Transformar ideias em arte e a arte em negócio - Fundação de ...
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A1<br />
Tirag<strong>em</strong>: 59760<br />
País: Portugal<br />
Pág: 10<br />
Cores: Cor<br />
ID: 23892143<br />
Debate na Fundação <strong>de</strong> Serralves<br />
19-02-2009 | P2<br />
Period.: Diária<br />
Âmbito: Informação Geral<br />
<strong>Transformar</strong> <strong>i<strong>de</strong>ias</strong> <strong>em</strong> <strong>arte</strong><br />
e a <strong>arte</strong> <strong>em</strong> negócio<br />
Área: 29,18 x 33,64 cm²<br />
Corte: 1 <strong>de</strong> 3<br />
Os <strong>de</strong>z projectos seleccionados para o I Prémio Nacional <strong>de</strong> Indústrias Criativas foram<br />
<strong>de</strong>safiados a transformar<strong>em</strong> <strong>i<strong>de</strong>ias</strong> <strong>em</strong> negócios geradores <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego e riqueza<br />
Sérgio C. Andra<strong>de</strong><br />
a As indústrias criativas estão na<br />
ord<strong>em</strong> do dia. É verda<strong>de</strong> que a<br />
necessida<strong>de</strong> (leia-se: a crise) aguça<br />
a <strong>de</strong>terminação <strong>em</strong> procurar novas<br />
fontes <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> riqueza. E<br />
Portugal parece querer encontrar<br />
<strong>de</strong> vez o seu lugar no novo comboio<br />
do “<strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dorismo”, o<br />
conceito que entrou já no glossário<br />
político e económico.<br />
É disso que se vai falar, hoje e<br />
amanhã, na Fundação <strong>de</strong> Serralves,<br />
no Porto, instituição que no ano<br />
passado lançou uma incubadora<br />
<strong>de</strong> <strong>arte</strong>s e que t<strong>em</strong> vindo a apostar<br />
também nesta área. Os Encontros<br />
para a Competitivida<strong>de</strong>, iniciativa<br />
regular do IAPMEI (Instituto<br />
<strong>de</strong> Apoio às Pequenas e Médias<br />
Empresas e ao Investimento), são<br />
este ano <strong>de</strong>dicados às indústrias<br />
criativas, com uma série <strong>de</strong><br />
convidados que irá <strong>de</strong>bater t<strong>em</strong>as<br />
como as parcerias para a inovação,<br />
o financiamento e os lugares<br />
criativos.<br />
Ainda que não façam p<strong>arte</strong><br />
do programa, sobre as mesas <strong>de</strong><br />
trabalho vão certamente estar<br />
os <strong>de</strong>z projectos que, no final<br />
<strong>de</strong> Janeiro, foram seleccionados<br />
para passar<strong>em</strong> à segunda<br />
fase do I Prémio Nacional <strong>de</strong><br />
Indústrias Criativas. Os finalistas<br />
foram escolhidos a partir <strong>de</strong><br />
171 candidaturas, número que<br />
Dez projectos criativos<br />
“ultrapassou as expectativas”<br />
do júri representando as<br />
duas instituições principais<br />
patrocinadoras do prémio,<br />
Serralves e a Unicer.<br />
Jorge Pinho <strong>de</strong> Sousa, professor<br />
<strong>de</strong> Gestão na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Engenharia do Porto, e m<strong>em</strong>bro do<br />
júri <strong>em</strong> representação <strong>de</strong> Serralves,<br />
recorda que, no ano passado, para<br />
a incubadora <strong>de</strong> <strong>arte</strong>s da fundação<br />
se apresentaram apenas 80<br />
candidatos. “Aqui estamos a falar<br />
<strong>de</strong> negócio, e não <strong>de</strong> um concurso<br />
<strong>de</strong> artistas”, nota este especialista,<br />
acrescentando que no concurso<br />
das indústrias criativas surgiram<br />
projectos e <strong>i<strong>de</strong>ias</strong> “<strong>em</strong> diferentes<br />
estados <strong>de</strong> maturação”, alguns dos<br />
quais <strong>de</strong> pessoas já instaladas no<br />
mercado.<br />
Olhando para a lista dos <strong>de</strong>z<br />
