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Tarso-programa-de-governo_2014

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Programa <strong>de</strong> Governo da<br />

Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong>


Sumário<br />

Apresentação 5<br />

Agenda para um Novo Ciclo <strong>de</strong> Crescimento e Igualda<strong>de</strong> 6<br />

EIXO 1 - Serviços Públicos para Promoção da Dignida<strong>de</strong> 17<br />

Saú<strong>de</strong> 18<br />

Educação 24<br />

Segurança 34<br />

EIXO 2 - Políticas Públicas Promovendo a Inclusão 37<br />

Cultura 38<br />

Esporte e Lazer 40<br />

Comunicação 42<br />

Inclusão Digital 45<br />

Tecnologias da Informação 46<br />

EIXO 3 - Políticas Públicas para Garantia <strong>de</strong> Direitos Sociais 49<br />

Combate à Pobreza 50<br />

Direitos Humanos 52<br />

Povos Indígenas 53<br />

Juventu<strong>de</strong> 54<br />

LGBT 56<br />

Pessoa Idosa 57<br />

Igualda<strong>de</strong> Racial 57<br />

Pessoas com Deficiência 59<br />

Mulheres 60<br />

Assistência Social 65<br />

EIXO 4 - Qualificação da Gestão, Democratização e Controle Público do Estado 66<br />

EIXO 5 - Desenvolvimento Econômico, Cooperação e Sustentabilida<strong>de</strong> 71<br />

Economia do RS 72<br />

Finanças e Investimentos 72<br />

Desenvolvimento no Campo 75<br />

Sistema <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico 78<br />

Relações Internacionais 81<br />

Economia Solidária e Micro e Pequenas Empresas 82<br />

Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico 85<br />

Mundo do Trabalho 87<br />

Turismo 88<br />

EIXO 6 - Serviços Públicos para promoção da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida 89<br />

Meio Ambiente 90<br />

Saneamento 94<br />

Energia, Recursos Minerais e Telecomunicações 95<br />

Habitação e Desenvolvimento Urbano 97<br />

Mobilida<strong>de</strong> Urbana 98<br />

Infraestrutura 101<br />

Detran 105<br />

3


O Programa <strong>de</strong> Governo da Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong> foi<br />

construído a partir <strong>de</strong> um amplo <strong>de</strong>bate com cidadãs e cidadãos,<br />

movimentos sociais, setoriais e partidos que compõem a base<br />

do <strong>governo</strong>, que contribuíram na formulação <strong>de</strong> propostas para<br />

dar continuida<strong>de</strong> ao projeto que vem compartilhando crescimento<br />

e igualda<strong>de</strong> no RS.<br />

Este <strong>de</strong>bate coletivo reuniu mais <strong>de</strong> 3.000 pessoas, em cerca <strong>de</strong><br />

50 reuniões, resultando em mais <strong>de</strong> 500 propostas, sugeridas<br />

por meio <strong>de</strong> diferentes canais <strong>de</strong> comunicação, em aproximadamente<br />

quatro meses <strong>de</strong> trabalho.<br />

O conteúdo apresentado a seguir é a consolidação <strong>de</strong>sse processo<br />

<strong>de</strong> diálogo <strong>de</strong>mocrático, que propõe <strong>de</strong>safios e ações para<br />

o futuro do estado, a partir dos avanços alcançados em quatro<br />

anos <strong>de</strong> gestão do governador <strong>Tarso</strong> Genro.<br />

Temos certeza <strong>de</strong> que muito já foi conquistado, e que muitos<br />

<strong>de</strong>safios ainda estão pela frente.<br />

Por isso, te convidamos a continuar seguindo conosco na construção<br />

<strong>de</strong> um novo ciclo <strong>de</strong> crescimento e igualda<strong>de</strong> para Rio<br />

Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />

Boa leitura.<br />

5


AGENDA PARA UM<br />

NOVO CICLO<br />

DE CRESCIMENTO<br />

E IGUALDADE<br />

Para o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul seguir crescendo, com diálogo, <strong>de</strong>senvolvimento econômico,<br />

distribuição <strong>de</strong> renda e sustentabilida<strong>de</strong> ambiental, a Unida<strong>de</strong> Popular Pelo Rio Gran<strong>de</strong><br />

(UPPRS), representada nas candidaturas <strong>de</strong> <strong>Tarso</strong> Genro e Abgail Pereira ao Governo do Estado<br />

e <strong>de</strong> Olívio Dutra ao Senado, apresenta aqui as diretrizes estratégicas para o segundo ciclo do<br />

Governo <strong>Tarso</strong> Genro.<br />

Nosso Governo colocou o Rio Gran<strong>de</strong> em novo patamar <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, integrado ao<br />

processo <strong>de</strong> transformação em curso no Brasil, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a vitória <strong>de</strong> Lula em 2003. Hoje, po<strong>de</strong>mos afirmar<br />

que, assim como o país, o estado não é mais o mesmo. O Rio Gran<strong>de</strong> do Sul retomou o protagonismo<br />

econômico e político no cenário nacional, e a vida dos gaúchos e gaúchas está melhorando.<br />

Para dar continuida<strong>de</strong> às mudanças sociais e políticas que estamos fazendo, a segunda etapa <strong>de</strong>verá<br />

<strong>de</strong>linear-se por um conjunto <strong>de</strong> projetos estratégicos que aprofun<strong>de</strong>m as mudanças em curso,<br />

apontem para um futuro ainda melhor, liguem <strong>de</strong>finitivamente o Rio Gran<strong>de</strong> ao <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

promovido pelo Governo Dilma no Brasil, e ampliem nossa presença no mundo globalizado.<br />

Definimos, no <strong>programa</strong> <strong>de</strong> <strong>governo</strong>, elementos estruturadores muito consistentes, com<br />

uma política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, tanto no terreno econômico, como no terreno social. Três<br />

enunciados estratégicos sintetizam bem a reorganização estruturante em curso neste período.<br />

Primeiramente, constatamos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudar o padrão <strong>de</strong> acumulação no estado. O<br />

padrão <strong>de</strong> crescimento, até então, estava voltado principalmente para a atração <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

empresas montadoras automotivas. Essa era quase uma obsessão dos partidos tradicionais, e<br />

uma agenda permanente <strong>de</strong> parte da gran<strong>de</strong> mídia local. Todas as medidas importantes dos<br />

dois <strong>governo</strong>s que nos prece<strong>de</strong>ram colocavam o RS a “reboque” <strong>de</strong> uma concepção <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

que era mero reflexo dos mol<strong>de</strong>s capitalistas globais. E, para tanto, <strong>de</strong>spejavam<br />

toda a energia <strong>de</strong> incentivos fiscais do Estado, mormente com essa pretensão, para adaptar-se<br />

ao que “vem <strong>de</strong> fora”, sem se importar com seu reflexo na base produtiva já instalada.<br />

Essa mudança no padrão precisava basear-se num <strong>programa</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento industrial<br />

para o Estado, que transitasse pela valorização do salário dos trabalhadores públicos e<br />

privados. Assim, eliminamos o arrocho salarial imposto aos trabalhadores do setor público, com<br />

aumento real do salário do conjunto dos servidores, e recuperamos o salário mínimo regional.<br />

Após o Governo Olívio, o salário mínimo regional manteve-se estagnado, e <strong>de</strong>svinculou-se<br />

do processo <strong>de</strong> valorização do seu correspon<strong>de</strong>nte nacional. A retomada <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong><br />

ganhos reais, tendo como diretriz sua recomposição em relação ao salário mínimo nacional,<br />

ajudou a compor aumentos salariais expressivos no setor privado, originários <strong>de</strong> uma nova<br />

condição nas negociações e nos dissídios coletivos no Estado.<br />

Nesta mudança no padrão <strong>de</strong> acumulação, promovemos um conjunto <strong>de</strong> reformas normativas<br />

e <strong>de</strong> fomento importantes: (1) no sistema <strong>de</strong> cooperação, constituímos uma política<br />

7


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

global para as cooperativas, que reúne financiamento, integração ao Fundopem e aprimoramento<br />

da gestão; (2) no microcrédito, o maior <strong>programa</strong> <strong>de</strong> microcrédito do país; (3) na oferta<br />

<strong>de</strong> profissionais qualificados, através do Pronatec; (4) no conjunto <strong>de</strong> medidas dos Planos Safras<br />

Gaúcho para a agricultura familiar; e (5) na Política Industrial e Arranjos Produtivos Locais voltados<br />

para o fortalecimento da base produtiva tradicional e para os setores da nova economia.<br />

Organizamos o Sistema <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e criamos a Agência Gaúcha <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

e Promoção do Investimento (AGDI), reformamos o sistema <strong>de</strong> incentivos fiscais,<br />

que <strong>de</strong>mocratizou e horizontalizou os estímulos estatais às empresas que atraímos “<strong>de</strong> fora” e<br />

para o conjunto <strong>de</strong> investimentos produtivos locais, via Novo Fundopem e incentivos setoriais.<br />

Ampliamos recursos e financiamentos, através das instituições <strong>de</strong> crédito – Banrisul, BRDE e<br />

Ba<strong>de</strong>usul –, para nossa base produtiva. E a Sala do Investidor facilitou a vida das empresas nacionais<br />

e internacionais interessadas em novos investimentos no Estado.<br />

Em segundo, criamos as condições necessárias para a efetiva participação político-<strong>de</strong>mocrática,<br />

não apenas instituindo uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> canais <strong>de</strong> participação conselhista, virtual, presencial e<br />

consultiva, como estabilizando uma dinâmica <strong>de</strong> participação popular, que cresce <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro<br />

ano <strong>de</strong> <strong>governo</strong> e alcança, anualmente, em torno <strong>de</strong> 1,2 milhão pessoas. Essa participação estrutura<br />

o orçamento e faz a seleção das <strong>de</strong>mandas regionais e outras requisições <strong>de</strong> bens e serviços públicos,<br />

além <strong>de</strong> permitir a escuta e o diálogo <strong>de</strong> temas centrais para o <strong>de</strong>senvolvimento do estado,<br />

bem como a concertação política e social <strong>de</strong> diferentes setores da socieda<strong>de</strong> gaúcha. Temos, é claro,<br />

ainda, um longo caminho a percorrer, mas já <strong>de</strong>mos um passo importante instituindo um Sistema<br />

Estadual <strong>de</strong> Participação Popular e Cidadã exemplar, que vai ser aprimorado e que tem um gran<strong>de</strong><br />

significado político, especialmente, no âmbito da crise universal da <strong>de</strong>mocracia representativa.<br />

A terceira estratégia estruturante foi a recuperação das funções públicas do Estado. Utilizamos<br />

uma série <strong>de</strong> recursos, <strong>de</strong> financiamentos das agências nacionais e internacionais, da<br />

recuperação do sistema <strong>de</strong> arrecadação, tendo como resultado a ampliação da receita, sem<br />

aumento <strong>de</strong> impostos. A partir dos recursos disponíveis no orçamento estadual, recuperamos<br />

substancialmente a estrutura da máquina pública, com melhorias para os servidores e prestação<br />

dos serviços, alcançando inclusive 12% para a Saú<strong>de</strong>. Com a captação <strong>de</strong> recursos para investimentos<br />

<strong>de</strong> agências nacionais e do exterior e o aumento da aplicação <strong>de</strong> recursos fe<strong>de</strong>rais,<br />

ampliamos sensivelmente o investimento <strong>de</strong>spendido em infraestrutura.<br />

A recuperação das funções públicas do Estado é um dos elementos dinâmicos da luta política<br />

no RS, consi<strong>de</strong>rando que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> estado <strong>de</strong>fendido pelos adversários do nosso projeto começa<br />

exatamente on<strong>de</strong> per<strong>de</strong>ram a eleição em 2010: a tentativa <strong>de</strong> restabelecer um “choque <strong>de</strong> gestão”,<br />

redução do estado, arrocho salarial e o ajuste fiscal, com o malfadado “déficit zero”. Em última análise,<br />

são os mesmos elementos que sustentam também as candidaturas que se opõem ao <strong>governo</strong> da<br />

presi<strong>de</strong>nta Dilma. Um mo<strong>de</strong>lo que fracassou no país e no estado, e que não foi capaz <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retomada do <strong>de</strong>senvolvimento com crescimento econômico e inclusão social.<br />

No próximo <strong>governo</strong> da Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong> (UPPRS), o aprofundamento das reformas<br />

<strong>de</strong>mocráticas no Estado exigirá a consolidação <strong>de</strong> um novo “bloco histórico” dirigente, conformando<br />

uma nova hegemonia política e social progressista e mo<strong>de</strong>rna, voltada para um <strong>de</strong>senvolvimento<br />

com justiça e igualda<strong>de</strong>. Para isto, é necessário compreen<strong>de</strong>r que a dinâmica social e econômica<br />

aqui estará inscrita também no processo <strong>de</strong> aprofundamento <strong>de</strong>mocrático e social do projeto nacional.<br />

Referimos especialmente as questões fundamentais para o futuro <strong>de</strong> revolução <strong>de</strong>mocrática<br />

no Brasil, ou seja, as mudanças que <strong>de</strong>vemos promover nas gran<strong>de</strong>s regiões metropolitanas, seja na<br />

questão do financiamento da saú<strong>de</strong>, seja no transporte público, mobilida<strong>de</strong> e na segurança pública.<br />

No próximo período, esses <strong>de</strong>safios das regiões metropolitanas são chaves. É necessário que, em um<br />

novo mandato, o <strong>governo</strong> fe<strong>de</strong>ral, juntamente com os <strong>governo</strong>s estaduais, responda fortemente com<br />

políticas públicas como o Passe Livre e o Bilhete Único, nos colocando em condições <strong>de</strong> dialogar com<br />

os movimentos sociais e com as novas expectativas e esperanças que a própria reeleição vai suscitar.<br />

Outro elemento fundamental é a reestruturação do Pacto Fe<strong>de</strong>rativo. Há uma gran<strong>de</strong><br />

tensão, promovida pelas agências <strong>de</strong> risco, bancos internacionais e pelos gran<strong>de</strong>s investidores,<br />

para anular a força do po<strong>de</strong>r político e anular as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>mocráticas da socieda<strong>de</strong>, a partir <strong>de</strong><br />

“or<strong>de</strong>ns” que vêm diretamente do capital financeiro especulativo. Portanto, a reforma <strong>de</strong>mocrática,<br />

com ampliação <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> integração da socieda<strong>de</strong> na gestão do Estado, é agenda<br />

prioritária das forças progressistas e <strong>de</strong> esquerda.<br />

Apesar da sequência <strong>de</strong> conferências temáticas, da instituição <strong>de</strong> conselhos setoriais, do<br />

Conselho <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Social e da recente instituição do Sistema Nacional<br />

<strong>de</strong> Participação Social no Governo Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong>vemos ter uma visão estratégica na promoção <strong>de</strong><br />

canais diretos <strong>de</strong> participação, <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia presencial ou digital, com força para incidir positivamente<br />

em <strong>de</strong>cisões do Estado brasileiro sobre políticas públicas em todos os níveis. Da mesma<br />

forma, o compromisso com a Reforma Política é elemento estruturante para re<strong>de</strong>senhar as instituições<br />

políticas do país, e sua aprovação será a melhor resposta contra a corrupção, o crescente<br />

pragmatismo eleitoral dos partidos e a “criminalização da política”, promovida pelos setores<br />

conservadores e por gran<strong>de</strong> parte da mídia nacional. Neste momento, temos que pensar que um<br />

projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento regional, <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização radical do Estado, <strong>de</strong> transformações<br />

no padrão <strong>de</strong> acumulação, <strong>de</strong> combate às <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais e regionais, só po<strong>de</strong>rá continuar<br />

avançando a partir <strong>de</strong> um projeto nacional com mais <strong>de</strong>mocracia e mais participação.<br />

Reafirmarmos, assim, a importância <strong>de</strong> integrar nossa campanha à campanha da Presi<strong>de</strong>nta<br />

Dilma, pois se a Revolução Democrática não se aprofundar como um todo, ela não vai apenas estagnar,<br />

vai retroce<strong>de</strong>r. Portanto, para enfrentar estes <strong>de</strong>safios, construímos no estado uma gran<strong>de</strong> frente<br />

<strong>de</strong> partidos comprometidos com um <strong>programa</strong> <strong>de</strong>senvolvimentista <strong>de</strong> esquerda e <strong>de</strong>mocrático.<br />

Os principais indicadores socioeconômicos <strong>de</strong>monstram que o caminho do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

está aberto e se revela a partir <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> resultados positivos. Nossa estratégia está correta<br />

e, no último ano, a economia gaúcha obteve crescimento com taxas equivalentes ao dobro do<br />

<strong>de</strong>sempenho do Brasil, com um PIB <strong>de</strong> 6,3%, em período <strong>de</strong> agravamento da crise internacional.<br />

12,0<br />

10,0<br />

8,0<br />

6,0<br />

4,0<br />

2,0<br />

0,0<br />

5,1<br />

2,7<br />

Variação Acumulado do PIB - 2011 a 2013<br />

(%)<br />

2011 2012<br />

O Estado li<strong>de</strong>rou o crescimento industrial, com 7,4%; bateu recor<strong>de</strong> histórico da safra, com<br />

mais <strong>de</strong> 30 milhões <strong>de</strong> toneladas, com injeção <strong>de</strong> R$ 24 bilhões na economia gaúcha; reconquistou<br />

o terceiro lugar entre os estados exportadores; é consi<strong>de</strong>rado um dos três melhores estados<br />

brasileiros para investimento; e alcançou o menor índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego dos últimos 22 anos.<br />

Este quadro <strong>de</strong> boas notícias é resultado <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento audaciosa, que<br />

equilibra indução do crescimento econômico e políticas <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> renda, em um ambiente<br />

<strong>de</strong> integração regional, diálogo e <strong>de</strong>mocracia. Mas este é só o início, o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

precisa tornar-se sustentável, no médio e longo prazo, e para isso é necessário aprofundar<br />

as mudanças iniciadas, ousar ainda mais na promoção <strong>de</strong> investimentos e qualificar ainda mais as<br />

políticas sociais, promovendo o crescimento e a igualda<strong>de</strong> para todo Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />

Agenda para um Novo Ciclo <strong>de</strong> Crescimento e Igualda<strong>de</strong><br />

RS<br />

3,8<br />

3,6<br />

Até 2028, com o processo em curso da primeira etapa <strong>de</strong> renegociação da dívida pública,<br />

o saldo <strong>de</strong>vedor será solucionado, estabelecendo um novo cenário para as finanças do Estado.<br />

Brasil<br />

2013<br />

10,2<br />

6,4<br />

8 9


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

Neste período, foram elencadas cinco condições para transição, visando dar sustentabilida<strong>de</strong><br />

ao processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social iniciado no primeiro Governo da UPPRS.<br />

1. Novo espaço fiscal da renegociação da Dívida para futuros financiamentos – com o novo<br />

espaço fiscal advindo da renegociação da dívida do estado com a União, captar mais<br />

R$ 3 bilhões em financiamentos <strong>de</strong> instituições nacionais e internacionais para investimento<br />

em obras e serviços no Rio Gran<strong>de</strong>;<br />

2. Negociação da segunda etapa da Dívida com a União – a partir da conquista <strong>de</strong> melhores<br />

condições relacionados ao in<strong>de</strong>xador da dívida e à taxa <strong>de</strong> juros, abrir uma nova rodada<br />

<strong>de</strong> negociação referente à parcela mensal <strong>de</strong> pagamento da dívida, que no caso do Rio<br />

Gran<strong>de</strong> do Sul consome cerca <strong>de</strong> 13% da Receita Líquida.<br />

3. Promover as condições para que o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul mantenha taxas significativas <strong>de</strong><br />

crescimento da sua produção e da sua renda, com valores acima das médias nacionais.<br />

Um dos requisitos fundamentais será buscar um <strong>de</strong>sempenho do PIB anual a uma<br />

taxa equivalente a 4,5%, através do aumento da capacida<strong>de</strong> produtiva e da oferta <strong>de</strong><br />

bens e serviços, tendo como estratégias o planejamento, investimentos em logística e<br />

transporte, e a consolidação das políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico que incluem<br />

as políticas industrial, agrícola e energética. A perspectiva <strong>de</strong> crescimento no médio<br />

prazo tem, como um dos seus elementos, os investimentos públicos e privados que se<br />

consolidarão nos próximos anos – R$ 50 bilhões da Sala do Investidor e R$ 58,6 bilhões<br />

em projetos do PAC. São objetivos que po<strong>de</strong>m ser perseguidos, com efeitos sobre a<br />

arrecadação, capazes <strong>de</strong> reduzir <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> financiamentos.<br />

4. Mobilização <strong>de</strong> recursos, fontes <strong>de</strong> financiamento, parcerias com a União, utilização dos<br />

<strong>de</strong>pósitos judiciais e adoção <strong>de</strong> <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> melhoria da fiscalização, gestão e arrecadação,<br />

como estratégias <strong>de</strong> sustentação para a qualificação dos serviços públicos.<br />

5. Qualificação da gestão pública, com ampliação e melhoria permanente dos mecanismos<br />

<strong>de</strong> transparência, participação e controle público.<br />

Diretrizes Estratégicas da Agenda Rio Gran<strong>de</strong> no Rumo Certo:<br />

1. Captação e atração <strong>de</strong> investimentos públicos e privados: contratar novos financiamentos,<br />

com agências nacionais e internacionais, para realização <strong>de</strong> investimentos públicos em<br />

infraestrutura e fomento, promoção <strong>de</strong> investimentos privados, através das políticas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento econômico, com mobilização do crédito e dos incentivos setoriais e<br />

do Novo Fundopem. Criação do Fundo <strong>de</strong> Desenvolvimento Regional, abertura <strong>de</strong> novos<br />

mercados na China, África e América do Sul. Consolidação e permanente qualificação da<br />

Nova Política Industrial, centrada na qualida<strong>de</strong>, na inovação e na sustentabilida<strong>de</strong> ambiental<br />

e das políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do campo.<br />

2. Ampliação dos Serviços Públicos: na saú<strong>de</strong>, manter a marca histórica dos 12% da Receita<br />

Líquida, com conclusão dos hospitais regionais e UPA´s, mo<strong>de</strong>rnização tecnológica da<br />

Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, ampliação do Mais Médicos e 1.000 novos leitos para Região Metropolitana<br />

<strong>de</strong> Porto Alegre. Na educação, formação <strong>de</strong> mais 20 mil técnicos <strong>de</strong> nível médio<br />

através <strong>de</strong> Escolas Técnicas Estaduais, implementação da educação integral em tempo<br />

integral, continuida<strong>de</strong> da melhoria e qualificação física, <strong>programa</strong> PRÓ MÉDIO com bolsa<br />

permanência para alunos <strong>de</strong> baixa renda. E na segurança, concluir a <strong>de</strong>socupação do<br />

Presídio Central, ampliar o efetivo da BM e Polícia Civil, através dos concursos em andamento<br />

e novos, ampliação do policiamento comunitário e patrulhas Maria da Penha.<br />

3. Qualificação da Infraestrutura, Mobilida<strong>de</strong> e Transporte Público: instituir o Programa Continuado<br />

<strong>de</strong> Investimento em Infraestrutura – PCII, a partir dos recursos possibilitados pelo novo<br />

espaço fiscal. Concluir todos os acessos municipais e as obras já em andamento. Implementar<br />

o Plano <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> Urbana na Região Metropolitana <strong>de</strong> Porto Alegre. Através do PAC<br />

II e III, constituir uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte com novos e melhores modais com a consolidação<br />

dos projetos <strong>de</strong> aeroportos regionais, a Hidrovia Brasil-Uruguai e a Ferrovia Norte-Sul.<br />

4. Reestruturação do Pacto Fe<strong>de</strong>rativo<br />

4. 1 – A Situação da Dívida Pública<br />

A dívida fundada do Estado é <strong>de</strong> aproximadamente R$ 50 bilhões, e seu principal componente é<br />

constituído pelo contrato <strong>de</strong> renegociação da dívida com a União, que representa 89,7% da dívida<br />

fundada da Administração Direta. Além disso, o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul é o Estado com maior relação<br />

entre dívida consolidada líquida e receita corrente líquida (RCL), que vem caindo ao longo<br />

dos anos, permitindo a contratação <strong>de</strong> novos financiamentos.. Em uma dimensão mais ampla, o<br />

Rio Gran<strong>de</strong> do Sul tem contribuído na redução do endividamento brasileiro. Nos últimos anos, a<br />

relação entre a dívida líquida e o Produto Interno Bruto do país tem sido <strong>de</strong>crescente, colocando<br />

o país em uma situação superior àquela existente nas economias mais ricas do mundo (neste<br />

ano a taxa mensal oscilou entre 33,1% e 34,9%). O Rio Gran<strong>de</strong> do Sul não se difere da realida<strong>de</strong><br />

nacional, hoje o seu endividamento correspon<strong>de</strong> a 20% do seu PIB.<br />

4. 2 – Questões Fe<strong>de</strong>rativas<br />

Durante o nosso Governo, houve avanços em temas importantes, a partir da sensibilida<strong>de</strong> e<br />

parceria do Governo Fe<strong>de</strong>ral frente à gravida<strong>de</strong> da situação financeira do Estado foi ampliado<br />

o espaço fiscal, autorizado o pagamento da dívida da União junto à CEEE, encerrada a “guerra<br />

dos portos” e encaminhada para aprovação o projeto <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> renegociação da dívida pública.<br />

Para uma segunda fase, manteremos o processo <strong>de</strong> negociação tendo como foco, além da<br />

Dívida Pública, outros temas cruciais relacionados à estrutura do fe<strong>de</strong>ralismo fiscal brasileiro<br />

que, em geral, restringem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento público dos estados do Sul e<br />

Su<strong>de</strong>ste. Alguns pontos precisam ser enfrentados para a constituição <strong>de</strong> um novo pacto fe<strong>de</strong>rativo,<br />

no que tange à distribuição <strong>de</strong> receitas: o Fundo <strong>de</strong> Participação dos Estados (FPE), o<br />

congelamento das compensações das perdas da Lei Kandir que afeta os entes exportadores,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> região, os royalties do petróleo e a redução ou eliminação das alíquotas<br />

interestaduais do ICMS, que são instrumentos da guerra fiscal.<br />

a. Manter a integração programática e <strong>de</strong> gestão com o Governo Dilma Rousseff, ao mesmo<br />

tempo, reunir os esforços e as forças políticas e sociais do estado para participar em<br />

nível nacional da mobilização pela Reestruturação do Pacto Fe<strong>de</strong>rativo.<br />

b. Mobilização junto às outras unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração que integram a Região Sul para o<br />

encaminhamento, pelo Governo Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong> Projeto <strong>de</strong> Lei que institui o Fundo <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Regional da<br />

Região Sul e a Su<strong>de</strong>sul.<br />

c. Aprovação da Reforma Política, a melhor resposta contra a corrupção, o crescente pragmatismo<br />

e a “criminalização da política”.<br />

d. Aprovação da Reforma Tributária e enfrentamento à Guerra Fiscal.<br />

e. Manter o esforço concentrado do <strong>governo</strong> e da socieda<strong>de</strong> gaúcha pela aprovação da<br />

reestruturação da Dívida Pública do Estado, em fase final no Senado.<br />

f. Consolidar o Sistema Estadual <strong>de</strong> Participação Cidadã, contribuindo para experiência<br />

fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> institucionalização do Sistema Nacional <strong>de</strong> Participação Popular.<br />

Mais Crescimento e Mais Igualda<strong>de</strong> para o RS<br />

Em 2010, assumimos o compromisso <strong>de</strong> realizar um esforço concentrado em prol do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico e social do estado. Para isso, ainda durante a campanha, abrimos<br />

um processo <strong>de</strong> diálogo e <strong>de</strong> participação com todas as forças dinâmicas da socieda<strong>de</strong>, para<br />

a construção da agenda estratégica <strong>de</strong> um novo caminho <strong>de</strong> retomada do crescimento no Rio<br />

Gran<strong>de</strong>, com inclusão social, distribuição <strong>de</strong> renda, sustentabilida<strong>de</strong> ambiental e apoio à produção<br />

e inovação, tendo como alicerce a ca<strong>de</strong>ia produtiva instalada, combinada com a atração<br />

<strong>de</strong> investimentos e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho e empreen<strong>de</strong>dorismo dos gaúchos e gaúchas.<br />

Quase quatro anos <strong>de</strong>pois, po<strong>de</strong>mos afirmar, com segurança, o sucesso na implementa-<br />

10 11


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

ção do Programa <strong>de</strong> Governo, ancorado em cinco eixos principais: Recuperação das Funções<br />

Públicas do Estado, Colocar o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul no Mesmo Ritmo <strong>de</strong> Crescimento do Brasil;<br />

Estado como Indutor do Desenvolvimento com Crescimento, Inclusão Social e Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental; Redução das Desigualda<strong>de</strong>s com Políticas <strong>de</strong> Distribuição <strong>de</strong> Renda e <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Regional; Diálogo e Participação Cidadã; e Protagonismo nas Relações Internacionais.<br />

O Estado que encontramos<br />

As finanças públicas apresentavam um quadro <strong>de</strong> graves problemas relativos à sustentabilida<strong>de</strong><br />

no médio e longo prazo. Para enfrentá-los, mobilizamos a receita através da cobrança<br />

da dívida ativa e da fiscalização, melhorando consi<strong>de</strong>ravelmente seus resultados. No período<br />

2011/2013, a arrecadação <strong>de</strong> ICMS cresceu 14,7% em termos reais, com relação aos três anos<br />

imediatamente anteriores.<br />

Durante a campanha <strong>de</strong> 2010, <strong>de</strong>monstramos que a política do ‘déficit zero’ e a redução<br />

do papel do Estado, estratégias principais do <strong>governo</strong> anterior, resultaram na diminuição drástica<br />

do investimento próprio, dos orçamentos nas áreas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, educação e segurança, e do<br />

abandono das políticas <strong>de</strong> fomento econômico, distribuição <strong>de</strong> renda e <strong>de</strong> estruturas fundamentais<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento, como a Fepam e a Emater, além <strong>de</strong> uma política permanente<br />

<strong>de</strong> conflito com os movimentos sociais e sindicais e <strong>de</strong>svalorização do servidor público.<br />

Na educação, o achatamento dos salários dos professores, os concursos não realizados,<br />

a violência no tratamento com a categoria, a participação <strong>de</strong>crescente da Receita Líquida <strong>de</strong><br />

Impostos e Transferências na aplicação <strong>de</strong> recursos para a manutenção e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do ensino, o sucateamento das estruturas físicas <strong>de</strong> todo sistema público estadual, como por<br />

exemplo, as escolas <strong>de</strong> lata e a “enturmação”, resumem bem a política do <strong>governo</strong> anterior.<br />

A segurança tinha o pior salário básico para os policiais militares do País, e o <strong>governo</strong><br />

não havia concedido nenhum centavo <strong>de</strong> aumento. No sistema prisional, o déficit <strong>de</strong> vagas<br />

chegou a 11 mil vagas em 2009, contra um déficit em 2000 <strong>de</strong> 1,1 mil vagas. Na saú<strong>de</strong>: herdamos<br />

o status do estado que menos investia em saú<strong>de</strong> no Brasil, apenas 7,9%.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento econômico foi marcado pela ausência <strong>de</strong> iniciativas políticas, tanto<br />

para a indústria, quanto para a agricultura. Os órgãos vinculados foram enfraquecidos.<br />

Programas <strong>de</strong> fomento foram <strong>de</strong>sativados ou <strong>de</strong>spotencializados, como os <strong>programa</strong>s <strong>de</strong><br />

Extensão Empresarial e dos Arranjos Produtivos Locais. O Simples Gaúcho foi reduzido, e o<br />

Fundopem estava centralizado e direcionado apenas às gran<strong>de</strong>s empresas.<br />

Os órgãos ambientais foram <strong>de</strong>saparelhados, com quadros <strong>de</strong> servidores da Secretaria<br />

do Meio Ambiente, Fepam e FZB reduzidos, sem condições técnicas e estruturais mínimas<br />

para realização <strong>de</strong> políticas públicas, licenciamento e fiscalização.<br />

Não havia políticas <strong>de</strong> direitos humanos, e os exemplos mais emblemáticos foram a recusa<br />

do então <strong>governo</strong> estadual em a<strong>de</strong>rir ao Pacto Nacional <strong>de</strong> Enfrentamento à Violência Contra<br />

as Mulheres e a total falta <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> renda e enfrentamento à pobreza.<br />

Entre 2008 e 2010 foram captados, em convênios com a União, somente R$ 105 milhões.<br />

A relação do então <strong>governo</strong> estadual com o Governo Lula era inexpressiva ou, quando<br />

existente, era conflituosa, como no caso dos Polos Rodoviários e dos recursos para reforma<br />

do Presídio Central, recusados pela governadora. Não havia a<strong>de</strong>são por parte do Estado aos<br />

projetos e <strong>programa</strong>s fe<strong>de</strong>rais, com prejuízo incalculável na captação <strong>de</strong> verbas do PAC I e II. O<br />

Rio Gran<strong>de</strong> havia parado <strong>de</strong> crescer, estava <strong>de</strong> costas para o Brasil e fechado para o mundo, em<br />

um círculo vicioso <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão econômica e social, num ambiente altamente conflituoso.<br />

No que diz respeito à infraestrutura e logística, encontramos um cenário <strong>de</strong> ausência <strong>de</strong> investimentos<br />

e precarização das estruturas operacionais do estado. O DAER estava sem condições<br />

para cumprir suas funções: o quadro <strong>de</strong> pessoal insuficiente, as superintendências regionais com<br />

equipamentos sucateados, e com contratos que a gestão anterior firmou sem reserva <strong>de</strong> recursos<br />

para honrá-los. Os 104 municípios sem acesso asfáltico, as 32 obras <strong>de</strong> significado regional esperando<br />

solução e as sete duplicações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s vias sem encaminhamentos atestam os efeitos<br />

do histórico <strong>de</strong> paralisia. A manutenção da malha estava praticamente abandonada e, mesmo na<br />

parte pedagiada, um ambiente <strong>de</strong> conflito em razão das graves <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s do mo<strong>de</strong>lo adotado.<br />

Também não havia ações articuladas para viabilizar outros modais <strong>de</strong> transporte e para a questão<br />

energética, com baixos níveis <strong>de</strong> investimento.<br />

Assim, tivemos que agir em várias frentes: reorganizar a administração pública, buscar<br />

recursos para retomar os investimentos, resgatar a relação com o Governo Fe<strong>de</strong>ral, contratar<br />

emergencialmente servidores, aumentar salários, promover concursos, equipar nossos<br />

órgãos prestadores <strong>de</strong> serviços, retomar o diálogo com os servidores e criar canais <strong>de</strong> participação<br />

efetiva da socieda<strong>de</strong> na gestão e controle público do estado. Paralelamente, ainda<br />

enfrentar a situação <strong>de</strong> crise estrutural das finanças públicas com medidas para Previdência<br />

Pública, pagamento <strong>de</strong> precatórios e Dívida com a União.<br />

O Governo faz a sua parte e o Rio Gran<strong>de</strong> volta a crescer<br />

O balanço <strong>de</strong> gestão do Governo <strong>Tarso</strong> <strong>de</strong>monstra que avançamos em todas as áreas:<br />

saú<strong>de</strong>, educação, segurança, <strong>de</strong>senvolvimento econômico, ciência e tecnologia, meio<br />

ambiente, agricultura e <strong>de</strong>senvolvimento rural, relações internacionais, cultura, proteção e<br />

garantia dos direitos humanos, com respeito e valorização do serviço público.<br />

O Governo estabeleceu um novo padrão <strong>de</strong> relacionamento entre a socieda<strong>de</strong> e o Estado,<br />

seja diretamente com a população, com o Governo Fe<strong>de</strong>ral ou com os municípios. Esse<br />

relacionamento esta assentado no diálogo, na participação e na cooperação, criando as condições<br />

para a formulação <strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento baseada no pluralismo, na<br />

inclusão social e produtiva e na universalida<strong>de</strong> do crescimento.<br />

O papel do Estado como indutor do <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social foi resgatado.<br />

Constituímos estruturas como a Agência Gaúcha do Desenvolvimento e Promoção do Investimento<br />

(AGDI) e a Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo e (SDR).<br />

Realizamos planejamento estratégico e instituímos a Política Estadual da Indústria, aten<strong>de</strong>ndo<br />

22 setores, o Plano Safra Gaúcho, Plano Decenal da Agricultura, o Zoneamento Ecológico<br />

Econômico e o Plano Estadual <strong>de</strong> Logística e Transporte (PELT).<br />

Resgatamos e ampliamos as políticas <strong>de</strong> fomento e apoio a setores estratégicos, com <strong>de</strong>staque<br />

ao Simples Gaúcho, aos Arranjos Produtivos Locais (APL´s) e às Cooperativas. Com o Programa<br />

RS Tecnópole, foram criados 13 Parques e Polos Tecnológicos, e os editais da Fapergs ampliaram<br />

em 420% os recursos para C&T, comparado ao <strong>governo</strong> anterior. Foi executada política ofensiva<br />

na captação <strong>de</strong> negócios e investimentos, que tem como principais instrumentos o Novo Fundopem,<br />

o Pró-Inovação, os incentivos setoriais, a política <strong>de</strong> comércio exterior e as linhas <strong>de</strong> crédito<br />

disponíveis pelo Sistema Financeiro do Estado – Banrisul, BRDE e Ba<strong>de</strong>sul. Com uma gestão inovadora,<br />

instituímos a Sala do Investidor, que acolhe e acompanha projetos <strong>de</strong> investimentos privados.<br />

