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HU 61.pmd - Hospital Universitário – USP

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Fevereiro/ 2012<br />

Fevereiro 2012 - Ano VI - Nº 61<br />

1<br />

Informativo do <strong>Hospital</strong> Universitário da <strong>USP</strong><br />

<strong>HU</strong> implantará PROTOCOLO<br />

de CLASSIFICAÇÃO de RISCO<br />

Começa a ser implantado em meados<br />

de março no <strong>Hospital</strong> Universitário da <strong>USP</strong><br />

um projeto-piloto de Classificação de<br />

Risco. Trata-se de um protocolo para<br />

administrar o acesso ao Pronto-Socorro,<br />

que priorizará as emergências e as<br />

urgências. A expectativa do <strong>HU</strong> com a<br />

adoção desse protocolo, que deverá estar<br />

totalmente ajustado até o mês de maio, é<br />

minimizar o tempo decorrente até o<br />

primeiro atendimento médico, otimizando<br />

a assistência aos casos mais graves.<br />

Atualmente, o Pronto-Socorro do <strong>HU</strong> tem<br />

uma demanda mensal de cerca de 22.500<br />

atendimentos.<br />

A implantação deste projeto baseou-se em<br />

levantamento das melhores práticas em<br />

emergências médicas, cuja literatura<br />

aponta experiências de protocolos<br />

adotados com sucesso há mais de 15<br />

anos em diversos países onde ocorre<br />

excesso de demanda por serviços de<br />

urgência. Segundo doutor Gustavo<br />

Albuquerque, assistente da superintendência<br />

do <strong>HU</strong>, “o projeto priorizou a<br />

tendência atual da adoção de protocolos<br />

de cinco estratos ou cores, que pela ampla<br />

experiência de utilização são muito seguros<br />

e confiáveis para estratificar o atendimento<br />

do usuário”.<br />

Até agora, a distribuição física das equipes<br />

era orientada por especialidade. Com o novo<br />

modelo de atendimento por Classificação de<br />

Risco passará a ocorrer a partir da criticidade<br />

dos casos. Assim existe a expectativa de<br />

melhorar significativamente o acesso ao<br />

primeiro atendimento médico dos pacientes<br />

de gravidade intermediária, atualmente<br />

pouco discriminados dos casos não graves<br />

ou não urgentes.<br />

“Espera-se que a implantação desse<br />

protocolo seja o início do processo de<br />

adaptação e de conscientização do usuário<br />

sobre o principal papel do PS, que é o<br />

atendimento de emergência e urgência<br />

médica. Mas o <strong>HU</strong> continuará atendendo seu<br />

público de referência, população de Região<br />

Oeste do município, estudantes, servidores<br />

e docentes da <strong>USP</strong>”, diz doutor Gustavo.<br />

A classificação de risco será determinada<br />

logo após o registro do paciente no Same.<br />

Na prática, os pacientes classificados com<br />

as cores laranja e amarelo<br />

terão prioridade de<br />

atendimento sobre os de<br />

cores verde e azul. A cor de<br />

classificação do paciente é<br />

definida por um sistema<br />

informatizado, que usará<br />

parâmetros como sinais<br />

Dr. Gustavo M. Albuquerque,<br />

Dra. Linda F. Maximiano,<br />

Enfa. Fernanda A. Nishi,<br />

Dra. Beatriz M. Machado,<br />

Dra. Lúcia Mendes e<br />

Enfa. Adriana Nori<br />

“<br />

Emergências e urgências<br />

médicas terão prioridade<br />

de atendimento<br />

”<br />

vitais, temperatura, pressão, entre<br />

outros, diminuindo o risco de erro. “É<br />

um protocolo usado há bastante tempo.<br />

Existem estatísticas que comprovam a<br />

segurança para os prazos de<br />

atendimento preestabelecidos pelo<br />

sistema”.<br />

Esse modelo tem perspectivas de<br />

aplicabilidade com interfaces entre<br />

diversos serviços de saúde. Neste<br />

momento, o protocolo não será implantado<br />

na pediatria e na obstetrícia.<br />

Os pacientes que entram para a<br />

internação também terão condução<br />

diferenciada, para dinamizar o fluxo de<br />

atendimento. Outros projetos estão em<br />

estudo para melhorar o atendimento<br />

médico do hospital, a partir da identificação<br />

de pontos com possibilidade<br />

de melhorias.


