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JOÃO GUILHERME ZANETTI DE ARANTES<br />

SELETIVIDADE DE HERBICIDAS APLICADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NA CULTURA<br />

DO ALGODOEIRO (GOSSYPIUM HIRSUTUM L.)<br />

MARINGÁ<br />

PARANÁ - BRASIL<br />

OUTUBRO - 2008


JOÃO GUILHERME ZANETTI DE ARANTES<br />

SELETIVIDADE DE HERBICIDAS APLICADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NA<br />

CULTURA DO ALGODOEIRO (GOSSYPIUM HIRSUTUM L.)<br />

Dissertação apresentada à Universida<strong>de</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> Maringá como parte das<br />

exigências do Programa <strong>de</strong> Pós-graduação<br />

<strong>em</strong> Agronomia, área <strong>de</strong> concentração <strong>em</strong><br />

Proteção <strong>de</strong> Plantas, para a obtenção do<br />

título <strong>de</strong> Mestre.<br />

MARINGÁ<br />

PARANÁ - BRASIL<br />

OUTUBRO - 2008


Dados Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> Catalogação‐<strong>na</strong>‐Publicação (CIP)<br />

(Biblioteca Central ‐ UEM, Maringá – PR., Brasil)<br />

A662s<br />

Arantes, João Guilherme Zanetti <strong>de</strong><br />

Seletivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência <strong>na</strong><br />

<strong>cultura</strong> do algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) / João<br />

Guilherme Zanetti <strong>de</strong> Arantes. -- Maringá : [s.n.], 2008.<br />

55 f. : il. color., figs.<br />

Orientador : Prof. Dr. Rub<strong>em</strong> Silvério <strong>de</strong> Oliveira Junior.<br />

Dissertação (mestrado) - Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá,<br />

Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>em</strong> Agronomia, área <strong>de</strong> concentração:<br />

Proteção <strong>de</strong> Plantas, 2008.<br />

1. Seletivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong>. 2. Controle químico. 3.<br />

Pré-<strong>em</strong>ergentes. 4. Mistura <strong>em</strong> tanque. 5. Algodoeiro<br />

(Gossypium hirsutum L.). I. Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá.<br />

Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>em</strong> Agronomia. II. Título.<br />

CDD 21.ed. 632.954


JOÃO GUILHERME ZANETTI DE ARANTES<br />

SELETIVIDADE DE HERBICIDAS APLICADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NA<br />

CULTURA DO ALGODOEIRO (GOSSYPIUM HIRSUTUM L.)<br />

Dissertação apresentada à Universida<strong>de</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> Maringá como parte das<br />

exigências do Programa <strong>de</strong> Pós-graduação<br />

<strong>em</strong> Agronomia, área <strong>de</strong> concentração <strong>em</strong><br />

Proteção <strong>de</strong> Plantas, para a obtenção do<br />

título <strong>de</strong> Mestre.<br />

______________________________<br />

Prof. Dr. Alberto Leão <strong>de</strong> L<strong>em</strong>os Barroso<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rio Ver<strong>de</strong><br />

_____________________________<br />

Prof. Dr. Robinson Luiz Contiero<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá<br />

______________________________<br />

Prof. Dr. Jamil Constantin<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá<br />

______________________________<br />

Prof. Dr. Rub<strong>em</strong> Silvério <strong>de</strong> Oliveira Junior<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá<br />

(Orientador)<br />

1


Aos meus pais Er<strong>na</strong>ni Villela <strong>de</strong> Arantes e Elsa Aparecida Zanetti <strong>de</strong> Arantes, cuja<br />

educação, compreensão, carinho, <strong>de</strong>dicação e, principalmente, pelo incentivo que me<br />

proporcio<strong>na</strong>ram foram fundamentais para que alcançasse mais este objetivo.<br />

DEDICO<br />

ii


AGRADECIMENTOS<br />

Primeiramente agra<strong>de</strong>ço a Deus, por ilumi<strong>na</strong>r-me e conduzir-me até este<br />

momento, proporcio<strong>na</strong>ndo-me força e sabedoria para enfrentar todas as dificulda<strong>de</strong>s<br />

que a mim foram confiadas.<br />

À Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, pela oportunida<strong>de</strong> e por disponibilizar<br />

recursos técnicos e intelectuais necessários para a realização do curso.<br />

Ao Conselho Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),<br />

pela ajuda fi<strong>na</strong>nceira por meio da bolsa <strong>de</strong> estudos disponibilizada.<br />

Aos meus pais Er<strong>na</strong>ni Villela <strong>de</strong> Arantes e Elsa Aparecida Zanetti <strong>de</strong> Arantes e<br />

irmãos Pedro Augusto Zanetti <strong>de</strong> Arantes, Fer<strong>na</strong>nda Zanetti <strong>de</strong> Arantes Oliveira e<br />

Lilian Zanetti <strong>de</strong> Arantes Scatambulo, por acreditar<strong>em</strong> <strong>em</strong> meu potencial, me<br />

motivando e apoiando <strong>em</strong> todos os momentos <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>.<br />

Aos amigos e professores Dr. Rub<strong>em</strong> Silvério <strong>de</strong> Oliveira Jr. e Dr. Jamil<br />

Constantin, pela oportunida<strong>de</strong>, confiança, orientação, companheirismo, amiza<strong>de</strong> e<br />

pelos valiosos ensi<strong>na</strong>mentos científicos e profissio<strong>na</strong>is, sendo dois gran<strong>de</strong>s ex<strong>em</strong>plos,<br />

tanto pessoal como profissio<strong>na</strong>l.<br />

Ao Professor José Usan Torres Brandão Filho e Engenheiro Agrônomo Osni<br />

Calegari (in m<strong>em</strong>oriam), pela valiosa contribuição técnica durante a condução dos<br />

experimentos.<br />

Aos amigos m<strong>em</strong>bros do Núcleo <strong>de</strong> Estudos Avançados <strong>em</strong> Ciência das<br />

Plantas Daninhas da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá (NAPD/UEM): Alexandre<br />

G<strong>em</strong>elli, Denis Fer<strong>na</strong>ndo Biffe, Diego Gonçalves Alonso, É<strong>de</strong>r Blainski, Eliezer Antônio<br />

Gueno, Erus Gue<strong>de</strong>s Bucker, Fabiano Aparecido Rios, Gizelly Santos, Josiele<br />

Cardoso Carneiro, Luiz Henrique Moraes Franchini, Mayara <strong>de</strong> Nardo Vanzela,<br />

Meirielly Carpejani, Michel Alex Raimondi e Simone Cristi<strong>na</strong> Brambilla, pela forte<br />

iii


amiza<strong>de</strong> cultivada no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>sses anos e pela indispensável colaboração <strong>na</strong><br />

condução dos experimentos realizados.<br />

Aos amigos e funcionários da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, Luis<br />

Machado Hom<strong>em</strong> e Milton Lopes da Silva, pela amiza<strong>de</strong> e auxílio <strong>na</strong> condução dos<br />

experimentos.<br />

Aos funcionários da Fazenda Experimental <strong>de</strong> Iguat<strong>em</strong>i Osvaldo, Valdir, Vilson<br />

e Rubens, pela colaboração <strong>na</strong> condução do experimento.<br />

À secretária do Programa <strong>de</strong> Pós-graduação <strong>em</strong> Agronomia Érika Cristi<strong>na</strong> T.<br />

Sato, pela amiza<strong>de</strong> e pelo atendimento profissio<strong>na</strong>l, competente e impecável durante<br />

estes anos <strong>de</strong> convivência.<br />

Aos colegas e amigos <strong>de</strong> Pós-graduação, pelo companheirismo e pela<br />

contribuição para meu crescimento intelectual.<br />

Enfim, à todos aqueles que direta ou indiretamente cooperaram para o<br />

planejamento e execução <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

Muito obrigado!<br />

iv


BIOGRAFIA<br />

JOÃO GUILHERME ZANETTI DE ARANTES, filho <strong>de</strong> Er<strong>na</strong>ni Villela <strong>de</strong> Arantes<br />

e Elsa Aparecida Zanetti <strong>de</strong> Arantes, <strong>na</strong>sceu <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maringá, Estado do Paraná,<br />

aos vinte dias do mês <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1984.<br />

Em 2002, matriculou-se no Curso <strong>de</strong> Agronomia da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong><br />

Maringá. No mesmo ano iniciou como estagiário do Núcleo <strong>de</strong> Estudos Avançados <strong>em</strong><br />

Ciência das Plantas Daninhas (NAPD), sob orientação dos Professores Doutores<br />

Rub<strong>em</strong> Silvério <strong>de</strong> Oliveira Junior e Jamil Constantin, on<strong>de</strong> atuou durante toda sua<br />

graduação.<br />

Colou grau <strong>em</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2007. Em março do mesmo ano iniciou o Curso <strong>de</strong><br />

Pós-graduação <strong>em</strong> Agronomia <strong>em</strong> nível <strong>de</strong> Mestrado, área <strong>de</strong> concentração <strong>em</strong><br />

Proteção <strong>de</strong> Plantas, <strong>na</strong> Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá – Maringá - PR.<br />

v


"A educação faz um povo fácil <strong>de</strong> ser li<strong>de</strong>rado,<br />

mas difícil <strong>de</strong> ser dirigido;<br />

fácil <strong>de</strong> ser gover<strong>na</strong>do,<br />

mas impossível <strong>de</strong> ser escravizado."<br />

Henry Peter<br />

vi


ÍNDICE<br />

RESUMO...................................................................................................................... viii<br />

ABSTRACT ................................................................................................................... ix<br />

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1<br />

2. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 3<br />

2.1. Cultura do Algodoeiro ................................................................................... 3<br />

2.2. Matointerferência <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro ................................................... 5<br />

2.3. Controle químico <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro .................. 7<br />

2.4. Metodologia para avaliação <strong>de</strong> <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> ............................................... 14<br />

3. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 17<br />

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 26<br />

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 43<br />

6. CONCLUSÕES ........................................................................................................ 45<br />

7. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 46<br />

ANEXOS ...................................................................................................................... 52<br />

vii


RESUMO<br />

ARANTES, J.G.Z., M.S., Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, outubro <strong>de</strong> 2008.<br />

Seletivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do<br />

algodoeiro (Gossypium hirsutum L.). Professor Orientador: Prof. Dr. Rub<strong>em</strong> Silvério<br />

<strong>de</strong> Oliveira Junior. Co-orientador: Prof. Dr. Jamil Constantin.<br />

As poucas opções <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> seletivos ao algodoeiro para manejo <strong>de</strong><br />

plantas daninhas dicotiledôneas, freqüent<strong>em</strong>ente, levam a aplicações <strong>de</strong> tratamentos<br />

<strong>herbicidas</strong> que resultam <strong>em</strong> fitointoxicação <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> e eventualmente <strong>em</strong> reduções<br />

<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>. Este trabalho teve por objetivo avaliar a <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong><br />

<strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência, isolados ou <strong>em</strong> misturas, para duas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

algodoeiro (Delta-Opal e FMT-701). Os tratamentos testados (doses <strong>em</strong> kg i.a.ha -1 )<br />

foram: alachlor (1,200), s-metolachlor (0,672), diuron (0,900 e 1,200), prometri<strong>na</strong><br />

(0,900 e 1,200), oxyfluorfen (0,192), alachlor + diuron (1,200 + 1,200), alachlor +<br />

prometri<strong>na</strong> (1,200 + 1,900 e 1,200 + 1,200), s-metolachlor + diuron (0,672 + 1,200), s-<br />

metolachlor + prometri<strong>na</strong> (0,672 + 0,900 e 0,672 + 1,200), oxyfluorfen + diuron (0,192<br />

+ 1,200), oxyfluorfen + prometri<strong>na</strong> (0,192 + 0,900). O experimento foi conduzido por<br />

meio <strong>de</strong> test<strong>em</strong>unhas duplas. Foram realizadas avaliações relacio<strong>na</strong>das à<br />

fitointoxicação visual, estan<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolvimento e produção das duas varieda<strong>de</strong>s, <strong>em</strong><br />

experimentos distintos. Os tratamentos <strong>herbicidas</strong> não influenciaram o estan<strong>de</strong> da<br />

<strong>cultura</strong> do algodoeiro. As plantas das duas varieda<strong>de</strong>s que sofreram redução <strong>em</strong> seu<br />

porte no início do <strong>de</strong>senvolvimento se recuperaram ao longo do ciclo da <strong>cultura</strong>,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do tratamento herbicida recebido. Quando houve incr<strong>em</strong>ento <strong>na</strong> dose <strong>de</strong><br />

diuron e prometri<strong>na</strong>, os sintomas <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong> foram intensificados <strong>em</strong> relação às<br />

menores doses. O herbicida oxyfluorfen, quando aplicado isolado e <strong>em</strong> mistura com<br />

diuron ou prometri<strong>na</strong>, proporcionou sintomas intensos <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong> à <strong>cultura</strong> do<br />

algodoeiro aos 14 DAA. O único tratamento que não foi seletivo às duas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

algodoeiro, consi<strong>de</strong>rando-se ape<strong>na</strong>s a produtivida<strong>de</strong>, foi a mistura oxyfluorfen +<br />

prometri<strong>na</strong> (0,192 + 0,900 kg i.a. ha -1 ).<br />

Palavras-chave: controle químico, pré-<strong>em</strong>ergentes, mistura <strong>em</strong> tanque.<br />

viii


ABSTRACT<br />

ARANTES, J.G.Z., M.S., Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, october, 2008. Seletivity of<br />

pre-<strong>em</strong>ergence herbici<strong>de</strong>s applied to cotton (Gossypium hirsutum L.). Adviser:<br />

Prof. Dr. Rub<strong>em</strong> Silvério <strong>de</strong> Oliveira Junior. Co-adviser: Prof. Dr. Jamil Constantin.<br />

The few herbici<strong>de</strong> options for selective broadleaf weed control in cotton usually<br />

lead to the application of treatments which may injure crop and eventually to yield<br />

<strong>de</strong>creases. This work was aimed at evaluating the selectivity of herbici<strong>de</strong>s applied at pre<strong>em</strong>ergence,<br />

isolated or in tank-mixtures, for two cotton varieties (Delta-Opal and FMT-<br />

701). Treatments applied were (rates in kg a.i. ha -1 ): Alachlor (1.2), S-metolachlor<br />

(0.672), Diuron (0.900 and 1.200), Prometryn (0.900 and 1.200), Oxyfluorfen (0.192),<br />

Alachlor + Diuron (1.2 + 1.2), Alachlor + Prometryn (1.2 + 1.9 and 1.2 + 1.2), S-<br />

metolachlor + Diuron (0.672 + 1.2), S-metolachlor + Prometryn (0.672 + 0.9 and 0.672 +<br />

1.2), Oxyfluorfen + Diuron (0.192 + 1.2), Oxyfluorfen + Prometryn (0.192 + 0.9). The<br />

experiment was un<strong>de</strong>rtaken by using two fold checks. Evaluations performed were<br />

related to the visual plant intoxication, stand, <strong>de</strong>velopment and yield of both varieties, in<br />

distinct experiments. Herbici<strong>de</strong> treatments did not influence cotton stand. Plants of both<br />

varieties which presented reduced growth at the beginning of the crop cycle recovered<br />

along the cycle, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt of herbici<strong>de</strong> treatment. When rates of diuron and prometryn<br />

were increased, symptoms of crop injury were also stronger in relation to lower rates of<br />

the same products. Oxyfluorfen, isolated or in tank mixture with diuron or prometryn,<br />

propitiated intense symptoms of crop injury at 14 days after application. The only<br />

treatment which was consi<strong>de</strong>red as non selective to both cotton varieties, taking into<br />

account only crop yield, was the mixture of oxyfluorfen + prometryn (0.192 + 0.9 kg a.i.<br />

ha -1 ).<br />

Keywords: ch<strong>em</strong>ical control, pre-<strong>em</strong>ergence, tank mixture.<br />

ix


1. INTRODUÇÃO<br />

A <strong>cultura</strong> do algodão (Gossypium hirsutum L.), após ter mais <strong>de</strong> três milhões<br />

<strong>de</strong> hectares cultivados no centro-sul e no nor<strong>de</strong>ste do Brasil <strong>na</strong>s décadas <strong>de</strong> 60 e 70 e<br />

se caracterizar por uma agri<strong>cultura</strong> <strong>de</strong> peque<strong>na</strong>s áreas e baixa tecnologia,<br />

praticamente não resistiu à entrada <strong>de</strong> uma nova praga, o bicudo-do-algodoeiro<br />

(Anthonomus grandis), e ao elevado custo <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, provocando uma inversão<br />

<strong>na</strong> cotoni<strong>cultura</strong> brasileira, on<strong>de</strong>, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> exportador, o Brasil passou a ser o maior<br />

importador do mundo. Com o <strong>de</strong>senvolvimento da soja e do milho no centro-oeste<br />

(Mato Grosso, Goiás e Bahia), a cotoni<strong>cultura</strong> migrou principalmente para estas áreas,<br />

como uma alter<strong>na</strong>tiva <strong>de</strong> rotação <strong>de</strong> <strong>cultura</strong>s, tor<strong>na</strong>ndo-se uma <strong>cultura</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

