Edição 45 - Instituto de Engenharia
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Capa<strong>45</strong>.indd 1 25/8/2008 11:07:41
Publicação Ofi cial do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />
Av. Dr. Dante Pazzanese, 120 - Vila Mariana<br />
São Paulo - SP - 04012-180<br />
www.iengenharia.org.br<br />
índice<br />
04 Entrevista<br />
Países emergentes <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>stino<br />
das exportações brasileiras<br />
12 Site<br />
Conheça o site do<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />
Presi<strong>de</strong>nte<br />
E<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Souza Amorim<br />
Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Administração e Finanças<br />
Camil Eid<br />
Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Técnicas<br />
Paulo Ferreira<br />
Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Relações Externas<br />
Ozires Silva<br />
Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Assuntos<br />
Internos e Associativos<br />
Dario Rais Lopes<br />
Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Administração<br />
da Se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campo<br />
Permínio Alves Maia <strong>de</strong> Amorim Neto<br />
Conselho Editorial<br />
Presi<strong>de</strong>nte: E<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Souza Amorim<br />
João Ernesto Figueiredo<br />
Roberto Kochen<br />
Victor Brecheret Filho<br />
15 <strong>Engenharia</strong><br />
Jornalista Responsável<br />
Viviane Nunes - MTb: 41.631<br />
Redação<br />
Av. Dr. Dante Pazzanese, 120 - Vila Mariana<br />
São Paulo - SP - 04012-180<br />
Tel.: (11) 3466-9200<br />
E-mail: imprensa@iengenharia.org.br<br />
Publicida<strong>de</strong><br />
(11) 3466-9200<br />
Diagramação / Projeto<br />
Alexandre Mazega (Just Layout)<br />
João Vitor Reis / Rodrigo Araujo (Just Layout)<br />
Flávio Pavan (Just Layout)<br />
Nova fábrica <strong>de</strong> celulose e papel<br />
promete aumentar o PIB do Brasil<br />
Textos: Viviane Nunes, Fernanda Nagatomi e<br />
Isabel Dianin<br />
É permitido o uso <strong>de</strong> reportagens do Jornal do<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte<br />
e comunicado à redação. Os artigos publicados<br />
com assinatura não traduzem necessariamente<br />
a opinião do jornal. Sua publicação obe<strong>de</strong>ce ao<br />
propósito <strong>de</strong> estimular o <strong>de</strong>bate dos problemas<br />
brasileiros e <strong>de</strong> refl etir as diversas tendências<br />
do pensamento contemporâneo.<br />
EDITORIAL 03<br />
DIVISÕES TÉCNICAS 06<br />
ASSOCIE-SE 08<br />
CICLO DE DEBATES 10<br />
ARBITRAGEM 14<br />
18 MESAS REDONDAS<br />
20 EVENTOS<br />
21 INTEGRAÇÃO<br />
22 AGENDA<br />
23 CRÔNICA<br />
Indice44.indd 2 25/8/2008 11:06:35
editorial<br />
O papel<br />
e o papelão<br />
Engº. E<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Souza Amorim<br />
Presi<strong>de</strong>nte do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />
Foto: <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />
Aexcelência na produção <strong>de</strong><br />
papel é mais um motivo <strong>de</strong><br />
orgulho para os brasileiros.<br />
Da pesquisa, <strong>de</strong>senvolvi-<br />
que<br />
industrial, nada se <strong>de</strong>ve ao resto<br />
do mundo em termos <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong><br />
e qualida<strong>de</strong>.<br />
Porém <strong>de</strong>ve-se reconhecer que o<br />
valor do papel na história da huma-<br />
<br />
ou o <strong>de</strong>licado papiro egípcio, à versátil<br />
folha <strong>de</strong> celulose, não é só fruto <strong>de</strong> seu<br />
processo <strong>de</strong> fabricação, mas <strong>de</strong> seu uso<br />
pelo homem. No registro e preservação<br />
<strong>de</strong> sua história, na construção, acúmulo<br />
e transmissão do conhecimento pelas<br />
gerações, ou na elaboração <strong>de</strong> planos e<br />
projetos para construção do futuro.<br />
<br />
do<br />
tudo que for impresso em sua superfície,<br />
<strong>de</strong> belas histórias e idéias que atra-<br />
<br />
mundo, das teorias e planos que criaram<br />
as mais terríveis armas <strong>de</strong> guerra,<br />
às plantas <strong>de</strong> obras fadadas ao fracasso<br />
como o edifício Palace II.<br />
Já no Brasil, o governo fe<strong>de</strong>ral, animado<br />
com o domínio do processo <strong>de</strong><br />
produção, parece acreditar nos po<strong>de</strong>res<br />
mágicos das brilhantes folhas coloridas<br />
impressas pelas agências <strong>de</strong> publici-<br />
<br />
digitais <strong>de</strong> prédios, estradas ou pontes,<br />
mentos<br />
<strong>de</strong> bilhões <strong>de</strong> reais, nossos políticos<br />
esquecem que papel e tinta não<br />
<br />
É preciso muito mais.<br />
<br />
turas,<br />
nos Estados e na União, alar<strong>de</strong>ando<br />
recursos que não são liberados,<br />
os gestores públicos seguem tentan-<br />
do transformar um apanhado <strong>de</strong> iniciativas<br />
que incluem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> obras não<br />
iniciadas e projetos abandonados por<br />
governos passados até investimentos<br />
<strong>de</strong> infra-estrutura, necessários e urgentes,<br />
num plano <strong>de</strong> governo <strong>de</strong>stinado<br />
a resolver os gargalos estruturais<br />
que travam o país.<br />
A verda<strong>de</strong>, muito diferente dos<br />
constantes discursos eleitoreiros, car-<br />
<br />
o Plano <strong>de</strong> Aceleração do Crescimento<br />
(PAC) só não naufraga por jamais ter<br />
saído do porto. Não reúne as condições<br />
mínimas para <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser mais do que<br />
uma carta <strong>de</strong> boas intenções, na qual a<br />
responsabilida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>legada aos Estados,<br />
Municípios e Empresas e os louros<br />
para os candidatos da base aliada.<br />
Graças aos esforços <strong>de</strong> parte dos<br />
envolvidos, alguns projetos conseguem<br />
vingar e o país avança aos trancos e barrancos.<br />
É hora da competência técnica,<br />
da responsabilida<strong>de</strong>, do planejamento<br />
sério <strong>de</strong>ixarem <strong>de</strong> serem valores endêmicos<br />
e pontuais na gestão pública<br />
brasileira e tornarem-se práticas sistemáticas<br />
amplamente disseminadas em<br />
todos os níveis <strong>de</strong> governo.<br />
É hora <strong>de</strong> exigirmos uma qualida<strong>de</strong><br />
única nos planos governamentais antes<br />
<strong>de</strong> sua divulgação. Algo que impeça o<br />
estelionato eleitoral, que há décadas é<br />
responsável pelas oportunida<strong>de</strong>s perdidas:<br />
Exeqüibilida<strong>de</strong>.<br />
sília<br />
não forem minimamente exeqüíveis<br />
e seus responsáveis cobrados pela<br />
socieda<strong>de</strong> e pela justiça eleitoral, seremos<br />
sempre um celeiro <strong>de</strong> esperanças<br />
-<br />
<br />
<strong>de</strong>veria ser feita em pequenos rolos <strong>de</strong><br />
folha dupla perfumada, com trinta metros<br />
<strong>de</strong> comprimento.<br />
IE<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong> 3<br />
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entrevista<br />
Países emergentes<br />
<strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>stino das<br />
exportações brasileiras<br />
“Os emergentes compram nossa produção <strong>de</strong> soja, <strong>de</strong> algodão e sucos. O Brasil precisa<br />
<strong>de</strong>senvolver cada vez mais o relacionamento com estes países, pois estão crescendo,<br />
