCKART, J.-P. Le langage comme agir et l'analyse des discours. In<br />
BRONCKART, J.-P. et Groupe LAF (eds). Agir et discours en situation de travail.<br />
Cahier de la Section des Sciences de l'Education nº 103, 2004b. p. 67-87.<br />
BRONCKART, J.-P. Activité langagière, textes et discours. Pour un interactionisme<br />
socio-discursif. Lausanne: Delachaux et Niestlé, 1997 (trad. portuguesa: Atividade de<br />
linguagem, <strong>texto</strong>s e discursos: por um interacionismo sócio-discursivo. São Paulo:<br />
EDUC, 1999. Tradução de Anna Rachel Machado).<br />
COUTINHO, M. A. Para uma linguística dos géneros de <strong>texto</strong>. Diacrítica 19/1. 2005.<br />
p. 73-88.<br />
COUTINHO, M. A. A ordem do expor em géneros académicos do português europeu<br />
contemporâneo. Calidoscópio 2 (2), São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos<br />
Sinos, 2004. p. 9-15.<br />
COUTINHO, M. A. Texto(s) e competência textual. Lisboa, FCG / FCT. 2003.<br />
COUTINHO, M.A. Textos exemplares – ou os desastres da teoria. Actas do XVII<br />
Encontro da Associação Portuguesa de Linguística. Lisboa: APL, 2002. pp. 139-148.