07.01.2015 Views

download

download

download

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Manejo de<br />

doenças em<br />

soja<br />

C.A. Forcelini<br />

UPF


Por que controlar doenças em soja


Área foliar ideal = 4 a 5 m 2 por 1 m 2


Cultivar precoce<br />

- menos folhas<br />

- menos tempo enchimento<br />

- “soja magra”<br />

Cultivar tardia<br />

- mais folhas<br />

- mais tempo enchimento<br />

- “soja gorda”


Morte antecipada por doenças: - 80 kg/ha dia


8<br />

6<br />

4<br />

DAF<br />

2 apl 378.2 a<br />

1 apl 335.0 b<br />

0 apl 300.7 c<br />

54,0<br />

I<br />

A<br />

F<br />

2<br />

0<br />

8<br />

6<br />

4<br />

Precoce<br />

47,4<br />

40,3<br />

R1 R5.1 R6<br />

DAF<br />

2 apl 495.74 a<br />

1 apl 444.73 b<br />

0 apl 389.41 b<br />

46,1<br />

2<br />

0<br />

Tardio<br />

R1 R5.1 R6<br />

40,2<br />

33,6<br />

UPF, 2007


Efeito da desfolha no peso de mil grãos<br />

Desfolha mecânica R5.5 PMG (g) Variação (%)<br />

- 145,0 a 0<br />

Terço inferior 142,2 a 1,9<br />

Terços inferior + meio 113,8 b 21,5<br />

Toda a planta 99,3 c 31,5<br />

Forcelini et al., 2007


Porcentagem de vagens por terço da planta<br />

Cultivar Baixeiro Médio Superior<br />

CD 214 25,7 38,9 35,4<br />

CEP 55 31,3 40,5 28,2<br />

6001 33,5 36,5 30,0<br />

Apolo 35,9 34,3 29,6


Diferença média com controle de doenças<br />

Apolo<br />

CD 214<br />

CEP 55 4910 6001<br />

13,4<br />

13,8<br />

14,2<br />

15,2 19,1<br />

scs/ha<br />

Safra 2007/08


Componentes do rendimento de grãos<br />

Número de vagens por planta (R1-R3)<br />

Número de grãos por vagem (R3-R4)<br />

Peso de grãos (R5-R6)


Necessidade de área foliar<br />

O manejo de doenças deve considerar:<br />

1.Cultivares precoces tem menor área foliar<br />

2.Terço inferior tem importância maior<br />

3.Manter a sanidade da planta


Principais doenças da soja<br />

-Doenças por fungos biotróficos:<br />

- oídio e ferrugem<br />

- Doenças por fungos necrotróficos:<br />

- Cercosporiose<br />

- Mancha-alvo<br />

- Antracnose<br />

- Macrofomina


Oídio


1634 kg 2300 kg<br />

3022 a 3452 kg<br />

2329 kg 2496 kg<br />

2467 Uma kg aplicação 14 dias antes 2506 kg


Distribuição das gotas na planta<br />

82,9%<br />

13,3%<br />

3,8%<br />

Ulisses Antoniassi, UNESP


2009<br />

R1 + 21 + 14 dias<br />

V9 + 21 + 21 dias


Componentes do rendimento de grãos<br />

Variável V9 + 21 + 21 R1 + 21 + 14<br />

Vagens/planta 49,9 47,6<br />

Grãos/planta 95,2 90,9<br />

Peso grãos/planta 15,7 14,7


Safra 2009


Controle e rendimento em função do número de<br />

aplicações, 2009<br />

Aplic. 1<br />

(V9)<br />

Aplic. 2<br />

(21)<br />

Aplic. 3<br />

(21)<br />

Rendimento<br />

(kg/ha)<br />

Diferença<br />

(kg/ha)<br />

- - - 1910 -<br />

T + E T + E T + E 3143 + 1233<br />

- T + E T + E 2772 - 371<br />

T + E T + E - 2848 - 295<br />

T + E - T + E 2659 - 484


Critérios para aplicação<br />

Preventivo (antes da infecção)<br />

Estádio fenológico<br />

V9 (pré-fechamento)<br />

R1 (início da floração)<br />

Curativo (após infecção)<br />

Primeiros sintomas<br />

Fase assintomática (kit molecular)