suas populações têm mais renda e a primeira coisa que os povos <strong>de</strong> menor renda<br />
fazem é comer melhor”<br />
U<br />
m dos <strong>de</strong>batedores, no evento<br />
Diálogos Capitais, realizado<br />
no início <strong>de</strong> agosto, na<br />
Fundação Getúlio Vargas foi<br />
Pratini <strong>de</strong> Moraes, que vem ocupando<br />
cargos políticos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 60.<br />
Aos 27 anos, foi Ministro do Planejamento<br />
e Coor<strong>de</strong>nação Geral, passando<br />
em seguida aos ministérios da Indústria<br />
e Comércio, <strong>de</strong> Minas e Energia e<br />
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.<br />
Sendo este último o <strong>de</strong> maior<br />
visibilida<strong>de</strong>. Ele conce<strong>de</strong>u entrevista e<br />
os principais pontos abordados por ele<br />
foram as negociações <strong>de</strong> Doha e agronegócios<br />
no Brasil e no Mundo.<br />
<br />
Ministro, o Brasil per<strong>de</strong>u<br />
muito com o fracasso das negociações<br />
<strong>de</strong> Doha<br />
Pratini <strong>de</strong> Moraes – Este é um<br />
fracasso anunciado há muito tempo.<br />
Então, não havia a menor perspectiva,<br />
infelizmente. A luta toda que houve e<br />
o teatro todo que se montou foram<br />
para preservar a existência da OMC.<br />
Isto nos interessa. Ganhos não teríamos<br />
mesmo, mas é importante que se<br />
mantenha a OMC porque o Brasil é um<br />
global player, faz negócio com o mun-<br />
“Jamais <strong>de</strong>vemos<br />
consi<strong>de</strong>rar concluída<br />
uma negociação<br />
que não acabou.<br />
Esta negociação<br />
vai continuar,<br />
temos que<br />
dar forças e<br />
encontrar saídas”<br />
do inteiro. Não temos um país que nos<br />
compre 50% das produções, como é o<br />
caso dos Estados Unidos e da Europa.<br />
Para nós interessa ter um organismo<br />
que administre o multilateralismo do<br />
comércio. O governo brasileiro propôs<br />
duas ações contra o abuso <strong>de</strong> protecionismo,<br />
no caso do algodão dos Estados<br />
Unidos e o açúcar da Europa. Se<br />
não houver um foro, no qual possam<br />
colocar estas questões, será muito difícil,<br />
pois nem tudo se resolve com o<br />
bilateralismo. Eu creio que a OMC será<br />
preservada e não vai morrer. Precisaremos<br />
ser muito mais agressivos na<br />
questão do bilateralismo. Teremos que<br />
fazer acordos bilaterais para resolver<br />
problemas <strong>de</strong> álcool ou <strong>de</strong> carne, por<br />
exemplo. E tem que alinhar o Merco-<br />
<br />
com a questão aduaneira.<br />
<br />
O senhor acha que é possível<br />
volta a negociar Doha<br />
Pratini <strong>de</strong> Moraes – Jamais<br />
<strong>de</strong>vemos consi<strong>de</strong>rar concluída uma<br />
negociação que não acabou. Esta<br />
negociação vai continuar, temos que<br />
dar forças e encontrar saídas. Mas temos<br />
que nos livrar <strong>de</strong> alguns grilhões<br />
e o Mercosul apresenta alguns, que<br />
inviabilizam as negociações, mas,<br />
antes da eleição americana, nada<br />
vai acontecer. Os americanos não<br />
vão mudar tarifas em ano <strong>de</strong> eleição,<br />
como em qualquer país do mundo.<br />
<br />
Qual sua opinião sobre o biodiesel<br />
4 <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong><br />
Entrevista.indd 4 25/8/2008 10:20:14
entrevista<br />
Pratini <strong>de</strong> Moraes – É uma<br />
proposta muito interessante, mas<br />
que peca pelo custo da matéria prima.<br />
Escolher a soja, para fazer biodiesel,<br />
com a soja faltando, que fornece<br />
no máximo 18% ou 21% <strong>de</strong> óleo,<br />
<br />
é viável, se usar óleos vindos do <strong>de</strong>ndê,<br />
por exemplo, porque têm mais <strong>de</strong><br />
50% <strong>de</strong> óleo. É necessário fazer mais<br />
pesquisas. Plantar produtos com alta<br />
produtivida<strong>de</strong>, com teor <strong>de</strong> óleo importante<br />
e que não comprometam a<br />
alimentação do povo.<br />
<br />
Qual a perspectiva que o senhor<br />
enxerga para o preço<br />
dos alimentos daqui pra frente<br />
Pratini <strong>de</strong> Moraes - Nós já<br />
tivemos e vamos ter ainda algumas<br />
reduções. Por enquanto são inexpressivas,<br />
porque existem algumas<br />
bolhas. Por exemplo, a bolha dos<br />
hedge founds investindo em mercadorias,<br />
em mercados futuros, que<br />
está diminuindo. Agora, uma coisa<br />
é certa. Há mais gente comendo no<br />
mundo e a <strong>de</strong>manda vai aumentar.<br />
Os preços dos alimentos não terão<br />
uma queda tão importante, quanto<br />
outros preços industriais. O que<br />
sobre certos aspectos é muito bom<br />
para o Brasil, pois vai po<strong>de</strong>r produzir<br />
mais, exportar mais e aumentar<br />
sua renda por meio do agronegócio e<br />
da ca<strong>de</strong>ia produtiva. É preciso evitar<br />
que estes aumentos <strong>de</strong> preços cheguem<br />
ao consumidor. É necessário<br />
olhar com muita atenção para um<br />
negócio chamado distribuição.<br />
<br />
Os Estados emergentes como<br />
compradores e <strong>de</strong>stinos das<br />
exportações do agronegócio<br />
brasileiro diminuem o impacto<br />
negativo do subsídio dos países<br />
<strong>de</strong>senvolvidos<br />
Pratini <strong>de</strong> Moraes – Não há a<br />
menor dúvida. O gran<strong>de</strong> mercado do<br />
agronegócio brasileiro são os países<br />
Pratini <strong>de</strong> Moraes<br />
“Os preços dos<br />
alimentos não<br />
terão uma queda<br />
tão importante,<br />
quanto outros<br />
preços industriais.<br />
O que sobre certos<br />
aspectos é muito<br />
bom para o Brasil”<br />
Foto: Olga Vlahou/CartaCapital<br />
emergentes. A Europa, os Estados<br />
Unidos e o Japão são os consumidores<br />
do cafezinho <strong>de</strong> e sobremesa.<br />
Compram café, açúcar, frutas e<br />
compravam cacau. Os emergentes<br />
compram nossa produção <strong>de</strong> soja,<br />
<strong>de</strong> algodão e sucos. O Brasil precisa<br />
<strong>de</strong>senvolver cada vez mais o relacionamento<br />
com estes países, pois estão<br />
crescendo, suas populações têm mais<br />
renda e a primeira coisa que os povos<br />
<strong>de</strong> menor renda fazem é comer melhor.<br />
A tendência é que a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong><br />
alimentos vai seguir aumentando.<br />
<br />
O senhor acredita que vai<br />
faltar comida por causa do<br />
etanol<br />
Pratini <strong>de</strong> Moraes – No Brasil<br />
não. Nos Estados Unidos até po<strong>de</strong>. O<br />
programa <strong>de</strong> álcool brasileiro é consistente,<br />
sob o ponto <strong>de</strong> vista tecnológico,<br />
agronômico e econômico. A lavoura<br />
<strong>de</strong> cana po<strong>de</strong> produzir até 150<br />
toneladas <strong>de</strong> cana por hectare. Nós só<br />
usamos no Brasil 7,4% do território<br />
brasileiro para as culturas anuais e as<br />
permanentes. Somos um dos países<br />
que usa menos terra em relação ao<br />
seu território. Temos muito espaço.<br />
A produtivida<strong>de</strong> da cana é 50 vezes<br />
maior que a soja, por isso a cana é<br />
nômico.<br />
A produtivida<strong>de</strong> do milho é<br />
importante, por hectare, mas é muito<br />
menor também. Além disso, precisa<br />
trazer energia <strong>de</strong> fora e, ao utilizá-lo,<br />
faltará para ração e para alimentação<br />
popular. O programa <strong>de</strong> milho dos<br />
Estados Unidos é, inclusive, uma das<br />
<br />
alimentos no mundo.<br />
Como surgiu este processo in-<br />
<br />