áreas e <strong>de</strong> alta tecnologia.<br />

O sucesso da <strong>cultura</strong> do algodoeiro no cerrado t<strong>em</strong> sido impulsio<strong>na</strong>do pelas<br />

condições <strong>de</strong> clima favorável, pelo relevo com topografia pla<strong>na</strong>, que permite<br />

mecanização total da lavoura, por programas <strong>de</strong> incentivo à <strong>cultura</strong> impl<strong>em</strong>entados<br />

pelos estados da região e, sobretudo, pelo uso intensivo <strong>de</strong> tecnologias mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong>s,<br />

que têm feito com que o cerrado brasileiro <strong>de</strong>tenha as mais altas produtivida<strong>de</strong>s <strong>na</strong><br />

<strong>cultura</strong> do algodoeiro no Brasil e no mundo <strong>em</strong> áreas não irrigadas.<br />

O algodoeiro é uma <strong>cultura</strong> fisiologicamente muito complexa, e os resultados<br />

<strong>de</strong> sua produção <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da interação entre muitas variáveis bióticas e abióticas.<br />

Dentre os fatores bióticos, o componente representado pelas plantas daninhas t<strong>em</strong><br />

gran<strong>de</strong> importância no manejo da <strong>cultura</strong>, seja pelos prejuízos causados ao<br />

rendimento caso elas não sejam controladas, seja pelos impactos dos métodos <strong>de</strong><br />

controle. O estresse biológico causado pela competição das plantas daninhas é um<br />

somatório <strong>de</strong> estresses como o hídrico e o nutricio<strong>na</strong>l.<br />

As plantas daninhas constitu<strong>em</strong> probl<strong>em</strong>a sério <strong>na</strong> fase inicial do ciclo do<br />

algodoeiro, pois concorr<strong>em</strong> com ele por nutrientes e luz. No fi<strong>na</strong>l do ciclo prejudicam<br />

também a qualida<strong>de</strong> (limpeza) da fibra e atrapalham a colheita, seja ela mecanizada<br />

ou manual, além <strong>de</strong> causar<strong>em</strong> prejuízos no beneficiamento e fiação industrial. No<br />

manejo das plantas daninhas, o que se faz normalmente é a utilização conjunta <strong>de</strong><br />

várias estratégias <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> forma a minimizar o efeito negativo <strong>de</strong> práticas<br />

isoladas. Um importante componente nesse manejo é a própria <strong>cultura</strong>, que ao ocupar<br />

1


o espaço físico e mobilizar recursos disponíveis para seu crescimento, oferece forte<br />

competição às plantas daninhas. No algodoeiro, entretanto, a necessida<strong>de</strong> fitotécnica<br />

<strong>de</strong> manter espaçamentos largos e a utilização <strong>de</strong> reguladores <strong>de</strong> crescimento das<br />

plantas dificulta sobr<strong>em</strong>aneira as práticas <strong>de</strong> controle das plantas daninhas, <strong>de</strong>ixando<br />

uma carga muito gran<strong>de</strong> para ser suprida por outros métodos <strong>de</strong> intervenção. Desses,<br />

o método químico, representado pelo uso <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong>, t<strong>em</strong> sido importante<br />

ferramenta para o cultivo do algodoeiro <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> exploração <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> escala.<br />

Pela limitada disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ingredientes ativos seletivos para a <strong>cultura</strong><br />

com espectro <strong>de</strong> ação suficiente para controlar a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies daninhas<br />

que ocorr<strong>em</strong> <strong>na</strong>s áreas <strong>de</strong> cultivo, os cotonicultores são obrigados a utilizar <strong>herbicidas</strong><br />

com <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> margi<strong>na</strong>l para a <strong>cultura</strong> e também produtos não seletivos <strong>aplicados</strong><br />

<strong>de</strong> forma dirigida. Como a <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> uma complexa interação entre o<br />

herbicida, a planta e o ambiente, o uso <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> não seletivos ou com<br />

<strong>seletivida<strong>de</strong></strong> margi<strong>na</strong>l s<strong>em</strong>pre conduz a uma situação <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> rendimento,<br />

n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre possível <strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>ntificada pelo produtor.<br />

Na prática, o uso <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência no controle <strong>de</strong> plantas<br />

daninhas já é prática consagrada entre os gran<strong>de</strong>s cotonicultores. No entanto, é<br />

comum entre os produtores a utilização <strong>de</strong> subdoses, seja dos produtos <strong>aplicados</strong><br />

isoladamente ou <strong>de</strong> misturas, visando assim maior <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> para a <strong>cultura</strong> e<br />

redução <strong>de</strong> custos. Porém, esta prática não está sendo eficiente, visto o aumento <strong>de</strong><br />

populações <strong>de</strong> plantas daninhas como Portulaca oleracea e Amaranthus sp. no oeste<br />

baiano e Euphorbia heterophylla <strong>na</strong> região centro-oeste brasileira, e o aparecimento<br />

<strong>de</strong> injúrias <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> após a aplicação <strong>de</strong>sses <strong>herbicidas</strong>. Para preencher tal lacu<strong>na</strong>,<br />

são fundamentais trabalhos que venham a avaliar exclusivamente a <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />

<strong>herbicidas</strong> no algodoeiro, tanto <strong>aplicados</strong> isoladamente quanto <strong>em</strong> mistura, s<strong>em</strong> a<br />

concorrência <strong>de</strong> plantas daninhas, visando estimar os efeitos dos tratamentos<br />

<strong>herbicidas</strong> disponíveis <strong>em</strong> relação ao crescimento e à produtivida<strong>de</strong> do algodoeiro.<br />

Neste contexto, o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi avaliar a <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />

<strong>herbicidas</strong> <strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência, isolados ou <strong>em</strong> misturas, para as varieda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> algodoeiro Delta-Opal e FMT-701.<br />

2


2. REVISÃO DE LITERATURA<br />

2.1. Cultura do Algodoeiro<br />

A <strong>cultura</strong> do algodoeiro v<strong>em</strong> retomando sua projeção entre as principais<br />

<strong>cultura</strong>s brasileiras visto que, no primeiro prognóstico para o ano <strong>de</strong> 2008, o IBGE<br />

projeta um crescimento <strong>de</strong> 7,1% <strong>na</strong> produção <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço, que <strong>de</strong>ve chegar<br />

a 4,1 milhões <strong>de</strong> toneladas. O aumento apresentado pelo IBGE é resultado do<br />

aumento da área s<strong>em</strong>eada nos estados <strong>de</strong> Mato Grosso, <strong>em</strong> 3,9%, e Bahia, 13,5%,<br />

<strong>em</strong> relação ao ciclo anterior. O incr<strong>em</strong>ento <strong>na</strong> produção se <strong>de</strong>ve aos preços da fibra<br />

nos mercados interno e externo, fato observado pela instituição <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano anterior<br />

(Marques, 2008).<br />

Atualmente, são cultivados no mundo dois tipos diferentes <strong>de</strong> algodão: o<br />

arbóreo e o herbáceo. O algodão arbóreo (Gossypium arboreum) se ass<strong>em</strong>elha a uma<br />

árvore <strong>de</strong> porte médio, <strong>de</strong> cultivo permanente e possui certa importância <strong>em</strong> algumas<br />

regiões da Índia, Paquistão, Chi<strong>na</strong> e Tailândia. Porém, a contribuição <strong>de</strong>sta espécie <strong>na</strong><br />

produção mundial não chega a 4%. Já a espécie herbácea (Gossypium hirsutum L.r.<br />

latifolium Hutch) é um arbusto <strong>de</strong> cultivo anual, uma entre as 50 espécies já<br />

classificadas e <strong>de</strong>scritas do gênero Gossypium. Das 50 espécies classificadas, 17 têm<br />

orig<strong>em</strong> <strong>na</strong> Austrália, seis no Havaí, e uma no nor<strong>de</strong>ste brasileiro. Cerca <strong>de</strong> 90% das<br />

fibras <strong>de</strong> algodão comercializadas no mundo são provenientes da espécie Gossypium<br />

hirsutum (Fuzatto, 1999; Pen<strong>na</strong>, 1999), conforme classificação taxonômica <strong>de</strong>scrita<br />

abaixo:<br />

Divisão: Embriophita sifanogamae<br />

Subdivisão: Fanerogamae ou espermatophita<br />

Filo: Angiospermae<br />

Classe: Dicotiledoneae<br />

Subclasse: Archichlamidae<br />

Or<strong>de</strong>m: Malvales<br />

Família: Malvaceae<br />

Tribo: Hibisceae<br />

Gênero: Gossypium<br />

3


Espécie: Gossypium hirsutum<br />

Raça: G. hirsutum latifolium<br />

A fenologia do algodoeiro subdivi<strong>de</strong>-se <strong>em</strong> duas fases: vegetativa e a<br />

reprodutiva. A fase vegetativa inicia-se com a <strong>em</strong>ergência da plântula e termi<strong>na</strong> com a<br />

formação do primeiro ramo frutífero. A fase reprodutiva inicia-se com o surgimento do<br />

primeiro botão floral e termi<strong>na</strong> quando as fibras no capulho ating<strong>em</strong> o ponto <strong>de</strong><br />

maturação para colheita. A morfologia do algodoeiro, assim como sua fisiologia, é<br />

extr<strong>em</strong>amente complexa. A raiz principal é do tipo pivotante, como uma continuação<br />

direta da haste principal da planta e situa-se <strong>em</strong> sua gran<strong>de</strong> maioria nos primeiros 20<br />

cm <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> no solo, po<strong>de</strong>ndo atingir, <strong>em</strong> condições i<strong>de</strong>ais, até 2,5 m <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong>. O caule é cilíndrico, ereto e, às vezes, po<strong>de</strong> apresentar forma<br />

ligeiramente quadrangular ou pentangular. Exist<strong>em</strong>, no algodoeiro, três tipos <strong>de</strong> folhas,<br />

as cotiledo<strong>na</strong>res, que são as primeiras que surg<strong>em</strong> após a germi<strong>na</strong>ção <strong>em</strong> forma <strong>de</strong><br />

rim (riniformes); os prófilos, que são peque<strong>na</strong>s folhas que surg<strong>em</strong> <strong>na</strong> base da g<strong>em</strong>a<br />

próxima à axila da folha verda<strong>de</strong>ira; e as folhas verda<strong>de</strong>iras, do tipo lobadas e<br />

incompletas, pois não possu<strong>em</strong> bainha, subdividindo-se <strong>em</strong> dois tipos: as vegetativas,<br />

ou do ramo e as frutíferas, origi<strong>na</strong>das no lado oposto <strong>de</strong> cada nó frutífero junto à<br />

estrutura reprodutiva. A flor é do tipo hermafrodita e simétrica. O fruto é <strong>em</strong> forma <strong>de</strong><br />

cápsula, apresentando <strong>de</strong> três a cinco lóculos, cada um com seis a oito s<strong>em</strong>entes.<br />

Po<strong>de</strong>m apresentar formato arredondado ou alongado <strong>na</strong> ponta (Ballaminut et al.,<br />

2007).<br />

O algodoeiro é uma planta <strong>de</strong> comportamento diferenciado por ser <strong>de</strong> ciclo<br />

in<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do. Po<strong>de</strong> crescer até 3,0 m, o que l<strong>em</strong>bra suas origens como árvore<br />

(arbórea) ao produzir botões florais, flores, frutos (maçãs), pluma, s<strong>em</strong>pre que tenha<br />

boas condições climáticas como: água, radiação solar (energia) e nutrientes. A planta<br />

é xerofítica, <strong>de</strong> ambiente seco, <strong>de</strong>sértico, sendo hoje cultivada <strong>em</strong> locais cuja<br />

precipitação pluviométrica anual varia <strong>de</strong> 700 mm até 3000 mm e altitu<strong>de</strong>s que variam<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nível do mar até 1200 m. T<strong>em</strong> a característica <strong>de</strong> sobreviver <strong>em</strong> diferentes<br />

ambientes, por isso, <strong>em</strong> condições <strong>de</strong> estresse, ela po<strong>de</strong> abortar botões florais para ter<br />

outra produção assim que as condições climáticas for<strong>em</strong> satisfatórias para garantir e<br />

perpetuar a espécie (Ballaminut et al., 2007).<br />

O algodoeiro apresenta melhor <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho quando instalado <strong>em</strong> solos <strong>de</strong><br />

alta fertilida<strong>de</strong>, <strong>em</strong> condições <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada no solo (s<strong>em</strong> ocorrer<br />

4


encharcamento ou estresse hídrico), altas t<strong>em</strong>peraturas (melhor faixa entre 23ºC e<br />

32ºC) e alta intensida<strong>de</strong> luminosa <strong>na</strong> superfície foliar. Embora o algodão seja<br />

conhecido por ter certa resistência à seca, maior que a dos cereais, por ex<strong>em</strong>plo, isso<br />

não significa que não necessite <strong>de</strong> água. Para obtenção <strong>de</strong> altas produtivida<strong>de</strong>s, é<br />

necessária uma lâmi<strong>na</strong> <strong>de</strong> água <strong>na</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 700 mm durante todo o ciclo da <strong>cultura</strong><br />

(Ballaminut et al., 2007).<br />

Durante a maior parte do ciclo da planta <strong>de</strong> algodão, exist<strong>em</strong> diversos eventos<br />

ocorrendo ao mesmo t<strong>em</strong>po, como crescimento vegetativo, aparecimento <strong>de</strong> g<strong>em</strong>as<br />

reprodutivas, florescimento, crescimento e maturação dos frutos. Cada um <strong>de</strong>sses<br />

eventos é <strong>de</strong> fundamental importância para uma boa produtivida<strong>de</strong>, porém é<br />

necessário que eles ocorram <strong>de</strong> forma balanceada. A t<strong>em</strong>peratura influencia<br />

fort<strong>em</strong>ente o crescimento da planta, tendo sido <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da a exigência <strong>em</strong><br />

t<strong>em</strong>peratura para cada fase do crescimento do algodoeiro. Em anos <strong>de</strong> baixa<br />

precipitação, as plantas daninhas po<strong>de</strong>m retirar <strong>de</strong> três a quatro vezes mais nitrogênio,<br />

potássio e magnésio do solo que o algodoeiro. Em condições normais <strong>de</strong> chuvas,<br />

po<strong>de</strong>m r<strong>em</strong>over duas a três vezes mais potássio do que a <strong>cultura</strong> (Treanor, 1965).<br />

O algodão representa 71% das fibras <strong>na</strong>turais utilizadas pela indústria têxtil<br />

mundial. Juntas, as regiões centro-oeste e nor<strong>de</strong>ste respon<strong>de</strong>m por 93% da produção<br />

<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, <strong>em</strong> especial os Estados <strong>de</strong> Mato Grosso e Bahia (Teixeira, 2007). A<br />

realida<strong>de</strong> encontrada <strong>na</strong> década <strong>de</strong> 80 para a <strong>cultura</strong> do algodoeiro difere da<br />

encontrada atualmente, visto que aquela era restrita a peque<strong>na</strong>s proprieda<strong>de</strong>s, com<br />

limitado uso <strong>de</strong> tecnologia. Com a quebra das fronteiras agrícolas, o algodão ganhou<br />

expressão significativa no cerrado brasileiro, passando a ser cultivado por gran<strong>de</strong>s<br />

<strong>em</strong>presários e ocupando extensas áreas, sendo necessário o uso <strong>de</strong> um alto nível<br />

tecnológico. Entre estes insumos tecnológicos, utiliza-se os <strong>herbicidas</strong> no controle das<br />

plantas daninhas, visto que estas, se não controladas <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada, po<strong>de</strong>m<br />

ocasio<strong>na</strong>r redução <strong>de</strong> até 81,2% <strong>em</strong> sua produtivida<strong>de</strong> (Freitas et al., 2002).<br />

2.2. Matointerferência <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro<br />

O período crítico <strong>de</strong> competição entre as plantas daninhas e o algodoeiro<br />

herbáceo varia <strong>na</strong> sua amplitu<strong>de</strong> <strong>em</strong> função <strong>de</strong> diversos fatores, tais como: espécies<br />

<strong>de</strong> plantas daninhas, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacio<strong>na</strong>l, precipitação, t<strong>em</strong>peratura, tipos <strong>de</strong> solo<br />