projectos seleccionados, ressalta<br />
a presença maioritária do <strong>de</strong>sign.<br />
Jorge Pinho <strong>de</strong> Sousa lê nisto “um<br />
sinal do défice que Portugal ainda<br />
apresenta neste sector”, on<strong>de</strong> há<br />
gente “com muitas <strong>i<strong>de</strong>ias</strong>”, mas<br />
com <strong>de</strong>ficiente formação (e pouca<br />
ousadia) nas novas tecnologias e no<br />
multimédia, que faz<strong>em</strong> a força, por<br />
ex<strong>em</strong>plo, da Inglaterra, o país que<br />
mais t<strong>em</strong> avançado nas indústrias<br />
criativas.<br />
A presença maioritária do <strong>de</strong>sign<br />
e da arquitectura (respectivamente<br />
com 32 e 16 projectos na lista<br />
inicial <strong>de</strong> candidaturas) é também<br />
o reflexo do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego que<br />
afecta os jovens recém-formados<br />
nessas áreas – “e que vê<strong>em</strong> neste<br />
concurso uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
acesso ao <strong>em</strong>prego”, diz Pinho <strong>de</strong><br />
Sousa, que acredita na “enorme<br />
potencialida<strong>de</strong>” das indústrias<br />
cCriativas.<br />
Os <strong>de</strong>z candidatos (ver texto<br />
nestas páginas) são agora<br />
convidados a elaborar, até Abril,<br />
com o apoio dos parceiros do<br />
concurso, um plano <strong>de</strong> negócios<br />
com os seus projectos. No final <strong>de</strong><br />
Maio, será anunciado o vencedor,<br />
que terá direito a um prémio<br />
pecuniário <strong>de</strong> 25 mil euros e a<br />
entrar na Incubadora <strong>de</strong> Arte <strong>de</strong><br />
Serralves.<br />
Móveis<br />
<strong>de</strong>scartáveis<br />
A imag<strong>em</strong> das peças<br />
po<strong>de</strong> motivar alguma<br />
<strong>de</strong>sconfiança, mas<br />
Carlos Costa, professor <strong>de</strong><br />
Educação Visual <strong>em</strong> Esposen<strong>de</strong>,<br />
garante a fiabilida<strong>de</strong> das suas<br />
ca<strong>de</strong>iras e bancos <strong>de</strong> cartão,<br />
ex<strong>em</strong>plificando com o uso que<br />
<strong>de</strong>les faz <strong>em</strong> casa com os seus<br />
filhos. O cartão <strong>de</strong> dupla canelura,<br />
com uma prensag<strong>em</strong> feita <strong>de</strong><br />
modo científico, assegura a<br />
resistência <strong>de</strong>ste mobiliário<br />
<strong>de</strong>scartável, cuja patente já foi<br />
registada pelo autor. “Frank<br />
Gehry já <strong>de</strong>senhou peças com este<br />
material, que custam 2.500 euros”,<br />
diz Carlos Costa. Mas este promete,<br />
se o seu projecto tiver condições<br />
para singrar, colocar “bancos<br />
<strong>de</strong>scartáveis” nos supermercados<br />
a... dois euros.<br />
Há Coisas do Cartão<br />
Design<br />
Carlos Costa – Porto<br />
Arte do graffiti<br />
Mr. Dheo é o alter ego <strong>de</strong> André<br />
Cunha, um <strong>de</strong>signer <strong>de</strong> Gaia com<br />
uma atracção precoce e compulsiva<br />
pelo <strong>de</strong>senho. Autodidacta, Mr.<br />
Dheo vê a <strong>arte</strong> como um mundo<br />
“on<strong>de</strong> não pod<strong>em</strong> n<strong>em</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />
existir regras n<strong>em</strong> limites”. Para<br />
este concurso, apresenta um<br />
projecto ancorado nos graffiti<br />
e na street art, activida<strong>de</strong>s<br />
para que reivindica o estatuto<br />
<strong>de</strong> <strong>arte</strong>, prevendo-lhe um mercado<br />
crescente a nível profissional. O<br />
projecto Alter.Ego oferece três<br />
serviços a partir da utilização<br />
<strong>de</strong> sprays <strong>de</strong> aerosol, para dar<br />
vida nova a espaços comerciais<br />
e particulares, à publicida<strong>de</strong>,<br />
mas também à revitalização <strong>de</strong><br />