Pratini <strong>de</strong> Moraes – Tem<br />
quatro origens. Primeiro, tem mais<br />
gente comendo. Segundo, durante<br />
décadas, os preços dos alimentos fo-<br />
<br />
subsídios europeus, que mantiveram<br />
os preços baixos, <strong>de</strong>sestimulando<br />
países emergentes a produzir. Terceiro,<br />
o etanol nos Estados Unidos é<br />
<br />
à alimentação mundial. E em quarto<br />
lugar, a presença <strong>de</strong> investidores no<br />
mercado <strong>de</strong> commodities.<br />
IE<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong> 5<br />
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divisões técnicas<br />
<br />
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A<br />
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em estabelecimentos <strong>de</strong> assistência<br />
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workshop<br />
<br />
<strong>de</strong>bate e workshop<br />
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<br />
IE<br />
Alberto Hernan<strong>de</strong>z apresentou<br />
a ferramenta Energy Plus<br />
C <br />
mento <strong>de</strong> Arquitetura e da<br />
<br />
<br />
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6 <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong><br />
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associe-se<br />
Para se associar ao <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>, preencha o cupom abaixo e encaminhe à nossa Secretaria Geral, pessoalmente,<br />
pelos Correios (Av. Dr. Dante Pazzanese, 120 – Vila Mariana – São Paulo/SP – 04012-180) ou pelo fax (11) 3466-9232. Se<br />
preferir, ligue para (11) 3466-9230 ou envie para o e-mail secretaria@iengenharia.org.br.<br />
Nome<br />
Formação:<br />
Instituição:<br />
Ano <strong>de</strong> Conclusão:<br />
Registro no CREA:<br />
En<strong>de</strong>reço<br />
resi<strong>de</strong>ncial<br />
Cida<strong>de</strong>:<br />
UF:<br />
CEP:<br />
Tel.:<br />
Fax:<br />
E-mail:<br />
En<strong>de</strong>reço<br />
comercial<br />
Cida<strong>de</strong>:<br />
UF:<br />
CEP:<br />
Tel.:<br />
Fax:<br />
E-mail:<br />
Correspondência:<br />
En<strong>de</strong>reço resi<strong>de</strong>ncial<br />
En<strong>de</strong>reço comercial<br />
Desejando fazer parte do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>, na qualida<strong>de</strong> do associado,<br />
peço a inclusão do meu nome no respectivo quadro social<br />
Local:<br />
Data:<br />
Assinatura:<br />
Categoria Mensalida<strong>de</strong> Trimestre Anual<br />
capital e Gran<strong>de</strong> SP R$ 60,00 R$ 180,00 R$ 600,00<br />
nos primeiros 6 meses R$ 40,00 R$ 120,00 ----------------<br />
outros municípios R$ 30,00 R$ 90,00 R$ 300,00<br />
Recém-formado até 1 ano<br />
capital e Gran<strong>de</strong> SP R$ 15,00 R$ <strong>45</strong>,00 R$ 150,00<br />
outros municípios R$ 7,50 R$ 22,50 R$ 75,00<br />
Até 2 anos<br />
capital e Gran<strong>de</strong> SP R$ 20,00 R$ 60,00 R$ 200,00<br />
outros municípios R$ 10,00 R$ 30,00 R$ 100,00<br />
até 3 anos<br />
capital e Gran<strong>de</strong> SP R$ 24,00 R$ 72,00 R$ 240,00<br />
outros municípios R$ 12,00 R$ 36,00 R$ 120,00<br />
Estudantes<br />
capital e Gran<strong>de</strong> SP ---------------- ---------------- R$ 20,00<br />
outros municípios ---------------- ---------------- R$ 10,00<br />
8 <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong><br />
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ciclo <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates<br />
Candidatos à Prefeitura <strong>de</strong><br />
São Paulo discutem a cida<strong>de</strong><br />
Ociclo <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates “A engenharia,<br />
a construção e a<br />
indústria imobiliária discutindo<br />
São Paulo, organizado<br />
pelo <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />
juntamente com mais seis entida<strong>de</strong>s<br />
do setor (Secovi – SP, Apeop, Sinicesp,<br />
Sinaenco, Sinaenco – SP, Sinduscon-<br />
SP) teve como objetivo convidar os<br />
quatro candidatos com maior índice<br />
nas pesquisas para discutir pontos da<br />
engenharia, da construção e da indústria<br />
imobiliária que consi<strong>de</strong>ram importantes<br />
para a futura gestão e, com<br />
isso, contribuir para o aprimoramento<br />
da administração municipal.<br />
Marta Suplicy focou sua apresentação<br />
nos problemas do transporte.<br />
Segundo ela, São Paulo possui<br />
problemas crônicos que são a saú<strong>de</strong>, a<br />
educação, a segurança e a habitação, e<br />
um problema crítico: o trânsito.<br />
si<strong>de</strong>ntes<br />
das entida<strong>de</strong>s organizadoras<br />
data<br />
Marta Suplicy.<br />
O presi<strong>de</strong>nte do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>,<br />
E<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Souza Amorim, enfatizou<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais recursos<br />
<br />
que o previsto pela candidata não será<br />
<br />
da população do município, e também<br />
a <strong>de</strong> se investir no corpo técnico da<br />
calização<br />
e assessoria.<br />
guntas<br />
voltadas para o investimento<br />
em programas <strong>de</strong> obras e programas<br />
prioritários; plano diretor e Lei <strong>de</strong> Zoneamento;<br />
continuida<strong>de</strong> dos serviços<br />
<strong>de</strong> manutenção programada <strong>de</strong> infraestrutura<br />
construída envolvendo pontes,<br />
passarelas e galerias, entre outras;<br />
to<br />
com as obras <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s<br />
da administração que terminará.<br />
Marta Suplicy pon<strong>de</strong>rou as questões,<br />
mas não as respon<strong>de</strong>u e se colocou<br />
aberta a diálogos com as entida<strong>de</strong>s<br />
como parceiros para discutir as<br />
melhorias sugeridas.<br />
Ao iniciar a sua explanação, Paulo<br />
Maluf citou as obras realizadas por<br />
ele nas gestões como prefeito e governador<br />
<strong>de</strong> São Paulo. Com o lema “eu já<br />
<br />
projetos <strong>de</strong> infra-estrutura, e o maior<br />
Fotos: Petrônio Cinque<br />
João Alberto Manaus Correa, Arlindo Virgílio Machado Moura, Sergio Tiaki Watanabe, Marta Suplicy,<br />
E<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Souza Amorim, João Batista Crestana e Marlus Renato Dall’Stella<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong> 9<br />
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ciclo <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates<br />
Paulo Maluf e Camil Eid<br />
<strong>de</strong>les que é uma free way nas marginais<br />
dos rios Tietê e Pinheiros. Nesse<br />
projeto serão construídas seis faixas<br />
<strong>de</strong> tráfego <strong>de</strong> cada lado nas marginais,<br />
com 3% do orçamento da cida<strong>de</strong>.<br />
Além <strong>de</strong> expor seu programa, o<br />
candidato também foi sabatinado<br />
pelas entida<strong>de</strong>s sobre garantia <strong>de</strong><br />
pagamento em dia das obras contratadas,<br />
continuida<strong>de</strong> e aumento dos<br />
investimentos no Metrô, quantida<strong>de</strong><br />
e qualida<strong>de</strong> do corpo técnico, revisão<br />
<strong>de</strong> Plano Diretor e Lei <strong>de</strong> Zoneamento,<br />
prática do pregão e do menor<br />
preço nas licitações, continuida<strong>de</strong> da<br />
manutenção da infra-estrutura cons-<br />
<br />
intervenções e responsabilida<strong>de</strong>s da<br />
administração anterior.<br />
Como disse que gastaria 20% do<br />
orçamento com folha <strong>de</strong> pagamento,<br />
comprometeu-se a fazer os pagamentos<br />