Fevereiro/ 2012<br />

2<br />

<strong>HU</strong> faz prevenção<br />

de quedas a idosos<br />

O II Workshop para Cuidadores será realizado<br />

no dia 24 de março, das 8h às 16h30, no<br />

anfiteatro do <strong>Hospital</strong> Universitário da <strong>USP</strong>.<br />

Organizado pelo Grupo de Prevenção de<br />

Quedas de Idosos do <strong>HU</strong>, o evento tem o<br />

objetivo de orientar cuidadores a identificar e<br />

prevenir os fatores de risco que podem causar<br />

queda do idoso.<br />

O workshop é aberto a qualquer pessoa que<br />

seja cuidador. Pode ser parente do paciente ou<br />

profissional que trabalha como cuidador. Para<br />

participar, o interessado deve se inscrever até o<br />

dia 14 de março pelo site do <strong>HU</strong><br />

(www.hu.usp.br), onde há um formulário<br />

que deve ser preenchido. O hospital<br />

enviará por e-mail o boleto de pagamento<br />

da inscrição no valor de 30 reais. O curso<br />

tem vagas limitadas.<br />

Desnutrição, medicação inadequada,<br />

fraqueza muscular e desequilíbrio, bexiga<br />

hiperativa (urgência urinária), uso<br />

inadequado de bengala, muleta e andador,<br />

hipotensão postural (queda brusca da<br />

pressão ao mudar da posição deitada para<br />

em pé) e casa inadequada (risco domiciliar)<br />

são os principais fatores de riscos para quedas<br />

que serão abordados no workshop.<br />

As aulas serão interativas e teóricas com<br />

especialistas e a abertura do workshop será no<br />

auditório do <strong>HU</strong>. Os participantes serão<br />

divididos em grupos e passarão por várias<br />

estações. O uso correto da bengala, muletas e<br />

andador estará em uma das estações e será<br />

apresentado pela fisioterapeuta do <strong>HU</strong> Fabiana<br />

M. Branco. “Na minha estação, os participantes<br />

irão aprender a ajustar corretamente a bengala,<br />

muleta ou andador do paciente e também<br />

receberão informações de como orientá-lo a<br />

caminhar com o dispositivo”. Ela ainda<br />

abordará as técnicas para controlar o sintoma<br />

da urgência urinária dos pacientes com bexiga<br />

hiperativa.<br />

sintomas. Outra palestra enfocará a melhor<br />

forma de se preparar para uma consulta. As<br />

orientações necessárias para um consulta de<br />

qualidade e as informações que devem fazer<br />

parte desse processo. Ou seja, tudo o que<br />

deve ser relatado para a equipe de saúde.<br />

Muitas vezes, o idoso ou o cuidador no<br />

momento da consulta não relata fatos<br />

importantes, ou por esquecimento e, também,<br />

por não achar necessário.<br />

A nutricionista Evelyn Aguchiku enfatiza que os<br />

idosos são “mais suscetíveis à má nutrição,<br />

devido a incapacidades funcionais, fatores<br />

fisiológicos, socioeconômicos e doenças<br />

crônicas. O workshop visa orientar a<br />

importância da boa alimentação e suas<br />

adaptações para alcançar e manter a saúde e a<br />

qualidade de vida”.<br />

Uma casa inadequada do idoso será montada<br />

para que os cuidadores aprendam a identificar<br />

os principais erros que podem causar uma<br />

queda em casa. Segundo a farmacêutica Maria<br />

Goretti Lima, com o envelhecimento é comum<br />

aparecimento de doenças e o uso de diversos<br />

medicamentos. É de suma importância<br />

identificar se o uso dos medicamentos está<br />

relacionado com o aumento de risco de<br />

quedas. “Alguns medicamentos têm relação<br />

direta com as quedas, como antidepressivos,<br />

ansiolíticos, anti-hipertensivos e analgésicos<br />

usado por idosos. Eles podem causar<br />

sonolência, tontura, alteração do equilíbrio,<br />

hipotensão ortostática e por isso é importante a<br />

revisão dos medicamentos e, quando possível,<br />

a suspensão ou diminuição da dose para<br />

reduzir o risco de queda”.<br />

Além das aulas, os participantes receberão<br />

manual com dicas para prevenir quedas e<br />

professores de educação física ensinarão<br />

exercícios de fortalecimento e equilíbrio, além<br />

de ensinar a identificar as alterações que<br />

acontecem com o envelhecimento.<br />

O doutor Egídio Dórea, coordenador do<br />

evento, abordará de que forma o cuidador<br />

verifica se o paciente apresenta hipotensão<br />

postural e o que é possível fazer para evitar os


Fevereiro/ 2012<br />

Pesquisa do <strong>HU</strong> recebe<br />

Prêmio Mário Cláusi<br />

Uma pesquisa do <strong>Hospital</strong> Universitário da <strong>USP</strong> comprovou que o<br />

