27.12.2014 Views

seletividade de herbicidas aplicados em pré-emergência na cultura ...

seletividade de herbicidas aplicados em pré-emergência na cultura ...

seletividade de herbicidas aplicados em pré-emergência na cultura ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

JOÃO GUILHERME ZANETTI DE ARANTES<br />

SELETIVIDADE DE HERBICIDAS APLICADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NA CULTURA<br />

DO ALGODOEIRO (GOSSYPIUM HIRSUTUM L.)<br />

MARINGÁ<br />

PARANÁ - BRASIL<br />

OUTUBRO - 2008


JOÃO GUILHERME ZANETTI DE ARANTES<br />

SELETIVIDADE DE HERBICIDAS APLICADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NA<br />

CULTURA DO ALGODOEIRO (GOSSYPIUM HIRSUTUM L.)<br />

Dissertação apresentada à Universida<strong>de</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> Maringá como parte das<br />

exigências do Programa <strong>de</strong> Pós-graduação<br />

<strong>em</strong> Agronomia, área <strong>de</strong> concentração <strong>em</strong><br />

Proteção <strong>de</strong> Plantas, para a obtenção do<br />

título <strong>de</strong> Mestre.<br />

MARINGÁ<br />

PARANÁ - BRASIL<br />

OUTUBRO - 2008


Dados Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> Catalogação‐<strong>na</strong>‐Publicação (CIP)<br />

(Biblioteca Central ‐ UEM, Maringá – PR., Brasil)<br />

A662s<br />

Arantes, João Guilherme Zanetti <strong>de</strong><br />

Seletivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência <strong>na</strong><br />

<strong>cultura</strong> do algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) / João<br />

Guilherme Zanetti <strong>de</strong> Arantes. -- Maringá : [s.n.], 2008.<br />

55 f. : il. color., figs.<br />

Orientador : Prof. Dr. Rub<strong>em</strong> Silvério <strong>de</strong> Oliveira Junior.<br />

Dissertação (mestrado) - Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá,<br />

Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>em</strong> Agronomia, área <strong>de</strong> concentração:<br />

Proteção <strong>de</strong> Plantas, 2008.<br />

1. Seletivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong>. 2. Controle químico. 3.<br />

Pré-<strong>em</strong>ergentes. 4. Mistura <strong>em</strong> tanque. 5. Algodoeiro<br />

(Gossypium hirsutum L.). I. Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá.<br />

Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>em</strong> Agronomia. II. Título.<br />

CDD 21.ed. 632.954


JOÃO GUILHERME ZANETTI DE ARANTES<br />

SELETIVIDADE DE HERBICIDAS APLICADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NA<br />

CULTURA DO ALGODOEIRO (GOSSYPIUM HIRSUTUM L.)<br />

Dissertação apresentada à Universida<strong>de</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> Maringá como parte das<br />

exigências do Programa <strong>de</strong> Pós-graduação<br />

<strong>em</strong> Agronomia, área <strong>de</strong> concentração <strong>em</strong><br />

Proteção <strong>de</strong> Plantas, para a obtenção do<br />

título <strong>de</strong> Mestre.<br />

______________________________<br />

Prof. Dr. Alberto Leão <strong>de</strong> L<strong>em</strong>os Barroso<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rio Ver<strong>de</strong><br />

_____________________________<br />

Prof. Dr. Robinson Luiz Contiero<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá<br />

______________________________<br />

Prof. Dr. Jamil Constantin<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá<br />

______________________________<br />

Prof. Dr. Rub<strong>em</strong> Silvério <strong>de</strong> Oliveira Junior<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá<br />

(Orientador)<br />

1


Aos meus pais Er<strong>na</strong>ni Villela <strong>de</strong> Arantes e Elsa Aparecida Zanetti <strong>de</strong> Arantes, cuja<br />

educação, compreensão, carinho, <strong>de</strong>dicação e, principalmente, pelo incentivo que me<br />

proporcio<strong>na</strong>ram foram fundamentais para que alcançasse mais este objetivo.<br />

DEDICO<br />

ii


AGRADECIMENTOS<br />

Primeiramente agra<strong>de</strong>ço a Deus, por ilumi<strong>na</strong>r-me e conduzir-me até este<br />

momento, proporcio<strong>na</strong>ndo-me força e sabedoria para enfrentar todas as dificulda<strong>de</strong>s<br />

que a mim foram confiadas.<br />

À Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, pela oportunida<strong>de</strong> e por disponibilizar<br />

recursos técnicos e intelectuais necessários para a realização do curso.<br />

Ao Conselho Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),<br />

pela ajuda fi<strong>na</strong>nceira por meio da bolsa <strong>de</strong> estudos disponibilizada.<br />

Aos meus pais Er<strong>na</strong>ni Villela <strong>de</strong> Arantes e Elsa Aparecida Zanetti <strong>de</strong> Arantes e<br />

irmãos Pedro Augusto Zanetti <strong>de</strong> Arantes, Fer<strong>na</strong>nda Zanetti <strong>de</strong> Arantes Oliveira e<br />

Lilian Zanetti <strong>de</strong> Arantes Scatambulo, por acreditar<strong>em</strong> <strong>em</strong> meu potencial, me<br />

motivando e apoiando <strong>em</strong> todos os momentos <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>.<br />

Aos amigos e professores Dr. Rub<strong>em</strong> Silvério <strong>de</strong> Oliveira Jr. e Dr. Jamil<br />

Constantin, pela oportunida<strong>de</strong>, confiança, orientação, companheirismo, amiza<strong>de</strong> e<br />

pelos valiosos ensi<strong>na</strong>mentos científicos e profissio<strong>na</strong>is, sendo dois gran<strong>de</strong>s ex<strong>em</strong>plos,<br />

tanto pessoal como profissio<strong>na</strong>l.<br />

Ao Professor José Usan Torres Brandão Filho e Engenheiro Agrônomo Osni<br />

Calegari (in m<strong>em</strong>oriam), pela valiosa contribuição técnica durante a condução dos<br />

experimentos.<br />

Aos amigos m<strong>em</strong>bros do Núcleo <strong>de</strong> Estudos Avançados <strong>em</strong> Ciência das<br />

Plantas Daninhas da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá (NAPD/UEM): Alexandre<br />

G<strong>em</strong>elli, Denis Fer<strong>na</strong>ndo Biffe, Diego Gonçalves Alonso, É<strong>de</strong>r Blainski, Eliezer Antônio<br />

Gueno, Erus Gue<strong>de</strong>s Bucker, Fabiano Aparecido Rios, Gizelly Santos, Josiele<br />

Cardoso Carneiro, Luiz Henrique Moraes Franchini, Mayara <strong>de</strong> Nardo Vanzela,<br />

Meirielly Carpejani, Michel Alex Raimondi e Simone Cristi<strong>na</strong> Brambilla, pela forte<br />

iii


amiza<strong>de</strong> cultivada no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>sses anos e pela indispensável colaboração <strong>na</strong><br />

condução dos experimentos realizados.<br />

Aos amigos e funcionários da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, Luis<br />

Machado Hom<strong>em</strong> e Milton Lopes da Silva, pela amiza<strong>de</strong> e auxílio <strong>na</strong> condução dos<br />

experimentos.<br />

Aos funcionários da Fazenda Experimental <strong>de</strong> Iguat<strong>em</strong>i Osvaldo, Valdir, Vilson<br />

e Rubens, pela colaboração <strong>na</strong> condução do experimento.<br />

À secretária do Programa <strong>de</strong> Pós-graduação <strong>em</strong> Agronomia Érika Cristi<strong>na</strong> T.<br />

Sato, pela amiza<strong>de</strong> e pelo atendimento profissio<strong>na</strong>l, competente e impecável durante<br />

estes anos <strong>de</strong> convivência.<br />

Aos colegas e amigos <strong>de</strong> Pós-graduação, pelo companheirismo e pela<br />

contribuição para meu crescimento intelectual.<br />

Enfim, à todos aqueles que direta ou indiretamente cooperaram para o<br />

planejamento e execução <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

Muito obrigado!<br />

iv


BIOGRAFIA<br />

JOÃO GUILHERME ZANETTI DE ARANTES, filho <strong>de</strong> Er<strong>na</strong>ni Villela <strong>de</strong> Arantes<br />

e Elsa Aparecida Zanetti <strong>de</strong> Arantes, <strong>na</strong>sceu <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maringá, Estado do Paraná,<br />

aos vinte dias do mês <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1984.<br />

Em 2002, matriculou-se no Curso <strong>de</strong> Agronomia da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong><br />

Maringá. No mesmo ano iniciou como estagiário do Núcleo <strong>de</strong> Estudos Avançados <strong>em</strong><br />

Ciência das Plantas Daninhas (NAPD), sob orientação dos Professores Doutores<br />

Rub<strong>em</strong> Silvério <strong>de</strong> Oliveira Junior e Jamil Constantin, on<strong>de</strong> atuou durante toda sua<br />

graduação.<br />

Colou grau <strong>em</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2007. Em março do mesmo ano iniciou o Curso <strong>de</strong><br />

Pós-graduação <strong>em</strong> Agronomia <strong>em</strong> nível <strong>de</strong> Mestrado, área <strong>de</strong> concentração <strong>em</strong><br />

Proteção <strong>de</strong> Plantas, <strong>na</strong> Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá – Maringá - PR.<br />

v


"A educação faz um povo fácil <strong>de</strong> ser li<strong>de</strong>rado,<br />

mas difícil <strong>de</strong> ser dirigido;<br />

fácil <strong>de</strong> ser gover<strong>na</strong>do,<br />

mas impossível <strong>de</strong> ser escravizado."<br />

Henry Peter<br />

vi


ÍNDICE<br />

RESUMO...................................................................................................................... viii<br />

ABSTRACT ................................................................................................................... ix<br />

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1<br />

2. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 3<br />

2.1. Cultura do Algodoeiro ................................................................................... 3<br />

2.2. Matointerferência <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro ................................................... 5<br />

2.3. Controle químico <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro .................. 7<br />

2.4. Metodologia para avaliação <strong>de</strong> <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> ............................................... 14<br />

3. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 17<br />

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 26<br />

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 43<br />

6. CONCLUSÕES ........................................................................................................ 45<br />

7. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 46<br />

ANEXOS ...................................................................................................................... 52<br />

vii


RESUMO<br />

ARANTES, J.G.Z., M.S., Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, outubro <strong>de</strong> 2008.<br />

Seletivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do<br />

algodoeiro (Gossypium hirsutum L.). Professor Orientador: Prof. Dr. Rub<strong>em</strong> Silvério<br />

<strong>de</strong> Oliveira Junior. Co-orientador: Prof. Dr. Jamil Constantin.<br />

As poucas opções <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> seletivos ao algodoeiro para manejo <strong>de</strong><br />

plantas daninhas dicotiledôneas, freqüent<strong>em</strong>ente, levam a aplicações <strong>de</strong> tratamentos<br />

<strong>herbicidas</strong> que resultam <strong>em</strong> fitointoxicação <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> e eventualmente <strong>em</strong> reduções<br />

<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>. Este trabalho teve por objetivo avaliar a <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong><br />

<strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência, isolados ou <strong>em</strong> misturas, para duas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

algodoeiro (Delta-Opal e FMT-701). Os tratamentos testados (doses <strong>em</strong> kg i.a.ha -1 )<br />

foram: alachlor (1,200), s-metolachlor (0,672), diuron (0,900 e 1,200), prometri<strong>na</strong><br />

(0,900 e 1,200), oxyfluorfen (0,192), alachlor + diuron (1,200 + 1,200), alachlor +<br />

prometri<strong>na</strong> (1,200 + 1,900 e 1,200 + 1,200), s-metolachlor + diuron (0,672 + 1,200), s-<br />

metolachlor + prometri<strong>na</strong> (0,672 + 0,900 e 0,672 + 1,200), oxyfluorfen + diuron (0,192<br />

+ 1,200), oxyfluorfen + prometri<strong>na</strong> (0,192 + 0,900). O experimento foi conduzido por<br />

meio <strong>de</strong> test<strong>em</strong>unhas duplas. Foram realizadas avaliações relacio<strong>na</strong>das à<br />

fitointoxicação visual, estan<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolvimento e produção das duas varieda<strong>de</strong>s, <strong>em</strong><br />

experimentos distintos. Os tratamentos <strong>herbicidas</strong> não influenciaram o estan<strong>de</strong> da<br />

<strong>cultura</strong> do algodoeiro. As plantas das duas varieda<strong>de</strong>s que sofreram redução <strong>em</strong> seu<br />

porte no início do <strong>de</strong>senvolvimento se recuperaram ao longo do ciclo da <strong>cultura</strong>,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do tratamento herbicida recebido. Quando houve incr<strong>em</strong>ento <strong>na</strong> dose <strong>de</strong><br />

diuron e prometri<strong>na</strong>, os sintomas <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong> foram intensificados <strong>em</strong> relação às<br />

menores doses. O herbicida oxyfluorfen, quando aplicado isolado e <strong>em</strong> mistura com<br />

diuron ou prometri<strong>na</strong>, proporcionou sintomas intensos <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong> à <strong>cultura</strong> do<br />

algodoeiro aos 14 DAA. O único tratamento que não foi seletivo às duas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

algodoeiro, consi<strong>de</strong>rando-se ape<strong>na</strong>s a produtivida<strong>de</strong>, foi a mistura oxyfluorfen +<br />

prometri<strong>na</strong> (0,192 + 0,900 kg i.a. ha -1 ).<br />

Palavras-chave: controle químico, pré-<strong>em</strong>ergentes, mistura <strong>em</strong> tanque.<br />

viii


ABSTRACT<br />

ARANTES, J.G.Z., M.S., Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, october, 2008. Seletivity of<br />

pre-<strong>em</strong>ergence herbici<strong>de</strong>s applied to cotton (Gossypium hirsutum L.). Adviser:<br />

Prof. Dr. Rub<strong>em</strong> Silvério <strong>de</strong> Oliveira Junior. Co-adviser: Prof. Dr. Jamil Constantin.<br />

The few herbici<strong>de</strong> options for selective broadleaf weed control in cotton usually<br />

lead to the application of treatments which may injure crop and eventually to yield<br />

<strong>de</strong>creases. This work was aimed at evaluating the selectivity of herbici<strong>de</strong>s applied at pre<strong>em</strong>ergence,<br />

isolated or in tank-mixtures, for two cotton varieties (Delta-Opal and FMT-<br />

701). Treatments applied were (rates in kg a.i. ha -1 ): Alachlor (1.2), S-metolachlor<br />

(0.672), Diuron (0.900 and 1.200), Prometryn (0.900 and 1.200), Oxyfluorfen (0.192),<br />

Alachlor + Diuron (1.2 + 1.2), Alachlor + Prometryn (1.2 + 1.9 and 1.2 + 1.2), S-<br />

metolachlor + Diuron (0.672 + 1.2), S-metolachlor + Prometryn (0.672 + 0.9 and 0.672 +<br />

1.2), Oxyfluorfen + Diuron (0.192 + 1.2), Oxyfluorfen + Prometryn (0.192 + 0.9). The<br />

experiment was un<strong>de</strong>rtaken by using two fold checks. Evaluations performed were<br />

related to the visual plant intoxication, stand, <strong>de</strong>velopment and yield of both varieties, in<br />

distinct experiments. Herbici<strong>de</strong> treatments did not influence cotton stand. Plants of both<br />

varieties which presented reduced growth at the beginning of the crop cycle recovered<br />

along the cycle, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt of herbici<strong>de</strong> treatment. When rates of diuron and prometryn<br />

were increased, symptoms of crop injury were also stronger in relation to lower rates of<br />

the same products. Oxyfluorfen, isolated or in tank mixture with diuron or prometryn,<br />

propitiated intense symptoms of crop injury at 14 days after application. The only<br />

treatment which was consi<strong>de</strong>red as non selective to both cotton varieties, taking into<br />

account only crop yield, was the mixture of oxyfluorfen + prometryn (0.192 + 0.9 kg a.i.<br />

ha -1 ).<br />

Keywords: ch<strong>em</strong>ical control, pre-<strong>em</strong>ergence, tank mixture.<br />

ix


1. INTRODUÇÃO<br />

A <strong>cultura</strong> do algodão (Gossypium hirsutum L.), após ter mais <strong>de</strong> três milhões<br />

<strong>de</strong> hectares cultivados no centro-sul e no nor<strong>de</strong>ste do Brasil <strong>na</strong>s décadas <strong>de</strong> 60 e 70 e<br />

se caracterizar por uma agri<strong>cultura</strong> <strong>de</strong> peque<strong>na</strong>s áreas e baixa tecnologia,<br />

praticamente não resistiu à entrada <strong>de</strong> uma nova praga, o bicudo-do-algodoeiro<br />

(Anthonomus grandis), e ao elevado custo <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, provocando uma inversão<br />

<strong>na</strong> cotoni<strong>cultura</strong> brasileira, on<strong>de</strong>, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> exportador, o Brasil passou a ser o maior<br />

importador do mundo. Com o <strong>de</strong>senvolvimento da soja e do milho no centro-oeste<br />

(Mato Grosso, Goiás e Bahia), a cotoni<strong>cultura</strong> migrou principalmente para estas áreas,<br />

como uma alter<strong>na</strong>tiva <strong>de</strong> rotação <strong>de</strong> <strong>cultura</strong>s, tor<strong>na</strong>ndo-se uma <strong>cultura</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

áreas e <strong>de</strong> alta tecnologia.<br />

O sucesso da <strong>cultura</strong> do algodoeiro no cerrado t<strong>em</strong> sido impulsio<strong>na</strong>do pelas<br />

condições <strong>de</strong> clima favorável, pelo relevo com topografia pla<strong>na</strong>, que permite<br />

mecanização total da lavoura, por programas <strong>de</strong> incentivo à <strong>cultura</strong> impl<strong>em</strong>entados<br />

pelos estados da região e, sobretudo, pelo uso intensivo <strong>de</strong> tecnologias mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong>s,<br />

que têm feito com que o cerrado brasileiro <strong>de</strong>tenha as mais altas produtivida<strong>de</strong>s <strong>na</strong><br />

<strong>cultura</strong> do algodoeiro no Brasil e no mundo <strong>em</strong> áreas não irrigadas.<br />

O algodoeiro é uma <strong>cultura</strong> fisiologicamente muito complexa, e os resultados<br />

<strong>de</strong> sua produção <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da interação entre muitas variáveis bióticas e abióticas.<br />

Dentre os fatores bióticos, o componente representado pelas plantas daninhas t<strong>em</strong><br />

gran<strong>de</strong> importância no manejo da <strong>cultura</strong>, seja pelos prejuízos causados ao<br />

rendimento caso elas não sejam controladas, seja pelos impactos dos métodos <strong>de</strong><br />

controle. O estresse biológico causado pela competição das plantas daninhas é um<br />

somatório <strong>de</strong> estresses como o hídrico e o nutricio<strong>na</strong>l.<br />

