Cérebro - Pavilhão do Conhecimento
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POSSUÍMOS 125 MIL<br />
MILHÕES DE CÉLULAS<br />
CEREBRAIS<br />
O cérebro de um bebé pesa um quarto<br />
<strong>do</strong> cérebro de um adulto. O crânio não está totalmente<br />
uni<strong>do</strong>, para que o cérebro tenha espaço para se<br />
desenvolver. E bem precisa. É um facto que não vamos<br />
ficar com mais <strong>do</strong> que os 125 mil milhões de células com<br />
que nascemos, mas as conexões entre as células crescem.<br />
Cada célula poderá ter ligações para milhares de outras<br />
células nervosas - o que ocupa espaço. Já aos <strong>do</strong>is anos<br />
de idade, o cérebro mais <strong>do</strong> que triplicou o seu peso e,<br />
nessa altura, pesa quase tanto como um cérebro adulto.<br />
O nosso cérebro só pára de crescer aos 12 anos de idade.<br />
Ao longo de toda a nossa vida perdemos<br />
aproximadamente 10 por cento das nossas células<br />
cerebrais. Parece imenso, mas não tem expressão. O mais<br />
importante é que o cérebro conserva a capacidade para<br />
criar novas ligações entre as células nervosas. Quanto<br />
mais velhos ficamos, mais tempo demora a estabelecer<br />
estas ligações. Mas nunca é demasia<strong>do</strong> tarde para nos<br />
lançarmos em novos desafios.<br />
A capacidade de concentração, a memória, os pensamentos<br />
e o planeamento sofrem perturbações. Pode<br />
mesmo perder-se a capacidade para sentir alegria com<br />
situações absolutamente naturais ou para reagir a<br />
ameaças reais. Determina<strong>do</strong>s tipos de narcóticos<br />
inibem ainda centros <strong>do</strong> cérebro que nos mantêm<br />
vivos. Podem, por exemplo, paralisar o coração<br />
ou a respiração.<br />
SUBSTÂNCIAS<br />
SINALIZADORAS<br />
As principais substâncias sinaliza<strong>do</strong>ras naturais<br />
existentes no sistema de recompensa <strong>do</strong> cérebro são: a<br />
<strong>do</strong>pamina, a serotonina, a norepinefrina e as en<strong>do</strong>rfinas.<br />
Por esse motivo as drogas<br />
podem produzir uma falsa sensação<br />
de bem estar<br />
O cérebro tem o seu próprio sistema de recompensas<br />
e de bem estar. É constituí<strong>do</strong> por feixes de fibras<br />
no sistema límbico e de uma área especial na zona<br />
<strong>do</strong>s lobos frontais. Muitas drogas assemelham-se<br />
às substâncias sinaliza<strong>do</strong>ras existentes no sistema<br />
de recompensa. Por isso podem penetrar no sistema<br />
e causar desordem nas mensagens naturais <strong>do</strong> sistema<br />
nervoso. Alguns ficam subitamente fracos enquanto<br />
outros ficam tremendamente fortes. Isto pode levar<br />
o cérebro a fechar alguns <strong>do</strong>s receptores das sinapses.<br />
O que significa que a droga perde rapidamente o<br />
efeito, sen<strong>do</strong> necessário aumentar<br />
a <strong>do</strong>se para obter o mesmo efeito. Quan<strong>do</strong> o cérebro<br />
fica novamente livre destas substâncias, as células<br />
nervosas têm dificuldade em reagir normalmente<br />
às suas próprias substâncias sinaliza<strong>do</strong>ras.<br />
A percepção da realidade sofre uma alteração.<br />
AS DROGAS<br />
EXISTEM HÁ MILHARES<br />
DE ANOS<br />
No antigo Egipto davam ópio às crianças para as<br />
acalmar. Os antigos gregos misturavam ópio no vinho<br />
para combater a depressão e a melancolia. Os índios nos<br />
Andes mastigam folhas de coca há milhares de anos para<br />
atenuar a fome, e a marijuana, entre outros, tem si<strong>do</strong><br />
utilizada em muitas cerimónias relacionadas com a<br />
religião. Por exemplo, o deus <strong>do</strong> sono é frequentemente<br />
visto com uma planta <strong>do</strong> ópio na mão..<br />
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