5 cultivares<br />

Síntese do trabalho<br />

ND 4823 RR<br />

BMX Apolo RR<br />

BMX Impacto RR<br />

BRS 246 RR<br />

BRS GO 7560 (resistente à ferrugem)<br />

Duas épocas de semeadura<br />

Duas e três aplicações


Sem fungicida<br />

ND 4823<br />

V9 + 20 dias<br />

48<br />

56<br />

55 53<br />

R1 + 20 dias<br />

Primeiros sintomas + 20 dias


BMX Apolo<br />

Sem fungicida<br />

V9 + 20 dias<br />

45<br />

59<br />

57 55<br />

R1 + 20 dias<br />

Primeiros sintomas + 20 dias


Sem fungicida<br />

BRS 246<br />

V9 + 20 + 15 dias<br />

30<br />

44<br />

35 45<br />

R1 + 20 + 15 dias<br />

Prim. sintomas + 20 + 15 dias


BRS GO 7560 (resistente)<br />

Sem fungicida<br />

V9 + 20 dias<br />

34 38<br />

37 37<br />

R1 + 20 dias<br />

Prim. sintomas + 20 dias


BRS 246<br />

45<br />

V9 + 20 dias<br />

35<br />

R1 + 20 + 15 dias


ND 5909<br />

Sem fungicida<br />

V9 + 20 + 18 dias<br />

X + 20 + 18 dias


ND 4823<br />

Aplicação com<br />

doença incubada<br />

Aplicação nos<br />

primeiros sintomas


BMX Apolo<br />

Aplicação com<br />

doença incubada<br />

Aplicação nos<br />

primeiros sintomas


BRS 246<br />

Aplicação com<br />

doença incubada<br />

Média<br />

50,6<br />

Média<br />

50,0<br />

Aplicação nos<br />

primeiros sintomas


Critério<br />

Rendimento de grãos (scs/ha)<br />

1ª época 2ª época<br />

V9 (pré-fechamento) 55,5 47,1<br />

R1 (início floração) 55,5 46,3<br />

Doença incubada 55,0 46,2<br />

Primeiros sintomas 54,7 45,3


Comparativo entre cultivares e tratamentos, UPF, 2009-<br />

Fundacep 53 RR (96 parcelas)<br />

Apolo RR (96 parcelas)


Comparativo de dois programas de aplicação, UPF, 2009-10<br />

28,5 54,8 52,5 54,6 36,2 57,5 53,3 54,3 38,5 57,1 55,6 52,8 35,4 52,7 48,7 52,4<br />

37,4 56,8 53,8 56,<br />

2<br />

39,7 55,0 52,3 55,8 42,7 58,9 60,6 57,4 41,9 57,4 54,6 60,2<br />

Apolo<br />

- Testemunha: 40,4 sc/ha<br />

- Três aplicações: 55,3<br />

- Três aplicações (mais cedo): 57,2<br />

Fundacep 53<br />

- Testemunha: 34,6 sc/ha<br />

- Três aplicações: 52,5<br />

- Três aplicações (mais cedo): 54,5


Aplicação no pré-fechamento proporciona<br />

1. Eficácia maior<br />

2. Proteção por mais tempo<br />

3. Melhora desempenho das outras aplicações<br />

4. Atinge melhor o alvo


Sugestão de manejo + seguro:<br />

1 a : pré-fechamento<br />

2 a : 18 a 20 dias após<br />

3 a : a) Ciclo precoce, plantio no cedo: monitorar<br />

b) Ciclo médio-longo, plantio normal-tarde: 14 a 20 dias


Ferrugem / Oídio / DFCs<br />

1<br />

0,8<br />

Doença<br />

0,6<br />

0,4<br />

0,2<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60<br />

Dias


Início da epidemia é na forma de ondas<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