As plantas daninhas constitu<strong>em</strong> probl<strong>em</strong>a sério <strong>na</strong> fase inicial do ciclo do<br />

algodoeiro, pois concorr<strong>em</strong> com ele por nutrientes e luz. No fi<strong>na</strong>l do ciclo prejudicam<br />

também a qualida<strong>de</strong> (limpeza) da fibra e atrapalham a colheita, seja ela mecanizada<br />

ou manual, além <strong>de</strong> causar<strong>em</strong> prejuízos no beneficiamento e fiação industrial. No<br />

manejo das plantas daninhas, o que se faz normalmente é a utilização conjunta <strong>de</strong><br />

várias estratégias <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> forma a minimizar o efeito negativo <strong>de</strong> práticas<br />

isoladas. Um importante componente nesse manejo é a própria <strong>cultura</strong>, que ao ocupar<br />

1


o espaço físico e mobilizar recursos disponíveis para seu crescimento, oferece forte<br />

competição às plantas daninhas. No algodoeiro, entretanto, a necessida<strong>de</strong> fitotécnica<br />

<strong>de</strong> manter espaçamentos largos e a utilização <strong>de</strong> reguladores <strong>de</strong> crescimento das<br />

plantas dificulta sobr<strong>em</strong>aneira as práticas <strong>de</strong> controle das plantas daninhas, <strong>de</strong>ixando<br />

uma carga muito gran<strong>de</strong> para ser suprida por outros métodos <strong>de</strong> intervenção. Desses,<br />

o método químico, representado pelo uso <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong>, t<strong>em</strong> sido importante<br />

ferramenta para o cultivo do algodoeiro <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> exploração <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> escala.<br />

Pela limitada disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ingredientes ativos seletivos para a <strong>cultura</strong><br />

com espectro <strong>de</strong> ação suficiente para controlar a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies daninhas<br />

que ocorr<strong>em</strong> <strong>na</strong>s áreas <strong>de</strong> cultivo, os cotonicultores são obrigados a utilizar <strong>herbicidas</strong><br />

com <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> margi<strong>na</strong>l para a <strong>cultura</strong> e também produtos não seletivos <strong>aplicados</strong><br />

<strong>de</strong> forma dirigida. Como a <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> uma complexa interação entre o<br />

herbicida, a planta e o ambiente, o uso <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> não seletivos ou com<br />

<strong>seletivida<strong>de</strong></strong> margi<strong>na</strong>l s<strong>em</strong>pre conduz a uma situação <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> rendimento,<br />

n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre possível <strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>ntificada pelo produtor.<br />

Na prática, o uso <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência no controle <strong>de</strong> plantas<br />

daninhas já é prática consagrada entre os gran<strong>de</strong>s cotonicultores. No entanto, é<br />

comum entre os produtores a utilização <strong>de</strong> subdoses, seja dos produtos <strong>aplicados</strong><br />

isoladamente ou <strong>de</strong> misturas, visando assim maior <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> para a <strong>cultura</strong> e<br />

redução <strong>de</strong> custos. Porém, esta prática não está sendo eficiente, visto o aumento <strong>de</strong><br />

populações <strong>de</strong> plantas daninhas como Portulaca oleracea e Amaranthus sp. no oeste<br />

baiano e Euphorbia heterophylla <strong>na</strong> região centro-oeste brasileira, e o aparecimento<br />

<strong>de</strong> injúrias <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> após a aplicação <strong>de</strong>sses <strong>herbicidas</strong>. Para preencher tal lacu<strong>na</strong>,<br />

são fundamentais trabalhos que venham a avaliar exclusivamente a <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />

<strong>herbicidas</strong> no algodoeiro, tanto <strong>aplicados</strong> isoladamente quanto <strong>em</strong> mistura, s<strong>em</strong> a<br />

concorrência <strong>de</strong> plantas daninhas, visando estimar os efeitos dos tratamentos<br />

<strong>herbicidas</strong> disponíveis <strong>em</strong> relação ao crescimento e à produtivida<strong>de</strong> do algodoeiro.<br />

Neste contexto, o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi avaliar a <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />

<strong>herbicidas</strong> <strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência, isolados ou <strong>em</strong> misturas, para as varieda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> algodoeiro Delta-Opal e FMT-701.<br />

2


2. REVISÃO DE LITERATURA<br />

2.1. Cultura do Algodoeiro<br />

A <strong>cultura</strong> do algodoeiro v<strong>em</strong> retomando sua projeção entre as principais<br />

<strong>cultura</strong>s brasileiras visto que, no primeiro prognóstico para o ano <strong>de</strong> 2008, o IBGE<br />

projeta um crescimento <strong>de</strong> 7,1% <strong>na</strong> produção <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço, que <strong>de</strong>ve chegar<br />

a 4,1 milhões <strong>de</strong> toneladas. O aumento apresentado pelo IBGE é resultado do<br />

aumento da área s<strong>em</strong>eada nos estados <strong>de</strong> Mato Grosso, <strong>em</strong> 3,9%, e Bahia, 13,5%,<br />

<strong>em</strong> relação ao ciclo anterior. O incr<strong>em</strong>ento <strong>na</strong> produção se <strong>de</strong>ve aos preços da fibra<br />

nos mercados interno e externo, fato observado pela instituição <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano anterior<br />

(Marques, 2008).<br />

Atualmente, são cultivados no mundo dois tipos diferentes <strong>de</strong> algodão: o<br />

arbóreo e o herbáceo. O algodão arbóreo (Gossypium arboreum) se ass<strong>em</strong>elha a uma<br />

árvore <strong>de</strong> porte médio, <strong>de</strong> cultivo permanente e possui certa importância <strong>em</strong> algumas<br />

regiões da Índia, Paquistão, Chi<strong>na</strong> e Tailândia. Porém, a contribuição <strong>de</strong>sta espécie <strong>na</strong><br />

produção mundial não chega a 4%. Já a espécie herbácea (Gossypium hirsutum L.r.<br />

latifolium Hutch) é um arbusto <strong>de</strong> cultivo anual, uma entre as 50 espécies já<br />

classificadas e <strong>de</strong>scritas do gênero Gossypium. Das 50 espécies classificadas, 17 têm<br />

orig<strong>em</strong> <strong>na</strong> Austrália, seis no Havaí, e uma no nor<strong>de</strong>ste brasileiro. Cerca <strong>de</strong> 90% das<br />

fibras <strong>de</strong> algodão comercializadas no mundo são provenientes da espécie Gossypium<br />

hirsutum (Fuzatto, 1999; Pen<strong>na</strong>, 1999), conforme classificação taxonômica <strong>de</strong>scrita<br />

abaixo:<br />

Divisão: Embriophita sifanogamae<br />

Subdivisão: Fanerogamae ou espermatophita<br />

Filo: Angiospermae<br />

Classe: Dicotiledoneae<br />

Subclasse: Archichlamidae<br />

Or<strong>de</strong>m: Malvales<br />

Família: Malvaceae<br />

Tribo: Hibisceae<br />

Gênero: Gossypium<br />

3


Espécie: Gossypium hirsutum<br />

Raça: G. hirsutum latifolium<br />

A fenologia do algodoeiro subdivi<strong>de</strong>-se <strong>em</strong> duas fases: vegetativa e a<br />

reprodutiva. A fase vegetativa inicia-se com a <strong>em</strong>ergência da plântula e termi<strong>na</strong> com a<br />

formação do primeiro ramo frutífero. A fase reprodutiva inicia-se com o surgimento do<br />

primeiro botão floral e termi<strong>na</strong> quando as fibras no capulho ating<strong>em</strong> o ponto <strong>de</strong><br />

maturação para colheita. A morfologia do algodoeiro, assim como sua fisiologia, é<br />

extr<strong>em</strong>amente complexa. A raiz principal é do tipo pivotante, como uma continuação<br />

direta da haste principal da planta e situa-se <strong>em</strong> sua gran<strong>de</strong> maioria nos primeiros 20<br />

cm <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> no solo, po<strong>de</strong>ndo atingir, <strong>em</strong> condições i<strong>de</strong>ais, até 2,5 m <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong>. O caule é cilíndrico, ereto e, às vezes, po<strong>de</strong> apresentar forma<br />

ligeiramente quadrangular ou pentangular. Exist<strong>em</strong>, no algodoeiro, três tipos <strong>de</strong> folhas,<br />

as cotiledo<strong>na</strong>res, que são as primeiras que surg<strong>em</strong> após a germi<strong>na</strong>ção <strong>em</strong> forma <strong>de</strong><br />

rim (riniformes); os prófilos, que são peque<strong>na</strong>s folhas que surg<strong>em</strong> <strong>na</strong> base da g<strong>em</strong>a<br />

próxima à axila da folha verda<strong>de</strong>ira; e as folhas verda<strong>de</strong>iras, do tipo lobadas e<br />

incompletas, pois não possu<strong>em</strong> bainha, subdividindo-se <strong>em</strong> dois tipos: as vegetativas,<br />

ou do ramo e as frutíferas, origi<strong>na</strong>das no lado oposto <strong>de</strong> cada nó frutífero junto à<br />

estrutura reprodutiva. A flor é do tipo hermafrodita e simétrica. O fruto é <strong>em</strong> forma <strong>de</strong><br />

cápsula, apresentando <strong>de</strong> três a cinco lóculos, cada um com seis a oito s<strong>em</strong>entes.<br />

Po<strong>de</strong>m apresentar formato arredondado ou alongado <strong>na</strong> ponta (Ballaminut et al.,<br />

2007).<br />

O algodoeiro é uma planta <strong>de</strong> comportamento diferenciado por ser <strong>de</strong> ciclo<br />

in<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do. Po<strong>de</strong> crescer até 3,0 m, o que l<strong>em</strong>bra suas origens como árvore<br />

(arbórea) ao produzir botões florais, flores, frutos (maçãs), pluma, s<strong>em</strong>pre que tenha<br />

boas condições climáticas como: água, radiação solar (energia) e nutrientes. A planta<br />

é xerofítica, <strong>de</strong> ambiente seco, <strong>de</strong>sértico, sendo hoje cultivada <strong>em</strong> locais cuja<br />

precipitação pluviométrica anual varia <strong>de</strong> 700 mm até 3000 mm e altitu<strong>de</strong>s que variam<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nível do mar até 1200 m. T<strong>em</strong> a característica <strong>de</strong> sobreviver <strong>em</strong> diferentes<br />

ambientes, por isso, <strong>em</strong> condições <strong>de</strong> estresse, ela po<strong>de</strong> abortar botões florais para ter<br />

outra produção assim que as condições climáticas for<strong>em</strong> satisfatórias para garantir e<br />

perpetuar a espécie (Ballaminut et al., 2007).<br />

O algodoeiro apresenta melhor <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho quando instalado <strong>em</strong> solos <strong>de</strong><br />

alta fertilida<strong>de</strong>, <strong>em</strong> condições <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada no solo (s<strong>em</strong> ocorrer<br />

4


encharcamento ou estresse hídrico), altas t<strong>em</strong>peraturas (melhor faixa entre 23ºC e<br />

32ºC) e alta intensida<strong>de</strong> luminosa <strong>na</strong> superfície foliar. Embora o algodão seja<br />

conhecido por ter certa resistência à seca, maior que a dos cereais, por ex<strong>em</strong>plo, isso<br />

não significa que não necessite <strong>de</strong> água. Para obtenção <strong>de</strong> altas produtivida<strong>de</strong>s, é<br />

necessária uma lâmi<strong>na</strong> <strong>de</strong> água <strong>na</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 700 mm durante todo o ciclo da <strong>cultura</strong><br />

(Ballaminut et al., 2007).<br />

Durante a maior parte do ciclo da planta <strong>de</strong> algodão, exist<strong>em</strong> diversos eventos<br />

ocorrendo ao mesmo t<strong>em</strong>po, como crescimento vegetativo, aparecimento <strong>de</strong> g<strong>em</strong>as<br />

reprodutivas, florescimento, crescimento e maturação dos frutos. Cada um <strong>de</strong>sses<br />

eventos é <strong>de</strong> fundamental importância para uma boa produtivida<strong>de</strong>, porém é<br />

necessário que eles ocorram <strong>de</strong> forma balanceada. A t<strong>em</strong>peratura influencia<br />

fort<strong>em</strong>ente o crescimento da planta, tendo sido <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da a exigência <strong>em</strong><br />

t<strong>em</strong>peratura para cada fase do crescimento do algodoeiro. Em anos <strong>de</strong> baixa<br />

precipitação, as plantas daninhas po<strong>de</strong>m retirar <strong>de</strong> três a quatro vezes mais nitrogênio,<br />

potássio e magnésio do solo que o algodoeiro. Em condições normais <strong>de</strong> chuvas,<br />

po<strong>de</strong>m r<strong>em</strong>over duas a três vezes mais potássio do que a <strong>cultura</strong> (Treanor, 1965).<br />

O algodão representa 71% das fibras <strong>na</strong>turais utilizadas pela indústria têxtil<br />

mundial. Juntas, as regiões centro-oeste e nor<strong>de</strong>ste respon<strong>de</strong>m por 93% da produção<br />

<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, <strong>em</strong> especial os Estados <strong>de</strong> Mato Grosso e Bahia (Teixeira, 2007). A<br />

realida<strong>de</strong> encontrada <strong>na</strong> década <strong>de</strong> 80 para a <strong>cultura</strong> do algodoeiro difere da<br />

encontrada atualmente, visto que aquela era restrita a peque<strong>na</strong>s proprieda<strong>de</strong>s, com<br />

limitado uso <strong>de</strong> tecnologia. Com a quebra das fronteiras agrícolas, o algodão ganhou<br />

expressão significativa no cerrado brasileiro, passando a ser cultivado por gran<strong>de</strong>s<br />

<strong>em</strong>presários e ocupando extensas áreas, sendo necessário o uso <strong>de</strong> um alto nível<br />

tecnológico. Entre estes insumos tecnológicos, utiliza-se os <strong>herbicidas</strong> no controle das<br />

plantas daninhas, visto que estas, se não controladas <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada, po<strong>de</strong>m<br />

ocasio<strong>na</strong>r redução <strong>de</strong> até 81,2% <strong>em</strong> sua produtivida<strong>de</strong> (Freitas et al., 2002).<br />

2.2. Matointerferência <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro<br />

O período crítico <strong>de</strong> competição entre as plantas daninhas e o algodoeiro<br />

herbáceo varia <strong>na</strong> sua amplitu<strong>de</strong> <strong>em</strong> função <strong>de</strong> diversos fatores, tais como: espécies<br />

<strong>de</strong> plantas daninhas, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacio<strong>na</strong>l, precipitação, t<strong>em</strong>peratura, tipos <strong>de</strong> solo<br />

5


e condições <strong>de</strong> cultivo, envolvendo espaçamento, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da <strong>cultura</strong> e adubação. A<br />

importância da <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção do período <strong>de</strong>ve-se a vários aspectos. Indica quando se<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> elimi<strong>na</strong>r as plantas daninhas, <strong>de</strong> modo que permita redução nos custos do<br />

controle e permite saber, no caso do controle químico, qual o período residual que o<br />

herbicida <strong>de</strong>ve proporcio<strong>na</strong>r para que o controle seja satisfatório durante todo o<br />

período critico.<br />

Azevedo et al. (1994) relatam que o algodoeiro é uma <strong>cultura</strong> muito sensível à<br />

matointerferência, necessitando <strong>de</strong> um longo período livre da competição das plantas<br />

daninhas pelos recursos <strong>na</strong>turais (entre 20 e 80 dias após sua <strong>em</strong>ergência), para não<br />

acarretar quedas <strong>em</strong> sua produção.<br />

Para Lacca-Buendia & Cardoso Neto (1979), a competição causada pelas<br />

plantas daninhas reduz a maioria dos componentes da produção. As características<br />

tecnológicas da fibra do algodão, no entanto, sofr<strong>em</strong> pouca influência do estresse<br />

competitivo causado pelas plantas daninhas, ou seja, a qualida<strong>de</strong> intrínseca da fibra<br />

praticamente não é alterada pela competição.<br />

Filho (1980) testou <strong>de</strong>z períodos <strong>de</strong> competição <strong>de</strong> plantas daninhas, ficando<br />

todo o ciclo da <strong>cultura</strong> e os primeiros 20, 40, 60 e 80 dias após a s<strong>em</strong>eadura sob<br />

competição, e todo o ciclo e os primeiros 20, 40, 60 e 80 dias, livres <strong>de</strong> competição <strong>de</strong><br />

plantas daninhas, com reinfestações subseqüentes após esses períodos. As maiores<br />

populações <strong>de</strong> algodoeiro reduziram o período crítico <strong>de</strong> competição das plantas<br />

daninhas, pelo fato <strong>de</strong> promover<strong>em</strong> uma cobertura mais rápida do solo. O período<br />

crítico <strong>de</strong> competição das plantas daninhas, para a produção <strong>de</strong> capulhos, ocorreu por<br />

volta dos primeiros 40 dias do ciclo da <strong>cultura</strong>. Quando a <strong>cultura</strong> permaneceu livre da<br />

competição <strong>de</strong> plantas daninhas até os primeiros 40 dias ou períodos maiores, as<br />

populações <strong>de</strong> plantas daninhas que <strong>em</strong>ergiram posteriormente não influenciaram <strong>na</strong><br />

produtivida<strong>de</strong> do algodoeiro.<br />

Freitas et al. (2002) avaliaram períodos <strong>de</strong> convivência das plantas daninhas<br />

com a <strong>cultura</strong> do algodão conduzida <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> plantio direto, comparando<br />

tratamentos com e s<strong>em</strong> interferência, e verificaram que a presença <strong>de</strong> plantas<br />

daninhas durante todo o ciclo da <strong>cultura</strong> aumentou o número <strong>de</strong> nós até a inserção do<br />

primeiro ramo frutífero e reduziu o número <strong>de</strong> maçãs e a altura das plantas, além <strong>de</strong><br />

reduzir a produtivida<strong>de</strong> do algodão <strong>em</strong> caroço <strong>em</strong> 81,2%. O período que antece<strong>de</strong> a<br />

interferência das plantas daninhas (PAI) foi <strong>de</strong> 14 DAE, consi<strong>de</strong>rando uma perda<br />

tolerável <strong>de</strong> 5% <strong>na</strong> produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço.<br />

6


Segundo Salgado et al. (2002), o Período Anterior à Interferência (PAI), com<br />

tolerância <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> 5% da produtivida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> oito dias após a <strong>em</strong>ergência da<br />