áreas públicas <strong>de</strong>gradadas ou<br />
vandalizadas, <strong>em</strong> parceria com<br />
autarquias.<br />
Alter.Ego<br />
Artes Visuais<br />
Mr. Dheo – Vila Nova <strong>de</strong> Gaia<br />
Concertos no mercado<br />
A transformação do Mercado<br />
Ferreira Borges, no Porto, no<br />
futuro Hard Club (que se transfere<br />
da outra marg<strong>em</strong> do Douro) é<br />
um processo que está<br />
já a fazer o seu<br />
caminho. O projecto<br />
está à espera do<br />
licenciamento<br />
da <strong>em</strong>presa<br />
municipal Porto<br />
Vivo, e o grupo<br />
<strong>de</strong> cinco músicos<br />
e <strong>em</strong>presários (que<br />
inclui Calú, baterista<br />
dos Xutos & Pontapés)<br />
espera po<strong>de</strong>r pô-lo <strong>em</strong><br />
marcha até final do ano. O<br />
conceito é transformar o mercado<br />
centenário numa sala <strong>de</strong> concertos,<br />
livraria-discoteca, estúdio <strong>de</strong><br />
gravação, restaurante-cafetaria e<br />
ainda espaço vocacionado para<br />
crianças. É um programa que se<br />
“a<strong>de</strong>qua ao espírito das indústrias<br />
criativas”, diz Paulo Ponte, um<br />
dos responsáveis, que espera que<br />
esta candidatura possa resultar<br />
na recolha <strong>de</strong> novas sugestões e<br />
contribuições que valoriz<strong>em</strong> o<br />
projecto.<br />
Hard Club<br />
Animação cultural<br />
Colectivo – Porto<br />
Casar <strong>arte</strong> e <strong>de</strong>sign<br />
Um ex-jornalista da RTP com<br />
formação <strong>em</strong> Ciências da<br />
Comunicação <strong>de</strong>cidiu mudar <strong>de</strong><br />
vida <strong>em</strong> 2006. Aventurou-se como<br />
<strong>em</strong>presário individual na área do<br />
<strong>de</strong>sign e encontrou,<br />
“absolutamente<br />
por acaso”,<br />
nos tapetes <strong>de</strong><br />
Arraiolos a<br />
inspiração<br />
e a matériaprima<br />
para um<br />
novo negócio:<br />
utilizar a lã e<br />
o imaginário <strong>de</strong>sta<br />
terra alentejana, que lhe<br />
interessa sobretudo “como<br />
símbolo da cultura portuguesa”,<br />
para <strong>de</strong>corar ou re<strong>de</strong>senhar peças<br />
<strong>de</strong> mobiliário. João Bruno Vi<strong>de</strong>ira<br />
t<strong>em</strong> as suas criações já distribuídas<br />
<strong>em</strong> lojas <strong>de</strong> Évora, Algarve, Lisboa<br />
e Famalicão, e espera agora po<strong>de</strong>r<br />
saltar além-fronteiras com esta<br />
sua aposta no “casamento do<br />
<strong>arte</strong>sanato com o <strong>de</strong>sign”.<br />
Água <strong>de</strong> Prata<br />
Design<br />
João Bruno Vi<strong>de</strong>ira – Évora<br />
Reinventar as pare<strong>de</strong>s<br />
Os clientes <strong>de</strong> alguns dos<br />
ultimamente muito falados<br />
hostels <strong>de</strong> Lisboa, como o Lisbon<br />
Lounge ou o Easy, já conhec<strong>em</strong><br />
o trabalho <strong>de</strong>ste colectivo <strong>de</strong><br />
cinco jovens <strong>de</strong>signers, que<br />
foram buscar ao “Rei” do futebol<br />
português a inspiração para<br />
o nome da <strong>em</strong>presa. Os seus<br />
<strong>de</strong>senhos <strong>de</strong>coram as suas pare<strong>de</strong>s,<br />
aumentando a sensação <strong>de</strong> espaço<br />
através da técnica <strong>de</strong> trompe-l’oeil.<br />
Mas não se trata aqui <strong>de</strong> instalar<br />
o tradicional papel <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>, ou<br />
vinil, explica Andreia Almeida.<br />
É antes “uma técnica <strong>de</strong> quase<br />
impressão” <strong>de</strong> imagens criadoras<br />
<strong>de</strong> situações tridimensionais <strong>em</strong><br />
espaços bidimensionais. Este<br />
trabalho, arrojado e criativo, já foi<br />
t<strong>em</strong>a <strong>de</strong> uma exposição na Casa-<br />