5


e condições <strong>de</strong> cultivo, envolvendo espaçamento, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da <strong>cultura</strong> e adubação. A<br />

importância da <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção do período <strong>de</strong>ve-se a vários aspectos. Indica quando se<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> elimi<strong>na</strong>r as plantas daninhas, <strong>de</strong> modo que permita redução nos custos do<br />

controle e permite saber, no caso do controle químico, qual o período residual que o<br />

herbicida <strong>de</strong>ve proporcio<strong>na</strong>r para que o controle seja satisfatório durante todo o<br />

período critico.<br />

Azevedo et al. (1994) relatam que o algodoeiro é uma <strong>cultura</strong> muito sensível à<br />

matointerferência, necessitando <strong>de</strong> um longo período livre da competição das plantas<br />

daninhas pelos recursos <strong>na</strong>turais (entre 20 e 80 dias após sua <strong>em</strong>ergência), para não<br />

acarretar quedas <strong>em</strong> sua produção.<br />

Para Lacca-Buendia & Cardoso Neto (1979), a competição causada pelas<br />

plantas daninhas reduz a maioria dos componentes da produção. As características<br />

tecnológicas da fibra do algodão, no entanto, sofr<strong>em</strong> pouca influência do estresse<br />

competitivo causado pelas plantas daninhas, ou seja, a qualida<strong>de</strong> intrínseca da fibra<br />

praticamente não é alterada pela competição.<br />

Filho (1980) testou <strong>de</strong>z períodos <strong>de</strong> competição <strong>de</strong> plantas daninhas, ficando<br />

todo o ciclo da <strong>cultura</strong> e os primeiros 20, 40, 60 e 80 dias após a s<strong>em</strong>eadura sob<br />

competição, e todo o ciclo e os primeiros 20, 40, 60 e 80 dias, livres <strong>de</strong> competição <strong>de</strong><br />

plantas daninhas, com reinfestações subseqüentes após esses períodos. As maiores<br />

populações <strong>de</strong> algodoeiro reduziram o período crítico <strong>de</strong> competição das plantas<br />

daninhas, pelo fato <strong>de</strong> promover<strong>em</strong> uma cobertura mais rápida do solo. O período<br />

crítico <strong>de</strong> competição das plantas daninhas, para a produção <strong>de</strong> capulhos, ocorreu por<br />

volta dos primeiros 40 dias do ciclo da <strong>cultura</strong>. Quando a <strong>cultura</strong> permaneceu livre da<br />

competição <strong>de</strong> plantas daninhas até os primeiros 40 dias ou períodos maiores, as<br />

populações <strong>de</strong> plantas daninhas que <strong>em</strong>ergiram posteriormente não influenciaram <strong>na</strong><br />

produtivida<strong>de</strong> do algodoeiro.<br />

Freitas et al. (2002) avaliaram períodos <strong>de</strong> convivência das plantas daninhas<br />

com a <strong>cultura</strong> do algodão conduzida <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> plantio direto, comparando<br />

tratamentos com e s<strong>em</strong> interferência, e verificaram que a presença <strong>de</strong> plantas<br />

daninhas durante todo o ciclo da <strong>cultura</strong> aumentou o número <strong>de</strong> nós até a inserção do<br />

primeiro ramo frutífero e reduziu o número <strong>de</strong> maçãs e a altura das plantas, além <strong>de</strong><br />

reduzir a produtivida<strong>de</strong> do algodão <strong>em</strong> caroço <strong>em</strong> 81,2%. O período que antece<strong>de</strong> a<br />

interferência das plantas daninhas (PAI) foi <strong>de</strong> 14 DAE, consi<strong>de</strong>rando uma perda<br />

tolerável <strong>de</strong> 5% <strong>na</strong> produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço.<br />

6


Segundo Salgado et al. (2002), o Período Anterior à Interferência (PAI), com<br />

tolerância <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> 5% da produtivida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> oito dias após a <strong>em</strong>ergência da<br />

<strong>cultura</strong> (DAE); o Período Total da Prevenção da Interferência (PTPI) foi <strong>de</strong> 66 DAE; e o<br />

Período Crítico <strong>de</strong> Prevenção da Interferência (PCPI) foi dos oito dias aos 66 DAE. Já<br />

para A<strong>de</strong>gas (1994), o período crítico <strong>de</strong> competição acontece nos primeiros 35 dias<br />

após a <strong>em</strong>ergência da <strong>cultura</strong>, sendo que, <strong>na</strong> competição exclusiva com Cyperus<br />

rotundus, esse período aumenta para os primeiros 42 dias após a <strong>em</strong>ergência.<br />

O algodoeiro possui baixa capacida<strong>de</strong> competitiva referente às plantas<br />

daninhas, sendo as principais causas, o crescimento inicial lento e o largo<br />

espaçamento <strong>de</strong> s<strong>em</strong>eadura, que faz<strong>em</strong> com que a <strong>cultura</strong> leve cerca <strong>de</strong> 90 dias para<br />

cobrir totalmente a área s<strong>em</strong>eada. Algumas plantas daninhas, como o capimcarrapicho<br />

(Cenchrus echi<strong>na</strong>tus) e o picão-preto (Bi<strong>de</strong>ns pilosa), apresentam<br />

estruturas frutíferas que a<strong>de</strong>r<strong>em</strong> ao capulho do algodoeiro e, quando presentes <strong>na</strong><br />

colheita, po<strong>de</strong>m reduzir a qualida<strong>de</strong> da fibra, dificultando a colheita e o seu<br />

beneficiamento (Laca-Buendia, 1990; Freitas et al., 2002). Portanto, um programa<br />

eficiente <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro <strong>de</strong>ve incluir a<br />

combi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> estratégias que evit<strong>em</strong> a concorrência das plantas daninhas pelos<br />

fatores <strong>de</strong> produção durante o período crítico <strong>de</strong> interferência, além <strong>de</strong> permitir que o<br />

algodoeiro seja colhido s<strong>em</strong> a interferência <strong>de</strong>stas.<br />

2.3. Controle químico <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro<br />

A importância das espécies daninhas está ligada à redução que provocam <strong>na</strong><br />

quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> da produção, ao aumento nos custos <strong>de</strong> produção ou aos<br />

danos dos métodos <strong>de</strong> controle à <strong>cultura</strong> e ao ambiente. O método químico, muito<br />

utilizado nos programas <strong>de</strong> manejo das plantas daninhas, não t<strong>em</strong> seu potencial <strong>de</strong><br />

dano à <strong>cultura</strong> b<strong>em</strong> estudado. Há ocorrências <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong> fitointoxicação <strong>de</strong><br />

<strong>herbicidas</strong> nos algodoeiros, <strong>em</strong> alguns casos muito evi<strong>de</strong>ntes, levando à necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> replantio da <strong>cultura</strong>. Em outros casos, os sintomas <strong>de</strong>saparec<strong>em</strong> durante o ciclo,<br />

não sendo possível concluir sobre perdas <strong>de</strong> rendimento porque toda a área recebe o<br />

mesmo tratamento herbicida, não existindo uma área test<strong>em</strong>unha para comparação.<br />

7


Para Siqueri (2001), o uso <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> é o método mais eficaz, via <strong>de</strong> regra<br />

o mais econômico no controle das plantas daninhas, face às dificulda<strong>de</strong>s no uso da<br />

capi<strong>na</strong> manual e o controle <strong>na</strong> linha da <strong>cultura</strong> através do processo mecânico.<br />

Entre os <strong>herbicidas</strong> registrados para o algodoeiro, exist<strong>em</strong> boas alter<strong>na</strong>tivas<br />

quanto à <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> e eficiência <strong>de</strong> controle para as plantas daninhas <strong>de</strong> folhas<br />

estreitas (da família Poaceae = gramíneas). No entanto, para o manejo químico das<br />

espécies <strong>de</strong> folhas largas, trapoerabas e tiriricas, as opções <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> são<br />

limitadas, tanto <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> espectro <strong>de</strong> ação como <strong>de</strong> <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> (Aguillera et al.,<br />

2004).<br />

O controle <strong>de</strong> plantas daninhas é uma prática que <strong>de</strong>manda tecnologia e<br />

poucas são as informações sobre o uso <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> isolados e com mistura <strong>em</strong><br />

tanque <strong>na</strong> região do cerrado do Oeste da Bahia e do Centro-Oeste. Dentre os diversos<br />

métodos <strong>de</strong> controle, o mais utilizado é o controle químico, que consiste no uso <strong>de</strong><br />

produtos <strong>herbicidas</strong> seletivos para a <strong>cultura</strong>. Enten<strong>de</strong>-se por <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos <strong>herbicidas</strong> <strong>de</strong> elimi<strong>na</strong>r plantas daninhas que se encontram presentes<br />

<strong>na</strong> <strong>cultura</strong>, s<strong>em</strong> reduzir-lhe a produtivida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> do produto fi<strong>na</strong>l obtido (Velini,<br />

1992; Velini et al., 2000). Entretanto, <strong>na</strong> maioria dos trabalhos realizados, os efeitos <strong>de</strong><br />

<strong>seletivida<strong>de</strong></strong> e matointerferência não estão separados, po<strong>de</strong>ndo levar a erros <strong>de</strong><br />

interpretação.<br />

Como a toxicida<strong>de</strong> é resultante <strong>de</strong> uma complexa interação entre o herbicida,<br />

a planta e as condições ambientais (Weller, 2000), seus efeitos po<strong>de</strong>m ser muito<br />

variáveis, sobretudo <strong>em</strong> condições <strong>de</strong> <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> margi<strong>na</strong>l, <strong>de</strong>vendo-se ter muita<br />

cautela <strong>em</strong> extrapolar os resultados <strong>de</strong> pesquisa. Um complicador adicio<strong>na</strong>l,<br />

provavelmente conseqüência <strong>de</strong>ssa <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> margi<strong>na</strong>l, é a interação que t<strong>em</strong> sido<br />

observada entre os <strong>herbicidas</strong>, cujos efeitos se manifestam pelo aumento da<br />

toxicida<strong>de</strong> <strong>em</strong> alguns casos e redução <strong>em</strong> outros (Martinho et al., 2002; Snipes &<br />

Seifert, 2003).<br />

As poucas opções <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> seletivos ao algodoeiro para manejo <strong>de</strong><br />

plantas daninhas dicotiledôneas freqüent<strong>em</strong>ente levam a aplicações <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> que<br />

resultam <strong>em</strong> alta toxi<strong>de</strong>z e baixa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fibra e rendimento <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong><br />

caroço.<br />

Para controlar as plantas daninhas <strong>de</strong> folhas largas têm sido mais utilizados<br />

os ingredientes ativos diuron, cya<strong>na</strong>zine, alachlor, s-metolachlor, pendimethalin,<br />

8


clomazone, e mais dois produtos seletivos para aplicação <strong>em</strong> pós-<strong>em</strong>ergência total:<br />

pyrithiobac e trifloxysulfuron (Beltrão, 1996; Takizawa, 2000; Melhorança & Beltrão,<br />

2001; Oliveira Jr. & Constantin, 2001). Além <strong>de</strong>sses <strong>herbicidas</strong>, vários outros, não<br />

seletivos, são <strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pós-<strong>em</strong>ergência dirigida às entrelinhas, tais como<br />

glyphosate, MSMA e paraquat (Rodrigues & Almeida, 2005).<br />

O conhecimento do comportamento <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> é fundamental <strong>na</strong> avaliação<br />

<strong>de</strong> sua eficácia <strong>na</strong> agri<strong>cultura</strong> e <strong>na</strong> compreensão do impacto ambiental causado por<br />

estes produtos químicos. A mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um <strong>de</strong>fensivo no solo, especialmente dos<br />

<strong>herbicidas</strong> <strong>aplicados</strong> diretamente ao mesmo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> fatores ligados<br />

ao solo, ao ambiente e às características do próprio produto químico aplicado. Com<br />

relação aos <strong>herbicidas</strong>, a dose aplicada, a solubilida<strong>de</strong> <strong>em</strong> água e as características<br />

químicas do produto que condicio<strong>na</strong>m a adsortivida<strong>de</strong> da molécula às partículas<br />

coloidais <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>m a maior ou menor mobilida<strong>de</strong> do produto no perfil do solo. O<br />

ambiente condicio<strong>na</strong> a movimentação do herbicida no solo pela t<strong>em</strong>peratura e,<br />

principalmente, pela quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chuva após sua aplicação. No solo, é importante<br />

<strong>de</strong>stacar a dre<strong>na</strong>g<strong>em</strong>, a textura e o teor <strong>de</strong> matéria orgânica (capacida<strong>de</strong> adsortiva);<br />

assim, quanto maior a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> um solo, menor é a mobilida<strong>de</strong> do<br />

herbicida neste.<br />

Quando uma molécula <strong>de</strong> herbicida chega ao solo, ela está sujeita a<br />

processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação e sorção e os resultados <strong>de</strong>stes dois processos po<strong>de</strong>m ser:<br />

a absorção da molécula pelas plantas, a lixiviação da molécula para camadas<br />

subsuperficiais do solo, po<strong>de</strong>ndo até mesmo atingir os cursos <strong>de</strong> água subterrâneos,<br />

ou a formação <strong>de</strong> resíduos ligados. A presença <strong>de</strong> matéria orgânica po<strong>de</strong> aumentar a<br />

sorção do herbicida, indisponibilizando-o, ou ativar a microbiota do solo e, assim,<br />

promover aumento <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>gradação (Prata & Lavorenti, 2000).<br />

Uma exigência fundamental para obter-se bom resultado <strong>em</strong> aplicações<br />

realizadas <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência é a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> no solo, favorecendo a<br />

solubilização do composto, o que permite a sua distribuição <strong>em</strong> uma fi<strong>na</strong> camada<br />

superficial protegendo-a contra fatores adversos do ambiente (Beltrão & Azevedo,<br />

1994). Caso esta exigência <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> não seja atendida, po<strong>de</strong>m ocorrer perdas<br />

significativas por foto<strong>de</strong>gradação, volatilização e/ou arrastamento pelo vento (erosão<br />

eólica).<br />

Para <strong>herbicidas</strong> utilizados <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência, a escolha da dose <strong>de</strong>ve ser<br />

feita <strong>de</strong> forma criteriosa, consi<strong>de</strong>rando-se a granulometria do solo e, principalmente, o<br />

9


teor <strong>de</strong> matéria orgânica, pois são estas particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada solo que<br />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>rão a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> posicio<strong>na</strong>mento do herbicida no perfil. Em geral, solos<br />

mais argilosos permit<strong>em</strong> a adoção <strong>de</strong> maiores doses, enquanto que nos solos<br />

arenosos as doses são reduzidas (Christoffoleti, 2008).<br />

O herbicida alachlor é registrado no Brasil para as <strong>cultura</strong>s do algodão,<br />

amendoim, café, ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar, girassol, milho e soja. Controla espécies <strong>de</strong> folha<br />

larga, tais como trapoeraba e algumas gramíneas, sendo comum a mistura com outros<br />

<strong>herbicidas</strong> para aumentar o espectro <strong>de</strong> ação. Usa-se <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência, pela<br />

absorção se dar essencialmente pelo caulículo das plântulas. Em algodão, amendoim<br />

e girassol não <strong>de</strong>ve ser utilizado <strong>em</strong> solos arenosos. Pertence ao grupo químico das<br />

cloroacetanilidas. Presumivelmente é inibidor da síntese <strong>de</strong> proteí<strong>na</strong>s e lipí<strong>de</strong>os <strong>na</strong>s<br />

espécies susceptíveis. Após sua aplicação, as plantas susceptíveis não <strong>em</strong>erg<strong>em</strong>. As<br />

que consegu<strong>em</strong> <strong>em</strong>ergir ficam retorcidas e com folhas enroladas. Adsorvido pelos<br />

colói<strong>de</strong>s do solo, é pouco lixiviável. Permanece no solo <strong>de</strong> 6 a 10 s<strong>em</strong>a<strong>na</strong>s (<strong>na</strong>s doses<br />

recomendadas, variáveis com o tipo <strong>de</strong> solo e condições climáticas). Apresenta baixa<br />

mobilida<strong>de</strong> no solo (Rodrigues & Almeida, 2005).<br />

O mecanismo primário <strong>de</strong> ação mais aceito para as acetanilidas é a inibição<br />

da síntese dos ácidos graxos <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias muito longas. Entretanto, ainda não está<br />

esclarecida a ligação entre esse bloqueio e as alterações no crescimento <strong>de</strong> parte<br />

aérea e raízes <strong>de</strong> plântulas <strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Acredita-se que a inibição <strong>na</strong> síntese<br />

<strong>de</strong> proteí<strong>na</strong>s seja um passo intermediário relevante no modo <strong>de</strong> ação, com as<br />

conseqüentes alterações nos processos <strong>de</strong> divisão e elongação celular. Guimarães et<br />

al. (2007), estudando fatores relacio<strong>na</strong>dos à <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> do alachlor ao algodoeiro <strong>em</strong><br />

caixas <strong>de</strong> germi<strong>na</strong>ção com substrato areia, concluíram que o herbicida causou<br />

redução <strong>de</strong> características da parte aérea e, <strong>em</strong> maior intensida<strong>de</strong>, do comprimento<br />

das raízes. Em vasos com solo, com alachlor <strong>na</strong> dose <strong>de</strong> 2,88 kg i.a. ha -1 , o herbicida<br />

reduziu todas as variáveis medidas <strong>na</strong> parte aérea das plantas. Concluíram também<br />

que <strong>em</strong> solos com baixa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sorção, o herbicida alachlor po<strong>de</strong> causar<br />

redução no crescimento do sist<strong>em</strong>a radicular do algodoeiro. Por outro lado, <strong>em</strong><br />

condições <strong>de</strong> alta sorção, as doses <strong>de</strong> alachlor po<strong>de</strong>m ser superiores àquelas<br />

utilizadas pelos cotonicultores (1,68 kg ha -1 ). Além disso, diz<strong>em</strong> que o volume <strong>de</strong> água<br />

aplicado ao solo após aplicação do herbicida, b<strong>em</strong> como a possível movimentação no<br />

perfil do solo, não interferiu <strong>na</strong> intensida<strong>de</strong> da ação fitotóxica do alachlor.<br />