R= N * e<br />

N = número de esporos<br />

e = eficiência dos esporos


Aplicação preventiva<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Os três efeitos em conjunto (y 0 , t 0 e R)<br />

Quanto mais efeitos, mas poderosa é a estratégia de controle


Aplicação curativa<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0


Como se comporta a epidemia quando cessa<br />

o efeito do fungicida<br />

%<br />

Doença<br />

C<br />

Fungicida<br />

Residual<br />

Tempo em dias<br />

B<br />

A<br />

R = N × e


Situação da ferrugem em<br />

relação aos fungicidas


Situação da ferrugem em relação aos triazóis<br />

Menor sensibilidade confirmada<br />

Londrina<br />

Ponta Porã<br />

Rondonópolis<br />

Senador Canedo<br />

Amostras com 5-10 ppm (limite era 1 ppm)<br />

Consórcio Anti-ferrugem, 2009


Fungicida<br />

Severidade da ferrugem (%)<br />

Preventiva Curativa Geral<br />

1) T + E 15 21 18<br />

2) T + E 17 24 20<br />

3) T + E 19 23 21<br />

4) T + E 19 30 24<br />

5) T + E 20 29 24<br />

6) T + T 26 42 34<br />

7) T 32 48 37<br />

8) T 32 50 38<br />

9) T 34 48 38<br />

10) T 35 43 38<br />

11) T + B 37 48 40<br />

12) T 35 51 40<br />

13) T 37 50 40<br />

14) T 39 48 43<br />

15) T 41 51 43<br />

16) Testemunha 66 66 66<br />

Cons. AF<br />

2009<br />

Eficácia<br />

34-49%


2009<br />

Testemunha<br />

Triazol + estrobilurina (2x)<br />

Triazol (2x)


Consórcio anti-ferrugem em Passo Fundo-RS,2009<br />

Tipo de fungicida<br />

Severidade da ferrugem (%)<br />

Época 1 Época 2<br />

Sem fungicida 7,8 14,4<br />

Triazol 1,3 2,5<br />

Triazol + benzimidazol 1,8 2,1<br />

Triazol + estrobilurina 0,0 0,1


1) Triazol + estrobilurina<br />

2) Triazol + estrobilurina<br />

1) Triazol + estrobilurina<br />

2) Triazol<br />

3347 kg - 191 kg<br />

- 126 kg<br />

- 525 kg<br />

1) Triazol + estrobilurina<br />

2) Triazol + benzimidazol<br />

1) Triazol + estrobilurina<br />

2) ------<br />

2009


2010


CEP 53 RR (Consórcio Anti-ferrugem)<br />

Sem fungicida<br />

Tebuconazol (3x)<br />

2176 2284<br />

2764 3176<br />

Ciproconazol (3x)<br />

Ciproc. + picoxistrobina (3x)