em dia, a investir no Metrô, a adotar<br />
novamente o ponto eletrônico online<br />
e a investir 30% do orçamento da<br />
prefeitura em habitação. Em relação à<br />
contratação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> engenharia<br />
pelo menor preço, disse que esse método<br />
não é o melhor porque é necessário<br />
que a empresa tenha experiência.<br />
Gilberto Kassab <strong>de</strong>u início à explanação<br />
fazendo um resumo <strong>de</strong> suas<br />
realizações na prefeitura. Citou os pesados<br />
investimentos em infra-estrutura<br />
e no campo social – saú<strong>de</strong>, habitação<br />
e educação. Neste último, “o problema<br />
<br />
A criação <strong>de</strong> 90 novas AMAs (Assistência<br />
Médica Ambulatorial) e a<br />
informatização da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle<br />
<strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> remédios, também<br />
foram citadas.<br />
Os investimentos no Metrô, que<br />
já eram um dos questionamentos das<br />
entida<strong>de</strong>s organizadoras, foram reno<br />
Diretor Estratégico, a melhoria do<br />
trânsito com investimento, inclusive<br />
em tecnologia e recursos humanos e a<br />
melhoria da qualida<strong>de</strong> do Ensino Infantil<br />
e do Ensino Fundamental. Este<br />
último em parceria com o governo do<br />
Estado.<br />
Em seguida, ele respon<strong>de</strong>u às<br />
questões levantadas pelas entida<strong>de</strong>s.<br />
Entre elas, a abertura da participação<br />
da iniciativa privada para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da cida<strong>de</strong> que, segundo Alckmin,<br />
a exemplo dos programas <strong>de</strong><br />
Geraldo Alckmin começou sua<br />
exposição traçando, em linhas gerais,<br />
o seu plano <strong>de</strong> governo, que inclui, entre<br />
outros projetos, a revisão do Placoncessões<br />
e da participação públicoprivada<br />
- como foi feito na construção<br />
da Linha 4 do Metrô - são possibilida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> atração <strong>de</strong> investimentos que<br />
faz parte do seu plano <strong>de</strong> governo.<br />
A continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentos<br />
no Metrô também foi questionada.<br />
O candidato reconheceu a priorida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sse meio <strong>de</strong> transporte, porém foi<br />
cauteloso em respon<strong>de</strong>r que é necessário<br />
recurso do governo fe<strong>de</strong>ral para<br />
o aumento das linhas, e <strong>de</strong>stacou que<br />
“o compromisso da gestão tem <strong>de</strong> ser<br />
com a melhoria do transporte coleti-<br />
<br />
Alckmin encerrou o encontro <strong>de</strong>stacando<br />
a importância <strong>de</strong> a prefeitura<br />
po<strong>de</strong>r contar com a experiência e li<strong>de</strong>rança<br />
das entida<strong>de</strong>s organizadoras.<br />
Geraldo Alckmin ao lado <strong>de</strong> Marlus Renato Dall’Stella<br />
e E<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Souza Amorim<br />
10 <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong><br />
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ciclo <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates<br />
Fotos: Petrônio Cinque<br />
José Roberto Bernasconi, João Batista Crestana, Marlus Renato Dall’Stella, E<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Souza Amorim, Paulo Germanos,<br />
Gilberto Kassab, Arlindo Virgílio Machado Moura e Sergio Tiaki Watanabe<br />
latados pelo prefeito. De acordo com<br />
ra<br />
fez com que, pela primeira vez, uma<br />
prefeitura paulistana pu<strong>de</strong>sse investir<br />
nesse transporte.<br />
Investimentos no Rodoanel, assim<br />
como a construção <strong>de</strong> dois novos<br />
corredores <strong>de</strong> ônibus, com 57<br />
km <strong>de</strong> extensão, foram outros compromissos<br />
assumidos pelo candidato<br />
caso consiga a reeleição. “Vamos<br />
arrumar também os outros corredores<br />
<strong>de</strong> ônibus existentes que foram<br />
construídos <strong>de</strong> forma que não <strong>de</strong>-<br />
<br />
Quando questionado sobre a má<br />
elaboração do Plano Diretor e da<br />
Lei <strong>de</strong> Zoneamento, ele respon<strong>de</strong>u<br />
que o Plano Diretor prevê uma revisão<br />
e se comprometeu a fazê-la em<br />
conjunto com outras autorida<strong>de</strong>s<br />
para buscar melhorias, frisando que<br />
a questão ambiental tem <strong>de</strong> ser o<br />
carro-chefe.<br />
IE<br />
Pedro Paulikevis e Alfredo Mário Savelli<br />
Walter Aluisio Morais Rodrigues e Francisco Christovam<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong> 11<br />
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arbitragem<br />
2° Congresso Internacional<br />
<strong>de</strong> Arbitragem na <strong>Engenharia</strong><br />
Com o objetivo <strong>de</strong> discutir<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />
arbitragem nos diversos<br />
setores da <strong>Engenharia</strong> no<br />
Brasil, a Câmara <strong>de</strong> Mediação e Arbitragem<br />
do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />
promoveu o 2° Congresso Internacional<br />
<strong>de</strong> Arbitragem na <strong>Engenharia</strong>.<br />
O evento, realizado nos dias 7 e 8<br />
<strong>de</strong> agosto, contou com a participação<br />
<strong>de</strong> 55 palestrantes e <strong>de</strong>batedores do<br />
Brasil, da França, dos Estados Unidos,<br />
do Peru e da Argentina.<br />
Para abertura, compuseram a<br />
mesa principal: o presi<strong>de</strong>nte E<strong>de</strong>mar<br />
<strong>de</strong> Souza Amorim, o diretor-superinten<strong>de</strong>nte<br />
da Câmara <strong>de</strong> Mediação<br />
e Arbitragem, João Baptista Rebello<br />
Machado, ambos do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>;<br />
os secretários municipais<br />
<strong>de</strong> Relações Internacionais e <strong>de</strong> Infraestrutura<br />
Urbana e Obras da Prefeitura<br />
<strong>de</strong> São Paulo, Alfredo Cotait Neto<br />
e Marcelo Cardinale Branco, respectivamente;<br />
Wilson Rechi, da Artesp, e<br />
Walter Sabella, da Procuradoria Geral<br />
<strong>de</strong> Justiça do Estado <strong>de</strong> São Paulo.<br />
Os temas abordados no primeiro<br />
dia foram os rumos da arbitragem no<br />
Wilson Rechi, Marcelo Cardinale Branco, E<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Souza Amorim,<br />
Walter Sabella, Alfredo Cotait Neto e João Baptista Rebello Machado<br />
ção<br />
da arbitragem em contratos com<br />
entida<strong>de</strong>s públicas; questões complexas<br />
nas arbitragens <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong><br />
infra-estrutura e construção; a escolha<br />
dos árbitros especializados e a produção<br />
<strong>de</strong> provas <strong>de</strong> arbitragem; arbitra-<br />
gem e as questões do meio ambiente;<br />
e a homologação dos laudos arbitrais<br />
estrangeiros: a aplicabilida<strong>de</strong> da Convenção<br />
<strong>de</strong> Nova York e seus efeitos.<br />
No segundo dia, realizaram-se<br />
três painéis e três mesas redondas<br />
com os seguintes assuntos: um outro<br />
<br />
áreas <strong>de</strong> infra-estrutura e construção<br />
– os dispute review boards; a experiência<br />
internacional em arbitragem<br />
<strong>de</strong> questões <strong>de</strong> engenharia. As PPPs:<br />
Cuidados e recomendações; a experiência<br />
brasileira: mescla <strong>de</strong> árbitros<br />
advogados e engenheiros; arbitragem<br />
e seguro – extensão da cláusula compromissória<br />