Museu Dr. Anastácio Gonçalves, <strong>em</strong><br />
Lisboa.<br />
The Wallprinters<br />
Design<br />
Vivóeusébio – Lisboa
Tirag<strong>em</strong>: 59760<br />
Pág: 11<br />
País: Portugal<br />
Cores: Cor<br />
Period.: Diária<br />
Área: 29,32 x 37,94 cm²<br />
ID: 23892143<br />
19-02-2009 | P2<br />
Âmbito: Informação Geral<br />
Corte: 2 <strong>de</strong> 3<br />
A filigrana<br />
do <strong>arte</strong>sanato<br />
português,<br />
dos lenços <strong>de</strong><br />
Viana ao galo<br />
<strong>de</strong> Barcelos;<br />
instrumentos<br />
musicais<br />
pensados<br />
como joalharia<br />
personalizada;<br />
e bancos fáceis<br />
<strong>de</strong> montar<br />
- algumas<br />
<strong>i<strong>de</strong>ias</strong> para<br />
transformar<br />
a <strong>arte</strong> <strong>em</strong><br />
negócio<br />
Imaginário português<br />
Dois <strong>de</strong>signers formados <strong>em</strong> Milão<br />
acreditam que há ainda muito a<br />
conquistar para o têxtil português,<br />
apesar da crise do sector. A<br />
solução passa pela inovação no<br />
<strong>de</strong>sign, pois claro, mas também<br />
pela recuperação do imaginário<br />
português, recorrendo à tradição<br />
do <strong>arte</strong>sanato, por ex<strong>em</strong>plo. É<br />
nisso que aposta Ana Heleno (a<br />
<strong>de</strong>signação Anabanana foi buscá-la<br />
ao seu petit nom <strong>de</strong> criança), que<br />
está a lançar uma nova colecção <strong>de</strong><br />
têxtil-lar, fundada <strong>em</strong> dois<br />
conceitos: Emotional<br />
Design e Good Karma.<br />
Quer dizer, apostar nas<br />
<strong>em</strong>oções associadas<br />
a alguns símbolos<br />
da nossa cultura (os<br />
lenços <strong>de</strong> Viana, o<br />
galo <strong>de</strong> Barcelos...),<br />
mas usá-los também<br />
com uma vertente<br />
social, junto <strong>de</strong><br />
instituições <strong>de</strong><br />
assistência a idosos<br />
e <strong>de</strong>ficientes, entre<br />
outros.<br />
Anabanana<br />
Design<br />
Ana Heleno/Simão<br />
Gibellino – Fátima<br />
Recortes<br />
s<strong>em</strong> pregos<br />
O Valchromat é um material <strong>de</strong><br />
mobiliário mais sofisticado do<br />
que o MDF, pela sua superior<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e resistência mecânica.<br />
É com ele que Mariana Silva,<br />
uma <strong>de</strong>signer <strong>de</strong> equipamento<br />
que trabalha <strong>em</strong> part-time numa<br />
<strong>em</strong>presa <strong>de</strong> mobiliário, quer<br />
criar o projecto Recortes. “Gosto<br />
<strong>de</strong> experimentar coisas novas e<br />
produtos mais exigentes”, diz a<br />
autora do projecto, que apresenta<br />
como principal mais-valia o facto<br />
<strong>de</strong> dispensar pregos, parafusos,<br />
cola ou ferragens. O Valchromat<br />
molda-se com facilida<strong>de</strong> ao figurino<br />
<strong>de</strong>sejado: bancos, ca<strong>de</strong>iras e<br />
outras peças <strong>de</strong> uso doméstico,<br />
com a particularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se po<strong>de</strong>r<br />
escolher entre oito cores, e <strong>de</strong><br />
não exigir acabamentos especiais.<br />
Mariana Silva espera que o<br />
concurso a aju<strong>de</strong> a<br />
transformar esta sua<br />
“i<strong>de</strong>ia <strong>em</strong> negócio”.<br />
Recortes<br />
Design<br />
Mariana Silva<br />
– Leiria<br />
Sabores<br />
puros e<br />
antigos<br />
Café e chocolate feito com<br />
cacau <strong>de</strong> S. Tomé, biscoitos<br />
típicos do Alentejo e licores<br />
também regionais são<br />
alguns dos produtos que<br />
se pod<strong>em</strong> encontrar na<br />
loja Boa Boca Gourmet,<br />
<strong>em</strong> Évora. É a aventura <strong>de</strong><br />
um casal – ela engenheira<br />
agrária, ele <strong>de</strong>signer<br />
–, que <strong>de</strong>cidiu juntar<br />