<strong>cultura</strong> (DAE); o Período Total da Prevenção da Interferência (PTPI) foi <strong>de</strong> 66 DAE; e o<br />

Período Crítico <strong>de</strong> Prevenção da Interferência (PCPI) foi dos oito dias aos 66 DAE. Já<br />

para A<strong>de</strong>gas (1994), o período crítico <strong>de</strong> competição acontece nos primeiros 35 dias<br />

após a <strong>em</strong>ergência da <strong>cultura</strong>, sendo que, <strong>na</strong> competição exclusiva com Cyperus<br />

rotundus, esse período aumenta para os primeiros 42 dias após a <strong>em</strong>ergência.<br />

O algodoeiro possui baixa capacida<strong>de</strong> competitiva referente às plantas<br />

daninhas, sendo as principais causas, o crescimento inicial lento e o largo<br />

espaçamento <strong>de</strong> s<strong>em</strong>eadura, que faz<strong>em</strong> com que a <strong>cultura</strong> leve cerca <strong>de</strong> 90 dias para<br />

cobrir totalmente a área s<strong>em</strong>eada. Algumas plantas daninhas, como o capimcarrapicho<br />

(Cenchrus echi<strong>na</strong>tus) e o picão-preto (Bi<strong>de</strong>ns pilosa), apresentam<br />

estruturas frutíferas que a<strong>de</strong>r<strong>em</strong> ao capulho do algodoeiro e, quando presentes <strong>na</strong><br />

colheita, po<strong>de</strong>m reduzir a qualida<strong>de</strong> da fibra, dificultando a colheita e o seu<br />

beneficiamento (Laca-Buendia, 1990; Freitas et al., 2002). Portanto, um programa<br />

eficiente <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro <strong>de</strong>ve incluir a<br />

combi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> estratégias que evit<strong>em</strong> a concorrência das plantas daninhas pelos<br />

fatores <strong>de</strong> produção durante o período crítico <strong>de</strong> interferência, além <strong>de</strong> permitir que o<br />

algodoeiro seja colhido s<strong>em</strong> a interferência <strong>de</strong>stas.<br />

2.3. Controle químico <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro<br />

A importância das espécies daninhas está ligada à redução que provocam <strong>na</strong><br />

quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> da produção, ao aumento nos custos <strong>de</strong> produção ou aos<br />

danos dos métodos <strong>de</strong> controle à <strong>cultura</strong> e ao ambiente. O método químico, muito<br />

utilizado nos programas <strong>de</strong> manejo das plantas daninhas, não t<strong>em</strong> seu potencial <strong>de</strong><br />

dano à <strong>cultura</strong> b<strong>em</strong> estudado. Há ocorrências <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong> fitointoxicação <strong>de</strong><br />

<strong>herbicidas</strong> nos algodoeiros, <strong>em</strong> alguns casos muito evi<strong>de</strong>ntes, levando à necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> replantio da <strong>cultura</strong>. Em outros casos, os sintomas <strong>de</strong>saparec<strong>em</strong> durante o ciclo,<br />

não sendo possível concluir sobre perdas <strong>de</strong> rendimento porque toda a área recebe o<br />

mesmo tratamento herbicida, não existindo uma área test<strong>em</strong>unha para comparação.<br />

7


Para Siqueri (2001), o uso <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> é o método mais eficaz, via <strong>de</strong> regra<br />

o mais econômico no controle das plantas daninhas, face às dificulda<strong>de</strong>s no uso da<br />

capi<strong>na</strong> manual e o controle <strong>na</strong> linha da <strong>cultura</strong> através do processo mecânico.<br />

Entre os <strong>herbicidas</strong> registrados para o algodoeiro, exist<strong>em</strong> boas alter<strong>na</strong>tivas<br />

quanto à <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> e eficiência <strong>de</strong> controle para as plantas daninhas <strong>de</strong> folhas<br />

estreitas (da família Poaceae = gramíneas). No entanto, para o manejo químico das<br />

espécies <strong>de</strong> folhas largas, trapoerabas e tiriricas, as opções <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> são<br />

limitadas, tanto <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> espectro <strong>de</strong> ação como <strong>de</strong> <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> (Aguillera et al.,<br />

2004).<br />

O controle <strong>de</strong> plantas daninhas é uma prática que <strong>de</strong>manda tecnologia e<br />

poucas são as informações sobre o uso <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> isolados e com mistura <strong>em</strong><br />

tanque <strong>na</strong> região do cerrado do Oeste da Bahia e do Centro-Oeste. Dentre os diversos<br />

métodos <strong>de</strong> controle, o mais utilizado é o controle químico, que consiste no uso <strong>de</strong><br />

produtos <strong>herbicidas</strong> seletivos para a <strong>cultura</strong>. Enten<strong>de</strong>-se por <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos <strong>herbicidas</strong> <strong>de</strong> elimi<strong>na</strong>r plantas daninhas que se encontram presentes<br />

<strong>na</strong> <strong>cultura</strong>, s<strong>em</strong> reduzir-lhe a produtivida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> do produto fi<strong>na</strong>l obtido (Velini,<br />

1992; Velini et al., 2000). Entretanto, <strong>na</strong> maioria dos trabalhos realizados, os efeitos <strong>de</strong><br />

<strong>seletivida<strong>de</strong></strong> e matointerferência não estão separados, po<strong>de</strong>ndo levar a erros <strong>de</strong><br />

interpretação.<br />

Como a toxicida<strong>de</strong> é resultante <strong>de</strong> uma complexa interação entre o herbicida,<br />

a planta e as condições ambientais (Weller, 2000), seus efeitos po<strong>de</strong>m ser muito<br />

variáveis, sobretudo <strong>em</strong> condições <strong>de</strong> <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> margi<strong>na</strong>l, <strong>de</strong>vendo-se ter muita<br />

cautela <strong>em</strong> extrapolar os resultados <strong>de</strong> pesquisa. Um complicador adicio<strong>na</strong>l,<br />

provavelmente conseqüência <strong>de</strong>ssa <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> margi<strong>na</strong>l, é a interação que t<strong>em</strong> sido<br />

observada entre os <strong>herbicidas</strong>, cujos efeitos se manifestam pelo aumento da<br />

toxicida<strong>de</strong> <strong>em</strong> alguns casos e redução <strong>em</strong> outros (Martinho et al., 2002; Snipes &<br />

Seifert, 2003).<br />

As poucas opções <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> seletivos ao algodoeiro para manejo <strong>de</strong><br />

plantas daninhas dicotiledôneas freqüent<strong>em</strong>ente levam a aplicações <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> que<br />

resultam <strong>em</strong> alta toxi<strong>de</strong>z e baixa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fibra e rendimento <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong><br />

caroço.<br />

Para controlar as plantas daninhas <strong>de</strong> folhas largas têm sido mais utilizados<br />

os ingredientes ativos diuron, cya<strong>na</strong>zine, alachlor, s-metolachlor, pendimethalin,<br />

8


clomazone, e mais dois produtos seletivos para aplicação <strong>em</strong> pós-<strong>em</strong>ergência total:<br />

pyrithiobac e trifloxysulfuron (Beltrão, 1996; Takizawa, 2000; Melhorança & Beltrão,<br />

2001; Oliveira Jr. & Constantin, 2001). Além <strong>de</strong>sses <strong>herbicidas</strong>, vários outros, não<br />

seletivos, são <strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pós-<strong>em</strong>ergência dirigida às entrelinhas, tais como<br />

glyphosate, MSMA e paraquat (Rodrigues & Almeida, 2005).<br />

O conhecimento do comportamento <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> é fundamental <strong>na</strong> avaliação<br />

<strong>de</strong> sua eficácia <strong>na</strong> agri<strong>cultura</strong> e <strong>na</strong> compreensão do impacto ambiental causado por<br />

estes produtos químicos. A mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um <strong>de</strong>fensivo no solo, especialmente dos<br />

<strong>herbicidas</strong> <strong>aplicados</strong> diretamente ao mesmo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> fatores ligados<br />

ao solo, ao ambiente e às características do próprio produto químico aplicado. Com<br />

relação aos <strong>herbicidas</strong>, a dose aplicada, a solubilida<strong>de</strong> <strong>em</strong> água e as características<br />

químicas do produto que condicio<strong>na</strong>m a adsortivida<strong>de</strong> da molécula às partículas<br />

coloidais <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>m a maior ou menor mobilida<strong>de</strong> do produto no perfil do solo. O<br />

ambiente condicio<strong>na</strong> a movimentação do herbicida no solo pela t<strong>em</strong>peratura e,<br />

principalmente, pela quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chuva após sua aplicação. No solo, é importante<br />

<strong>de</strong>stacar a dre<strong>na</strong>g<strong>em</strong>, a textura e o teor <strong>de</strong> matéria orgânica (capacida<strong>de</strong> adsortiva);<br />

assim, quanto maior a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> um solo, menor é a mobilida<strong>de</strong> do<br />

herbicida neste.<br />

Quando uma molécula <strong>de</strong> herbicida chega ao solo, ela está sujeita a<br />

processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação e sorção e os resultados <strong>de</strong>stes dois processos po<strong>de</strong>m ser:<br />

a absorção da molécula pelas plantas, a lixiviação da molécula para camadas<br />

subsuperficiais do solo, po<strong>de</strong>ndo até mesmo atingir os cursos <strong>de</strong> água subterrâneos,<br />

ou a formação <strong>de</strong> resíduos ligados. A presença <strong>de</strong> matéria orgânica po<strong>de</strong> aumentar a<br />

sorção do herbicida, indisponibilizando-o, ou ativar a microbiota do solo e, assim,<br />

promover aumento <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>gradação (Prata & Lavorenti, 2000).<br />

Uma exigência fundamental para obter-se bom resultado <strong>em</strong> aplicações<br />

realizadas <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência é a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> no solo, favorecendo a<br />

solubilização do composto, o que permite a sua distribuição <strong>em</strong> uma fi<strong>na</strong> camada<br />

superficial protegendo-a contra fatores adversos do ambiente (Beltrão & Azevedo,<br />

1994). Caso esta exigência <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> não seja atendida, po<strong>de</strong>m ocorrer perdas<br />

significativas por foto<strong>de</strong>gradação, volatilização e/ou arrastamento pelo vento (erosão<br />

eólica).<br />

Para <strong>herbicidas</strong> utilizados <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência, a escolha da dose <strong>de</strong>ve ser<br />

feita <strong>de</strong> forma criteriosa, consi<strong>de</strong>rando-se a granulometria do solo e, principalmente, o<br />

9


teor <strong>de</strong> matéria orgânica, pois são estas particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada solo que<br />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>rão a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> posicio<strong>na</strong>mento do herbicida no perfil. Em geral, solos<br />

mais argilosos permit<strong>em</strong> a adoção <strong>de</strong> maiores doses, enquanto que nos solos<br />

arenosos as doses são reduzidas (Christoffoleti, 2008).<br />

O herbicida alachlor é registrado no Brasil para as <strong>cultura</strong>s do algodão,<br />

amendoim, café, ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar, girassol, milho e soja. Controla espécies <strong>de</strong> folha<br />

larga, tais como trapoeraba e algumas gramíneas, sendo comum a mistura com outros<br />

<strong>herbicidas</strong> para aumentar o espectro <strong>de</strong> ação. Usa-se <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência, pela<br />

absorção se dar essencialmente pelo caulículo das plântulas. Em algodão, amendoim<br />

e girassol não <strong>de</strong>ve ser utilizado <strong>em</strong> solos arenosos. Pertence ao grupo químico das<br />

cloroacetanilidas. Presumivelmente é inibidor da síntese <strong>de</strong> proteí<strong>na</strong>s e lipí<strong>de</strong>os <strong>na</strong>s<br />

espécies susceptíveis. Após sua aplicação, as plantas susceptíveis não <strong>em</strong>erg<strong>em</strong>. As<br />

que consegu<strong>em</strong> <strong>em</strong>ergir ficam retorcidas e com folhas enroladas. Adsorvido pelos<br />

colói<strong>de</strong>s do solo, é pouco lixiviável. Permanece no solo <strong>de</strong> 6 a 10 s<strong>em</strong>a<strong>na</strong>s (<strong>na</strong>s doses<br />

recomendadas, variáveis com o tipo <strong>de</strong> solo e condições climáticas). Apresenta baixa<br />

mobilida<strong>de</strong> no solo (Rodrigues & Almeida, 2005).<br />

O mecanismo primário <strong>de</strong> ação mais aceito para as acetanilidas é a inibição<br />

da síntese dos ácidos graxos <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias muito longas. Entretanto, ainda não está<br />

esclarecida a ligação entre esse bloqueio e as alterações no crescimento <strong>de</strong> parte<br />

aérea e raízes <strong>de</strong> plântulas <strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Acredita-se que a inibição <strong>na</strong> síntese<br />

<strong>de</strong> proteí<strong>na</strong>s seja um passo intermediário relevante no modo <strong>de</strong> ação, com as<br />

conseqüentes alterações nos processos <strong>de</strong> divisão e elongação celular. Guimarães et<br />

al. (2007), estudando fatores relacio<strong>na</strong>dos à <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> do alachlor ao algodoeiro <strong>em</strong><br />

caixas <strong>de</strong> germi<strong>na</strong>ção com substrato areia, concluíram que o herbicida causou<br />

redução <strong>de</strong> características da parte aérea e, <strong>em</strong> maior intensida<strong>de</strong>, do comprimento<br />

das raízes. Em vasos com solo, com alachlor <strong>na</strong> dose <strong>de</strong> 2,88 kg i.a. ha -1 , o herbicida<br />

reduziu todas as variáveis medidas <strong>na</strong> parte aérea das plantas. Concluíram também<br />

que <strong>em</strong> solos com baixa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sorção, o herbicida alachlor po<strong>de</strong> causar<br />

redução no crescimento do sist<strong>em</strong>a radicular do algodoeiro. Por outro lado, <strong>em</strong><br />

condições <strong>de</strong> alta sorção, as doses <strong>de</strong> alachlor po<strong>de</strong>m ser superiores àquelas<br />

utilizadas pelos cotonicultores (1,68 kg ha -1 ). Além disso, diz<strong>em</strong> que o volume <strong>de</strong> água<br />

aplicado ao solo após aplicação do herbicida, b<strong>em</strong> como a possível movimentação no<br />

perfil do solo, não interferiu <strong>na</strong> intensida<strong>de</strong> da ação fitotóxica do alachlor.<br />

10


No algodoeiro, há diferenças marcantes com relação às espécies e cultivares<br />

<strong>em</strong> relação ao estresse causado por <strong>herbicidas</strong> como o diuron (Oliveira Jr. &<br />

Constantin, 2001). O diuron é um dos <strong>herbicidas</strong> mais utilizados no controle <strong>de</strong> plantas<br />

daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodão, isolado ou <strong>em</strong> mistura com outros <strong>herbicidas</strong>. O<br />

algodoeiro, quando comparado a outras espécies, é consi<strong>de</strong>rado tolerante ao diuron<br />

(Beltrão et al., 1983). Contudo, a tolerância do algodoeiro para os autores parece estar<br />

relacio<strong>na</strong>da à absorção diferencial, já que, uma vez absorvido, os <strong>herbicidas</strong> são<br />

rapidamente translocados até as folhas. O diuron possui ação <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência,<br />

sendo recomendado no controle das plantas daninhas probl<strong>em</strong>áticas, tais como<br />

Commeli<strong>na</strong> sp. (trapoeraba), Richardia brasiliensis (poaia), Sida sp. (guanxuma),<br />

Spermacoce latifolia (erva quente) e as folhas estreitas. Seu mecanismo <strong>de</strong> ação<br />

(inibidor do fotossist<strong>em</strong>a II) permite bom período <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>ssas plantas<br />

infestantes. Registrado no Brasil para o controle <strong>de</strong> mono e dicotiledôneas <strong>em</strong> <strong>cultura</strong>s<br />

anuais (algodão, soja e alfafa) e perenes (abacaxi, ba<strong>na</strong>neira, cacau, café, chá, ca<strong>na</strong><strong>de</strong>-açúcar,<br />

citrus, seringueira, vi<strong>de</strong>ira). Utilizado, preferencialmente <strong>em</strong> pré<strong>em</strong>ergência,<br />

por ser a via radicular a mais importante para a absorção do produto e,<br />

também, <strong>em</strong> pós-<strong>em</strong>ergência precoce das plantas daninhas (Rodrigues & Almeida,<br />

2005).<br />

Em trabalho realizado por Beltrão (1982), o herbicida diuron mostrou-se um<br />

dos mais apropriados para a <strong>cultura</strong> do algodoeiro, tanto <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência da<br />

<strong>cultura</strong> e das plantas daninhas como <strong>em</strong> pós-<strong>em</strong>ergência <strong>em</strong> jato dirigido às<br />

entrelinhas. Na recomendação do diuron para a <strong>cultura</strong> do algodoeiro, <strong>de</strong>ve-se levar<br />

<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração, além <strong>de</strong> fatores como as proprieda<strong>de</strong>s do solo (teor <strong>de</strong> matéria<br />

orgânica, argila, umida<strong>de</strong> no momento da aplicação do herbicida), as condições<br />

climáticas no momento da aplicação (velocida<strong>de</strong> do vento, luminosida<strong>de</strong>) e também<br />

consi<strong>de</strong>rar a cultivar a ser plantada.<br />

Cruz & Toledo (1982), <strong>em</strong> trabalhos realizados <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência <strong>na</strong> <strong>cultura</strong><br />

do algodão, <strong>em</strong> solo <strong>de</strong> textura areno-argilosa, com 2,4% <strong>de</strong> matéria orgânica e pH <strong>de</strong><br />

5,8, constataram que a aplicação isolada dos <strong>herbicidas</strong> alachlor e diuron <strong>em</strong> doses<br />

até 3,01 e 1,00 kg i.a. ha -1 , respectivamente, proporcio<strong>na</strong>ram controle satisfatório das<br />

plantas daninhas até 45 DAA (dias após a aplicação). Citam ainda que tais<br />

tratamentos reduziram a altura das plantas, mas a população e a produção <strong>de</strong> algodão<br />

<strong>em</strong> caroço não foram influenciadas pelos produtos, sendo s<strong>em</strong>elhantes à test<strong>em</strong>unha<br />

capi<strong>na</strong>da e superiores à test<strong>em</strong>unha s<strong>em</strong> capi<strong>na</strong>.<br />