Atualmente, 536 projetos são gerenciados, com previsão <strong>de</strong> R$ 50,03 bilhões <strong>de</strong> investimentos<br />

privados e projeção <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 65 mil empregos diretos. A partir do relacionamento entre iniciativa<br />

privada e Governo do Estado, marcas globais como Honda, Hyundai, Mitsubishi e CMPC, e locais,<br />

como a Stara, Randon, Marcopolo e Stihl, ampliaram operações e investimentos.<br />

A Indústria Oceânica no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul está se transformando, na atual gestão,<br />

em uma das maiores fornecedoras da Petrobrás para produção <strong>de</strong> petróleo e gás até 2020,<br />

com ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> fornecedores espalhadas por todo Estado. Até 2018, vamos contar com 89<br />

Parques Eólicos, produzindo 2.005,9 MW em um total <strong>de</strong> investimentos na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 8,4<br />

bilhões. Os projetos já contratados, 1.750,9 MW, <strong>de</strong>mandarão para construção dos parques<br />

10.000 novos postos <strong>de</strong> trabalho, e durante a sua operação, 2.000 novas vagas.<br />

Inovamos com a implementação do Plano Safra Gaúcho, que entre 2011-2015 resultará em<br />

investimentos na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 8,91 bilhões, provenientes do Banrisul, Ba<strong>de</strong>sul, BNDES, BRDE, <strong>governo</strong><br />

fe<strong>de</strong>ral e Tesouro do Estado, em ações <strong>de</strong> apoio aos agricultores e pecuaristas gaúchos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a produção até a comercialização. Para o biênio 2013/<strong>2014</strong>, o plano vai beneficiar 300 mil famílias<br />

<strong>de</strong> agricultores e pecuaristas com recursos disponíveis <strong>de</strong> R$ 2,7 bilhões. O Programa <strong>de</strong> Irrigação<br />

Mais Água, Mais Renda, em conjunto com o Irrigando a Agricultura Familiar, mais que duplicou a área<br />

12 13


irrigada do estado, sem consi<strong>de</strong>rar as plantações <strong>de</strong> arroz já irrigadas. E as políticas setoriais, como<br />

a do Leite Gaúcho, contribuíram para o fortalecimento das nossas ca<strong>de</strong>ias produtivas.<br />

Função Agricultura 2007-2013<br />

(R$ milhões)<br />

487,56<br />

526,37<br />

4,4 bilhões, garantiu ainda, entre outras obras e projetos, que no período 2011-2013 o RS<br />

recebesse 530 novos quilômetros asfaltados em todas as regiões do estado.<br />

Convênios - valores captados<br />

(R$ milhões)<br />

784 milhões<br />

TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

O crescimento da produção industrial e da agropecuária foi acompanhado estrategicamente<br />

por <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> inclusão, distribuição <strong>de</strong> renda e formação profissional. O RS Mais<br />

Igual, juntamente com o Programa Brasil sem Miséria do Governo Fe<strong>de</strong>ral, foi fundamental na<br />

redução da extrema pobreza. O Programa complementou a renda <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 80 mil famílias,<br />

e permitiu a autonomia <strong>de</strong> 4.000 famílias.<br />

O Piso Regional foi resgatado e obteve valorização real <strong>de</strong> 28,30%, no período entre<br />

2011 e <strong>2014</strong>, melhorando as condições salariais <strong>de</strong> 1,1 milhão <strong>de</strong> trabalhadores, ampliando<br />

o po<strong>de</strong>r aquisitivo e fortalecendo o mercado interno gaúcho.<br />

900,0<br />

850,0<br />

800,0<br />

750,0<br />

700,0<br />

650,0<br />

600,0<br />

550,0<br />

500,0<br />

450,0<br />

400,0<br />

477,40<br />

415,00<br />

213,87 199,23<br />

511,29<br />

465,00<br />

2008 2009<br />

255,42<br />

546,57<br />

510,00<br />

610,00<br />

545,00<br />

2010 2011 2012<br />

RS<br />

302,40<br />

Salário Mínimo Nominal<br />

(R$)<br />

No cenário nacional, o RS <strong>de</strong>stacou-se com o Programa Microcrédito, que já financiou<br />

mais <strong>de</strong> R$ 411 milhões, e o Pacto Gaúcho pela Educação, responsável por 440 mil matrículas<br />

em cursos <strong>de</strong> formação profissional, com <strong>de</strong>staque para o Pronatec, com mais <strong>de</strong> 230 mil<br />

matriculados, a maior participação no país.<br />

O empenho do Governo <strong>Tarso</strong> e o alinhamento com o Governo Dilma garantiram ao Rio<br />

Gran<strong>de</strong> o segundo lugar entre os estados em captação <strong>de</strong> recursos do PAC, com um volume<br />

na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 58,56 bilhões, entre 2011 e <strong>2014</strong>, além <strong>de</strong> convênios em todas as áreas, no<br />

valor <strong>de</strong> R$ 784 milhões, entre 2011 e 2013. Com esta parceria no período entre 2011 e<br />

2013, obtivemos uma média anual <strong>de</strong> R$ 1,3 bilhões em investimentos.<br />

A captação <strong>de</strong> recursos para o financiamento do investimento, no valor global <strong>de</strong> R$<br />

Brasil<br />

354,28<br />

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013<br />

624,05<br />

622,00<br />

770,00<br />

678,00<br />

2013<br />

<strong>2014</strong><br />

868,00<br />

724,00<br />

105 milhões<br />

2008 - 2010 2011 -2013<br />

Ainda para alavancar investimentos, estabelecemos como estratégia central a busca<br />

<strong>de</strong> financiamentos externos, utilizando o espaço fiscal existente. Assim, ainda em 2010, realizamos<br />

missões a outros países e nos reunimos com as principais instituições financeiras,<br />

BIRD, BID e BNDES. Apresentamos projetos <strong>de</strong> financiamento para infraestrutura e promoção<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento, que resultaram numa captação global <strong>de</strong> R$ 4,4 bilhões. Entre outras<br />

obras e projetos, os financiamentos conquistados permitiram que, no período 2011-2013, o<br />

RS recebesse 530 novos quilômetros asfaltados em todas as regiões do estado.<br />

Até o final <strong>de</strong> <strong>2014</strong>, serão entregues 44 acessos municipais, outros 40 estão em obras, e 20<br />

estão com solução encaminhada. Esses números superam a soma <strong>de</strong> todos os acessos municipais<br />

entregues nos últimos quatro <strong>governo</strong>s. Finalmente, foi instituído um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> pedagiamento<br />

das estradas gaúchas, sem renovação do Programa <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Estradas e retomada <strong>de</strong><br />

sete polos <strong>de</strong> pedágios, que passaram a ser geridos pelo po<strong>de</strong>r público, através da Empresa Gaúcha<br />

<strong>de</strong> Rodovias (EGR), com fim do pedágio <strong>de</strong> Farroupilha, tarifas reduzidas, ampliação do investimento<br />

e criação <strong>de</strong> Conselhos Comunitários das Regiões das Rodovias Pedagiadas (Corepes).<br />

O Rio Gran<strong>de</strong> do Mundo: o Governo <strong>Tarso</strong> recolocou o estado no mapa das relações<br />

internacionais e, com um conjunto expressivo <strong>de</strong> missões para o exterior, estabelecemos<br />

uma nova integração econômica, tecnológica, educacional, ambiental e cultural com diversos<br />

países, como Uruguai, Argentina, China, Cingapura, Coréia do Sul, Indonésia, Cuba, Inglaterra,<br />

França, Espanha, Portugal, Alemanha, Israel, Palestina, Chile e Japão, entre outros. Ações <strong>de</strong><br />

cooperação com a Alemanha na área ambiental, com a França na área <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> urbana,<br />

com Cuba na área <strong>de</strong> biotecnologia, com a Argentina em Direitos Humanos, com o Uruguai na<br />

cultura e educação, com a China em infraestrutura e com a Coréia do Sul em microeletrônica.<br />

Na área industrial, o Governo do Estado realizou 63 missões em 30 países.<br />

No campo político, administrativo e financeiro foram enfrentados problemas históricos.<br />

Reestruturamos a previdência pública com a criação do Fundo Previ<strong>de</strong>nciário e criamos as<br />

condições, para que no longo prazo, o sistema se torne sustentável. Li<strong>de</strong>ramos nacionalmente<br />

o processo <strong>de</strong> renegociação da Dívida Pública com a União, resultando no compromisso do<br />

Governo Fe<strong>de</strong>ral pela aprovação do PLC 99/2013 no Congresso Nacional, que trata da troca<br />

do in<strong>de</strong>xador das dívidas estaduais e municipais. Atuamos fortemente sobre outros temas<br />

que envolvem o pacto fe<strong>de</strong>rativo, como a distribuição dos royalties <strong>de</strong> pré-sal e o limite à<br />

guerra fiscal, com o fim da “guerra dos portos”.<br />

O permanente conflito com os servidores públicos ficou no passado, substituímos pelo<br />

amplo diálogo, pelo respeito e por um conjunto <strong>de</strong> ações que melhoraram suas condições<br />

<strong>de</strong> trabalho e remuneratórias. Entre outras ações <strong>de</strong> valorização do servidor público, foram<br />

concedidos aumentos para as maiores categorias: Professores, 76,69%; Soldados da Brigada<br />

Militar, 1ª. Classe, 104,49%; Quadro Geral, 162,88%; e Técnicos Científicos, 81,19%.<br />

14 15


160<br />

Quadro Geral<br />

(%)<br />

162,88 Magistério<br />

80<br />

(%)<br />

76,69<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

34,57<br />

TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

0<br />

27,72<br />

2007 - 2010 2011 -<strong>2014</strong><br />

Técnicos Científicos<br />

(%)<br />

41,74<br />

81,19<br />

2007 - 2010 2011 -<strong>2014</strong><br />

2007 - 2010 2011 -<strong>2014</strong><br />

Ao mesmo tempo, reestruturamos as carreiras do Quadro Geral e Técnicos Científicos,<br />

e novos planos <strong>de</strong> carreira para todas as fundações do Estado. Recompomos o quadro <strong>de</strong><br />

servidores através da realização <strong>de</strong> concurso público para as áreas estratégicas do estado:<br />

educação, segurança, saú<strong>de</strong>, meio ambiente, entre outras.<br />

Para implementar esta agenda estratégica <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, tivemos como princípio<br />

o fortalecimento da <strong>de</strong>mocracia, ampliando e criando novos espaços públicos <strong>de</strong> participação<br />

direta, com a constituição <strong>de</strong> instâncias <strong>de</strong> diálogo e concertação. Instituímos o<br />

Sistema Estadual <strong>de</strong> Participação Popular e Cidadã e, com ele, resgatamos a participação<br />

nos processos <strong>de</strong>cisórios sobre a alocação dos recursos públicos, através do Orçamento, do<br />

Plano Plurianual e do Plano Safra participativos. Instituímos canais <strong>de</strong> diálogo e <strong>de</strong> concertação<br />

para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> políticas públicas, através do Conselho <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Econômico e Social (CDES-RS) – o Conselhão –, do Orçamento Participativo, do Gabinete dos<br />

Prefeitos, e dos Diálogos Temáticos e Regionais. Inovamos na criação do Gabinete Digital,<br />

que abre um espaço digital <strong>de</strong> comunicação direta com as Re<strong>de</strong>s Sociais, e implementamos<br />

as Interiorizaões do Governo, para realização <strong>de</strong> prestações <strong>de</strong> contas regionalizadas.<br />

Este sistema nos permitiu respon<strong>de</strong>r rápida e positivamente às Manifestações <strong>de</strong> Junho<br />

<strong>de</strong> 2013, através da escuta e do diálogo em tempo real, com resultados importantes, como o<br />

Passe Livre para estudantes das regiões metropolitanas e a parceria com o Governo Fe<strong>de</strong>ral,<br />

que proporcionou o ingresso <strong>de</strong> 1.081 profissionais pelo Programa Mais Médicos, beneficiando<br />

3,7 milhões <strong>de</strong> gaúchos e gaúchas, em 369 cida<strong>de</strong>s.<br />

O Programa Passe Livre foi uma conquista da juventu<strong>de</strong> mobilizada nas ruas do nosso<br />

estado, em junho <strong>de</strong> 2013, e que encontrou um <strong>governo</strong> <strong>de</strong>mocrático e popular, com capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> promover o diálogo e produzir uma lei com a cara da participação e da mobilização<br />

social. Neste ano, 335 municípios a<strong>de</strong>riram com 22.000 estudantes na modalida<strong>de</strong> subsídio,<br />

e 4.500 com passe livre nas regiões metropolitanas e aglomerados, totalizando investimento<br />

<strong>de</strong> 16 milhões por ano. Com o Governo <strong>Tarso</strong>, avançamos ainda na criação da Coor<strong>de</strong>nadoria<br />

da Juventu<strong>de</strong> e do Conselho Estadual da Juventu<strong>de</strong>.<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

53,30<br />

Soldado BM<br />

(%)<br />

104,49<br />

2007 - 2010 2011 -<strong>2014</strong><br />

EIXO 1<br />

Serviços Públicos para<br />

Promoção da Dignida<strong>de</strong>:<br />

Saú<strong>de</strong>, Educação e Segurança<br />

16 17


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

SAÚDE<br />

O Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> é uma das maiores conquistas do povo brasileiro, marca<br />

permanente <strong>de</strong> que a participação e a organização social melhoram a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, fortalecem<br />

nossas instituições e ampliam nossa <strong>de</strong>mocracia. Sabemos que a saú<strong>de</strong> não é apenas<br />

atendimento médico, que um povo saudável é aquele que tem emprego, mais crianças nas<br />

escolas, mais jovens nas universida<strong>de</strong>s, mais moradias e saneamento básico, o que lhe dá<br />

saú<strong>de</strong> e força necessária para enfrentar os <strong>de</strong>safios.<br />

A melhoria das condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do povo gaúcho, nos últimos anos, explica-se<br />

tanto pela expansão das ações e dos serviços garantidos pelo SUS, como pelo crescimento<br />

econômico, e pela implementação das políticas sociais durante o Governo Olívio, Lula,<br />

Dilma e <strong>Tarso</strong>.<br />

Quando a UPPRS assumiu o Governo em 2011, o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul era o estado que<br />

menos investia em saú<strong>de</strong> no Brasil, apenas 5,8% dos recursos próprios em 2007, alcançando<br />

7,62% em 2010, incluindo neste cálculo valores investidos pela Corsan. O cenário encontrado<br />

era <strong>de</strong> má qualida<strong>de</strong> no atendimento e acesso aos serviços, falta <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> trabalho<br />

para profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, retorno <strong>de</strong> surto <strong>de</strong> doenças, como a febre amarela e a falta <strong>de</strong><br />

medicamentos especiais.<br />

Na perspectiva <strong>de</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então vem sendo<br />

implementada pelo <strong>governo</strong> estadual uma política que representa evolução <strong>de</strong> mais <strong>de</strong><br />

87% nos repasses reais <strong>de</strong> recursos para a saú<strong>de</strong>, atingindo a meta histórica <strong>de</strong> 12% para<br />

a saú<strong>de</strong> no estado.<br />

12,0%<br />

10,5%<br />

9,0%<br />

7,5%<br />

6,0%<br />

Aplicado em Saú<strong>de</strong> sem os recursos da Corsan<br />

(%)<br />

7,5 7,5<br />

6,8<br />

7,4 7,2<br />

7,9 8,1<br />

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013<br />

9,6<br />

12,5<br />

O investimento em Atenção Básica é estratégico consi<strong>de</strong>rando que a prevenção e promoção<br />

da saú<strong>de</strong> evitam lotar os hospitais por causas <strong>de</strong>snecessárias, agilizando a prestação<br />

<strong>de</strong> serviços. Neste sentido, o <strong>governo</strong> investiu R$ 454,6 milhões na Atenção Básica entre 2011<br />

e 2013. Ampliou em 32% entre jan/2011 e jun/<strong>2014</strong> as equipes <strong>de</strong> estratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da<br />

família, ou seja, são 389 novas equipes <strong>de</strong> ESF nesta gestão. A cobertura do TeleSaú<strong>de</strong> RS, que<br />

serve <strong>de</strong> suporte às ESFs (Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família), passou <strong>de</strong> 126 para 421 municípios.<br />

Resultado da parceria entre o Governo do Estado e o Governo Fe<strong>de</strong>ral, 1005 Unida<strong>de</strong>s<br />

Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS) receberam recursos fe<strong>de</strong>rais para reforma, ampliação e construção.<br />

Resultado também <strong>de</strong>sta parceria é o Programa Mais Médicos, que potencializou a expansão<br />

e qualificação da ESF, principalmente nos territórios <strong>de</strong> maior vulnerabilida<strong>de</strong> social e dificulda<strong>de</strong><br />

para fixação. Des<strong>de</strong> sua implantação, 1.081 novas médicas e médicos passaram a<br />

aten<strong>de</strong>r em 369 municípios, beneficiando 3,7 milhões <strong>de</strong> gaúchas e gaúchos.<br />

Atendimentos <strong>de</strong> urgência e emergência também foram reforçados com o incremento<br />

<strong>de</strong> 10 novas UPAs em funcionamento e 08 com obras concluídas, em fase <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong><br />

pessoal. Além disso, 90% da população é atendida pela SAMU.<br />

O investimento que o <strong>governo</strong> estadual realizou na saú<strong>de</strong> teve impacto direto nos serviços<br />

oferecidos pelos hospitais. Hoje temos mais e melhores serviços: 1.107 novos leitos<br />

ofertados ao SUS, entre 2011 e jun/<strong>2014</strong> (sendo que foram 108 entre 2007-2010); ampliação<br />

do número <strong>de</strong> UTIs, dos serviços <strong>de</strong> Oncologia; e o incentivo <strong>de</strong> plantão presencial para<br />

especialida<strong>de</strong>s. Houve também uma ampliação significativa <strong>de</strong> repasses aos hospitais no RS.<br />

Valores pagos aos Hospitais, com recursos do Tesouro.<br />

Atualizados para 2013 - IPCA<br />

175<br />

1.190<br />

Hospitais Filantrópicos<br />

Incentivo<br />

2007/2010<br />

2011/<strong>2014</strong> (pago até julho)<br />

35<br />

246<br />

Hospitais Públicos<br />

Incentivo<br />

(em milhões)<br />

68<br />

133<br />

Repasse Hospitais<br />

Convênios<br />

Para prevenir a garantir atendimento a usuários <strong>de</strong> crack e outras drogas, o RS já implantou<br />

43 Centros <strong>de</strong> Atendimento Psicossocial (CAPS), qualificou e implantou 1301 leitos<br />

AD (álcool e outras drogas) em Hospitais Gerais. Hoje, 288 municípios são atendidos com a<br />

Linha <strong>de</strong> Cuidados em Saú<strong>de</strong> Mental.<br />

Nesta gestão o estado abriu concurso público para 1.283 vagas para o quadro da Secretaria<br />

Estadual da Saú<strong>de</strong> (SES), sendo que <strong>de</strong>stas vagas, já houve a posse <strong>de</strong> 381 profissionais, para qualificação<br />

do processo <strong>de</strong> trabalho, que reflete na melhoria da saú<strong>de</strong> das usuárias e usuários do SUS.<br />

O <strong>governo</strong> <strong>de</strong>monstrou o compromisso com as <strong>de</strong>mandas da socieda<strong>de</strong> gaúcha, ampliando<br />

o diálogo com gestores municipais, com participação popular e controle social.<br />

249<br />

330<br />

Hospitais Próprios<br />

do Estado<br />

529<br />

1.900<br />

Total<br />

Repasse Hospitais<br />

18<br />

19


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

1. Atenção Básica<br />

• Ampliar ainda mais o investimento em atenção básica, fortalecendo a Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da<br />

Família (ESF) e contribuindo para um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atenção que permita que o cidadão e a cidadã<br />

possam resolver a maioria <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> próximo à sua residência.<br />

• Ampliar a cobertura da ESF, qualificando sua atuação com equipes dos Núcleos <strong>de</strong> Apoio à Saú<strong>de</strong><br />

da Família (NASF), Núcleos <strong>de</strong> Apoio à Atenção Básica (NAAB), consultórios na rua, equipes <strong>de</strong><br />

redução <strong>de</strong> danos, oficinas terapêuticas, aca<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e equipes <strong>de</strong> atenção domiciliar.<br />

• Ampliar o terceiro turno nas Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS), facilitando o acesso <strong>de</strong> trabalhadores<br />

e trabalhadoras aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

• Fortalecer o Telessaú<strong>de</strong> RS, viabilizando a realização <strong>de</strong> regulação <strong>de</strong> exames e consultas<br />

especializadas na atenção básica.<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> ao Programa Mais Médicos, em parceria com o Governo Fe<strong>de</strong>ral, garantindo<br />

atendimento em todas as regiões do estado.<br />

• Implementar o <strong>programa</strong> Saú<strong>de</strong> Acolhedora, fortalecendo as ações <strong>de</strong> acolhimento na re<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública.<br />

• Ampliar as Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Pronto Atendimento (UPAs) no estado.<br />

2. Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e suas transversalida<strong>de</strong>s<br />

• Planejar as ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em re<strong>de</strong> com a integração das ações específicas (Saú<strong>de</strong> do Trabalhador<br />

e Trabalhadora, da Mulher, da Criança, <strong>de</strong> Adolescentes, <strong>de</strong> Jovens, do Idoso e<br />

Idosa, Mental, Bucal, DST/AIDS, Assistência Farmacêutica, Urgência e Emergência, Assistência<br />

Hospitalar).<br />

• Intensificar a implementação das linhas <strong>de</strong> cuidado para as pessoas com as principais necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

• Descentralizar ainda mais, <strong>de</strong> forma regionalizada, os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

• Apoiar a formação consórcios <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para aperfeiçoar as ações <strong>de</strong> média e alta complexida<strong>de</strong>,<br />

concentradas em polos regionais.<br />

• Implementar um <strong>programa</strong> <strong>de</strong> atendimento e internação domiciliar, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reduzir<br />

o número <strong>de</strong> internações hospitalares, os custos <strong>de</strong> tratamentos, e propiciar um<br />

atendimento mais humanizado com o acompanhamento <strong>de</strong> familiares.<br />

• Integrar ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> entre os setores governamentais e da socieda<strong>de</strong>, como a Educação,<br />

Segurança Alimentar e Nutricional, Segurança Pública, Meio Ambiente, Cultura, Lazer,<br />

entida<strong>de</strong>s populares e sindicais, entre outros.<br />

• Ampliar a integração entre as instâncias fe<strong>de</strong>rais, estaduais e municipais, articulando efetivamente<br />

a área da saú<strong>de</strong>.<br />

• Articular universida<strong>de</strong>s, instituições <strong>de</strong> ensino, pesquisa, extensão, <strong>de</strong>senvolvimento e inovação<br />

tecnológica com o SUS, para atenção diferenciada aos problemas <strong>de</strong> maior relevância<br />

e incidência na população gaúcha.<br />

• Desenvolver políticas <strong>de</strong> Comunicação e Saú<strong>de</strong>, articuladas com as Rádios e TVs Comunitárias<br />

e da WEB, para que a população conheça seus direitos e serviços disponíveis. Promover<br />

campanhas <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong>.<br />

• Divulgar as informações referentes aos recursos financeiros <strong>de</strong>stinados à saú<strong>de</strong>, bem como<br />

sua aplicação.<br />

4. Política <strong>de</strong> Tecnologia e informação no SUS<br />

• Mo<strong>de</strong>rnizar a Re<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, a partir da gestão <strong>de</strong> Tecnologia da Informação (TI),<br />

implementando o Prontuário Eletrônico Integrado e monitorando as informações sobre<br />

serviços, usuários e o SUS.<br />

5. Fortalecimento da Política <strong>de</strong> Vigilância em Saú<strong>de</strong><br />

• Promover o <strong>de</strong>bate e a aprovação do Código <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, para fiscalizar e prevenir doenças.<br />

• Ampliar a infraestrutura da vigilância em saú<strong>de</strong> e garantir a <strong>de</strong>scentralização da Re<strong>de</strong> Frio.<br />

• Fortalecer e aumentar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> enfrentamento e <strong>de</strong> resposta às doenças emergentes e<br />

en<strong>de</strong>mias, com ênfase na AIDS, <strong>de</strong>ngue, hanseníase, tuberculose, leptospirose, influenza,<br />

febre amarela, entre outras.<br />

6. Saú<strong>de</strong> da criança, jovem, idoso, mulher, homem<br />

• Reduzir ainda mais a taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil através do parto humanizado, melhorando<br />

a cobertura vacinal, a segurança alimentar e incentivando o aleitamento materno. Qualificar<br />

o atendimento ao neonato e garantir o crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento saudável <strong>de</strong><br />

bebês e crianças até 6 anos. Ampliar a cobertura do <strong>programa</strong> Primeira Infância Melhor<br />

(PIM) nos municípios mais vulneráveis.<br />

• Implementar a Política Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jovens, com ações <strong>de</strong> prevenção e promoção <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, articulada com as políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população negra, privada <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>,<br />

moradoras <strong>de</strong> rua, usuários e usuárias <strong>de</strong> álcool e outras drogas, Lésbicas, Gays, Bissexuais,<br />

Travestis e Transexuais, moradoras do Campo, Floresta e Águas.<br />

• Ampliar ações que visem melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população idosa, através da ocupação<br />

dos espaços públicos com mais aca<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, difusão do Centro Estadual <strong>de</strong> Treinamento<br />

Esportivo (CETE) pelo estado e também ampliação da política <strong>de</strong> atenção domiciliar, na<br />

perspectiva da garantia da autonomia do (a) idoso (a) sobre seu corpo e condição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

• Pensar a saú<strong>de</strong> integral das mulheres gaúchas, levando em conta suas singularida<strong>de</strong>s e subjetivida<strong>de</strong>s,<br />

etnia, i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero e orientação sexual.<br />

• Promover ações intersetoriais <strong>de</strong> enfrentamento à violência <strong>de</strong> gênero, <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> direitos<br />

sexuais e reprodutivos e <strong>programa</strong>r a linha <strong>de</strong> cuidado às profissionais do sexo.<br />

• Garantir pré-natal, parto e puerpério <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, através do fortalecimento da regionalização<br />

da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção ao parto, humanização da assistência, implementação das boas<br />

práticas com evidência científicas e empo<strong>de</strong>ramento da mulher gestante sobre seu corpo.<br />

• Viabilizar em todos os Municípios exames para <strong>de</strong>tecção e prevenção do câncer <strong>de</strong> mama e<br />

do colo do útero.<br />

• Ampliar a Política <strong>de</strong> Atenção Integral à Saú<strong>de</strong> do Homem no contexto da Atenção Básica em<br />

saú<strong>de</strong> e constituir linha <strong>de</strong> Atenção Integral à saú<strong>de</strong> do Homem no RS.<br />

7. Saú<strong>de</strong> mental<br />

3. Financiamento da Saú<strong>de</strong><br />

• Reafirmar o compromisso com a aplicação dos 12% da Receita Tributária Líquida (RTL) e aperfeiçoar<br />

a aplicação dos recursos financeiros através do planejamento participativo.<br />

• Defen<strong>de</strong>r a vinculação <strong>de</strong> recursos financeiros fe<strong>de</strong>rais para o investimento na área da saú<strong>de</strong>,<br />

conforme os parâmetros da PEC da Saú<strong>de</strong>.<br />

• Observar os princípios e diretrizes da Reforma Psiquiátrica e seguir ampliando e qualificando<br />

a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Atenção Psicossocial (RAPS) no conjunto dos municípios gaúchos, fortalecendo<br />

especialmente as estruturas em re<strong>de</strong> que cuidam da saú<strong>de</strong> mental das crianças e adolescentes.<br />

• Garantir as conquistas obtidas com a reforma psiquiátrica, em especial a <strong>de</strong>sinstitucionalização<br />

e a inclusão social dos usuários.<br />

20<br />

21


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

• Ampliar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> protagonismo das usuárias e usuários, intensificando ações <strong>de</strong><br />

geração <strong>de</strong> trabalho e renda, acesso à moradia, a participação cidadã, acesso à cultura e<br />

a outras re<strong>de</strong>s sociais.<br />

• Garantir o acesso das pessoas usuárias <strong>de</strong> substâncias psicoativas (crack, álcool e outras drogas)<br />

a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (RAPS), tomando como diretriz ética <strong>de</strong> cuidado e os<br />

princípios da reforma psiquiátrica e da redução <strong>de</strong> danos.<br />

• Priorizar o apoio matricial para atenção básica, garantindo que a mesma possa acolher e cuidar<br />

da saú<strong>de</strong> mental das pessoas atendidas em seu território.<br />

• Regular, nas 30 regiões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, os leitos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental em hospital geral, garantindo o<br />

acesso mais próximo do território <strong>de</strong> vida das pessoas, permitindo assim que os serviços<br />

(AB, CAPS) acompanhem os usuários e que suas famílias possam visitá-los favorecendo<br />

os vínculos.<br />

8. Política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> das trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cida<strong>de</strong><br />

• Ampliar o número <strong>de</strong> Centro <strong>de</strong> Referencia em Saú<strong>de</strong> do Trabalhador;<br />

• Fortalecer a fiscalização dos ambientes <strong>de</strong> trabalho para prevenir os aci<strong>de</strong>ntes e adoecimento<br />

dos trabalhadores e trabalhadoras;<br />

9. Melhorar hábitos <strong>de</strong> alimentação e <strong>de</strong> vida<br />

• Ampliar as ações <strong>de</strong> educação alimentar, envolvendo escolas, locais <strong>de</strong> trabalho, restaurantes,<br />

ONGs, produtores e comerciantes agrícolas.<br />

• Fomentar ativida<strong>de</strong>s físicas, aca<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, igualmente envolvendo escolas, empresas,<br />

iniciativas comunitárias e ONGs.<br />

10. Medicamentos e assistência farmacêutica<br />

• Ampliar a assistência farmacêutica, facilitando o acesso a medicamentos.<br />

• Investir no laboratório estadual <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> medicamentos, em pesquisa e produção <strong>de</strong><br />

insumos na área farmacêutica, tais como a produção do protetor solar para trabalhadoras<br />

e trabalhadores com exposição à radiação solar.<br />

• Apoiar a organização e produção <strong>de</strong> fitoterápicos, consi<strong>de</strong>rando as experiências e conhecimentos<br />

já existentes, levando em conta os saberes tradicionais e populares.<br />

• Incentivar iniciativas <strong>de</strong> protagonismo e participação cidadã, como a Gestão autônoma <strong>de</strong><br />

medicamentos (GAM), trazendo o <strong>de</strong>bate da medicalização da vida para espaços públicos.<br />

• Defen<strong>de</strong>r a implementação <strong>de</strong> políticas para a fabricação e fornecimento, pelo Estado, <strong>de</strong> medicamentos<br />

especiais, vacinas, hemo<strong>de</strong>rivados e outros insuetos necessários a pacientes do SUS.<br />

11. Gestão <strong>de</strong>mocrática, participativa, regionalizada e com controle social<br />

• Rea<strong>de</strong>quar e qualificar a estrutura organizacional da Secretaria da Saú<strong>de</strong> nas atribuições do<br />

estado no SUS.<br />

• Fortalecer o Sistema Estadual <strong>de</strong> Regulação <strong>de</strong> leitos e consultas especializadas para ampliar<br />

e qualificar o acesso da população.<br />

• Aprofundar a participação popular e controle social, através dos Conselhos Gestores nos serviços<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, Conselhos Municipais e Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, fortalecendo esses mecanismos<br />

e utilizando instrumentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia direta, como consulta popular, audiências<br />

públicas, fóruns <strong>de</strong> participação, para ouvir a socieda<strong>de</strong> gaúcha.<br />

• Ampliar os dispositivos <strong>de</strong> controle social na contratação <strong>de</strong> prestadoras e prestadores <strong>de</strong><br />

serviços, em âmbito estadual e regional.<br />

• Garantir e ampliar na gestão espaços colegiados e compartilhados.<br />

• Ampliar a agenda <strong>de</strong> cooperação internacional, principalmente nas fronteiras e com os <strong>de</strong>mais<br />

países do Mercosul e África.<br />

12. Gestão do trabalho e educação em saú<strong>de</strong><br />

• Implementar uma política <strong>de</strong> gestão do trabalho no SUS integrada com os municípios e gestores<br />

privados e conveniados, incentivando-os e fornecendo cooperação técnica para<br />

uma maior valorização das trabalhadoras e trabalhadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Estabelecer um compromisso<br />

solidário entre gestoras, gestores, trabalhadoras e trabalhadores, em prol da<br />

qualida<strong>de</strong> dos serviços, do profissionalismo e da a<strong>de</strong>quação técnica <strong>de</strong> profissionais às<br />

necessida<strong>de</strong>s dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

• Potencializar o funcionamento da Mesa Estadual <strong>de</strong> Negociação Permanente do SUS, para <strong>de</strong>bater<br />

a implementação <strong>de</strong> uma política salarial a<strong>de</strong>quada, com plano <strong>de</strong> carreira para as<br />

trabalhadoras e trabalhadores, jornada máxima <strong>de</strong> 30 horas e <strong>de</strong>dicação exclusiva ao SUS.<br />

• Reafirmar o compromisso com o fortalecimento da Escola <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública (ESP) e da gestão<br />

da educação através da <strong>de</strong>scentralização da formação e educação permanente, a partir<br />

da instalação <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s Regionais da ESP e ampliação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong><br />

coletiva, envolvendo municípios, instituições <strong>de</strong> ensino.<br />

• Desenvolver a política estadual <strong>de</strong> educação popular em saú<strong>de</strong> em consonância com a política<br />

nacional já existente, valorizando os diversos saberes do povo.<br />

• A<strong>de</strong>quar a formação em saú<strong>de</strong> às necessida<strong>de</strong>s do SUS, à produção <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> cuidado e à<br />

integralida<strong>de</strong> nas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção, respeitando os princípios e diretrizes fundamentais<br />

dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong> preconizados pelo SUS.<br />

13. Raça, etnia e diversida<strong>de</strong> sexual e políticas <strong>de</strong> equida<strong>de</strong><br />

• Ampliar e fortalecer as políticas <strong>de</strong> equida<strong>de</strong> criadas no <strong>governo</strong> <strong>Tarso</strong>: Política <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da<br />

População <strong>de</strong> Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, do Campo, Floresta e<br />

Águas, Educação Popular em Saú<strong>de</strong> e da População Privada <strong>de</strong> Liberda<strong>de</strong>.<br />

• Potencializar a Política <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da População Negra e a da População Indígena.<br />

• Implementar a Política <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> dos Povos Ciganos.<br />

• Promover ações <strong>de</strong> combate ao racismo institucional.<br />

22<br />

23


Obras e reformas na re<strong>de</strong> física das escolas - 2004/<strong>2014</strong><br />

140.000.000,00<br />

120.000.000,00<br />

100.000.000,00<br />

80.000.000,00<br />

60.000.000,00<br />

TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

EDUCAÇÃO<br />

A herança do <strong>governo</strong> anterior é <strong>de</strong>monstrativa do <strong>de</strong>smonte da educação: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

afronta à dignida<strong>de</strong> dos trabalhadores à precarização física da re<strong>de</strong> escolar, redução da qualida<strong>de</strong><br />

da formação dos estudantes ao esvaziamento da gestão <strong>de</strong>mocrática. As “escolas <strong>de</strong><br />

lata”, o enxugamento das equipes pedagógicas, a falta <strong>de</strong> diálogo, <strong>de</strong> formação continuada<br />

e <strong>de</strong> investimento são marcas do <strong>governo</strong> anterior, que o mandato da UPPRS buscou superar,<br />

para a construção da garantia da qualida<strong>de</strong> social da educação para todas e todos.<br />

A atual gestão atuou em quatro eixos estratégicos: a reestruturação física das escolas e<br />

mo<strong>de</strong>rnização tecnológica; a reestruturação curricular e formação continuada; a qualificação<br />

do sistema e <strong>de</strong>mocratização da gestão; e a valorização profissional.<br />

Houve um esforço do <strong>governo</strong> em ampliar o orçamento da Secretaria Estadual <strong>de</strong> Educação<br />

com objetivo <strong>de</strong> melhorar o salário dos professores e <strong>de</strong> tornar possíveis investimentos<br />

no conjunto da educação.<br />

Histórico dos investimentos do Estado em Educação<br />

7.000.000.000,00<br />

6.000.000.000,00<br />

5.000.000.000,00<br />

4.000.000.000,00<br />

3.000.000.000,00<br />

2.000.000.000,00<br />

1.000.000.000,00<br />

40.000.000,00<br />

20.000.000,00<br />

0,00<br />

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013<br />

Através do Programa Província <strong>de</strong> São Pedro, foram investidos R$ 93 milhões em equipamentos<br />

tecnológicos e formações, beneficiando 160 mil estudantes, 15 mil professoras e<br />

professores e 222 escolas.<br />

Foram entregues 201 novos ônibus escolares às prefeituras, com investimento <strong>de</strong> R$<br />

196 milhões, sendo R$ 30 milhões do MEC.<br />

A reestruturação do Ensino Médio Politécnico, implantada em 2012, qualificou o ensino<br />

e reduziu a reprovação em 7,4 pontos percentuais nos primeiros anos. No Exame Nacional do<br />

Ensino Médio (Enem), o RS ficou em segundo lugar no ranking nacional das escolas públicas.<br />

A Formação Continuada em Serviço envolveu, até julho <strong>de</strong> <strong>2014</strong>, mais <strong>de</strong> 280 mil docentes,<br />

funcionárias e funcionários em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promovidas pela Secretaria Estadual da<br />

