Edição 54 - Instituto de Engenharia
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índice<br />
palavras do presi<strong>de</strong>nte<br />
Publicação Oficial do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />
Av. Dr. Dante Pazzanese, 120 - Vila Mariana<br />
São Paulo - SP - 04012-180 - www.iengenharia.org.br<br />
Presi<strong>de</strong>nte<br />
Aluizio <strong>de</strong> Barros Fagun<strong>de</strong>s<br />
Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong> Finanças<br />
Camil Eid<br />
04 Entrevista<br />
João Alberto Manaus Corrêa<br />
Energia elétrica<br />
é o futuro<br />
Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Técnicas<br />
Marcelo Rozenberg<br />
Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Relações Externas<br />
Sônia Regina Freitas<br />
Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Assuntos Internos<br />
Amândio Martins<br />
Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Administração da Se<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Campo<br />
Cláudio Arisa<br />
Diretor Financeiro<br />
Nelson Aidar<br />
Primeira Diretora Secretária<br />
Miriana Pereira Marques<br />
Segundo Diretor Secretário<br />
Marcos Moliterno<br />
Conselho Editorial<br />
Presi<strong>de</strong>nte: Aluizio <strong>de</strong> Barros Fagun<strong>de</strong>s<br />
João Ernesto Figueiredo<br />
Victor Brecheret Filho<br />
Jornalista Responsável<br />
Fernanda Nagatomi - MTb: 43.797<br />
Redação<br />
Av. Dr. Dante Pazzanese, 120 - Vila Mariana<br />
São Paulo - SP - 04012-180 - Tel.: (11) 3466-9200<br />
E-mail: imprensa@iengenharia.org.br<br />
Publicida<strong>de</strong><br />
(11) 3466-9200<br />
Diagramação<br />
Via Papel Estúdio: André Siqueira e Thais Sogayar<br />
Textos: Fernanda Nagatomi e Isabel Dianin<br />
É permitido o uso <strong>de</strong> reportagens do Jornal do <strong>Instituto</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte e comunicado<br />
à redação. Os artigos publicados com assinatura, não<br />
traduzem necessariamente a opinião do Jornal. Sua<br />
publicação obe<strong>de</strong>ce ao propósito <strong>de</strong> estimular o <strong>de</strong>bate<br />
dos problemas brasileiros e <strong>de</strong> refletir as diversas tendências<br />
do pensamento contemporâneo.<br />
Foto: André Siqueira<br />
08 93 anos<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> comemora aniversário<br />
14 Especial<br />
Mudanças climáticas:<br />
aquecimento global ou variação natural<br />
PALAVRAS DO PRESIDENTE 03<br />
ACONTECE 07<br />
OPINIÃO 12<br />
18 ENTIDADES<br />
20 NOMENCLATURA<br />
21 REPERCUSSÃO<br />
22 CURSOS<br />
Aintensa divulgação que tem sido<br />
dada às ocorrências <strong>de</strong> petróleo<br />
em gran<strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> ao<br />
longo da costa su<strong>de</strong>ste do Brasil,<br />
<strong>de</strong>nominados <strong>de</strong> pré-sal, nos traz necessariamente<br />
algumas reflexões sobre a evolução do<br />
mo<strong>de</strong>lo energético adotado. Muitas questões<br />
sobre custos, produção e <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> novas fontes e novas formas permanecem<br />
e tornam-se ainda mais enfáticas quando se<br />
pensa também na questão ambiental.<br />
A prometida e intensiva exploração<br />
do pré-sal colocará em confronto diversos<br />
rumos alternativos. Será o pré-sal o pósetanol<br />
Como ficarão os programas <strong>de</strong><br />
biomassa para produção <strong>de</strong> combustíveis<br />
Será que o planeta aguenta mais algumas<br />
décadas <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> combustíveis fósseis,<br />
que emitem poluentes <strong>de</strong> toda a espécie,<br />
agravando os efeitos danosos na atmosfera<br />
Não está na hora <strong>de</strong> avançarmos na busca<br />
por tecnologias limpas Será que a conquista<br />
<strong>de</strong>finitiva, econômica e tecnológica do carro<br />
elétrico está mesmo distante<br />
Quanto à dúvida sobre o carro elétrico,<br />