as suas competências<br />
específicas na selecção<br />
e comercialização <strong>de</strong><br />
produtos alimentares<br />
portugueses <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
superior e na sua<br />
apresentação com um<br />
<strong>de</strong>sign cuidado e atraente.<br />
“Não quer<strong>em</strong>os inventar<br />
n<strong>em</strong> mudar nada, apenas<br />
quer<strong>em</strong>os recuperar os<br />
sabores puros e antigos<br />
da nossa gastronomia”,<br />
diz Inês Varejão. A micro-<strong>em</strong>presa<br />
existe <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004 e venceu o<br />
Prémio Red Dot Design no ano<br />
passado, <strong>em</strong> Essen, na Al<strong>em</strong>anha.<br />
Boa Boca Gourmet<br />
Gastronomia<br />
Inês Varejão/António Pelicarpo<br />
– Évora<br />
Instrumentos<br />
personalizados<br />
O projecto nasceu <strong>em</strong> 2004, na<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia do Porto,<br />
que Júlio Martins frequentava:<br />
utilizar materiais compósitos,<br />
nomeadamente a fibra <strong>de</strong> carbono<br />
usada na aeronáutica e nos<br />
protótipos da Fórmula 1, para<br />
construir instrumentos musicais<br />
e outros produtos ligados às<br />
<strong>arte</strong>s. O trabalho da dupla Júlio<br />
Martins/João Petiz já <strong>de</strong>u orig<strong>em</strong> a<br />
protótipos na área do mobiliário (a<br />
linha <strong>de</strong> alta gama Boca do Lobo,<br />
por ex<strong>em</strong>plo), joalharia, <strong>de</strong>sporto<br />
e outros bens <strong>de</strong> consumo. Mas é<br />
nos instrumentos musicais<br />
“personalizados” que<br />
os dois engenheiros<br />
quer<strong>em</strong> agora apostar.<br />
E porque se i<strong>de</strong>ntificam<br />
com “o espírito das<br />
indústrias criativas”, diz<br />
Júlio Martins, <strong>de</strong>cidiram<br />
arriscar e propor a<br />
sua I<strong>de</strong>ia.M, Lda. a<br />
concurso.<br />
I<strong>de</strong>ia.M, Lda.<br />
Música<br />
Júlio Martins/João<br />
Petiz – Porto<br />
Da <strong>arte</strong><br />
cont<strong>em</strong>porânea<br />
aos manequins<br />
Este projecto <strong>de</strong> cinco jovens<br />
formados <strong>em</strong> escolas <strong>de</strong><br />
conservação e restauro nasceu,<br />
no ano passado, na Incubadora<br />
<strong>de</strong> Arte <strong>de</strong> Serralves. Pedro Rui<br />
Pardinhas explica que o alvo<br />
prioritário do grupo é a <strong>arte</strong><br />
mo<strong>de</strong>rna e cont<strong>em</strong>porânea.<br />
“Tratamos do restauro e<br />
conservação <strong>de</strong> obras pertencentes<br />
a acervos <strong>de</strong> museus, mas também<br />
<strong>de</strong> colecções privadas”, diz,<br />
ex<strong>em</strong>plificando com trabalhos já<br />
realizados nos museus da Bienal<br />
<strong>de</strong> Cerveira, Marítimo <strong>de</strong> Ílhavo<br />
e Municipal <strong>de</strong> Penafiel. Obras<br />
digitais <strong>em</strong> formatos ví<strong>de</strong>o, áudio<br />
e multimédia, ou maquetas <strong>de</strong><br />
arquitectura, serão também<br />
objecto da sua atenção. Como<br />
o serão, s<strong>em</strong> discriminação,<br />
manequins <strong>de</strong> montras <strong>de</strong> lojas<br />
comerciais. S<strong>em</strong>pre com a<br />
expectativa <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r utilizar os<br />
equipamentos mais sofisticados<br />
nesta área.<br />
20/21, Conservação e Restauro<br />
Património<br />
Colectivo – Porto
Tirag<strong>em</strong>: 59760<br />
Pág: 20<br />
País: Portugal<br />
Cores: Cor<br />
Period.: Diária<br />
Área: 5,29 x 9,52 cm²<br />
ID: 23892143<br />
19-02-2009 | P2<br />
Âmbito: Informação Geral<br />
Corte: 3 <strong>de</strong> 3<br />
Dez projectos<br />
para transformar<br />
a <strong>arte</strong> <strong>em</strong> negócio<br />
Pág. 10/11