e a proteção aos interesses<br />
comuns das partes; outros métodos<br />
alternativos <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> disputas:<br />
conciliação e mediação; e utilização da<br />
arbitragem entre empresas privadas<br />
no âmbito do Mercosul.<br />
IE<br />
Fotos: Petrônio Cinque<br />
Maçahico Tisaka, árbitro, e Jorge Pinheiro Jobim, conselheiro, ambos da Câmara<br />
<strong>de</strong> Mediação e Arbitragem do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />
O conteúdo completo do Congresso<br />
está disponível na vi<strong>de</strong>oteca do<br />
site do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />
(iengenharia.org.br).<br />
14 <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong><br />
Aribtragem.indd 14 25/8/2008 10:53:26
notícias da<br />
engenharia<br />
Nova fábrica <strong>de</strong> celulose<br />
e papel promete aumentar<br />
o PIB do Brasil<br />
Osegmento <strong>de</strong> papel e celulose<br />
no Brasil está crescendo.<br />
Prova disso é a nova<br />
fábrica da Votorantim Celulose<br />
Papel (VCP) que está sendo<br />
construída no Horto <strong>de</strong> Barra do Moeda,<br />
cerca <strong>de</strong> 30 quilômetros <strong>de</strong> Três<br />
Lagoas, Mato Grosso do Sul. Esta região<br />
foi escolhida <strong>de</strong>vido à boa infraestrutura<br />
em transporte, às opções<br />
na ferrovia, à hidrovia e à rodovia<br />
para escoamento da produção.<br />
As obras tiveram início em fevereiro<br />
<strong>de</strong> 2007. A entrada em operação<br />
da unida<strong>de</strong> está prevista para<br />
março <strong>de</strong> 2009. O insumo a ser<br />
produzido é a celulose branqueada<br />
<strong>de</strong> eucalipto, matéria-prima para<br />
o papel. A fábrica atingirá a plena<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1,3 milhão <strong>de</strong> toneladas<br />
por ano em 2010. Direcionada à<br />
exportação para mercados da Ásia,<br />
Europa e América do Norte. O escoamento<br />
da produção será via ferroviária,<br />
indo <strong>de</strong> Três Lagoas até o<br />
Porto <strong>de</strong> Santos.<br />
A fábrica elevará em 300% o PIB<br />
do município e em 13,5% o PIB do<br />
Estado do Mato Grosso do Sul. A<br />
expectativa é <strong>de</strong> que 30 mil novos<br />
postos <strong>de</strong> trabalho indiretos sejam<br />
criados na região, quando a unida<strong>de</strong><br />
entrar em funcionamento.<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong> 15<br />
<strong>Engenharia</strong>3paginas.indd 15 25/8/2008 10:47:49
notícias da<br />
engenharia<br />
Até abril <strong>de</strong> 2008, 55% das obras<br />
<strong>de</strong> construção <strong>de</strong> sua nova fábrica estavam<br />
concluídas. A planta será a maior<br />
do Brasil com uma única linha <strong>de</strong> produção,<br />
e faz parte do Projeto Horizonte,<br />
composto também por uma unida-<br />
<br />
Esta nova unida<strong>de</strong> foi orçada em<br />
U$ 1,5 bilhão. Cinco construtoras foram<br />
contratadas para a execução das<br />
16 ilhas do projeto e foram selecionadas<br />
diretamente pela companhia<br />
mencionada. Em campo, o trabalho<br />
<br />
Pöyry Tecnologia, gerenciadora da<br />
unida<strong>de</strong>, que também auxilia na administração<br />
dos fornecedores das<br />
ilhas. Do investimento total, cerca <strong>de</strong><br />
U$ <strong>45</strong>0 milhões foram <strong>de</strong>stinados às<br />
obras <strong>de</strong> construção civil, contratação<br />
e montagem <strong>de</strong> equipamentos e<br />
aquisição <strong>de</strong> materiais.<br />
Atualmente, 6,5 mil trabalhadores<br />
fazem parte da construção da nova<br />
planta. Cerca <strong>de</strong> 220 fornecedores,<br />
entre empresas locais e nacionais, <strong>de</strong><br />
pequeno, médio e gran<strong>de</strong> porte, geridos<br />
pela Pöyry Empreendimentos Industriais<br />
(PEI), atuam nas obras.<br />
O empreendimento ocupa uma<br />
área <strong>de</strong> 2 milhões <strong>de</strong> m² e envolve mais<br />
<strong>de</strong> 130 empresas contratadas, num to-<br />
<br />
<br />
Área total da fábrica<br />
A área edificada é <strong>de</strong> 62 mil m²<br />
trabalhadores, foram necessários três<br />
alojamentos, com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1,5<br />
mil pessoas cada.<br />
<br />
O maior prédio é uma cal<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><br />
72 metros <strong>de</strong> altura, e com base <strong>de</strong><br />
40X<strong>45</strong> metros. A maior base concretada<br />
é <strong>de</strong> 1700 m². O volume <strong>de</strong> concreto<br />
armado é <strong>de</strong> 220 mil m³. O aço<br />
usado na construção atingirá 20 mil<br />
toneladas e a estrutura metálica, 25<br />
mil toneladas. O volume da terraplanagem<br />
será <strong>de</strong> 4 milhões m³.<br />
Todo o empreendimento tem<br />
como base o princípio da sustentabilida<strong>de</strong><br />
empresarial, que promove o<br />
equilíbrio entre os aspectos econômicos,<br />
sociais e ambientais.<br />
Os projetos <strong>de</strong> logística para a<br />
construção do empreendimento, incluem,<br />
ainda, novas linhas <strong>de</strong> ônibus<br />
as<br />
<strong>de</strong> lazer e entretenimento no entorno,<br />
lojas <strong>de</strong> conveniência, moradias e<br />
convênios com hotéis locais.<br />
Principais fornecedores<br />
Em boletim informativo da VCP, o<br />
diretor Técnico e <strong>de</strong> Crescimento da<br />
VCP, Francisco F. Campos Valerio,<br />
disse que atualmente mais <strong>de</strong> 50 empresas<br />
estão trabalhando no Projeto<br />
Horizonte, comprometidas com os<br />
cronogramas, início das ativida<strong>de</strong>s,<br />
indicadores <strong>de</strong> performance, qualida<strong>de</strong><br />
e segurança. Ele reconhece que<br />
dos<br />
fazem a diferença em um projeto.<br />
A ABB é responsável por toda<br />
<br />
principal <strong>de</strong> 138 kv, distribuição <strong>de</strong><br />
energia, tudo integrado em uma única<br />
plataforma e automação.<br />
A Andritz fornece ao Projeto uma<br />
te<br />
no sistema <strong>de</strong> cozimento (digestor<br />
contínuo para produzir 4,135 t/d), os<br />
Fotos: VCP<br />
16 <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong><br />
<strong>Engenharia</strong>3paginas.indd 16 25/8/2008 10:47:50
notícias da<br />
engenharia<br />
Unida<strong>de</strong> Florestal Mato Grosso do Sul<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
sistemas <strong>de</strong> lavagem, triagem e branqueamento<br />
<strong>de</strong> baixo impacto; a planta<br />
completa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sidratação e secagem<br />
<strong>de</strong> celulose, incluindo a linha automatizada<br />
<strong>de</strong> enfardamento; a planta<br />
completa <strong>de</strong> licor branco inclui a recausticação<br />
(converter o licor ver<strong>de</strong><br />
em licor branco novamente para a<br />
planta <strong>de</strong> cozimento), projetado para<br />
produzir 12.100 m³/d <strong>de</strong> licor branco,<br />
e forno <strong>de</strong> cal (o maior a ser instalado<br />
na América do Sul, com 5,25 m <strong>de</strong> diâmetro<br />
por 1<strong>45</strong> m <strong>de</strong> comprimento);<br />
além da engenharia, instalação, eletromecânica,<br />
supervisão <strong>de</strong> instalação,<br />
serviços <strong>de</strong> início <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e<br />
treinamento básico e <strong>de</strong>talhado.<br />
Já a CentroProjekt do Brasil é responsável<br />
pela planta <strong>de</strong> tratamento<br />
ção<br />
