HU 60.pmd - Hospital Universitário – USP
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Novembro/ 2011<br />
2<br />
Arte no <strong>Hospital</strong><br />
que o usuário facilmente consegue localizar o<br />
setor por esse elemento”, disse o professor Issao.<br />
Além dos painéis, uma escultura doada ao hospital<br />
pelo artista plástico Caciporé de Sá Coutinho de<br />
Lamare Torres foi instalada no saguão de<br />
exposições no andar da superintendência.<br />
Caciporé é o escultor com maior número de<br />
obras em espaços públicos do Brasil.<br />
Durante a cerimônia, que antecedeu a assinatura<br />
das obras, a superintendente professora doutora<br />
Sandra Grisi lembrou “que antigamente os<br />
ambientes hospitalares deviam expressar a<br />
austeridade no tratamento das doenças e<br />
condições de extrema limpeza. Com o avanço do<br />
conhecimento e das inovações científicas o<br />
conceito de ambiente hospitalar mudou. A<br />
assepsia e os procedimentos padrões devem<br />
garantir a segurança do ambiente, enquanto a<br />
arquitetura e as artes passaram ser chamadas<br />
para proporcionar espaços que ajudem a restaurar<br />
o equilíbrio emocional, combater o estresse,<br />
encorajar usuários e motivar profissionais do<br />
hospital, criando um ambiente acolhedor.<br />
Enfim, um ambiente restaurador que reduza a<br />
fadiga cognitiva, que promova o relaxamento e<br />
ative os sentidos. E para isso precisamos da arte<br />
no hospital. Quando as manifestações artísticas<br />
acontecem em hospitais, humanizam o ambiente<br />
e promovem o bem-estar de pacientes e<br />
daqueles que trabalham com doenças.<br />
Pretendemos, ainda, criar um espaço<br />
para exposições permanentes no hall de<br />
entrada do hospital, no terceiro andar”.<br />
Nesse momento, o professor Issao<br />
aproveitou a oportunidade para lançar a<br />
ideia de realizar no <strong>HU</strong> uma exposição<br />
do G-11, um consolidado grupo de<br />
artistas que possuem mais de 40 anos<br />
de história ligados às artes.<br />
O professor doutor Cláudio Tozzi<br />
contribuiu com uma obra abstrata na cor<br />
vermelha, com sobreposições e sombras,<br />
que na sua visão remete ao corpo<br />
humano. Baseado no construtivismo, a obra sofreu<br />
influência da utilidade no ambiente e do espaço a<br />
que seria destinada. “Uma obra de arte serve para<br />
amenizar a tensão que existe num ambiente<br />
hospitalar, mesmo que inconscientemente”, diz o<br />
professor doutor Takashi Hukusima.<br />
Gracinda Pedroso, do Butantã, que<br />
acompanhava o marido Antonio Lopes, há 20<br />
anos tratando no hospital, comentou que o <strong>HU</strong><br />
“deu uma boa melhorada. Está bem diferente,<br />
mais moderno, alegre e aconchegante”. Maria<br />
do Carmo Silva, filha do jardineiro aposentado<br />
da <strong>USP</strong>, Antonio Honório da Silva, concorda com<br />
Gracinda. Ao lado do pai, ela disse que antes o<br />
ambiente era triste. “Agora, com essas cores<br />
vibrantes é bom, levanta o astral.”<br />
Giseli Ortoli, funcionária do Instituto de<br />
Biociências, também gostou. “Ficou alegre, faz<br />
parte das mudanças, já estava na hora de mudar<br />
o ambiente. É saudável para quem trabalha e<br />
frequenta o local.” Paulo Afonso e Jucilene Reis<br />
Moreira, funcionários da ala azul do Ambulatório,<br />
também deram parecer favorável à revitalização.<br />
Para eles, o ambiente ficou muito agradável, com<br />
balcão da mesma cor. “Dá uma animada, ficamos<br />
mais estimulados e as pessoas se sentem<br />
melhor”, diz Jucilene.<br />
“Com certeza, todos se beneficiaram com a<br />
revitalização, o ambiente está mais vivo,<br />
agradável, alegre e acolhedor. Para os<br />
funcionários, a troca dos balcões, que tem um<br />
design mais limpo e moderno, trará melhores<br />
condições de trabalho. E, dentro do programa de<br />
humanização do atendimento, o paciente passará<br />
a ser atendido sentado e não mais em pé nos<br />
guichês. A revitalização com certeza valoriza cada<br />
profissional que trabalha ali, proporcionando<br />
melhores condições de desenvolver suas<br />
atividades, seja médico, enfermeira ou funcionário<br />
administrativo”, diz a doutora Lucy.