baroceptor de pacientes em sepse grave ou choque séptico sofre<br />

alteração, que está relacionada ao aumento da mortalidade desses<br />

pacientes. Essa pesquisa recebeu o Prêmio Mário Cláusi, na<br />

categoria Choque e Monitorização Hemodinâmica, no XVI Congresso<br />

Brasileiro de Medicina Intensiva.<br />

“<br />

PESQUISA<br />

3<br />

Alteração do baroceptor<br />

está relacionada com<br />

aumento da mortalidade<br />

de pacientes em sepse<br />

grave ou choque séptico<br />

”<br />

O estudo retrospectivo de autoria dos doutores Francisco Soriano e<br />

Antonio Carlos Nogueira, da UTI de adultos da Divisão de Clínica<br />

Médica , avaliou 31 pacientes do <strong>HU</strong> do período de 2008 a 2010, com<br />

infecção grave e que evoluíram para choque séptico (queda grave da<br />

pressão, levando à hipoperfusão). O objetivo do estudo era avaliar se<br />

o baroceptor apresentava disfunção nesses pacientes, o que<br />

explicaria por que evoluíram para o choque e também descobrir os<br />

fatores relacionados com essa disfunção.<br />

Segundo o doutor Francisco Soriano, os dados coletados foram<br />

analisados a posteriori separando-se os pacientes conforme sua<br />

evolução clínica, sobrevivente ou óbito. Foram monitoradas a<br />

troponina I, liberada pelo coração quando esse sofre dano; as drogas<br />

vasoativas; a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), índice de<br />