11


O herbicida oxyfluorfen é registrado no Brasil para as <strong>cultura</strong>s <strong>de</strong> algodão,<br />

arroz irrigado, café, ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar, citrus, eucalipto e pinus para utilização <strong>em</strong> pré e<br />

pós-<strong>em</strong>ergência, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da <strong>cultura</strong>. Controla gramíneas e algumas espécies <strong>de</strong><br />

folhas largas, ambas anuais; é aplicado <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência das plantas daninhas ou,<br />

no máximo, quando ating<strong>em</strong> a fase das duas folhas (Rodrigues & Almeida, 2005). Em<br />

pré-<strong>em</strong>ergência, age sobre o hipocótilo e epicótilo das plantas daninhas <strong>em</strong><br />

germi<strong>na</strong>ção e nos merist<strong>em</strong>as foliares, atuando próximo à superfície do solo, durante a<br />

<strong>em</strong>ergência das plantas. Não t<strong>em</strong> ação sobre os tecidos radiculares, e atua<br />

unicamente sobre os órgãos da parte aérea. Este herbicida pertence ao grupo químico<br />

dos <strong>de</strong>rivados do éter bifenílico. É inibidor da Protox, cujo mecanismo <strong>de</strong> ação inibe a<br />

atuação da enzima protoporfirinogênio oxidase. Os tecidos sensíveis sofr<strong>em</strong><br />

rapidamente necrose e morte, causadas pela peroxidação <strong>de</strong> lipí<strong>de</strong>os. Plantas<br />

susceptíveis tor<strong>na</strong>m-se cloróticas e necrosam <strong>em</strong> um a três dias. As folhas mais novas<br />

<strong>de</strong> <strong>cultura</strong>s tolerantes como a soja também po<strong>de</strong>m evi<strong>de</strong>nciar clorose ou necrose,<br />

especialmente <strong>em</strong> doses mais altas (Oliveira Jr., 2001).<br />

Matallo et al. (2000) avaliaram a eficiência e a <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> do herbicida<br />

oxyfluorfen aplicado <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência das plantas daninhas, <strong>em</strong> jato dirigido <strong>na</strong>s<br />

entrelinhas do algodão cultivar Delta Pine 20, <strong>em</strong> Latossolo Vermelho escuro <strong>de</strong><br />

textura argilosa, com 2,8% <strong>de</strong> matéria orgânica e pH <strong>de</strong> 4,9. Os tratamentos foram:<br />

oxyfluorfen <strong>na</strong>s doses <strong>de</strong> 0,24; 0,36; 0,48 e 0,72 kg i.a. ha -1 ; diuron 1,5 kg i.a. ha -1 ,<br />

utilizado como padrão e uma test<strong>em</strong>unha s<strong>em</strong> capi<strong>na</strong>. Foram verificados leves<br />

sintomas <strong>de</strong> injúrias às plantas <strong>de</strong> algodão tratadas <strong>em</strong> função da ação tóxica dos<br />

<strong>herbicidas</strong>, não ocorrendo reduções significativas no estan<strong>de</strong> n<strong>em</strong> <strong>na</strong> altura das<br />

mesmas.<br />

O herbicida s-metolachlor é um herbicida com ativida<strong>de</strong> residual utilizado para<br />

controle <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência <strong>na</strong>s <strong>cultura</strong>s <strong>de</strong> soja, milho, café,<br />

feijão, ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar e algodão, entre outras (O’Connell et al., 1998). Controla<br />

s<strong>em</strong>entes <strong>em</strong> germi<strong>na</strong>ção e plântulas já <strong>em</strong>ergidas <strong>de</strong> gramíneas anuais e <strong>de</strong> algumas<br />

poucas folhas largas como o caruru, e é absorvido tanto pelas raízes (especialmente<br />

<strong>na</strong>s dicotiledôneas) quanto pela parte aérea (principalmente <strong>na</strong>s monocotiledôneas),<br />

mas a translocação é peque<strong>na</strong>. Pertence ao grupo químico das cloroacetanilidas. O<br />

sintoma do efeito herbicida sobre as plantas sensíveis caracteriza-se pelo<br />

entumecimento dos tecidos e pelo enrolamento do caulículo <strong>na</strong>s monocotiledôneas e,<br />

<strong>na</strong>s folhas largas, observa-se a clorose, necrose e a morte. A maioria das plantas,<br />

12


porém, morre antes <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergir à superfície do solo. As que consegu<strong>em</strong> <strong>em</strong>ergir ficam<br />

retorcidas e com folhas enroladas (Rodrigues & Almeida, 2005).<br />

O herbicida prometri<strong>na</strong> é um herbicida seletivo <strong>de</strong> ação sistêmica, indicado<br />

para o controle pré-<strong>em</strong>ergente <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>de</strong> algodão. Po<strong>de</strong><br />

também ser usado <strong>em</strong> pós-<strong>em</strong>ergência inicial das plantas daninhas, mas aplicado <strong>em</strong><br />

jato dirigido <strong>na</strong>s entrelinhas do algodoeiro s<strong>em</strong> atingir as folhas da <strong>cultura</strong>. Caracterizase<br />

pela ação latifolicida acentuada, notadamente sobre as espécies anuais, e sobre<br />

algumas espécies <strong>de</strong> folhas estreitas. Pertence ao grupo químico das triazino<strong>na</strong>s. É<br />

absorvido pelas radículas das gramíneas e folhas largas e se transloca pelo xil<strong>em</strong>a até<br />

o ponto <strong>de</strong> crescimento, matando as plantas, através da inibição do processo <strong>de</strong><br />

fotossíntese (inibe a reação <strong>de</strong> Hill). Em aplicação <strong>em</strong> pós-<strong>em</strong>ergência, o produto t<strong>em</strong><br />

ação <strong>de</strong> contato sobre as plantas daninhas, assim como se transloca pelo xil<strong>em</strong>a a fim<br />

<strong>de</strong> inibir o processo <strong>de</strong> fotossíntese causando a morte das plantas sensíveis.<br />

A mistura <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> po<strong>de</strong> ser um valioso instrumento no controle das<br />

plantas daninhas. Siqueri (2002) afirma que o uso isolado do herbicida clomazone (1,0<br />

kg i.a. ha -1 ) <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro apresentou controle satisfatório para Ipomoea<br />

grandifolia até 15 DAA. No entanto, a mistura <strong>de</strong>ste com diuron (0,75 kg i.a. ha -1 )<br />

prorrogou o controle satisfatório até 45 DAA.<br />

Com a fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> testar misturas <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pré<strong>em</strong>ergência<br />

<strong>na</strong> <strong>cultura</strong> algodoeira conduzida no triângulo mineiro, Laca-Buendia et al.<br />

(1978) realizaram três ensaios, com solo argiloso-siltoso (55% argila e pH = 5,87),<br />

franco-arenoso (16% argila e pH = 6,15) e franco-argiloso (29% <strong>de</strong> argila e pH = 5,15),<br />

e observaram que entre todas as misturas testadas (trifuralin + fluometuron, 0,67 +<br />

2,00; trifuralin + diuron, 0,67 + 2,00; dinitroanilin + fluometuron, 1,25 + 2,00;<br />

dinitroanilin + prometri<strong>na</strong>, 1,25 + 2,00; dinitramine + diuron, 0,50 + 2,00; dinitramine +<br />

fluometuron 0,50 + 2,00; pendimentalin + fluometuron, 1,16 + 2,00; pendimentalin +<br />

diuron, 1,16 + 2,00 kg i.a. ha -1 ), <strong>em</strong> ambos os ensaios, a única mistura que não<br />

acarretou quedas <strong>na</strong> produtivida<strong>de</strong> foi pendimetalin + diuron (1,16 + 2,0 kg i.a. ha -1 ).<br />

Observaram ainda que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do tratamento herbicida testado, a altura das<br />

plantas foi afetada pela competição das plantas daninhas, e para os índices <strong>de</strong> fibra,<br />

percentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> fibra, comprimento da fibra e maturida<strong>de</strong> da fibra, não foram<br />

encontrados efeitos negativos da aplicação dos <strong>herbicidas</strong>.<br />

Azevedo et al. (1994) avaliaram o efeito <strong>de</strong> misturas <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> no controle<br />

<strong>de</strong> plantas daninhas <strong>em</strong> algodoeiro. As misturas testadas foram: diuron +<br />

13


pendimethalin (0,75 + 1,50; 1,00 + 1,50 e 1,25 + 1,50 kg i.a. ha -1 ), diuron + alachlor (1,00<br />

+ 1,92 e 1,25 + 1,92 kg i.a. ha -1 ). Todas as misturas aplicadas <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência <strong>na</strong>s<br />

doses testadas se mostraram seletivas ao algodoeiro. O mais elevado rendimento do<br />

algodão <strong>em</strong> caroço foi registrado no tratamento diuron + pedimenthalin (1,25 + 1,50 kg<br />

i.a. ha -1 ).<br />

Siqueri (2001) avaliou as principais opções <strong>herbicidas</strong> disponíveis <strong>na</strong><br />

modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pré-<strong>em</strong>ergência <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro: diuron (0,93 kg i.a. ha -1 ),<br />

cya<strong>na</strong>zine (2,5 kg i.a. ha -1 ), alachlor (2,5 kg i.a. ha -1 ), clomazone + diuron (2,0 + 0,93<br />

kg i.a. ha -1 ), clomazone + cya<strong>na</strong>zine (2,0 + 2,5 kg i.a. ha -1 ), clomazone (2,0 kg i.a.ha -1 );<br />

alachlor + diuron (2,5 + 0,93 kg i.a. ha -1 ) e trifluralin + diuron (3,0 + 1,5 kg i.a. ha -1 ).<br />

Constatou que todos tratamentos causaram fitotoxicida<strong>de</strong> aceitável (menor que 20%<br />

das plantas com fitointoxicação) até 15 dias após a aplicação. Após esta data<br />

nenhuma fitotoxicida<strong>de</strong> foi encontrada.<br />

Freitas et al. (2006) constataram que o herbicida s-metolachlor não causou<br />

sintomas <strong>de</strong> intoxicação às plantas <strong>de</strong> algodão mesmo <strong>na</strong> maior dose utilizada (1,152<br />

kg i.a. ha -1 ) <strong>em</strong> solo <strong>de</strong> textura argilosa, com 2,79% <strong>de</strong> matéria orgânica. Concluíram<br />

também que, a aplicação <strong>de</strong> s-metolachlor e trifloxysulfuron sodium, isoladamente,<br />

proporcionou aumento <strong>na</strong> produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço <strong>em</strong> relação à<br />

test<strong>em</strong>unha capi<strong>na</strong>da, porém a produtivida<strong>de</strong> foi maior com a combi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong>sses<br />

<strong>herbicidas</strong>. A combi<strong>na</strong>ção das doses <strong>de</strong> 0,768 e 1,152 kg i.a. ha -1 <strong>de</strong> s-metolachlor<br />

com 5,250 e 7,870 g i.a. ha -1 <strong>de</strong> trifloxysulfuron sodium proporcionou produtivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

algodão <strong>em</strong> caroço s<strong>em</strong>elhantes à da test<strong>em</strong>unha capi<strong>na</strong>da.<br />

2.4. Metodologia para avaliação <strong>de</strong> <strong>seletivida<strong>de</strong></strong><br />

A <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> não <strong>de</strong>ve ser somente avaliada observando os sintomas visuais<br />

<strong>de</strong> intoxicação, pois se sabe que exist<strong>em</strong> produtos que reduz<strong>em</strong> a produtivida<strong>de</strong> da<br />

<strong>cultura</strong> s<strong>em</strong> manifestar sintomas visuais e outros que provocam injúrias acentuadas,<br />

mas que permit<strong>em</strong> à <strong>cultura</strong> manifestar ple<strong>na</strong>mente seu potencial produtivo. Portanto,<br />

<strong>na</strong> avaliação da <strong>seletivida<strong>de</strong></strong>, além dos sintomas visuais <strong>de</strong> intoxicação, é importante<br />

consi<strong>de</strong>rar os dados <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> da <strong>cultura</strong> (Socieda<strong>de</strong> Brasileira da Ciência das<br />

Plantas Daninhas, 1995).<br />

14


Um dos meios para se tentar minimizar os efeitos externos e reduzir a<br />

variabilida<strong>de</strong> <strong>na</strong> área seria aumentar o número <strong>de</strong> test<strong>em</strong>unhas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada<br />

repetição, o que correspon<strong>de</strong> a uma área não tratada ao lado <strong>de</strong> uma que recebeu o<br />

tratamento, e com toda a área experimental capi<strong>na</strong>da durante todo o ciclo da <strong>cultura</strong>.<br />

Esta técnica t<strong>em</strong> sido adotada com sucesso no estudo da <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong><br />

<strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>de</strong> ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar (Fagliari et al., 2001).<br />

A técnica <strong>de</strong> test<strong>em</strong>unhas duplas foi, inicialmente, proposta para a avaliação<br />

da <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar (Constantin, 1996). Mais<br />

recent<strong>em</strong>ente, foi utilizada também no estudo da <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong><br />

<strong>cultura</strong>s como alface (Giordani et al., 2000), soja (Lee, 2001; Alonso, 2008), mandioca<br />

(Biffe, 2008) e algodão (Brambilla, 2008). Consiste no aumento do número <strong>de</strong><br />

test<strong>em</strong>unhas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada repetição, o que correspon<strong>de</strong> a uma parcela não-tratada<br />

ao lado <strong>de</strong> cada parcela que recebeu o tratamento, mantendo-se todas as<br />

test<strong>em</strong>unhas capi<strong>na</strong>das durante todo o ciclo.<br />

Esse tipo <strong>de</strong> experimento confere maior controle sobre a variabilida<strong>de</strong> do<br />

meio, especialmente quando se utiliza o tradicio<strong>na</strong>l <strong>de</strong>lineamento <strong>em</strong> blocos<br />

casualizados, com uma única test<strong>em</strong>unha por bloco. Preten<strong>de</strong>-se que essa técnica<br />

seja, portanto, uma forma alter<strong>na</strong>tiva <strong>de</strong> aferir com maior rigor as diferenças entre<br />

tratamentos. Apresenta como <strong>de</strong>svantag<strong>em</strong> intrínseca o aumento do número <strong>de</strong><br />

parcelas a ser<strong>em</strong> avaliadas <strong>em</strong> cada repetição, o qual será <strong>de</strong> 2n + 1, <strong>em</strong> que n<br />

representa o número <strong>de</strong> tratamentos a ser<strong>em</strong> avaliados (Mesche<strong>de</strong> et al., 2004).<br />

Fagliari et al. (2001) compararam métodos <strong>de</strong> avaliação da <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />

<strong>herbicidas</strong> para a <strong>cultura</strong> da ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar; o método convencio<strong>na</strong>l (on<strong>de</strong> se<br />

compararam as áreas tratadas com <strong>herbicidas</strong> com a média <strong>de</strong> todas as test<strong>em</strong>unhas<br />

duplas adjacentes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada repetição) e o método on<strong>de</strong> se comparou cada<br />

herbicida com a média das suas respectivas test<strong>em</strong>unhas duplas adjacentes.<br />

Verificaram que, utilizando o método convencio<strong>na</strong>l, nenhum herbicida afetou <strong>de</strong> forma<br />

significativa a produtivida<strong>de</strong> ou as características tecnológicas (todos <strong>herbicidas</strong><br />

testados foram seletivos para a <strong>cultura</strong> da ca<strong>na</strong>). No entanto, no segundo método,<br />

verificaram-se comportamentos distintos para a maioria <strong>de</strong>les, on<strong>de</strong> a gran<strong>de</strong> maioria<br />

dos <strong>herbicidas</strong> estudados foi consi<strong>de</strong>rada não-seletiva para a ca<strong>na</strong>. Segundo Fagliari<br />

et al. (2001), com o uso <strong>de</strong> test<strong>em</strong>unhas duplas, foi possível reduzir a variabilida<strong>de</strong> <strong>na</strong><br />

área experimental - menores C.V. – e, conseqüent<strong>em</strong>ente, evi<strong>de</strong>nciar diferenças<br />

15


significativas entre a média <strong>de</strong>ssas test<strong>em</strong>unhas e os <strong>herbicidas</strong> para maior número <strong>de</strong><br />

variáveis estudadas.<br />

16


3. MATERIAL E MÉTODOS<br />

Foram conduzidos dois experimentos <strong>em</strong> campo, <strong>na</strong>s <strong>de</strong>pendências da<br />

Fazenda Experimental <strong>de</strong> Iguat<strong>em</strong>i (FEI), pertencente à Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong><br />

Maringá (UEM), localizada no distrito <strong>de</strong> Iguat<strong>em</strong>i, município <strong>de</strong> Maringá, Estado do<br />

Paraná, situado <strong>na</strong> latitu<strong>de</strong> 23º 25’ S, longitu<strong>de</strong> 51º 57’ W e altitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> 542 m, durante<br />

o período <strong>de</strong> janeiro a agosto <strong>de</strong> 2007.<br />

O solo da área experimental apresentava 280 g kg -1 <strong>de</strong> argila, 30 g kg -1 <strong>de</strong> silte,<br />

690 g kg -1 <strong>de</strong> areia, 16,04 g dm -3 <strong>de</strong> matéria orgânica, pH <strong>em</strong> água igual a 6,0 e é<br />

classificado como Argissolo Vermelho distrófico <strong>de</strong> textura média (EMBRAPA, 1999).<br />

Suas características químicas e granulométricas encontram-se <strong>na</strong>s Tabelas 1, 2 e 3.<br />

Tabela 1. Resultado da análise química da amostra <strong>de</strong> solo coletada <strong>na</strong> área<br />

experimental – Maringá, PR - 2007<br />

pH cmol c dm -3 mg dm -3 g dm -3<br />

CaCl 2 H 2 O Al 3+ H + + Al 3+ Ca +2 Mg +2 K + SB CTC P C<br />

5,1 6,0 0,0 4,28 5,03 1,35 0,56 6,94 11,22 6,6 16,04<br />

%<br />

V Ca Mg K m<br />

Ca/Mg Ca/K Mg/K<br />

Ca Mg<br />

K<br />

K<br />

Ca Mg<br />

61,85 44,83 12,03 4,99 0,00 3,73 8,98 2,41 11,39 0,22<br />

Análise realizada pelo Laboratório <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Solos do Departamento <strong>de</strong> Agronomia da<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, 2007.<br />

Ca, Mg, Al – extraídos com KCl 1mol L -1<br />

P, K – extraídos com Mehlich 1<br />

H+Al – método SMP<br />

C – método Walkley & Black<br />

SB – Soma <strong>de</strong> bases<br />

17


Tabela 2. Resultado da análise granulométrica da amostra <strong>de</strong> solo coletada <strong>na</strong> área<br />

experimental – Maringá, PR - 2007<br />

Areia Grossa Areia Fi<strong>na</strong> Silte Argila<br />

%<br />

35 34 03 28<br />

Análise realizada pelo Laboratório <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Solos do Departamento <strong>de</strong> Agronomia da<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, 2007.<br />