Educação (Seduc). Em tecnologias da informação, foram qualificados mais <strong>de</strong> 83 mil professoras<br />

e professores <strong>de</strong> Ensino Médio.<br />

Foi alterada a Lei da Gestão Democrática prevendo eleição por chapa <strong>de</strong> direção e vicedireção,<br />

interligada ao projeto político, pedagógico, administrativo e cultural da escola, além<br />

<strong>de</strong> fortalecidos os Conselhos Escolares e criado o Sistema Estadual <strong>de</strong> Avaliação Participativa<br />

(SEAP/RS), único processo <strong>de</strong>ssa natureza no Brasil.<br />

Nesta gestão também foi garantido um aumento histórico para os professores <strong>de</strong><br />

76,68% em quatro anos, representando um aumento real <strong>de</strong> aproximadamente 50%, garantindo<br />

que nenhum professor ganhe menos que o valor do piso nacional, que hoje é <strong>de</strong> R$<br />

1.697,39 para 40 horas. Além <strong>de</strong> realizados 02 concursos com nomeação <strong>de</strong> 8. 670 professores<br />

e, até o final <strong>de</strong> <strong>2014</strong>, serão 12.300 nomeados.<br />

Reajustes X Inflação (%)<br />

Reajustes<br />

Lei Britto<br />

INPC<br />

26,53<br />

24,12<br />

76,68<br />

(nov/<strong>2014</strong>)<br />

<strong>2014</strong><br />

26,34<br />

0,00<br />

1995 1996<br />

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003<br />

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013<br />

Foram realizadas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2011, cerca <strong>de</strong> 2000 obras em espaços escolares, com investimento<br />

superior a R$ 320,5 milhões.<br />

19,79<br />

2003 - 2006<br />

23,28<br />

6,04<br />

2007 - 2010 2011 -<strong>2014</strong><br />

24<br />

25


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

26<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

A UPPRS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o direito à educação pública, gratuita, laica e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> social para<br />

todos. Qualida<strong>de</strong> social enquanto processo permanente, <strong>de</strong> formação integral e emancipação,<br />

conhecimento enquanto construção da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> humana e meio <strong>de</strong> compreensão do<br />

mundo, reconhecendo o contexto, as diversida<strong>de</strong>s culturais, sociais e políticas, o respeito às<br />

diferenças, o avanço da sustentabilida<strong>de</strong> ambiental e o exercício da <strong>de</strong>mocracia.<br />

A Política Educacional tem como base a <strong>de</strong>mocratização da educação em três dimensões: a<br />

<strong>de</strong>mocratização da gestão, do acesso à escola e do acesso ao conhecimento com qualida<strong>de</strong> social.<br />

A <strong>de</strong>mocratização da escola <strong>de</strong>ve garantir a todos o acesso e a permanência com aprendizagem,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da faixa etária e da condição peculiar <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> cada pessoa.<br />

Esta escola <strong>de</strong>ve ser o lugar on<strong>de</strong> se apren<strong>de</strong> a <strong>de</strong>mocracia pela vivência da gestão <strong>de</strong>mocratizada<br />

do Sistema <strong>de</strong> Ensino à sala <strong>de</strong> aula, on<strong>de</strong> o acesso ao patrimônio cultural acumulado pela humanida<strong>de</strong><br />

seja garantido, para que, em aliança com os saberes populares, através da ação-reflexão<br />

-ação, numa perspectiva interdisciplinar, possa ser construído o conhecimento novo, libertador,<br />

contextualizado, ferramenta <strong>de</strong> transformação, <strong>de</strong> emancipação e <strong>de</strong> humanização.<br />

EIXOS PRIORITÁRIOS<br />

EIXO 1 – REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR E<br />

FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES<br />

A proposta <strong>de</strong> reestruturação curricular do Ensino Médio Politécnico colocou professoras<br />

e professores da re<strong>de</strong> estadual e das universida<strong>de</strong>s em movimento, proporcionando o<br />

<strong>de</strong>bate, a reflexão e a construção <strong>de</strong> práticas inovadoras e <strong>de</strong> um ensino mais contextualizado.<br />

Precisamos continuar o <strong>de</strong>bate, esclarecendo a proposta para a socieda<strong>de</strong> e investindo<br />

na formação continuada <strong>de</strong> docentes, aprofundando os conceitos e princípios da proposta<br />

com vistas a sua consolidação.<br />

A referida reestruturação curricular está colocando em prática os princípios das diretrizes<br />

curriculares emanadas pelo Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação (CNE) para o Ensino Médio e a Educação<br />

Profissional, a saber: trabalho, cultura, ciência e tecnologia; organização interdisciplinar do<br />

ensino; organização do currículo nas áreas <strong>de</strong> Linguagens e suas tecnologias, Ciências da Natureza<br />

e suas tecnologias, Ciências Humanas e suas tecnologias e Matemática e suas tecnologias.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

Reestruturação Curricular<br />

Na Educação Básica<br />

• Consolidar e aprofundar a Reestruturação Curricular nas escolas atingindo todas as etapas<br />

da Educação Básica. Este processo implica ampla participação da comunida<strong>de</strong> escolar<br />

e apoio das Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior, visando à garantia do acesso ao conhecimento-aprendizagem<br />

para todas e todos que estão na escola.<br />

• Promover o aprofundamento do <strong>de</strong>bate, da formação, dos apoios pedagógicos e <strong>de</strong> recursos<br />

humanos, das tecnologias, da acessibilida<strong>de</strong> e da inclusão em todas as instâncias da<br />

socieda<strong>de</strong> para qualificar a inclusão escolar, consi<strong>de</strong>rando os diversos espaços como<br />

parte do processo inclusivo, respeitando o direito do aluno e da família.<br />

• Promover a socialização das boas práticas entre as escolas, potencializando a troca entre os<br />

diferentes níveis e modalida<strong>de</strong>s da Educação Básica.<br />

• Ampliar o investimento na escola pública, qualificando a mesma como referência cultural<br />

e <strong>de</strong> espaço comunitário que acolhe e integra as manifestações da comunida<strong>de</strong> aos<br />

processos educacionais.<br />

• Ampliar o <strong>programa</strong> Província <strong>de</strong> São Pedro em três dimensões estratégicas:<br />

• Curricular - <strong>de</strong>senvolver a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização das tecnologias da informação no<br />

processo escolar, ampliando os projetos <strong>de</strong> educomunicação;<br />

• Infraestrutura - ampliar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> provimento e gestão <strong>de</strong> infraestrutura tecnológica<br />

através da instalação <strong>de</strong> infraestrutura <strong>de</strong> re<strong>de</strong> elétrica e <strong>de</strong> re<strong>de</strong> lógica nas escolas<br />

da re<strong>de</strong> estadual na perspectiva da universalização do Programa; implantar uma política<br />

<strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> no uso, na manutenção e reversão das estruturas <strong>de</strong> TI;<br />

• Conectivida<strong>de</strong> - ampliar a conexão em banda larga, visando à universalização do acesso<br />

a Internet para todas as escolas da re<strong>de</strong> estadual.<br />

No Ensino Médio<br />

• Aprofundar e consolidar a reforma do Ensino Médio iniciada com as Conferências Municipais,<br />

Regionais, Inter-regionais e Estadual em 2011 e implantada gradativamente<br />

em 2012, 2013 e <strong>2014</strong>, reforma esta que reestruturou os currículos, reorganizando<br />

o Ensino Médio em três dimensões: Ensino Médio Politécnico, Educação Profissional<br />

Integrada ao Ensino Médio e Ensino Médio - Modalida<strong>de</strong> Normal.<br />

• Consolidar a Reestruturação Curricular do Ensino Médio, dando continuida<strong>de</strong> aos investimentos<br />

na formação continuada em serviço dos educadores, na ampliação da introdução<br />

<strong>de</strong> novas tecnologias, na implantação e qualificação <strong>de</strong> laboratórios, na melhoria<br />

dos espaços e na valorização dos profissionais.<br />

• Dar prosseguimento à melhoria da qualida<strong>de</strong> do Ensino Médio, diminuindo a reprovação<br />

em três pontos percentuais ao ano até 2018 e reduzindo o abandono em quatro pontos<br />

percentuais no mesmo período.<br />

Ensino Médio Politécnico<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à implementação da concepção <strong>de</strong> ensino politécnico que consi<strong>de</strong>ra o<br />

trabalho como ativida<strong>de</strong> estruturante da vida social e pressupõe a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

formação integral que prepare o (a) cidadão (ã) para conviver em interação com o “outro”<br />

e com a natureza e, ao mesmo tempo, tenha acesso a uma formação técnica e profissional<br />

que lhe oportunize uma formação cidadã, com competência para o convívio<br />

social e com capacida<strong>de</strong> produtiva que lhe assegure viver com dignida<strong>de</strong> e contribuir<br />

para a socieda<strong>de</strong>.<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> e qualificar o processo <strong>de</strong> implantação do Ensino Médio Politécnico, tendo<br />

como objetivo compreen<strong>de</strong>r as relações que sustentam o funcionamento da socieda<strong>de</strong>,<br />

bem como <strong>de</strong>svelar os fundamentos científicos <strong>de</strong> tecnologias, enten<strong>de</strong>ndo que<br />

as máquinas e os instrumentos tecnológicos são a objetivação da ciência, buscando<br />

nesse entendimento a superação da dicotomia pensar e fazer, teoria e prática, ciência<br />

e tecnologia.<br />

• Criação <strong>de</strong> uma comissão permanente <strong>de</strong> acompanhamento da implementação do Ensino<br />

Médio Politécnico na Secretaria Estadual <strong>de</strong> Educação.<br />

Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> e qualificar o processo já iniciado <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> uma formação geral<br />

sólida e uma formação técnica no Ensino Médio, como base para a inserção crítica dos<br />

educandos e educandas no mundo do trabalho e para a construção <strong>de</strong> uma cidadania<br />

ativa, voltada para a transformação social e materialização <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente sustentável.<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à integração já implantada entre Ensino Médio e Ensino Técnico, através<br />

<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> ações que passam pelo investimento na qualificação curricular em<br />

tecnologia e inovação, pela aproximação com o mundo do trabalho e pela formação<br />

permanente das professoras e professores.<br />

• Formar mais 20.000 técnicas e técnicos <strong>de</strong> Nível Médio, até 2018, através das Escolas Técnicas<br />

Estaduais e do Pronatec-TEC.<br />

27


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

• Ampliar a oferta <strong>de</strong> Educação Profissional Integrada, criando mais 5.000 novas vagas, <strong>de</strong><br />

acordo com as <strong>de</strong>mandas do <strong>de</strong>senvolvimento regional através da implantação <strong>de</strong> novos<br />

cursos em escolas já existentes, bem como potencializando e aumentando a oferta<br />

<strong>de</strong> matrículas com a construção <strong>de</strong> mais 6 novas Escolas Técnicas.<br />

Educação profissional e educação do campo<br />

• Consolidar a reforma pedagógica das Escolas Técnicas Agrícolas e das Escolas <strong>de</strong> Ensino<br />

Fundamental do Campo, dando continuida<strong>de</strong> à implementação do ensino baseado na<br />

agroecologia, na integração com a agricultura familiar e na formação orientada para a<br />

sucessão na pequena proprieda<strong>de</strong> e para a permanência da juventu<strong>de</strong> no campo.<br />

Educação <strong>de</strong> jovens, adultos e adultas<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> às políticas <strong>de</strong> superação do analfabetismo e ampliação da escolarida<strong>de</strong><br />

através da qualificação da educação <strong>de</strong> jovens, adultos e adultas, numa perspectiva <strong>de</strong><br />

educação popular, buscando parcerias com o Governo Fe<strong>de</strong>ral para a construção <strong>de</strong> um<br />

<strong>programa</strong> que sirva <strong>de</strong> suporte para a permanência e conclusão do ensino fundamental.<br />

Educação integral<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à implementação progressiva da educação integral em escola <strong>de</strong> tempo<br />

integral, com proposta pedagógica específica, que valorize todas as dimensões dos seres<br />

humanos, tanto no espaço escolar quanto em parceria com os espaços comunitários,<br />

buscando uma educação integrada e articulada ao contexto social do bairro e da cida<strong>de</strong>.<br />

• Escola Aberta para a Cidadania: fortalecer e dar efetivida<strong>de</strong> para o projeto garantindo que<br />

as ativida<strong>de</strong>s pedagógicas, socioculturais, esportivas e <strong>de</strong> lazer, possam ser oferecidas<br />

<strong>de</strong>ntro das estruturas das escolas da re<strong>de</strong> estadual para a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong><br />

social.<br />

Política para as juventu<strong>de</strong>s<br />

• Garantir o acesso à educação da população dos quinze (15) aos <strong>de</strong>zessete (17) anos, visando<br />

a universalizar o acesso <strong>de</strong> jovens ao Ensino Médio até 2016,em cumprimento à Emenda<br />

Constitucional nº 59/2009.<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à construção <strong>de</strong> novos significados para a formação das juventu<strong>de</strong>s no<br />

Ensino Médio através dos conceitos, princípios e novas práticas que já vem sendo implementados,<br />

possibilitando uma educação que dialogue com a vida real, viabilizando<br />

a pesquisa nos diferentes setores da socieda<strong>de</strong>, preparando o estudante para construir<br />

seu projeto <strong>de</strong> vida nesta última etapa da Educação Básica.<br />

• Articular as políticas públicas <strong>de</strong> educação com os Programas Estaduais e Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> combate<br />

e prevenção à violência contra a juventu<strong>de</strong> em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social,<br />

visando a enfrentar o extermínio da juventu<strong>de</strong> negra, bem como os altos índices <strong>de</strong><br />

homicídios <strong>de</strong>ste segmento.<br />

• Promover espaços <strong>de</strong> escuta e diálogo das juventu<strong>de</strong>s que frequentam as escolas da re<strong>de</strong><br />

estadual, para que expressem suas percepções sobre a educação e contribuam para<br />

repensar as práticas no contexto escolar.<br />

• Criar o PROGRAMA PRÓ MÉDIO, com o objetivo <strong>de</strong> conce<strong>de</strong>r “Bolsa Permanência” para alunos<br />

<strong>de</strong> baixa renda e em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social, bem como “Bolsas <strong>de</strong> Iniciação<br />

Científica”, visando a garantir o acesso ao conhecimento e à permanência no<br />

Ensino Médio, perseguindo a universalização da oferta. E que as políticas <strong>de</strong> educação<br />

estejam em diálogo com o Plano Estadual <strong>de</strong> Assistência Estudantil.<br />

Currículo e a prática do Esporte<br />

• Qualificar a implementação <strong>de</strong> <strong>programa</strong>s esportivos diversificados, estimulando o esporte<br />

como prática <strong>de</strong> integração e <strong>de</strong>senvolvimento físico e social pleno e saudável, investindo<br />

na formação <strong>de</strong> professoras e professores e na criação das Olimpíadas Estaduais, propiciando<br />

ao aluno e à aluna o contato e a vivência com diversas modalida<strong>de</strong>s esportivas.<br />

• Estimular o esporte como prática <strong>de</strong> integração e <strong>de</strong>senvolvimento físico pleno e saudável.<br />

Diversida<strong>de</strong> e inclusão<br />

• Ampliar e aprofundar o <strong>de</strong>bate da inclusão escolar sob a perspectiva da diversida<strong>de</strong>, através<br />

<strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> formação e práticas pedagógicas para o combate a toda forma <strong>de</strong> discriminação,<br />

visando a alcançar os seguintes objetivos: assegurar o diálogo inter-religioso<br />

(Estado laico); fomentar o <strong>de</strong>bate da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero (combate ao sexismo e ao<br />

machismo); estimular o respeito à diversida<strong>de</strong> sexual (combate à homofobia); ampliar<br />

a acessibilida<strong>de</strong>; valorizar a diversida<strong>de</strong> étnico-racial; estimular a diversida<strong>de</strong> cultural.<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à construção participativa <strong>de</strong> políticas e <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> enfrentamento à<br />

drogadição e à violência nas escolas.<br />

• Manter e ampliar políticas que respeitem a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e a cultura das etnias que constituem<br />

a população rio-gran<strong>de</strong>nse (índigenas, afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, italianos, alemães, portugueses,<br />

poloneses, entre outros), bem como os grupos sociais vulneráveis que constituem a<br />

socieda<strong>de</strong> gaúcha (comunida<strong>de</strong>s quilombolas, acampadas, assentadas rurais e urbanas,<br />

agricultoras familiares, pescadoras artesanais e outras), inserindo etnias e grupos vulneráveis<br />

na proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável do Estado. Estas políticas serão<br />

implementadas, a partir, inclusive, do aprofundamento <strong>de</strong> leis como as Leis Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong><br />

nº 10.639/03 e nº 11.645/08, que promovem a valorização da cultura afro-brasileira e<br />

indígena no currículo escolar.<br />

• Ampliar as ações já <strong>de</strong>senvolvidas em relação à diversida<strong>de</strong> e lutar pela igualda<strong>de</strong>, sem<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> trabalhar o conhecimento universal com qualida<strong>de</strong> social, proporcionando<br />

a vivência da cidadania e da <strong>de</strong>mocracia como condição <strong>de</strong> emancipação dos sujeitos<br />

que frequentam a escola pública.<br />

Formação continuada dos professores e professoras<br />

Teorias e Práticas<br />

• Consolidar a realização do Seminário Internacional <strong>de</strong> Educação, que se tornou uma das<br />

marcas <strong>de</strong>ste Governo.<br />

• Manter e aprofundar as parcerias com as Universida<strong>de</strong>s para a formação continuada <strong>de</strong><br />

trabalhadoras e trabalhadores em educação, garantindo o espaço <strong>de</strong> pesquisa, estudo<br />

e recursos didático-pedagógicos e tecnológicos que supram suas necessida<strong>de</strong>s, estabelecendo,<br />

com base na pesquisa sócio-antropológica, uma relação dialógica entre o<br />

conhecimento popular, que precisa ser respeitado, reconhecido e <strong>de</strong>svelado, e o conhecimento<br />

historicamente acumulado. A partir da criação do Fun<strong>de</strong>b e a instituição do<br />

Bolsa Família, a educação pública está vivendo, <strong>de</strong> fato, a entrada das classes populares<br />

na escola, cujo universo cultural é um <strong>de</strong>safio para a escola tradicional, que exige repensar<br />

a educação por meio da Reestruturação Curricular.<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> aos convênios com o Governo Fe<strong>de</strong>ral e à política <strong>de</strong> investimentos para<br />

a formação continuada em serviço dos professores da Re<strong>de</strong> Pública Estadual, aprofundando<br />

a implementação do Pacto Nacional <strong>de</strong> Fortalecimento do Ensino Médio (PNFE)<br />

e do Pacto Nacional pela Alfabetização na Ida<strong>de</strong> Certa (PNAIC).<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> às formações <strong>de</strong>senvolvidas pela Seduc, CREs e escolas em parceria com<br />

as Universida<strong>de</strong>s e o MEC, potencializando as boas práticas e a reflexão teórica, consi<strong>de</strong>rando<br />

que o professor hoje vive um novo cenário na escola pública, com possibilida<strong>de</strong><br />

real <strong>de</strong> participar e <strong>de</strong> se colocar como intelectual, dando a sua contribuição para a<br />

proposta educativa.<br />

• Elaborar projeto que garanta a formação <strong>de</strong> professoras e professores para atuar na área<br />

da música, fazendo com que possam <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s curriculares, além da<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

garantia da aquisição <strong>de</strong> instrumentos pelo <strong>governo</strong> estadual, para fomentar cultura<br />

musical em jovens.<br />

Na Educação profissional<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à qualificação das Escolas <strong>de</strong> Educação Profissional através da ampliação<br />

dos investimentos na formação <strong>de</strong> professoras e professores e na recuperação <strong>de</strong><br />

laboratórios e equipamentos, promovendo a sintonia <strong>de</strong>stas escolas com os arranjos<br />

produtivos locais e regionais, com a sustentabilida<strong>de</strong> ambiental e com a inclusão social.<br />

No Ensino Médio – Modalida<strong>de</strong> normal<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à formação em Cursos <strong>de</strong> Ensino Médio - Modalida<strong>de</strong> Normal, visando a<br />

ampliar a oferta <strong>de</strong> educadores qualificados, contribuindo com o esforço dos municípios<br />

na universalização da Educação Infantil e incentivando a realização <strong>de</strong> graduação<br />

pelos professores e professoras nas áreas <strong>de</strong> Pedagogia e Licenciaturas.<br />

Na produção intelectual<br />

• Incentivar e viabilizar a produção intelectual <strong>de</strong> professoras e professores, facilitando o<br />

acesso ao Mestrado Profissional e Acadêmico, nas diversas áreas do conhecimento.<br />

Na Educação não formal<br />

• Apoiar a iniciativa <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> educação não formal, fundamentados na Educação Popular<br />

e voltados ao atendimento <strong>de</strong> populações em vulnerabilida<strong>de</strong> social, bem como<br />

a formação dos educadoras e educadores populares, reconhecendo e valorizando a<br />

cultura dos mestres griôs.<br />

EIXO 2 – REESTRUTURAÇÃO FÍSICA DAS ESCOLAS<br />

E MODERNIZAÇÃO TECNOLÓGICA<br />

A educação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> social exige a reestruturação física das escolas e a sua mo<strong>de</strong>rnização<br />

tecnológica como instrumentos que criam as condições a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> trabalho<br />

para profissionais da educação, bem como viabilizam a construção <strong>de</strong> conhecimentos por<br />

alunas e alunos, promovendo <strong>de</strong>safios e propiciando a pesquisa necessária ao processo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento integral e emancipação do sujeito.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

Reestruturação física das escolas<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> ao processo <strong>de</strong> recuperação física das escolas e mo<strong>de</strong>rnização tecnológica já<br />

realizados, assegurando a escola como espaço <strong>de</strong> aprendizagem, ciência e cultura, <strong>de</strong> convivência<br />

respeitosa entre os diferentes sujeitos que fazem a educação, como espaço que necessita<br />

ter condições a<strong>de</strong>quadas e estéticas que respondam às <strong>de</strong>mandas do tempo presente.<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à implementação do Plano <strong>de</strong> Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Obras (PNO), já em curso<br />

neste Governo, <strong>de</strong>senvolvendo um novo conceito <strong>de</strong> espaço escolar que valoriza a sustentabilida<strong>de</strong><br />

e privilegia a acessibilida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> instalar um conjunto <strong>de</strong> condições<br />

físicas qualificadas para o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s pedagógicas.<br />

• Ampliar a construção <strong>de</strong> quadras poliesportivas cobertas, investindo em equipamentos.<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> e ampliar o repasse mensal dos recursos para aquisição <strong>de</strong> equipamentos<br />

e realização <strong>de</strong> obras, em consonância com as necessida<strong>de</strong>s das escolas, a partir do<br />

diálogo com as comunida<strong>de</strong>s escolares.<br />

• Consolidar a recuperação das Escolas Técnicas Agrícolas, dando continuida<strong>de</strong> aos investimentos<br />

para a recuperação física e a mo<strong>de</strong>rnização dos laboratórios e equipamentos.<br />

Mo<strong>de</strong>rnização Tecnológica<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à qualificação da informatização das escolas, garantindo o acesso a todos<br />

os segmentos da comunida<strong>de</strong> escolar, promovendo a <strong>de</strong>vida formação <strong>de</strong> gestoras,<br />

gestores, educadoras e educadores para a utilização das novas tecnologias.<br />

• Propiciar e estimular a participação <strong>de</strong> pais, mães e/ou responsáveis, bem como <strong>de</strong> funcionárias<br />

e funcionários das escolas, em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tecnologia da Informação, a fim <strong>de</strong><br />

que estes segmentos da comunida<strong>de</strong> sejam integrados às instituições escolares, apren<strong>de</strong>ndo<br />

o uso a<strong>de</strong>quado e ético dos equipamentos, a partir da troca <strong>de</strong> experiências, e<br />

potencializando a sua inserção social nas tecnologias.<br />

• Incentivar o uso, cada vez maior e <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong>, das Tecnologias da Informação, na<br />

produção dos próprios meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong>ntro das escolas, qualificando as relações<br />

internas e externas ao ambiente escolar, através <strong>de</strong> um trabalho mais intensivo<br />

com as rádio-escolas, fanzines, jornais, telenovelas, <strong>de</strong>ntre outros meios que caracterizam<br />

a educomunicação já utilizada na re<strong>de</strong> estadual.<br />

• Manter e ampliar o Programa Província <strong>de</strong> São Pedro, que possibilita a cada professora e<br />

professor ter seu computador, criando condições para o incremento <strong>de</strong> seu papel <strong>de</strong><br />

educador pesquisador e facilitando a troca <strong>de</strong> experiências docentes.<br />

• Estimular a autonomia dos estudantes no uso das tecnologias, potencializando o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> novos softwares e <strong>programa</strong>s.<br />

EIXO 3 - QUALIFICAÇÃO DO SISTEMA E DEMOCRATIZAÇÃO<br />

DA GESTÃO (DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA E DA REDE ESCOLAR)<br />

O fortalecimento da <strong>de</strong>mocracia exige a construção <strong>de</strong> mecanismos e instrumentos<br />

que garantam espaços públicos <strong>de</strong> participação e <strong>de</strong>liberação coletiva, visando à formulação<br />

<strong>de</strong> políticas públicas e ao acompanhamento <strong>de</strong> sua implementação. Este é um<br />

processo que se materializa nos espaços educativos institucionais por meio <strong>de</strong> ações e<br />

práticas administrativas e pedagógicas pautadas pela gestão <strong>de</strong>mocrática, participativa<br />

e humanista.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

Plano Estadual <strong>de</strong> Educação<br />

• Aprovar e implementar o Plano Estadual <strong>de</strong> Educação como política estruturante da educação<br />

para o Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, que dialogue e mobilize a socieda<strong>de</strong> na<br />

construção <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> educação para o próximo <strong>de</strong>cênio, fortalecendo estratégias<br />

alinhadas com as 20 Metas do Plano Nacional <strong>de</strong> Educação e articuladas<br />

com os Planos Municipais, superando a fragmentação <strong>de</strong> ações através do regime <strong>de</strong><br />

colaboração entre União, Estados e Municípios. A construção coletiva do Plano Nacional<br />

<strong>de</strong> Educação teve como suporte a realização <strong>de</strong> duas Conferências Estaduais<br />

<strong>de</strong> Educação – CONAE/RS como etapas da Conferência Nacional <strong>de</strong> Educação, que<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>aram um amplo <strong>de</strong>bate, envolvendo as comunida<strong>de</strong>s escolares, o conjunto<br />

<strong>de</strong> organizações da socieda<strong>de</strong> ligadas à educação, como sindicatos, associações, conselhos,<br />

Secretarias Municipais <strong>de</strong> Educação, Universida<strong>de</strong>s, bem como o Conselho <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS), do Governo <strong>Tarso</strong>. A próxima gestão<br />

tem como <strong>de</strong>safio a aprovação e a implementação do Plano Estadual <strong>de</strong> Educação, a<br />

partir <strong>de</strong> processo participativo semelhante.<br />

Gestão Democrática e processo educacional<br />

• Consolidar as mudanças em curso na educação do RS, ampliando o diálogo como princípio<br />

<strong>de</strong>mocrático na relação entre os sujeitos do processo educacional.<br />

30<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

Gestão Democrática da Escola<br />

• Assegurar e qualificar a realização da eleição <strong>de</strong> direções e vice-direções, articulada ao<br />

projeto político-pedagógico-administrativo e cultural da escola, com a participação<br />

<strong>de</strong> todos os segmentos da comunida<strong>de</strong> escolar, valorizando a função pedagógica da<br />

equipe diretiva.<br />

• Valorizar e qualificar a atuação dos Conselhos Escolares, instância máxima <strong>de</strong>liberativa da<br />

escola e representativa <strong>de</strong> todos os segmentos da comunida<strong>de</strong> escolar, fortalecendo a<br />

sua atuação por meio da criação <strong>de</strong> um Fórum Estadual <strong>de</strong> Conselhos Escolares.<br />

• Realizar seminários para alunos, pais e mães, que possibilitem a efetiva participação <strong>de</strong>stes<br />

segmentos em todas as dimensões da escola.<br />

Regime <strong>de</strong> Colaboração– Articulação entre entes fe<strong>de</strong>rados<br />

• Promover a articulação com os Municípios para dar continuida<strong>de</strong> às políticas <strong>de</strong> regime <strong>de</strong> colaboração<br />

na oferta do ensino fundamental e, no que couber, na oferta da educação infantil.<br />

• Ampliar e aprofundar o regime <strong>de</strong> colaboração entre Estado, União e Municípios, visando a<br />

uma aplicação racional dos recursos públicos para o atendimento da Educação Básica,<br />

bem como o aperfeiçoamento da oferta <strong>de</strong> serviços públicos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> em áreas<br />

como a formação <strong>de</strong> professores, o transporte escolar, a alimentação, o uso <strong>de</strong> espaços<br />

públicos e a saú<strong>de</strong> do escolar.<br />

Avaliação participativa e qualificação da Educação<br />

• Consolidar o Sistema Estadual <strong>de</strong> Avaliação Participativa (SEAP) como política pública e<br />

instrumento <strong>de</strong> gestão, aprimorando os mecanismos <strong>de</strong> planejamento participativo, <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>mocratização da gestão e <strong>de</strong> acesso ao conhecimento.<br />

EIXO 4: VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS TRABALHADORES<br />

E TRABALHADORAS EM EDUCAÇÃO<br />

A consolidação <strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> social exige uma política <strong>de</strong> valorização<br />

profissional permanente dos trabalhadores e trabalhadoras em educação, garantindo a melhoria<br />

e a mo<strong>de</strong>rnização das condições <strong>de</strong> trabalho.<br />

Reconhecemos o Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério como vencimento<br />

básico da carreira e assumimos o compromisso <strong>de</strong> ampliar os avanços históricos na recuperação<br />

salarial da categoria do magistério. Este processo implica a continuida<strong>de</strong> da política <strong>de</strong><br />

recuperação econômica do Estado, através <strong>de</strong> ações como a reestruturação da dívida pública.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Garantir a aplicação dos recursos do pré-sal e <strong>de</strong> outras rubricas para a valorização da educação<br />

e para o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério.<br />

• Valorizar a formação em Mestrado e Doutorado <strong>de</strong>ntro do Plano <strong>de</strong> Carreira do Magistério<br />

como estímulo à qualificação profissional.<br />

• Manter e aperfeiçoar o <strong>programa</strong> <strong>de</strong> formação continuada em serviço, financiado pela mantenedora<br />

e em cooperação com Universida<strong>de</strong>s, o intercâmbio e a troca <strong>de</strong> experiências<br />

nacionais e internacionais, visando à atualização dos professores na área da educação e<br />

à promoção dos mesmos enquanto produtores <strong>de</strong> conhecimento e cultura, com vistas à<br />

produção coletiva <strong>de</strong> materiais pedagógicos, utilizando-se, para isto, parte dos recursos<br />

<strong>de</strong>stinados aos livros didáticos.<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à qualificação do quadro <strong>de</strong> trabalhadoras e trabalhadores em educação,<br />

através da seleção e ingresso por Concurso Público, preferencialmente admitidos<br />

em regime <strong>de</strong> 40 horas, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma mesma escola, mantendo a substituição<br />

gradativa dos contratos temporários e respeitando o Plano <strong>de</strong> Carreira e os seus<br />

direitos. Este processo <strong>de</strong>ve continuar a ser orientado por políticas afirmativas para<br />

a composição dos quadros, direcionado para a comunida<strong>de</strong> indígena, negros e pessoas<br />

com <strong>de</strong>ficiências.<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à política <strong>de</strong> pagamento e atualização das promoções do Magistério Público<br />

Estadual, mantendo os novos critérios criados no atual Governo, os quais valorizam<br />

a formação dos professores e a reflexão sobre sua própria prática.<br />

• Avançar no processo <strong>de</strong> atualização das promoções dos funcionários não docentes das<br />

Escolas.<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à política <strong>de</strong> diálogo e respeito à categoria, através <strong>de</strong> uma relação aberta<br />

e construtiva com o CPERS-Sindicato, bem como manter a garantia <strong>de</strong> liberação dos<br />

dirigentes sindicais.<br />

UERGS<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Manter a autonomia administrativa e financeira da Universida<strong>de</strong> Estadual do Rio Gran<strong>de</strong><br />

do Sul (UERGS), garantindo recursos orçamentários, que atinjam progressivamente o<br />

percentual fixado pela Constituição Estadual.<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à reconstrução e à consolidação da UERGS, garantindo gestão <strong>de</strong>mocrática<br />

e participativa, reconhecimento <strong>de</strong> todos os atos eletivos <strong>de</strong> seus gestores<br />

e gestoras em todos os níveis, estrutura e condições <strong>de</strong> funcionamento a<strong>de</strong>quado<br />

aos cursos existentes e qualificação dos cursos <strong>de</strong>mandados pela comunida<strong>de</strong><br />

regional no Estado.<br />

• Ampliar a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vagas e cursos <strong>de</strong> graduação, buscando focar o ensino, as<br />

pesquisas e a extensão no <strong>de</strong>senvolvimento regional, garantindo alternativas da permanência<br />

<strong>de</strong> jovens nas diversas regiões do Estado;<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à ampliação e à transformação da UERGS em Instituição Universitária<br />

Referência na pesquisa, extensão e construção <strong>de</strong> conhecimentos, articulada com as<br />

comunida<strong>de</strong>s e vocações regionais, valorizando sua importância para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico, social, cultural e ambientalmente sustentável da socieda<strong>de</strong> e do<br />

Estado gaúchos.<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à proposição <strong>de</strong> cursos que atendam às vocações regionais do meio rural<br />

e urbano, tal como previsto na Lei <strong>de</strong> criação da Universida<strong>de</strong>.<br />

• Manter o cumprimento pleno dos dispositivos legais estabelecidos na Lei <strong>de</strong> Criação, no<br />

Estatuto e no novo Plano <strong>de</strong> Empregos, Funções e Salários da Universida<strong>de</strong>.<br />

• Manter o suprimento do quadro legal previsto <strong>de</strong> técnicas, técnicos e docentes, mediante<br />

concurso público, e promover eventual ampliação conforme <strong>de</strong>finição do Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Institucional (PDI) da Universida<strong>de</strong>.<br />

• Ampliar a <strong>de</strong>mocratização da UERGS, incentivando a criação <strong>de</strong> Diretórios e Centros Acadêmicos<br />

naqueles Cursos que ainda não foram criados e promovendo uma política <strong>de</strong><br />

parida<strong>de</strong> nos Conselhos da Instituição.<br />

• Fortalecer a <strong>de</strong>scentralização da Universida<strong>de</strong>, a partir <strong>de</strong> instrumentos que promovam<br />

maior autonomia administrativa e acadêmica das Unida<strong>de</strong>s do interior do RS.<br />

32<br />

33


• Criação, na Secretaria <strong>de</strong> Segurança Pública (SSP), do Departamento Estadual <strong>de</strong> Gestão do<br />

Conhecimento para a Prevenção e Repressão à Corrupção (Degecor).<br />

TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

SEGURANÇA<br />

Quando a UPPRS assumiu o <strong>governo</strong> em 2011, havia ausência <strong>de</strong> uma política pública<br />

sistêmica na área da segurança, representada pela falta <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s e planejamento dos<br />

objetivos a serem alcançados. Iniciou-se, então, a construção <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> segurança<br />

pública cidadã, fundada no fortalecimento institucional do Estado para atuar preventivamente.<br />

Uma política fortalecida pelo diálogo, integração e trabalho conjunto entre as instituições<br />

policiais, para agirem na repressão e prevenção da criminalida<strong>de</strong>, com a recuperação <strong>de</strong> ferramentas<br />

operacionais e tecnológicas, objetivando não só o enfrentamento à violência, mas,<br />

principalmente, uma cultura <strong>de</strong> paz. Uma política que se aperfeiçoa com o aprofundamento<br />

das relações fe<strong>de</strong>rativas – União, Estado e Municípios - e parceria com a socieda<strong>de</strong>. Política<br />

que valoriza os profissionais da segurança pública e estabelece um <strong>programa</strong> sistêmico <strong>de</strong><br />

pró-equida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero, raça e etnia.<br />

Avanços da primeira gestão da UPPRS<br />

Cidadania<br />

• Criação do Programa RS na PAZ, constituído <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> políticas públicas baseadas<br />

no diálogo entre ações sociais e policiais, com o objetivo <strong>de</strong> reduzir índices <strong>de</strong> violência<br />

e criminalida<strong>de</strong> e a vulnerabilida<strong>de</strong> das pessoas nas áreas mais conflagradas do estado<br />

– instalação <strong>de</strong> 10 Territórios <strong>de</strong> Paz;<br />

• Criação da Estratégia <strong>de</strong> Polícia Comunitária, em parceria com Prefeituras, com a implantação<br />

<strong>de</strong> 151 núcleos, beneficiando 1,5 milhões <strong>de</strong> pessoas;<br />

• Implantação <strong>de</strong> 70 Gabinetes <strong>de</strong> Gestão Integrada Municipais (GGI-M) e do Gabinete <strong>de</strong><br />

Gestão Integrada <strong>de</strong> Fronteira (GGIF-RS);<br />

• Criação da Patrulha Maria da Penha que, aliada a outras políticas, reduziu o índice <strong>de</strong><br />

femicídios em 10%, <strong>de</strong> 2012 para 2013, e em 33% no primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2014</strong>,<br />

conquistando reconhecimento internacional. Até o final <strong>de</strong> <strong>2014</strong>, serão 32 patrulhas<br />

no estado;<br />

• Instalação das 13 Salas Lilás, para acolhimento das mulheres vítimas <strong>de</strong> violência e <strong>de</strong> 07<br />