10


No algodoeiro, há diferenças marcantes com relação às espécies e cultivares<br />

<strong>em</strong> relação ao estresse causado por <strong>herbicidas</strong> como o diuron (Oliveira Jr. &<br />

Constantin, 2001). O diuron é um dos <strong>herbicidas</strong> mais utilizados no controle <strong>de</strong> plantas<br />

daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodão, isolado ou <strong>em</strong> mistura com outros <strong>herbicidas</strong>. O<br />

algodoeiro, quando comparado a outras espécies, é consi<strong>de</strong>rado tolerante ao diuron<br />

(Beltrão et al., 1983). Contudo, a tolerância do algodoeiro para os autores parece estar<br />

relacio<strong>na</strong>da à absorção diferencial, já que, uma vez absorvido, os <strong>herbicidas</strong> são<br />

rapidamente translocados até as folhas. O diuron possui ação <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência,<br />

sendo recomendado no controle das plantas daninhas probl<strong>em</strong>áticas, tais como<br />

Commeli<strong>na</strong> sp. (trapoeraba), Richardia brasiliensis (poaia), Sida sp. (guanxuma),<br />

Spermacoce latifolia (erva quente) e as folhas estreitas. Seu mecanismo <strong>de</strong> ação<br />

(inibidor do fotossist<strong>em</strong>a II) permite bom período <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>ssas plantas<br />

infestantes. Registrado no Brasil para o controle <strong>de</strong> mono e dicotiledôneas <strong>em</strong> <strong>cultura</strong>s<br />

anuais (algodão, soja e alfafa) e perenes (abacaxi, ba<strong>na</strong>neira, cacau, café, chá, ca<strong>na</strong><strong>de</strong>-açúcar,<br />

citrus, seringueira, vi<strong>de</strong>ira). Utilizado, preferencialmente <strong>em</strong> pré<strong>em</strong>ergência,<br />

por ser a via radicular a mais importante para a absorção do produto e,<br />

também, <strong>em</strong> pós-<strong>em</strong>ergência precoce das plantas daninhas (Rodrigues & Almeida,<br />

2005).<br />

Em trabalho realizado por Beltrão (1982), o herbicida diuron mostrou-se um<br />

dos mais apropriados para a <strong>cultura</strong> do algodoeiro, tanto <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência da<br />

<strong>cultura</strong> e das plantas daninhas como <strong>em</strong> pós-<strong>em</strong>ergência <strong>em</strong> jato dirigido às<br />

entrelinhas. Na recomendação do diuron para a <strong>cultura</strong> do algodoeiro, <strong>de</strong>ve-se levar<br />

<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração, além <strong>de</strong> fatores como as proprieda<strong>de</strong>s do solo (teor <strong>de</strong> matéria<br />

orgânica, argila, umida<strong>de</strong> no momento da aplicação do herbicida), as condições<br />

climáticas no momento da aplicação (velocida<strong>de</strong> do vento, luminosida<strong>de</strong>) e também<br />

consi<strong>de</strong>rar a cultivar a ser plantada.<br />

Cruz & Toledo (1982), <strong>em</strong> trabalhos realizados <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência <strong>na</strong> <strong>cultura</strong><br />

do algodão, <strong>em</strong> solo <strong>de</strong> textura areno-argilosa, com 2,4% <strong>de</strong> matéria orgânica e pH <strong>de</strong><br />

5,8, constataram que a aplicação isolada dos <strong>herbicidas</strong> alachlor e diuron <strong>em</strong> doses<br />

até 3,01 e 1,00 kg i.a. ha -1 , respectivamente, proporcio<strong>na</strong>ram controle satisfatório das<br />

plantas daninhas até 45 DAA (dias após a aplicação). Citam ainda que tais<br />

tratamentos reduziram a altura das plantas, mas a população e a produção <strong>de</strong> algodão<br />

<strong>em</strong> caroço não foram influenciadas pelos produtos, sendo s<strong>em</strong>elhantes à test<strong>em</strong>unha<br />

capi<strong>na</strong>da e superiores à test<strong>em</strong>unha s<strong>em</strong> capi<strong>na</strong>.<br />

11


O herbicida oxyfluorfen é registrado no Brasil para as <strong>cultura</strong>s <strong>de</strong> algodão,<br />

arroz irrigado, café, ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar, citrus, eucalipto e pinus para utilização <strong>em</strong> pré e<br />

pós-<strong>em</strong>ergência, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da <strong>cultura</strong>. Controla gramíneas e algumas espécies <strong>de</strong><br />

folhas largas, ambas anuais; é aplicado <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência das plantas daninhas ou,<br />

no máximo, quando ating<strong>em</strong> a fase das duas folhas (Rodrigues & Almeida, 2005). Em<br />

pré-<strong>em</strong>ergência, age sobre o hipocótilo e epicótilo das plantas daninhas <strong>em</strong><br />

germi<strong>na</strong>ção e nos merist<strong>em</strong>as foliares, atuando próximo à superfície do solo, durante a<br />

<strong>em</strong>ergência das plantas. Não t<strong>em</strong> ação sobre os tecidos radiculares, e atua<br />

unicamente sobre os órgãos da parte aérea. Este herbicida pertence ao grupo químico<br />

dos <strong>de</strong>rivados do éter bifenílico. É inibidor da Protox, cujo mecanismo <strong>de</strong> ação inibe a<br />

atuação da enzima protoporfirinogênio oxidase. Os tecidos sensíveis sofr<strong>em</strong><br />

rapidamente necrose e morte, causadas pela peroxidação <strong>de</strong> lipí<strong>de</strong>os. Plantas<br />

susceptíveis tor<strong>na</strong>m-se cloróticas e necrosam <strong>em</strong> um a três dias. As folhas mais novas<br />

<strong>de</strong> <strong>cultura</strong>s tolerantes como a soja também po<strong>de</strong>m evi<strong>de</strong>nciar clorose ou necrose,<br />

especialmente <strong>em</strong> doses mais altas (Oliveira Jr., 2001).<br />

Matallo et al. (2000) avaliaram a eficiência e a <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> do herbicida<br />

oxyfluorfen aplicado <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência das plantas daninhas, <strong>em</strong> jato dirigido <strong>na</strong>s<br />

entrelinhas do algodão cultivar Delta Pine 20, <strong>em</strong> Latossolo Vermelho escuro <strong>de</strong><br />

textura argilosa, com 2,8% <strong>de</strong> matéria orgânica e pH <strong>de</strong> 4,9. Os tratamentos foram:<br />

oxyfluorfen <strong>na</strong>s doses <strong>de</strong> 0,24; 0,36; 0,48 e 0,72 kg i.a. ha -1 ; diuron 1,5 kg i.a. ha -1 ,<br />

utilizado como padrão e uma test<strong>em</strong>unha s<strong>em</strong> capi<strong>na</strong>. Foram verificados leves<br />

sintomas <strong>de</strong> injúrias às plantas <strong>de</strong> algodão tratadas <strong>em</strong> função da ação tóxica dos<br />

<strong>herbicidas</strong>, não ocorrendo reduções significativas no estan<strong>de</strong> n<strong>em</strong> <strong>na</strong> altura das<br />

mesmas.<br />

O herbicida s-metolachlor é um herbicida com ativida<strong>de</strong> residual utilizado para<br />

controle <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência <strong>na</strong>s <strong>cultura</strong>s <strong>de</strong> soja, milho, café,<br />

feijão, ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar e algodão, entre outras (O’Connell et al., 1998). Controla<br />

s<strong>em</strong>entes <strong>em</strong> germi<strong>na</strong>ção e plântulas já <strong>em</strong>ergidas <strong>de</strong> gramíneas anuais e <strong>de</strong> algumas<br />

poucas folhas largas como o caruru, e é absorvido tanto pelas raízes (especialmente<br />

<strong>na</strong>s dicotiledôneas) quanto pela parte aérea (principalmente <strong>na</strong>s monocotiledôneas),<br />

mas a translocação é peque<strong>na</strong>. Pertence ao grupo químico das cloroacetanilidas. O<br />

sintoma do efeito herbicida sobre as plantas sensíveis caracteriza-se pelo<br />

entumecimento dos tecidos e pelo enrolamento do caulículo <strong>na</strong>s monocotiledôneas e,<br />

<strong>na</strong>s folhas largas, observa-se a clorose, necrose e a morte. A maioria das plantas,<br />

12


porém, morre antes <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergir à superfície do solo. As que consegu<strong>em</strong> <strong>em</strong>ergir ficam<br />

retorcidas e com folhas enroladas (Rodrigues & Almeida, 2005).<br />

O herbicida prometri<strong>na</strong> é um herbicida seletivo <strong>de</strong> ação sistêmica, indicado<br />

para o controle pré-<strong>em</strong>ergente <strong>de</strong> plantas daninhas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>de</strong> algodão. Po<strong>de</strong><br />

também ser usado <strong>em</strong> pós-<strong>em</strong>ergência inicial das plantas daninhas, mas aplicado <strong>em</strong><br />

jato dirigido <strong>na</strong>s entrelinhas do algodoeiro s<strong>em</strong> atingir as folhas da <strong>cultura</strong>. Caracterizase<br />

pela ação latifolicida acentuada, notadamente sobre as espécies anuais, e sobre<br />

algumas espécies <strong>de</strong> folhas estreitas. Pertence ao grupo químico das triazino<strong>na</strong>s. É<br />

absorvido pelas radículas das gramíneas e folhas largas e se transloca pelo xil<strong>em</strong>a até<br />

o ponto <strong>de</strong> crescimento, matando as plantas, através da inibição do processo <strong>de</strong><br />

fotossíntese (inibe a reação <strong>de</strong> Hill). Em aplicação <strong>em</strong> pós-<strong>em</strong>ergência, o produto t<strong>em</strong><br />

ação <strong>de</strong> contato sobre as plantas daninhas, assim como se transloca pelo xil<strong>em</strong>a a fim<br />

<strong>de</strong> inibir o processo <strong>de</strong> fotossíntese causando a morte das plantas sensíveis.<br />

A mistura <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> po<strong>de</strong> ser um valioso instrumento no controle das<br />

plantas daninhas. Siqueri (2002) afirma que o uso isolado do herbicida clomazone (1,0<br />

kg i.a. ha -1 ) <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro apresentou controle satisfatório para Ipomoea<br />

grandifolia até 15 DAA. No entanto, a mistura <strong>de</strong>ste com diuron (0,75 kg i.a. ha -1 )<br />

prorrogou o controle satisfatório até 45 DAA.<br />

Com a fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> testar misturas <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pré<strong>em</strong>ergência<br />

<strong>na</strong> <strong>cultura</strong> algodoeira conduzida no triângulo mineiro, Laca-Buendia et al.<br />

(1978) realizaram três ensaios, com solo argiloso-siltoso (55% argila e pH = 5,87),<br />

franco-arenoso (16% argila e pH = 6,15) e franco-argiloso (29% <strong>de</strong> argila e pH = 5,15),<br />

e observaram que entre todas as misturas testadas (trifuralin + fluometuron, 0,67 +<br />

2,00; trifuralin + diuron, 0,67 + 2,00; dinitroanilin + fluometuron, 1,25 + 2,00;<br />

dinitroanilin + prometri<strong>na</strong>, 1,25 + 2,00; dinitramine + diuron, 0,50 + 2,00; dinitramine +<br />

fluometuron 0,50 + 2,00; pendimentalin + fluometuron, 1,16 + 2,00; pendimentalin +<br />

diuron, 1,16 + 2,00 kg i.a. ha -1 ), <strong>em</strong> ambos os ensaios, a única mistura que não<br />

acarretou quedas <strong>na</strong> produtivida<strong>de</strong> foi pendimetalin + diuron (1,16 + 2,0 kg i.a. ha -1 ).<br />

Observaram ainda que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do tratamento herbicida testado, a altura das<br />

plantas foi afetada pela competição das plantas daninhas, e para os índices <strong>de</strong> fibra,<br />

percentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> fibra, comprimento da fibra e maturida<strong>de</strong> da fibra, não foram<br />

encontrados efeitos negativos da aplicação dos <strong>herbicidas</strong>.<br />

Azevedo et al. (1994) avaliaram o efeito <strong>de</strong> misturas <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> no controle<br />

<strong>de</strong> plantas daninhas <strong>em</strong> algodoeiro. As misturas testadas foram: diuron +<br />

13


pendimethalin (0,75 + 1,50; 1,00 + 1,50 e 1,25 + 1,50 kg i.a. ha -1 ), diuron + alachlor (1,00<br />

+ 1,92 e 1,25 + 1,92 kg i.a. ha -1 ). Todas as misturas aplicadas <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência <strong>na</strong>s<br />

doses testadas se mostraram seletivas ao algodoeiro. O mais elevado rendimento do<br />

algodão <strong>em</strong> caroço foi registrado no tratamento diuron + pedimenthalin (1,25 + 1,50 kg<br />

i.a. ha -1 ).<br />

Siqueri (2001) avaliou as principais opções <strong>herbicidas</strong> disponíveis <strong>na</strong><br />

modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pré-<strong>em</strong>ergência <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro: diuron (0,93 kg i.a. ha -1 ),<br />

cya<strong>na</strong>zine (2,5 kg i.a. ha -1 ), alachlor (2,5 kg i.a. ha -1 ), clomazone + diuron (2,0 + 0,93<br />

kg i.a. ha -1 ), clomazone + cya<strong>na</strong>zine (2,0 + 2,5 kg i.a. ha -1 ), clomazone (2,0 kg i.a.ha -1 );<br />

alachlor + diuron (2,5 + 0,93 kg i.a. ha -1 ) e trifluralin + diuron (3,0 + 1,5 kg i.a. ha -1 ).<br />

Constatou que todos tratamentos causaram fitotoxicida<strong>de</strong> aceitável (menor que 20%<br />

das plantas com fitointoxicação) até 15 dias após a aplicação. Após esta data<br />

nenhuma fitotoxicida<strong>de</strong> foi encontrada.<br />

Freitas et al. (2006) constataram que o herbicida s-metolachlor não causou<br />

sintomas <strong>de</strong> intoxicação às plantas <strong>de</strong> algodão mesmo <strong>na</strong> maior dose utilizada (1,152<br />

kg i.a. ha -1 ) <strong>em</strong> solo <strong>de</strong> textura argilosa, com 2,79% <strong>de</strong> matéria orgânica. Concluíram<br />

também que, a aplicação <strong>de</strong> s-metolachlor e trifloxysulfuron sodium, isoladamente,<br />

proporcionou aumento <strong>na</strong> produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço <strong>em</strong> relação à<br />

test<strong>em</strong>unha capi<strong>na</strong>da, porém a produtivida<strong>de</strong> foi maior com a combi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong>sses<br />

<strong>herbicidas</strong>. A combi<strong>na</strong>ção das doses <strong>de</strong> 0,768 e 1,152 kg i.a. ha -1 <strong>de</strong> s-metolachlor<br />

com 5,250 e 7,870 g i.a. ha -1 <strong>de</strong> trifloxysulfuron sodium proporcionou produtivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

algodão <strong>em</strong> caroço s<strong>em</strong>elhantes à da test<strong>em</strong>unha capi<strong>na</strong>da.<br />

2.4. Metodologia para avaliação <strong>de</strong> <strong>seletivida<strong>de</strong></strong><br />

A <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> não <strong>de</strong>ve ser somente avaliada observando os sintomas visuais<br />

<strong>de</strong> intoxicação, pois se sabe que exist<strong>em</strong> produtos que reduz<strong>em</strong> a produtivida<strong>de</strong> da<br />

<strong>cultura</strong> s<strong>em</strong> manifestar sintomas visuais e outros que provocam injúrias acentuadas,<br />

mas que permit<strong>em</strong> à <strong>cultura</strong> manifestar ple<strong>na</strong>mente seu potencial produtivo. Portanto,<br />

<strong>na</strong> avaliação da <strong>seletivida<strong>de</strong></strong>, além dos sintomas visuais <strong>de</strong> intoxicação, é importante<br />

consi<strong>de</strong>rar os dados <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> da <strong>cultura</strong> (Socieda<strong>de</strong> Brasileira da Ciência das<br />

Plantas Daninhas, 1995).<br />

14


Um dos meios para se tentar minimizar os efeitos externos e reduzir a<br />

variabilida<strong>de</strong> <strong>na</strong> área seria aumentar o número <strong>de</strong> test<strong>em</strong>unhas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada<br />

repetição, o que correspon<strong>de</strong> a uma área não tratada ao lado <strong>de</strong> uma que recebeu o<br />

tratamento, e com toda a área experimental capi<strong>na</strong>da durante todo o ciclo da <strong>cultura</strong>.<br />

Esta técnica t<strong>em</strong> sido adotada com sucesso no estudo da <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong><br />

<strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>de</strong> ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar (Fagliari et al., 2001).<br />

A técnica <strong>de</strong> test<strong>em</strong>unhas duplas foi, inicialmente, proposta para a avaliação<br />

da <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar (Constantin, 1996). Mais<br />

recent<strong>em</strong>ente, foi utilizada também no estudo da <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong><br />

<strong>cultura</strong>s como alface (Giordani et al., 2000), soja (Lee, 2001; Alonso, 2008), mandioca<br />

(Biffe, 2008) e algodão (Brambilla, 2008). Consiste no aumento do número <strong>de</strong><br />

test<strong>em</strong>unhas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada repetição, o que correspon<strong>de</strong> a uma parcela não-tratada<br />

ao lado <strong>de</strong> cada parcela que recebeu o tratamento, mantendo-se todas as<br />

test<strong>em</strong>unhas capi<strong>na</strong>das durante todo o ciclo.<br />

Esse tipo <strong>de</strong> experimento confere maior controle sobre a variabilida<strong>de</strong> do<br />

meio, especialmente quando se utiliza o tradicio<strong>na</strong>l <strong>de</strong>lineamento <strong>em</strong> blocos<br />

casualizados, com uma única test<strong>em</strong>unha por bloco. Preten<strong>de</strong>-se que essa técnica<br />

seja, portanto, uma forma alter<strong>na</strong>tiva <strong>de</strong> aferir com maior rigor as diferenças entre<br />

tratamentos. Apresenta como <strong>de</strong>svantag<strong>em</strong> intrínseca o aumento do número <strong>de</strong><br />

parcelas a ser<strong>em</strong> avaliadas <strong>em</strong> cada repetição, o qual será <strong>de</strong> 2n + 1, <strong>em</strong> que n<br />

representa o número <strong>de</strong> tratamentos a ser<strong>em</strong> avaliados (Mesche<strong>de</strong> et al., 2004).<br />

Fagliari et al. (2001) compararam métodos <strong>de</strong> avaliação da <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />

<strong>herbicidas</strong> para a <strong>cultura</strong> da ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar; o método convencio<strong>na</strong>l (on<strong>de</strong> se<br />

compararam as áreas tratadas com <strong>herbicidas</strong> com a média <strong>de</strong> todas as test<strong>em</strong>unhas<br />

duplas adjacentes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada repetição) e o método on<strong>de</strong> se comparou cada<br />

herbicida com a média das suas respectivas test<strong>em</strong>unhas duplas adjacentes.<br />

Verificaram que, utilizando o método convencio<strong>na</strong>l, nenhum herbicida afetou <strong>de</strong> forma<br />

significativa a produtivida<strong>de</strong> ou as características tecnológicas (todos <strong>herbicidas</strong><br />

testados foram seletivos para a <strong>cultura</strong> da ca<strong>na</strong>). No entanto, no segundo método,<br />

verificaram-se comportamentos distintos para a maioria <strong>de</strong>les, on<strong>de</strong> a gran<strong>de</strong> maioria<br />

dos <strong>herbicidas</strong> estudados foi consi<strong>de</strong>rada não-seletiva para a ca<strong>na</strong>. Segundo Fagliari<br />

et al. (2001), com o uso <strong>de</strong> test<strong>em</strong>unhas duplas, foi possível reduzir a variabilida<strong>de</strong> <strong>na</strong><br />

área experimental - menores C.V. – e, conseqüent<strong>em</strong>ente, evi<strong>de</strong>nciar diferenças<br />

15


significativas entre a média <strong>de</strong>ssas test<strong>em</strong>unhas e os <strong>herbicidas</strong> para maior número <strong>de</strong><br />

variáveis estudadas.<br />

16


3. MATERIAL E MÉTODOS<br />

Foram conduzidos dois experimentos <strong>em</strong> campo, <strong>na</strong>s <strong>de</strong>pendências da<br />

Fazenda Experimental <strong>de</strong> Iguat<strong>em</strong>i (FEI), pertencente à Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong><br />

Maringá (UEM), localizada no distrito <strong>de</strong> Iguat<strong>em</strong>i, município <strong>de</strong> Maringá, Estado do<br />

Paraná, situado <strong>na</strong> latitu<strong>de</strong> 23º 25’ S, longitu<strong>de</strong> 51º 57’ W e altitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> 542 m, durante<br />

o período <strong>de</strong> janeiro a agosto <strong>de</strong> 2007.<br />

O solo da área experimental apresentava 280 g kg -1 <strong>de</strong> argila, 30 g kg -1 <strong>de</strong> silte,<br />

690 g kg -1 <strong>de</strong> areia, 16,04 g dm -3 <strong>de</strong> matéria orgânica, pH <strong>em</strong> água igual a 6,0 e é<br />

classificado como Argissolo Vermelho distrófico <strong>de</strong> textura média (EMBRAPA, 1999).<br />

Suas características químicas e granulométricas encontram-se <strong>na</strong>s Tabelas 1, 2 e 3.<br />

Tabela 1. Resultado da análise química da amostra <strong>de</strong> solo coletada <strong>na</strong> área<br />

experimental – Maringá, PR - 2007<br />

pH cmol c dm -3 mg dm -3 g dm -3<br />

CaCl 2 H 2 O Al 3+ H + + Al 3+ Ca +2 Mg +2 K + SB CTC P C<br />

5,1 6,0 0,0 4,28 5,03 1,35 0,56 6,94 11,22 6,6 16,04<br />

%<br />

V Ca Mg K m<br />

Ca/Mg Ca/K Mg/K<br />

Ca Mg<br />

K<br />

K<br />

Ca Mg<br />

61,85 44,83 12,03 4,99 0,00 3,73 8,98 2,41 11,39 0,22<br />

Análise realizada pelo Laboratório <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Solos do Departamento <strong>de</strong> Agronomia da<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, 2007.<br />

Ca, Mg, Al – extraídos com KCl 1mol L -1<br />

P, K – extraídos com Mehlich 1<br />

H+Al – método SMP<br />

C – método Walkley & Black<br />

SB – Soma <strong>de</strong> bases<br />

17


Tabela 2. Resultado da análise granulométrica da amostra <strong>de</strong> solo coletada <strong>na</strong> área<br />

experimental – Maringá, PR - 2007<br />

Areia Grossa Areia Fi<strong>na</strong> Silte Argila<br />

%<br />

35 34 03 28<br />

Análise realizada pelo Laboratório <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Solos do Departamento <strong>de</strong> Agronomia da<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, 2007.<br />

Tabela 3. Resultado da análise <strong>de</strong> micronutrientes da amostra <strong>de</strong> solo coletada <strong>na</strong><br />

área experimental – Maringá, PR - 2007<br />

-2<br />

S-SO 4 Fe Zn Cu Mn<br />

mg dm -3<br />

8,57 132,60 5,65 14,69 269,61<br />

Análise realizada pelo Laboratório <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Solos do Departamento <strong>de</strong> Agronomia da<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, 2007.<br />

S-SO 4<br />

-2<br />

– Extraído pelo método Fosfato Monocálcico.<br />

Fe, Zn, Cu e Mn – extraidos com extrator Mehlich 1.<br />

Segundo a classificação <strong>de</strong> Köeppen, o clima <strong>na</strong> área experimental é classificado<br />

como subtropical com chuvas <strong>de</strong> verão e invernos secos, Cfa. A t<strong>em</strong>peratura média anual<br />

é <strong>de</strong> 21,69°C, sendo 36,82°C a média das t<strong>em</strong>peraturas máximas do mês mais quente, e<br />

10,98°C a média das t<strong>em</strong>peraturas mínimas do mês mais frio.<br />

Na Figura 1 estão representados os valores <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura máxima e mínima,<br />

além da precipitação, ambos diários, ocorridos nos 171 dias <strong>de</strong> ciclo da <strong>cultura</strong>.<br />

18


Figura 1. T<strong>em</strong>peratura máxima, mínima e precipitação diária durante os 171 dias <strong>de</strong> ciclo da <strong>cultura</strong> do algodoeiro.<br />

Maringá, PR - 2007.<br />

Fonte: Laboratório <strong>de</strong> S<strong>em</strong>entes – Fazenda Experimental <strong>de</strong> Iguat<strong>em</strong>i.<br />

19


Dois experimentos distintos foram conduzidos simultaneamente, cada um com<br />

uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> algodoeiro. No primeiro experimento utilizou-se a varieda<strong>de</strong> Delta-<br />

Opal e, no segundo, a varieda<strong>de</strong> FMT 701, sendo estas as duas mais cultivadas no<br />

Brasil atualmente.<br />

Os tratamentos <strong>herbicidas</strong> testados foram idênticos para ambas as<br />

varieda<strong>de</strong>s. Os experimentos foram conduzidos com a utilização <strong>de</strong> test<strong>em</strong>unhas<br />

duplas, on<strong>de</strong> para cada parcela com um tratamento herbicida testado exist<strong>em</strong> duas<br />

parcelas adjacentes s<strong>em</strong> a aplicação <strong>de</strong> herbicida (test<strong>em</strong>unhas s<strong>em</strong> <strong>herbicidas</strong>).<br />

A unida<strong>de</strong> experimental (subparcela) compreen<strong>de</strong>u quatro linhas <strong>de</strong> plantio<br />

espaçadas entre si <strong>de</strong> 0,90 m, com 5,00 m <strong>de</strong> comprimento, compreen<strong>de</strong>ndo uma área<br />

total <strong>de</strong> 18,00 m 2 por parcela. O <strong>de</strong>lineamento experimental utilizado foi o <strong>de</strong> blocos ao<br />

acaso, <strong>em</strong> esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong> parcelas subdivididas, com quatro repetições. Os <strong>herbicidas</strong><br />

foram os fatores estudados <strong>na</strong>s parcelas (tratamentos principais) e a condição<br />

ausência ou presença dos <strong>herbicidas</strong> foram os fatores estudados <strong>na</strong>s subparcelas<br />

(tratamentos secundários).<br />

Antes da instalação do experimento, o solo foi revolvido por duas vezes,<br />

sendo a primeira com uma gra<strong>de</strong> aradora e a segunda com uma gra<strong>de</strong> niveladora,<br />

visando uma <strong>de</strong>scompactação e maior uniformização do solo <strong>na</strong> área experimental,<br />

além <strong>de</strong> elimi<strong>na</strong>r todas as plantas daninhas existentes. A s<strong>em</strong>eadura da <strong>cultura</strong> do<br />

algodoeiro foi realizada <strong>em</strong> 22 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2007, utilizando uma s<strong>em</strong>eadora com<br />

quatro linhas <strong>de</strong> s<strong>em</strong>eadura, espaçadas 0,90 m. A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> s<strong>em</strong>eadura foi <strong>de</strong> 10<br />

a 12 s<strong>em</strong>entes por metro linear, sendo estas s<strong>em</strong>eadas a uma profundida<strong>de</strong><br />

aproximada <strong>de</strong> 2,0 cm. A adubação utilizada no sulco <strong>de</strong> s<strong>em</strong>eadura foi <strong>de</strong> 300 kg ha -1<br />

da fórmula comercial 04-20-20.<br />

Os tratamentos foram compostos por <strong>herbicidas</strong> <strong>aplicados</strong> isoladamente e por<br />

misturas <strong>em</strong> tanque, representados <strong>na</strong> Tabela 4, <strong>aplicados</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. A<br />

aplicação ocorreu no dia seguinte à s<strong>em</strong>eadura, sendo <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência total (da<br />

<strong>cultura</strong> e das plantas daninhas). As condições <strong>de</strong> aplicação do primeiro experimento<br />

(varieda<strong>de</strong> Delta-Opal) foram: solo úmido; t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong> 30°C; umida<strong>de</strong> relativa do ar<br />

<strong>de</strong> 62%; velocida<strong>de</strong> do vento <strong>de</strong> 1,0 km h -1 e céu parcialmente nublado. No momento<br />

da aplicação do segundo experimento (varieda<strong>de</strong> FMT-701), as condições <strong>de</strong><br />

aplicação eram: solo úmido; t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong> 26°C; umida<strong>de</strong> relativa do ar <strong>de</strong> 69%;<br />

velocida<strong>de</strong> do vento <strong>de</strong> 1,0 km h -1 e céu limpo. As aplicações foram realizadas com um<br />

pulverizador costal <strong>de</strong> pressão constante à base <strong>de</strong> CO 2 (35 lb pol -2 ) equipado com 5<br />

20


icos XR 110.02, espaçados <strong>em</strong> 0,5 m, proporcio<strong>na</strong>ndo uma vazão <strong>de</strong> 200 L ha -1 <strong>de</strong><br />

calda.<br />

Tabela 4. Tratamentos <strong>herbicidas</strong> avaliados e suas respectivas doses <strong>de</strong> ingrediente<br />

ativo e produto comercial, para duas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> algodoeiro. Maringá-PR<br />

- 2007<br />

Tratamentos<br />

Dose<br />

Nome comum Nome comercial kg i.a. ha -1 L. p.c. ha -1<br />

1. Alachlor Laço 1,200 2,5<br />

2. S-metolachlor Dual Gold 0,672 0,7<br />

3. Diuron Diuron 0,900 1,8<br />

4. Diuron Diuron 1,200 2,4<br />

5. Prometri<strong>na</strong> Gesagard 0,900 1,8<br />

6. Prometri<strong>na</strong> Gesagard 1,200 2,4<br />

7. Oxyfluorfen Goal 0,192 0,8<br />

8. Alachlor + Diuron Laço + Diuron 1,200 + 1,200 2,5 + 2,4<br />

9. Alachlor + Prometri<strong>na</strong> Laço + Gesagard 1,200 + 0,900 2,5 + 1,8<br />

10. Alachlor + Prometri<strong>na</strong> Laço + Gesagard 1,200 + 1,200 2,5 + 2,4<br />

11. S-metolachlor + Diuron Dual Gold + Diuron 0,672 + 1,200 0,7 + 2,4<br />

12. S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> Dual Gold + Gesagard 0,672 + 0,900 0,7 + 1,8<br />

13. S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> Dual Gold + Gesagard 0,672 + 1,200 0,7 + 2,4<br />

14. Oxyfluorfen + Diuron Goal + Diuron 0,192 + 1,200 0,8 + 2,4<br />

15. Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> Goal + Gesagard 0,192 + 0,900 0,8 + 1,8<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do tratamento herbicida utilizado, todas as parcelas foram<br />

mantidas livres da presença <strong>de</strong> plantas daninhas durante todo seu ciclo evitando,<br />

<strong>de</strong>sta maneira, que a interferência <strong>de</strong> plantas daninhas mascarasse os resultados <strong>de</strong><br />

<strong>seletivida<strong>de</strong></strong>. Durante o ciclo da <strong>cultura</strong> foram realizadas quatro capi<strong>na</strong>s, sendo a<br />

última aos 60 DAA, conforme se observa <strong>na</strong> Tabela 5.<br />

Todas as práticas <strong>cultura</strong>is necessárias para a condução da lavoura, tais<br />

como o tratamento <strong>de</strong> s<strong>em</strong>entes, controle <strong>de</strong> pragas e doenças, cobertura nutricio<strong>na</strong>l,<br />

utilização <strong>de</strong> regulador <strong>de</strong> crescimento, <strong>de</strong>sfolhantes, entre outros (<strong>de</strong>scritos <strong>na</strong> Tabela<br />

5), foram <strong>em</strong>pregados <strong>de</strong> igual forma para todas as parcelas, <strong>de</strong> forma que a única<br />

variável fosse o tratamento herbicida testado.<br />

21


Tabela 5. Tratos <strong>cultura</strong>is realizados durante o ciclo da <strong>cultura</strong> do algodoeiro (janeiro –<br />

julho), Maringá, PR - 2007.<br />

Data Objetivo Método/Dose utilizados<br />

22/01 Trat s<strong>em</strong>entes c/ fungicida. Maxin XL (0,25 L 100 kg s<strong>em</strong>ente -1 )<br />

Trat s<strong>em</strong>entes c/ Inseticida Cruiser (0,4 L 100 kg s<strong>em</strong>ente -1 )<br />

S<strong>em</strong>eadura<br />

Adubação no sulco 300 kg ha -1 do formulado 04-20-20<br />

23/01 Aplicação dos tratamentos<br />

29/01 Controle <strong>de</strong> pragas Valon (0,33 L ha -1 )<br />

01/02 Controle <strong>de</strong> pragas Folisuper (1,0 L ha -1 ) + Endosulfan (1,0 L ha -1 )<br />

Controle plantas daninhas Capi<strong>na</strong> manual<br />

06/02 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 ) + Folisuper 1,0 L ha -1 )<br />

09/02 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 ) + Marshal (0,4 L ha -1 )<br />

12/02 Controle <strong>de</strong> pragas Orthene (1,0 kg ha -1 ) + Marshal (0,4 L ha -1 )<br />

13/02 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 )<br />

15/02 Controle plantas daninhas Capi<strong>na</strong> manual<br />

16/02 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (1,5 L ha -1 )<br />

21/02 Adubação <strong>de</strong> cobertura Sultafo <strong>de</strong> amônia (100 kg ha -1 )<br />

