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DA ORGANIZAÇÃO VERTICAL PARA A ... - Unisantos

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esenha, Jamir Mendes Monteiro<br />

eGesta, v. 2, n. 1, jan.-mar./2006, p. 128-130<br />

<strong>DA</strong> ORGANIZAÇÃO <strong>VERTICAL</strong> <strong>PARA</strong> A ORGANIZAÇÃO<br />

HORIZONTAL. ASPECTOS <strong>DA</strong> TRANSIÇÃO EMPRESARIAL<br />

TENDO UM SISTEMA ERP COMO ELEMENTO FACILITADOR<br />

Jamir Mendes Monteiro, Dissertação de Mestrado em Gestão de Negócios, Programa de<br />

Pós-Graduação em Gestão de Negócios, Universidade Católica de Santos, Santos: 2006.<br />

Orientador: Prof. Dr. José Osvaldo De Sordi.<br />

O presente trabalho constitui uma análise sobre a dissertação de mestrado, apresentada à<br />

Universidade Católica de Santos – UNISANTOS, em 31 de março de 2006, a qual, através de um<br />

estudo de caso único, teve por objetivo pesquisar evidências que possibilitassem resposta à<br />

seguinte pergunta: a submissão dos processos operacionais (Comercialização, Suprimento,<br />

Financeiro e Operacional) a um Sistema ERP facilita o trabalho de transição de uma organização<br />

vertical para uma orientação a processos de negócios?<br />

Nesta primeira década do século XXI, como conseqüência do grande avanço da tecnologia<br />

da Internet, dos computadores, das telecomunicações e de processamento de imagens, unindo<br />

povos com línguas e culturas as mais diversas, de regiões as mais distantes, sentimos, mais do que<br />

nunca, que a imagem da “Aldeia Global” de Marshall Mc Luhan 1 , finalmente se instaura. A<br />

principal conseqüência da queda das fronteiras entre os povos é a “quebra dos paradigmas”,<br />

pois, o cadinho onde se fundem todas as culturas do planeta, em efervescência, procura novas<br />

feições, novos comportamentos, referenciais mais ajustados à nova realidade, que permita que a<br />

humanidade, sob uma estrutura funcional diferenciada, desenvolva os seus valores, trabalhe a sua<br />

ciência, distribua mais eqüitativamente os seus resultados e assegure uma vida produtiva, saudável<br />

e não predatória. Em um mundo, caracterizado cada vez mais pela competição global, procurar<br />

novos caminhos, novas formas de se construírem as mesmas coisas é a “ordem” do momento.<br />

Monteiro fundamentou seu trabalho confrontando o modelo empresarial tradicional,<br />

verticalizado, caracterizado por uma hierárquica funcional que engessa as atividades, contra um<br />

modelo empresarial orientado por processos de negócios, horizontal, que constitui uma empresa<br />

mais flexível, mais dinâmica e muito mais próxima do cliente final.<br />

1<br />

MC LUHAN, Marshall. Understanding Media: the extensions of man. New York: McGraw-Hill, 1964.<br />

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Mestrado em Gestão de Negócios - Universidade Católica de Santos<br />

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esenha, Jamir Mendes Monteiro<br />

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A evolução dos mercados de consumo e o implemento das tecnologias de produção<br />

provocaram o crescimento acirrado das organizações industriais, após a Segunda Grande Guerra,<br />

constituindo gigantescos conglomerados, estruturados verticalmente e suportados por amplas<br />

divisões funcionais, que operavam independentemente umas das outras. A verticalização,<br />

seguindo os princípios da Administração Científica, provocou a proliferação das estruturas<br />

organizacionais, onde a especialização dividiu o trabalho em funções, criando dutos verticais de<br />

gestão, que culminaram com o distanciamento das empresas dos seus objetivos de negócios. A<br />

principal característica, observada nessas organizações, é a quebra das vias de comunicação entre<br />

departamentos com a criação de barreiras funcionais que isolam áreas multidisciplinares que<br />

deveriam atuar conjuntamente no atendimento das necessidades dos clientes.<br />

Empresas orientadas a processos de negócios apresentam uma estrutura horizontalizada,<br />

onde o foco no cliente é a sua característica principal, operando sob uma estrutura matricial, onde<br />

os gerentes hierárquicos são substituídos pelos “donos” dos processos (process owners), os quais<br />

operam com autonomia e responsabilidade por todo o processo, independente da estrutura<br />

hierárquica. A organização horizontal, orientada a processos de negócios, torna a operação mais<br />

flexível, centrada nos propósitos da organização e com maior proximidade do consumidor final. 2<br />

Por outro lado, organizações verticais são aquelas estruturadas por funções, onde a pirâmide<br />

hierárquica é a sua grande característica. Níveis sobrepostos e superpostos de decisões são<br />

comuns em organizações desse gênero, criando atritos freqüentes com clientes finais e<br />

fornecedores.<br />

Em termos gerais, os pesquisadores reconhecem a gestão por processos e a gestão<br />

funcional, e, sobretudo, sobre as particularidades para aplicação de uma ou de outra. A questão<br />

fundamental, onde o pensamento e os estudos dos pesquisadores divergem, está na forma de<br />

transição e das ferramentas utilizadas para tanto.<br />

Para se alcançar o objetivo proposto, da análise da aplicação do sistema ERP como<br />

facilitador para transição da gestão funcional para a gestão por processos, realizou-se uma ampla<br />

revisão bibliográfica dos principais autores que trataram o assunto, construindo uma matriz de<br />

identificação das principais características das organizações verticais que as diferenciam das<br />

congêneres horizontais. Essa Matriz foi tomada como fonte para a elaboração dos objetivos e<br />

2<br />

OSTROFF, Frank. The Horizontal Organization: what the organization of the future actually looks like and how it<br />

delivers value to customers. [sl]: Oxford University Press, 1999.<br />

eGesta - Revista Eletrônica de Gestão de Negócios - ISSN 1809-0079<br />

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eGesta, v. 2, n. 1, jan.-mar./2006, p. 128-130<br />

hipóteses específicas, que, dentro do processo metodológico, auxiliou no processo de constatação<br />

ou não das hipóteses propostas.<br />

As respostas encontradas pelo autor, dentro do estudo de caso único, parecem indicar que<br />

um sistema ERP, quando atuante sobre os processos operacionais básicos de uma organização,<br />

desempenha o papel de agente estimulador da transição do tipo de gestão funcional, mais<br />

verticalizado, para a visão de processos de negócios. No entretanto, dado as limitações impostas<br />

pela unicidade do estudo, Monteiro recomenda que sejam ampliadas as pesquisas, envolvendo o<br />

conceito de multiplicidade, a fim de constatar a possibilidade de generalização do estudo.<br />

eGesta - Revista Eletrônica de Gestão de Negócios - ISSN 1809-0079<br />

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