Delegacias Especializadas <strong>de</strong> Atendimento às Mulheres (DEAMS). Até o final <strong>de</strong> <strong>2014</strong>,<br />

serão instaladas mais duas DEAMs;<br />

• Criação do Observatório <strong>de</strong> Violência contra a Mulher;<br />

Integração, Inteligência e Tecnologia<br />

• Implantação <strong>de</strong> 06 Delegacias <strong>de</strong> Homicídios <strong>de</strong> Proteção à Pessoa – DHPPs, ampliando o<br />

índice <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> 26% para 72%, enquanto a média nacional gira<br />

em torno <strong>de</strong> 5%;<br />

• Criação do Sistema Integrado <strong>de</strong> Segurança Pública – SISP, que faz a integração <strong>de</strong> registros,<br />

estatísticas <strong>de</strong> ocorrências, gestão <strong>de</strong> operações, sistemas <strong>de</strong> inteligência e <strong>de</strong>mais<br />

sistemas complementares. Entre suas plataformas, está o aperfeiçoamento do telefone<br />

190 e o <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> viaturas;<br />

• Ampliação e qualificação do Disque Denúncia 181;<br />

• Criação do Comitê <strong>de</strong> Combate ao Abigeato, envolvendo 05 Secretarias <strong>de</strong> Estado, afetas<br />

ao tema;<br />

• Criação do Centro Integrado <strong>de</strong> Comando e Controle (CICC), com investimentos, pelo Estado,<br />

<strong>de</strong> R$ 4,2 milhões e, pelo Ministério da Justiça, R$ 79 milhões, utilizado para a segurança<br />

durante a Copa <strong>de</strong> <strong>2014</strong>, que fica como legado ao RS;<br />

• Automação das Perícias <strong>de</strong> DNA no IGP, pioneira no Brasil, permite a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> vestígios<br />

biológicos e indica a autoria <strong>de</strong> crimes como homicídios e estupros.<br />

Sistema Prisional<br />

• Criação <strong>de</strong> 6.000 novas vagas no regime fechado e <strong>de</strong> 700 vagas no regime semi-aberto;<br />

• Implantação do <strong>programa</strong> <strong>de</strong> tornozeleiras eletrônicas, que monitora 1.200 presos na Região<br />

Metropolitana e Torres;<br />

• Desocupação gradativa do Presídio Central, com geração <strong>de</strong> 4.500 vagas no entorno <strong>de</strong><br />

Porto Alegre.<br />

Valorização dos operadores e operadoras da Segurança Pública<br />

• Valorização <strong>de</strong> servidoras e servidores, com o maior aumento salarial da história do Estado.<br />

Volume recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> promoções, aposentadoria especial e criação <strong>de</strong> novos cargos;<br />

• Capacitação e treinamento;<br />

• Ações <strong>de</strong> valorização e empo<strong>de</strong>ramento das mulheres nas instituições <strong>de</strong> segurança pública.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

As ações e os avanços <strong>de</strong>senvolvidos no atual Governo precisam ter continuida<strong>de</strong>, pois<br />

são requisitos necessários para a construção e consolidação <strong>de</strong> um novo agir na área da segurança<br />

pública que atenda aos interesses da socieda<strong>de</strong> e do estado <strong>de</strong>mocrático <strong>de</strong> direito.<br />

As melhorias salariais, a solidificação <strong>de</strong> um diálogo franco, a priorização da educação<br />

policial, o reconhecimento da importância da operacionalida<strong>de</strong> e a prestação <strong>de</strong> serviço<br />

qualificado, bem como as <strong>de</strong>mais propostas <strong>de</strong> recuperação da capacida<strong>de</strong> do Estado <strong>de</strong><br />

investir na qualificação e valorização do (a) servidor (a) e dos serviços, são ações que <strong>de</strong>vem<br />

ser preservadas.<br />

• Concluir a <strong>de</strong>socupação do Presídio Central com a ampliação <strong>de</strong> vagas prisionais;<br />

• Continuar a implementação dos Territórios da Paz e dos Núcleos <strong>de</strong> Policiamento Comunitário;<br />

• Concluir o Sistema Integrado <strong>de</strong> Segurança Pública do Estado, tendo como diretriz a política<br />

<strong>de</strong> proteção à vida e à cidadania (Carta Compromisso);<br />

• Constituir um observatório para a Segurança Pública;<br />

• Induzir a constituição <strong>de</strong> novos Gabinetes <strong>de</strong> Gestão Integrada Municipais (GGI-M);<br />

• Constituir as Áreas Integradas <strong>de</strong> Segurança Pública (AISP), para qualificar o planejamento<br />

e a operacionalida<strong>de</strong> e obter melhores resultados;<br />

34<br />

35


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

• Implantar o Centro <strong>de</strong> Excelência em Perícias;<br />

• Possibilitar as condições estruturais para a consolidação da <strong>de</strong>svinculação dos Bombeiros<br />

da Brigada Militar;<br />

• Construir presídios pequenos, para até 500 apenados e faixa etária entre 18 e 28 anos,<br />

medida fundamental para a diminuição da violência e criminalida<strong>de</strong>;<br />

• Ampliar os Núcleos <strong>de</strong> Educação para Jovens e Adultos (NEEJA) no Sistema Prisional;<br />

• Transformar o RS na Paz em uma política <strong>de</strong> Estado e buscar maior transversalida<strong>de</strong> entre os<br />

órgãos do Governo no <strong>de</strong>senvolvimento das ações realizadas nos territórios;<br />

• Manter a política <strong>de</strong> valorização <strong>de</strong> servidores e servidoras;<br />

• Aprimorar a política <strong>de</strong> valorização das servidoras, com atenção especial às questões <strong>de</strong><br />

gênero, ao empo<strong>de</strong>ramento das mulheres da segurança pública, além do incentivo à<br />

carreira e ao ingresso;<br />

• Criar políticas <strong>de</strong> prevenção e enfrentamento ao assédio moral e sexual nas instituições da<br />

segurança pública e <strong>de</strong> responsabilização dos agressores;<br />

• Aprimorar e ampliar as ações <strong>de</strong> enfrentamento à violência doméstica e familiar, por meio<br />

da Patrulha Maria da Penha, da Sala Lilás e das DEAMs;<br />

• Implementar ações <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong> do trabalhador (a), com ênfase nas questões <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> mental e trauma;<br />

• Restabelecer uma política <strong>de</strong> ensino, capacitação e formação integrados, <strong>de</strong>ntro da<br />

proposta <strong>de</strong> “Polícia da Socieda<strong>de</strong> Democrática”, buscando a participação dos<br />

vários segmentos sociais e acadêmicos, em conjunto com servidoras e servidores<br />

da segurança;<br />

• Ampliar o número <strong>de</strong> creches para filhas e filhos das servidoras e servidores da segurança<br />

pública, o que po<strong>de</strong> ser feito por meio <strong>de</strong> convênios com os municípios;<br />

• Ampliar e fortalecer os Centros <strong>de</strong> Acompanhamento Biopsicossocial da Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Segurança<br />

Pública (CM);<br />

• Consolidar uma política sistemática <strong>de</strong> ingresso <strong>de</strong> profissionais da segurança pública;<br />

• Fortalecer uma política estadual <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco e <strong>de</strong>sastres;<br />

• Fortalecer a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistência ao egresso com políticas públicas que objetivem a sua<br />

reinserção social;<br />

• Fortalecer a Ouvidoria da Secretaria <strong>de</strong> Segurança Pública;<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à política <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarmamento, em parceria com o Ministério da Justiça;<br />

• Fortalecer a política <strong>de</strong> combate à corrupção através do Departamento <strong>de</strong> Gestão do Conhecimento<br />

para a Prevenção e Repressão à Corrupção (Degecor).<br />

EIXO 2<br />

Políticas Públicas Promovendo a Inclusão:<br />

Cultura, Esporte e Lazer, Comunicação,<br />

Inclusão Digital e Tecnologias da Informação<br />

36<br />

37


• Ampliação do conceito <strong>de</strong> cultura e afirmação do conceito <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong>.<br />

• Reconhecimento dos direitos culturais e do papel do Estado.<br />

• Tridimensionalida<strong>de</strong> (cidadã, estética e econômica).<br />

• Participação.<br />

• Planejamento e visão sistêmica.<br />

TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

CULTURA<br />

Em 2010, o cenário era <strong>de</strong>solador no campo das políticas culturais, tendo sido completamente<br />

<strong>de</strong>smanteladas nos dois últimos <strong>governo</strong>s do RS. Especialmente na gestão anterior,<br />

a Secretaria da Cultura teve um orçamento anual <strong>de</strong>crescente entre 2007 e 2010. O Fundo <strong>de</strong><br />

Apoio à Cultura (FAC), criado em 2002, não foi operacionalizado. Nenhum ponto <strong>de</strong> cultura foi<br />

implantado no período porque o estado não realizou convênio com o <strong>governo</strong> fe<strong>de</strong>ral, apesar<br />

da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos.<br />

A política cultural do RS foi marcada pela falta <strong>de</strong> presença do Estado, refém dos interesses<br />

privados, e com a visão <strong>de</strong> cultura como privilégio, entretenimento e marketing empresarial,<br />

<strong>de</strong>sconectada da agenda <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social do estado, não<br />

entendida como direito. O Brasil vivia uma profunda transformação cultural; o Rio Gran<strong>de</strong> do<br />

Sul retrocedia.<br />

Avanços da primeira gestão da UPPRS<br />

Partindo-se do <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> retomar as funções públicas do Estado na área da cultura, a<br />

Secretaria <strong>de</strong> Estado da Cultura (SEDAC) conseguiu produzir, mesmo antes do final da gestão,<br />

um processo intenso <strong>de</strong> atualização em relação ao legado <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 10 anos nas políticas<br />

culturais brasileiras, com Lula e Dilma. Talvez o maior símbolo da atualização seja o Sistema<br />

Nacional <strong>de</strong> Cultura, há anos em tramitação no Congresso, ter sido aprovado e sancionado no<br />

mesmo ano em que o Sistema Estadual <strong>de</strong> Cultura do RS (2013).<br />

Ainda nos primeiros meses da atual gestão, <strong>de</strong> maneira inédita, começou a ser realizado<br />

o planejamento participativo da política <strong>de</strong> cultural do estado. Por meio dos Diálogos Culturais,<br />

foram feitos, anualmente, gran<strong>de</strong>s encontros com a comunida<strong>de</strong> em todas as regiões do<br />

Estado, contabilizando 45 encontros e mais <strong>de</strong> 300 municípios envolvidos. Nesses diálogos,<br />

junto à comunida<strong>de</strong> cultural, discutimos as Diretrizes para uma Política Cultural no Rio Gran<strong>de</strong><br />

do Sul. O ponto alto <strong>de</strong>ste processo inicial <strong>de</strong> planejamento foi a Conferência Cultura para<br />

o Rio Gran<strong>de</strong> Crescer, no final <strong>de</strong> abril, em Santa Maria.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista paradigmático, a ruptura que marcou o novo momento no estado se<br />

estabeleceu por uma série <strong>de</strong> conceitos articulados, que po<strong>de</strong>ríamos sistematizar em alguns<br />

gran<strong>de</strong>s pilares:<br />

Um Estado forte na cultura<br />

De 2011 a <strong>2014</strong>, a Sedac trabalhou em diversas frentes, visando a um <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sistêmico da cultura no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Na agenda política, o <strong>governo</strong> introduziu elementos<br />

fundamentais para se ultrapassar o paradigma do evento, e que avançam da ação pontual<br />

e <strong>de</strong>sconectada para <strong>programa</strong>s, políticas e um plano articulado para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

cultural do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. É uma verda<strong>de</strong>ira “virada cultural”, em que a cultura é parte<br />

integrante <strong>de</strong> uma agenda do <strong>de</strong>senvolvimento do Estado, para muito além do ornamental,<br />

do acessório ou do supérfluo.<br />

Alguns resultados já po<strong>de</strong>m ser sentidos. Nessa primeira gestão, foram captados cerca<br />

<strong>de</strong> 1.500% a mais em convênios com o <strong>governo</strong> fe<strong>de</strong>ral que no <strong>governo</strong> anterior, totalizando<br />

mais <strong>de</strong> R$ 60 milhões em convênios com o Ministério da Cultura para projetos como: a construção<br />

do Museu da Música e da Sala Sinfônica da OSPA, Pontos <strong>de</strong> Cultura, Mo<strong>de</strong>rnização <strong>de</strong><br />

Bibliotecas e Carnaval. Com a Secretaria <strong>de</strong> Direitos Humanos da Presidência da República, foi<br />

firmado convênio para a criação do Museu dos Direitos Humanos do Mercosul. O orçamento<br />

da Secretaria <strong>de</strong> Estado da Cultura passou <strong>de</strong> R$ 16 milhões em 2011, para R$ 52 milhões em<br />

2013 e R$ 85 milhões em <strong>2014</strong>, num aumento <strong>de</strong> 517%. A previsão orçamentária para as três<br />

fundações vinculadas (Fundação Orquestra Sinfônica <strong>de</strong> Porto Alegre, Fundação Theatro São<br />

Pedro e Fundação Instituto Gaúcho <strong>de</strong> Tradição e Folclore) soma R$ 18 milhões para <strong>2014</strong>.<br />

O volume <strong>de</strong> recursos utilizados pelo Sistema Pró-Cultura RS está em alta. O Fundo <strong>de</strong><br />

Apoio à Cultura já investiu R$ 20 milhões em projetos em todo o Estado. A Lei <strong>de</strong> Incentivo à<br />

Cultura teve o limite da concessão da isenção ampliado pela primeira vez em mais <strong>de</strong> 16 anos,<br />

passando <strong>de</strong> 28 para 35 milhões <strong>de</strong> reais. No acumulado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2011, até o final <strong>de</strong> <strong>2014</strong>, terá<br />

sido garantida a liberação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> R$ 125 milhões via LIC, trabalho que se traduz em mais <strong>de</strong><br />

700 projetos culturais das mais variadas vertentes. Também fundamental, o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> um sistema inteiramente online que permite racionalida<strong>de</strong>, transparência e controle.<br />

A Fundação Ospa está construindo sua nova Sala Sinfônica com recursos <strong>de</strong> R$ 25 milhões.<br />

Também a Casa <strong>de</strong> Cultura Mario Quintana, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 13 anos, novamente em um<br />

<strong>governo</strong> nosso, volta a passar por uma gran<strong>de</strong> obra, com financiamento do Banrisul, no valor<br />

<strong>de</strong> R$ 8 milhões, voltados a reformas <strong>de</strong> fachadas, esquadrias, telhados e mo<strong>de</strong>rnização dos<br />

espaços. Pelo PAC das Cida<strong>de</strong>s Históricas, serão mais R$ 21,5 milhões no Museu <strong>de</strong> Artes do<br />

Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Museu Julio <strong>de</strong> Castilhos, Museu Hipólito José da Costa e Memorial do Rio<br />

Gran<strong>de</strong> do Sul. Via Sistema Nacional <strong>de</strong> Cultura, a Sedac vai investir cerca <strong>de</strong> R$ 3,5 milhões<br />

no Museu Arqueológico.<br />

Foi firmada uma política <strong>de</strong> cidadania e diversida<strong>de</strong> cultural inédita no estado. Através<br />

<strong>de</strong> convênio <strong>de</strong> R$ 18,13 milhões com o Ministério da Cultura, foram potencializados 82<br />

Pontos <strong>de</strong> Cultura e, até o final <strong>de</strong> <strong>2014</strong>, serão selecionados mais 78, totalizando uma re<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 160 Pontos <strong>de</strong> Cultura; entre 2011 e 2013, foram contempladas 110 bibliotecas públicas<br />

através <strong>de</strong> convênio no valor <strong>de</strong> R$ 3,4 milhões com o Ministério da Cultura – a partir <strong>de</strong> 2013,<br />

mais 50 projetos estão sendo contemplados com recursos próprios da Secretaria, garantindo<br />

que cerca <strong>de</strong> um terço das bibliotecas públicas do Estado (mais <strong>de</strong> 160) sejam mo<strong>de</strong>rnizadas;<br />

triplicamos as edições do <strong>programa</strong> Autor Presente (voltado a interação entre escritores/as e<br />

comunida<strong>de</strong> escolar), chegando a quase 500 ao final <strong>de</strong> <strong>2014</strong>; criamos o Prêmio Diversida<strong>de</strong><br />

RS; investimos mais <strong>de</strong> quase R$ 6 milhões no carnaval e tantas outras ações ligadas à promoção<br />

das culturas populares, como com a capoeira, o hip hop, a cultura afro-gaúcha etc. Em<br />

38<br />

39


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

40<br />

síntese foi fixada uma base programática, sistêmica, <strong>de</strong>mocrática, institucional, <strong>de</strong> garantia<br />

da autonomia, <strong>de</strong> ampliação do acesso, <strong>de</strong> promoção da diversida<strong>de</strong>, conectada ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico e social do RS, e <strong>de</strong> um Estado forte nas políticas culturais.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

Cumpridas estas tarefas da primeira etapa, compete à UPPRS a reflexão, o <strong>de</strong>bate e a<br />

construção <strong>de</strong> um <strong>governo</strong> com condições <strong>de</strong> levar o RS a um novo patamar, mais avançado,<br />

<strong>de</strong> ampliação das estruturas para garantia dos direitos culturais e, mais, para que as políticas<br />

culturais contribuam para o enraizamento <strong>de</strong> uma cultura <strong>de</strong> direitos. Para isso propomos:<br />

• Implementar Plano Estadual <strong>de</strong> Cultura, Planos Setoriais, fortalecer o Sistema Estadual e<br />

contribuir para a ampliação <strong>de</strong> Sistemas Municipais;<br />

• Ampliar a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pontos <strong>de</strong> Cultura e <strong>de</strong>senvolver <strong>programa</strong> <strong>de</strong> potencialização <strong>de</strong> re<strong>de</strong>;<br />

• Fortalecer o Fundo <strong>de</strong> Apoio à Cultura, equilibrando seu orçamento ao <strong>de</strong>stinado à Lei <strong>de</strong><br />

Incentivo à Cultura;<br />

• Mo<strong>de</strong>rnizar bibliotecas em todas as regiões do Estado, incluindo as bibliotecas comunitárias,<br />

restaurar a Biblioteca Pública do Estado e criar uma biblioteca parque centro cultural;<br />

• Fortalecer sistema <strong>de</strong> participação e regionalização, com colegiados, diálogos e conferências;<br />

• Promover as culturas populares, da acessibilida<strong>de</strong> e da diversida<strong>de</strong> cultural no estado;<br />

• Aprofundar uma política <strong>de</strong> potencialização dos territórios culturais;<br />

• Ampliar capacida<strong>de</strong> operacional da Sedac, valorizando e ampliando quadro <strong>de</strong> servidores,<br />

reestruturando o organograma;<br />

• Promover a produção e o acesso a bens e serviços culturais por meio <strong>de</strong> um circuito popular<br />

e da projeção da cultura do RS no Brasil, no Mercosul e no Mundo;<br />

• Fortalecer os museus, a memória e o patrimônio cultural na sua organização, estrutura e<br />

fomento; <strong>de</strong>ntre outras ações, realizar obras do PAC das Cida<strong>de</strong>s Históricas nas instituições<br />

da Sedac, ampliar o Museu <strong>de</strong> Artes do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e concluir o Museu e<br />

Sala da Orquestra Sinfônica <strong>de</strong> Porto Alegre;<br />

• Potencializar a ca<strong>de</strong>ia produtiva do carnaval;<br />

• Implementar política <strong>de</strong> cultura <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, digital e colaborativa em todo o Estado, potencializando<br />

o software livre;<br />

• Ampliar políticas transversais – especialmente, criar Programa <strong>de</strong> Cultura e Educação interligando<br />

pontos, escolas, mapa digital da cultura, etc.<br />

Esporte e lazer<br />

Antes do <strong>governo</strong> da UPPRS, o esporte e o lazer vinham sendo tratados apenas como<br />

uma forma <strong>de</strong> incentivo a projetos locais (política <strong>de</strong> balcão), <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando a distribuição<br />

regional. No <strong>governo</strong> Olívio Dutra, o esporte e o lazer avançaram com a criação da Fundação <strong>de</strong><br />

Esporte e Lazer do Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (FUNDERGS). A gestão <strong>Tarso</strong>, além da reestruturação<br />

da FUNDERGS, criou a Secretaria do Esporte e do Lazer (SEL), marcando um novo momento<br />

para o esporte no Estado, aten<strong>de</strong>ndo aos anseios do povo gaúcho, que elegeu o esporte como<br />

priorida<strong>de</strong> em 27 das 28 regiões no Orçamento 2015: participação popular e cidadã. Nesses<br />

três anos e oito meses, foram implantados e articulados instrumentos legais e administrativos<br />

imprescindíveis para a execução <strong>de</strong> políticas públicas para o esporte, tais como a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

orçamento, a criação da Lei <strong>de</strong> Incentivo ao Esporte – PRO ESPORTE (lei 13.924/12) e o Fundo<br />

Estadual <strong>de</strong> Incentivo ao Esporte, a distribuição <strong>de</strong> recursos da FUNDERGS por meio <strong>de</strong> editais,<br />

a reestruturação do Conselho Estadual do Esporte do RS (CEERS) e o Comitê Gestor da Copa.<br />

Tais instrumentos permitiram maior <strong>de</strong>mocracia na participação dos recursos, cidadania à comunida<strong>de</strong><br />

esportiva e gestores e gestoras municipais, transversalida<strong>de</strong> entre órgãos <strong>de</strong> estado<br />

e utilização <strong>de</strong> equipamentos esportivos pela comunida<strong>de</strong> gaúcha.<br />

Dentre os investimentos realizados pelo atual Governo, <strong>de</strong>stacamos a instalação <strong>de</strong><br />

oito Polos Regionais <strong>de</strong> Desenvolvimento do Esporte, com investimentos no valor <strong>de</strong> R$ 2,5<br />

milhões. Também foram realizados investimentos para qualificação e revitalização do Centro<br />

Estadual <strong>de</strong> Treinamento Esportivo (CETE), com contratação <strong>de</strong> profissionais e aquisição <strong>de</strong><br />

equipamentos esportivos.<br />

O Governo da UPPRS também captou recursos para investimentos, como os recursos<br />

captados através do Programa <strong>de</strong> Esporte e Lazer da Cida<strong>de</strong> (PELC), junto ao Ministério do<br />

Esporte no valor <strong>de</strong> R$ 19 milhões, para aten<strong>de</strong>r núcleos em 84 municípios, contemplando 40<br />

mil pessoas em todas as faixas etárias; e os recursos captados através do Programa Segundo<br />

Tempo, Legado da Copa (PST), junto ao Ministério do Esporte no valor <strong>de</strong> R$ 1,2 milhões para<br />

aten<strong>de</strong>r 20 escolas em municípios da região metropolitana, contemplando 3 mil jovens.<br />

Além disto, foram firmados 103 convênios com 98 municípios, com recursos da consulta<br />

popular, no valor <strong>de</strong> R$ 2,6 milhões; 1.138 convênios via Editais da FUNDERGS, com<br />

recursos da Lei Pelé, no valor <strong>de</strong> R$ 18,7 milhões. Com recursos do PRÓ ESPORTE, foram aprovados<br />

205 projetos apresentados por municípios e entida<strong>de</strong>s esportivas. Destes, 59 projetos<br />

conseguiram captar junto às empresas o montante <strong>de</strong> R$ 24,8 milhões em benefícios fiscais<br />

para projetos esportivos, direcionando R$ 5,4 milhões para o Fundo Estadual do Esporte.<br />

Também foram realizados convênios com entida<strong>de</strong>s esportivas para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s no Centro Estadual <strong>de</strong> Treinamento Esportivo (CETE), sendo seis centros <strong>de</strong> excelência<br />

(Ginástica Aeróbica e Artística; Vôlei; Judô; Badminton; Futebol 7; Atletismo). Foram,<br />

ainda, instaladas Aca<strong>de</strong>mias ao Ar Livre, com equipamentos tradicionais e adaptados, para<br />

aten<strong>de</strong>r 15 municípios.<br />

Resultado da nova política para o esporte, foram realizados diversos eventos esportivos;<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação; ações da Fun<strong>de</strong>rgs nos Territórios da Paz, com entrega <strong>de</strong> ginásios<br />

poliesportivos e equipamentos.<br />

Com a realização da Copa do Mundo, via Comitê Gestor da Copa, o Estado recebeu cerca<br />

<strong>de</strong> 350 mil turistas <strong>de</strong> 74 países, aumentando 50% do comércio <strong>de</strong> serviços e 40% o turismo,<br />

gerando R$ 1 bilhão <strong>de</strong> recursos para a economia gaúcha.<br />

Propostas e compromissos com o futuro:<br />

Para dar continuida<strong>de</strong> à política <strong>de</strong> esporte e lazer implementada por esta gestão, a<br />

UPPRS compromete-se a:<br />

• Fortalecer a função pública do Estado na garantia do direito social ao esporte e ao lazer;<br />

• Fortalecer as estruturas técnicas e administrativas da SEL e da FUNDERGS;<br />

• Efetivar a Coor<strong>de</strong>nadoria <strong>de</strong> Torcidas, com o objetivo <strong>de</strong> criar um mecanismo institucional<br />

<strong>de</strong> diálogo direto com as torcidas <strong>de</strong> futebol, em especial com as organizadas, gerando<br />

ampliação na comunicação com o po<strong>de</strong>r público, fortalecendo a campanha <strong>de</strong> “paz” e<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento da promoção social do direito ao lazer como garantia fundamental;<br />

• Fortalecer os Polos Regionais <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Esporte e Lazer como espaços <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scentralização das políticas públicas <strong>de</strong> esporte no Estado;<br />

• Desenvolver a política estadual <strong>de</strong> alto rendimento, contemplando o aperfeiçoamento do Centro<br />

Estadual <strong>de</strong> Treinamento Esportivo (CETE) e instituindo outras estruturas regionais em<br />

acordo com a vocação local, visando inicialmente às Olimpíadas e às Paralimpíadas 2016;<br />

• Avançar na garantia dos direitos sociais ao esporte e ao lazer por meio <strong>de</strong> uma política<br />

transversal e <strong>programa</strong>s que articulem esporte, educação e segurança;<br />

• Atuar na promoção da saú<strong>de</strong> por meio <strong>de</strong> uma política transversal que articule esporte, lazer<br />

e saú<strong>de</strong>;<br />

• Buscar realizar a transmissão do Campeonato Gaúcho (primeira e/ou segunda divisão) pela<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

TVE e ampliar espaço na <strong>programa</strong>ção da TVE para a promoção do esporte, com <strong>de</strong>bates<br />

sociais intercalados aos temas esportivos;<br />

• Valorizar iniciativas <strong>de</strong> esporte e lazer que dialoguem com a inclusão <strong>de</strong> pessoas idosas,<br />

indígenas, pessoas com <strong>de</strong>ficiências;<br />

• Fortalecer a política transversal do esporte e do lazer para as mulheres atentando para o<br />

uso da linguagem não sexista e buscando equida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero em todas as ações <strong>de</strong>senvolvidas.<br />

Efetivar os espaços <strong>de</strong> esporte e lazer como âmbitos <strong>de</strong> participação político-social:<br />

• Realizar a Conferência Estadual do Esporte e Lazer 2015, tendo como meta a construção do<br />

Plano Estadual do Esporte;<br />

• Promover a participação cidadã por meio do fortalecimento do controle social das pessoas<br />

beneficiadas sobre os projetos, <strong>programa</strong>s e serviços <strong>de</strong> esporte e lazer;<br />

• Articular a atuação dos Conselhos Municipais <strong>de</strong> Esporte ao controle e apoio às políticas<br />

estaduais <strong>de</strong> esporte e lazer nos municípios;<br />

• Criar o calendário anual esportivo “Rio Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> Esportes” para o estado contemplar todas<br />

as regiões <strong>de</strong> seu território com eventos além dos esportes <strong>de</strong> alto rendimento, mas<br />

também com campeonatos amadores <strong>de</strong> diversas modalida<strong>de</strong>s;<br />

• Investir em equipamentos esportivos para o esporte educacional em todo Estado, além <strong>de</strong><br />

manutenção e reparo dos já existentes;<br />

• Retomar para a comunida<strong>de</strong> o Parque Náutico do Estado como espaço <strong>de</strong> lazer e símbolo<br />

histórico do esporte gaúcho;<br />

• Expandir os equipamentos esportivos <strong>de</strong> praças e outros logradouros públicos, além <strong>de</strong><br />

manutenção e reparo dos já existentes, assim como <strong>de</strong> espaços que dialoguem com a<br />

política <strong>de</strong> alto rendimento;<br />

• Criar um <strong>programa</strong> <strong>de</strong> combate à obesida<strong>de</strong> com estímulo à prática esportiva com realização<br />

<strong>de</strong> eventos em todas as regiões do estado, priorizando o combate à obesida<strong>de</strong> infantil;<br />

• Implementar <strong>programa</strong> <strong>de</strong> incentivo a atletas gaúchos e gaúchas, assim como treinadores<br />

e treinadoras.<br />

Desenvolver políticas estaduais <strong>de</strong> esporte e lazer como fatores <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico e social:<br />

• Estimular a captação e promoção <strong>de</strong> eventos <strong>de</strong>senvolvendo uma política transversal entre<br />

esporte, turismo e áreas afins;<br />

• Desenvolver as ca<strong>de</strong>ias produtivas do esporte em acordo com as vocações regionais;<br />

• Fortalecer estruturas <strong>de</strong> captação e realização <strong>de</strong> eventos <strong>de</strong> médio e gran<strong>de</strong> porte, capazes <strong>de</strong><br />

captar investimentos para o Estado, promovendo <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social;<br />

• Desenvolver <strong>programa</strong>s voltados para a prática <strong>de</strong> esporte e lazer, em parceria com profissionais<br />

e estudantes universitários das áreas <strong>de</strong> educação física, fisioterapia, assistência<br />

social e outras, estimulando a geração <strong>de</strong> emprego e renda;<br />

• Incentivar e assessorar as estruturas capazes <strong>de</strong> contribuir com o <strong>de</strong>senvolvimento do esporte<br />

(fe<strong>de</strong>rações, conselhos, ligas esportivas, secretarias municipais específicas).<br />

Comunicação<br />

Em 2011 foi criada a Secretaria Estadual <strong>de</strong> Comunicação e Inclusão Digital (Secom),<br />

por <strong>de</strong>cisão política da Unida<strong>de</strong> Popular pelo RS, após a área ter sido resumida a uma assessoria<br />

ligada fundamentalmente ao gabinete do (a) governador (a), entre 2007 e 2010. A<br />

estruturação da secretaria permitiu o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> políticas públicas na área da Comunicação,<br />

produção <strong>de</strong> conteúdo local e regional, política <strong>de</strong> relacionamento com veículos<br />

<strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> todos os portes espalhados pelo estado, além <strong>de</strong> segmentos alternativos<br />

e comunitários.<br />

A Secom intensificou ações e diretrizes para <strong>de</strong>senvolver comunicação a serviço do projeto<br />

público, do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas mídias e fortalecimento regional, promovendo a<br />

transparência e acesso à informação pública.<br />

No jornalismo buscou-se dar ênfase nas notícias e atos <strong>de</strong> maior impacto para o Estado,<br />

com cobertura completa e visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stacada nos canais do <strong>governo</strong>. A regionalização<br />

das notícias sobre <strong>programa</strong>s e ações <strong>de</strong> <strong>governo</strong>. O monitoramento e resposta a críticas e<br />

cobranças da imprensa. A diversificação das publicações e conteúdo multimídia <strong>de</strong> divulgação<br />

institucional e a articulação e relacionamento com veículos <strong>de</strong> comunicação da capital e<br />

interior do Estado.<br />

No campo da publicida<strong>de</strong>, a Secom <strong>de</strong>safiou-se a equilibrar investimentos em veículos<br />

por porte e região. Cada campanha ou tema teve plano <strong>de</strong> investimento customizado, consi<strong>de</strong>rando<br />

público, relevância e áreas a serem impactadas pela informação. Não houve escolha<br />

<strong>de</strong> um meio em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outro, mas houve uma tática e projeto <strong>de</strong> equilíbrio e distribuição<br />

<strong>de</strong> renda, sem comprometer a eficiência da reverberação da mensagem.<br />

Na área das mídias sociais, buscou coor<strong>de</strong>nar a comunicação do <strong>governo</strong> nos meios digitais,<br />

com ações estratégicas direcionadas às re<strong>de</strong>s sociais, adotando estratégias em conjunto<br />

com as <strong>de</strong>mais áreas da comunicação.<br />

Nas políticas públicas, promoveu o <strong>de</strong>bate sobre a criação do Conselho Estadual <strong>de</strong> Comunicação,<br />

em conjunto com o Conselho <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS),<br />

e elaborou projeto <strong>de</strong> lei que está pronto para ser encaminhado à Assembleia Legislativa.<br />

Viabilizou uma linha <strong>de</strong> microcrédito no Banrisul para compra <strong>de</strong> equipamento <strong>de</strong> rádios<br />

comunitárias e investiu em mídia nas emissoras comunitárias.<br />

Um dos projetos estratégicos na área da comunicação foi a reestruturação e o fortalecimento<br />

da Fundação Cultural Piratini, que estava prestes a ser extinta. Com a ampliação dos investimentos<br />

em estrutura física, técnica e <strong>de</strong> pessoal, foi possível retomar a <strong>programa</strong>ção e produção<br />

<strong>de</strong> conteúdo local, garantindo a manutenção da TVE e FM Cultura como emissoras públicas.<br />

Entre as principais realizações da TVE está a outorga do canal digital, a aquisição do sistema<br />

transmissão digital (transmissor digital/antena), a aquisição <strong>de</strong> câmeras em HD e a implantação<br />

<strong>de</strong> fluxo interno digitalizado. Na FM Cultura foram recuperados os estúdios e adquirido<br />

novo transmissor, ampliando a cobertura para 70 municípios da Região Metropolitana.<br />

No quadro <strong>de</strong> pessoal da Fundação, foi realizada contratação emergencial <strong>de</strong> 59 servidores,<br />

criado o Plano <strong>de</strong> Empregos, Funções e Salários (Lei 14.420/<strong>2014</strong>), realizado concurso público<br />

para provimento <strong>de</strong> 98 vagas, além <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> capacitação contínua dos servidores.<br />

A <strong>programa</strong>ção foi reformulada, digitalizada e ampliada. A TVE entrou em re<strong>de</strong> com a TV<br />

Brasil. Estrearam <strong>programa</strong>s importantes como o ‘Mobiliza’, que <strong>de</strong>bate e valoriza a política, e<br />

o ‘Mídia em Debate’, único <strong>programa</strong> na TV aberta do Estado a discutir a mídia. A emissora tem<br />

estimulado a produção in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e local. Hoje a TVE possui em média 06 horas diárias<br />

<strong>de</strong> <strong>programa</strong>ção própria e 08 horas diárias <strong>de</strong> <strong>programa</strong>ção local através <strong>de</strong> parcerias. Já a<br />

FM Cultura passou <strong>de</strong> cinco para cerca <strong>de</strong> 16 horas <strong>de</strong> <strong>programa</strong>ção ao vivo durante a semana.<br />

O jornalismo passou a ter mais espaço na <strong>programa</strong>ção da FM Cultura. Foi recuperada a re<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 5 para 40 retransmissoras da TVE, e a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rádios da FM Cultura está implementada<br />

em seis municípios.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

Na Comunicação<br />

• Garantir uma política aplicação <strong>de</strong> recursos publicitários que busquem assegurar investimentos,<br />

a partir <strong>de</strong> critérios técnicos e políticos, nos diversos veículos <strong>de</strong> comunicação<br />

42<br />

43


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

44<br />

<strong>de</strong> massa, alternativos, comunitários, blogs e sites, especialmente no interior do estado;<br />

• Estabelecer uma política <strong>de</strong> comunicação regionalizada com produção <strong>de</strong> conteúdo e investimentos<br />

publicitários;<br />

• Aprofundar o caráter educativo e pedagógico da comunicação do estado. Investir na construção<br />

<strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> conhecimento e leitura crítica da comunicação/mídia nas<br />

escolas da re<strong>de</strong> estadual;<br />

• Constituir uma política <strong>de</strong> comunicação interna no <strong>governo</strong> bem como fortalecer a comunicação<br />

com a bancada governista na Assembléia Legislativa;<br />

• Ampliar e incentivar a produção in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> rádio e TV para a Fundação Cultural Piratini;<br />

• Fortalecer o papel do estado na <strong>de</strong>mocratização e na promoção <strong>de</strong> políticas públicas <strong>de</strong><br />

comunicação;<br />

• Pautar o <strong>de</strong>bate sobre a Democratização da Comunicação junto à socieda<strong>de</strong> civil, com eventos,<br />

<strong>de</strong>bates e palestras com especialistas, <strong>de</strong> modo a conscientizar a população sobre<br />

a importância do tema e construir sustentação social para a execução <strong>de</strong> políticas públicas<br />

<strong>de</strong> comunicação;<br />

• Instituir mecanismos legais para o financiamento perene da Comunicação Pública, para evitar<br />

que a alternância dos <strong>governo</strong>s possa comprometer os investimentos nesse setor;<br />

• Fortalecer a parceria com universida<strong>de</strong>s e instituições <strong>de</strong> ensino para a formação na área<br />

