Gestão de pessoas como fator competitivo
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Eduardo Najjar<br />
UM OLHAR<br />
SOBRE A HISTÓRIA<br />
Po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar que tudo<br />
começou com os Hawthorne Studies,<br />
pesquisa empreendida entre<br />
1927 e 1932 na fábrica da Western<br />
Electric em Hawthorne, Chicago.<br />
Estudando as atitu<strong>de</strong>s e comportamentos<br />
dos seus trabalhadores,<br />
<strong>de</strong>scobriu-se o “efeito Hawthorne”,<br />
segundo o qual a produção melhora<br />
quando os trabalhadores acreditam<br />
que os gestores se preocupam com<br />
o seu bem-estar.<br />
O coor<strong>de</strong>nador e mais apaixonado<br />
<strong>de</strong>fensor <strong>de</strong>sses estudos era o australiano<br />
Elton Mayo (1880-1949). Defendia<br />
que a auto-estima é vital para<br />
o bom <strong>de</strong>sempenho. Alertou para a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> canais abertos <strong>de</strong><br />
comunicação entre os trabalhadores<br />
e a gestão para que os indivíduos<br />
e os times se i<strong>de</strong>ntifiquem com os<br />
objetivos da organização.<br />
isso, ser supervisionados e motivados.<br />
Para eles, o trabalho é um mal<br />
necessário. A teoria Y, por oposição,<br />
diz que as <strong>pessoas</strong> querem e precisam<br />
trabalhar. Quando faleceu,<br />
em 1964, McGregor trabalhava na<br />
formulação da teoria Z, que visava<br />
fazer o encontro entre as aspirações<br />
individuais e da organização.<br />
Quase ao mesmo tempo Abraham<br />
Maslow trabalhava na pirâmi<strong>de</strong> da<br />
hierarquia das necessida<strong>de</strong>s; tem<br />
<strong>como</strong> base as necessida<strong>de</strong>s fisiológicas<br />
(segurança, alimentação) e,<br />
<strong>como</strong> cume, as <strong>de</strong> auto-realização.<br />
Assim que uma necessida<strong>de</strong> está<br />
satisfeita, ela <strong>de</strong>ixa imediatamente<br />
<strong>de</strong> ser um motivador.<br />
O psicólogo clínico Fre<strong>de</strong>rick Herzberg<br />
i<strong>de</strong>ntificou, anos <strong>de</strong>pois, os <strong>fator</strong>es<br />
higiênicos ou <strong>de</strong> manutenção,<br />
<strong>como</strong> as necessida<strong>de</strong>s econômicas<br />
básicas, por oposição aos <strong>fator</strong>es<br />
motivacionais, dirigidos a aspirações<br />
mais profundas. Bons <strong>fator</strong>es<br />
<br />
O pleno potencial <strong>de</strong>sses estudos só<br />
viria a ser aproveitado nos anos 50,<br />
quando surgiu nos EUA um grupo<br />
<strong>de</strong> pensadores - mais tar<strong>de</strong> chamado<br />
escola <strong>de</strong> relações humanas<br />
– cujas figuras centrais são Douglas<br />
McGregor, Abraham Maslow e<br />
Fre<strong>de</strong>rick Herzberg; suas teses<br />
viriam a influenciar, mais tar<strong>de</strong>,<br />
nomes <strong>como</strong> Edgard Schein, Chris<br />
Argyris e Warren Bennis.<br />
A contribuição maior <strong>de</strong> McGregor<br />
(1906-1964) foi o estudo dos <strong>fator</strong>es<br />
<strong>de</strong> motivação, a teoria X e Y.<br />
A teoria X <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que os trabalhadores<br />
são, por natureza,<br />
preguiçosos, necessitando, por<br />
JANEIRO/FEVEREIRO DE 2008 – R EVISTA DA ESPM<br />
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