Tabela 3. Resultado da análise <strong>de</strong> micronutrientes da amostra <strong>de</strong> solo coletada <strong>na</strong><br />

área experimental – Maringá, PR - 2007<br />

-2<br />

S-SO 4 Fe Zn Cu Mn<br />

mg dm -3<br />

8,57 132,60 5,65 14,69 269,61<br />

Análise realizada pelo Laboratório <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Solos do Departamento <strong>de</strong> Agronomia da<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, 2007.<br />

S-SO 4<br />

-2<br />

– Extraído pelo método Fosfato Monocálcico.<br />

Fe, Zn, Cu e Mn – extraidos com extrator Mehlich 1.<br />

Segundo a classificação <strong>de</strong> Köeppen, o clima <strong>na</strong> área experimental é classificado<br />

como subtropical com chuvas <strong>de</strong> verão e invernos secos, Cfa. A t<strong>em</strong>peratura média anual<br />

é <strong>de</strong> 21,69°C, sendo 36,82°C a média das t<strong>em</strong>peraturas máximas do mês mais quente, e<br />

10,98°C a média das t<strong>em</strong>peraturas mínimas do mês mais frio.<br />

Na Figura 1 estão representados os valores <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura máxima e mínima,<br />

além da precipitação, ambos diários, ocorridos nos 171 dias <strong>de</strong> ciclo da <strong>cultura</strong>.<br />

18


Figura 1. T<strong>em</strong>peratura máxima, mínima e precipitação diária durante os 171 dias <strong>de</strong> ciclo da <strong>cultura</strong> do algodoeiro.<br />

Maringá, PR - 2007.<br />

Fonte: Laboratório <strong>de</strong> S<strong>em</strong>entes – Fazenda Experimental <strong>de</strong> Iguat<strong>em</strong>i.<br />

19


Dois experimentos distintos foram conduzidos simultaneamente, cada um com<br />

uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> algodoeiro. No primeiro experimento utilizou-se a varieda<strong>de</strong> Delta-<br />

Opal e, no segundo, a varieda<strong>de</strong> FMT 701, sendo estas as duas mais cultivadas no<br />

Brasil atualmente.<br />

Os tratamentos <strong>herbicidas</strong> testados foram idênticos para ambas as<br />

varieda<strong>de</strong>s. Os experimentos foram conduzidos com a utilização <strong>de</strong> test<strong>em</strong>unhas<br />

duplas, on<strong>de</strong> para cada parcela com um tratamento herbicida testado exist<strong>em</strong> duas<br />

parcelas adjacentes s<strong>em</strong> a aplicação <strong>de</strong> herbicida (test<strong>em</strong>unhas s<strong>em</strong> <strong>herbicidas</strong>).<br />

A unida<strong>de</strong> experimental (subparcela) compreen<strong>de</strong>u quatro linhas <strong>de</strong> plantio<br />

espaçadas entre si <strong>de</strong> 0,90 m, com 5,00 m <strong>de</strong> comprimento, compreen<strong>de</strong>ndo uma área<br />

total <strong>de</strong> 18,00 m 2 por parcela. O <strong>de</strong>lineamento experimental utilizado foi o <strong>de</strong> blocos ao<br />

acaso, <strong>em</strong> esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong> parcelas subdivididas, com quatro repetições. Os <strong>herbicidas</strong><br />

foram os fatores estudados <strong>na</strong>s parcelas (tratamentos principais) e a condição<br />

ausência ou presença dos <strong>herbicidas</strong> foram os fatores estudados <strong>na</strong>s subparcelas<br />

(tratamentos secundários).<br />

Antes da instalação do experimento, o solo foi revolvido por duas vezes,<br />

sendo a primeira com uma gra<strong>de</strong> aradora e a segunda com uma gra<strong>de</strong> niveladora,<br />

visando uma <strong>de</strong>scompactação e maior uniformização do solo <strong>na</strong> área experimental,<br />

além <strong>de</strong> elimi<strong>na</strong>r todas as plantas daninhas existentes. A s<strong>em</strong>eadura da <strong>cultura</strong> do<br />

algodoeiro foi realizada <strong>em</strong> 22 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2007, utilizando uma s<strong>em</strong>eadora com<br />

quatro linhas <strong>de</strong> s<strong>em</strong>eadura, espaçadas 0,90 m. A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> s<strong>em</strong>eadura foi <strong>de</strong> 10<br />

a 12 s<strong>em</strong>entes por metro linear, sendo estas s<strong>em</strong>eadas a uma profundida<strong>de</strong><br />

aproximada <strong>de</strong> 2,0 cm. A adubação utilizada no sulco <strong>de</strong> s<strong>em</strong>eadura foi <strong>de</strong> 300 kg ha -1<br />

da fórmula comercial 04-20-20.<br />

Os tratamentos foram compostos por <strong>herbicidas</strong> <strong>aplicados</strong> isoladamente e por<br />

misturas <strong>em</strong> tanque, representados <strong>na</strong> Tabela 4, <strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. A<br />

aplicação ocorreu no dia seguinte à s<strong>em</strong>eadura, sendo <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência total (da<br />

<strong>cultura</strong> e das plantas daninhas). As condições <strong>de</strong> aplicação do primeiro experimento<br />

(varieda<strong>de</strong> Delta-Opal) foram: solo úmido; t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong> 30°C; umida<strong>de</strong> relativa do ar<br />

<strong>de</strong> 62%; velocida<strong>de</strong> do vento <strong>de</strong> 1,0 km h -1 e céu parcialmente nublado. No momento<br />

da aplicação do segundo experimento (varieda<strong>de</strong> FMT-701), as condições <strong>de</strong><br />

aplicação eram: solo úmido; t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong> 26°C; umida<strong>de</strong> relativa do ar <strong>de</strong> 69%;<br />

velocida<strong>de</strong> do vento <strong>de</strong> 1,0 km h -1 e céu limpo. As aplicações foram realizadas com um<br />

pulverizador costal <strong>de</strong> pressão constante à base <strong>de</strong> CO 2 (35 lb pol -2 ) equipado com 5<br />

20


icos XR 110.02, espaçados <strong>em</strong> 0,5 m, proporcio<strong>na</strong>ndo uma vazão <strong>de</strong> 200 L ha -1 <strong>de</strong><br />

calda.<br />

Tabela 4. Tratamentos <strong>herbicidas</strong> avaliados e suas respectivas doses <strong>de</strong> ingrediente<br />

ativo e produto comercial, para duas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> algodoeiro. Maringá-PR<br />

- 2007<br />

Tratamentos<br />

Dose<br />

Nome comum Nome comercial kg i.a. ha -1 L. p.c. ha -1<br />

1. Alachlor Laço 1,200 2,5<br />

2. S-metolachlor Dual Gold 0,672 0,7<br />

3. Diuron Diuron 0,900 1,8<br />

4. Diuron Diuron 1,200 2,4<br />

5. Prometri<strong>na</strong> Gesagard 0,900 1,8<br />

6. Prometri<strong>na</strong> Gesagard 1,200 2,4<br />

7. Oxyfluorfen Goal 0,192 0,8<br />

8. Alachlor + Diuron Laço + Diuron 1,200 + 1,200 2,5 + 2,4<br />

9. Alachlor + Prometri<strong>na</strong> Laço + Gesagard 1,200 + 0,900 2,5 + 1,8<br />

10. Alachlor + Prometri<strong>na</strong> Laço + Gesagard 1,200 + 1,200 2,5 + 2,4<br />

11. S-metolachlor + Diuron Dual Gold + Diuron 0,672 + 1,200 0,7 + 2,4<br />

12. S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> Dual Gold + Gesagard 0,672 + 0,900 0,7 + 1,8<br />

13. S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> Dual Gold + Gesagard 0,672 + 1,200 0,7 + 2,4<br />

14. Oxyfluorfen + Diuron Goal + Diuron 0,192 + 1,200 0,8 + 2,4<br />

15. Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> Goal + Gesagard 0,192 + 0,900 0,8 + 1,8<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do tratamento herbicida utilizado, todas as parcelas foram<br />

mantidas livres da presença <strong>de</strong> plantas daninhas durante todo seu ciclo evitando,<br />

<strong>de</strong>sta maneira, que a interferência <strong>de</strong> plantas daninhas mascarasse os resultados <strong>de</strong><br />

<strong>seletivida<strong>de</strong></strong>. Durante o ciclo da <strong>cultura</strong> foram realizadas quatro capi<strong>na</strong>s, sendo a<br />

última aos 60 DAA, conforme se observa <strong>na</strong> Tabela 5.<br />

Todas as práticas <strong>cultura</strong>is necessárias para a condução da lavoura, tais<br />

como o tratamento <strong>de</strong> s<strong>em</strong>entes, controle <strong>de</strong> pragas e doenças, cobertura nutricio<strong>na</strong>l,<br />

utilização <strong>de</strong> regulador <strong>de</strong> crescimento, <strong>de</strong>sfolhantes, entre outros (<strong>de</strong>scritos <strong>na</strong> Tabela<br />

5), foram <strong>em</strong>pregados <strong>de</strong> igual forma para todas as parcelas, <strong>de</strong> forma que a única<br />

variável fosse o tratamento herbicida testado.<br />

21


Tabela 5. Tratos <strong>cultura</strong>is realizados durante o ciclo da <strong>cultura</strong> do algodoeiro (janeiro –<br />

julho), Maringá, PR - 2007.<br />

Data Objetivo Método/Dose utilizados<br />

22/01 Trat s<strong>em</strong>entes c/ fungicida. Maxin XL (0,25 L 100 kg s<strong>em</strong>ente -1 )<br />

Trat s<strong>em</strong>entes c/ Inseticida Cruiser (0,4 L 100 kg s<strong>em</strong>ente -1 )<br />

S<strong>em</strong>eadura<br />

Adubação no sulco 300 kg ha -1 do formulado 04-20-20<br />

23/01 Aplicação dos tratamentos<br />

29/01 Controle <strong>de</strong> pragas Valon (0,33 L ha -1 )<br />

01/02 Controle <strong>de</strong> pragas Folisuper (1,0 L ha -1 ) + Endosulfan (1,0 L ha -1 )<br />

Controle plantas daninhas Capi<strong>na</strong> manual<br />

06/02 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 ) + Folisuper 1,0 L ha -1 )<br />

09/02 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 ) + Marshal (0,4 L ha -1 )<br />

12/02 Controle <strong>de</strong> pragas Orthene (1,0 kg ha -1 ) + Marshal (0,4 L ha -1 )<br />

13/02 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 )<br />

15/02 Controle plantas daninhas Capi<strong>na</strong> manual<br />

16/02 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (1,5 L ha -1 )<br />

21/02 Adubação <strong>de</strong> cobertura Sultafo <strong>de</strong> amônia (100 kg ha -1 )<br />

24/02 Controle <strong>de</strong> pragas Orthene (1,0 kg ha -1 )<br />

27/02 Controle plantas daninhas Capi<strong>na</strong> manual<br />

28/02 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 )<br />

05/03 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,5 L ha -1 )<br />

08/03 Adubação <strong>de</strong> cobertura Sultafo <strong>de</strong> amônia (100 kg ha -1 )<br />

Adubação <strong>de</strong> cobertura KCl (200 kg ha -1 )<br />

Regulador <strong>de</strong> crescimento Pix (0,5 L ha -1 )<br />

Adubação Foliar Boro (0,8 kg ha -1 )<br />

Controle <strong>de</strong> pragas Confidor (300 g ha -1 )<br />

16/03 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,5 L ha -1 )<br />

Adubação Foliar Boro (0,8 kg ha -1 )<br />

Adubação Foliar Zinco (0,4 kg ha -1 )<br />

Controle <strong>de</strong> doenças Priori Xtra (0,3 L ha -1 ) + óleo vegetal (0,4 L ha -1 )<br />

22/03 Controle plantas daninhas Capi<strong>na</strong> manual<br />

23/03 Controle <strong>de</strong> pragas Orthene (1,0 kg ha -1 )<br />

27/03 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 )<br />

Regulador <strong>de</strong> crescimento Pix (0,5 L ha -1 )<br />

30/03 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (1,5 L ha -1 ) + Folisuper (1,0 L ha -1 )<br />

Adubação Foliar Boro (0,8 kg ha -1 )<br />

31/03 Controle <strong>de</strong> pragas Catação <strong>de</strong> botões florais<br />

03/04 Controle <strong>de</strong> pragas Karatê (0,4 L ha -1 )<br />

05/04 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 )<br />

09/04 Controle <strong>de</strong> pragas Talstar (0,25 L ha -1 )<br />

Adubação Foliar Boro (0,8 kg ha -1 )<br />

14/04 Controle <strong>de</strong> pragas Orthene 1,0 kg ha -1<br />

17/04 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 ) + Marshal (0,4 L ha -1 )<br />

21/04 Controle <strong>de</strong> pragas Talstar (0,25 L ha -1 ) + Marshal (0,4 L ha -1 )<br />

22


Tabela 5. Continuação...<br />

24/04 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 )<br />

28/04 Controle <strong>de</strong> pragas Orthene (1,5 kg ha -1 )<br />

Controle <strong>de</strong> doenças<br />

Priori Extra (0,3 L ha -1 ) + óleo vegetal (0,2% v/v)<br />

Adubação Foliar Boro (0,4 kg ha -1 )<br />

04/05 Controle <strong>de</strong> pragas Orthene (1,0 kg ha -1 ) + Endosulfan (2,0 L ha -1 )<br />

15/05 Controle <strong>de</strong> pragas Orthene (1,0 kg ha -1 )<br />

22/06 Dessecação Gramoxone (2,0 L ha -1 )<br />

04/07 Encerrado experimento 1 (var. Delta-Opal)<br />

06/07 Dessecação Gramoxone (2,5 L ha -1 )<br />

11/07 Encerrado experimento 2 (Var. FMT-701)<br />

Durante o ciclo da <strong>cultura</strong>, foram realizadas avaliações <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong>,<br />

estan<strong>de</strong>, altura <strong>de</strong> plantas e número <strong>de</strong> capulhos por planta. Após a colheita, avaliouse<br />

a produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço.<br />

Fitotoxicida<strong>de</strong><br />

Durante o <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>cultura</strong>, foram realizadas avaliações visuais <strong>de</strong><br />

fitotoxicida<strong>de</strong> aos 14, 21, 29 e 49 dias após a aplicação (DAA) dos <strong>herbicidas</strong>.<br />

Nas avaliações visuais, foram atribuídas notas a cada unida<strong>de</strong><br />

experimental, conforme a escala EWRC (EUROPEAN WEED RESEARCH<br />

COUNCIL, 1964), <strong>de</strong>scrita <strong>na</strong> Tabela 6.<br />

Tabela 6. Escala <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong> EWRC utilizada <strong>na</strong>s avaliações.<br />

1 nenhum dano;<br />

peque<strong>na</strong>s alterações (<strong>de</strong>scoloração, <strong>de</strong>formação) visíveis <strong>em</strong> algumas<br />

2<br />

plantas;<br />

peque<strong>na</strong>s alterações (<strong>de</strong>scoloração, <strong>de</strong>formação) visíveis <strong>em</strong> muitas<br />

3<br />

plantas;<br />

forte <strong>de</strong>scoloração (amarelecimento) ou razoável <strong>de</strong>formação, s<strong>em</strong> contudo,<br />

4<br />

ocorrer necrose (morte dos tecidos);<br />

necrosamento (queima) <strong>de</strong> algumas folhas, <strong>em</strong> especial <strong>na</strong>s margens,<br />

5<br />

acompanhado <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação <strong>em</strong> folhas e brotos;<br />

mais <strong>de</strong> 50% das folhas e brotos apresentando necrosamento e/ou severa<br />

6<br />

<strong>de</strong>formação;<br />

7 mais <strong>de</strong> 80% <strong>de</strong> folhas e brotos <strong>de</strong>struídos;<br />

danos extr<strong>em</strong>amente graves, sobrando ape<strong>na</strong>s peque<strong>na</strong>s áreas ver<strong>de</strong>s <strong>na</strong>s<br />

8<br />

plantas;<br />

9 danos totais (morte das plantas).<br />

23


Estan<strong>de</strong> <strong>de</strong> plantas<br />

As avaliações <strong>de</strong> estan<strong>de</strong> foram realizadas aos 21 e 49 DAA, contando-se o<br />

número <strong>de</strong> plantas <strong>em</strong> 5 metros lineares <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada parcela. Para tal, foi fixado<br />

que a avaliação s<strong>em</strong>pre ocorreria <strong>na</strong> segunda linha <strong>de</strong> plantio evitando, <strong>de</strong>sta forma,<br />

que <strong>de</strong> alguma maneira os avaliadores, mesmo que inconscient<strong>em</strong>ente, foss<strong>em</strong><br />

ten<strong>de</strong>nciosos.<br />

Altura <strong>de</strong> plantas<br />

Para a <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção da altura média <strong>de</strong> plantas (cm), mediram-se <strong>de</strong>z plantas<br />

aleatoriamente <strong>na</strong> parcela aos 21, 36 e aos 66 DAA. As plantas foram medidas <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o colo até a inserção da folha mais nova completamente expandida da planta.<br />

Número <strong>de</strong> capulhos<br />

A avaliação do número <strong>de</strong> capulhos ocorreu <strong>na</strong> pré-colheita, aos 141 DAA, por<br />

meio da contag<strong>em</strong> do número <strong>de</strong> maçãs <strong>em</strong> cinco plantas por parcela.<br />

Produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço<br />

Foi realizada a colheita do algodão <strong>de</strong> forma manual <strong>em</strong> toda a parcela, para<br />

quantificação da produção <strong>em</strong> caroço. Para o experimento com a varieda<strong>de</strong> Delta-<br />

Opal, foram realizadas duas colheitas, sendo a primeira <strong>em</strong> 15/06/2007, quando<br />

aproximadamente 30% dos capulhos encontravam-se abertos e a segunda <strong>em</strong><br />

04/07/2007, quando os 70% restantes dos capulhos se encontrava abertos. O<br />

experimento com a varieda<strong>de</strong> FMT-701 foi colhido três vezes, sendo a primeira <strong>em</strong><br />