<strong>de</strong> comunicação comunitária;<br />

• Implementar o Conselho Estadual <strong>de</strong> Comunicação tendo como base o projeto <strong>de</strong> lei <strong>de</strong>batido<br />

e formulado pelo Conselho <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Social na gestão<br />

2011-<strong>2014</strong>;<br />

• Fortalecer e ampliar os meios <strong>de</strong> comunicação próprios do estado;<br />

• Qualificar os eventos promovidos pelo estado enten<strong>de</strong>ndo-os como ferramentas <strong>de</strong> comunicação<br />

e construção da imagem institucional do <strong>governo</strong>, que <strong>de</strong>vem estar subordinados<br />

à política <strong>de</strong> comunicação governamental;<br />

• Estabelecer uma política para mídias digitais que integre as ações <strong>de</strong> <strong>governo</strong>, fortaleça a<br />

transversalida<strong>de</strong> e reduza os sombreamentos <strong>de</strong> iniciativas;<br />

• Implementar a comunicação integrada e transversal – a produção <strong>de</strong> informações, eventos,<br />

notícias, publicida<strong>de</strong> institucional, assim como o funcionamento das mídias públicas,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> gestão integrada, capaz <strong>de</strong> traduzir o conceito <strong>de</strong> transversalida<strong>de</strong><br />

e potencializar as ações propostas. Mídias digitais, propaganda, relações<br />

públicas e jornalismo se integram a partir da política <strong>de</strong> comunicação. A integração sintetiza<br />

as estratégias e operações <strong>de</strong> um sistema cujo resultado inci<strong>de</strong> sobre a unida<strong>de</strong><br />

das ações e o fortalecimento da imagem e do discurso <strong>de</strong> <strong>governo</strong>.<br />

Na Fundação Cultural Piratini<br />

• Manter a política <strong>de</strong> fortalecimento da comunicação pública no Estado.<br />

• Adquirir o imóvel on<strong>de</strong> estão situadas as emissoras públicas da Fundação Piratini – TVE e<br />

FM Cultura.<br />

• Fortalecer a marca das emissoras TVE e FM Cultura qualificando a <strong>programa</strong>ção, ações e<br />

eventos.<br />

• Continuar a política <strong>de</strong> valorização do Conselho Deliberativo.<br />

• Aproximar a <strong>programa</strong>ção das emissoras com os movimentos sociais.<br />

• Focar a produção própria em conteúdo jornalístico local, ampliando a presença das emissoras<br />

nos municípios gaúchos.<br />

• Ampliar a gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>programa</strong>ção local das emissoras com produção própria, parcerias e<br />

espaços para produção in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />

• Promover o incentivo à produção <strong>de</strong> conteúdo e fomento à ca<strong>de</strong>ia produtiva da indústria<br />

criativa.<br />

• Adquirir unida<strong>de</strong> móvel e equipamentos <strong>de</strong> áudio para externas, dando condições <strong>de</strong> coberturas,<br />

eventos e <strong>programa</strong>s no interior do Estado.<br />

• Garantir a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imagem e <strong>de</strong> sinal da TVE.<br />

• Preparar a Rádio FM Cultura para a migração do sistema analógico para o digital.<br />

• Ampliar o número <strong>de</strong> afiliadas à Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rádios da FM Cultura para 24 emissoras.<br />

• Ampliar a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> TVE <strong>de</strong> 40 para 80 retransmissoras digitais (já foram solicitadas mais 40<br />

outorgas ao Ministério das Comunicações).<br />

Inclusão Digital<br />

Nas gestões passadas, o Governo do Estado pouco atuava nesta política. Existiram algumas<br />

ações que se limitaram a construir Telecentros nos postos do Tudo Fácil em Porto Alegre.<br />

Foi criada, em 2011, uma coor<strong>de</strong>nação específica para o <strong>de</strong>senvolvimento da política<br />

<strong>de</strong> Inclusão Digital, inicialmente vinculada à Secretaria <strong>de</strong> Comunicação, atualmente vinculada<br />

ao Gabinete do Governador.<br />

A Inclusão Digital tem sido tratada nesta gestão como uma política <strong>de</strong> Estado, indutora<br />

e implementadora <strong>de</strong> ações transversais <strong>de</strong> <strong>governo</strong>, constituída através da Lei nº 13.926,<br />

<strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2012 que institui o Sistema Estadual <strong>de</strong> Inclusão Digital, fornecendo as<br />

bases para a criação do Plano Gaúcho <strong>de</strong> Inclusão Digital (PGID) / ‘RS Mais Digital’.<br />

Entre os principais resultados <strong>de</strong>ssa política está o apoio ao Projeto Província <strong>de</strong> São<br />

Pedro (um computador por aluno e professor); a implantação <strong>de</strong> 113 telecentros implantados<br />

em parceria com as prefeituras e entida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong> civil; a criação do Centro <strong>de</strong> Recondicionamento<br />

<strong>de</strong> Computadores (CRC), que incluiu e formou cerca <strong>de</strong> 800 jovens <strong>de</strong> periferia<br />

em hardware, software e recondicionamento <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 4.600 computadores doados.<br />

Foram criadas 8 áreas <strong>de</strong> wifi-livre, com uma binacional em Santa do Livramento/Rivera<br />

e instalados telecentros com wifi-livre em cerca <strong>de</strong> 20 praias do litoral gaúcho, <strong>de</strong>ntro do<br />

<strong>programa</strong> ‘Verão Numa Boa’.<br />

Em parceria com o Ba<strong>de</strong>sul e a Procergs, apoiou ao chamamento público que <strong>de</strong>stina R$<br />

6 milhões em linha <strong>de</strong> crédito para os municípios implantarem projetos <strong>de</strong> ‘Cida<strong>de</strong>s Digitais’;<br />

com o Ministério das Comunicações e a FAPERGS, promoveu cursos para monitores <strong>de</strong> Inclusão<br />

Digital; além <strong>de</strong> apoiar ações transversais com diversas áreas <strong>de</strong> <strong>governo</strong>, como a cultura,<br />

nos Pontos <strong>de</strong> Cultura; a segurança, nos Territórios <strong>de</strong> Paz; a Participação Popular e Cidadã,<br />

na Consulta Popular; a área rural; o turismo; a comunicação; o esporte e lazer, entre outras.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Ampliar e aprimorar políticas <strong>de</strong> inclusão digital, com uma metodologia que oriente os<br />

usuários ao acesso, práticas e conteúdos para que as tecnologias da informação sejam<br />

utilizadas como instrumento <strong>de</strong> inclusão social, construção e exercício da cidadania;<br />

• Ampliar a participação da população nas ações do <strong>governo</strong> via internet;<br />

• Atingir a universalização do acesso à internet, através:<br />

• Expansão da InfoviaRS, integrando aos municípios;<br />

• Incentivo aos municípios a implantarem projetos <strong>de</strong> Cida<strong>de</strong>s Digitais, com foco na<br />

educação, saú<strong>de</strong> e <strong>governo</strong> eletrônico;<br />

• Políticas que levem a internet, prioritariamente, ao meio rural e as periferias das cida<strong>de</strong>s,<br />

on<strong>de</strong> existe a maior exclusão digital;<br />

• Políticas em conjunto com o Governo Fe<strong>de</strong>ral que ampliem os serviços <strong>de</strong> Telecomunicações,<br />

em parceria com as “Teles” e os provedores locais.<br />

• Criar políticas <strong>de</strong> apoio à manutenção, organização e <strong>de</strong>senvolvimento do setor <strong>de</strong> lan-houses,<br />

para sua integração às ações <strong>de</strong> cidadania e participação popular por meio digital,<br />

promovendo a inclusão digital, principalmente nas periferias urbanas.<br />

45


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

• Ampliar a disponibilização <strong>de</strong> serviços do <strong>governo</strong> (telemedicina, matrículas escolares, entre<br />

outros) por canais digitais;<br />

• Potencializar a utilização da TV Digital Interativa como forte aliada no combate a exclusão<br />

digital e social.<br />

Tecnologia da Informação<br />

Para a Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong>, os investimentos em Tecnologia da Informação<br />

sempre foram priorida<strong>de</strong>. Os investimentos em infraestrutura física e tecnológica da<br />

Procergs atingiram o patamar <strong>de</strong> R$ 144 milhões. A ampliação da Infovia RS busca a redução<br />

<strong>de</strong> custos em telecomunicações em R$ 250 mil/mês, ampliando a velocida<strong>de</strong> em 500 vezes,<br />

interligando 5.754 re<strong>de</strong>s locais, com instalação <strong>de</strong> 2.800 km <strong>de</strong> fibra ótica, conectando com<br />

banda larga escolas, postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>legacias <strong>de</strong> polícia, unida<strong>de</strong>s da Brigada Militar, inspetorias<br />

da Secretaria <strong>de</strong> Agricultura.<br />

Houve o fortalecimento da capacida<strong>de</strong> operacional com a ampliação da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

armazenamento em mais <strong>de</strong> 500% e <strong>de</strong> processamento em 370%. O investimento <strong>de</strong> R$ 38<br />

milhões no novo Data Center, <strong>de</strong> 674m2, garante a segurança da informação em consonância<br />

com as normas internacionais.<br />

Foram também <strong>de</strong>senvolvidas soluções em TIC, como o Projeto Província <strong>de</strong> São Pedro<br />

(banda larga e re<strong>de</strong> WiFi para 465 escolas), Sistema Integrado <strong>de</strong> Segurança Pública (SISP),<br />

Mo<strong>de</strong>rnização dos Sistemas Fazendários, Nota Fiscal Gaúcha, Central do Cidadão (acesso à<br />

informação, premiado pela ONU em <strong>2014</strong>), Gabinete Digital (2 premiações internacionais e<br />

4 nacionais), Balada Segura (sistema <strong>de</strong> abordagem móvel), Sistema <strong>de</strong> Monitoramento da<br />

Sala <strong>de</strong> Gestão, novo sistema <strong>de</strong> licitações, Verão numa Boa Mais Digital (WiFi livre em 20<br />

praias, com uma premiação nacional), 1º Telecentro Binacional (Brasil/Uruguai) em Santana<br />

do Livramento, entre outros.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Consolidar a ‘Infovia RS’, dotando o Estado <strong>de</strong> uma infraestrutura <strong>de</strong> comunicação em banda<br />

larga que permita a interligação <strong>de</strong> todos os órgãos do Estado, através <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s dados<br />

voz e imagem, a<strong>de</strong>quadas aos diversos <strong>programa</strong>, como por exemplo: Re<strong>de</strong> SUS, Sistema<br />

Integrado <strong>de</strong> Segurança Pública (SISP), Sistema <strong>de</strong> Gestão Escolar ( ISE), Um computador<br />

por Aluno ( Provincia <strong>de</strong> São Pedro), Guia <strong>de</strong> Transferência Animal Eletrônica<br />

(GTA). Viabilizar a universalização do acesso à internet e a expansão da banda larga no<br />

Estado, não apenas nos gran<strong>de</strong>s centros, mas também na periferia das cida<strong>de</strong>s e em<br />

zonas rurais, com a parceria das Prefeituras, Telebrás, RNP, Eletrosul, CEEE, etc.<br />

• Aquisição <strong>de</strong> ativos qualificada – Incluir nas licitações <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> ativos <strong>de</strong> TI que a preferência<br />

se dará a partir <strong>de</strong> fornecedores <strong>de</strong> produtos nacionais que tenham sua linha<br />

<strong>de</strong> produção estabelecida no Brasil;<br />

• Ampliar a capacitação técnica - Desenvolver Pesquisa e Desenvolvimento nas áreas das<br />

Telecomunicações, em parceria com Universida<strong>de</strong>s e empresas;<br />

• Definir políticas para a parceria com provedores locais <strong>de</strong> acesso à internet e provedores <strong>de</strong><br />

telecomunicação para ampliar o acesso à internet no RS;<br />

• Disponibilizar conexão à internet em cada cida<strong>de</strong> por on<strong>de</strong> passar a InfoviaRS, na forma<br />

<strong>de</strong> telecentros e acesso wi-fi em parceria com prefeituras, com outros provedores <strong>de</strong><br />

conectivida<strong>de</strong> e com a comunida<strong>de</strong> local;<br />

• Estruturar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso através da InfoviaRS para entida<strong>de</strong>s civis, prefeituras,<br />

cooperativas, mercado corporativo e provedores.<br />

• Criação <strong>de</strong> Câmara Setorial <strong>de</strong> Governo Digital, com objetivo <strong>de</strong> elaborar um Plano Diretor<br />

<strong>de</strong> Governo Digital, através <strong>de</strong> ampla consulta à socieda<strong>de</strong>, que tenha como princípios<br />

a autonomia tecnológica e soberana dos dados do Estado, adotando padrões e tecnologias<br />

abertos, estimulando a inovação tecnológica e articulando as diversas <strong>de</strong>mandas<br />

da socieda<strong>de</strong> e integração com os órgãos públicos.<br />

• Consolidar a PROCERGS como empresa pública, mantendo os investimentos para sua mo<strong>de</strong>rnização,<br />

com o objetivo <strong>de</strong> prover o Estado <strong>de</strong> serviços públicos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> cada<br />

vez mais exigidos pela socieda<strong>de</strong>. A Procergs, neste próximo período, <strong>de</strong>verá ter investimentos<br />

que aumentem a segurança da informação, a alta disponibilida<strong>de</strong>, o uso racional<br />

e coor<strong>de</strong>nado dos ativos e uma estrutura compartilhada <strong>de</strong> inteligência <strong>de</strong> dados<br />

(Big Data). A Procergs <strong>de</strong>verá aprofundar as parcerias com universida<strong>de</strong>s, instituições<br />

<strong>de</strong> pesquisa, comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvedores e outras unida<strong>de</strong>s da fe<strong>de</strong>ração, a fim<br />

<strong>de</strong> buscar e incorporar novas tecnologias.<br />

Datacenter Procergs<br />

• Ampliar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento da Procergs para oferecer novas soluções <strong>de</strong> <strong>governo</strong><br />

eletrônico para o cidadão, baseadas em Computação em Nuvem, BigData e Dispositivos<br />

Móveis;<br />

• Ampliar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenamento permitindo implantar novas soluções para segurança<br />

pública, saú<strong>de</strong>, agricultura e meio ambiente, além da biblioteca virtual para<br />

estudantes e professores da re<strong>de</strong> pública;<br />

Soluções Procergs<br />

• Ampliar a utilização das recomendações do E-MAG (mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> em <strong>governo</strong><br />

eletrônico) nas soluções <strong>de</strong> <strong>governo</strong> e fomentar soluções em TIC no estado o conceito<br />

da navegação assistida;<br />

• Ampliar a utilização <strong>de</strong> softwares livres e padrões abertos, tornando-os solução preferencial<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento das soluções <strong>de</strong> <strong>governo</strong>;<br />

• Racionalização das estruturas WEB do estado para que, com pouca navegação e a partir <strong>de</strong><br />

uma única porta <strong>de</strong> entrada, as informações públicas estejam disponíveis para o cidadão;<br />

• Ampliar as soluções (Sites / Portais/ Sistemas) estruturadas no mo<strong>de</strong>lo responsivo, permitindo<br />

que o acesso às soluções <strong>de</strong> <strong>governo</strong> eletrônico sejam mais popularizadas, quando<br />

utilizadas por dispositivos móveis com acesso à internet.<br />

Gestão Procergs<br />

• Ampliar e reforçar a Procergs como a empresa <strong>de</strong> gestão da TI pública, mantendo sua estrutura<br />

financeira e administrativa e incrementando a sua capacida<strong>de</strong> produtiva a partir<br />

<strong>de</strong> maiores investimentos públicos;<br />

• Hospedar no ambiente da Procergs os serviços da administração pública estadual, compartilhando<br />

recursos lógicos e físicos e racionalizando investimentos, numa estrutura padronizada,<br />

<strong>de</strong>vidamente climatizada e segura, controlada 24h por dia, 365 dias por ano;<br />

• Buscar financiamentos para projetos e <strong>programa</strong>s inovadores.<br />

Educação<br />

• Ampliar a infraestrutura lógica e física na re<strong>de</strong> escolar estadual para uma maior automação<br />

dos processos educacionais e para que professores e alunos possam dispor <strong>de</strong> dispositivos<br />

móveis em salas <strong>de</strong> aula, potencializando a ativida<strong>de</strong> docente.<br />

Saú<strong>de</strong><br />

• Implementar em parceria com a Secretária da Saú<strong>de</strong> a infraestrutura e solução aplicada para<br />

a execução da Telemedicina e Prontuário Eletrônico.<br />

46<br />

47


Segurança<br />

• Implementar a infraestrutura necessária para o vi<strong>de</strong>omonitoramento em áreas <strong>de</strong> risco e <strong>de</strong><br />

fuga vigiada, <strong>de</strong> forma que o aviso <strong>de</strong> furto ou roubo seja integrado com as câmeras <strong>de</strong><br />

segurança e com o acionamento da viatura ou agentes mais próximos.<br />

TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

Cidadania – Governo 3.0<br />

• Ampliar a infraestrutura <strong>de</strong> Dados Abertos do estado para que o próprio cidadão crie e<br />

compartilhe novos serviços públicos em dispositivos móveis e tenha transparência e<br />

controle sobre as ações e informações do estado.<br />

• Ampliar as potencialida<strong>de</strong>s do Login Cidadão, tornando-o o assistente <strong>de</strong> acesso do cidadão<br />

às informações públicas e <strong>de</strong> forma que o <strong>governo</strong> possa enten<strong>de</strong>r suas preferências e<br />

necessida<strong>de</strong>s para estabelecer um relacionamento customizado.<br />

• Gestão <strong>de</strong> dados pessoais pelo cidadão, para fins <strong>de</strong> atualização e uso conforme sua conveniência.<br />

EIXO 3<br />

Políticas Públicas para Garantia<br />

<strong>de</strong> Direitos Sociais: Direitos Humanos,<br />

Assistência Social, Mulheres, Negros, Idosos,<br />

Indígenas, Juventu<strong>de</strong>, LGBT, Pessoas com<br />

Deficiência, Combate à Pobreza<br />

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<strong>de</strong> afirmação dos direitos, promoção da cidadania e da igualda<strong>de</strong>.<br />

TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

DESENVOLVIMENTO COM INCLUSÃO SOCIAL<br />

A primeira gestão da Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong> mostrou que é possível crescer<br />

com inclusão social, seguindo o ritmo do Brasil. As populações e segmentos mais fragilizados<br />

pu<strong>de</strong>ram contar com políticas públicas que não existiam antes. O <strong>de</strong>safio sempre é torná-las<br />

políticas <strong>de</strong> Estado para evitar o <strong>de</strong>smonte com a troca <strong>de</strong> <strong>governo</strong>s que privilegiam outros<br />

segmentos. A criação <strong>de</strong> secretarias, <strong>programa</strong>s e ações alcançou grupos em geral não incluídos<br />

por <strong>governo</strong>s que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m uma visão <strong>de</strong> <strong>de</strong>smonte do Estado.<br />

Entre as ações <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>staque na área dos direitos sociais, está a redução da extrema<br />

pobreza, com o RS Mais Igual, que chegou a 300 mil pessoas <strong>de</strong> 75 mil famílias gaúchas.<br />

A criação da Secretaria <strong>de</strong> Justiça e Direitos Humanos, da Secretaria <strong>de</strong> Política para as<br />

Mulheres, da Patrulha Maria da Penha, da Re<strong>de</strong> Lilás são ações que já reduziram a violência e<br />

os femicídios no Estado, servindo <strong>de</strong> referência a outros países.<br />

A criação da Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) fomentou<br />

políticas <strong>de</strong> atendimento aos mais excluídos do campo, como pescadores, quilombolas e índios.<br />

A criação do Conselho da Juventu<strong>de</strong>, Conselho do Povo <strong>de</strong> Terreiro, Museu dos Direitos<br />

Humanos, Centro <strong>de</strong> Direitos da Pessoa Idosa, Carteira <strong>de</strong> Nome Social são iniciativas que dão<br />

musculatura a uma visão <strong>de</strong> respeito às diferenças e atendimento às diversas necessida<strong>de</strong>s<br />

da presença do Estado.<br />

Oferecer oportunida<strong>de</strong>s, apostar na autonomia e colocar à disposição um conjunto <strong>de</strong><br />

<strong>programa</strong>s e ações para possibilitar a ampliação da cidadania dos gaúchos e gaúchas orienta<br />

o <strong>programa</strong> para um segundo mandato da UPPRS, para avançar na solidificação <strong>de</strong> um lugar<br />

seguro para viver e sonhar.<br />

COMBATE À POBREZA<br />

No primeiro <strong>governo</strong> da UPPRS, foi realizado forte combate à extrema pobreza e às <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s,<br />

para reduzir os 4% da população – em torno <strong>de</strong> 300 mil pessoas – em situação<br />

<strong>de</strong> extrema pobreza. É com esses resultados e pelos anos <strong>de</strong> omissão dos <strong>governo</strong>s na área<br />

social que o Governo do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul vem perseguindo um dos seus principais objetivos:<br />

erradicar a extrema pobreza e reduzir significativamente as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s no território<br />

gaúcho. Muitos ainda são os <strong>de</strong>safios a superar, e é necessário trilhar um importante caminho<br />

Três linhas <strong>de</strong> ação foram adotadas no atual <strong>governo</strong>:<br />

• Transferência <strong>de</strong> Renda: acolhimento e resgate inicial da dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> famílias<br />

que viviam com renda inferior a R$100,00 por pessoa na família e que tenham na sua<br />

composição pelo menos uma criança <strong>de</strong> 0 a 6 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>;<br />

• Acesso aos serviços públicos para atendimento e acompanhamento da população em maior<br />

vulnerabilida<strong>de</strong> social;<br />

• Qualificação Profissional e Geração <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s: criar condições para emancipação e<br />

ingresso no mercado <strong>de</strong> trabalho ou permanência produtiva no campo.<br />

O RS Mais Igual é o maior <strong>programa</strong> <strong>de</strong> combate à extrema pobreza da história do Rio Gran<strong>de</strong><br />

do Sul, consi<strong>de</strong>rando o investimento financeiro feito pelo estado e o número <strong>de</strong> famílias incluídas.<br />

Na complementação da renda, mais <strong>de</strong> 75 mil famílias já foram beneficiadas (300 mil<br />

pessoas), em 320 municípios do Estado. Dessas, 4 mil famílias <strong>de</strong>volveram seus cartões do RS<br />

Mais Igual/Bolsa Família, por <strong>de</strong>ixarem a condição <strong>de</strong> extrema pobreza, não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo mais dos<br />

recursos do Programa. Importante <strong>de</strong>stacar que em 2013, foram 25 milhões investidos pelo estado<br />

e em <strong>2014</strong> chegamos a um repasse <strong>de</strong> R$ 6 milhões/mês as famílias beneficiadas. Ao final <strong>de</strong><br />

<strong>2014</strong>, o Governo <strong>de</strong>ve incluir cerca <strong>de</strong> 90 mil famílias que atendam aos critérios do RS Mais Igual.<br />

Conforme (IPEA), cada real investido no <strong>programa</strong> gera um retorno <strong>de</strong> R$ 1,78 para a<br />

economia e um efeito multiplicador <strong>de</strong> R$ 2,40 sobre o consumo final das famílias.<br />

A Caravana da Inclusão é um instrumento <strong>de</strong> divulgação e inclusão dos beneficiários ao<br />

<strong>programa</strong> RS Mais Igual, sendo que, até junho <strong>de</strong> <strong>2014</strong>, foram percorridos 56 dos 320 municípios<br />

do estado, aten<strong>de</strong>ndo diretamente mais <strong>de</strong> 50 mil pessoas.<br />

No acesso aos Serviços Públicos, cabe <strong>de</strong>stacar a localização <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 40 mil famílias<br />

extremamente pobres no acesso à documentação e inclusão no Cadastro Único do Governo<br />

Fe<strong>de</strong>ral, gran<strong>de</strong> porta <strong>de</strong> entrada para as políticas sociais. Evolução histórica <strong>de</strong> inclusão <strong>de</strong><br />

famílias no Cadastro Único: em 2006 eram 709.048 famílias inscritas; em 2013, 1.071.923<br />

famílias, alcançando 99% da população alvo.<br />

Dessas famílias, mais <strong>de</strong> 149 mil famílias resi<strong>de</strong>ntes nas regiões rurais do Rio Gran<strong>de</strong><br />

do Sul, que passaram a ter um olhar diferenciado ao Combate à Extrema Pobreza no campo.<br />

A inclusão social e produtiva que estimula a produção <strong>de</strong> alimentos, <strong>de</strong>senvolvendo ações<br />

que aliam qualificação e assistência técnica a<strong>de</strong>quada, financiamento subsidiado <strong>de</strong> equipamentos<br />

e obras <strong>de</strong> infraestrutura, 57 mil já foram atendidas. Com as políticas <strong>de</strong> erradicação<br />

da extrema pobreza no meio rural, o investimento cresceu, <strong>de</strong> R$ 250 mil reais em 2011, para<br />

mais <strong>de</strong> R$18 milhões em 2013. Através da qualificação e assistência técnica continuada <strong>de</strong><br />

9.726 famílias, em 2011, para 41.290 em 2013.<br />

No meio urbano, a qualificação profissional alcançou recor<strong>de</strong>s históricos. Através do<br />

Pacto Gaúcho pela Educação, que através do Pronatec abriu mais <strong>de</strong> 271 cursos <strong>de</strong> qualificação<br />

profissional em 370 municípios gaúchos. Foram mais <strong>de</strong> 230 mil matriculas.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Ampliar, em parceria com Governo Fe<strong>de</strong>ral, através do Bolsa Família, os <strong>programa</strong>s sociais<br />

<strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> renda como o RS Mais Igual, garantindo continuida<strong>de</strong> das ações <strong>de</strong><br />

enfrentamento à pobreza extrema. Assim como ações <strong>de</strong> apoio à Economia Popular e<br />

Solidária, à inclusão produtiva no campo e a continuida<strong>de</strong> da política <strong>de</strong> reforma agrária<br />

e <strong>de</strong> novos assentamentos.<br />

• Constituir um Sistema Integral <strong>de</strong> Acompanhamento do RS Mais Igual: acompanhar individualmente<br />

as famílias beneficiadas. Articulado com o Cadastro Único do Governo Fe<strong>de</strong>ral,<br />

i<strong>de</strong>ntificar as <strong>de</strong>mandas relacionadas às políticas <strong>de</strong> acesso, como educação, saú<strong>de</strong>,<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

habitação, saneamento básico, água e esgoto. Assim como políticas capazes <strong>de</strong> superação<br />

da pobreza ancoradas na emancipação e na construção <strong>de</strong> alternativas <strong>de</strong> renda e<br />

trabalho, através da qualificação profissional, respeitando a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada família e<br />

as especificida<strong>de</strong>s regionais/territoriais. Constituindo com isso uma ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> integralida<strong>de</strong><br />

do trabalho e do acompanhamento das famílias, ancorado na interface entre<br />

as políticas sociais e na união <strong>de</strong> forças entre Governo Fe<strong>de</strong>ral, Estado e Municípios.<br />

• Implementar a Busca Ativa das famílias extremamente pobres: levar cada vez mais as políticas<br />

públicas e sociais para perto dos que mais precisam postura política <strong>de</strong> quem não<br />

espera os mais pobres buscarem o Estado, mas sim <strong>de</strong> fazer chegar os serviços públicos<br />

a todas as famílias gaúchas que mais necessitam;<br />

• Criar o RS Mais Igual móvel, com o objetivo <strong>de</strong> ampliar o acesso aos direitos sociais básicos, às<br />

informações sobre os <strong>programa</strong>s sociais e permitir a efetivação da Busca Ativa das famílias;<br />

• Aprofundar as estratégias do Campo e da Cida<strong>de</strong>, em especial as estratégias <strong>de</strong> acesso à<br />

qualificação profissional e ampliação da escolarida<strong>de</strong>, como forma <strong>de</strong> emancipação<br />

social e política das famílias mais pobres. Avançar na direção da qualificação para a<br />

geração <strong>de</strong> renda utilizando e fortalecendo a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaços físicos e profissionais<br />

existentes, como os Institutos Fe<strong>de</strong>rais, Centros <strong>de</strong> Formação da Emater, Escolas Abertas<br />

técnicas ou não municipais ou estaduais, para acolher as especificida<strong>de</strong>s regionais,<br />

territoriais e subjetivida<strong>de</strong>s das populações alvo do Programa RS Mais Igual.<br />

• Avançar no Controle Social e na formação <strong>de</strong> uma Militância da Dignida<strong>de</strong>, através da constituição<br />

<strong>de</strong> Comitês Municipais gestores do RS Mais Igual, on<strong>de</strong> possamos ampliar as<br />

discussões e propostas territoriais, a participação cidadã do conjunto <strong>de</strong> beneficiários,<br />

gestores públicos, li<strong>de</strong>ranças sociais e comunitárias. Necessários também na fiscalização,<br />

no monitoramento e no controle das ações dos três eixos do Programa RS Mais<br />

Igual, on<strong>de</strong> o acompanhamento e a proposição <strong>de</strong> políticas sociais estejam presentes<br />

como mecanismo <strong>de</strong> fortalecimento da cidadania.<br />

• Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conciliar a política <strong>de</strong> combate à miséria com outros <strong>programa</strong>s sociais em<br />

curso no estado e no país. ‘RS na Paz’, ‘Brasil Alfabetizado’, ‘Jovem Aprendiz’ e ‘Pró-<br />

Jovem’ são exemplos <strong>de</strong> políticas que, se articuladas com o RS Mais Igual, po<strong>de</strong>rão<br />

conduzir o benefício aos segmentos mais vulneráveis da população;<br />

• Retomada e articulação dos projetos <strong>de</strong> Alfabetização <strong>de</strong> Adultos e Educação <strong>de</strong> Jovens<br />

Adultos, para que as famílias mais pobres possam elevar a escolarida<strong>de</strong> e ampliar as<br />

ofertas <strong>de</strong> qualificação profissional.<br />

DIREITOS HUMANOS<br />

A Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH) foi criada em 2011, na primeira<br />

gestão da UPPRS, com o objetivo <strong>de</strong> implementar políticas públicas focadas nos grupos consi<strong>de</strong>rados<br />

mais vulneráveis: idosos, crianças, adolescentes, pessoas com <strong>de</strong>ficiência, público<br />

LGBT, jovens, negros, indígenas e outros indivíduos ou grupos que sofrem qualquer tipo <strong>de</strong><br />

discriminação, e também políticas <strong>de</strong> prevenção ao uso <strong>de</strong> drogas ilícitas.<br />

O surgimento da SJDH impactou na socieda<strong>de</strong>, em especial nos movimentos sociais, gerando<br />

fortes <strong>de</strong>mandas, que exigem o redimensionamento da estrutura inicialmente prevista.<br />

Ao mesmo tempo, as políticas adotadas na socioeducação provocaram novas possibilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> apoio aos adolescentes egressos do sistema, abrindo perspectivas <strong>de</strong> maior envolvimento<br />

interinstitucional e com a socieda<strong>de</strong>.<br />

Em <strong>2014</strong>, foi instalado o Conselho Estadual <strong>de</strong> Direitos Humanos, que tem como finalida<strong>de</strong><br />

criar um sistema articulado e unificado com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> políticas,<br />

a partir do conjunto <strong>de</strong> conselhos, comissões e <strong>programa</strong>s, nos diferentes níveis municipais,<br />

estaduais e fe<strong>de</strong>rais, presentes nos diferentes po<strong>de</strong>res do Estado.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Criar o Sistema <strong>de</strong> Proteção Social e Inclusão no Mundo do Trabalho, integrando as ações<br />

<strong>de</strong> assistência e proteção social, geração <strong>de</strong> emprego e qualificação profissional, eliminando<br />

a fragmentação da atuação e garantindo transversalida<strong>de</strong> qualificada. Para tanto,<br />

constituir um canal institucional único <strong>de</strong> busca ativa para proteção e inclusão social,<br />

aproveitando a experiência dos “Diálogos com a Juventu<strong>de</strong>”.<br />

• Unificar a política <strong>de</strong> atendimento e proteção à infância (hoje em duas secretarias);<br />

• Ampliar a estrutura física e recursos humanos aos conselhos e comitês ligados à SJDH;<br />

• Criar um observatório em direitos humanos no estado em parceria com universida<strong>de</strong>s.<br />

• Reforçar o papel do Estado como Defensor e Promotor <strong>de</strong> Direitos para a construção <strong>de</strong> um<br />

projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que leve em conta a justiça social e a igualda<strong>de</strong>, refletindo<br />

em um efetivo <strong>de</strong>senvolvimento humano.<br />

• Avançar na estruturação <strong>de</strong> políticas públicas fundadas na <strong>de</strong>fesa, proteção e promoção dos<br />

Direitos Humanos, a partir <strong>de</strong> uma concepção que prevê a articulação entre o direito<br />

à igualda<strong>de</strong> e o direito à diferença, superando o assistencialismo, as discriminações,<br />

hierarquias e <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais que geram exclusão.<br />

• Construir políticas que contemplem <strong>de</strong> forma transversal estas especificida<strong>de</strong>s sem hierarquizá-las,<br />

por meio <strong>de</strong> um diálogo qualificado com os movimentos sociais e da articulação<br />

intragovernamental, referenciados nesta concepção <strong>de</strong> Direitos Humanos.<br />

• Promover atenção especial à população <strong>de</strong> rua.<br />

• Implementar a Política Estadual <strong>de</strong> Direitos dos Atingidos por Empreendimentos Hidrelétricos,<br />

instituída pelo Decreto 51.595/<strong>2014</strong>. O projeto Complexo Hidrelétrico Garabi-Panambi,<br />

em processo <strong>de</strong> elaboração, será acompanhado e monitorado, visando à garantia dos direitos<br />

das populações impactadas, tendo como estratégia principal o Fórum Permanente<br />

<strong>de</strong> Participação, que envolverá comunida<strong>de</strong>s atingidas e suas representações, Governo<br />

Estadual, União e empreen<strong>de</strong>dor, em um mesmo espaço <strong>de</strong> diálogo e <strong>de</strong> concertação.<br />

POVOS INDÍGENAS<br />

Na primeira gestão da Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong>, foram intensificadas políticas para<br />

aten<strong>de</strong>r os mais <strong>de</strong> 30 mil remanescentes dos povos indígenas no RS, especialmente em áreas<br />

como inclusão produtiva, saú<strong>de</strong> e educação, buscando a etnosustentabilida<strong>de</strong>, em diálogo direto<br />

com as etnias por meio do Conselho Estadual dos Povos Indígenas (Cepi) e outras instâncias <strong>de</strong><br />

participação. São mais <strong>de</strong> R$ 20 milhões paras as comunida<strong>de</strong>s Guarani, Kaingangue e Charrua.<br />

O <strong>governo</strong> estadual criou a Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento Rural com um <strong>de</strong>partamento<br />

dirigido às comunida<strong>de</strong>s indígenas. Na produção <strong>de</strong> alimentos, estímulo ao cultivo da terra,<br />

foi prestada assistência técnica e extensão rural em todas as al<strong>de</strong>ias, via convênio com a<br />

Emater. Foram disponibilizados insumos, sementes, ferramentas, mudas e pequenos animais,<br />

entre 2011/<strong>2014</strong>, no valor <strong>de</strong> R$ 5,4 milhões. Disponibilizados 327 hectares <strong>de</strong> áreas do Estado<br />

para assentamento <strong>de</strong> famílias indígenas em Santa Maria e Cristal. Três mil famílias no<br />

Programa <strong>de</strong> Inclusão Produtiva, com o valor <strong>de</strong> R$ 2.400,00 por família (parceria com MDA<br />

e MDS), totalizando R$ 7,2 milhões. Foram retomados pagamentos <strong>de</strong> in<strong>de</strong>nizações, abrangendo<br />

86 famílias, totalizando 607 hectares e R$ 6.085.799,20.<br />

Na educação, foram realizadas obras em escolas para qualificar o espaço escolar dos 5.711<br />

alunos, <strong>de</strong> 76 escolas indígenas, com R$ 2,1 milhões já aplicados e outros, R$ 1,6 milhão em execução.<br />

Todas as escolas receberam formação continuada, com investimentos <strong>de</strong> R$ 257.475,18.<br />

A mo<strong>de</strong>rnização tecnológica propiciou internet em 60 escolas indígenas; 37 escolas<br />

receberam computadores interativos (computador, projetor); 16 escolas receberam a lousa<br />

interativa. Cada escola recebeu kit para as bibliotecas com 225 livros, no valor R$ 12.524,63<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

cada kit. A merenda escolar tem cardápios adaptados à cultura Guarani e kaingangue.<br />

Um conjunto <strong>de</strong> <strong>programa</strong>s e políticas para o estímulo e fortalecimento da cultura indígena<br />

está em andamento, como projetos <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> renda e sustentabilida<strong>de</strong>; realização <strong>de</strong><br />

oficinas <strong>de</strong> cerâmica e artesanato com a comunida<strong>de</strong> guarani para resgate da cultura perdida.<br />

Um Plano <strong>de</strong> Resgate da Cultura Indígena, Caingangue e Guarani, com ações específicas <strong>de</strong> cada<br />

etnia indigenista (língua e escrita), está sendo construído com diálogo com as comunida<strong>de</strong>s.<br />

Para assegurar a saú<strong>de</strong> indígena, houve ampliação <strong>de</strong> recursos. Na atenção básica, aumentou<br />

o número <strong>de</strong> municípios atendidos <strong>de</strong> 16 em 2010, para 52 em 2013, com crescimento <strong>de</strong> 225%.<br />