24/02 Controle <strong>de</strong> pragas Orthene (1,0 kg ha -1 )<br />

27/02 Controle plantas daninhas Capi<strong>na</strong> manual<br />

28/02 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 )<br />

05/03 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,5 L ha -1 )<br />

08/03 Adubação <strong>de</strong> cobertura Sultafo <strong>de</strong> amônia (100 kg ha -1 )<br />

Adubação <strong>de</strong> cobertura KCl (200 kg ha -1 )<br />

Regulador <strong>de</strong> crescimento Pix (0,5 L ha -1 )<br />

Adubação Foliar Boro (0,8 kg ha -1 )<br />

Controle <strong>de</strong> pragas Confidor (300 g ha -1 )<br />

16/03 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,5 L ha -1 )<br />

Adubação Foliar Boro (0,8 kg ha -1 )<br />

Adubação Foliar Zinco (0,4 kg ha -1 )<br />

Controle <strong>de</strong> doenças Priori Xtra (0,3 L ha -1 ) + óleo vegetal (0,4 L ha -1 )<br />

22/03 Controle plantas daninhas Capi<strong>na</strong> manual<br />

23/03 Controle <strong>de</strong> pragas Orthene (1,0 kg ha -1 )<br />

27/03 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 )<br />

Regulador <strong>de</strong> crescimento Pix (0,5 L ha -1 )<br />

30/03 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (1,5 L ha -1 ) + Folisuper (1,0 L ha -1 )<br />

Adubação Foliar Boro (0,8 kg ha -1 )<br />

31/03 Controle <strong>de</strong> pragas Catação <strong>de</strong> botões florais<br />

03/04 Controle <strong>de</strong> pragas Karatê (0,4 L ha -1 )<br />

05/04 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 )<br />

09/04 Controle <strong>de</strong> pragas Talstar (0,25 L ha -1 )<br />

Adubação Foliar Boro (0,8 kg ha -1 )<br />

14/04 Controle <strong>de</strong> pragas Orthene 1,0 kg ha -1<br />

17/04 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 ) + Marshal (0,4 L ha -1 )<br />

21/04 Controle <strong>de</strong> pragas Talstar (0,25 L ha -1 ) + Marshal (0,4 L ha -1 )<br />

22


Tabela 5. Continuação...<br />

24/04 Controle <strong>de</strong> pragas Endosulfan (2,0 L ha -1 )<br />

28/04 Controle <strong>de</strong> pragas Orthene (1,5 kg ha -1 )<br />

Controle <strong>de</strong> doenças<br />

Priori Extra (0,3 L ha -1 ) + óleo vegetal (0,2% v/v)<br />

Adubação Foliar Boro (0,4 kg ha -1 )<br />

04/05 Controle <strong>de</strong> pragas Orthene (1,0 kg ha -1 ) + Endosulfan (2,0 L ha -1 )<br />

15/05 Controle <strong>de</strong> pragas Orthene (1,0 kg ha -1 )<br />

22/06 Dessecação Gramoxone (2,0 L ha -1 )<br />

04/07 Encerrado experimento 1 (var. Delta-Opal)<br />

06/07 Dessecação Gramoxone (2,5 L ha -1 )<br />

11/07 Encerrado experimento 2 (Var. FMT-701)<br />

Durante o ciclo da <strong>cultura</strong>, foram realizadas avaliações <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong>,<br />

estan<strong>de</strong>, altura <strong>de</strong> plantas e número <strong>de</strong> capulhos por planta. Após a colheita, avaliouse<br />

a produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço.<br />

Fitotoxicida<strong>de</strong><br />

Durante o <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>cultura</strong>, foram realizadas avaliações visuais <strong>de</strong><br />

fitotoxicida<strong>de</strong> aos 14, 21, 29 e 49 dias após a aplicação (DAA) dos <strong>herbicidas</strong>.<br />

Nas avaliações visuais, foram atribuídas notas a cada unida<strong>de</strong><br />

experimental, conforme a escala EWRC (EUROPEAN WEED RESEARCH<br />

COUNCIL, 1964), <strong>de</strong>scrita <strong>na</strong> Tabela 6.<br />

Tabela 6. Escala <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong> EWRC utilizada <strong>na</strong>s avaliações.<br />

1 nenhum dano;<br />

peque<strong>na</strong>s alterações (<strong>de</strong>scoloração, <strong>de</strong>formação) visíveis <strong>em</strong> algumas<br />

2<br />

plantas;<br />

peque<strong>na</strong>s alterações (<strong>de</strong>scoloração, <strong>de</strong>formação) visíveis <strong>em</strong> muitas<br />

3<br />

plantas;<br />

forte <strong>de</strong>scoloração (amarelecimento) ou razoável <strong>de</strong>formação, s<strong>em</strong> contudo,<br />

4<br />

ocorrer necrose (morte dos tecidos);<br />

necrosamento (queima) <strong>de</strong> algumas folhas, <strong>em</strong> especial <strong>na</strong>s margens,<br />

5<br />

acompanhado <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação <strong>em</strong> folhas e brotos;<br />

mais <strong>de</strong> 50% das folhas e brotos apresentando necrosamento e/ou severa<br />

6<br />

<strong>de</strong>formação;<br />

7 mais <strong>de</strong> 80% <strong>de</strong> folhas e brotos <strong>de</strong>struídos;<br />

danos extr<strong>em</strong>amente graves, sobrando ape<strong>na</strong>s peque<strong>na</strong>s áreas ver<strong>de</strong>s <strong>na</strong>s<br />

8<br />

plantas;<br />

9 danos totais (morte das plantas).<br />

23


Estan<strong>de</strong> <strong>de</strong> plantas<br />

As avaliações <strong>de</strong> estan<strong>de</strong> foram realizadas aos 21 e 49 DAA, contando-se o<br />

número <strong>de</strong> plantas <strong>em</strong> 5 metros lineares <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada parcela. Para tal, foi fixado<br />

que a avaliação s<strong>em</strong>pre ocorreria <strong>na</strong> segunda linha <strong>de</strong> plantio evitando, <strong>de</strong>sta forma,<br />

que <strong>de</strong> alguma maneira os avaliadores, mesmo que inconscient<strong>em</strong>ente, foss<strong>em</strong><br />

ten<strong>de</strong>nciosos.<br />

Altura <strong>de</strong> plantas<br />

Para a <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção da altura média <strong>de</strong> plantas (cm), mediram-se <strong>de</strong>z plantas<br />

aleatoriamente <strong>na</strong> parcela aos 21, 36 e aos 66 DAA. As plantas foram medidas <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o colo até a inserção da folha mais nova completamente expandida da planta.<br />

Número <strong>de</strong> capulhos<br />

A avaliação do número <strong>de</strong> capulhos ocorreu <strong>na</strong> pré-colheita, aos 141 DAA, por<br />

meio da contag<strong>em</strong> do número <strong>de</strong> maçãs <strong>em</strong> cinco plantas por parcela.<br />

Produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço<br />

Foi realizada a colheita do algodão <strong>de</strong> forma manual <strong>em</strong> toda a parcela, para<br />

quantificação da produção <strong>em</strong> caroço. Para o experimento com a varieda<strong>de</strong> Delta-<br />

Opal, foram realizadas duas colheitas, sendo a primeira <strong>em</strong> 15/06/2007, quando<br />

aproximadamente 30% dos capulhos encontravam-se abertos e a segunda <strong>em</strong><br />

04/07/2007, quando os 70% restantes dos capulhos se encontrava abertos. O<br />

experimento com a varieda<strong>de</strong> FMT-701 foi colhido três vezes, sendo a primeira <strong>em</strong><br />

16/06/2007, quando aproximadamente 20% das maçãs já estavam maturas e abertas,<br />

a segunda colheita foi realizada <strong>em</strong> 27/06/2007, quando aproximadamente 50% dos<br />

capulhos estavam abertos e a terceira e última colheita foi realizada <strong>em</strong> 11/07/2007,<br />

quando os 30% restante dos capulhos estavam abertos. Durante a pesag<strong>em</strong>, foram<br />

retiradas amostras <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço, requisito necessário para o cálculo da<br />

porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> contida no algodão. Após a pesag<strong>em</strong>, as amostras foram<br />

encaminhadas à estufa com t<strong>em</strong>peratura constante <strong>de</strong> 55 0 C por 72 horas, para que<br />

per<strong>de</strong>sse toda sua umida<strong>de</strong>. Através <strong>de</strong> uma nova pesag<strong>em</strong> da amostra foi<br />

quantificado a porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> <strong>em</strong> que o algodão foi colhido. Posteriormente<br />

a produção <strong>de</strong> todas as unida<strong>de</strong>s experimentais foi uniformizada para umida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

14%.<br />

24


Os dados encontrados <strong>na</strong>s avaliações foram a<strong>na</strong>lisados comparando as áreas<br />

tratadas com <strong>herbicidas</strong> com a média das test<strong>em</strong>unhas duplas adjacentes. O<br />

<strong>de</strong>lineamento experimental foi do tipo blocos ao acaso, utilizando parcelas subdividas,<br />

sendo 15 tratamentos e quatro repetições. Os dados foram submetidos à análise <strong>de</strong><br />

variância pelo teste F. Quando significativas, as diferenças entre as médias foram<br />

comparadas pelo teste <strong>de</strong> Tukey a 10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>.<br />

25


4. RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Nas Tabelas 7 e 8 estão representados os resultados referentes à análise <strong>de</strong><br />

estan<strong>de</strong> <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> algodoeiro <strong>em</strong> função dos <strong>herbicidas</strong> isolados e <strong>em</strong> misturas,<br />

aos 21 e 49 DAA, respectivamente, para as varieda<strong>de</strong>s Delta-Opal e FMT 701. Po<strong>de</strong>se<br />

notar que entre todas as avaliações realizadas, o único tratamento que<br />

proporcionou redução no estan<strong>de</strong> da <strong>cultura</strong> foi a mistura s-metolachlor + diuron aos<br />

21 DAA para a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal. Nas <strong>de</strong>mais avaliações aos 21 DAA e <strong>em</strong> todas<br />

as avaliações aos 49 DAA, os tratamentos <strong>herbicidas</strong> testados isoladamente ou <strong>em</strong><br />

mistura não proporcio<strong>na</strong>ram diferenças significativas para o estan<strong>de</strong> da <strong>cultura</strong> do<br />

algodoeiro <strong>em</strong> ambos os experimentos. Confirmando estes resultados, Cruz & Toledo<br />

(1982) avaliando tratamentos com alachlor (3,01 kg i.a. ha -1 ) e diuron (1,00 kg i.a. ha -1 )<br />

e Matallo et al. (2000) avaliando tratamentos com diuron (1,50 kg i.a. ha -1 ) e com<br />

oxyfluorfen (0,24; 0,36; 0,48 e 0,72 kg i.a. ha -1 ) também não observaram reduções<br />

significativas no estan<strong>de</strong> da <strong>cultura</strong> algodoeira.<br />

26


Tabela 7. Estan<strong>de</strong> (plantas m -1 ) <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> algodoeiro, var. Delta-Opal, aos 21 e 49 dias após o<br />

tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR - 2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 )<br />

21 DAA 49 DAA<br />

Trat TD Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 8,64 a 8,70 a 8,05 a 7,93 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 8,64 a 8,64 a 8,50 a 8,08 a<br />

3-Diuron 0,900 8,76 a 8,57 a 8,35 a 8,47 a<br />

4-Diuron 1,200 7,89 a 8,39 a 8,15 a 8,40 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 8,89 a 9,14 a 8,55 a 8,00 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 8,51 a 8,89 a 8,40 a 8,33 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 8,38 a 9,20 a 8,55 a 8,60 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 8,89 a 9,07 a 7,60 a 8,10 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 8,39 a 8,95 a 7,80 a 8,17 a<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 9,76 a 8,89 a 7,95 a 7,90 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 7,64 b 9,14 a 8,20 a 7,80 a<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 8,64 a 8,45 a 8,95 a 8,00 b<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 8,39 a 8,89 a 8,10 a 8,05 a<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 9,14 a 8,70 a 7,70 a 7,98 a<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 9,26 a 8,26 a 8,10 a 8,40 a<br />

CV (%) 11,38 6,81<br />

DMS (Tukey, 10%) 1,18 0,66<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F (10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

27


Tabela 8. Estan<strong>de</strong> (plantas m -1 ) <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> algodoeiro, var. FMT-701, aos 21 e 49 dias após o tratamento<br />

com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR - 2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 )<br />

21 DAA 49 DAA<br />

Trat TD Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 9,50 a 8,63 a 8,90 a 8,30 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 8,25 a 8,75 a 8,45 a 8,15 a<br />

3-Diuron 0,900 9,38 a 8,38 a 8,55 a 7,93 a<br />

4-Diuron 1,200 8,63 a 8,50 a 8,10 a 8,10 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 8,63 a 8,75 a 8,25 a 7,68 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 9,88 a 8,63 a 8,45 a 7,58 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 9,13 a 8,69 a 8,85 a 8,15 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 8,88 a 9,38 a 8,45 a 8,55 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 8,63 a 8,75 a 8,25 a 8,53 a<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 7,38 a 8,25 a 8,35 a 7,65 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 10,38 a 8,56 b 8,95 a 7,80 b<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 8,50 a 8,63 a 8,65 a 7,88 a<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 8,25 a 8,06 a 7,90 a 7,60 a<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 8,63 a 8,56 a 8,20 a 8,20 a<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 9,25 a 8,44 a 8,15 a 7,98 a<br />

CV (%) 14,88 9,72<br />

DMS (Tukey, 10%) 1,54 0,95<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F (10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

28


Nas três avaliações <strong>de</strong> altura realizadas, nota-se que as varieda<strong>de</strong>s<br />

estudadas apresentaram respostas diferenciadas <strong>em</strong> relação aos <strong>herbicidas</strong> testados.<br />

Para a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal (Tabela 9), <strong>na</strong> primeira avaliação, aos 21 DAA, os<br />

tratamentos contendo alachlor aplicado isolado ou <strong>em</strong> combi<strong>na</strong>ção com prometri<strong>na</strong><br />

(<strong>em</strong> ambas as doses) reduziram o porte da planta. Os trabalhos <strong>de</strong> Cruz & Toledo<br />

(1982) e Guimarães et al. (2007) confirmam este resultado, visto que encontraram<br />

redução no porte da planta ao utilizar o herbicida alachlor, <strong>na</strong>s doses <strong>de</strong> 3,01 e 2,88 kg<br />

i.a. ha -1 respectivamente. Outros tratamentos que afetaram o <strong>de</strong>senvolvimento inicial<br />

do algodoeiro foram as misturas s-metolachlor + prometri<strong>na</strong>, <strong>em</strong> ambas as doses,<br />

além do herbicida oxyfluorfen aplicado isoladamente. Aos 36 DAA, observa-se que os<br />

tratamentos contendo alachlor aplicado isolado ou <strong>em</strong> combi<strong>na</strong>ção com prometri<strong>na</strong><br />

(<strong>em</strong> ambas as doses) não <strong>de</strong>monstraram recuperação <strong>em</strong> sua altura, mantendo-se<br />

inferior <strong>em</strong> seu porte, conforme observado <strong>na</strong>s avaliações aos 21 DAA. Os<br />

tratamentos com oxyfluorfen isolado, s-metolachlor isolado e s-metolachlor +<br />

prometri<strong>na</strong> (0,672 + 1,200 kg i.a. ha -1 ) também afetaram a altura das plantas nesta<br />

avaliação. Na última avaliação realizada, aos 66 DAA, observa-se que todas estas<br />

diferenças entre as parcelas tratadas com <strong>herbicidas</strong> e suas respectivas test<strong>em</strong>unhas<br />

passaram a não existir, indicando a recuperação da <strong>cultura</strong>. Entretanto, o tratamento<br />

oxyfluorfen + prometri<strong>na</strong>, que até então não havia apresentado qualquer efeito<br />

significativo, passa a apresentar redução no porte da planta.<br />

Para a varieda<strong>de</strong> FMT-701 (Tabela 10), os <strong>herbicidas</strong> que promoveram redução <strong>na</strong><br />

altura das plantas aos 21 DAA foram: diuron (0,900 kg i.a. ha -1 ); alachlor + diuron; s-<br />

metolachlor + diuron; s-metolachlor + prometri<strong>na</strong> (0,672 +0,900 kg i.a. ha -1 ) e<br />

oxyfluorfen + diuron. Aos 36 DAA, os tratamentos com oxyfluorfen aplicado<br />

isoladamente, diuron (0,900 kg i.a. ha -1 ) e oxyfluorfen + diuron continuaram<br />

apresentando altura significativamente inferior às suas respectivas test<strong>em</strong>unhas.<br />