16/06/2007, quando aproximadamente 20% das maçãs já estavam maturas e abertas,<br />

a segunda colheita foi realizada <strong>em</strong> 27/06/2007, quando aproximadamente 50% dos<br />

capulhos estavam abertos e a terceira e última colheita foi realizada <strong>em</strong> 11/07/2007,<br />

quando os 30% restante dos capulhos estavam abertos. Durante a pesag<strong>em</strong>, foram<br />

retiradas amostras <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço, requisito necessário para o cálculo da<br />

porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> contida no algodão. Após a pesag<strong>em</strong>, as amostras foram<br />

encaminhadas à estufa com t<strong>em</strong>peratura constante <strong>de</strong> 55 0 C por 72 horas, para que<br />

per<strong>de</strong>sse toda sua umida<strong>de</strong>. Através <strong>de</strong> uma nova pesag<strong>em</strong> da amostra foi<br />

quantificado a porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> <strong>em</strong> que o algodão foi colhido. Posteriormente<br />

a produção <strong>de</strong> todas as unida<strong>de</strong>s experimentais foi uniformizada para umida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

14%.<br />

24


Os dados encontrados <strong>na</strong>s avaliações foram a<strong>na</strong>lisados comparando as áreas<br />

tratadas com <strong>herbicidas</strong> com a média das test<strong>em</strong>unhas duplas adjacentes. O<br />

<strong>de</strong>lineamento experimental foi do tipo blocos ao acaso, utilizando parcelas subdividas,<br />

sendo 15 tratamentos e quatro repetições. Os dados foram submetidos à análise <strong>de</strong><br />

variância pelo teste F. Quando significativas, as diferenças entre as médias foram<br />

comparadas pelo teste <strong>de</strong> Tukey a 10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>.<br />

25


4. RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Nas Tabelas 7 e 8 estão representados os resultados referentes à análise <strong>de</strong><br />

estan<strong>de</strong> <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> algodoeiro <strong>em</strong> função dos <strong>herbicidas</strong> isolados e <strong>em</strong> misturas,<br />

aos 21 e 49 DAA, respectivamente, para as varieda<strong>de</strong>s Delta-Opal e FMT 701. Po<strong>de</strong>se<br />

notar que entre todas as avaliações realizadas, o único tratamento que<br />

proporcionou redução no estan<strong>de</strong> da <strong>cultura</strong> foi a mistura s-metolachlor + diuron aos<br />

21 DAA para a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal. Nas <strong>de</strong>mais avaliações aos 21 DAA e <strong>em</strong> todas<br />

as avaliações aos 49 DAA, os tratamentos <strong>herbicidas</strong> testados isoladamente ou <strong>em</strong><br />

mistura não proporcio<strong>na</strong>ram diferenças significativas para o estan<strong>de</strong> da <strong>cultura</strong> do<br />

algodoeiro <strong>em</strong> ambos os experimentos. Confirmando estes resultados, Cruz & Toledo<br />

(1982) avaliando tratamentos com alachlor (3,01 kg i.a. ha -1 ) e diuron (1,00 kg i.a. ha -1 )<br />

e Matallo et al. (2000) avaliando tratamentos com diuron (1,50 kg i.a. ha -1 ) e com<br />

oxyfluorfen (0,24; 0,36; 0,48 e 0,72 kg i.a. ha -1 ) também não observaram reduções<br />

significativas no estan<strong>de</strong> da <strong>cultura</strong> algodoeira.<br />

26


Tabela 7. Estan<strong>de</strong> (plantas m -1 ) <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> algodoeiro, var. Delta-Opal, aos 21 e 49 dias após o<br />

tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR - 2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 )<br />

21 DAA 49 DAA<br />

Trat TD Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 8,64 a 8,70 a 8,05 a 7,93 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 8,64 a 8,64 a 8,50 a 8,08 a<br />

3-Diuron 0,900 8,76 a 8,57 a 8,35 a 8,47 a<br />

4-Diuron 1,200 7,89 a 8,39 a 8,15 a 8,40 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 8,89 a 9,14 a 8,55 a 8,00 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 8,51 a 8,89 a 8,40 a 8,33 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 8,38 a 9,20 a 8,55 a 8,60 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 8,89 a 9,07 a 7,60 a 8,10 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 8,39 a 8,95 a 7,80 a 8,17 a<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 9,76 a 8,89 a 7,95 a 7,90 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 7,64 b 9,14 a 8,20 a 7,80 a<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 8,64 a 8,45 a 8,95 a 8,00 b<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 8,39 a 8,89 a 8,10 a 8,05 a<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 9,14 a 8,70 a 7,70 a 7,98 a<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 9,26 a 8,26 a 8,10 a 8,40 a<br />

CV (%) 11,38 6,81<br />

DMS (Tukey, 10%) 1,18 0,66<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F (10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

27


Tabela 8. Estan<strong>de</strong> (plantas m -1 ) <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> algodoeiro, var. FMT-701, aos 21 e 49 dias após o tratamento<br />

com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR - 2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 )<br />

21 DAA 49 DAA<br />

Trat TD Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 9,50 a 8,63 a 8,90 a 8,30 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 8,25 a 8,75 a 8,45 a 8,15 a<br />

3-Diuron 0,900 9,38 a 8,38 a 8,55 a 7,93 a<br />

4-Diuron 1,200 8,63 a 8,50 a 8,10 a 8,10 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 8,63 a 8,75 a 8,25 a 7,68 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 9,88 a 8,63 a 8,45 a 7,58 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 9,13 a 8,69 a 8,85 a 8,15 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 8,88 a 9,38 a 8,45 a 8,55 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 8,63 a 8,75 a 8,25 a 8,53 a<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 7,38 a 8,25 a 8,35 a 7,65 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 10,38 a 8,56 b 8,95 a 7,80 b<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 8,50 a 8,63 a 8,65 a 7,88 a<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 8,25 a 8,06 a 7,90 a 7,60 a<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 8,63 a 8,56 a 8,20 a 8,20 a<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 9,25 a 8,44 a 8,15 a 7,98 a<br />

CV (%) 14,88 9,72<br />

DMS (Tukey, 10%) 1,54 0,95<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F (10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

28


Nas três avaliações <strong>de</strong> altura realizadas, nota-se que as varieda<strong>de</strong>s<br />

estudadas apresentaram respostas diferenciadas <strong>em</strong> relação aos <strong>herbicidas</strong> testados.<br />

Para a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal (Tabela 9), <strong>na</strong> primeira avaliação, aos 21 DAA, os<br />

tratamentos contendo alachlor aplicado isolado ou <strong>em</strong> combi<strong>na</strong>ção com prometri<strong>na</strong><br />

(<strong>em</strong> ambas as doses) reduziram o porte da planta. Os trabalhos <strong>de</strong> Cruz & Toledo<br />

(1982) e Guimarães et al. (2007) confirmam este resultado, visto que encontraram<br />

redução no porte da planta ao utilizar o herbicida alachlor, <strong>na</strong>s doses <strong>de</strong> 3,01 e 2,88 kg<br />

i.a. ha -1 respectivamente. Outros tratamentos que afetaram o <strong>de</strong>senvolvimento inicial<br />

do algodoeiro foram as misturas s-metolachlor + prometri<strong>na</strong>, <strong>em</strong> ambas as doses,<br />

além do herbicida oxyfluorfen aplicado isoladamente. Aos 36 DAA, observa-se que os<br />

tratamentos contendo alachlor aplicado isolado ou <strong>em</strong> combi<strong>na</strong>ção com prometri<strong>na</strong><br />

(<strong>em</strong> ambas as doses) não <strong>de</strong>monstraram recuperação <strong>em</strong> sua altura, mantendo-se<br />

inferior <strong>em</strong> seu porte, conforme observado <strong>na</strong>s avaliações aos 21 DAA. Os<br />

tratamentos com oxyfluorfen isolado, s-metolachlor isolado e s-metolachlor +<br />

prometri<strong>na</strong> (0,672 + 1,200 kg i.a. ha -1 ) também afetaram a altura das plantas nesta<br />

avaliação. Na última avaliação realizada, aos 66 DAA, observa-se que todas estas<br />

diferenças entre as parcelas tratadas com <strong>herbicidas</strong> e suas respectivas test<strong>em</strong>unhas<br />

passaram a não existir, indicando a recuperação da <strong>cultura</strong>. Entretanto, o tratamento<br />

oxyfluorfen + prometri<strong>na</strong>, que até então não havia apresentado qualquer efeito<br />

significativo, passa a apresentar redução no porte da planta.<br />

Para a varieda<strong>de</strong> FMT-701 (Tabela 10), os <strong>herbicidas</strong> que promoveram redução <strong>na</strong><br />

altura das plantas aos 21 DAA foram: diuron (0,900 kg i.a. ha -1 ); alachlor + diuron; s-<br />

metolachlor + diuron; s-metolachlor + prometri<strong>na</strong> (0,672 +0,900 kg i.a. ha -1 ) e<br />

oxyfluorfen + diuron. Aos 36 DAA, os tratamentos com oxyfluorfen aplicado<br />

isoladamente, diuron (0,900 kg i.a. ha -1 ) e oxyfluorfen + diuron continuaram<br />

apresentando altura significativamente inferior às suas respectivas test<strong>em</strong>unhas.<br />

Corroborando com estes resultados, Cruz & Toledo (1982) observaram redução <strong>na</strong><br />

altura da planta com diuron à 1,00 kg i.a. ha -1 . Entretanto, Matallo et al. (2000) não<br />

observaram redução <strong>na</strong> altura das plantas utilizando oxyfluorfen <strong>em</strong> dose até 0,72 kg<br />

i.a. ha -1 e diuron <strong>em</strong> dose <strong>de</strong> 1,50 kg i.a. ha -1 . Em avaliação aos 66 DAA, não foram<br />

observadas tais diferenças, porém o tratamento alachor + prometrine (1,200 + 0,900<br />

kg i.a. ha -1 ) acarretou altura significativamente inferior a sua respectiva test<strong>em</strong>unha<br />

dupla.<br />

29


Tabela 9. Altura (cm) <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> algodoeiro, var. Delta-Opal, aos 21, 36 e 66 dias após o tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré<strong>em</strong>ergência.<br />

Maringá, PR - 2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 )<br />

21 DAA 36 DAA 66 DAA<br />

Trat TD Trat TD Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 12,23 b 14,50 a 33,95 b 39,28 a 65,03 a 62,48 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 11,98 a 13,68 a 34,08 b 39,18 a 59,10 a 61,45 a<br />

3-Diuron 0,900 14,28 a 13,78 a 41,78 a 36,90 b 62,30 a 63,35 a<br />

4-Diuron 1,200 11,63 a 12,63 a 34,58 a 36,15 a 59,23 a 59,60 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 13,33 a 13,40 a 38,75 a 36,90 a 62,60 a 57,48 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 13,38 a 13,93 a 37,83 a 39,60 a 66,80 a 64,25 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 12,43 b 14,68 a 34,80 b 39,25 a 64,35 a 65,48 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 11,63 a 13,38 a 34,10 a 36,68 a 61,15 a 63,05 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 10,45 b 14,65 a 31,80 b 39,80 a 70,18 a 63,78 b<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 10,85 b 13,50 a 33,85 b 38,43 a 68,68 a 69,40 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 13,73 a 13,75 a 38,18 a 38,45 a 68,20 a 64,77 a<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 11,23 b 13,35 a 35,65 a 37,43 a 69,98 a 69,10 a<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 12,43 b 14,53 a 34,75 b 39,85 a 65,78 a 64,30 a<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 14,78 a 14,25 a 37,80 a 38,13 a 67,68 a 69,23 a<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 13,45 a 14,58 a 37,30 a 39,58 a 65,35 b 73,65 a<br />

CV (%) 12,01 9,43 6,79<br />

DMS (Tukey, 10%) 1,88 4,15 5,22<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F (10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

30


Tabela 10. Altura (cm) <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> algodoeiro, var. FMT-701, aos 21, 36 e 66 dias após o tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré<strong>em</strong>ergência.<br />

Maringá, PR - 2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 )<br />

21 DAA 36 DAA 66 DAA<br />

Trat TD Trat TD Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 13,00 a 13,80 a 39,60 a 42,43 a 67,90 a 70,35 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 12,73 a 12,93 a 42,35 a 40,28 a 80,23 a 76,25 a<br />

3-Diuron 0,900 12,73 b 14,90 a 38,40 b 42,93 a 73,48 a 75,20 a<br />

4-Diuron 1,200 12,83 a 13,08 a 39,25 a 39,43 a 79,43 a 76,25 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 13,48 a 13,03 a 42,40 a 39,40 a 79,63 a 80,55 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 14,48 a 13,23 a 40,98 a 41,33 a 81,08 a 79,68 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 12,15 a 13,53 a 35,20 b 41,33 a 75,25 a 80,33 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 11,85 b 13,88 a 40,88 a 41,90 a 77,40 a 77,88 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 13,00 a 14,30 a 40,48 a 42,35 a 74,63 b 83,10 a<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 13,30 a 13,13 a 39,93 a 38,35 a 78,13 a 75,10 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 11,00 b 13,05 a 35,70 a 37,93 a 74,68 a 75,45 a<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 12,23 b 14,33 a 41,18 a 42,30 a 76,23 a 75,43 a<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 11,03 a 12,00 a 34,35 a 37,43 a 73,63 a 72,15 a<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 10,93 b 12,73 a 36,40 b 40,55 a 69,60 a 72,15 a<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 11,55 a 12,58 a 38,00 a 38,90 a 75,48 a 76,70 a<br />

CV (%) 9,61 8,70 5,85<br />

DMS (Tukey, 10%) 1,47 4,10 5,27<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F (10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

31


Diversos tratamentos afetaram o crescimento inicial das duas varieda<strong>de</strong>s,<br />

observando-se maior efeito para o herbicida prometri<strong>na</strong>, quando combi<strong>na</strong>do aos<br />

<strong>de</strong>mais <strong>herbicidas</strong>, para a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal, e para os tratamentos com o<br />

herbicida diuron (isolado ou <strong>em</strong> mistura), para a varieda<strong>de</strong> FMT-701. No entanto, à<br />

medida que o t<strong>em</strong>po passou, a <strong>cultura</strong> retomou seu crescimento normal.<br />

Na Figura 2, estão representados os resultados referentes às avaliações <strong>de</strong><br />

fitotoxicida<strong>de</strong> dos <strong>herbicidas</strong> para a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal, <strong>em</strong> função dos <strong>herbicidas</strong><br />

isolados e das misturas aos 14 DAA. Observa-se que o herbicida oxyfluorfen, isolado<br />

ou <strong>em</strong> mistura com diuron ou prometri<strong>na</strong>, proporcio<strong>na</strong>ram maior fitointoxicação à<br />

<strong>cultura</strong> <strong>em</strong> relação aos <strong>de</strong>mais tratamentos, caracterizada principalmente por necrose<br />

nos cotilédones <strong>de</strong> algumas plantas (Figuras 3d; 3e e 3f). Matallo et al. (2000) também<br />

encontraram sintomas <strong>de</strong> fitointoxicação <strong>na</strong> plantas <strong>de</strong> algodão com oxyfluorfen, <strong>na</strong>s<br />

doses: 0,24; 0,36; 0,48 e 0,72 kg i.a. ha -1 . Outras injúrias observadas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> foram<br />

uma leve necrose <strong>na</strong>s folhas e clorose nos cotilédones ocasio<strong>na</strong>das pelo herbicida<br />

prometri<strong>na</strong> (Figuras 3b e 3c). No entanto, as avaliações realizadas aos 21, 29 e 49<br />

DAA não revelaram sintomas <strong>de</strong> injúrias <strong>em</strong> nenhum dos tratamentos <strong>herbicidas</strong><br />

avaliados, mostrando que a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal teve a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se recuperar<br />

no <strong>de</strong>correr do experimento, sob as condições edafoclimáticas da região on<strong>de</strong> foi<br />

cultivada.<br />

Os dados das avaliações <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong>, realizadas aos 14 DAA para a<br />

varieda<strong>de</strong> FMT-701 (Figura 2), revelam que os tratamentos alachlor, s-metolachlor,<br />

diuron <strong>na</strong> menor dose, prometri<strong>na</strong> <strong>na</strong> menor dose e alachlor + diuron proporcio<strong>na</strong>ram<br />

os menores sintomas <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong>, sendo esses tratamentos os mais seletivos<br />

entre os testados. Corroborando com estes resultados, Siqueri (2001) encontrou leves<br />

sintomas <strong>de</strong> fitointoxicação (20% das plantas) até 15 DAA com os <strong>herbicidas</strong> diuron<br />

(0,93 kg i.a. ha -1 ), alachlor (2,5 kg i.a. ha -1 ), ou a junção dos dois, e Freitas et al. (2006)<br />

não observaram qualquer sintoma para o s-metolachlor <strong>na</strong> dose 1,152 kg i.a. ha -1 . Por<br />

outro lado, os tratamentos com oxyfluorfen isolado ou associado com diuron ou<br />

prometri<strong>na</strong>, conforme observados para a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal, foram aqueles que<br />

causaram os maiores níveis <strong>de</strong> fitointoxicação, observando-se sintomas <strong>de</strong> necrose<br />

nos cotilédones e leve amarelecimento e encarquilhamento <strong>na</strong>s folhas novas (Figuras<br />

4d; 5d e 5e). Os <strong>de</strong>mais tratamentos estão <strong>em</strong> um grupo intermediário. Neste grupo, o<br />

tratamento alachlor + prometri<strong>na</strong> ocasionou forte encarquilhamento e leve<br />

amarelecimento <strong>na</strong> borda das folhas cotiledo<strong>na</strong>res (Figura 4e e 4f); a mistura s-<br />

32


metolachlor + prometri<strong>na</strong> acarretou um leve amarelecimento e encarquilhamento <strong>na</strong><br />

borda dos cotilédones (Figura 5c); os <strong>herbicidas</strong> diuron e prometri<strong>na</strong> <strong>aplicados</strong><br />

isoladamente e <strong>na</strong>s maiores doses ocasio<strong>na</strong>ram leve clorose nos cotilédones (Figura<br />

4b e 4c); e, por fim, a mistura s-metolachlor + diuron acarretou um leve amarelecimento<br />

<strong>na</strong> borda dos cotilédones (Figura 5b), sendo que todos estes sintomas foram<br />

consi<strong>de</strong>rados leves.<br />

33


Var Delta‐Opal<br />

var. FMT‐701<br />

9<br />

8<br />

Fitotoxicida<strong>de</strong> Escala EWRC<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Tratamentos (doses <strong>em</strong> kg i.a./ha)<br />

Figura 2. Notas <strong>de</strong> fitointoxicação (Escala EWRC) <strong>em</strong> duas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> algodoeiro aos 14 dias após<br />

tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR - 2007.<br />

* Escala EWRC, on<strong>de</strong> as notas variam entre 1 = nenhum dano e 9 = danos totais (morte das plantas).<br />