Na saú<strong>de</strong> bucal, o número <strong>de</strong> municípios passou <strong>de</strong> 15 para 19 municípios, com aumento <strong>de</strong> 26%.<br />

O valor do repasse cresceu 75% <strong>de</strong> 2010 a 2013, subindo <strong>de</strong> R$ 1,1 milhão para R$ 2 milhões.<br />

Pela primeira vez, são realizados os jogos indígenas, anualmente, integrando as al<strong>de</strong>ias<br />

e etnias como política <strong>de</strong> inclusão, saú<strong>de</strong> e integração.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

Pelo Censo <strong>de</strong> 2010, há 32.989 índios no RS. Isso equivale a 0,3% da população gaúcha<br />

e a 4% do total <strong>de</strong> índios no País. No Estado, as cida<strong>de</strong>s que possuem maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

moradores indígenas são Re<strong>de</strong>ntora (4.033), Porto Alegre (3.308), Tenente Portela (1.997) e<br />

Charrua (1.524). Em relação à proporção, ficam na frente Charrua (43,9%), Benjamin Constant<br />

do Sul (43,5%), Re<strong>de</strong>ntora (39,5%), São Valério do Sul (39,4%) e Engenho Velho (34,1%). No<br />

momento, os povos indígenas ocupam 98 mil hectares, ou seja, 0,03% do território gaúcho.<br />

Para dar continuida<strong>de</strong> às políticas implementadas, a UPPRS compromete-se a:<br />

• Implementar ações para garantir sustentabilida<strong>de</strong> dos povos indígenas do RS.<br />

• Garantir estrutura para funcionamento do Conselho Estadual dos Povos Indígenas (Cepi),<br />

com recursos humanos fixos e orçamento próprio. O CEPI é um conselho bicameral que<br />

integra Estado e Povos Indígenas;<br />

• Criar coor<strong>de</strong>nadoria no Estado para articular <strong>de</strong> modo unificado as políticas indígenas executadas<br />

em diferentes secretarias e órgãos (saú<strong>de</strong>, educação, agricultura, esporte, entre outras);<br />

• Ampliar recursos para o Programa <strong>de</strong> etno<strong>de</strong>senvolvimento das comunida<strong>de</strong>s indígenas,<br />

da SDR.<br />

• Garantir a realização anual dos Jogos Indígenas.<br />

• Buscar a aplicabilida<strong>de</strong> das Leis Fe<strong>de</strong>rais 10.639/03 e a 11.645/08, que obrigam o ensino<br />

<strong>de</strong> História da África, Cultura Afro-brasileira e Indígena.<br />

• Garantir o apoio dos órgãos governamentais para realização <strong>de</strong> encontros da juventu<strong>de</strong> indígena,<br />

por etnia, anuais, conforme as <strong>de</strong>mandas da Carta Aberta da Juventu<strong>de</strong> Indígena do RS/2011.<br />

• Garantir a diversida<strong>de</strong> étnica indígena em todas as instâncias do controle social, no acesso<br />

à universida<strong>de</strong>, concursos públicos dos diferentes setores, <strong>programa</strong>s e projetos governamentais,<br />

da cultura, do esporte, saú<strong>de</strong>, educação, terra e moradia, <strong>de</strong>senvolvimento<br />

social, entre outros. Ações para assegurar maior visibilida<strong>de</strong> aos povos indígenas do Rio<br />

Gran<strong>de</strong> do Sul, formados por guaranis, kaingangues e charruas.<br />

• Continuar dialogando e contribuindo com o <strong>governo</strong> fe<strong>de</strong>ral na busca <strong>de</strong> soluções para os<br />

problemas na <strong>de</strong>marcação <strong>de</strong> terras indígenas no RS.<br />

JUVENTUDE<br />

O Rio Gran<strong>de</strong> do Sul tem aproximadamente 2.640.339 jovens, na faixa etária <strong>de</strong> 15 a<br />

29 anos. Na primeira gestão da UPPRS, foi criada a Coor<strong>de</strong>nadoria Estadual <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong>, o<br />

Conselho Estadual <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong> e o Passe Livre Estudantil.<br />

Foi implementado o Pacto Gaúcho pela Educação para qualificação profissional e o<br />

Prouni-RS; a reformulação do Ensino Médio, para evitar evasão, e implementação <strong>de</strong> uma<br />

metodologia que prepare o jovem e a jovem para a vida; criação <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> esporte,<br />

com qualificação das quadras poliesportivas e do Centro Estadual <strong>de</strong> Treinamento Esportivo<br />

(CETE), estão entre as realizações do período 2011/<strong>2014</strong>.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Fortalecer as políticas <strong>de</strong> juventu<strong>de</strong> garantindo estruturas <strong>de</strong> estado a<strong>de</strong>quadas para sua<br />

implementação;<br />

• Criar Programa Estadual <strong>de</strong> Proteção à Juventu<strong>de</strong> e Promoção dos Direitos;<br />

• Instituir o Microcrédito Jovem Inovador, voltado para jovens empreen<strong>de</strong>doras e empreen<strong>de</strong>dores<br />

gaúchos entre 18 e 30 anos, ampliando e consolidando o Programa <strong>de</strong> Microcrédito<br />

Estadual;<br />

• Ampliar o Programa do Passe Livre Estudantil;<br />

• Criar a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong> e do Plano Estadual <strong>de</strong> Política Pública para a Juventu<strong>de</strong>;<br />

• Ampliar o Programa Bolsa Juventu<strong>de</strong> do Campo e execução do <strong>programa</strong> para jovens urbanos;<br />

• A<strong>de</strong>rir ao Programa Nacional Juventu<strong>de</strong> Viva;<br />

• Ampliar as bolsas do Prouni-RS e Fapergs, a fim <strong>de</strong> estimular o acesso ao Ensino Superior e<br />

ampliar a produção científica <strong>de</strong> jovens universitários;<br />

• Fortalecer Centros <strong>de</strong> Referência para a Juventu<strong>de</strong> (CRJs) como espaços <strong>de</strong> convivência<br />

local, fomento à inclusão digital e comunicação alternativa;<br />

• Buscar inserir critérios no <strong>programa</strong> fe<strong>de</strong>ral Minha Casa, Minha Vida, para construção <strong>de</strong><br />

habitação para juventu<strong>de</strong>;<br />

• Implementar projetos para a saú<strong>de</strong> juvenil, prevenção, atenção e reinserção social <strong>de</strong><br />

usuários <strong>de</strong> crack, álcool e outras drogas, direitos humanos, respeito às diversida<strong>de</strong>s,<br />

cidadania;<br />

• A<strong>de</strong>rir à Agenda do Trabalho Descente proposto pela Central Única dos Trabalhadores, que<br />

é a mesma proposta por Organismos Internacionais;<br />

• Implementar Casas <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong> no mo<strong>de</strong>lo instituído pelo Pronasci, priorizando municípios<br />

com altos índices <strong>de</strong> violência;<br />

• Implementar políticas que promovam o <strong>de</strong>senvolvimento e a melhoria das condições<br />

<strong>de</strong> vida no espaço rural, como acesso à saú<strong>de</strong>, energia elétrica com qualida<strong>de</strong>,<br />

acesso à internet e telefonia móvel, estradas, assistência técnica, capacitação,<br />

educação voltada para a realida<strong>de</strong> da agricultura familiar, estímulo à produção<br />

alternativa, orgânica e não transgênica, sustentável e agroecológica, garantia <strong>de</strong><br />

lazer, esporte e cultura;<br />

• Intensificar a qualificação aos jovens que buscam no estágio o <strong>de</strong>senvolvimento para a vida<br />

cidadã e para o trabalho;<br />

• Fomentar ações relativas aos estágios junto aos órgãos públicos no RS, visando à ampliação<br />

<strong>de</strong> vagas bem como a capacitação <strong>de</strong> interlocutores: estagiárias, estagiários, supervisoras,<br />

supervisores, gestoras, gestores e instituições <strong>de</strong> ensino, <strong>de</strong> modo a intensificar<br />

a política <strong>de</strong> estágio, integrada à política <strong>de</strong> juventu<strong>de</strong>.<br />

Juventu<strong>de</strong>s e segurança<br />

• Criar um comitê <strong>de</strong> combate à violência contra a juventu<strong>de</strong>, objetivando apontar diretrizes<br />

<strong>de</strong> ação <strong>de</strong> segurança junto ao po<strong>de</strong>r público, <strong>de</strong> forma transversal, visando garantir<br />

fomento a campanhas permanentes e contínuas <strong>de</strong> educação, prevenção à violência<br />

no trânsito, cultura, esporte e lazer, inclusão social, saú<strong>de</strong> e respeito às diversida<strong>de</strong>s,<br />

bem como o incentivo a criação <strong>de</strong> comitês municipais e/ou regionais;<br />

• Apoiar a Campanha Nacional contra a violência e o extermínio da Juventu<strong>de</strong> Negra.<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

Juventu<strong>de</strong>s, respeito à diversida<strong>de</strong> e direitos humanos<br />

• Garantir à juventu<strong>de</strong> LGBT políticas estaduais <strong>de</strong> enfrentamento à violência e bullying homo-lesbo-transfóbicos,<br />

incluindo a educação para a diversida<strong>de</strong> nas escolas, nas aca<strong>de</strong>mias<br />

<strong>de</strong> polícia e nas mídias sociais, estimulando em toda a socieda<strong>de</strong> o respeito à<br />

diversida<strong>de</strong> (cor, etnia, orientação sexual, i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero e/ou <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong><br />

qualquer natureza).<br />

Fundação <strong>de</strong> Atendimento Sócio-Educativo (Fase)<br />

• Implantar o Plano Estadual da Socioeducação.<br />

• Construir novas unida<strong>de</strong>s da Fase a partir <strong>de</strong> financiamento do Banco Interamericano <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento – BID;<br />

• Manter e ampliar a profissionalização nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atendimento para todos/as adolescentes;<br />

• Investir na mo<strong>de</strong>rnização administrativa da Fase visando à qualificação dos espaços;<br />

• Implantar o Sistema <strong>de</strong> Informação para Infância e Adolescência (SIPIA) em todas as unida<strong>de</strong>s;<br />

• Investir na formação continuada para os servidores e servidoras.<br />

• Ampliar o projeto dos cartórios <strong>de</strong> registros <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncias LGBT, a exemplo do projeto da<br />

Policia Civil <strong>de</strong> Canoas;<br />

• Financiamentos através <strong>de</strong> editais para ONG, Paradas Livres e LGBT e para projetos que trabalham<br />

com HIV/AIDS e DST’s;<br />

• Doação <strong>de</strong> espaços públicos estaduais que hoje estão fechados, para as se<strong>de</strong>s das ONGs<br />

LGBT no estado;<br />

• Criar um centro <strong>de</strong> referência/convivência LGBT no estado e nos municípios que pautam<br />

discussões através das ONG;<br />

• Criar um ambulatório <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para Transexuais e Travestis;<br />

• Elaborar materiais didáticos pedagógicos para professores com apoio das Universida<strong>de</strong>s;<br />

• Manter os diálogos com a socieda<strong>de</strong> civil através do Conselho Estadual LGBT e dar condições<br />

favoráveis para que ele possa atuar na construção <strong>de</strong> políticas públicas;<br />

• Oportunizar os <strong>programa</strong>s sociais garantindo direito a Minha casa minha vida; meu primeiro<br />

emprego; Pronatec; bolsa família para LGBT;<br />

• Oportunizar cursos técnicos e <strong>de</strong> Escola <strong>de</strong> Jovens e Adultos à população LGBT;<br />

• Realizar a 3ª Conferência Estadual LGBT;<br />

• Promover audiências públicas sobre a homofobia/transfobia/lesbofobia.<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

LGBT<br />

Um conjunto <strong>de</strong> políticas LGBT vem sendo implementado na primeira gestão da Unida<strong>de</strong><br />

Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong>. O RS foi o primeiro estado brasileiro a emitir a Carteira <strong>de</strong> Nome<br />

Social para travestis e transexuais, que iniciou em 2012, e <strong>de</strong>pois foi adotada por todo o<br />

Brasil. Criação <strong>de</strong> ala para travestis no Presídio Central foi outro avanço importante na <strong>de</strong>fesa<br />

dos direitos humanos.<br />

Uma portaria institui a Política Estadual <strong>de</strong> Atenção Integral à Saú<strong>de</strong> da População LGBT<br />

(lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul foi assinada em e<br />

<strong>2014</strong>. A partir da qualificação da re<strong>de</strong> estadual do SUS para a atenção e o cuidado integral<br />

à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta população, a política visa a eliminar formas <strong>de</strong> discriminação e violência e<br />

ampliar o acesso aos serviços. O Governo do Estado também encaminhou à Assembleia Legislativa<br />

projeto que cria o Conselho Estadual LGBT. Também realizou campanha estadual<br />

<strong>de</strong> combate à homofobia, transfobia e lesbofobia, entre outras iniciativas para o segmento,<br />

como a criação do Centro <strong>de</strong> Referência LGBT, instituído por <strong>de</strong>creto e com verba garantida<br />

para funcionar até final <strong>de</strong> <strong>2014</strong>.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Manter o <strong>programa</strong> Rio Gran<strong>de</strong> sem Homofobia, com formação <strong>de</strong> funcionárias e funcionários<br />

das secretarias;<br />

• Manter o projeto do Sistema carcerário para LGBT, conforme resolução nacional assinada<br />

em <strong>2014</strong>;<br />

• Estimular o emprego formal para a população LGBT, principalmente para as Travestis e<br />

Transexuais, através <strong>de</strong> incentivos fiscais às empresas gaúchas;<br />

• Ofertar editais da Secretaria <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Cultura, a fim <strong>de</strong> resgatar a memória e a história<br />

do movimento com filmes, documentários e livros;<br />

• Formação <strong>de</strong> professores promovendo cursos, seminários e <strong>de</strong>bates com apoio das universida<strong>de</strong>s.<br />

• Implantar a disciplina <strong>de</strong> gênero, sexualida<strong>de</strong>, relações <strong>de</strong> gênero, nos cursos <strong>de</strong> educação<br />

na Uergs;<br />

• Criar o Sistema Estadual LGBT para o combate a homofobia;<br />

PESSOA IDOSA<br />

Na primeira gestão da Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong>, o Conselho Estadual do Idoso<br />

se transformou em lei, porque antes vigorava apenas por <strong>de</strong>creto. Também foi criado o<br />

Fundo da Pessoa Idosa, que está em processo <strong>de</strong> regulamentação. Além da criação do Centro<br />

<strong>de</strong> Direitos da Pessoa Idosa, inaugurado em <strong>2014</strong>, no Centro <strong>de</strong> Porto Alegre. Construção <strong>de</strong><br />

Centros <strong>de</strong> Direitos da Pessoa Idosa em diversos municípios, a partir <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda da Consulta<br />

Popular. Organização dos municípios para formação <strong>de</strong> fundos e conselhos municipais.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Manter e ampliar parceria com a Re<strong>de</strong> Escola <strong>de</strong> Governo – FDRH, seminários <strong>de</strong> capacitação da<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteção e atendimento à pessoa idosa, nos 28 Core<strong>de</strong>s, e formação <strong>de</strong> conselhos;<br />

• Estimular campanhas em <strong>de</strong>fesa dos direitos da pessoa idosa;<br />

• Incentivar a criação <strong>de</strong> centros do idoso nos municípios;<br />

• Dar condições para aprimorar o Centro da Pessoa Idosa em Porto Alegre e implantação <strong>de</strong><br />

Centros em mais quatro cida<strong>de</strong>s pólos;<br />

• Construir <strong>de</strong> centros dos direitos da pessoa idosa através da Consulta Popular em diversos<br />

municípios;<br />

• Manter e aumentar junto aos municípios a organização dos fundos e conselhos municipais<br />

da pessoa idosa.<br />

IGUALDADE RACIAL<br />

No primeiro <strong>governo</strong> da UPPRS, o Governo do Estado constituiu o Conselho Estadual do<br />

Povo <strong>de</strong> Terreiro – pioneiro e único no Brasil. Após realização da Conferência Estadual, constituiu<br />

o Conselho Estadual do Povo <strong>de</strong> Terreiro em <strong>2014</strong>, além da assinatura do Pacto Gaúcho<br />

pelo Fim do Racismo Institucional, e representação do segmento no Conselho <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Econômico e Social (CDES-RS).<br />

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Propostas e compromissos para o futuro<br />

PESSOA COM DEFICIÊNCIA<br />

TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

• Fortalecer as políticas <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> racial, garantindo estruturas <strong>de</strong> estado a<strong>de</strong>quadas para<br />

implementação <strong>de</strong>ssas políticas;<br />

• Criar do Plano Estadual <strong>de</strong> Promoção da Igualda<strong>de</strong> Racial, e a<strong>de</strong>são do Estado ao Sistema<br />

Nacional <strong>de</strong> Promoção da Igualda<strong>de</strong> Racial (Sinapir);<br />

• Ampliar a atuação transversal junto ao <strong>programa</strong> ‘RS na Paz’ e a<strong>de</strong>rir ao Plano Nacional Juventu<strong>de</strong><br />

Viva, visando a articular políticas públicas <strong>de</strong> Direitos Humanos, no processo<br />

<strong>de</strong> prevenção à violência, para enfrentar o extermínio da juventu<strong>de</strong> negra, bem como<br />

diminuir os altos índices <strong>de</strong> homicídio <strong>de</strong>ste segmento;<br />

• Garantir ações e iniciativas para a efetiva implementação do Pacto Gaúcho pelo Fim do<br />

Racismo Institucional;<br />

• Garantir as políticas públicas <strong>de</strong> ações afirmativas étnicas, raciais e <strong>de</strong> gênero e relacionar<br />

nas administrações centralizadas, autarquias fundações, empresas públicas e privadas<br />

e cooperativas, bem como o mapeamento <strong>de</strong> dados estatísticos e monitoramento da<br />

implementação referente à política <strong>de</strong> inclusão social, combate ao racismo e a promoção<br />

da igualda<strong>de</strong> racial;<br />

• Garantir a aplicabilida<strong>de</strong> das Leis Fe<strong>de</strong>rais 10.639/03 e a 11.645/08, que obrigam o ensino<br />

<strong>de</strong> História da África, Cultura Afro-brasileira e Indígena nos estabelecimentos <strong>de</strong> ensino<br />

públicos e particulares, com orçamento específico, estrutura <strong>de</strong> gestão e fiscalização/<br />

monitoramento na re<strong>de</strong> pública e privada, assim como o fortalecimento da implantação<br />

através <strong>de</strong> formação dos professores e materiais didáticos específicos;<br />

• Mobilizar esforço para a criação da Fundação <strong>de</strong> Culturas Populares e Tradicionais, on<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>verão ser agrupadas todas as políticas culturais referentes ao povo negro;<br />

• Ampliar as Unida<strong>de</strong>s Móveis Terrestres, fortalecendo a Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família Quilombola<br />

(ESFQ), contribuindo para um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atenção que permita resolver a maioria<br />

das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em seu território;<br />

• Qualificar a atuação da ESFQ com equipes dos Núcleos <strong>de</strong> Apoio à Saú<strong>de</strong> da Família (NASF),<br />

Núcleos <strong>de</strong> Apoio à Atenção Básica (NAAB), consultórios na rua, equipes <strong>de</strong> redução <strong>de</strong><br />

danos, oficinas terapêuticas, aca<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e equipes <strong>de</strong> atenção domiciliar;<br />

• Ampliar a cobertura do Programa <strong>de</strong> Combate ao Racismo Institucional na Atenção Básica<br />

(PCRI-AB), contribuindo para a qualificação das trabalhadoras, trabalhadores, gestoras<br />

e gestores em saú<strong>de</strong>, movimentos sociais e controle social, quanto à Política Estadual<br />

<strong>de</strong> Atenção Integral à Saú<strong>de</strong> da População Negra;<br />

• Qualificar a Linha <strong>de</strong> Cuidado Integral às Pessoas com Doença Falciforme. incluindo a Hemorre<strong>de</strong><br />

no cuidado especializado às pessoas com a doença;<br />

• Ampliar a cobertura do PIM Mãe Cria<strong>de</strong>ira, contribuindo com a construção <strong>de</strong> um novo mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> cuidado em saú<strong>de</strong> coletiva a partir <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cuidados coletivos e compartilhados<br />

entre os diferentes atores envolvidos na atenção à saú<strong>de</strong> da criança e da gestante;<br />

• Ampliar o Programa Articulador Jovem <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, potencializando a mobilização social da<br />

juventu<strong>de</strong>, em articulação com a Re<strong>de</strong> Básica quanto ao enfrentamento às violências, a<br />

prevenção e a promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Os integrantes do Povo <strong>de</strong> Terreiro recomendam ainda outras diretrizes:<br />

• Valorização do papel social e do protagonismo dos Povos <strong>de</strong> Terreiro;<br />

• Enfrentamento à intolerância religiosa e <strong>de</strong>fesa do Estado laico;<br />

• Políticas públicas <strong>de</strong> reparação para o Povo <strong>de</strong> Terreiro;<br />

• Reconhecimento dos Terreiros como territórios civilizatórios;<br />

• Apoio à aprovação e estadualização do PL 7.447 em <strong>de</strong>fesa dos Povos e Comunida<strong>de</strong>s Tradicionais;<br />

• Viabilização <strong>de</strong> estruturas para o combate a crimes raciais e <strong>de</strong> intolerância religiosa;<br />

• Regularização fundiária e <strong>de</strong> funcionamento dos Terreiros;<br />

• Reconhecimento do Terreiro como equipamento social, pedagógico-educacional.<br />

Na primeira gestão do UPPRS, o Governo do Estado implementou o Plano Estadual <strong>de</strong><br />

Direitos da Pessoa com Deficiência (PcD), Programa ‘RS sem Limite’, construindo políticas<br />

públicas que garantam às pessoas com <strong>de</strong>ficiência e pessoas com altas habilida<strong>de</strong>s o pleno<br />

exercício <strong>de</strong> seus direitos. Devido ao Plano, 161 municípios a<strong>de</strong>riram e tomaram iniciativas<br />

para eliminação <strong>de</strong> barreiras que impe<strong>de</strong>m o acesso universal das pessoas com <strong>de</strong>ficiência.<br />

Também foi implementado o Projeto Praia Acessível, realizado há duas temporadas no<br />

‘Verão numa Boa’, no Litoral Norte, oportunizando banho <strong>de</strong> mar assistido, passeios <strong>de</strong> bicicleta,<br />

voleibol sentado, bocha paralímpica, caminhadas e paracanoagem.<br />

A equiparação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s só se efetiva com capacida<strong>de</strong> técnica, disponibilida<strong>de</strong><br />

financeira e, sobretudo, vonta<strong>de</strong> política para articulação <strong>de</strong> políticas públicas afirmativas em<br />

todas as áreas <strong>de</strong> atuação do Estado.<br />

As pessoas com <strong>de</strong>ficiência necessitam ter afirmada a sua condição <strong>de</strong> sujeito <strong>de</strong> suas<br />

vonta<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> protagonistas políticos, a exemplo <strong>de</strong> outros setores sociais sobre os quais recaem<br />

preconceitos e exclusões, notadamente mulheres, negros e índios.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Garantir o protagonismo da PcD na condução da política pública relacionada aos mesmos,<br />

respeitando as organizações do setor.<br />

• Aprimorar o Plano Viver Sem Limite, transformando-o numa política <strong>de</strong> Estado.<br />

• Executar políticas através <strong>de</strong> ações articuladas e intersetoriais, com aprofundamento da<br />

transversalida<strong>de</strong>. Este processo <strong>de</strong>ve ser coor<strong>de</strong>nado pela estrutura (Secretaria/fundação/assessoria/coor<strong>de</strong>nadoria/etc.)<br />

que se constituirá, entre outras, em instância <strong>de</strong> interlocução<br />

com a socieda<strong>de</strong> civil, através da participação social. Possibilitar a formação<br />

e capacitação <strong>de</strong> agentes políticos para implantação <strong>de</strong>ssa política.<br />

• Estruturar os <strong>programa</strong>s e ações a serem <strong>de</strong>senvolvidos a partir <strong>de</strong> cinco eixos:<br />

• Constituição <strong>de</strong> Grupos <strong>de</strong> Trabalho (GTs) setoriais, possibilitando acessibilida<strong>de</strong> universal<br />

e implementação da política pública.<br />

• Articulação <strong>de</strong> re<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong> serviços.<br />

• Participação da socieda<strong>de</strong> na elaboração das políticas e no controle da sua implantação.<br />

• Aplicação dos preceitos contidos na Convenção Internacional das Pessoas com Deficiência<br />

e no Estatuto das Pessoas com Deficiência.<br />

• Ação conjunta governamental e não governamental para acessar os avanços da ciência<br />

e da tecnologia para uma vida in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e auto-sustentada.<br />

• Consolidar a mudança paradigmática representada pela qualificação e consolidação <strong>de</strong> uma<br />

Política Estadual da Pessoa com Deficiência, iniciada no <strong>governo</strong> Olívio Dutra, através<br />

da criação da Lei 11.666 <strong>de</strong> 06 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2001, voltada para essa questão.<br />

• Exercer a busca <strong>de</strong> reconhecimento político das diferenças culturais, sociais e individuais<br />

na construção do protagonismo e participação social.<br />

• Ampliar as ações do Estado para além das áreas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Educação e Assistência Social,<br />

para áreas do trabalho, da acessibilida<strong>de</strong>, da agricultura, da segurança, do transporte,<br />

da cultura, do <strong>de</strong>sporto e do lazer, entre outras.<br />

• Garantir o <strong>de</strong>senvolvimento da Política Estadual para Pessoa com Deficiência através <strong>de</strong><br />

uma diretriz política unitária nesses espaços, articulada a partir <strong>de</strong> um comando único.<br />

• Assegurar agentes políticos PcD competentes, no mínimo um, em cada órgão da administração,<br />

responsável pela qualificação das políticas setoriais para contemplar a inclusão<br />

das pessoas com <strong>de</strong>ficiência.<br />

• Garantir maior visibilida<strong>de</strong> às políticas públicas <strong>de</strong>ste segmento.<br />

• Qualificar a acessibilida<strong>de</strong> nos prédios públicos estaduais.<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

• Trabalhar pela aprovação e regulamentação do Estatuto das Pessoas com Deficiência.<br />

• Ampliar o acesso do projeto ‘Praia Acessível’ ao Litoral Sul e praias <strong>de</strong> água doce.<br />

• Garantir promoção e incentivo à pesquisa.<br />

• Estabelecer busca ativa, banco <strong>de</strong> dados e informações sobre as diferentes realida<strong>de</strong>s das<br />

PcD para elaboração <strong>de</strong> políticas públicas.<br />

MULHERES<br />

Este Programa <strong>de</strong> Governo é a construção das mulheres da Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio<br />

Gran<strong>de</strong>, das feministas, ativistas e dos movimentos sociais, reforçando o papel do Estado na<br />

construção da igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens.<br />

O <strong>governo</strong> anterior sequer havia a<strong>de</strong>rido ao Pacto Nacional pelo Enfrentamento da<br />

Violência Contra as Mulheres, que garante recursos e políticas.<br />

Em 2011, foi criada a Secretaria <strong>de</strong> Políticas para as Mulheres (SPM), que fortaleceu e empo<strong>de</strong>rou<br />

as mulheres, dando visibilida<strong>de</strong> para a pauta <strong>de</strong> gênero feminino. A criação e instrumentalização<br />

da ‘Re<strong>de</strong> Lilás’ concretizou a transversalida<strong>de</strong> das políticas, em parceria com outras<br />

secretarias e po<strong>de</strong>res, com o movimento social e com o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher.<br />

O Centro <strong>de</strong> Referência Vânia Araujo Machado foi reestruturado e ampliado, assim como<br />

a ‘Escuta Lilás’, se consolidando como a porta <strong>de</strong> entrada nos serviços da re<strong>de</strong> e para a in<strong>de</strong>pendência<br />

das mulheres.<br />

A principal transversalida<strong>de</strong> foi com a Secretaria e Segurança Pública, a qual criou e<br />

fortaleceu a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> segurança pública para as Mulheres, com a Criação da Patrulha Maria da<br />

Penha, instalação das Salas Lilases, criação do Observatório <strong>de</strong> Gênero e capacitação continuada<br />

a todas servidoras e servidores da área da segurança.<br />

Todas essas iniciativas resultaram na redução dos femicídios, das agressões, dos estupros<br />

e <strong>de</strong> todo tipo <strong>de</strong> violência, mostrando a importância <strong>de</strong> dar continuida<strong>de</strong> a este trabalho.<br />

Os princípios da igualda<strong>de</strong>, equida<strong>de</strong>, autonomia, laicida<strong>de</strong> e universalida<strong>de</strong> orientam,<br />

e <strong>de</strong>vem orientar, todas as políticas <strong>de</strong> Estado.<br />

Avanços conquistados<br />

• Criação da Secretaria <strong>de</strong> Políticas para as Mulheres: Criada no dia 1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2011, para<br />

promover e garantir os direitos humanos das mulheres, fortaleceu e empo<strong>de</strong>rou as mulheres,<br />

dando visibilida<strong>de</strong> para a pauta <strong>de</strong> gênero, fruto <strong>de</strong> um compromisso político assumido<br />

pela Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong> com o movimento <strong>de</strong> mulheres e feministas.<br />

• A<strong>de</strong>são ao Pacto Nacional pelo Enfrentamento da Violência Contra as Mulheres.<br />

• Criação e instrumentalização da Re<strong>de</strong> Lilás: concretizou a transversalida<strong>de</strong> das políticas. Nos últimos<br />

três anos, houve recor<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimentos do Governo do Estado para as mulheres. Só<br />

em 2013, foram mais <strong>de</strong> R$ 5 milhões executados, somente pela SPM. Foi estruturada a Re<strong>de</strong><br />

Lilás, promovendo a transversalida<strong>de</strong> em parceria com outras secretarias e po<strong>de</strong>res, com o<br />

movimento social e o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher. O Centro <strong>de</strong> Referência Vânia<br />

Araujo Machado foi reestruturado e ampliado, assim como a Escuta Lilás, consolidando-se<br />

como a porta <strong>de</strong> entrada nos serviços da re<strong>de</strong> e para a in<strong>de</strong>pendência das mulheres.<br />

• Patrulha Maria da Penha e Salas Lilás: A principal transversalida<strong>de</strong> da SPM foi com a Secretaria<br />

e Segurança Pública, que criou e fortaleceu a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> segurança pública para as<br />

mulheres, protegendo as mulheres da violência, além da criação do Observatório <strong>de</strong><br />

Gênero e capacitação continuada a todas servidoras e servidores da área da segurança.<br />

Até o final <strong>de</strong> <strong>2014</strong>, o RS contará com 42 Patrulhas Maria da Penha para o atendimento<br />

<strong>de</strong> mulheres vítimas <strong>de</strong> violência.<br />

• RS Lilás - Autonomia para as Mulheres: A autonomia é o centro da intervenção da SPM para<br />

fortalecimento e empo<strong>de</strong>ramento das mulheres. Foi criado ainda o Crédito Lilás, um<br />

<strong>programa</strong> <strong>de</strong> investimentos para empreen<strong>de</strong>doras, coor<strong>de</strong>nado pelo Banrisul em parceria<br />

com a SPM, oferecido pelo RS Mais Igual para mulheres que integram a Re<strong>de</strong> Lilás.<br />

Por meio do Pacto pela Educação foi promovido o empo<strong>de</strong>ramento das mulheres na<br />

perspectiva da promoção da autonomia através do Pronatec Lilás.<br />

• Linguagem Inclusiva: Para promover uma cultura não sexista, foi assinado o <strong>de</strong>creto, colaborando<br />

para a adoção <strong>de</strong> palavras e termos que dialoguem com uma comunicação<br />

inclusiva para as mulheres. Dando visibilida<strong>de</strong> para o gênero feminino, inclusive na<br />

redação oficial do <strong>governo</strong> do Estado.<br />

• Organismos Municipais <strong>de</strong> Políticas para as Mulheres (OPMs): O RS tem o maior número <strong>de</strong><br />

OPMs no Brasil e são as principais referências das políticas públicas para as mulheres<br />

nos municípios. Em 2013, a SPM/RS promoveu o fortalecimento <strong>de</strong>stes organismos<br />

municipais, com a <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> 20 veículos para os municípios <strong>de</strong> Canoas, Sapiranga,<br />

Gravataí, Porto Alegre, Viamão, Parobé, Lajeado, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Vacaria,<br />

Imbé, Torres, Bagé, Santana do Livramento, Panambi, Três <strong>de</strong> Maio, Cruz Alta, Sagrada<br />

Família, Balneário Pinhal, e Jaguarão. Trinta (30) municípios gaúchos receberam<br />

kits eletrônicos e mobiliários para a estruturação das coor<strong>de</strong>nadorias municipais. Até<br />

o final <strong>de</strong> <strong>2014</strong>, o RS contará com 42 Patrulhas Maria da Penha para o atendimento <strong>de</strong><br />

mulheres vítimas <strong>de</strong> violência.<br />

• Reestruturação do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM/RS): principal instrumento<br />

<strong>de</strong> representativida<strong>de</strong> do movimento <strong>de</strong> mulheres, o CEDM/RS foi regulamentado<br />

por lei em 2012. Sua nova direção possibilitou duplicar o número <strong>de</strong> Conselhos<br />

Municipais no estado e articular as Regiões Administrativas em torno do <strong>de</strong>bate da<br />

organização das mulheres e sua relação com os executivos municipais.<br />

• Formação <strong>de</strong> servidores e servidoras: formação para uma cultura não sexista e não machista.<br />

Foram promovidos cursos para agentes públicos da Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Atendimento à Mulher<br />

em Situação <strong>de</strong> Violência, dos Centros <strong>de</strong> Referência para Mulheres (CRMs), das Casas<br />

Abrigos e dos Centros <strong>de</strong> Referência Especializado <strong>de</strong> Assistência Social (CREAS) dos<br />

municípios polos do RS. Foi promovido um curso para jornalistas e estudantes tratando<br />

da pauta <strong>de</strong> gênero, raça e mídia nas nove regiões funcionais do estado. Na área da<br />

Educação, realizou-se o curso para formação <strong>de</strong> quatro mil professoras e professores da<br />

re<strong>de</strong> pública estadual para educação não sexista.<br />

• Participação Popular e Cidadã: A SPM conquistou mais recursos com a mobilização das<br />

mulheres para investimentos na formação profissional <strong>de</strong> agentes públicos e para a<br />

construção <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> Referência da Mulher. Entre 2012 e 2013, o repasse foi <strong>de</strong> R$<br />

661.894,26 em investimentos que abrangem os municípios <strong>de</strong> Osório, Torres, Balneário<br />

Pinhal, Esteio, Caraá, Panambi, Constantina, Estância Velha, Dois Irmãos e Porto Alegre.<br />

Para <strong>2014</strong>, a proposta orçamentária prevê o investimento <strong>de</strong> R$1.948.994,20 em ações<br />

direcionadas às mulheres.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Manter e ampliar a Re<strong>de</strong> Lilás e os <strong>de</strong>mais <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> direitos e da autonomia<br />

política, social e econômica das mulheres, <strong>de</strong>senvolvidos pela Secretaria <strong>de</strong> Políticas Públicas<br />

para Mulheres, bem como, as políticas e <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> Justiça e Direitos Humanos,<br />

<strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> e promoção dos direitos das pessoas com <strong>de</strong>ficiência, qualificando e<br />

aumentando os recursos a eles <strong>de</strong>stinados, em especial aos trabalhos voltados à infância,<br />

juventu<strong>de</strong>, afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, quilombolas, povo <strong>de</strong> terreiro, idosos, índios e LGBT.<br />

• Estimular a ampliação da participação feminina nos conselhos <strong>de</strong> controle social, com parida<strong>de</strong>;<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

• Garantir a implementação <strong>de</strong> políticas públicas integradas para construção e promoção da<br />

igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero, étnico racial;<br />

• Garantir o cumprimento dos tratados, acordos e convenções firmados e ratificados relativos<br />

aos direitos humanos das mulheres;<br />

• Combater as distintas formas <strong>de</strong> apropriação e exploração mercantil do corpo e da vida das<br />

mulheres, como a exploração sexual, o tráfico <strong>de</strong> mulheres e <strong>de</strong> drogas e o consumo <strong>de</strong><br />

imagens estereotipadas da mulher;<br />

• Reconhecer a violência <strong>de</strong> gênero, raça e etnia como violência estrutural e histórica, que<br />

expressa a opressão das mulheres e precisa ser tratada como questão <strong>de</strong> segurança<br />

pública, justiça, saú<strong>de</strong> e direitos humanos;<br />

• Contribuir com a educação pública na construção social <strong>de</strong> valores que enfatizem a importância<br />

do trabalho historicamente realizado pelas mulheres e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viabilizar<br />

novas formas para sua efetivação;<br />

• Garantir uma educação inclusiva e não-sexista, estado laico com a inclusão das questões<br />

<strong>de</strong> gênero, raça, etnia e orientação sexual nos currículos, reconhecer e buscar formas<br />