Corroborando com estes resultados, Cruz & Toledo (1982) observaram redução <strong>na</strong><br />

altura da planta com diuron à 1,00 kg i.a. ha -1 . Entretanto, Matallo et al. (2000) não<br />

observaram redução <strong>na</strong> altura das plantas utilizando oxyfluorfen <strong>em</strong> dose até 0,72 kg<br />

i.a. ha -1 e diuron <strong>em</strong> dose <strong>de</strong> 1,50 kg i.a. ha -1 . Em avaliação aos 66 DAA, não foram<br />

observadas tais diferenças, porém o tratamento alachor + prometrine (1,200 + 0,900<br />

kg i.a. ha -1 ) acarretou altura significativamente inferior a sua respectiva test<strong>em</strong>unha<br />

dupla.<br />

29


Tabela 9. Altura (cm) <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> algodoeiro, var. Delta-Opal, aos 21, 36 e 66 dias após o tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré<strong>em</strong>ergência.<br />

Maringá, PR - 2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 )<br />

21 DAA 36 DAA 66 DAA<br />

Trat TD Trat TD Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 12,23 b 14,50 a 33,95 b 39,28 a 65,03 a 62,48 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 11,98 a 13,68 a 34,08 b 39,18 a 59,10 a 61,45 a<br />

3-Diuron 0,900 14,28 a 13,78 a 41,78 a 36,90 b 62,30 a 63,35 a<br />

4-Diuron 1,200 11,63 a 12,63 a 34,58 a 36,15 a 59,23 a 59,60 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 13,33 a 13,40 a 38,75 a 36,90 a 62,60 a 57,48 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 13,38 a 13,93 a 37,83 a 39,60 a 66,80 a 64,25 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 12,43 b 14,68 a 34,80 b 39,25 a 64,35 a 65,48 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 11,63 a 13,38 a 34,10 a 36,68 a 61,15 a 63,05 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 10,45 b 14,65 a 31,80 b 39,80 a 70,18 a 63,78 b<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 10,85 b 13,50 a 33,85 b 38,43 a 68,68 a 69,40 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 13,73 a 13,75 a 38,18 a 38,45 a 68,20 a 64,77 a<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 11,23 b 13,35 a 35,65 a 37,43 a 69,98 a 69,10 a<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 12,43 b 14,53 a 34,75 b 39,85 a 65,78 a 64,30 a<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 14,78 a 14,25 a 37,80 a 38,13 a 67,68 a 69,23 a<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 13,45 a 14,58 a 37,30 a 39,58 a 65,35 b 73,65 a<br />

CV (%) 12,01 9,43 6,79<br />

DMS (Tukey, 10%) 1,88 4,15 5,22<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F (10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

30


Tabela 10. Altura (cm) <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> algodoeiro, var. FMT-701, aos 21, 36 e 66 dias após o tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré<strong>em</strong>ergência.<br />

Maringá, PR - 2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 )<br />

21 DAA 36 DAA 66 DAA<br />

Trat TD Trat TD Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 13,00 a 13,80 a 39,60 a 42,43 a 67,90 a 70,35 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 12,73 a 12,93 a 42,35 a 40,28 a 80,23 a 76,25 a<br />

3-Diuron 0,900 12,73 b 14,90 a 38,40 b 42,93 a 73,48 a 75,20 a<br />

4-Diuron 1,200 12,83 a 13,08 a 39,25 a 39,43 a 79,43 a 76,25 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 13,48 a 13,03 a 42,40 a 39,40 a 79,63 a 80,55 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 14,48 a 13,23 a 40,98 a 41,33 a 81,08 a 79,68 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 12,15 a 13,53 a 35,20 b 41,33 a 75,25 a 80,33 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 11,85 b 13,88 a 40,88 a 41,90 a 77,40 a 77,88 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 13,00 a 14,30 a 40,48 a 42,35 a 74,63 b 83,10 a<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 13,30 a 13,13 a 39,93 a 38,35 a 78,13 a 75,10 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 11,00 b 13,05 a 35,70 a 37,93 a 74,68 a 75,45 a<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 12,23 b 14,33 a 41,18 a 42,30 a 76,23 a 75,43 a<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 11,03 a 12,00 a 34,35 a 37,43 a 73,63 a 72,15 a<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 10,93 b 12,73 a 36,40 b 40,55 a 69,60 a 72,15 a<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 11,55 a 12,58 a 38,00 a 38,90 a 75,48 a 76,70 a<br />

CV (%) 9,61 8,70 5,85<br />

DMS (Tukey, 10%) 1,47 4,10 5,27<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F (10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

31


Diversos tratamentos afetaram o crescimento inicial das duas varieda<strong>de</strong>s,<br />

observando-se maior efeito para o herbicida prometri<strong>na</strong>, quando combi<strong>na</strong>do aos<br />

<strong>de</strong>mais <strong>herbicidas</strong>, para a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal, e para os tratamentos com o<br />

herbicida diuron (isolado ou <strong>em</strong> mistura), para a varieda<strong>de</strong> FMT-701. No entanto, à<br />

medida que o t<strong>em</strong>po passou, a <strong>cultura</strong> retomou seu crescimento normal.<br />

Na Figura 2, estão representados os resultados referentes às avaliações <strong>de</strong><br />

fitotoxicida<strong>de</strong> dos <strong>herbicidas</strong> para a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal, <strong>em</strong> função dos <strong>herbicidas</strong><br />

isolados e das misturas aos 14 DAA. Observa-se que o herbicida oxyfluorfen, isolado<br />

ou <strong>em</strong> mistura com diuron ou prometri<strong>na</strong>, proporcio<strong>na</strong>ram maior fitointoxicação à<br />

<strong>cultura</strong> <strong>em</strong> relação aos <strong>de</strong>mais tratamentos, caracterizada principalmente por necrose<br />

nos cotilédones <strong>de</strong> algumas plantas (Figuras 3d; 3e e 3f). Matallo et al. (2000) também<br />

encontraram sintomas <strong>de</strong> fitointoxicação <strong>na</strong> plantas <strong>de</strong> algodão com oxyfluorfen, <strong>na</strong>s<br />

doses: 0,24; 0,36; 0,48 e 0,72 kg i.a. ha -1 . Outras injúrias observadas <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> foram<br />

uma leve necrose <strong>na</strong>s folhas e clorose nos cotilédones ocasio<strong>na</strong>das pelo herbicida<br />

prometri<strong>na</strong> (Figuras 3b e 3c). No entanto, as avaliações realizadas aos 21, 29 e 49<br />

DAA não revelaram sintomas <strong>de</strong> injúrias <strong>em</strong> nenhum dos tratamentos <strong>herbicidas</strong><br />

avaliados, mostrando que a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal teve a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se recuperar<br />

no <strong>de</strong>correr do experimento, sob as condições edafoclimáticas da região on<strong>de</strong> foi<br />

cultivada.<br />

Os dados das avaliações <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong>, realizadas aos 14 DAA para a<br />

varieda<strong>de</strong> FMT-701 (Figura 2), revelam que os tratamentos alachlor, s-metolachlor,<br />

diuron <strong>na</strong> menor dose, prometri<strong>na</strong> <strong>na</strong> menor dose e alachlor + diuron proporcio<strong>na</strong>ram<br />

os menores sintomas <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong>, sendo esses tratamentos os mais seletivos<br />

entre os testados. Corroborando com estes resultados, Siqueri (2001) encontrou leves<br />

sintomas <strong>de</strong> fitointoxicação (20% das plantas) até 15 DAA com os <strong>herbicidas</strong> diuron<br />

(0,93 kg i.a. ha -1 ), alachlor (2,5 kg i.a. ha -1 ), ou a junção dos dois, e Freitas et al. (2006)<br />

não observaram qualquer sintoma para o s-metolachlor <strong>na</strong> dose 1,152 kg i.a. ha -1 . Por<br />

outro lado, os tratamentos com oxyfluorfen isolado ou associado com diuron ou<br />

prometri<strong>na</strong>, conforme observados para a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal, foram aqueles que<br />

causaram os maiores níveis <strong>de</strong> fitointoxicação, observando-se sintomas <strong>de</strong> necrose<br />

nos cotilédones e leve amarelecimento e encarquilhamento <strong>na</strong>s folhas novas (Figuras<br />

4d; 5d e 5e). Os <strong>de</strong>mais tratamentos estão <strong>em</strong> um grupo intermediário. Neste grupo, o<br />

tratamento alachlor + prometri<strong>na</strong> ocasionou forte encarquilhamento e leve<br />

amarelecimento <strong>na</strong> borda das folhas cotiledo<strong>na</strong>res (Figura 4e e 4f); a mistura s-<br />

32


metolachlor + prometri<strong>na</strong> acarretou um leve amarelecimento e encarquilhamento <strong>na</strong><br />

borda dos cotilédones (Figura 5c); os <strong>herbicidas</strong> diuron e prometri<strong>na</strong> <strong>aplicados</strong><br />

isoladamente e <strong>na</strong>s maiores doses ocasio<strong>na</strong>ram leve clorose nos cotilédones (Figura<br />

4b e 4c); e, por fim, a mistura s-metolachlor + diuron acarretou um leve amarelecimento<br />

<strong>na</strong> borda dos cotilédones (Figura 5b), sendo que todos estes sintomas foram<br />

consi<strong>de</strong>rados leves.<br />

33


Var Delta‐Opal<br />

var. FMT‐701<br />

9<br />

8<br />

Fitotoxicida<strong>de</strong> Escala EWRC<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Tratamentos (doses <strong>em</strong> kg i.a./ha)<br />

Figura 2. Notas <strong>de</strong> fitointoxicação (Escala EWRC) <strong>em</strong> duas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> algodoeiro aos 14 dias após<br />

tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR - 2007.<br />

* Escala EWRC, on<strong>de</strong> as notas variam entre 1 = nenhum dano e 9 = danos totais (morte das plantas).<br />

34


a<br />

b<br />

c<br />

d<br />

e<br />

f<br />

Figura 3. Fitointoxicação observada <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro após tratamento<br />

herbicida aos 14 DAA, var. Delta-opal, Maringá, PR - 2007. a) test<strong>em</strong>unha<br />

s<strong>em</strong> herbicida; b) prometri<strong>na</strong> (0,900 kg i.a. ha -1 ); c) prometri<strong>na</strong> (1,200 kg<br />

i.a. ha -1 ); d) oxyfluorfen (0,192 kg i.a. ha -1 ); e) oxyfluorfen + diuron (0,192 +<br />

1,200 kg i.a. ha -1 ); f) oxyfluorfen + prometri<strong>na</strong> (0,192 + 0,900 kg i.a. ha -1 ).<br />

35


a<br />

b<br />

c<br />

d<br />

e<br />

f<br />

Figura 4. Fitointoxicação observada <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro após tratamento<br />

herbicida aos 14 DAA, var. FMT-701, Maringá, PR - 2007. a) test<strong>em</strong>unha<br />

s<strong>em</strong> herbicida; b) diuron (1,200 kg i.a. ha -1 ); c) prometri<strong>na</strong> (1,200 kg i.a.ha -<br />

1 ); d) oxyfluorfen (0,192 kg i.a. ha -1 ); e) alachlor + prometri<strong>na</strong> (1,200 +<br />

0,900 kg i.a. ha -1 ); f) alachlor + prometri<strong>na</strong> (1,200 + 1,200 kg i.a. ha -1 ).<br />

36


a<br />

b<br />

c<br />

d<br />

e<br />

Figura 5. Fitointoxicação observada <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> do algodoeiro após tratamento<br />

herbicida aos 14 DAA, var. FMT-701, Maringá, PR -2007. a) test<strong>em</strong>unha<br />

s<strong>em</strong> herbicida; b) s-metolachlor + diuron (0,672 + 1,200 kg i.a. ha -1 ); c) s-<br />

metolachlor + prometri<strong>na</strong> (0,672 + 1,200 kg i.a. ha -1 ); d) oxyfluorfen +<br />

diuron (0,192 + 1,200 kg i.a. ha -1 ); e) oxyfluorfen + prometri<strong>na</strong> (0,192 +<br />

0,900 kg i.a. ha -1 ).<br />

37


De forma geral, para ambas as varieda<strong>de</strong>s, aos 14 DAA, observou-se que<br />

quando houve incr<strong>em</strong>ento <strong>na</strong> dose <strong>de</strong> diuron e prometri<strong>na</strong>, os sintomas <strong>de</strong><br />

fitotoxicida<strong>de</strong> foram intensificados <strong>em</strong> relação às menores doses. O herbicida<br />

oxyfluorfen quando aplicado isolado e <strong>em</strong> mistura com diuron ou prometri<strong>na</strong><br />

proporcionou sintomas intensos <strong>de</strong> fitointoxicação à <strong>cultura</strong> do algodoeiro aos 14 DAA.<br />

No entanto, após 21 DAA não foram observados sintomas <strong>de</strong> fitointoxicicação <strong>na</strong>s<br />

folhas novas <strong>em</strong>itidas pela <strong>cultura</strong>.<br />

Os resultados referentes à avaliação <strong>de</strong> número <strong>de</strong> capulhos por planta aos<br />

141 DAA estão representados <strong>na</strong>s Tabelas 11 e 12. Po<strong>de</strong>-se observar que as<br />

varieda<strong>de</strong>s apresentaram diferença <strong>em</strong> relação aos tratamentos <strong>herbicidas</strong> recebidos.<br />

Na varieda<strong>de</strong> Delta-Opal (Tabela 11), o oxyfluorfen aplicado isolado e a mistura<br />

alachlor + diuron apresentaram número <strong>de</strong> capulhos significativamente inferior à<br />

test<strong>em</strong>unha dupla adjacente s<strong>em</strong> herbicida. Para a varieda<strong>de</strong> FMT-701, nenhum dos<br />

tratamentos afetou a <strong>cultura</strong>, não havendo diferenças significativas no número <strong>de</strong><br />

capulhos por planta (Tabela 12).<br />

38


Tabela 11. Número <strong>de</strong> capulhos (capulhos plantas -1 ) aos 141 DAA, var. Delta-Opal,<br />

após o tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR -<br />

2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 ) Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 4,95 a 5,13 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 5,00 a 5,40 a<br />

3-Diuron 0,900 5,05 a 4,90 a<br />

4-Diuron 1,200 4,65 a 5,50 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 5,15 a 5,05 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 4,95 a 5,95 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 4,60 b 5,78 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 4,75 b 6,05 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 6,40 a 6,08 a<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 6,45 a 6,68 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 6,85 a 5,65 a<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 5,30 a 5,90 a<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 7,60 a 5,93 b<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 7,70 a 5,88 b<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 6,10 a 6,55 a<br />

CV (%) 16,22<br />

DMS (Tukey, 10%) 1,10<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F (10%<br />

<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

39


Tabela 12. Número <strong>de</strong> capulhos (capulhos plantas -1 ) aos 141 DAA, var. FMT-<br />

701, após o tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência.<br />

Maringá, PR - 2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 ) Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 5,95 a 6,80 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 8,80 a 6,68 b<br />

3-Diuron 0,900 6,80 a 6,93 a<br />

4-Diuron 1,200 7,20 a 7,28 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 6,90 a 7,80 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 7,20 a 7,48 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 7,15 a 7,48 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 7,55 a 7,38 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 7,30 a 8,10 a<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 7,35 a 7,15 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 8,40 a 6,28 b<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 6,15 a 6,35 a<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 6,45 a 6,83 a<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 6,10 a 6,80 a<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 7,15 a 7,10 a<br />

CV (%) 16,17<br />

DMS (Tukey, 10%) 1,36<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F<br />

(10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

Para a avaliação do número <strong>de</strong> capulhos, po<strong>de</strong>mos inferir que a varieda<strong>de</strong><br />

Delta-Opal sofreu redução no número <strong>de</strong> capulhos por planta pelos tratamentos<br />

oxyfluorfen aplicado isoladamente e pela combi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> alachlor com diuron. A<br />

varieda<strong>de</strong> FMT-701 não sofreu influencias dos tratamentos <strong>herbicidas</strong> <strong>na</strong> quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> capulhos por planta.<br />

Ao a<strong>na</strong>lisar o efeito dos tratamentos <strong>na</strong> produtivida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>-se notar que o<br />

tratamento oxyfluorfen + prometri<strong>na</strong> foi o único que acarretou produtivida<strong>de</strong><br />

significativamente inferior à test<strong>em</strong>unha s<strong>em</strong> herbicida <strong>em</strong> ambas as varieda<strong>de</strong>s, a<br />

10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> (Tabelas 13 e 14). Assim como os resultados obtidos neste<br />

trabalho, Cruz & Toledo (1982) avaliando alachlor e diuron isolados (3,01 + 1,00 kg i.a.<br />

ha -1 ) e Azevedo et al. (1994) avaliando a mistura diuron + alachlor (1,00 + 1,92 e 1,25<br />

+ 1,92) observaram que estes tratamentos apresentaram <strong>seletivida<strong>de</strong></strong> para a <strong>cultura</strong> do<br />

algodoeiro. Confirmando estes resultados, Freitas et al. (2006) não observaram<br />

40


diferença significativa entre a produção da test<strong>em</strong>unha capi<strong>na</strong>da e o tratamento s-<br />

metolachlor <strong>em</strong> dose até 1,152 kg i.a. ha -1 .<br />

Tabela 13. Produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço (kg ha -1 ), var. Delta-Opal, após o<br />

tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR - 2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 ) Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 3211,34 a 3258,99 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 3218,39 a 3320,92 a<br />

