A Globalização e os PaÃses do Atual Continente Africano
A Globalização e os PaÃses do Atual Continente Africano
A Globalização e os PaÃses do Atual Continente Africano
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
3,5%, suazis 2%, nedebeles 2%, vendas 2%), europeus 12% (holandeses, alemães,<br />
franceses, ingleses), eurafrican<strong>os</strong> 13%, indian<strong>os</strong> 3%, outr<strong>os</strong> 2% (1996).<br />
IDIOMAS: africâner, inglês, sepédi, sessoto, setsuana (oficiais, entre outr<strong>os</strong>).<br />
RELIGIÕES: cristianismo 83,1% (independentes 45,8%, protestantes 30,7%, outr<strong>os</strong><br />
20,2% e dupla filiação 13,6%), crenças tradicionais 8,4%, outras 6%, sem religião e ateísmo<br />
2,6% (2000).<br />
GOVERNO: República presidencialista. Constituição: 1997. MOEDA: rande<br />
4<br />
ANGOLA<br />
Ex-colônia portuguesa, Angola viveu em guerra durante 40 an<strong>os</strong> e teve mais de um<br />
milhão de mort<strong>os</strong>. Primeiro foi à luta pela independência, desde 1961. Em 1975 começa a<br />
guerra civil, cujo acor<strong>do</strong> de paz só ocorre em 2002, depois de várias tentativas fracassadas. A<br />
economia, baseada na exploração de petróleo (mais de 60% <strong>do</strong> (PIB) Produto Interno Bruto) e<br />
de diamantes, fica seriamente prejudicada, com a destruição da infra-estrutura e o perigo de<br />
milhões de minas terrestres. O país apresenta baix<strong>os</strong> indica<strong>do</strong>res sociais: <strong>os</strong> angolan<strong>os</strong> vivem<br />
em média 46 an<strong>os</strong> e mais da metade não é alfabetizada. Terra de origem da maioria d<strong>os</strong><br />
african<strong>os</strong> trazid<strong>os</strong> para o Brasil, Angola situa-se no su<strong>do</strong>este da África. O relevo, baixo no<br />
litoral, eleva-se até atingir a altitude média de 1,2 mil metr<strong>os</strong> na região central. A vegetação<br />
pre<strong>do</strong>minante é a savana, que cobre cerca de 60% <strong>do</strong> território.<br />
As décadas de guerra deixaram uma difícil herança em Angola que, com as perspectivas<br />
atuais de paz, começa a ser enfrentada. O Produto Interno Bruto (PIB) cai de maneira<br />
considerável entre 1996 e 1999. Agora, a perspectiva de pacificação reduz a pressão para<br />
gast<strong>os</strong> militares, mas traz um custo para a incorporação à vida nacional d<strong>os</strong> milhares de<br />
integrantes da Unita. Os investi<strong>do</strong>res extern<strong>os</strong> reagem com otimismo e prevêem que a<br />
produção de petróleo cru, <strong>do</strong>bre n<strong>os</strong> próxim<strong>os</strong> cinco an<strong>os</strong>. Mesmo com o conflito, Angola se<br />
manteve como o segun<strong>do</strong> principal produtor de petróleo na África Negra. Os entendiment<strong>os</strong><br />
com a Unita podem ampliar a exploração mineral, prejudicada pelo tráfico internacional,<br />
sobretu<strong>do</strong> de diamantes. Em outubro de 2002, relatório da ONU afirma que, seis meses após o<br />
acor<strong>do</strong>, a Unita mantinha mísseis e diamantes ilegais escondid<strong>os</strong>. Ainda estaria agin<strong>do</strong> a rede<br />
crimin<strong>os</strong>a que troca diamantes por armas, com beneficiári<strong>os</strong> em países ric<strong>os</strong>, como Bélgica,<br />
França e Itália. Para coibir o tráfico, vem dan<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> a a<strong>do</strong>ção de um certifica<strong>do</strong> de<br />
origem para <strong>os</strong> diamantes extraíd<strong>os</strong> em Angola, implanta<strong>do</strong> em 2000.<br />
Outr<strong>os</strong> grandes desafi<strong>os</strong> são reconstruir estradas e ferrovias e ampliar o cultivo da<br />
terra, dificulta<strong>do</strong> pela existência estimada de 12 milhões de minas terrestres, que fazem de<br />
Angola o país mais mina<strong>do</strong> no mun<strong>do</strong>. O custo de remoção das minas é alto e <strong>os</strong> armament<strong>os</strong><br />
continuam em ação: em 2001 houve 339 acidentes com minas terrestres, causan<strong>do</strong> 170<br />
mortes. Há cerca de 100 mil angolan<strong>os</strong> mutilad<strong>os</strong> por minas. O governo de Angola dá um<br />
passo histórico, em 5 de julho de 2002, ao ratificar oficialmente o trata<strong>do</strong> de banimento das<br />
minas terrestres.