do projeto, o gerenciamento <strong>de</strong><br />
instalações e o controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />
A planta também possui um sistema<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sidratação <strong>de</strong> lodo totalmente<br />
automático e controlado por um PLC<br />
<br />
<br />
será enviado para a planta <strong>de</strong> trata-<br />
<br />
as características físicas, químicas e<br />
gislação<br />
para o meio ambiente.<br />
O processo <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> ma-<br />
<br />
duas linhas <strong>de</strong> picagem com tambor<br />
<strong>de</strong>scascador, estação <strong>de</strong> lavagem, separação<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>tritos e picador a disco<br />
DPDI; estação <strong>de</strong> peneiramento com<br />
duas peneiras cada com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
1.000 m³ <strong>de</strong> cavacos picados por hora;<br />
estação <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> cascas<br />
com dois tambores <strong>de</strong>scascadores es-<br />
zenamento<br />
<strong>de</strong> 25.000 m³ <strong>de</strong> cavacos<br />
picados e 2.500 m <strong>de</strong> transportadores.<br />
A Metso está fornecendo uma ilha<br />
<strong>de</strong> cal<strong>de</strong>ira, englobando a cal<strong>de</strong>ira<br />
<strong>de</strong> recuperação, com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<br />
dia, e a <strong>de</strong> energia BFB (Leito Fluidizado<br />
Borbulhante) e a planta <strong>de</strong> evaporação,<br />
com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1.250 toneladas<br />
<strong>de</strong> água evaporada por hora.<br />
Além disso, fornece uma linha <strong>de</strong> ras-<br />
pagem, em que os principais equipamentos<br />
são o alimentador, o tambor<br />
<strong>de</strong> equalização e o triturador.<br />
A planta <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> água<br />
<strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> cal<strong>de</strong>ira é <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />
da Perenne. Consiste<br />
em sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>smineralização <strong>de</strong><br />
mento<br />
<strong>de</strong> polimento <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsado,<br />
sistemas <strong>de</strong> vedação <strong>de</strong> tratamento<br />
<strong>de</strong> água, sistemas <strong>de</strong> neutralização,<br />
<strong>de</strong> água recuperada e <strong>de</strong> dosagem <strong>de</strong><br />
produtos químicos.<br />
A Siemens está fornecendo dois<br />
turbo-geradores, um movido por<br />
uma turbina a vapor <strong>de</strong> extração<br />
<strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação (TG1) e a outra por<br />
uma turbina a vapor <strong>de</strong> extração <strong>de</strong><br />
pressão <strong>de</strong> retorno (TG2), com capacida<strong>de</strong><br />
total <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia <strong>de</strong><br />
aproximadamente 162 MW. O vapor<br />
virá da combustão <strong>de</strong> resíduo <strong>de</strong> biomassa<br />
(licor preto) proveniente das<br />
cal<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> recuperação instaladas<br />
na fábrica <strong>de</strong> celulose.<br />
O sistema <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> água<br />
natural, com capacida<strong>de</strong> 6.400 m³/h,<br />
será da Veolia Water Solutions. O<br />
processo utilizado no Projeto é o<br />
<br />
muitas linhas <strong>de</strong> tratamento para<br />
produzir lodo altamente concentrado<br />
e espesso. Nesse caso <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />
celulose, a pureza da água é extremamente<br />
importante para a obtenção<br />
<br />
estação <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> água (ETA)<br />
também fornecerá a água para a brigada<br />
<strong>de</strong> incêndio.<br />
IE<br />
Práticas sustentáveis adotadas pela empresa para a obra<br />
Alojamentos <br />
<br />
Formação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra local <br />
<br />
<br />
Uso da água <br />
<br />
Transporte <br />
<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong> 17<br />
<strong>Engenharia</strong>3paginas.indd 17 25/8/2008 10:47:50
mesas rendondas<br />
LLX apresenta o Porto Brasil<br />
um dos maiores empreendimentos<br />
da América Latina<br />
Realizada no dia 24 <strong>de</strong> junho,<br />
a sétima mesa redonda recebeu<br />
o eng. Luis Alfredo<br />
Osório, diretor <strong>de</strong> Implementação<br />
da LLX Logística, grupo<br />
que preten<strong>de</strong> implantar o Porto Brasil<br />
na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Peruíbe (SP) – a 60<br />
km <strong>de</strong> Santos.<br />
Para esse <strong>de</strong>bate, o <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Engenharia</strong> convidou Milton Xavier,<br />
diretor <strong>de</strong> Transportes da Secretaria<br />
<strong>de</strong> Transportes do Estado <strong>de</strong> São<br />
Paulo, e Fábio <strong>de</strong> Paula Costa, coor<strong>de</strong>nador<br />
da Divisão Técnica <strong>de</strong> Infra-<br />
Estrutura Aeroportuária do <strong>Instituto</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>.<br />
O projeto ainda está na fase préconceitual<br />
porque tem pela frente<br />
<br />
ambiental, em que a empresa aguarda<br />
a emissão do termo <strong>de</strong> referência<br />
pelo Consema – Conselho Estadual<br />
do Meio Ambiente – e outro ligado à<br />
questão fundiária.<br />
IE<br />
Milton Xavier, Victor Brecheret Filho, Camil Eid e Antonio Galvão Alvares <strong>de</strong> Abreu<br />
Fotos: Petrônio Cinque<br />
Ozires Silva e Vahan Agopyan<br />
Luis Alfredo Osório, E<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Souza Amorim e Fábio <strong>de</strong> Paula Costa<br />
18 <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong><br />
MesaRedonda<strong>45</strong>.indd 18 25/8/2008 10:53:44
mesas rendondas<br />
<br />
“não há crise <strong>de</strong> alimentos, mas um<br />
<strong>de</strong>sequilíbrio entre a oferta e a <strong>de</strong>manda”<br />
Oex-ministro da Agricultura,<br />
Roberto Rodrigues, esteve<br />
no <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>,<br />
dia 29 <strong>de</strong> julho, para participar<br />
da oitava mesa redonda e falou sobre<br />
a atual situação do agronegócio no<br />
Brasil e no mundo.<br />
A primeira discussão <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>bate<br />
foi sobre a crise dos alimentos, que tem<br />
preenchido as capas dos jornais. Ele argumentou<br />
que não há crise <strong>de</strong> alimentos,<br />
mas um <strong>de</strong>sequilíbrio entre a oferta<br />
e a <strong>de</strong>manda.<br />
Outro fato importante é que o etanol<br />
americano tem subsídio e protecionismo,<br />
diferente do brasileiro. “Não se<br />
po<strong>de</strong> misturar cana e milho no mesmo<br />
barril, são matérias-primas diferentes<br />
com custos diferentes. No Brasil, ao<br />
<br />
há competição entre etanol e alimentos”,<br />
explicou. Tanto é verda<strong>de</strong> que, este<br />
ano, houve a maior safra <strong>de</strong> grãos <strong>de</strong> mi-<br />
<br />
Biocombustíveis – A Agência<br />
Mundial <strong>de</strong> Energia calcula que, nos<br />
próximos 30 anos, a <strong>de</strong>manda por com-<br />
E<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Souza Amorim, Roberto Rodrigues e Natal Antonio Vello<br />
bustíveis líquidos aumentará mais <strong>de</strong><br />
55%, ou seja, um número maior do que a<br />