<strong>de</strong> alterar as práticas educativas, a produção <strong>de</strong> conhecimento, a educação formal, a<br />

cultura e a comunicação discriminatórias, invertendo a lógica da educação que oprime<br />

para a que liberta;<br />

• Elaborar, adotar e divulgar indicadores sociais, econômicos e culturais, sobre a população<br />

feminina, consi<strong>de</strong>rando a população afro-<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte e indígena, como subsídios para<br />

a formulação e implantação articulada <strong>de</strong> políticas públicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, previdência social,<br />

trabalho, educação e cultura, levando em consi<strong>de</strong>ração a realida<strong>de</strong> e especificida<strong>de</strong><br />

urbana e rural. Dar especial atenção à implantação do quesito cor nos formulários e<br />

registros nas diferentes áreas;<br />

• Formar e capacitar servidoras públicas e servidores públicos em gênero feminino, étnico<br />

racial e direitos humanos, <strong>de</strong> forma a garantir a implementação <strong>de</strong> políticas públicas<br />

voltadas para a igualda<strong>de</strong>, valorizando-as através <strong>de</strong> PCCS (Planos <strong>de</strong> Cargos, Carreiras<br />

e Salários);<br />

• Garantir a participação e o controle social das mulheres e <strong>de</strong> suas entida<strong>de</strong>s representativas,<br />

na formulação, implementação, monitoramento e avaliação das políticas públicas,<br />

disponibilizando dados e indicadores relacionados aos atos públicos e garantindo a<br />

transparência das ações;<br />

• Fortalecer e ampliar os organismos específicos <strong>de</strong> direitos e <strong>de</strong> políticas para as mulheres no primeiro<br />

escalão <strong>de</strong> <strong>governo</strong>, nas esferas estadual e municipal, com recursos físicos e estrutura;<br />

• Avançar nas políticas afirmativas no primeiro escalão;<br />

Cultura e Turismo<br />

• Combater a reprodução <strong>de</strong> estereótipos nocivos à imagem da mulher;<br />

• Promover a produção <strong>de</strong> peças publicitárias, para serem veiculadas nas diferentes mídias<br />

que combatem as discriminações e que promovem novas relações sociais <strong>de</strong> gênero;<br />

• Desenvolver e incentivar os empreendimentos <strong>de</strong> turismo para mulheres mantenedoras;<br />

• Fortalecer a produção <strong>de</strong> bens culturais orientados pela formação não sexista, não homofóbica<br />

e não racista;<br />

• Valorizar a história das mulheres gaúchas, respeitando a sua diversida<strong>de</strong> e regionalida<strong>de</strong>.<br />

Educação<br />

• Combater na re<strong>de</strong> pública a educação diferenciada como também as discriminações <strong>de</strong> gênero,<br />

<strong>de</strong> raça/etnia, <strong>de</strong> orientação sexual e geracional, assim como pessoas com <strong>de</strong>ficiência;<br />

• Promover a capacitação dos profissionais da educação para o exercício da educação não<br />

discriminatória, inclusive em prol do respeito à diversida<strong>de</strong>;<br />

• Garantir <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> alfabetização das mulheres jovens;<br />

• Apoiar a reformulação dos livros didáticos e <strong>de</strong> conteúdo programáticos, visando a<br />

eliminar referência discriminatória a mulher e propiciar o aumento da consciência<br />

acerca dos direitos das mulheres e do protagonismo das mulheres na história do<br />

Rio Gran<strong>de</strong> do Sul;<br />

• Garantir a educação sexual nas escolas orientada por grupos e <strong>programa</strong>s que subsidiem os indivíduos<br />

para a educação sexual, com reconhecimento à diversida<strong>de</strong> e equida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero.<br />

• Assegurar educação não sexista, não homofóbica e não racista.<br />

• Ampliar o acesso à educação e creches.<br />

• Ampliar o acesso à educação, ampliação das salas <strong>de</strong> acolhimento para as mães <strong>de</strong>ixarem<br />

as crianças quando estão estudando no noturno.<br />

• Desenvolver metodologias a<strong>de</strong>quadas para o retorno e permanência da mulher a sala <strong>de</strong> aula.<br />

Saú<strong>de</strong> – Direitos sexuais e reprodutivos<br />

• Fortalecer o planejamento familiar e acesso aos métodos contraceptivos – masculinos e<br />

femininos;<br />

• Qualificar a atenção à saú<strong>de</strong> mental das mulheres;<br />

• Fortalecer a prevenção à doença mental, incluindo o enfoque <strong>de</strong> gênero, raça/etnia, orientação<br />

sexual e geração, na atenção às mulheres portadoras <strong>de</strong> sofrimento psíquico, promovendo<br />

a integração do Estado e sua responsabilida<strong>de</strong> com setores não governamentais;<br />

• Desenvolver política <strong>de</strong> combate à feminilização da AIDS;<br />

• Garantir políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e atendimento para mulheres lésbicas;<br />

• Prevenir através <strong>de</strong> campanhas <strong>de</strong> conscientização doenças como a bulimia e a anorexia,<br />

muitas vezes <strong>de</strong>correntes da mercantilização do corpo das mulheres;<br />

• Garantir o atendimento humanizado em toda a re<strong>de</strong> estadual para mulheres em situação do<br />

abortamento e para aborto legal;<br />

• Garantir a ampliação do serviço <strong>de</strong> aborto previsto em lei (casos em que a gestação envolve<br />

risco <strong>de</strong> morte da mãe, é <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> estupro ou o feto é anencefálico), como o reforço<br />

da portaria 415 do Ministério da Saú<strong>de</strong>;<br />

• Capacitar profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para atenção integral à saú<strong>de</strong> da mulher;<br />

• Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificadas e humanizadas para mulheres e<br />

adolescentes, visando reduzir a mortalida<strong>de</strong> materna;<br />

• Ampliar a prevenção e a redução do câncer <strong>de</strong> útero e <strong>de</strong> mama.<br />

• Garantir a especificida<strong>de</strong> das mulheres.<br />

Violência contra a mulher no campo e na cida<strong>de</strong><br />

• Consolidar a política estadual <strong>de</strong> enfrentamento e prevenção, garantindo a articulação <strong>de</strong><br />

re<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong> enfrentamento à violência contra as mulheres, integrando os serviços<br />

<strong>de</strong> atendimento, protesto, prevenção à violência.<br />

• Consolidar a implantação da Lei Maria da Penha, com <strong>de</strong>staque para o apoio à implementação<br />

dos juizados especiais;<br />

• Ampliar e qualificar as DEAMS (Delegacias Especializadas <strong>de</strong> Atendimento às Mulheres);<br />

• Ampliar ações preventivas e educativas em relação à violência doméstica e sexual;<br />

• Consolidar uma política pública específica para as mulheres encarceradas;<br />

• Incentivar e construir casas <strong>de</strong> abrigo - política <strong>de</strong> abrigamento <strong>de</strong> mulheres e seus filhos;<br />

• A<strong>de</strong>são à política nacional do sistema carcerário.<br />

Promoção da Cidadania das Mulheres<br />

• Desenvolver <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> formação que promovam o empo<strong>de</strong>ramento das mulheres para<br />

<strong>de</strong>fesa dos direitos <strong>de</strong> cidadania das mulheres;<br />

• Garantir a parida<strong>de</strong> na constituição do Estado dos diretos da mulher e a manutenção e funcionamento<br />

do mesmo, bem como incentivar a criação <strong>de</strong> conselhos municipais;<br />

• Incentivar a participação das mulheres em espaços <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e <strong>de</strong>cisão como conselhos,<br />

parlamentos e <strong>governo</strong>s.<br />

62 63


Acesso a terra e habitação<br />

• Ampliar o acesso das mulheres à moradia digna, com a titulação em nome da mulher, com<br />

recorte para mulheres jovens;<br />

• Garantir a priorida<strong>de</strong> para as mulheres chefes <strong>de</strong> família, no acesso e na titularida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

crédito, em consonância com a política fe<strong>de</strong>ral.<br />

Articulação institucional<br />

• Fortalecer o Comitê Gestor <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> gênero, realizando encontros periódicos para<br />

capacitação, trocas <strong>de</strong> experiências e fortalecimento dos mesmos.<br />

• Ampliar o apoio à criação <strong>de</strong> novos organismos nos municípios e contribuir na política a ser<br />

implementada nos mesmos.<br />

TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

Trabalho e geração <strong>de</strong> renda<br />

• Promover a autonomia econômica das mulheres;<br />

• Promover a escolarida<strong>de</strong> das mulheres no EJA/Pronatec, visando maior acesso ao mercado<br />

<strong>de</strong> trabalho;<br />

• Desenvolver <strong>programa</strong>s voltados para mulheres chefes <strong>de</strong> família;<br />

• Fortalecer <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico voltados às mulheres em situação<br />

<strong>de</strong> violência;<br />

• Implementar o <strong>de</strong>bate feminista na política pública <strong>de</strong> Economia Popular e Solidária, a exemplo<br />

do Programa <strong>de</strong> Fomento da Senaes (Secretaria Nacional <strong>de</strong> Economia Popular e Solidária);<br />

• Promover relações <strong>de</strong> trabalho não discriminatórias, com equida<strong>de</strong> salarial e no acesso a<br />

cargos <strong>de</strong> direção;<br />

• Capacitar servidoras e servidores sobre o assédio sexual e sobre a discriminação <strong>de</strong> gênero,<br />

raça, etnia e orientação sexual no trabalho;<br />

• Buscar a regulamentação da profissão <strong>de</strong> recicladora <strong>de</strong> resíduos sólidos, estabelecendo<br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escolarização, creches e escolas <strong>de</strong> educação infantil nos próprios<br />

galpões <strong>de</strong> reciclagem ou nas proximida<strong>de</strong>s;<br />

• Implantar políticas para mulheres do campo, através da criação <strong>de</strong> <strong>programa</strong> <strong>de</strong> organização<br />

produtiva com ações voltadas para a geração <strong>de</strong> renda.<br />

• Fomentar a produção dos empreendimentos <strong>de</strong> EPS no campo e na cida<strong>de</strong>.<br />

• Promover campanha <strong>de</strong> valorização das plantas medicinais voltadas para a saú<strong>de</strong> da mulher.<br />

Esporte e lazer<br />

• Fomentar ações recreativas e culturais para as mulheres;<br />

• Fomentar <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> esportes preventivos para a saú<strong>de</strong> das mulheres;<br />

• Construir política <strong>de</strong> esportes que promovam o protagonismo das mulheres;<br />

Juventu<strong>de</strong> e gerações<br />

• Promover o acesso à educação básica para as jovens e idosas;<br />

• Promover <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> renda específicos para jovens e idosas;<br />

• Combater a violência para jovens em vulnerabilida<strong>de</strong> social;<br />

• Promover <strong>programa</strong>s inclusivos para mulheres acima <strong>de</strong> 40 anos;<br />

• Promover políticas públicas <strong>de</strong> prevenção à gravi<strong>de</strong>z na adolescência.<br />

Segurança<br />

• Promover <strong>programa</strong> <strong>de</strong> combate à drogadição das jovens mulheres;<br />

• Promover <strong>programa</strong> <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> trabalho e geração <strong>de</strong> renda para jovens mulheres que<br />

participam dos <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> combate à drogadição;<br />

• Desenvolver <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> atenção às mulheres e crianças vítimas <strong>de</strong> violência doméstica,<br />

com capacitação <strong>de</strong> mulheres da própria comunida<strong>de</strong>;<br />

• Criar uma re<strong>de</strong> integrada <strong>de</strong> justiça na própria comunida<strong>de</strong>, com capacitação <strong>de</strong> mulheres<br />

para a resolução <strong>de</strong> conflitos;<br />

• Implementar <strong>programa</strong> <strong>de</strong> atenção às mulheres apenadas e seus familiares;<br />

• Capacitar profissionais <strong>de</strong> segurança, para atendimento humanizado das mulheres e toda a<br />

sua diversida<strong>de</strong>.<br />

Assistência Social<br />

Entre 2007 e 2011, a lógica do Estado mínimo prevaleceu na gestão e ocorreu um<br />

<strong>de</strong>smantelamento das ações e recursos do Departamento <strong>de</strong> Assistência Social, com a diminuição<br />

e não reposição <strong>de</strong> profissionais para gerir e assessorar a política, consequentemente<br />

houve um atraso na implantação do SUAS nos municípios gaúchos.<br />

Na gestão da UPPRS, a política pública <strong>de</strong> assistência social avançou muito nos últimos anos<br />

com a atuação pactuada dos entes fe<strong>de</strong>rados – Município, Estado e União –, passando <strong>de</strong> ações<br />

pontuais fragmentadas e <strong>de</strong>sarticuladas para serviços estruturados em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> proteção social,<br />

<strong>de</strong> caráter continuado, a partir do Sistema Único da Assistência Social (SUAS). As três esferas <strong>de</strong><br />

<strong>governo</strong> são responsáveis por financiar as ações na área, sendo o município o executor das políticas.<br />

O papel do estado nesse contexto é <strong>de</strong> cofinanciamento, com recursos próprios <strong>de</strong>stinados<br />

aos serviços socioassistenciais, monitoramento, avaliação, capacitação e apoio técnico<br />

aos municípios para implementação do Sistema em âmbito municipal.<br />

O Departamento <strong>de</strong> Assistência Social, ligado à Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento<br />

Social (STDS), coor<strong>de</strong>na e assessora a implantação do SUAS em todos os municípios do<br />

Estado e promove serviços regionalizados para a população usuária. Busca aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s<br />

locais e regionalizar os serviços sócio-assistenciais respeitando as especificida<strong>de</strong>s<br />

e diversida<strong>de</strong>s existentes no Estado.; atuar na prestação dos serviços nos territórios, pois a<br />

regionalização do serviço exige uma regionalização administrativa.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Buscar reforço técnico, financeiro e suporte permanente do Estado aos municípios para criar<br />

condições ao avanço da implementação do SUAS;<br />

• Integrar as políticas públicas, tendo em vista a indivisibilida<strong>de</strong> do ser humano, que precisa<br />

ter as necessida<strong>de</strong>s atendidas no campo da assistência social, do trabalho, educação,<br />

saú<strong>de</strong>, entre outras;<br />

• Descentralizar as ações e serviços <strong>de</strong> assistência social e os processos <strong>de</strong> negociação e<br />

pactuação entre os gestores;<br />

• Fortalecer assessorias regionalizadas (mensais) e visitas in loco (semestral), para atendimento<br />

das <strong>de</strong>mandas emergentes.<br />

• Estimular a criação <strong>de</strong> conselhos <strong>de</strong> assistência social nos municípios e outros conselhos<br />

<strong>de</strong> direito;<br />

• Viabilizar estratégias para o atendimento <strong>de</strong> crianças que estejam em situação <strong>de</strong> risco;<br />

• Viabilizar estratégias para atendimento psicológico <strong>de</strong> apoio aos <strong>de</strong>sempregados;<br />

• Implantar um cadastro <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s que atendam a área da assistência social;<br />

• Estimular <strong>programa</strong>s que fomentem a capacitação <strong>de</strong> prestadores <strong>de</strong> serviços, na área da<br />

assistência social;<br />

• Estimular criação <strong>de</strong> <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> Restaurantes Populares;<br />

• Garantir vagas para presidiários e ex-presidiários nos cursos do Pronatec RS, visando à inserção<br />

social.<br />

64 65


EIXO 4<br />

Qualificação da Gestão, Democratização<br />

e Controle Público do Estado<br />

GESTÃO PARTICIPATIVA,<br />

CONTROLE PÚBLICO E TRANSPARÊNCIA<br />

Após oito anos na contramão da transformação econômica e social do país, o Rio Gran<strong>de</strong><br />

do Sul tem agora um <strong>governo</strong> que trabalha, com sucesso, recuperando as funções públicas<br />

do Estado; se colocando no mesmo ritmo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do Brasil; induzindo esse <strong>de</strong>senvolvimento<br />

com crescimento econômico, inclusão social e sustentabilida<strong>de</strong> ambiental;<br />

reduzindo as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s regionais; com diálogo e participação cidadã.<br />

O Governo da Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong> cumpriu a promessa <strong>de</strong> constituir esferas<br />

públicas <strong>de</strong>mocráticas para a partilha do po<strong>de</strong>r público. Para tanto, instituiu o Sistema<br />

Estadual <strong>de</strong> Participação Popular e Cidadã – premiado pela ONU – composto por diferentes<br />

fóruns <strong>de</strong> participação social: o Orçamento Participativo Estadual, o maior processo <strong>de</strong> participação<br />

em <strong>de</strong>cisões orçamentárias do mundo, com 1.315.593 votantes (1.059.842 presenciais<br />

e 255.751 digitais); o Conselho <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS),<br />

importante espaço <strong>de</strong> diálogo e concertação social, envolvendo empresários, trabalhadores,<br />

produtores rurais, agricultores familiares, movimentos sociais, universida<strong>de</strong>s, sindicatos e<br />

representações da socieda<strong>de</strong> civil organizada, para formulação <strong>de</strong> políticas públicas e metas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do Estado; o Gabinete Digital, que possibilita a participação direta e<br />

cidadã através das re<strong>de</strong>s sociais, viabilizando não só a informação, mas o <strong>de</strong>bate e votação<br />

<strong>de</strong> propostas, organização <strong>de</strong> reuniões, fóruns, conferências, aliando as ferramentas <strong>de</strong> inovação<br />

tecnológica ao fortalecimento da <strong>de</strong>mocracia participativa; e o Gabinete dos Prefeitos<br />

e Relações Fe<strong>de</strong>rativas, que dialoga cotidianamente com os municípios, articulando suas <strong>de</strong>mandas<br />

com os órgãos da Administração Estadual. Também recuperamos e fortalecemos os<br />

Conselhos Regionais <strong>de</strong> Desenvolvimento (Core<strong>de</strong>s) e os Conselhos Municipais (Comu<strong>de</strong>s).<br />

Mo<strong>de</strong>rnizamos a Gestão Pública com a criação da Sala <strong>de</strong> Gestão, que monitora permanentemente<br />

todos os projetos estratégicos do Governo. Com ousadia, o Estado retomou a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> financiamentos para investimentos, <strong>de</strong>stinando os recursos próprios<br />

do Estado para a recuperação dos salários <strong>de</strong> servidoras públicas e servidores públicos<br />

e para a reversão do quadro <strong>de</strong> <strong>de</strong>smonte das estruturas da Administração Estadual.<br />

Foi criado o Comitê <strong>de</strong> Diálogo Permanente (CODIPE) e reestruturado o Quadro Geral<br />

<strong>de</strong> pessoal do Estado, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980 não recebia nenhuma alteração. O Plano <strong>de</strong> Carreira<br />

<strong>de</strong> todas as fundações do Estado também foi reestruturado.<br />

Os servidores e servidoras sempre foram priorida<strong>de</strong> para a UPPRS, que conce<strong>de</strong>u aumentos<br />

reais, ou seja, acima da inflação, para professoras, soldados, policiais civis, servi-<br />

67


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

doras da Susepe, do Detran, do Irga, TVE, Metroplan e para o Quadro Geral <strong>de</strong> Servidoras e<br />

Servidores do Estado e Quadro Técnico Científico. Para o Quadro Geral, o aumento chegará a<br />

162,88% em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2014</strong> e, para o Quadro Técnico Científico, os aumentos variaram<br />

entre 77,60% a 81,19%.<br />

O Governo da UPPRS criou o Programa <strong>de</strong> Valorização e Atenção à Saú<strong>de</strong> Física e Mental<br />

dos Servidores e Servidoras (Proser) e reestruturou a previdência pública com a criação do<br />

Fundo Previ<strong>de</strong>nciário, com condições <strong>de</strong>, no longo prazo, tornar-se um sistema sustentável.<br />

A Re<strong>de</strong> Escola <strong>de</strong> Governo ofereceu formação continuada voltada à gestão pública. Em<br />

três anos, as servidoras, servidores, agentes públicos e públicas receberam 270 cursos <strong>de</strong> especialização,<br />

extensão e aulas especiais, em parceria com 32 instituições <strong>de</strong> ensino superior,<br />

públicas e comunitárias, beneficiando mais <strong>de</strong> 20 mil pessoas em 377 municípios.<br />

A gestão do patrimônio do Estado foi qualificada através da criação do Programa ‘Otimizar’.<br />

As Compras Públicas foram <strong>de</strong>scentralizadas e <strong>de</strong>mocratizadas através do ‘Fornecer’,<br />

um <strong>programa</strong> <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> social que, ao estimular os arranjos produtivos locais, já proporcionou<br />

uma economia <strong>de</strong> R$ 47 milhões, <strong>de</strong>senvolvimento local, emprego e renda.<br />

Atuando incansavelmente no <strong>de</strong>senvolvimento e aperfeiçoamento das ferramentas <strong>de</strong><br />

transparência e combate à corrupção, o atual <strong>governo</strong> criou o Departamento <strong>de</strong> Gestão do<br />

Conhecimento para Prevenção e Repressão à Corrupção (Degecor) e o portal Central do Cidadão,<br />

premiado pela ONU, que aten<strong>de</strong>ndo à Lei <strong>de</strong> Acesso à Informação – iniciativa do Governo<br />

Fe<strong>de</strong>ral - contempla mecanismos <strong>de</strong> acesso à informação, participação e transparência.<br />

A UPPRS fez muito e po<strong>de</strong> fazer muito mais, compartilhando a gestão, compartilhando<br />

igualda<strong>de</strong>, compartilhando crescimento.<br />

Gestão pública compartilhada para o Rio Gran<strong>de</strong> Crescer Mais<br />

O avanço das políticas sociais e a recuperação das instituições públicas conquistados<br />

em nossa primeira gestão passam, obrigatoriamente, pela a<strong>de</strong>quação da gestão pública.<br />

A construção <strong>de</strong> um novo patamar <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável requer a qualificação<br />

da gestão, fortemente apoiada na participação popular, na formação técnica dos servidores<br />

e servidoras públicas e <strong>de</strong> agentes sociais, no uso <strong>de</strong> tecnologias, pesquisa e inovação,<br />

na integração <strong>de</strong> ferramentas e sistemas, assim como na ampliação da transparência e do<br />

controle social sobre o Estado.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

A UPPRS se compromete em avançar na Reforma Democrática do Estado, tendo como<br />

principais diretrizes:<br />

• Colocar a sustentabilida<strong>de</strong> como elemento transversal <strong>de</strong> todas as políticas públicas, nas<br />

suas dimensões social, político-institucional, econômica, ambiental e cultural.<br />

• Promover a participação popular cidadã, a transparência e o controle social sobre o planejamento<br />

e a execução das políticas públicas e sobre a qualida<strong>de</strong> dos serviços oferecidos,<br />

com incremento dos mecanismos <strong>de</strong> prevenção à corrupção.<br />

• Fortalecer a cooperação e a articulação fe<strong>de</strong>rativa, com integração <strong>de</strong> processos participativos<br />

<strong>de</strong>cisórios sobre a distribuição <strong>de</strong> recursos financeiros investidos pelos municípios,<br />

Estado e União, bem como dos mecanismos <strong>de</strong> controle social da execução e avaliação<br />

<strong>de</strong> resultados.<br />

• Exercer o planejamento com perspectiva territorial na gestão social do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentável e na execução das políticas públicas <strong>de</strong> forma integrada com todas as estruturas<br />

<strong>de</strong> governança, centralizadas e regionais.<br />

• Qualificar a comunicação e a integração entre dirigentes, servidoras públicas e agentes<br />

sociais, para promoção <strong>de</strong> maior a<strong>de</strong>rência político-institucional aos objetivos estratégicos<br />

<strong>de</strong> Estado e do Governo.<br />

• Fortalecer o papel do servidor público e da servidora pública como sujeito <strong>de</strong> transformação<br />

e qualificação permanente da administração.<br />

• Buscar a simplificação dos procedimentos administrativos e dos serviços públicos, com<br />

espaços e instrumentos para participação efetiva <strong>de</strong> servidoras, servidores, usuárias e<br />

usuários no <strong>de</strong>senho do melhor funcionamento sob a ótica <strong>de</strong> quem executa e <strong>de</strong> quem<br />

usa o serviço.<br />

• Qualificar a estrutura pública estadual através do uso intensivo <strong>de</strong> novas tecnologias, pesquisa<br />

e inovação, com a mobilização permanente e o envolvimento dos servidores e<br />

servidoras.<br />

• Priorizar investimentos em inovação, tecnologias da informação e da comunicação, para a<br />

melhoria dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, educação, segurança, transporte e meio ambiente; e<br />

para ampliação da transparência e controle social, através <strong>de</strong> gestão racional e planejada,<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologia própria e uso preferencial <strong>de</strong> códigos abertos e<br />

licenças livres.<br />

• Exercer a avaliação permanente do impacto, alcance e qualida<strong>de</strong> das políticas e dos serviços<br />

públicos para retroalimentar as <strong>de</strong>finições estratégicas e as a<strong>de</strong>quações gerenciais e<br />

operacionais necessárias nos órgãos da Administração Pública.<br />

Para concretização das diretrizes acima <strong>de</strong>scritas, serão adotadas as seguintes iniciativas:<br />

• Instituir o Escritório <strong>de</strong> Projetos e Gestão <strong>de</strong> Obras, reorganizando as atribuições e estruturas<br />

administrativas existentes, para dar agilida<strong>de</strong> e eficácia na elaboração <strong>de</strong> projetos<br />

e execução das obras públicas fundamentais para a qualificação dos serviços públicos<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento do Estado.<br />

• Instituir a Sala <strong>de</strong> Planejamento e Monitoramento Social <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong>s Empreendimentos<br />

(Indústria Oceânica e Pólo Naval <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong> e do Jacuí, parques eólicos, hidrelétricas,<br />

barragens, Ferrovia Norte-Sul, nova Ponte do Guaíba, Metrô <strong>de</strong> Porto Alegre, entre<br />

outros).<br />

• Ampliar e fortalecer o Sistema Estadual <strong>de</strong> Participação Popular e Cidadã integrando-o às<br />

políticas <strong>de</strong> transparência e controle social (conselhos <strong>de</strong> políticas públicas, comissões<br />

locais <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong> obras, etc.).<br />

• Integrar as ferramentas <strong>de</strong> acesso à informação e comunicação públicas (Central do Cidadão,<br />

Portal da Transparência, Gabinete Digital, Login Cidadão e Carta <strong>de</strong> Serviços) para<br />

simplificação do acesso da cidadania a informações e serviços públicos.<br />

• Fortalecer e ampliar as ações da Re<strong>de</strong> Escola <strong>de</strong> Governo na formação profissional e qualificação<br />

<strong>de</strong> servidoras, servidores e agentes sociais, na visão da construção <strong>de</strong> espaços<br />

públicos <strong>de</strong> gestão, <strong>de</strong>mocráticos e inovadores, para o planejamento e implementação<br />

<strong>de</strong> políticas e prestação <strong>de</strong> serviços, que superem as práticas patrimonialistas e clientelistas,<br />

a dispersão e o retrabalho.<br />

• Criar a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestores Territoriais e Agentes Sociais, como canal <strong>de</strong> relacionamento, <strong>de</strong>bate<br />

e orientações para a execução das ações governamentais, apoiado no uso intensivo<br />

das tecnologias <strong>de</strong> compartilhamento <strong>de</strong> dados, informações e comunicação.<br />

• Aperfeiçoar a Sistemática <strong>de</strong> Monitoramento <strong>de</strong> Projetos Estratégicos (Sala <strong>de</strong> Gestão),<br />

implantando a análise <strong>de</strong> serviços públicos, esten<strong>de</strong>ndo o monitoramento ao conjunto<br />

dos <strong>programa</strong>s prioritários, ampliando o processo <strong>de</strong> Gestão Intensiva para projetos <strong>de</strong><br />

alta complexida<strong>de</strong> e relevância social e aperfeiçoando a sistematização centralizada<br />

das informações sobre resultados.<br />

• Avançar na política <strong>de</strong> racionalização das estruturas administrativas e na simplificação dos<br />

processos <strong>de</strong> trabalho, elaborando os <strong>de</strong>senhos dos fluxos administrativos <strong>de</strong> todos<br />

os órgãos e realizando a gestão documental tanto em suporte papel como eletrônico.<br />

• Aperfeiçoar e potencializar as ações dos órgãos que exercem funções <strong>de</strong> controle (PGE,<br />

68<br />

69


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

Cage/Sefaz, Degecor/SSP e Subchefia <strong>de</strong> Ética e Transparência/CC), superando as sobreposições<br />

<strong>de</strong> atribuições e <strong>de</strong> competências.<br />

• Ampliar o Sistema Estadual <strong>de</strong> Ouvidorias, com a criação <strong>de</strong> novas Ouvidorias Setoriais,<br />

fortalecendo as ouvidorias públicas como um instrumento <strong>de</strong> controle social.<br />

• Implantar a Central <strong>de</strong> Tele-atendimento da Ouvidoria-Geral do Estado, através do tri-dígito<br />

162 (este nº 162 é reservado pela ANATEL para as Ouvidorias-Gerais dos Estados),<br />

qualificando ainda mais o atendimento ao cidadão e à cidadã.<br />

• Criar o Programa Estadual <strong>de</strong> Qualificação do Atendimento ao Cidadão e à Cidadã, com o<br />

objetivo <strong>de</strong> qualificar e simplificar o acesso aos serviços públicos prestados pelo Executivo<br />

estadual.<br />

• Consolidar a Câmara Restaurativa e mediação <strong>de</strong> conflitos como política <strong>de</strong> Estado, através<br />

<strong>de</strong> sua criação por Lei;<br />

• Criar o Programa Estadual <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Conflitos no Serviço Público, contribuindo para<br />

a consolidação da cultura diálogo e da mediação pacífica <strong>de</strong> conflitos na administração<br />

pública estadual;<br />

• Investir na formação das servidoras e dos servidores para atuarem na mediação dos conflitos<br />

existentes entre cidadãs e cidadãos e o Estado;<br />

• Inserir a mediação <strong>de</strong> conflitos em todas as formações das servidoras públicas e dos servidores<br />

públicos, qualificando-os a atuar na mediação dos conflitos existentes entre<br />

cidadãs e cidadãos e o Estado.<br />

• Consolidar a InfoviaRS, dotando o Estado <strong>de</strong> uma infraestrutura <strong>de</strong> telecomunicações em banda<br />

larga que permita a interligação entre todos os órgãos públicos, através <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dados,<br />

voz e imagem a<strong>de</strong>quados aos diversos <strong>programa</strong>s: Re<strong>de</strong>SUS-RS, Infovia Metropolitana,<br />

Sistema Integrado <strong>de</strong> Segurança Pública (SISP), Sistema <strong>de</strong> Gestão Escolar (ISE), Um Computador<br />

por Aluno (Província <strong>de</strong> São Pedro), Guia <strong>de</strong> Trânsito Animal (GTA), entre outros.<br />

• Democratizar a governança digital com a criação uma Câmara Setorial <strong>de</strong> Governo Digital,<br />

com o objetivo <strong>de</strong> elaborar, através <strong>de</strong> ampla consulta à socieda<strong>de</strong>, um Plano Estratégico<br />

<strong>de</strong> Governo Digital, tendo como diretrizes a autonomia tecnológica e soberana<br />

dos dados do Estado, adoção <strong>de</strong> dados abertos, estímulo à inovação, articulação das<br />

<strong>de</strong>mandas da socieda<strong>de</strong> e integração com os órgãos públicos.<br />

• Consolidar a PROCERGS como empresa pública, mantendo os investimentos para sua mo<strong>de</strong>rnização<br />

com o objetivo <strong>de</strong> prover o Estado dos serviços públicos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> cada<br />

vez mais exigidos pela socieda<strong>de</strong>. Os investimentos serão <strong>de</strong>stinados para aumento da<br />

segurança da informação, alta disponibilida<strong>de</strong>, uso racional e coor<strong>de</strong>nado dos ativos e<br />

estrutura compartilhada <strong>de</strong> inteligência <strong>de</strong> dados (Big Data). Para buscar e incorporar<br />

novas tecnologias serão aprofundadas as parcerias com universida<strong>de</strong>s, instituições <strong>de</strong><br />

pesquisa, comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvedores e outras unida<strong>de</strong>s da fe<strong>de</strong>ração.<br />

• Reestruturar a Corag, com adoção <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> digitalização da imprensa oficial do Estado,<br />

com reversão dos recursos atualmente utilizados para materiais impressos em<br />

inovação e tecnologia.<br />

EIXO 5<br />

Desenvolvimento Econômico, Cooperação<br />

e Sustentabilida<strong>de</strong>: Economia do RS,<br />

Finanças e Investimentos, Política <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento, Relações Internacionais,<br />

Geração <strong>de</strong> Emprego e Renda, Agricultura<br />

e Desenvolvimento Agrário, Ciência e<br />

Tecnologia, Turismo, Economia Solidária e<br />

Micro e Pequenas Empresas<br />

70<br />

71


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

ECONOMIA NO RS<br />

O ano <strong>de</strong> <strong>2014</strong> traz o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> consolidar um novo ciclo político no RS sintonizado<br />

com a perspectiva do <strong>de</strong>senvolvimento brasileiro. Após romper com a <strong>de</strong>fesa intransigente<br />

do ajuste fiscal à custa do <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social do estado, o <strong>governo</strong><br />

da Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong> está preparado para avançar com inovação e sustentabilida<strong>de</strong>.<br />

Os indicadores econômicos alcançados em pouco mais <strong>de</strong> três e anos e meio <strong>de</strong> <strong>governo</strong><br />

<strong>de</strong>monstram o acerto da estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que articula investimentos<br />

produtivos com implementação da política <strong>de</strong> combate à pobreza e distribuição <strong>de</strong> renda,<br />

alinhando-se ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento nacional.<br />

A primeira gestão da Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong> reposicionou o papel do Estado,<br />

colocando-se como agente central e propulsor do <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social. Iniciando<br />

a recuperação do espaço público, aten<strong>de</strong>u <strong>de</strong>mandas represadas. Recompôs quadros<br />

e salários do funcionalismo e colocou o fomento à produção no centro da agenda, tendo como<br />

referência o diálogo, a concertação e a participação social, envolvendo toda a socieda<strong>de</strong> na<br />

proposição e acompanhamento das políticas públicas.<br />

Mesmo com a crise internacional latente, que extinguiu milhões <strong>de</strong> empregos na Europa<br />

e nos Estados Unidos, os índices históricos <strong>de</strong> emprego, a produção agrícola e industrial e<br />

as exportações cresceram no território gaúcho.<br />

FINANÇAS E INVESTIMENTOS<br />

O crescimento econômico é condição fundamental para a sustentabilida<strong>de</strong> fiscal do<br />

Estado. Porém, nas últimas décadas, o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul vinha apresentando um baixo crescimento<br />

econômico, refletido em ações tímidas do Estado na promoção <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> estímulo<br />

à economia. Como justificativa, frequentemente foi argumentado que a situação fiscal do<br />

Estado o impedia <strong>de</strong> ter papel ativo na reversão do problema. A combinação <strong>de</strong>sses gargalos<br />

estruturais com o baixo crescimento da economia gerava a percepção <strong>de</strong> que não haveria solução<br />

para o futuro do Rio Gran<strong>de</strong>. Assim, as dificulda<strong>de</strong>s fiscais do Estado seriam, ao mesmo<br />

tempo, a causa e a consequência do baixo crescimento econômico gaúcho, perpetuando a<br />

fragilida<strong>de</strong> fiscal do Estado e a continuida<strong>de</strong> da perda <strong>de</strong> importância da sua economia.<br />

O ambiente <strong>de</strong> crescimento econômico colabora <strong>de</strong>cisivamente para melhora das finanças<br />

públicas. Ao proporcionar maior base tributável, permite a evolução consistente das<br />

receitas públicas, possibilita gerar mais empregos, melhora a renda e cria um clima mais<br />

favorável ao <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social.<br />

Ao longo das últimas décadas, o Estado abdicou do seu papel <strong>de</strong> indutor <strong>de</strong> políticas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. As políticas baseadas em fortes restrições fiscais limitaram a ampliação<br />

dos serviços públicos e induziram a redução do nível <strong>de</strong> investimentos que, combinadas com<br />

a ausência <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> promoção do <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social, impediram que<br />

a economia gaúcha acompanhasse o ritmo <strong>de</strong> crescimento econômico e as melhorias sociais<br />

verificadas no Brasil.<br />

Desse modo, o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul per<strong>de</strong>u participação na economia nacional: atingiu<br />

7,1% em 2002, não alcançou esse patamar nos anos seguintes e apresentou tendência <strong>de</strong><br />

queda. Enquanto o crescimento da economia brasileira foi <strong>de</strong> 40,8%, <strong>de</strong> 2002 a 2010, o Rio<br />

Gran<strong>de</strong> do Sul evoluiu apenas 26,4% no mesmo período. Ou seja, a economia do Estado<br />

cresceu apenas 65% da taxa obtida pelo Brasil.<br />

A falta <strong>de</strong> uma perspectiva otimista para o futuro contrasta com as recentes conquistas<br />

econômicas e sociais apresentadas pelo Brasil nos últimos anos. O país vem mostrando<br />

avanços consistentes e contínuos na área, acompanhados <strong>de</strong> melhorias na condição <strong>de</strong> vida<br />

dos brasileiros. Esse aumento da renda da população mais carente vem servindo <strong>de</strong> base para<br />

o fortalecimento do mercado interno e representa uma conquista importante para um ciclo<br />

virtuoso <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Nos últimos três anos, o Estado aplicou uma política ativa voltada para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico e social, obtendo resultados animadores e revertendo, assim, a tendência<br />

anterior com crescimento do PIB/RS maior do que a média nacional. O PIB gaúcho subiu<br />

10,2% entre 2011 e 2013, enquanto o nacional cresceu 6,4% no mesmo período. Esse <strong>de</strong>sempenho<br />

foi alcançado mesmo consi<strong>de</strong>rando a queda <strong>de</strong> 1,4% do PIB gaúcho em 2012,<br />