a resposta parece ser não. O carro elétrico<br />
po<strong>de</strong> ser a verda<strong>de</strong>ira solução inovadora.<br />
Há que se reconhecer a extraordinária<br />
força econômica da indústria do petróleo.<br />
Mudam-se governos, criam-se países, fazem-se<br />
guerras, tudo em nome da riqueza<br />
que o petróleo representa. Instalações imensas<br />
retiram das profun<strong>de</strong>zas e processam o<br />
ouro negro. Dutos <strong>de</strong> aço operando a alta<br />
pressão unem países, amarram contratos,<br />
transferem fortunas. As tecnologias associadas<br />
rapidamente envelhecem e são substituídas<br />
por outras mais eficientes. Uma boa<br />
parte da força econômica e tecnológica da<br />
humanida<strong>de</strong> está voltada ao prolongamento<br />
<strong>de</strong>ssa era do petróleo.<br />
Há pouco tempo li uma frase que reflete<br />
muito bem o dilema do momento: “A ida<strong>de</strong><br />
da Pedra acabou não foi por falta <strong>de</strong> pedra, e<br />
sim por evolução tecnológica.”<br />
A eletricida<strong>de</strong> é a forma mais limpa e<br />
eficiente <strong>de</strong> utilizarmos energia. Sua produção,<br />
transmissão e utilização são conhecidas<br />
e dominadas. Seus custos são aceitáveis e<br />
estão sob controle. Em cada etapa, os rendimentos<br />
são muito mais elevados que os<br />
obtidos nas conversões baseadas nos combustíveis<br />
fósseis. Seus horizontes tecnológicos<br />
são infinitamente mais promissores.<br />
Po<strong>de</strong>-se afirmar que quaisquer que venham<br />
a ser as suas fontes, a eletricida<strong>de</strong> é a forma<br />
do futuro para utilização <strong>de</strong> energia. Seja na<br />
Terra ou no espaço.<br />
Assim, examinando nosso dilema atual,<br />
cabe a pergunta: O que falta para substituirmos,<br />
<strong>de</strong> imediato, os motores <strong>de</strong> combustão<br />
interna dos veículos <strong>de</strong> transporte, <strong>de</strong> tecnologia<br />
velha, obsoleta, ineficiente e poluente<br />
Aparentemente, para realizarmos esse imenso<br />
progresso, falta muito pouco: ou aperfeiçoamos<br />
as formas <strong>de</strong> acumulação <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>,<br />
em níveis econômicos e tecnológicos<br />
satisfatórios (baterias mais eficientes) ou<br />
<strong>de</strong>senvolvemos formas <strong>de</strong> produção econômica<br />
<strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>, embarcadas, do tipo<br />
células <strong>de</strong> combustível. São pequenos <strong>de</strong>safios<br />
tecnológicos. Nada assustadores para<br />
po<strong>de</strong>rem ser enfrentados. Afinal, a estrutura<br />
básica das baterias, pilhas e acumuladores se<br />
mantém a mesma até hoje e usam o mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong>senvolvido por Alexandre Volta em 1798.<br />
Pensando nisso, uma empresa mundial<br />
<strong>de</strong> pneus inovou fabricando uma roda <strong>de</strong><br />
automóvel com motor elétrico. Esse componente<br />
substitui com simplicida<strong>de</strong> e elegância<br />
o motor no capô, o câmbio e os freios dos<br />
automóveis. (Veja <strong>de</strong>talhes no Portal www.<br />
iengenharia.org.br). É mais uma das diversas<br />
linhas tecnológicas em <strong>de</strong>senvolvimento, que,<br />
nos próximos anos, estarão disponíveis. E, a<br />
partir daí, o pré-sal per<strong>de</strong>rá boa parte <strong>de</strong> seu<br />
apelo atual que oculta o fato <strong>de</strong> ser uma gigantesca<br />
fonte poluidora do nosso planeta. IE<br />
Aluizio <strong>de</strong> Barros Fagun<strong>de</strong>s<br />
Presi<strong>de</strong>nte do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />
Foto: André Siqueira<br />
2<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> • Outubro • 2009 • nº <strong>54</strong><br />
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<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> • Outubro • 2009 • nº <strong>54</strong> 3