<strong>de</strong>manda <strong>de</strong> alimentos. “Está óbvio que<br />
o petróleo não aten<strong>de</strong>rá esta <strong>de</strong>manda.<br />
Ou pelo menos a preços compatíveis”.<br />
<br />
um crescimento da produção <strong>de</strong> bio-<br />
<br />
base <strong>de</strong> cana e <strong>de</strong> celulose, gerando em-<br />
<br />
países <strong>de</strong>mandantes.<br />
Annibal Hafers Men<strong>de</strong>s Gonçalves, Annibal Men<strong>de</strong>s Gonçalves Neto,<br />
Carlos Eduardo Men<strong>de</strong>s Gonçalves, E<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Souza Amorim e Denise Amorim<br />
Importância do agronegócio<br />
no Brasil – O agronegócio representa<br />
25% do PIB nacional; 37% dos empregos<br />
<br />
<br />
outros setores estão crescendo com-<br />
<br />
área plantada com grãos cresceu 24% e<br />
<br />
<br />
Nenhum país no mundo fez a revolução<br />
tecnológica que o Brasil fez, o<br />
que ajuda na duplicação da produção<br />
<br />
hectares <strong>de</strong> área plantada).<br />
“É preciso resolver alguns problemas,<br />
pois existem muitos mitos. Falar<br />
que vai faltar comida por causa do<br />
etanol é um absurdo”. Para Rodrigues,<br />
o que falta são políticas públicas que<br />
resolvam o problema do agronegócio.<br />
“Fazendo uma avaliação, tudo o que envolve<br />
o agronegócio está dividido entre<br />
<br />
Agricultura sobram apenas os problemas.<br />
Achei ótimo quando o governo<br />
fe<strong>de</strong>ral disse que o agronegócio agora é<br />
IE<br />
Fotos: Petrônio Cinque<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong> 19<br />
MesaRedonda<strong>45</strong>.indd 19 25/8/2008 10:53:49
eventos<br />
Falta <strong>de</strong> uma regulamentação para<br />
os resíduos sólidos é a preocupação<br />
dos palestrantes<br />
C<br />
Arnaldo Jardim e Luiz Narimatsu<br />
da <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> regulamentação.<br />
Já o <strong>de</strong>putado estadual Rodolfo<br />
Costa e Silva, com o tema “As políticas<br />
<strong>de</strong> resíduos sólidos – novas<br />
estratégias <strong>de</strong> ações”, <strong>de</strong>stacou a<br />
heterogeneida<strong>de</strong> do assunto e a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negociação e discussão<br />
com cada setor da ca<strong>de</strong>ia<br />
produtiva.<br />
O conteúdo completo do encontro<br />
po<strong>de</strong>rá ser conferido no site do<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>, a partir<br />
do dia 25 <strong>de</strong> agosto.<br />
O próximo seminário será realizado,<br />
entre os dias 17 e 19 <strong>de</strong> setembro,<br />
com o tema “Tratamento e<br />
disposição final <strong>de</strong> lodos <strong>de</strong> estações<br />
<strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> água”. IE<br />
Foto: Petrônio Cinque<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> na<br />
7ª edição da Semana <strong>de</strong><br />
<strong>Engenharia</strong> Mauá 2008<br />
om o tópico “Gestão <strong>de</strong> resíduos<br />
sólidos urbanos”, e<br />
como parte do evento “Ano<br />
Internacional do Saneamento<br />
e a macro-metrópole paulista”<br />
foi realizado, no dia 11 <strong>de</strong> agosto, o<br />
terceiro seminário da série, na se<strong>de</strong><br />
do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>.<br />
Compuseram a mesa diretora<br />
E<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Souza Amorim, presi<strong>de</strong>nte<br />
do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>;<br />
Paulo Ferreira, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />
Ativida<strong>de</strong>s Técnicas do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Engenharia</strong>; o presi<strong>de</strong>nte da mesa<br />
João Alberto Viol, do Sinaenco e<br />
Apecs; a relatora Ana Lúcia Brasil,<br />
da Abes-SP; e o mo<strong>de</strong>rador Luiz<br />
Narimatsu, da Aesabesp.<br />
O <strong>de</strong>putado fe<strong>de</strong>ral Arnaldo<br />
Jardim abriu o encontro expondo a<br />
“Política nacional <strong>de</strong> resíduos sólidos”,<br />
a qual foi instituída em 2007<br />
e está em fase <strong>de</strong> discussão.<br />
Casemiro Tércio Carvalho, coor<strong>de</strong>nador<br />
<strong>de</strong> Planejamento da<br />
Secretaria <strong>de</strong> Estado do Meio Ambiente,<br />
discorreu sobre a “Regulamentação<br />
da política estadual <strong>de</strong><br />
resíduos sólidos”, que ainda aguar-<br />
Opresi<strong>de</strong>nte do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> E<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Souza Amorim<br />
ministrou uma palestra sobre “Desenvolvimento e engenharia” no<br />
<strong>Instituto</strong> Mauá <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>, em São Caetano.<br />
A edição <strong>de</strong>ste ano da Semana <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Mauá elegeu a<br />
“Sustentabilida<strong>de</strong>: Natureza e Economia Lado a Lado” como<br />
tema principal. Foram <strong>de</strong>batidas, por meio <strong>de</strong> palestras, cursos e visitas<br />
às indústrias, as contradições entre crescimento econômico e crescimento<br />
sustentável.<br />
O <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> também teve um estan<strong>de</strong> no evento com o<br />
objetivo <strong>de</strong> apresentar a entida<strong>de</strong> aos estudantes.<br />
IE<br />
Presi<strong>de</strong>nte<br />
na CEFET-SP<br />
Com os propósitos <strong>de</strong> divulgar<br />
a missão e os objetivos do <strong>Instituto</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>, além <strong>de</strong><br />
fazer uma aproximação dos estudantes<br />
<strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> com a entida<strong>de</strong>, o<br />
presi<strong>de</strong>nte E<strong>de</strong>mar <strong>de</strong> Souza Amorim<br />
esteve, no dia 31 <strong>de</strong> julho, no CEFET-<br />
SP (Centro Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação Tecnológica<br />
<strong>de</strong> São Paulo) e ministrou a<br />
palestra “Desenvolvimento e <strong>Engenharia</strong>”<br />
para os alunos do primeiro<br />
semestre do curso <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> <strong>de</strong><br />
Produção Mecânica.<br />
IE<br />
20 <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong><br />
Eventos.indd 20 25/8/2008 11:01:47
integração<br />
Competição <strong>de</strong> hipismo<br />
é sucesso na Se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campo<br />
Realizado no dia 3 <strong>de</strong> agosto,<br />
a (Copa Filtros New<br />
Logan) – primeiro concurso<br />
hípico organizado pela<br />
Manège ND e pelo <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>,<br />
com a parceria da empresa<br />
<strong>de</strong> filtros que dá nome ao torneio<br />
- foi um sucesso com a participação<br />
<strong>de</strong> quase 150 conjuntos entre as sete<br />
35ª Semana Internacional<br />
<strong>de</strong> Vela <strong>de</strong> Ilha Bela<br />
OClube <strong>de</strong> Campo do <strong>Instituto</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> foi representado<br />
na 35ª Semana<br />
Internacional <strong>de</strong> Vela <strong>de</strong> Ilha<br />
Bela, com a inscrição em nome do <strong>Instituto</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> do veleiro Ibitu, que<br />
<br />
comando do barco foi dos sócios Guillermo<br />
Hen<strong>de</strong>rson Larroba (regulagem<br />
<strong>de</strong> velas), Claudio Orestein (proeiro) e<br />
Arthur Delgado da Costa (timoneiro).<br />
O veleiro mo<strong>de</strong>lo Skipper 21 - batizado<br />