34


a<br />

b<br />

c<br />

d<br />

e<br />

f<br />

Figura 3. Fitointoxicação observada <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro após tratamento<br />

herbicida aos 14 DAA, var. Delta-opal, Maringá, PR - 2007. a) test<strong>em</strong>unha<br />

s<strong>em</strong> herbicida; b) prometri<strong>na</strong> (0,900 kg i.a. ha -1 ); c) prometri<strong>na</strong> (1,200 kg<br />

i.a. ha -1 ); d) oxyfluorfen (0,192 kg i.a. ha -1 ); e) oxyfluorfen + diuron (0,192 +<br />

1,200 kg i.a. ha -1 ); f) oxyfluorfen + prometri<strong>na</strong> (0,192 + 0,900 kg i.a. ha -1 ).<br />

35


a<br />

b<br />

c<br />

d<br />

e<br />

f<br />

Figura 4. Fitointoxicação observada <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro após tratamento<br />

herbicida aos 14 DAA, var. FMT-701, Maringá, PR - 2007. a) test<strong>em</strong>unha<br />

s<strong>em</strong> herbicida; b) diuron (1,200 kg i.a. ha -1 ); c) prometri<strong>na</strong> (1,200 kg i.a.ha -<br />

1 ); d) oxyfluorfen (0,192 kg i.a. ha -1 ); e) alachlor + prometri<strong>na</strong> (1,200 +<br />

0,900 kg i.a. ha -1 ); f) alachlor + prometri<strong>na</strong> (1,200 + 1,200 kg i.a. ha -1 ).<br />

36


a<br />

b<br />

c<br />

d<br />

e<br />

Figura 5. Fitointoxicação observada <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro após tratamento<br />

herbicida aos 14 DAA, var. FMT-701, Maringá, PR -2007. a) test<strong>em</strong>unha<br />

s<strong>em</strong> herbicida; b) s-metolachlor + diuron (0,672 + 1,200 kg i.a. ha -1 ); c) s-<br />

metolachlor + prometri<strong>na</strong> (0,672 + 1,200 kg i.a. ha -1 ); d) oxyfluorfen +<br />

diuron (0,192 + 1,200 kg i.a. ha -1 ); e) oxyfluorfen + prometri<strong>na</strong> (0,192 +<br />

0,900 kg i.a. ha -1 ).<br />

37


De forma geral, para ambas as varieda<strong>de</strong>s, aos 14 DAA, observou-se que<br />

quando houve incr<strong>em</strong>ento <strong>na</strong> dose <strong>de</strong> diuron e prometri<strong>na</strong>, os sintomas <strong>de</strong><br />

fitotoxicida<strong>de</strong> foram intensificados <strong>em</strong> relação às menores doses. O herbicida<br />

oxyfluorfen quando aplicado isolado e <strong>em</strong> mistura com diuron ou prometri<strong>na</strong><br />

proporcionou sintomas intensos <strong>de</strong> fitointoxicação à <strong>cultura</strong> do algodoeiro aos 14 DAA.<br />

No entanto, após 21 DAA não foram observados sintomas <strong>de</strong> fitointoxicicação <strong>na</strong>s<br />

folhas novas <strong>em</strong>itidas pela <strong>cultura</strong>.<br />

Os resultados referentes à avaliação <strong>de</strong> número <strong>de</strong> capulhos por planta aos<br />

141 DAA estão representados <strong>na</strong>s Tabelas 11 e 12. Po<strong>de</strong>-se observar que as<br />

varieda<strong>de</strong>s apresentaram diferença <strong>em</strong> relação aos tratamentos <strong>herbicidas</strong> recebidos.<br />

Na varieda<strong>de</strong> Delta-Opal (Tabela 11), o oxyfluorfen aplicado isolado e a mistura<br />

alachlor + diuron apresentaram número <strong>de</strong> capulhos significativamente inferior à<br />

test<strong>em</strong>unha dupla adjacente s<strong>em</strong> herbicida. Para a varieda<strong>de</strong> FMT-701, nenhum dos<br />

tratamentos afetou a <strong>cultura</strong>, não havendo diferenças significativas no número <strong>de</strong><br />

capulhos por planta (Tabela 12).<br />

38


Tabela 11. Número <strong>de</strong> capulhos (capulhos plantas -1 ) aos 141 DAA, var. Delta-Opal,<br />

após o tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR -<br />

2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 ) Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 4,95 a 5,13 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 5,00 a 5,40 a<br />

3-Diuron 0,900 5,05 a 4,90 a<br />

4-Diuron 1,200 4,65 a 5,50 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 5,15 a 5,05 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 4,95 a 5,95 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 4,60 b 5,78 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 4,75 b 6,05 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 6,40 a 6,08 a<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 6,45 a 6,68 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 6,85 a 5,65 a<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 5,30 a 5,90 a<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 7,60 a 5,93 b<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 7,70 a 5,88 b<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 6,10 a 6,55 a<br />

CV (%) 16,22<br />

DMS (Tukey, 10%) 1,10<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F (10%<br />

<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

39


Tabela 12. Número <strong>de</strong> capulhos (capulhos plantas -1 ) aos 141 DAA, var. FMT-<br />

701, após o tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência.<br />

Maringá, PR - 2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 ) Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 5,95 a 6,80 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 8,80 a 6,68 b<br />

3-Diuron 0,900 6,80 a 6,93 a<br />

4-Diuron 1,200 7,20 a 7,28 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 6,90 a 7,80 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 7,20 a 7,48 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 7,15 a 7,48 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 7,55 a 7,38 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 7,30 a 8,10 a<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 7,35 a 7,15 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 8,40 a 6,28 b<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 6,15 a 6,35 a<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 6,45 a 6,83 a<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 6,10 a 6,80 a<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 7,15 a 7,10 a<br />

CV (%) 16,17<br />

DMS (Tukey, 10%) 1,36<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F<br />

(10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

Para a avaliação do número <strong>de</strong> capulhos, po<strong>de</strong>mos inferir que a varieda<strong>de</strong><br />

Delta-Opal sofreu redução no número <strong>de</strong> capulhos por planta pelos tratamentos<br />

oxyfluorfen aplicado isoladamente e pela combi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> alachlor com diuron. A<br />

varieda<strong>de</strong> FMT-701 não sofreu influencias dos tratamentos <strong>herbicidas</strong> <strong>na</strong> quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> capulhos por planta.<br />

Ao a<strong>na</strong>lisar o efeito dos tratamentos <strong>na</strong> produtivida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>-se notar que o<br />

tratamento oxyfluorfen + prometri<strong>na</strong> foi o único que acarretou produtivida<strong>de</strong><br />

significativamente inferior à test<strong>em</strong>unha s<strong>em</strong> herbicida <strong>em</strong> ambas as varieda<strong>de</strong>s, a<br />

10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> (Tabelas 13 e 14). Assim como os resultados obtidos neste<br />

trabalho, Cruz & Toledo (1982) avaliando alachlor e diuron isolados (3,01 + 1,00 kg i.a.<br />

ha -1 ) e Azevedo et al. (1994) avaliando a mistura diuron + alachlor (1,00 + 1,92 e 1,25<br />

+ 1,92) observaram que estes tratamentos apresentaram <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> para a <strong>cultura</strong> do<br />

algodoeiro. Confirmando estes resultados, Freitas et al. (2006) não observaram<br />

40


diferença significativa entre a produção da test<strong>em</strong>unha capi<strong>na</strong>da e o tratamento s-<br />

metolachlor <strong>em</strong> dose até 1,152 kg i.a. ha -1 .<br />

Tabela 13. Produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço (kg ha -1 ), var. Delta-Opal, após o<br />

tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR - 2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 ) Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 3211,34 a 3258,99 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 3218,39 a 3320,92 a<br />

3-Diuron 0,900 3390,71 a 3332,29 a<br />

4-Diuron 1,200 2840,86 a 3172,57 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 3057,00 a 2983,89 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 3612,86 a 3349,03 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 3057,00 a 3269,44 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 2920,82 a 3196,01 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 3419,02 a 3379,93 a<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 3547,53 a 3587,25 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 3435,59 a 3345,99 a<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 3370,82 a 3463,44 a<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 3416,58 a 3509,81 a<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 3699,07 a 3808,03 a<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 3589,38 b 3935,79 a<br />

CV (%) 8,45<br />

DMS (Tukey, 10%) 336,01<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F (10%<br />

<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

41


Tabela 14. Produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço (kg ha -1 ), var. FMT-701, após o<br />

tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR - 2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 ) Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 4022,57 a 4270,76 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 4857,34 a 4686,89 a<br />

3-Diuron 0,900 4428,50 a 4616,93 a<br />

4-Diuron 1,200 4601,58 a 4859,07 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 4629,92 a 4592,98 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 5040,13 a 4753,43 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 4515,65 a 4604,92 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 5136,02 a 4976,93 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 4794,97 a 4881,10 a<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 4957,05 a 4744,28 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 4460,63 a 4589,11 a<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 4701,35 a 4478,06 a<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 4146,71 a 4175,68 a<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 4087,01 a 4232,29 a<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 4181,98 b 4504,09 a<br />

CV (%) 5,50<br />

DMS (Tukey, 10%) 298,91<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F (10%<br />

<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

Oxyfluorfen isolado e a mistura alachlor + diuron para a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal<br />

foram os únicos tratamentos que acarretaram quedas <strong>na</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maçãs por<br />

planta. Entretanto, mesmo com uma quantida<strong>de</strong> inferior <strong>de</strong> maçãs, estes tratamentos<br />

não sofreram redução <strong>em</strong> sua produtivida<strong>de</strong>. Tal fato po<strong>de</strong> justificar-se por um<br />

provável peso maior <strong>de</strong>stas maçãs.<br />

Um dos fatores que po<strong>de</strong> ter acarretado a queda <strong>na</strong> produtivida<strong>de</strong> no<br />

tratamento oxyfluorfen + prometri<strong>na</strong> é a fitointoxicação visual. Tal mistura foi a que<br />

apresentou os maiores níveis <strong>de</strong> fitointoxicação aos 14 DAA, o que po<strong>de</strong> levar a inferir<br />

que altos níveis <strong>de</strong> injúrias no início do ciclo da <strong>cultura</strong> po<strong>de</strong>m acarretar quedas <strong>na</strong><br />

produtivida<strong>de</strong>.<br />

42


5. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

O tratamento s-metolachlor + diuron para a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal foi o<br />

único a reduzir o estan<strong>de</strong> no início do ciclo da <strong>cultura</strong>.<br />

As plantas do algodoeiro que sofreram redução <strong>em</strong> seu porte no início do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento se recuperaram ao longo do ciclo da <strong>cultura</strong>,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do tratamento herbicida recebido.<br />

Aos 14 DAA, observou-se que quando houve incr<strong>em</strong>ento <strong>na</strong> dose <strong>de</strong><br />

diuron e prometri<strong>na</strong>, os sintomas <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong> foram intensificados<br />

<strong>em</strong> relação às menores doses.<br />

O herbicida oxyfluorfen, quando aplicado isolado e <strong>em</strong> mistura com<br />

diuron ou prometri<strong>na</strong>, proporcionou sintomas intensos <strong>de</strong> fitointoxicação<br />

à <strong>cultura</strong> do algodoeiro aos 14 DAA.<br />

Após 21 DAA, não foram observados sintomas <strong>de</strong> fitointoxicação <strong>na</strong>s<br />

folhas novas <strong>em</strong>itidas pela <strong>cultura</strong> para todos os tratamentos.<br />

A varieda<strong>de</strong> Delta-Opal sofreu redução no número <strong>de</strong> capulhos por<br />

planta pelos tratamentos oxyfluorfen aplicado isoladamente e pela<br />

combi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> alachlor com diuron. A varieda<strong>de</strong> FMT-701 não sofreu<br />

influência dos tratamentos <strong>herbicidas</strong> <strong>na</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capulhos por<br />

planta.<br />

Ape<strong>na</strong>s para um tratamento, dos 15 estudados, a fitointoxicação <strong>na</strong> parte<br />

aérea se correlacio<strong>na</strong> com a queda <strong>na</strong> produção.<br />

Na tabela 15 encontra-se um resumo do comportamento das variáveis<br />

respostas frente à aplicação dos tratamentos <strong>herbicidas</strong> para as varieda<strong>de</strong>s Delta-Opal<br />

e FMT-701.<br />

43


Tabela 15. Resumo do comportamento das variáveis-resposta frente à aplicação <strong>de</strong> tratamentos <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência.<br />

Estan<strong>de</strong> Estan<strong>de</strong> Altura Altura Altura Número <strong>de</strong><br />

Produti‐vida<strong>de</strong><br />

21 DAA 49 DAA 21 DAA 36 DAA 66 DAA Maçãs<br />

Tratamentos Dose (kg i.a. ha -1 ) varieda<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong><br />

Delta‐<br />

Opal<br />

FMT‐<br />

701<br />

Delta‐<br />

Opal<br />

FMT‐<br />

701<br />

1-Alachlor 1,200 S S S S NS S NS S S S S S S S<br />

2-S-metolachlor 0,672 S S S S S S NS S S S S S S S<br />

3-Diuron 0,900 S S S S S NS S NS S S S S S S<br />

4-Diuron 1,200 S S S S S S S S S S S S S S<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 S S S S S S S S S S S S S S<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 S S S S S S S S S S S S S S<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 S S S S NS S NS NS S S NS S S S<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 S S S S S NS S S S S NS S S S<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 S S S S NS S NS S S NS S S S S<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 S S S S NS S NS S S S S S S S<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 NS S S S S NS S S S S S S S S<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 S S S S NS NS S S S S S S S S<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 S S S S NS S NS S S S S S S S<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 S S S S S NS S NS S S S S S S<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 S S S S S S S S NS S S S NS NS<br />

S – seletivo<br />

NS – não seletivo<br />

Delta‐<br />

Opal<br />

FMT‐<br />

701<br />

Delta‐<br />

Opal<br />

FMT‐<br />

701<br />

Delta‐<br />

Opal<br />

FMT‐<br />

701<br />

Delta‐<br />

Opal<br />

FMT‐<br />

701<br />

Delta‐<br />

Opal<br />

FMT‐<br />

701<br />

44


6. CONCLUSÕES<br />

Todos os <strong>herbicidas</strong> causam fitotointoxicação à <strong>cultura</strong>, po<strong>de</strong>ndo afetar a<br />

altura e número <strong>de</strong> capulhos, mas não se correlacio<strong>na</strong> com a<br />

produtivida<strong>de</strong> <strong>na</strong> gran<strong>de</strong> maioria dos casos.<br />

O único tratamento que não foi seletivo à <strong>cultura</strong> do algodoeiro,<br />

consi<strong>de</strong>rando-se ape<strong>na</strong>s a produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ambas as varieda<strong>de</strong>s, foi a<br />

mistura oxyfluorfen + prometri<strong>na</strong> (0,192 + 0,900 kg i.a. ha -1 ).<br />

45


7. REFERÊNCIAS<br />

ADEGAS, F.S. Efeitos <strong>de</strong> diferentes sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> preparo antecipado do solo e<br />

herbicida <strong>de</strong> manejo <strong>na</strong> infestação <strong>de</strong> plantas daninhas e <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro.<br />

1994. 109p. Dissertação - Escola Superior <strong>de</strong> Agri<strong>cultura</strong> Luiz <strong>de</strong> Queiroz. Piracicaba,<br />

1994.<br />

AGUILLERA, L.A.A. et al. Fitotoxida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamentos <strong>herbicidas</strong> para a <strong>cultura</strong> do<br />

algodoeiro (Gossypium hirsutum L.). [S.l.: s.n.], 2004. 16p.<br />

ALONSO, D.G. Seletivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> glyphosate isolado ou <strong>em</strong> mistura para soja RR. 2008.<br />

91p Dissertação (Mestrado <strong>em</strong> Agronomia – Proteção <strong>de</strong> Plantas) – Universida<strong>de</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> Maringá. Maringá, 2008.<br />

AZEVEDO, D.M.P. et al. Período crítico <strong>de</strong> competição entre as plantas daninhas e o<br />

algodoeiro anual irrigado. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.29, n.9, 1994. p.1417-<br />

1425.<br />

BALLAMINUT, C.E.C. et al. Efeito <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> pré e pós-<strong>em</strong>ergentes <strong>em</strong> plantas <strong>de</strong><br />

algodoeiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO, 6., 2007, Uberlândia, MG.<br />

A<strong>na</strong>is... Uberlândia: ABRAPA. AMIPA. EMBRAPA Algodão, 2007. 4p.<br />

BELTRÃO, N.E.M.; AZEVEDO, D.M.P. Controle <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do<br />

algodoeiro. EMBRAPA-CNPA, 1994. 154p.<br />

BELTRÃO, N.E.M. Manejo <strong>de</strong> malezas en algodón. In: LABRADA, R.; CASELEY, J.<br />

C.; PARKER, C. Manejo <strong>de</strong> Malezas para Países en Desarrollo. Roma: FAO, 1996.<br />

(Estudio FAO Producción y Protección Vegetal, 120). Disponível <strong>em</strong>:<br />

. Acesso <strong>em</strong>: 25 maio, 2007.<br />

BELTRÃO, N.E.M. et al. Resistência <strong>de</strong> espécies e cultivares <strong>de</strong> algodão (Gossypium<br />

spp.) ao herbicida diuron. Planta Daninha, v.1, 1983. p.72-78.<br />

46


BELTRÃO, N.E.M. Seletivida<strong>de</strong>, controle <strong>de</strong> plantas daninhas e resistência <strong>de</strong><br />

espécies e cultivares <strong>de</strong> algodão aos <strong>herbicidas</strong> Diuron e Sethoxydim. 1982. 149p.<br />

Tese - Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa. Viçosa, 1982.<br />

BIFFE, D.F. Interferência <strong>de</strong> plantas daninhas e <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> para a<br />

<strong>cultura</strong> da mandioca <strong>na</strong> região noroeste do Paraná. 2008. 60p. Dissertação (Mestrado<br />

<strong>em</strong> Agronomia – Proteção <strong>de</strong> Plantas) – Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, Maringá,<br />

2008.<br />

BRAMBILLA, S.C. Seletivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> clomazone, isolado e <strong>em</strong> mistura com outros<br />

<strong>herbicidas</strong>, para dois cultivares <strong>de</strong> algodão. 2008. 52p. Dissertação (Mestrado <strong>em</strong><br />

Agronomia – Proteção <strong>de</strong> Plantas) – Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, Maringá,<br />

2008.<br />

CONSTANTIN, J. Avaliação da <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> do herbicida halosulfuron à ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>açúcar<br />

(Saccharum sp.). 1996. Tese (Doutorado <strong>em</strong> Agronomia - Agri<strong>cultura</strong>)-<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista, Botucatu, 1996.<br />

CHRISTOFFOLETI, P.J. Aspectos <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong> plantas daninhas a<br />

<strong>herbicidas</strong>. 3. ed. Piracicaba, Associação Brasileira <strong>de</strong> Ação à Resistência <strong>de</strong> Plantas<br />