3-Diuron 0,900 3390,71 a 3332,29 a<br />

4-Diuron 1,200 2840,86 a 3172,57 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 3057,00 a 2983,89 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 3612,86 a 3349,03 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 3057,00 a 3269,44 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 2920,82 a 3196,01 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 3419,02 a 3379,93 a<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 3547,53 a 3587,25 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 3435,59 a 3345,99 a<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 3370,82 a 3463,44 a<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 3416,58 a 3509,81 a<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 3699,07 a 3808,03 a<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 3589,38 b 3935,79 a<br />

CV (%) 8,45<br />

DMS (Tukey, 10%) 336,01<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F (10%<br />

<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

41


Tabela 14. Produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algodão <strong>em</strong> caroço (kg ha -1 ), var. FMT-701, após o<br />

tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR - 2007.<br />

Tratamento Dose (kg i.a. ha -1 ) Trat TD<br />

1-Alachlor 1,200 4022,57 a 4270,76 a<br />

2-S-metolachlor 0,672 4857,34 a 4686,89 a<br />

3-Diuron 0,900 4428,50 a 4616,93 a<br />

4-Diuron 1,200 4601,58 a 4859,07 a<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 4629,92 a 4592,98 a<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 5040,13 a 4753,43 a<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 4515,65 a 4604,92 a<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 5136,02 a 4976,93 a<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 4794,97 a 4881,10 a<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 4957,05 a 4744,28 a<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 4460,63 a 4589,11 a<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 4701,35 a 4478,06 a<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 4146,71 a 4175,68 a<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 4087,01 a 4232,29 a<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 4181,98 b 4504,09 a<br />

CV (%) 5,50<br />

DMS (Tukey, 10%) 298,91<br />

Médias seguidas das mesmas letras <strong>em</strong> cada linha não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste F (10%<br />

<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>).<br />

Trat - tratamento<br />

TD - test<strong>em</strong>unha dupla<br />

Oxyfluorfen isolado e a mistura alachlor + diuron para a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal<br />

foram os únicos tratamentos que acarretaram quedas <strong>na</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maçãs por<br />

planta. Entretanto, mesmo com uma quantida<strong>de</strong> inferior <strong>de</strong> maçãs, estes tratamentos<br />

não sofreram redução <strong>em</strong> sua produtivida<strong>de</strong>. Tal fato po<strong>de</strong> justificar-se por um<br />

provável peso maior <strong>de</strong>stas maçãs.<br />

Um dos fatores que po<strong>de</strong> ter acarretado a queda <strong>na</strong> produtivida<strong>de</strong> no<br />

tratamento oxyfluorfen + prometri<strong>na</strong> é a fitointoxicação visual. Tal mistura foi a que<br />

apresentou os maiores níveis <strong>de</strong> fitointoxicação aos 14 DAA, o que po<strong>de</strong> levar a inferir<br />

que altos níveis <strong>de</strong> injúrias no início do ciclo da <strong>cultura</strong> po<strong>de</strong>m acarretar quedas <strong>na</strong><br />

produtivida<strong>de</strong>.<br />

42


5. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

O tratamento s-metolachlor + diuron para a varieda<strong>de</strong> Delta-Opal foi o<br />

único a reduzir o estan<strong>de</strong> no início do ciclo da <strong>cultura</strong>.<br />

As plantas do algodoeiro que sofreram redução <strong>em</strong> seu porte no início do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento se recuperaram ao longo do ciclo da <strong>cultura</strong>,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do tratamento herbicida recebido.<br />

Aos 14 DAA, observou-se que quando houve incr<strong>em</strong>ento <strong>na</strong> dose <strong>de</strong><br />

diuron e prometri<strong>na</strong>, os sintomas <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong> foram intensificados<br />

<strong>em</strong> relação às menores doses.<br />

O herbicida oxyfluorfen, quando aplicado isolado e <strong>em</strong> mistura com<br />

diuron ou prometri<strong>na</strong>, proporcionou sintomas intensos <strong>de</strong> fitointoxicação<br />

à <strong>cultura</strong> do algodoeiro aos 14 DAA.<br />

Após 21 DAA, não foram observados sintomas <strong>de</strong> fitointoxicação <strong>na</strong>s<br />

folhas novas <strong>em</strong>itidas pela <strong>cultura</strong> para todos os tratamentos.<br />

A varieda<strong>de</strong> Delta-Opal sofreu redução no número <strong>de</strong> capulhos por<br />

planta pelos tratamentos oxyfluorfen aplicado isoladamente e pela<br />

combi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> alachlor com diuron. A varieda<strong>de</strong> FMT-701 não sofreu<br />

influência dos tratamentos <strong>herbicidas</strong> <strong>na</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capulhos por<br />

planta.<br />

Ape<strong>na</strong>s para um tratamento, dos 15 estudados, a fitointoxicação <strong>na</strong> parte<br />

aérea se correlacio<strong>na</strong> com a queda <strong>na</strong> produção.<br />

Na tabela 15 encontra-se um resumo do comportamento das variáveis<br />

respostas frente à aplicação dos tratamentos <strong>herbicidas</strong> para as varieda<strong>de</strong>s Delta-Opal<br />

e FMT-701.<br />

43


Tabela 15. Resumo do comportamento das variáveis-resposta frente à aplicação <strong>de</strong> tratamentos <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência.<br />

Estan<strong>de</strong> Estan<strong>de</strong> Altura Altura Altura Número <strong>de</strong><br />

Produti‐vida<strong>de</strong><br />

21 DAA 49 DAA 21 DAA 36 DAA 66 DAA Maçãs<br />

Tratamentos Dose (kg i.a. ha -1 ) varieda<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong><br />

Delta‐<br />

Opal<br />

FMT‐<br />

701<br />

Delta‐<br />

Opal<br />

FMT‐<br />

701<br />

1-Alachlor 1,200 S S S S NS S NS S S S S S S S<br />

2-S-metolachlor 0,672 S S S S S S NS S S S S S S S<br />

3-Diuron 0,900 S S S S S NS S NS S S S S S S<br />

4-Diuron 1,200 S S S S S S S S S S S S S S<br />

5-Prometri<strong>na</strong> 0,900 S S S S S S S S S S S S S S<br />

6-Prometri<strong>na</strong> 1,200 S S S S S S S S S S S S S S<br />

7-Oxyfluorfen 0,192 S S S S NS S NS NS S S NS S S S<br />

8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 S S S S S NS S S S S NS S S S<br />

9-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 0,900 S S S S NS S NS S S NS S S S S<br />

10-Alachlor + Prometri<strong>na</strong> 1,200 + 1,200 S S S S NS S NS S S S S S S S<br />

11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 NS S S S S NS S S S S S S S S<br />

12-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 0,900 S S S S NS NS S S S S S S S S<br />

13-S-metolachlor + Prometri<strong>na</strong> 0,672 + 1,200 S S S S NS S NS S S S S S S S<br />

14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 S S S S S NS S NS S S S S S S<br />

15-Oxyfluorfen + Prometri<strong>na</strong> 0,192 + 0,900 S S S S S S S S NS S S S NS NS<br />

S – seletivo<br />

NS – não seletivo<br />

Delta‐<br />

Opal<br />

FMT‐<br />

701<br />

Delta‐<br />

Opal<br />

FMT‐<br />

701<br />

Delta‐<br />

Opal<br />

FMT‐<br />

701<br />

Delta‐<br />

Opal<br />

FMT‐<br />

701<br />

Delta‐<br />

Opal<br />

FMT‐<br />

701<br />

44


6. CONCLUSÕES<br />

Todos os <strong>herbicidas</strong> causam fitotointoxicação à <strong>cultura</strong>, po<strong>de</strong>ndo afetar a<br />

altura e número <strong>de</strong> capulhos, mas não se correlacio<strong>na</strong> com a<br />

produtivida<strong>de</strong> <strong>na</strong> gran<strong>de</strong> maioria dos casos.<br />

O único tratamento que não foi seletivo à <strong>cultura</strong> do algodoeiro,<br />

consi<strong>de</strong>rando-se ape<strong>na</strong>s a produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ambas as varieda<strong>de</strong>s, foi a<br />

mistura oxyfluorfen + prometri<strong>na</strong> (0,192 + 0,900 kg i.a. ha -1 ).<br />

45


7. REFERÊNCIAS<br />

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51


ANEXOS<br />

52


Anexo 1. Resumo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> variância das variáveis <strong>de</strong> altura e estan<strong>de</strong> da <strong>cultura</strong> do algodoeiro, var. Delta-Opal, após o<br />

tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR - 2007.<br />

FV<br />

GL<br />

QM Resíduo<br />

altura 21 DAA altura 36 DAA altura 66 DAA estan<strong>de</strong> 21 DAA estan<strong>de</strong> 49 DAA<br />

Blocos 3 5,37 48,53 325,33 2,88 3,85<br />

Herbicidas (H) 14 4,51 ns 12,27 ns 96,13 ns 0,61 ns 0,44 ns<br />

Resíduo a 42 4,24 15,64 85,86 0,88 0,46<br />

Parcelas (59)<br />

Modo (M) 1 57,69 * 176,66 * 3,37 ns 0,57 ns 0,08 ns<br />

M x H 14 3,43 ns 20,68 ns 25,24 ns 0,82 ns 0,31 ns<br />

Modo/Herb1 1 10,35 * 56,71 * 13,01 ns 0,01 ns 0,03 ns<br />

Modo/Herb2 1 5,78 ns 52,02 * 11,05 ns 0,01 ns 0,36 ns<br />

Modo/Herb3 1 0,50 ns 47,53 * 2,21 ns 0,07 ns 0,03 ns<br />

Modo/Herb4 1 2,00 ns 4,96 ns 0,28 ns 0,50 ns 0,12 ns<br />

Modo/Herb5 1 0,01 ns 6,85 ns 52,53 ns 0,13 ns 0,60 ns<br />

Modo/Herb6 1 0,60 ns 6,30 ns 13,00 ns 0,28 ns 0,01 ns<br />

Modo/Herb7 1 10,13 * 39,61 * 2,53 ns 1,32 ns 0,01 ns<br />

Modo/Herb8 1 6,13 ns 13,26 ns 7,22 ns 0,07 ns 0,50 ns<br />

Modo/Herb9 1 35,28 * 128,00 * 81,92 * 0,63 ns 0,28 ns<br />

Modo/Herb10 1 14,05 * 41,86 * 1,05 ns 1,53 ns 0,00 ns<br />

Modo/Herb11 1 0,01 ns 0,15 ns 23,46 ns 4,50 * 0,32 ns<br />

Modo/Herb12 1 9,03 * 6,30 ns 1,53 ns 0,07 ns 1,81 *<br />

Modo/Herb13 1 8,82 * 52,02 * 4,35 ns 0,50 ns 0,01 ns<br />

Modo/Herb14 1 0,55 ns 0,21 ns 4,80 ns 0,38 ns 0,15 ns<br />

Modo/Herb15 1 2,53 ns 10,35 ns 137,78 * 2,00 ns 0,18 ns<br />

Resíduo b 45 2,51 12,28 19,43 0,99 0,31<br />

Total 47<br />

CV(%) 12,02 9,43 6,79 11,38 6,81<br />

*-significativo ao nível <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> pelo teste F.<br />

ns- não significativo ao nível <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> pelo teste F.<br />

53


Anexo 2. Resumo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> variância das variáveis <strong>de</strong> altura e estan<strong>de</strong> da <strong>cultura</strong> do algodoeiro, var. FMT-701, após o<br />

tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR 2007.<br />

FV<br />

GL<br />

QM Resíduo<br />

altura 21 DAA altura 36 DAA altura 66 DAA estan<strong>de</strong> 21 DAA estan<strong>de</strong> 49 DAA<br />

Blocos 3 3,97 41,55 254,24 5,01 9,66<br />

Herbicidas (H) 14 4,27 ns 26,95 ns 83,08 ns 1,40 ns 0,45 ns<br />

Resíduo a 42 3,93 24,31 50,62 1,53 0,64<br />

Parcelas (59)<br />

Modo (M) 1 26,89 * 62,93 * 12,87 ns 2,48 ns 5,46 *<br />

M x H 14 2,19 ns 12,67 ns 21,37 ns 1,08 ns 0,33 ns<br />

Modo/Herb1 1 1,28 ns 15,96 ns 12,00 ns 1,53 ns 0,72 ns<br />

Modo/Herb2 1 0,08 ns 8,61 ns 31,60 ns 0,50 ns 0,18 ns<br />

Modo/Herb3 1 9,46 * 40,95 * 5,95 ns 2,00 ns 0,78 ns<br />

Modo/Herb4 1 0,13 ns 0,06 ns 20,16 ns 0,03 ns 0,01 ns<br />

Modo/Herb5 1 0,41 ns 18,00 ns 1,71 ns 0,03 ns 0,66 ns<br />

Modo/Herb6 1 3,13 ns 0,25 ns 3,92 ns 3,13 ns 1,53 ns<br />

Modo/Herb7 1 3,78 ns 75,03 * 51,51 ns 0,38 ns 0,98 ns<br />

Modo/Herb8 1 8,20 * 2,10 ns 0,45 ns 0,50 ns 0,02 ns<br />

Modo/Herb9 1 3,38 ns 7,03 ns 143,65 * 0,03 ns 0,15 ns<br />

Modo/Herb10 1 0,06 ns 4,96 ns 18,30 ns 1,53 ns 0,98 ns<br />

Modo/Herb11 1 8,41 * 9,90 ns 1,20 ns 6,57 * 2,64 *<br />

Modo/Herb12 1 8,82 * 2,53 ns 1,28 ns 0,03 ns 1,20 ns<br />

Modo/Herb13 1 1,90 ns 18,91 ns 4,35 ns 0,07 ns 0,18 ns<br />

Modo/Herb14 1 6,48 * 34,45 * 13,00 ns 0,01 ns 0,01 ns<br />

Modo/Herb15 1 2,10 ns 1,62 ns 3,00 ns 1,32 ns 0,06 ns<br />

Resíduo b 45 1,53 11,96 19,81 1,69 0,64<br />

Total 47<br />

CV(%) 9,61 8,70 5,85 14,88 9,72<br />

*-significativo ao nível <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> pelo teste F.<br />

ns- não significativo ao nível <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> pelo teste F.<br />

54


Anexo 3. Resumo da análise <strong>de</strong> variância das variáveis resposta relacio<strong>na</strong>das à produção da <strong>cultura</strong> do algodoeiro, var. Delta-<br />

Opal e FMT-701, após o tratamento com <strong>herbicidas</strong> <strong>em</strong> pré-<strong>em</strong>ergência. Maringá, PR 2007.<br />

QM Resíduo<br />

Delta-Opal FMT-701<br />

FV<br />

GL maçã 141 DAA Produtivida<strong>de</strong> maçã 141 DAA Produtivida<strong>de</strong><br />

Blocos 3 31,44 9137743,33 7,67 1039038,33<br />

Herbicidas (H) 14 3,67 ns 448219,93 ns 1,77 ns 645869,57 *<br />

Resíduo a 42 2,20 373979,05 2,46 368956,67<br />

Parcelas (59)<br />

Modo (M) 1 0,11 ns 169167,50 ns 0,01 ns 21882,42 ns<br />

M x H 14 1,89 * 56818,43 ns 1,74 ns 77587,21 ns<br />

Modo/Herb1 1 0,06 ns 4539,22 ns 1,45 ns 123197,50 ns<br />

Modo/Herb2 1 0,32 ns 21023,31 ns 9,03 * 58108,25 ns<br />

Modo/Herb3 1 0,04 ns 6826,45 ns 0,03 ns 71014,76 ns<br />

Modo/Herb4 1 1,45 ns 220063,20 ns 0,01 ns 132603,50 ns<br />

Modo/Herb5 1 0,02 ns 10691,60 ns 1,62 ns 2729,14 ns<br />

Modo/Herb6 1 2,00 ns 139212,30 ns 0,15 ns 164388,10 ns<br />

Modo/Herb7 1 2,76 * 90265,14 ns 0,21 ns 15940,52 ns<br />

Modo/Herb8 1 3,38 * 151456,90 ns 0,06 ns 50618,92 ns<br />

Modo/Herb9 1 0,21 ns 3055,47 ns 1,28 ns 14836,97 ns<br />

Modo/Herb10 1 0,10 ns 3156,06 ns 0,08 ns 90541,54 ns<br />

Modo/Herb11 1 2,88 * 16055,87 ns 9,03 * 33014,34 ns<br />

Modo/Herb12 1 0,72 ns 17155,49 ns 0,08 ns 99716,94 ns<br />

Modo/Herb13 1 5,61 * 17380,59 ns 0,28 ns 1678,09 ns<br />

Modo/Herb14 1 6,66 * 23745,74 ns 0,98 ns 42209,63 ns<br />

Modo/Herb15 1 0,41 ns 239998,70 * 0,01 ns 207506,20 *<br />

Resíduo b 45 0,86 80400,58 1,32 63628,13<br />

Total 47<br />

CV(%) 16,22 8,45 16,17 5,50<br />

*-significativo ao nível <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> pelo teste F.<br />

ns- não significativo ao nível 10% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> pelo teste F.<br />

55

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