efetividade do baroceptor; e a variabilidade da pressão arterial.<br />

Os resultados da pesquisa mostram que “os pacientes em choque<br />

séptico apresentam comprometimento da ação do baroceptor, e esse<br />

índice correlaciona-se com a evolução para óbito. A dobutamina<br />

correlaciona-se com maior nível de lesão cardíaca e maiores doses<br />

de dobutamina interferem na capacidade de resposta do baroceptor.<br />

Por outro lado, a noradrenalina tem um efeito positivo na integração<br />

do baroceptor”, diz doutor Soriano. O próximo passo será verificar<br />

outras drogas que possam recuperar o baroceptor ou medidas que<br />

sejam profiláticas.<br />

O baroceptor é uma espécie de sensor dos seres vivos que mantém a<br />

função da pressão arterial (PA) equilibrada. Esse sensor consegue<br />

verificar o nível da PA e se comunicar com o sistema nervoso,<br />

realizando ações específicas sobre os órgãos para reconduzi-la<br />

instante a instante ao valor adequado, diz doutor Francisco.<br />

Se houver falha do baroceptor, como comprovou o estudo, haverá<br />

prejuízo de resposta desses pacientes. “Normalmente, o paciente<br />

em choque séptico tem queda de pressão arterial. Com baixa pressão<br />

não há perfusão dos tecidos de forma adequada. Então, é necessário<br />

que o baroceptor detecte e deflagre adequadamente uma resposta do<br />

coração aumentando a contração e a frequência cardíaca para enviar<br />

sangue suficiente e elevar a pressão. E, também, deflagrar uma<br />

resposta de contração dos vasos sanguíneos para que a pressão se<br />

eleve”, explica doutor Soriano.<br />

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />

Reitor<br />

Prof. Dr. João Grandino Rodas<br />

<strong>Hospital</strong> Universitário da <strong>USP</strong><br />

Av. Prof. Lineu Prestes, 2.565<br />

Cidade Universitária – SP<br />

Tel. (11) 3091-9200 – www.hu.usp.br<br />

Presidente do Conselho Deliberativo<br />

Prof. Dr. José Otávio Costa<br />

Auler Júnior<br />

Superintendente<br />

Profa. Dra. Sandra Josefina<br />

Ferraz Ellero Grisi<br />

Conselho Editorial<br />

Profa. Dra. Alexandra Brentani<br />

Dra. Eliane Ribeiro<br />

Sra. Elisa Amaral Ageev<br />

Sra. Gisele Sales<br />

Dra. Lúcia Caruso<br />

Prof. Dr. Luís Marcelo<br />

Inaco Cirino<br />

Sra. Harumi Toda<br />

Sra. Maria Aparecida da<br />

Silva Rodrigues<br />

Dra. Maria Lúcia Habib Paschoal<br />

Sra. Michela Peanho<br />

Coordenação Editorial<br />

Singular Comunicação<br />

Tel. (11) 5090-0590<br />

singularcomunicacao@singularcomunicacao.com<br />

Jornalista Responsável<br />

Irani de Souza – MTb 15.635<br />

Fotos<br />

Shinji Nagabe<br />

Designer Gráfico<br />

Helton Fernandes<br />

Fotolito e Impressão<br />

SJS Gráfica e Editora


Fevereiro/ 2012<br />

4<br />

Lançada obra sobre<br />

ENDOSCOPIA DIGESTIVA TERAPÊUTICA<br />

“<br />

Publicação traz<br />

atualização<br />

sobre os<br />

principais<br />

procedimentos<br />

via endoscópica<br />

”<br />

Acaba de ser lançado o livro Endoscopia<br />

Digestiva Terapêutica, pela editora Revinter,<br />

uma atualização sobre os principais<br />

procedimentos terapêuticos realizados via<br />

endoscópica. A obra tem como editores os<br />

renomados especialistas Angelo Paulo<br />

Ferrari Junior, livre-docente da Disciplina de<br />

Gastroenterologia da Unifesp e Gestor<br />

Médico do setor de endoscopia do <strong>Hospital</strong><br />

Israelita Albert Einstein, Luís Masúo Maruta,<br />

chefe dos Serviços de Endoscopia do<br />

<strong>Hospital</strong> Universitário da <strong>USP</strong> e do <strong>Hospital</strong><br />

Santa Cruz, e Marcelo Averbach, cirurgião e<br />

colonoscopista do <strong>Hospital</strong> Sírio Libanês e<br />

doutor em Cirurgia pela Faculdade de<br />

Medicina da <strong>USP</strong>. E contou com a<br />

contribuição de 63 colaboradores.<br />

Esse compêndio traz em suas 300 páginas<br />

procedimentos endoscópicos terapêuticos,<br />

com ênfase nos aspectos técnicos e nas<br />

indicações de resultados. A obra é<br />

mesclada ao longo dos 20 capítulos com<br />

inúmeras imagens fotográficas. “A exposição<br />

dos tópicos de maneira didática e<br />

enriquecida com ilustrações de excelente<br />

qualidade propicia aos<br />

interessados, como<br />

estudantes residentes,<br />

endoscopistas iniciantes e<br />

até os mais experientes, a<br />

oportunidade de poder<br />

contar com informação,<br />

orientação e conhecimentos<br />

de métodos já consagrados e<br />

até os mais recentes”,<br />

escreveu no prefácio o doutor<br />

Shinichi Ishioka, ex-diretor de<br />

Endoscopia Gastrointestinal<br />

do <strong>Hospital</strong> das Clínicas.<br />

A publicação foi elaborada<br />

com a preocupação de<br />

difundir o conhecimento que<br />

o avanço tecnológico<br />

proporciona na terapêutica endoscópica. “O<br />

desenvolvimento dessa obra é resultado do<br />

relacionamento pessoal e profissional que os<br />

autores tiveram oportunidade de compartilhar<br />

durante a participação conjunta em diversos<br />

projetos, cursos e eventos”, diz Luís Maruta.<br />

Além de colaboradores brasileiros, o livro<br />

teve a participação de especialistas<br />

japoneses de renome internacional, autores<br />

dos capítulos sobre dissecção endoscópica,<br />

uma forma avançada de tratamento<br />

endoscópico do câncer da via digestiva.<br />

Segundo o doutor Maruta, os pacientes<br />

também devem ser lembrados pelos<br />

conhecimentos que ofereceram com as<br />

imagens que ilustram o livro.<br />

O livro aborda os procedimentos clássicos já<br />

incorporados na rotina da endoscopia, como<br />

polipectomia, mucosectomia, dilatações e<br />

retiradas de corpo estranho, entre outros,<br />

com a utilização de tecnologias e<br />

conhecimentos mais recentes, como o<br />

tratamento endoscópico de câncer do trato<br />

gastrointestinal por dissecção endoscópica,<br />

fechamento de fístulas, colocação de<br />

próteses autoexpansíveis e terapêuticas no<br />

intestino delgado, diz Maruta.<br />

Os Princípios da Endoscopia Digestiva<br />

Terapêutica, Polipectomias em Esôfago,<br />

Estômago e Duodeno, Mucosectomias em<br />

Cólon e Reto, Dissecção Submucosa<br />

Endoscópica, Próteses Metálicas<br />

Autoexpansíveis no Trato, Acesso Nutricional<br />

– Sonda Nasoenteral, Gastrostomia e<br />

Jejunostomia, Cálculos Biliopancreáticos –<br />

Diagnóstico, Técnica e Resultados, Novas<br />

Abordagens Endoscópicas para a<br />

Obesidade, Drenagens Transparietais<br />

Ecoguiadas – Pseudocisto, Necrosectomia<br />

Pancreática, Drenagem das Vias Biliares e<br />

Pancreática, Diverticulomia de Zenker e<br />

Tratamento das Fístulas são alguns temas<br />

enfocados no livro.

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