HU 61.pmd - Hospital Universitário – USP
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Fevereiro/ 2012<br />
Pesquisa do <strong>HU</strong> recebe<br />
Prêmio Mário Cláusi<br />
Uma pesquisa do <strong>Hospital</strong> Universitário da <strong>USP</strong> comprovou que o<br />
baroceptor de pacientes em sepse grave ou choque séptico sofre<br />
alteração, que está relacionada ao aumento da mortalidade desses<br />
pacientes. Essa pesquisa recebeu o Prêmio Mário Cláusi, na<br />
categoria Choque e Monitorização Hemodinâmica, no XVI Congresso<br />
Brasileiro de Medicina Intensiva.<br />
“<br />
PESQUISA<br />
3<br />
Alteração do baroceptor<br />
está relacionada com<br />
aumento da mortalidade<br />
de pacientes em sepse<br />
grave ou choque séptico<br />
”<br />
O estudo retrospectivo de autoria dos doutores Francisco Soriano e<br />
Antonio Carlos Nogueira, da UTI de adultos da Divisão de Clínica<br />
Médica , avaliou 31 pacientes do <strong>HU</strong> do período de 2008 a 2010, com<br />
infecção grave e que evoluíram para choque séptico (queda grave da<br />
pressão, levando à hipoperfusão). O objetivo do estudo era avaliar se<br />
o baroceptor apresentava disfunção nesses pacientes, o que<br />
explicaria por que evoluíram para o choque e também descobrir os<br />
fatores relacionados com essa disfunção.<br />
Segundo o doutor Francisco Soriano, os dados coletados foram<br />
analisados a posteriori separando-se os pacientes conforme sua<br />
evolução clínica, sobrevivente ou óbito. Foram monitoradas a<br />
troponina I, liberada pelo coração quando esse sofre dano; as drogas<br />
vasoativas; a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), índice de<br />
efetividade do baroceptor; e a variabilidade da pressão arterial.<br />
Os resultados da pesquisa mostram que “os pacientes em choque<br />
séptico apresentam comprometimento da ação do baroceptor, e esse<br />
índice correlaciona-se com a evolução para óbito. A dobutamina<br />
correlaciona-se com maior nível de lesão cardíaca e maiores doses<br />
de dobutamina interferem na capacidade de resposta do baroceptor.<br />
Por outro lado, a noradrenalina tem um efeito positivo na integração<br />
do baroceptor”, diz doutor Soriano. O próximo passo será verificar<br />
outras drogas que possam recuperar o baroceptor ou medidas que<br />
sejam profiláticas.<br />
O baroceptor é uma espécie de sensor dos seres vivos que mantém a<br />
função da pressão arterial (PA) equilibrada. Esse sensor consegue<br />
verificar o nível da PA e se comunicar com o sistema nervoso,<br />
realizando ações específicas sobre os órgãos para reconduzi-la<br />
instante a instante ao valor adequado, diz doutor Francisco.<br />
Se houver falha do baroceptor, como comprovou o estudo, haverá<br />
prejuízo de resposta desses pacientes. “Normalmente, o paciente<br />
em choque séptico tem queda de pressão arterial. Com baixa pressão<br />
não há perfusão dos tecidos de forma adequada. Então, é necessário<br />
que o baroceptor detecte e deflagre adequadamente uma resposta do<br />
coração aumentando a contração e a frequência cardíaca para enviar<br />
sangue suficiente e elevar a pressão. E, também, deflagrar uma<br />
resposta de contração dos vasos sanguíneos para que a pressão se<br />
eleve”, explica doutor Soriano.<br />
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />
Reitor<br />
Prof. Dr. João Grandino Rodas<br />
<strong>Hospital</strong> Universitário da <strong>USP</strong><br />
Av. Prof. Lineu Prestes, 2.565<br />
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Tel. (11) 3091-9200 – www.hu.usp.br<br />
Presidente do Conselho Deliberativo<br />
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Superintendente<br />
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Ferraz Ellero Grisi<br />
Conselho Editorial<br />
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Prof. Dr. Luís Marcelo<br />
Inaco Cirino<br />
Sra. Harumi Toda<br />
Sra. Maria Aparecida da<br />
Silva Rodrigues<br />
Dra. Maria Lúcia Habib Paschoal<br />
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Coordenação Editorial<br />
Singular Comunicação<br />
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singularcomunicacao@singularcomunicacao.com<br />
Jornalista Responsável<br />
Irani de Souza – MTb 15.635<br />
Fotos<br />
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Designer Gráfico<br />
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SJS Gráfica e Editora