Ibitu - concorreu com outras 13<br />
embarcações na classe “ORC 700” e foi<br />
ta<br />
na qual cerca <strong>de</strong> 190 barcos <strong>de</strong> médio<br />
e gran<strong>de</strong> porte, provenientes <strong>de</strong> vários<br />
Estados e países, disputaram centimetro<br />
a centimetro a passagem obrigatória<br />
<strong>de</strong> contorno <strong>de</strong> cada bóia do percurso. IE<br />
provas do evento.<br />
A competição, que é autorizada<br />
pela Fe<strong>de</strong>ração Paulista <strong>de</strong> Hipismo,<br />
aconteceu na Se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campo e<br />
tem como principal objetivo comemorar<br />
a volta das crianças à hípica,<br />
que só no primeiro semestre <strong>de</strong>ste<br />
ano recebeu 20 novos integrantes.<br />
A edição 2009 já está em elabo-<br />
ração e provavelmente será realizada<br />
na Manège ND. Os organizadores<br />
preten<strong>de</strong>m utilizar obstáculos <strong>de</strong><br />
1,20m, 1,30m e 1,40m - mais altos<br />
do que os <strong>de</strong>ste ano.<br />
A Prova Fundamental da Fe<strong>de</strong>ração<br />
Paulista <strong>de</strong> Hipismo, que será realizado<br />
no dia 21 <strong>de</strong> setembro, a partir<br />
das 8h, é o próximo evento marcado. IE<br />
Foto: Divulgação<br />
IE<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong> 21<br />
Integracao.indd 21 25/8/2008 11:03:57
agenda<br />
FORMAÇÃO DE AUDITORES AMBIENTAIS<br />
De 1 a 5 <strong>de</strong> setembro, das 18h às 22h<strong>45</strong>.-<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
Não-associados - R$ 720.<br />
A NOVA NB1 E A TECNOLOGIA<br />
DO CONCRETO<br />
Dia 11 <strong>de</strong> setembro, das 8h às 18h<br />
-<br />
<br />
-<br />
<br />
-<br />
sor. Associados - R$ 180. Não-associados - R$ 240.<br />
GESTÃO DA QUALIDADE NA<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
De 16 a 18 <strong>de</strong> setembro, das 18h30 às 22h30. A<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
dos<br />
- R$ 270. Não-associados - R$ 360.<br />
Mais informações no site:<br />
www.iengenharia.org.br<br />
cursos@iengenharia.org.br<br />
Telefone :(11) 3466-9253.<br />
Próximos Eventos<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Assembléia Legislativa<br />
assinam protocolo <strong>de</strong> intenção<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
“Presente e Futuro do Transporte Ferroviário<br />
no Brasil” <br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
“Habitação <strong>de</strong> interesse<br />
social – urbanização <strong>de</strong> favelas”.<br />
<br />
<br />
Palestras<br />
<br />
<br />
“2º Painel Temático:<br />
Materiais e tecnologias inovadoras para construções<br />
sustentáveis”-<br />
<br />
-<br />
<br />
em ma<strong>de</strong>ira e steel frame.<br />
SGR.E – Sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Riscos / Foco Estratégico<br />
-<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
Inscrições gratuitas pelo telefone (11) 3466-9250<br />
ou pelo e-mail divtec@iengenharia.org.br.<br />
22 <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong><br />
Cursos.indd 22 26/8/2008 10:16:44
crônica<br />
Nestor Tupinambá<br />
“O bom concreto se<br />
conhece pelo cheiro !”<br />
Vasculhando a memória<br />
aparece o período <strong>de</strong> 1980<br />
a 1985. O local: a construção<br />
do Pátio Itaquera, da<br />
Linha Leste-Oeste.<br />
Havia lá, trabalhando para o Metrô<br />
um maranhense, recém-chegado<br />
a São Paulo, sempre bem humorado<br />
e falante. Conseguia suco <strong>de</strong> caju e<br />
camarão seco para a “Diretoria”, importados<br />
diretamente <strong>de</strong> São Luis!<br />
Seu nome: Men<strong>de</strong>s (provavelmente<br />
teria também um “Ribamar”, como<br />
bom maranhense que era...); sua função:<br />
técnico <strong>de</strong> obras, encarregado a<br />
receber o concreto que chegava nos<br />
caminhões-betoneiras.<br />
Certo dia, almoçando no refeitório<br />
da obra, ouvi uma conversa, entre<br />
o pessoal da empreiteira, que o técnico<br />
do Metrô reconhecia o bom concreto<br />
pelo cheiro.<br />
Claro que a estória foi contada<br />
como uma piada, uma bobagem...<br />
Como gostava <strong>de</strong> andar pela obra,<br />
na vastidão do pátio Itaquera, certo<br />
dia percebi uma betoneira chegando<br />
<br />
Cumprimentou o pessoal, alegremente,<br />
e esten<strong>de</strong>u a sua mão que<br />
recebeu, do operador da máquina,<br />
uma “bolota” <strong>de</strong> concreto, retirada<br />
do caminhão.<br />
Imediatamente o Men<strong>de</strong>s (soube<br />
<strong>de</strong>pois que era ele), com o braço<br />
sempre na horizontal, esticou-o à sua<br />
direita e com mo<strong>de</strong>rada, mas uniforme<br />
velocida<strong>de</strong>, trouxe-o para o lado<br />
<br />
movimento puxou o braço novamente<br />
à direita, mas agora com ele dobrado,<br />
passando a mão com a massa rente<br />
ao seu nariz. Ato contínuo recusou o<br />
concreto! Foi solenemente obe<strong>de</strong>cido<br />
pelo pessoal da betoneira.<br />
Como o conhecia <strong>de</strong> vista fui até<br />
<br />
“exame”.<br />
O Men<strong>de</strong>s contou-me então que, a<br />
princípio, apenas puxava a massa com<br />
a mão com um pouco <strong>de</strong> força e, se a<br />
mistura estava “pobre” (muita água...)<br />
a “bolota” se espalhava em sua mão<br />
quase tornando-se uma poça.<br />
Se o concreto estivesse bom ele<br />
notava que praticamente nada acontecia<br />
com a “massa” em sua mão! E<br />
aceitava o material. No início haviam<br />
discussões com aquele rápido exame,<br />
que ninguém entendia, mas com a<br />
constante validação da con<strong>de</strong>nação<br />
do concreto pelo Men<strong>de</strong>s, quando o<br />
teste era refeito em laboratório com<br />
a amostra recusada, seu julgamento<br />
ganhou respeito.<br />
Como não se entendia o que era<br />
feito para o constante acerto, alguém<br />
cer<br />
o slump pelo cheiro já que a massa<br />
passava tangenciando o seu nariz!<br />
Aí, ao saber disso, Men<strong>de</strong>s não<br />
teve dúvidas e aceitou o script que<br />
lhe fora atribuído e dava uma longa<br />
inspirada quando sua mão, com<br />
a massa, passava em frente ao seu<br />
nariz!<br />
A fama veio rápida entre o pessoal:<br />
o Men<strong>de</strong>s tinha “faro” pro bom<br />
concreto!<br />
E ele não se fazia <strong>de</strong> rogado... dava<br />
longas inspiradas fechando os olhos ,<br />
compenetrado...<br />
Pouco tempo <strong>de</strong>pois ele abandonou<br />
a obra já que sua esposa montou<br />
uma fábrica <strong>de</strong> lingerie que “<strong>de</strong>colou”<br />
e, hoje, ele, prosperamente instalado<br />
no Bom Retiro, administra a indústria<br />
e a loja. Como trabalha com<br />
produtos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> disse-me que<br />
não cheira mais nada! Não há “nãoconformida<strong>de</strong>s”<br />
nas sedas e nos esvoaçantes<br />
tecidos que recebe... mas<br />
continua criativo!<br />
Certa feita, humil<strong>de</strong>mente, perguntou-me<br />
(como se ele não soubesse!)<br />
“Doutor (sempre me chamava assim...)<br />
a da “juíza” e a da “professora”<br />
cesso<br />
com as freguesas... o que o senhor<br />
acha <strong>de</strong> uma <strong>de</strong> aeromoça”<br />
Se não cheira, propriamente dito,<br />
continua com o faro aguçado!<br />
Criativida<strong>de</strong> e ousadia (além <strong>de</strong><br />
<br />
a ninguém...<br />
IE<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Agosto 2008 nº <strong>45</strong> 23<br />
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