Daninhas – HRAC-BR, 2008. 120p.<br />

CRUZ, L.S.P.; TOLEDO, N.M.P. Aplicação pré-<strong>em</strong>ergente <strong>de</strong> misturas <strong>de</strong> alachlor com<br />

diuron e cya<strong>na</strong>zine para o controle <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>em</strong> algodão. IAC-17. Planta<br />

Daninha, v.2, 1982. p.57-61.<br />

EMBRAPA. Centro Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Pesquisa <strong>de</strong> Solos. Sist<strong>em</strong>a Brasileiro <strong>de</strong><br />

Classificação <strong>de</strong> Solos. Brasília: Embrapa Produção <strong>de</strong> Informação; Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />

Embrapa Solos, 1999. 412p.<br />

EWRC (European Weed Research Council). Report of 3 rd and 4 th meetings of EWRC –<br />

Committee of Methods in Weed Research. Weed Research, v.4, n.1, 1964. p.88.<br />

47


FAGLIARI, J.R. et al. Métodos <strong>de</strong> avaliação da <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> para a<br />

<strong>cultura</strong> da ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar (Saccharum spp.). Acta Scientiarum, v.23, n.5, 2001.<br />

p.1229-1234.<br />

FILHO, T.G. Comportamento do algodoeiro <strong>em</strong> diferentes <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> plantio, sob<br />

períodos <strong>de</strong> competição <strong>de</strong> plantas daninhas. 1980. 81p. Tese - Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Viçosa, Viçosa, 1980.<br />

FREITAS, R.S. et al. Interferência <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong><br />

sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> plantio direto. Planta Daninha, v.20, n.2, 2002. p.197-205.<br />

FREITAS, R.S. et al. Manejo <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro com S-<br />

metolachlor e trifloxysulfuron-sodium <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> plantio convencio<strong>na</strong>l. Planta<br />

Daninha, v.24, n.2, 2006. p.311-318.<br />

FUZATTO, M.G. Melhoramento Genético do Algodoeiro. In: CIA, E.; FREIRE, E.C.;<br />

SANTOS, W.J. (Ed.). Cultura do algodoeiro. Piracicaba, SP: Associação Brasileira<br />

para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1999. p.15-34.<br />

GIORDANI, G.M.R.C. et al. Seletivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pré e póstransplante<br />

da <strong>cultura</strong> da alface. Acta Scientiarum, v.22, n.4, 2000. p.985-991.<br />

GUIMARÃES, S.C. et al. Efeito <strong>de</strong> fatores ambientais sobre a <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> do alachlor<br />

ao algodoeiro. Planta Daninha, v.25, n.4, 2007. p.813-821.<br />

LACA-BUENDIA, J.P.; CARDOSO NETO, L. Épocas críticas <strong>de</strong> competição das<br />

plantas daninhas com a <strong>cultura</strong> algodoeira (Gossypium hirsutum L.) no Estado <strong>de</strong><br />

Mi<strong>na</strong>s Gerais. Planta Daninha, v.2, n.2, 1979. p.89-95.<br />

LACA-BUENDIA, J.P. Controle <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>em</strong> algodoeiro. Inf. Agropec.,<br />

v.15, n.166, 1990. p.37-47.<br />

48


LACA-BUENDIA, J.P.C. et al. Competição <strong>de</strong> misturas <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>na</strong>s principais<br />

regiões algodoeiras (Gossypium hirsutum L.) no Estado <strong>de</strong> Mi<strong>na</strong>s Gerais. Planta<br />

Daninha, v.2, 1978. p.5-16.<br />

LEE, S.S. Avaliação da <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> duas cultivares <strong>de</strong> soja sob duas<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> s<strong>em</strong>eadura. 2001. 44p. Dissertação (Mestrado <strong>em</strong> Agronomia -<br />

Produção Vegetal) - Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, Maringá, 2001.<br />

MARQUES, F. Algodão herbáceo <strong>de</strong>ve crescer 7,1% segundo IBGE. Disponível<br />

<strong>em</strong>:<br />

. Acesso <strong>em</strong>: 29 set<strong>em</strong>bro, 2008.<br />

MARTINHO, L. et al. Compatibilida<strong>de</strong> das combi<strong>na</strong>ções do herbicida trifloxysulfuronsodium<br />

com alguns dos principais inseticidas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodão. In: CONGRESSO<br />

BRASILEIRO DE HERBICIDAS E PLANTAS DANINHAS, 23., Gramado, 2002.<br />

Resumos... Londri<strong>na</strong>: SBCPD/EMBRAPA Clima T<strong>em</strong>perado, 2002. p.460.<br />

MATALLO, M.B. et al. Eficácia <strong>de</strong> nova formulação <strong>de</strong> oxyfluorfen <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do<br />

algodão. In: CONGRESSO BRASILEIRO DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS,<br />

22., Foz do Iguaçu, PR, 2000. Resumos... Foz do Iguaçu: SBCPD, 2000.<br />

MELHORANÇA, A.L.; BELTRÃO N.E.M. Plantas daninhas: importância e controle. In:<br />

EMBRAPA AGROPECUÁRIA OESTE. Algodão: tecnologia <strong>de</strong> produção. Dourados:<br />

Embrapa Agropecuária Oeste; Embrapa Algodão, 2001. p.227-237.<br />

MESCHEDE, D.K. et al. Período anterior à interferência <strong>em</strong> soja: estudo <strong>de</strong> caso com<br />

baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estan<strong>de</strong> e test<strong>em</strong>unhas duplas. Planta Daninha, v.22, n.2, 2004.<br />

p.239-46.<br />

O’ CONNELL, P.J. et al. Metolachlor, s-metolachlor and their role within sustai<strong>na</strong>ble<br />

weed-ma<strong>na</strong>g<strong>em</strong>ent. Crop Protection, v.17, 1998. p.207-212.<br />

49


OLIVEIRA JR., R.S. Mecanismos <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong>. In: OLIVEIRA JR., R.S.;<br />

CONSTANTIN, J. Plantas daninhas e seu manejo. Guaíba: Agropecuária, 2001.<br />

p.235-238.<br />

OLIVEIRA JR., R.S.; CONSTANTIN, J. Plantas daninhas e seu manejo. Guaíba:<br />

Agropecuária, 2001.<br />

PENNA, J.C.V. Melhoramento do Algodão In: BORÉM, A. (Ed.). Melhoramento <strong>de</strong><br />

espécies cultivadas, UFV, 1999. p.15-50.<br />

PRATA, F.; LAVORENTI, A. Comportamento <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> no solo: influência da<br />

matéria orgânica. Revista Biociência, v.6, n.2, 2000. p.17-22.<br />

RODRIGUES, B.N.; ALMEIDA, F.S. Guia <strong>de</strong> Herbicidas, 5.ed. Londri<strong>na</strong>, PR, 2005.<br />

SALGADO, T.P. et al. Períodos <strong>de</strong> interferência das plantas daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do<br />

algodoeiro (Gossypium hirsutum). Planta Daninha, v.20, n.3, 2002. p.373-379.<br />

SIQUERI, F.V. Controle <strong>de</strong> ervas daninhas <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. In: CONGRESSO<br />

BRASILEIRO DO ALGODÃO, 3., 2001, Campo Gran<strong>de</strong>. A<strong>na</strong>is...Campi<strong>na</strong> Gran<strong>de</strong>:<br />

Embrapa Algodão, 2001. 4p.<br />

SIQUERI, F.V. Controle <strong>de</strong> ervas daninhas <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Boletim <strong>de</strong> pesquisa<br />

<strong>de</strong> algodão. Fundação <strong>de</strong> Apoio à Pesquisa Agropecuária, 2002. 8p.<br />

SNIPES, C.E.; SEIFERT, S. Influence of malathion timing on cotton (Gossypium<br />

hirsutum) response to pyrithiobac. Weed Technology, v.17, n.2, 2003. p.266-268.<br />

SOCIEDADE BRASILEIRA DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS - SBCPD.<br />

Procedimentos para instalação, avaliação e análise <strong>de</strong> experimentos com<br />

<strong>herbicidas</strong>. Londri<strong>na</strong>: SBCPD, 1995.<br />

50


TAKIZAWA, E.K. Manejo <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodão. In: S<strong>em</strong>inário<br />

estadual da <strong>cultura</strong> do algodão: negócios e tecnologia para melhorar a vida, 5.,<br />

Cuiabá, 2000. A<strong>na</strong>is... Cuiabá: Fundação MT, 2000. p.147-152.<br />

TEIXEIRA, R. Algodão <strong>de</strong> Mato Grosso atrai mercado paquistanês. Disponível <strong>em</strong>:<br />

. Acesso <strong>em</strong>: 11 julho, 2007.<br />

TREANOR, L.L. Some effects of frequency of cultivation with and without herbici<strong>de</strong>s on<br />

corn, cotton and soybeans. Society Weeds, v.18, 1965. p.49-54.<br />

VELINI, E.D. Interferências entre plantas daninhas e cultivadas. In: KOGAN, M.; LIRA,<br />

V.J.E. Avances en manejo <strong>de</strong> malezas en la producción agricola y florestal.<br />

Santiago <strong>de</strong>l Chile: PUC/ALAM, 1992. p.41-58.<br />

VELINI, E.D. et al. Seletivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goal 240 CE aplicado <strong>em</strong> pós-<strong>em</strong>ergência, à 10<br />

cultivares <strong>de</strong> ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar (ca<strong>na</strong> soca). In: CONGRESSO BRASILEIRO DA<br />

CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS, 22, 2000, Foz do Iguaçu. Resumos... Foz do<br />

Iguaçu: SBCPD, 2000. p.298.<br />

WELLER, S.C. Principles of selective weed control with herbici<strong>de</strong>s. In: HERBICIDE<br />

action: an intensive course on the activity, selectivity, behavior, and fate of<br />

herbici<strong>de</strong>s in plants and soils. West Lafayette: Purdue University, 2000. p.112-134.<br />

51


ANEXOS<br />

52


Anexo 1. Resumo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> variância das variáveis <strong>de</strong> altura e estan<strong>de</strong> da <strong>cultura</strong> do algodoeiro, var. Delta-Opal, após o<br />

tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR - 2007.<br />

FV<br />

GL<br />

QM Resíduo<br />

altura 21 DAA altura 36 DAA altura 66 DAA estan<strong>de</strong> 21 DAA estan<strong>de</strong> 49 DAA<br />

Blocos 3 5,37 48,53 325,33 2,88 3,85<br />

Herbicidas (H) 14 4,51 ns 12,27 ns 96,13 ns 0,61 ns 0,44 ns<br />

Resíduo a 42 4,24 15,64 85,86 0,88 0,46<br />

Parcelas (59)<br />

Modo (M) 1 57,69 * 176,66 * 3,37 ns 0,57 ns 0,08 ns<br />

M x H 14 3,43 ns 20,68 ns 25,24 ns 0,82 ns 0,31 ns<br />

Modo/Herb1 1 10,35 * 56,71 * 13,01 ns 0,01 ns 0,03 ns<br />

Modo/Herb2 1 5,78 ns 52,02 * 11,05 ns 0,01 ns 0,36 ns<br />

Modo/Herb3 1 0,50 ns 47,53 * 2,21 ns 0,07 ns 0,03 ns<br />

Modo/Herb4 1 2,00 ns 4,96 ns 0,28 ns 0,50 ns 0,12 ns<br />

Modo/Herb5 1 0,01 ns 6,85 ns 52,53 ns 0,13 ns 0,60 ns<br />

Modo/Herb6 1 0,60 ns 6,30 ns 13,00 ns 0,28 ns 0,01 ns<br />

Modo/Herb7 1 10,13 * 39,61 * 2,53 ns 1,32 ns 0,01 ns<br />

Modo/Herb8 1 6,13 ns 13,26 ns 7,22 ns 0,07 ns 0,50 ns<br />

Modo/Herb9 1 35,28 * 128,00 * 81,92 * 0,63 ns 0,28 ns<br />

Modo/Herb10 1 14,05 * 41,86 * 1,05 ns 1,53 ns 0,00 ns<br />

Modo/Herb11 1 0,01 ns 0,15 ns 23,46 ns 4,50 * 0,32 ns<br />

Modo/Herb12 1 9,03 * 6,30 ns 1,53 ns 0,07 ns 1,81 *<br />

Modo/Herb13 1 8,82 * 52,02 * 4,35 ns 0,50 ns 0,01 ns<br />

Modo/Herb14 1 0,55 ns 0,21 ns 4,80 ns 0,38 ns 0,15 ns<br />

Modo/Herb15 1 2,53 ns 10,35 ns 137,78 * 2,00 ns 0,18 ns<br />

Resíduo b 45 2,51 12,28 19,43 0,99 0,31<br />

Total 47<br />

CV(%) 12,02 9,43 6,79 11,38 6,81<br />

*-significativo ao nível <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> pelo teste F.<br />

ns- não significativo ao nível <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> pelo teste F.<br />

53


Anexo 2. Resumo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> variância das variáveis <strong>de</strong> altura e estan<strong>de</strong> da <strong>cultura</strong> do algodoeiro, var. FMT-701, após o<br />

tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR 2007.<br />

FV<br />

GL<br />

QM Resíduo<br />

altura 21 DAA altura 36 DAA altura 66 DAA estan<strong>de</strong> 21 DAA estan<strong>de</strong> 49 DAA<br />

Blocos 3 3,97 41,55 254,24 5,01 9,66<br />

Herbicidas (H) 14 4,27 ns 26,95 ns 83,08 ns 1,40 ns 0,45 ns<br />

Resíduo a 42 3,93 24,31 50,62 1,53 0,64<br />

Parcelas (59)<br />

Modo (M) 1 26,89 * 62,93 * 12,87 ns 2,48 ns 5,46 *<br />

M x H 14 2,19 ns 12,67 ns 21,37 ns 1,08 ns 0,33 ns<br />

Modo/Herb1 1 1,28 ns 15,96 ns 12,00 ns 1,53 ns 0,72 ns<br />

Modo/Herb2 1 0,08 ns 8,61 ns 31,60 ns 0,50 ns 0,18 ns<br />

Modo/Herb3 1 9,46 * 40,95 * 5,95 ns 2,00 ns 0,78 ns<br />

Modo/Herb4 1 0,13 ns 0,06 ns 20,16 ns 0,03 ns 0,01 ns<br />

Modo/Herb5 1 0,41 ns 18,00 ns 1,71 ns 0,03 ns 0,66 ns<br />

Modo/Herb6 1 3,13 ns 0,25 ns 3,92 ns 3,13 ns 1,53 ns<br />

Modo/Herb7 1 3,78 ns 75,03 * 51,51 ns 0,38 ns 0,98 ns<br />

Modo/Herb8 1 8,20 * 2,10 ns 0,45 ns 0,50 ns 0,02 ns<br />

Modo/Herb9 1 3,38 ns 7,03 ns 143,65 * 0,03 ns 0,15 ns<br />

Modo/Herb10 1 0,06 ns 4,96 ns 18,30 ns 1,53 ns 0,98 ns<br />

Modo/Herb11 1 8,41 * 9,90 ns 1,20 ns 6,57 * 2,64 *<br />

Modo/Herb12 1 8,82 * 2,53 ns 1,28 ns 0,03 ns 1,20 ns<br />

Modo/Herb13 1 1,90 ns 18,91 ns 4,35 ns 0,07 ns 0,18 ns<br />

Modo/Herb14 1 6,48 * 34,45 * 13,00 ns 0,01 ns 0,01 ns<br />

Modo/Herb15 1 2,10 ns 1,62 ns 3,00 ns 1,32 ns 0,06 ns<br />

Resíduo b 45 1,53 11,96 19,81 1,69 0,64<br />

Total 47<br />

CV(%) 9,61 8,70 5,85 14,88 9,72<br />

*-significativo ao nível <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> pelo teste F.<br />

ns- não significativo ao nível <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> pelo teste F.<br />

54


Anexo 3. Resumo da análise <strong>de</strong> variância das variáveis resposta relacio<strong>na</strong>das à produção da <strong>cultura</strong> do algodoeiro, var. Delta-<br />

Opal e FMT-701, após o tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR 2007.<br />

QM Resíduo<br />

Delta-Opal FMT-701<br />

FV<br />

GL maçã 141 DAA Produtivida<strong>de</strong> maçã 141 DAA Produtivida<strong>de</strong><br />

Blocos 3 31,44 9137743,33 7,67 1039038,33<br />

Herbicidas (H) 14 3,67 ns 448219,93 ns 1,77 ns 645869,57 *<br />

Resíduo a 42 2,20 373979,05 2,46 368956,67<br />

Parcelas (59)<br />

Modo (M) 1 0,11 ns 169167,50 ns 0,01 ns 21882,42 ns<br />

M x H 14 1,89 * 56818,43 ns 1,74 ns 77587,21 ns<br />

Modo/Herb1 1 0,06 ns 4539,22 ns 1,45 ns 123197,50 ns<br />

Modo/Herb2 1 0,32 ns 21023,31 ns 9,03 * 58108,25 ns<br />

Modo/Herb3 1 0,04 ns 6826,45 ns 0,03 ns 71014,76 ns<br />

Modo/Herb4 1 1,45 ns 220063,20 ns 0,01 ns 132603,50 ns<br />

Modo/Herb5 1 0,02 ns 10691,60 ns 1,62 ns 2729,14 ns<br />

Modo/Herb6 1 2,00 ns 139212,30 ns 0,15 ns 164388,10 ns<br />

Modo/Herb7 1 2,76 * 90265,14 ns 0,21 ns 15940,52 ns<br />

Modo/Herb8 1 3,38 * 151456,90 ns 0,06 ns 50618,92 ns<br />

Modo/Herb9 1 0,21 ns 3055,47 ns 1,28 ns 14836,97 ns<br />

Modo/Herb10 1 0,10 ns 3156,06 ns 0,08 ns 90541,54 ns<br />

Modo/Herb11 1 2,88 * 16055,87 ns 9,03 * 33014,34 ns<br />

Modo/Herb12 1 0,72 ns 17155,49 ns 0,08 ns 99716,94 ns<br />

Modo/Herb13 1 5,61 * 17380,59 ns 0,28 ns 1678,09 ns<br />

Modo/Herb14 1 6,66 * 23745,74 ns 0,98 ns 42209,63 ns<br />

Modo/Herb15 1 0,41 ns 239998,70 * 0,01 ns 207506,20 *<br />

Resíduo b 45 0,86 80400,58 1,32 63628,13<br />

Total 47<br />

CV(%) 16,22 8,45 16,17 5,50<br />

*-significativo ao nível <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> pelo teste F.<br />

ns- não significativo ao nível 10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> pelo teste F.<br />

55

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!