Doenças por fungos<br />

necrotróficos


Doenças de final de ciclo<br />

Mancha-alvo<br />

Mofo branco<br />

Antracnose<br />

Alternaria


Características comuns<br />

Ficam na semente e na palhada<br />

Favorecidas pela monocultura<br />

Menor transporte pelo vento<br />

Maior necessidade de água<br />

Infecção de baixo para cima na planta


V9 + 21 dias<br />

R1 + 21 dias<br />

R2 + 21 dias<br />

Duas aplicações de flutriafol em toda a área<br />

para prevenir oídio e ferrugem<br />

46 sacos 58 sacos 58 sacos 53 sacos


Mancha-alvo


Biotrófico vs. Necrotrófico<br />

Biotrófico<br />

Características<br />

Alimentam de planta viva<br />

Muitos esporos sobre a planta<br />

Não fica na palhada<br />

Vai fácil pelo vento<br />

Lesões pequenas mas numerosas


Ferrugem


Estrobilurinas


Biotrófico vs. Necrotrófico<br />

Necrotrófico<br />

Características<br />

Alimenta de tecido morto<br />

Poucos esporos sobre a planta<br />

Muitos esporos na folha morta<br />

Esporo pesado, menor<br />

transporte pelo vento<br />

Poucas lesões, mas grandes


Triazóis e Benzimidazóis


Manejo atual<br />

Fungicida


Manejo necessário<br />

Fonte de<br />

inóculo<br />

Arranjo de<br />

plantas<br />

Resistência<br />

genética<br />

Fungicida


Manejo necessário<br />

Rotação e<br />

Semente<br />

Arranjo de<br />

plantas<br />

Resistência<br />

genética<br />

Fungicida


Interferência no metabolismo da planta<br />

em relação ao tamanho da lesão<br />

Até 2x<br />

Até 8x<br />

Até 13x<br />

Até 18x


Sugestão de manejo<br />

Fonte de inóculo<br />

Rotação de culturas e tratamento de sementes<br />

Cultivares<br />

Resistência parcial e material precoce<br />

Arranjo de plantas<br />

Fungicida<br />

Mais triazol/benzimidazol<br />

Início mais cedo<br />

Intervalo menor


Resultados safra 2010, UPF<br />

Tratamentos (3x) Experimento 1 Experimento 2<br />

Testemunha 2152 1798<br />

Triaz + estr 3192 3198<br />

Triaz + estr + benz 3351 3381


Doenças de sementes e palhada<br />

1. Grande área em monocultura: inóculo<br />

abundante<br />

2. Doenças evoluem de baixo para cima<br />

3. Menor ação pelo fungicida<br />

4. Perspectiva próximas safras


Podridões de raiz e haste


Podridão de Macrofomina


Manejo da Macrofomina<br />

o Buscar cultivares mais tolerantes<br />

o Minimizar o stress de seca<br />

o Rotação com gramíneas<br />

o Estrutura do solo<br />

o Arranjo de plantas<br />

o Boa palhada<br />

o Planejamento da semeadura


Mofo branco


Manejo do mofo branco<br />

o Evitar adensamento de plantas<br />

o Cuidar a origem da semente<br />

o Tratar a semente com fungicida<br />

o Manter boa palhada<br />

o Preferir soja de hábito determinado<br />

o Controle biológico <br />

o Estimular germinação e matar o fungo<br />

para evitar novos escleródios


Controle químico<br />

Período crítico: R1 até R3-R4<br />

Diferença em rendimento: até 26%<br />

Volume de água: 500 a 600 L/alq<br />

Benzimidazol<br />

1,7 a 2,2 L/alq<br />

Uma aplicação<br />

Até R1<br />

Fluazinam<br />

Procimidone<br />

Duas aplicações<br />

Até R1 + 10-15 dias


Resistência de fungos a<br />

fungicidas


Resistência quantitativa de fungos a fungicidas<br />

(ex. triazóis)<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

%<br />

Sensível<br />

Resistente<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

Tempo em anos<br />

Resistência quantitativa: mudança gradual governada por genes menores<br />

Aumento de dose recupera eficácia


Resistência qualitativa de fungos a fungicidas<br />

(ex. benzimidazóis e estrobilurinas)<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

%<br />

Sensível<br />

Resistente<br />

0<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

Tempo em anos<br />

Resistência qualitativa: mudança abrupta governada por genes maiores<br />

Aumento da dose não recupera eficácia


Estrutura do gene do citocromo b – fragmento<br />

reponsável pela sensibilidade às estrobilurinas<br />

CIT b<br />

142 143 144<br />

TGA GGT GCA<br />

Alteração<br />

Trp 142 –<br />

Gly 143<br />

Ala 143<br />

– Ala 144<br />

Citocromo b torna-se<br />

não-funcional, deficiência<br />

respiratória<br />

Sensivel<br />

Resistente<br />

Mycosphaerella graminicola<br />

Pyrenophora tritici-repentis<br />

Alternaria alternata<br />

letal<br />

Puccinia recondita

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!