<strong>de</strong>corrente da forte estiagem que causou perdas importantes nas principais culturas (soja e<br />

milho) produzidas no Estado.<br />

O ajuste fiscal foi substituído pelo enfrentamento dos problemas: na previdência, a criação<br />

do Fundo Previ<strong>de</strong>nciário estabeleceu as condições para o equacionamento do déficit no<br />

longo prazo; na dívida pública, o RS li<strong>de</strong>rou o processo <strong>de</strong> renegociação junto ao Governo Fe<strong>de</strong>ral,<br />

resultando no PLC 99/2013, que reduz os encargos da dívida, permitindo uma expectativa<br />

em relação à abertura <strong>de</strong> espaço fiscal e ao pagamento efetivo do estoque da dívida no prazo<br />

contratado; em RPV´s e precatórios, somente em 2013 foram <strong>de</strong>sembolsados R$ 1,3 bilhão em<br />

pagamento; e, finalmente, foram ampliados significativamente os gastos nas áreas da saú<strong>de</strong>,<br />

segurança e educação, permitindo entre outras conquistas, o alcance da marca histórica <strong>de</strong><br />

12,5% da RLIT em gastos com saú<strong>de</strong> e o aumento real dos salários dos professores em 50%.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento econômico exige um nível <strong>de</strong> investimentos a<strong>de</strong>quado às necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> qualificação da infraestrutura. A rigi<strong>de</strong>z do orçamento limitou a capacida<strong>de</strong> do<br />

Estado manter continuamente um volume <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong>stinados ao investimento público.<br />

A trajetória <strong>de</strong> participação dos investimentos é <strong>de</strong>crescente na última década, se consi<strong>de</strong>rarmos<br />

a sua evolução como participação relativa à receita. Eventualmente, com recursos<br />

extraordinários, o valor <strong>de</strong> investimentos se elevou, voltando a níveis mínimos e com tendência<br />

<strong>de</strong> redução, o que causou <strong>de</strong>terioração da infraestrutura e perda <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />

da economia gaúcha.<br />

Para viabilizar investimentos, o Governo adotou a estratégia <strong>de</strong> buscar, nas operações<br />

<strong>de</strong> crédito, com instituições nacionais e internacionais, os meios financeiros para suprir a<br />

restrição <strong>de</strong> recursos próprios para investimento. Isto permitiu, entre outros contratos, a<br />

implementação do Prore<strong>de</strong>s, com o BNDES (R$ 1,085 bilhão) e BIRD (US$ 480 milhões), para<br />

projetos <strong>de</strong> infraestrutura e promoção do <strong>de</strong>senvolvimento econômico. Em paralelo, o alinhamento<br />

com as políticas do Governo Fe<strong>de</strong>ral viabilizou projetos em todas as áreas, com<br />

<strong>de</strong>staque às obras do PAC.<br />

72<br />

73


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Utilização do espaço fiscal da renegociação da Dívida.<br />

• Buscar o crescimento econômico acima da média nacional para alcançar a sustentabilida<strong>de</strong><br />

fiscal, ou seja, a plena capacitação do Estado para aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s sociais e <strong>de</strong><br />

infraestrutura.<br />

• O controle social, a transparência e a racionalização das <strong>de</strong>spesas públicas são objetivos a<br />

serem perseguidos e que já foram bastante trabalhados neste Governo. Investimentos<br />

em sistemas <strong>de</strong> informática propiciam amplo acesso à informação <strong>de</strong> forma rápida e<br />

segura. Como exemplo, a atual implantação do Sistema <strong>de</strong> Custos, que agrega gastos<br />

com folha <strong>de</strong> pagamento, água, luz, locações, compras, diárias, facilitando a visão das<br />

<strong>de</strong>spesas da máquina pública.<br />

• Manter o compromisso com soluções e novas formas para financiar o passivo anual da previdência<br />

pública, bem como a consolidação do Fundoprev.<br />

• Controle permanente e melhora continuada da gestão dos recursos do Estado. Para tanto, é<br />

necessário investir em capacitação e na disseminação das melhores práticas e sistemas<br />

informatizados. O Sistema <strong>de</strong> Custos, citado anteriormente, é um <strong>de</strong>sses instrumentos<br />

facilitadores para gestão do gasto público. Instituído pelo Governo <strong>Tarso</strong> e mesmo ainda<br />

estando em fase <strong>de</strong> implantação em alguns órgãos do Estado, ele já se constitui em<br />

referência nacional.<br />

• Na receita, o Estado tem que continuar a investir na qualificação das estruturas e instrumentos<br />

<strong>de</strong> fiscalização, além <strong>de</strong> intensificar o uso da Tecnologia da Informação. Assim,<br />

o combate à sonegação será mais célere e efetivo para que os impostos sejam apurados<br />

e pagos regularmente, trazendo maior eficiência na arrecadação.<br />

• Aprimorar as ações <strong>de</strong> cobrança dos <strong>de</strong>vedores do Estado, com especial atenção para os<br />

maiores e os chamados “contumazes”. Muito se avançou na integração e troca <strong>de</strong> informações<br />

do Fisco Estadual com outros órgãos e aprofundar essas relações contribuirá<br />

para agilizar as ações <strong>de</strong> cobrança e o combate aos maus pagadores, aumentando a<br />

percepção do risco <strong>de</strong> sonegar.<br />

• Além <strong>de</strong> integrar a política tributária com a ação dos órgãos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento (SDPI) e<br />

inovação (SCIT) do Estado, estão sendo mantidas diretrizes como:<br />

• Manutenção do foco da política tributária no <strong>de</strong>senvolvimento econômico, fortalecendo<br />

a atração <strong>de</strong> investimentos e atentando para a competitivida<strong>de</strong> da produção do Estado.<br />

• Favorecimento do a<strong>de</strong>nsamento das tradicionais ca<strong>de</strong>ias produtivas gaúchas e contribuição<br />

para a criação <strong>de</strong> uma economia voltada para inovação.<br />

• Ampliação da participação cidadã, <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong> civil e dos Municípios no<br />

controle da arrecadação com a conscientização da importância social do tributo (pelo<br />

aprofundamento do Programa <strong>de</strong> Cidadania Fiscal - Nota Fiscal Gaúcha que já envolve<br />

mais <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> participantes)<br />

• O Estado necessita atuar fortemente nas questões fe<strong>de</strong>rativas que impactam na sua receita<br />

como a guerra fiscal, componente que impõe prejuízos a todos os entes fe<strong>de</strong>rados e<br />

precisa ser combatida. Nesse último período, o Governo do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul trabalhou<br />

para a aprovação da redução das alíquotas interestaduais <strong>de</strong> ICMS, <strong>de</strong>sestimulando<br />

assim a guerra fiscal entre Estados.<br />

• Nova regulamentação das compras via internet. A proposta <strong>de</strong>fendida pelo Rio Gran<strong>de</strong> do<br />

Sul é <strong>de</strong> proporcionar que o Estado on<strong>de</strong> se localiza o <strong>de</strong>stinatário da mercadoria receba<br />

o pagamento <strong>de</strong> parte do ICMS inci<strong>de</strong>nte sobre o produto, corrigindo uma distorção na<br />

atual sistemática.<br />

• Potencialização da captação <strong>de</strong> recursos orçamentários voluntários junto à União, para<br />

aplicação em políticas públicas.<br />

• Manter o esforço concentrado do <strong>governo</strong> e da socieda<strong>de</strong> gaúcha pela aprovação da reestruturação<br />

da Dívida Pública do Estado, que tem aprovação do Governo Fe<strong>de</strong>ral e está em<br />

fase final no Senado. A reestruturação da Dívida abre novo espaço fiscal para manter a<br />

estratégia <strong>de</strong> financiamento do investimento combinada com aumento do investimento<br />

próprio, com recuperação da receita <strong>de</strong>corrente do nosso crescimento.<br />

DESENVOLVIMENTO NO CAMPO<br />

Agropecuária e Desenvolvimento Rural com Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Em 2010, o Plano <strong>de</strong> Governo afirmava que a retomada do <strong>de</strong>senvolvimento econômico<br />

e social do meio rural gaúcho seria possível com diálogo e parceria, e um Estado indutor do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e políticas para todos os segmentos do meio rural. Na Carta aos Gaúchos e<br />

Gaúchas, <strong>de</strong>stacavam-se a criação da Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo<br />

(SDR) para aten<strong>de</strong>r a agricultura familiar, os pequenos e médios produtores e as cooperativas;<br />

o fortalecimento da Secretaria da Agricultura, promovendo o agronegócio a ampliação e<br />

qualificação da produção agropecuária; a Implantação do Sistema Único <strong>de</strong> Atenção à Sanida<strong>de</strong><br />

Agropecuária, a retomada do Programa Sabor Gaúcho, fortalecendo a Agroindústria Familiar e a<br />

valorização da Pecuária gaúcha. Todos esses compromissos foram cumpridos.<br />

O primeiro <strong>governo</strong> da UPPRS retomou o rumo do <strong>de</strong>senvolvimento no RS com o fortalecimento<br />

da matriz produtiva, a revitalização dos serviços públicos, a parceria com o Governo<br />

Fe<strong>de</strong>ral e os municípios. O diálogo permanente é uma marca na relação do Governo com o<br />

Setor Agropecuário e os Movimentos Sociais: o Palácio Piratini voltou a abrir as portas para<br />

todos os gaúchos e gaúchas, acolhendo suas <strong>de</strong>mandas.<br />

A ampliação do orçamento para a agropecuária e o <strong>de</strong>senvolvimento rural ¬é uma marca<br />

importante da atual gestão. Somados os orçamentos das duas Secretarias, Seapa e SDR,<br />

<strong>de</strong> 2011 a <strong>2014</strong>, obtém-se mais <strong>de</strong> R$ 2,2 bilhões, um aumento real <strong>de</strong> 64% nos recursos em<br />

relação aos valores praticados pelo <strong>governo</strong> anterior em período equivalente. O Governo do<br />

Estado investiu R$ 662 milhões na assistência técnica aos agricultores, os valores repassados<br />

à EMATER pela SDR mais do que dobraram nesses quatro anos, possibilitando o atendimento<br />

qualificado a 250 mil famílias por ano, com assistência técnica, extensão rural e social.<br />

O Plano Safra Gaúcho, <strong>de</strong> forma pioneira, foi previsto em lei e implementado <strong>de</strong> forma<br />

inovadora neste Governo. Com a participação das organizações populares e das Câmaras<br />

Setoriais, o Plano Safra Gaúcho organiza as políticas governamentais para a produção agropecuária<br />

e o <strong>de</strong>senvolvimento rural. O Plano constitui-se numa plataforma <strong>de</strong> ações voltadas<br />

a apoiar a agricultura, pecuária, pesca, comercialização, abastecimento, armazenamento,<br />

agroindústrias familiares, pesquisa, assistência técnica, infraestrutura, segurança alimentar,<br />

combate à pobreza rural, que geram benefícios para famílias das diversas regiões, ligadas aos<br />

segmentos produtivos <strong>de</strong> carnes, grãos, hortifrutigranjeiros, ma<strong>de</strong>ira, tabaco, agroenergia,<br />

leite e pescado. Em suas quatro edições, o Plano Safra Gaúcho, entre o período 2011-2015,<br />

alcançará o montante <strong>de</strong> R$ 8,91 bilhões, disponibilizados aos agricultores gaúchos através<br />

<strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> financiamento do BRDE, Banrisul, Ba<strong>de</strong>sul, BNDES e dos <strong>programa</strong>s executados<br />

pela SEAPA e SDR, com recursos do Tesouro do Estado.<br />

A Política Agropecuária Gaúcha reafirma a necessida<strong>de</strong> da presença forte do Estado<br />

como regulador e indutor do <strong>de</strong>senvolvimento, possibilitando a inclusão social e o combate<br />

às <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s. Avançar aportando mais políticas para os segmentos do meio rural,<br />

fortalecendo o mo<strong>de</strong>lo econômico <strong>de</strong> inclusão social, inovação tecnológica, priorizando a<br />

agricultura familiar e camponesa, assentados, pescadores artesanais, comunida<strong>de</strong>s indígenas<br />

e quilombolas, os médios produtores e pecuaristas familiares, que, juntos, representam a<br />

ampla maioria da população rural no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />

É importante afirmar que estas propostas têm priorida<strong>de</strong>, mas não excluem ninguém,<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

repetindo o que foi praticado até aqui. Todos os setores da agropecuária gaúcha têm espaço<br />

e políticas, da agricultura familiar ao agronegócio. Os <strong>de</strong>safios atuais exigem uma agricultura<br />

que priorize a produção <strong>de</strong> alimentos saudáveis, com sustentabilida<strong>de</strong> ambiental e transição<br />

agroecológica.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Construir um Plano Estadual <strong>de</strong> Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário valorizando<br />

o rural como espaço multicultural, produtivo, <strong>de</strong> residência, <strong>de</strong> serviços e patrimonial.<br />

Um espaço <strong>de</strong> vida gerando mais emprego e renda através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s agrícolas e<br />

não agrícolas, com políticas públicas para todos os setores da agropecuária gaúcha,<br />

com priorida<strong>de</strong> para os agricultores familiares e camponeses, assentados, pescadores<br />

artesanais, quilombolas, indígenas, médios produtores e pecuaristas familiares.<br />

• Consolidar as instituições públicas do setor agropecuário – Secretaria Estadual <strong>de</strong> Agricultura,<br />

Pecuária e Agronegócio (SEAPA), Secretaria Estadual <strong>de</strong> Desenvolvimento Rural,<br />

Pesca e Cooperativismo (SDR) e suas vinculadas e conveniadas – seguindo a política <strong>de</strong><br />

recuperação orçamentária, fortalecendo a capacida<strong>de</strong> do Estado <strong>de</strong> induzir, coor<strong>de</strong>nar<br />

e dar suporte ao segmento.<br />

• Consolidar o Plano Safra Gaúcho como instrumento <strong>de</strong> fomento <strong>de</strong> políticas públicas para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento agropecuário, articulando: Prevenção e combate aos efeitos climáticos;<br />

Desenvolvimento territorial e combate às <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s regionais; Inclusão<br />

produtiva e combate à pobreza extrema; Recuperação da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento<br />

e gestão do Estado e; Melhoria da infraestrutura.<br />

• Dar segmento ao Plano Camponês em curso no Plano Safra RS, como ferramenta <strong>de</strong> fomento<br />

da produção <strong>de</strong> alimentos saudáveis, beneficiando mais famílias e contemplando<br />

novos itens.<br />

• Fortalecer a diversificação produtiva e as ca<strong>de</strong>ias agroindustriais tradicionais, buscando<br />

competitivida<strong>de</strong> no mercado interno e nas exportações, e avançar na promoção do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento, capaz <strong>de</strong> incorporar inovações tecnológicas que aumentem a eficiência<br />

e a produtivida<strong>de</strong>, agreguem valor e qualida<strong>de</strong> aos produtos primários, gerem<br />

alternativas para as lavouras <strong>de</strong> inverno, criando empregos <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>scentralizada e<br />

qualificando a renda dos produtores.<br />

• Ampliar o <strong>programa</strong> ‘Sabor Gaúcho’ e consolidar o Susaf/RS para fortalecer e ampliar as<br />

agroindústrias familiares e seu potencial <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> renda.<br />

• Consolidar e ampliar os <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> apoio ao cooperativismo e associativismo como mecanismo<br />

<strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> escala <strong>de</strong> produção, agroindustrialização e comercialização<br />

para a Agricultura Familiar e o setor agropecuário, <strong>de</strong>ntre eles: o Simples Cooperativo,<br />

Fundopem, Recoop/RS, Fundo <strong>de</strong> Aval, Feaper Cotas Partes, Gestão Cooperativa.<br />

• Desenvolver políticas para a melhoria da qualida<strong>de</strong> da energia elétrica no meio rural e estabelecer<br />

um <strong>programa</strong> <strong>de</strong> eficiência energética no campo.<br />

• Estabelecer um <strong>programa</strong> para a implantação <strong>de</strong> micro e minigeradores <strong>de</strong> energia elétrica<br />

para agricultores familiares (geradores eólicos, painéis fotovoltaicos, conjuntos turbina/gerador<br />

para pequenas centrais hidrelétricas).<br />

• Promover uma política estadual <strong>de</strong> inclusão digital e acesso a ferramentas <strong>de</strong> comunicação<br />

telefônica, informática, internet para o meio rural gaúcho.<br />

• Aprofundar o apoio às feiras locais, a <strong>de</strong>scentralização e fortalecimento da Ceasa através da<br />

criação <strong>de</strong> entrepostos regionais, em parceria com os municípios, e <strong>de</strong>senvolver ações<br />

que garantam a qualida<strong>de</strong> dos alimentos, o monitoramento <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> agrotóxicos<br />

nos alimentos, higienização dos vasilhames, rastreabilida<strong>de</strong> e logística a<strong>de</strong>quadas, sequência<br />

e ampliação das Políticas Fe<strong>de</strong>rais nos Programas <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> Alimentos<br />

(PAA) e Alimentação Escolar (PNAE).<br />

• Potencializar os fundos setoriais e os institutos, <strong>de</strong>senvolvendo essa lógica como forma<br />

mo<strong>de</strong>rna, participativa, on<strong>de</strong> os recursos públicos e privados estejam a serviço do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> toda a ca<strong>de</strong>ia produtiva.<br />

• Fortalecer o diálogo permanente com setor agropecuário por meio <strong>de</strong> suas representações,<br />

através dos Movimentos Sociais, Câmaras Setoriais e Temáticas, Conselho Estadual <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Rural Sustentável, Conselho <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Social<br />

(CDES-RS), Gabinete Digital, Orçamento Participativo, Participação Popular e Cidadã.<br />

• Potencializar a relação com o Governo Fe<strong>de</strong>ral e Administrações Municipais para a execução<br />

<strong>de</strong> projetos estratégicos do setor agropecuário, na atenção especial às ca<strong>de</strong>ias produtivas<br />

estratégicas visando à superação <strong>de</strong> crises, exemplos: arroz, trigo, suínos, aves e leite.<br />

• Ampliar e qualificar <strong>programa</strong>s estratégicos para o campo como a armazenagem <strong>de</strong> água e<br />

a irrigação.<br />

• Erradicação da pobreza extrema no meio rural - aprofundar as ações, em parceria com o<br />

Governo Fe<strong>de</strong>ral, com projetos <strong>de</strong> inclusão social e produtiva.<br />

• Sustentabilida<strong>de</strong> - ecologizar as políticas públicas com estímulo e subsídios para a agroecologia<br />

e a proteção <strong>de</strong> sementes crioulas; implementar políticas <strong>de</strong> incentivo ao consumo<br />

<strong>de</strong> alimentos saudáveis; ampliar a política <strong>de</strong> Pagamentos por Serviços Ambientais;<br />

apoiar a implantação do Cadastro Ambiental Rural para os agricultores familiares;<br />

constituir o Programa <strong>de</strong> Abastecimento Popular <strong>de</strong> Comida Saudável; implementar<br />

políticas <strong>de</strong> estímulo à produção <strong>de</strong> carne e arroz orgânico.<br />

• Estimular à implantação <strong>de</strong> biofábricas e à utilização <strong>de</strong> controle biológico, biofertilizantes<br />

e à substituição <strong>de</strong> insumos químicos por insumos orgânicos.<br />

• Assistência Técnica e Extensão Rural e Social - ampliar os serviços <strong>de</strong> assistência técnica<br />

e extensão rural e social, através do fortalecimento e comprometimento da Emater,<br />

numa perspectiva <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável e agroecológico; e implementar<br />

ações com base na Lei Estadual <strong>de</strong> ATERS, para a contratação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> Assistência<br />

Técnica e Extensão Rural Complementar junto às organizações dos movimentos sociais,<br />

cooperativas, ONGs, com ênfase e priorida<strong>de</strong> na agroecologia.<br />

• Reforma agrária e questões fundiárias - qualificar a infraestrutura básica e produtiva dos<br />

assentamentos; gestionar junto ao Governo Fe<strong>de</strong>ral a aquisição <strong>de</strong> novas áreas para<br />

assentamentos; buscar solucionar a regularização fundiária <strong>de</strong> Agricultores Familiares<br />

e Comunida<strong>de</strong>s Quilombolas; mediar os conflitos entre comunida<strong>de</strong>s indígenas e agricultores<br />

familiares, articulando junto ao Governo Fe<strong>de</strong>ral a implementação <strong>de</strong> políticas<br />

que fortaleçam as comunida<strong>de</strong>s e resolvam os problemas.<br />

• Juventu<strong>de</strong> Rural e Sucessão Familiar no Campo - <strong>de</strong>senvolver um <strong>programa</strong> estadual <strong>de</strong><br />

apoio aos jovens da agricultura familiar e camponesa para permanecerem no meio<br />

rural, trabalhando na perspectiva <strong>de</strong> sucessão familiar <strong>de</strong> seus pais nas proprieda<strong>de</strong>s<br />

rurais. Consolidação do Programa Bolsa Jovem Rural e preferência para as famílias <strong>de</strong><br />

agricultores com jovens em casa no acesso às políticas públicas.<br />

• Educação no Campo - fortalecer e apoiar as escolas públicas e comunitárias rurais que adotam<br />

a Pedagogia da Alternância e currículo específico para a realida<strong>de</strong> do campo, com<br />

priorida<strong>de</strong> na formação <strong>de</strong> agricultores jovens rurais, <strong>de</strong>ntre elas as Escolas Família<br />

Agrícola e Casas Familiares Rurais.<br />

• Constituir políticas públicas específicas para o enfrentamento das calamida<strong>de</strong>s climáticas<br />

e suas consequências junto ao meio rural.<br />

• Constituir no estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul um Sistema <strong>de</strong> Informações, Análise e Estudos<br />

Rurais para subsidiar o planejamento estratégico e a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões no âmbito<br />

agropecuário.<br />

• Fortalecer os incentivos à pesquisa e a validação <strong>de</strong> tecnologias para o setor agropecuário,<br />

especialmente junto à FEPAGRO e o IRGA.<br />

• Desenvolver junto à Fepagro um <strong>programa</strong> <strong>de</strong> pesquisa para a produção <strong>de</strong> máquinas e<br />

equipamentos a<strong>de</strong>quados aos sistemas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> base ecológica e unida<strong>de</strong>s<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

agroindustriais <strong>de</strong> pequeno e médio porte da agricultura familiar e camponesa.<br />

• Aprofundar as políticas para fortalecer o setor pesqueiro e a estruturação da ca<strong>de</strong>ia produtiva<br />

do pescado.<br />

• Fortalecer ações e fomentar políticas públicas que contribuam para a construção <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong><br />

nas relações <strong>de</strong> gênero no meio rural, com campanhas <strong>de</strong> informação às mulheres,<br />

ações <strong>de</strong> ATER para a conscientização sobre igualda<strong>de</strong> nas relações gênero e trabalho<br />

na família, entre outras.<br />

• Fortalecer e ampliar os projetos <strong>de</strong> habitação rural e qualificação habitacional para a agricultura<br />

familiar e camponesa.<br />

SISTEMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO<br />

Política industrial gaúcha<br />

O projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico para da Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong><br />

(UPPRS), em consonância com o processo nacional, centrou-se na criação das condições para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento competitivo e socialmente equilibrado, através da retomada da ação estatal<br />

e do fortalecimento da estrutura econômica. Parte da avaliação que nossas forças locais<br />

têm capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> impulsionar o <strong>de</strong>senvolvimento regional, ainda mais quando integradas<br />

aos setores do que se convencionou chamar <strong>de</strong> “Nova Economia”.<br />

Constituímos o Sistema <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico, que inovou na implementação<br />

<strong>de</strong> uma Política Industrial com instrumentos transversais que integram a base agrícola,<br />

os setores industriais tradicionais e aqueles vinculados à “Nova Economia”, a inovação,<br />

a promoção <strong>de</strong> mercados e <strong>de</strong> novos investimentos. As cooperativas, pequenas e médias<br />

empresas, agricultura e agroindústrias familiares foram priorizados no fortalecimento dos<br />

Arranjos Produtivos Locais (APLs), com parques tecnológicos e forte cooperação do <strong>governo</strong><br />

com associações, universida<strong>de</strong>s e setores privados <strong>de</strong> todas as regiões. Os bancos públicos<br />

foram fortalecidos e integrados à política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Estruturamos o Estado para promoção do <strong>de</strong>senvolvimento, criamos a Agência Gaúcha<br />

<strong>de</strong> Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), a inovamos com a ‘Sala do<br />

Investidor’, integramos o Sistema Público Financeiro, capacitamos os órgãos ambientais, e<br />

retomamos o planejamento com a Política Industrial e a constituição das políticas setoriais.<br />

Na promoção do investimento: (I) ousamos, internacionalmente, na busca ativa <strong>de</strong> novas parcerias<br />

comerciais e tecnológicas; (II) alinhamos estrategicamente os projetos do RS aos projetos<br />

fe<strong>de</strong>rais, como o Plano Brasil Maior; (III) transformamos o Fundopem num instrumento<br />

mais <strong>de</strong>mocrático, horizontal e eficiente; (IV) colocamos o Banrisul, o Ba<strong>de</strong>sul e o BRDE para<br />

trabalhar <strong>de</strong> forma integrada em prol da produção gaúcha; (V) criamos a Sala do Investidor<br />

para apoiar investidores com uma gestão profissional e coor<strong>de</strong>nada dos órgãos do <strong>governo</strong>,<br />

que atualmente reúne projetos com expectativa <strong>de</strong> investimentos no montante <strong>de</strong> R$ 50<br />

bilhões, a maior carteira <strong>de</strong> investimentos da história recente do Estado; e (VI) constituímos<br />

o Grupo Executivo (GEx), entre Sefaz e SDPI, que faz a gestão a política <strong>de</strong> incentivos fiscais.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

A segunda edição da Política Industrial será ampliada e reforçada para orientar a ação<br />

do setor público nas priorida<strong>de</strong>s pactuadas com o setor privado para o apoio a investimentos,<br />

a<strong>de</strong>nsamento das ca<strong>de</strong>ias produtivas, proteção <strong>de</strong> nossa economia, introdução inovações e<br />

novas tecnologias e promoção <strong>de</strong> nossa produção nos mercados. A nova Política Industrial<br />

será consolidada com ênfase em inovação e sustentabilida<strong>de</strong> e agregação <strong>de</strong> valor.<br />

Para ampliar a produção, precisamos criar capacida<strong>de</strong> produtiva na economia gaúcha,<br />

mirar nos próximos 10 anos e constituir projetos que viabilizem os investimentos necessários<br />

em infraestrutura, planejamento, inovação, tecnologia, diversificação, formação e qualificação<br />

profissional, estruturação das ca<strong>de</strong>ias produtivas e na sustentabilida<strong>de</strong> ambiental.<br />

• Avançar na Política <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico, tendo como horizonte o aumento da<br />

renda per capita e o crescimento da produção acima da média nacional; diversificação<br />

da estrutura produtiva; e tornar o estado uma referência em inovação e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentável, integrando as políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do campo, <strong>de</strong> investimento<br />

e financiamento, industrial, da economia da cooperação, <strong>de</strong>senvolvimento regional,<br />

energética, <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico, ciência e inovação.<br />

• Aumentar a produtivida<strong>de</strong> e a competitivida<strong>de</strong> das empresas e dos setores estratégicos com<br />

base em inovação. A Política <strong>de</strong> Inovação tendo como objetivo a agregação <strong>de</strong> valor, a<br />

partir do <strong>de</strong>sempenho inovador que po<strong>de</strong>rá ter como base o aporte <strong>de</strong> novas tecnologias,<br />

novos processos operacionais, <strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong> comercialização.<br />

• Qualificar o crescimento do estado como um território do <strong>de</strong>senvolvimento sustentável:<br />

Programa RS Polo <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> Ambiental, Programa Produção Mais Limpa na Indústria,<br />

Programa Simbiose Industrial, articulados com o Novo Portal <strong>de</strong> Licenciamento<br />

Ambiental, em ação transversal entre a política ambiental e os órgãos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

criando uma relação pró-ativa no processo <strong>de</strong> planejamento e <strong>de</strong> licenciamento<br />

das ativida<strong>de</strong>s econômicas.<br />

• Implantar o Programa Produção Mais Limpa para indústrias e ampliar o Simbiose Industrial<br />

alcançando um número maior <strong>de</strong> Arranjos Produtivos Locais (APL’s) e Setores da Política<br />

Industrial, para aumentar a eficiência produtiva, reduzir custos operacionais e o consumo<br />

<strong>de</strong> energia, reduzir a geração <strong>de</strong> resíduos, reutilizar e coprocessar resíduos nas<br />

indústrias, gerar novas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio, transformando passivos ambientais<br />

em ativos e contribuindo para a implantação da Lei Nacional <strong>de</strong> Resíduos Sólidos.<br />

• Implementar o Programa Empresa Aqui, apoiando a instalação <strong>de</strong> empresa, o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> novas áreas industriais, viabilizando infraestrutura local para localização <strong>de</strong><br />

empresas.<br />

• A<strong>de</strong>nsar ca<strong>de</strong>ias produtivas no território do estado, como Política <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Regional, priorizando as ativida<strong>de</strong>s propulsoras das economias locais que resultem na<br />

internalização <strong>de</strong> rendas externas, com <strong>de</strong>staque à ca<strong>de</strong>ia produtiva do leite.<br />

• Fortalecer empresas inovadoras com centro <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão no RS, com especial atenção às pequenas<br />

e médias empresas inovadoras com a constituição <strong>de</strong> Fundos <strong>de</strong> Participação,<br />

utilizando recursos <strong>de</strong> instituições financeiras.<br />

• Consolidar a implantação/expansão da Indústria Oceânica, Eólica, Medicamentos e Equipamentos<br />

Hospitalares com oportunida<strong>de</strong>s pela política fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> compras da Petrobras,<br />

<strong>de</strong> energia <strong>de</strong> equipamentos e tecnologias para a saú<strong>de</strong>.<br />

• Apoiar setores da nova economia que ampliem a matriz produtiva gaúcha e que introduzam<br />

novas tecnologias portadoras <strong>de</strong> futuro para outros setores tradicionais, como<br />

biotecnologias, automação, jogos digitais, nutracêutica, biotecnologia, aeroespacial e<br />

carboquímica.<br />

• Apoiar a implantação <strong>de</strong> um Arranjo Produtivo <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong> Tecnologias e Serviços Ambientais<br />

para empresas, promovendo a cooperação entre estas empresas, estreitando<br />

linhas <strong>de</strong> pesquisa tecnológica, laboratórios, parques tecnológicos e novos centros <strong>de</strong><br />

tecnologia para gerar inovações, tornando o RS competitivo nesta produção e aumentando<br />

a oferta e eficiência para nossas indústrias.<br />

• Consolidar a Sala do Investidor para apoiar investidores locais e <strong>de</strong> fora, ampliando o suporte<br />

para pequenos e médios investimentos, como espaço <strong>de</strong> facilitação e acompanhamento<br />

até a execução final.<br />

78<br />

79


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

• Ampliar ações das Políticas Setoriais, buscando e alinhando recursos <strong>de</strong> diversas instituições<br />

(fe<strong>de</strong>rais, Sistema S, centros tecnológicos, universida<strong>de</strong>s), comprometendo e pactuando<br />

com representantes <strong>de</strong> cada setor econômico, recursos e ações estaduais para<br />

aumento da agregação <strong>de</strong> valor e competitivida<strong>de</strong>.<br />

• Fortalecer os setores tradicionais da economia para que mantenham sua importância na<br />

geração <strong>de</strong> emprego e renda, fortalecidos em competitivida<strong>de</strong> com apoio a inovações,<br />

tecnologias e investimentos.<br />

• Fortalecer a Economia da Cooperação através do cooperativismo, das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cooperação,<br />

da economia solidária e dos Arranjos Produtivos Locais, para ampliar a força econômica<br />

junto aos mercados <strong>de</strong> nossos produtores, pequenos e médios empreen<strong>de</strong>dores.<br />

• Ampliar os Arranjos Produtivos Locais para territorializar e convergir as priorida<strong>de</strong>s dos<br />

diversos órgãos <strong>de</strong> <strong>governo</strong>, apoiando a governança e gestão local <strong>de</strong> projetos que<br />

agreguem valor às indústrias, agroindústrias e à produção primária, valorizando os<br />

potenciais econômicos <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong> nossas regiões. Esten<strong>de</strong>r o Fundo-APL para<br />

novos arranjos, apoiando projetos agregadores <strong>de</strong> valor para conjuntos <strong>de</strong> produtores<br />

e empresas.<br />

• Promover a internacionalização <strong>de</strong> empresas gaúchas, ampliar as parcerias comerciais e<br />

tecnológicas, e fortalecer os mecanismos <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> investimentos produtivos que<br />

resultem no aumento da renda e empregos locais, no a<strong>de</strong>nsamento <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias produtivas<br />

já existentes, na constituição <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias produtivas estratégicas para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do RS e do Brasil, como a energia eólica, medicamentos e a aeroespacial,<br />

aportando inteligência estratégica às áreas comercial e <strong>de</strong> Missões.<br />

• Ampliar os instrumentos <strong>de</strong> extensão e transferência <strong>de</strong> conhecimentos e inovações<br />

geradas nas universida<strong>de</strong>s e centros tecnológicos para uso aplicado nas empresas,<br />

cooperativas e proprieda<strong>de</strong>s agropecuárias, para introduzir tecnologias, inovações<br />

e elevar a qualida<strong>de</strong> dos projetos <strong>de</strong> investimento e a captação <strong>de</strong> recursos<br />

pelas empresas.<br />

• Consolidar linhas <strong>de</strong> geração e difusão <strong>de</strong> novas tecnologias <strong>de</strong> inovação para empresas e<br />

produtores orientados por suas necessida<strong>de</strong>s e alinhadas com instrumentos <strong>de</strong> Extensão<br />

Produtiva e Inovação, com <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma instituição gestora do conhecimento<br />

para cada setor econômico priorizado, articuladas com as Plataformas <strong>de</strong> Inovação e <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento do Ministério <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia e Secretaria <strong>de</strong> Ciência, Inovação<br />

e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT).<br />

• Desempenhar política <strong>de</strong> financiamento do investimento e da inovação: priorida<strong>de</strong> ao Banrisul,<br />

BRDE e Ba<strong>de</strong>sul para financiar projetos <strong>de</strong> Inovação às empresas, com <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> novos instrumentos <strong>de</strong> capital semente para empresas emergentes.<br />

• Aprofundar a efetivida<strong>de</strong> da Política Industrial com fortalecimento da governança e da<br />

gestão operacional:<br />

• Agenda Pactuada <strong>de</strong> Ação e <strong>de</strong> Transversalida<strong>de</strong> a ser gerida conjuntamente com cada<br />

um dos setores econômicos e arranjos produtivos locais, integrando instrumentos e recursos<br />

dos diferentes órgãos e <strong>programa</strong>s para otimizar recursos e aumentar a eficiência<br />

da ação pública, com gestão centralizada e compartilhada das áreas <strong>de</strong> planejamento,<br />

fazenda, <strong>de</strong>senvolvimento, agricultura, <strong>de</strong>senvolvimento rural, infraestrutura, ciência<br />

e tecnologia, educação, infraestrutura, meio ambiente, micro e pequenas empresas e<br />

economia solidária, envolvendo as agências <strong>de</strong> financiamento e <strong>de</strong> pesquisa.<br />

• Gestão Profissionalizada: cada setor econômico, projeto estratégico, região ou APL<br />

priorizados terá um gestor público <strong>de</strong>dicado à organização e gestão das Agendas Pactuadas<br />

em parceria com uma instituição privada.<br />

• Consolidar fóruns e espaços <strong>de</strong> diálogo, alinhamento e pactuação <strong>de</strong> Agendas <strong>de</strong> Ações<br />

entre <strong>governo</strong>s, produtores, empreen<strong>de</strong>dores e instituições públicas e privadas.<br />

• Constituir Nove Territórios <strong>de</strong> Inovação e Desenvolvimento, articulados com o RS Tecnópole.<br />

O <strong>governo</strong> fomentará a constituição <strong>de</strong> Agências <strong>de</strong> Desenvolvimento Territoriais<br />

com tarefas <strong>de</strong> gestão operacional <strong>de</strong> Projetos Estratégicos <strong>de</strong> Desenvolvimento para<br />

cada território, com ênfase no apoio a investimentos, empresas e produtores, inovação,<br />

transferência <strong>de</strong> tecnologias e coor<strong>de</strong>nação da Re<strong>de</strong> Oferta <strong>de</strong> Tecnologias e Inovações:<br />

universida<strong>de</strong>s e ICTs, Parques Tecnológicos, Incubadoras, Centros Tecnológicos, Fepagro<br />

e Embrapa.<br />

• Implantar a Política Estadual <strong>de</strong> Desenvolvimento das Regiões Afetadas por Hidrelétricas<br />

expandindo-a para as regiões on<strong>de</strong> se localizem projetos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> impacto<br />

sobre o território, como o Polo Naval no Município <strong>de</strong> São José do Norte e as barragens<br />

localizadas na Campanha e Fronteira Oeste, como instrumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

regional, associando à Sala <strong>de</strong> Planejamento e Monitoramento <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong>s<br />

Empreendimentos com a constituição <strong>de</strong> forma participativa e concertada <strong>de</strong> Planos<br />

<strong>de</strong> Desenvolvimento, fomentando novos Arranjos Produtivos Agroindustriais <strong>de</strong><br />

alto valor agregado (Fronteira Oeste) e Arranjos Produtivos das Bacias Leiteiras da<br />

Fronteira Noroeste.<br />

• Implementar o Programa <strong>de</strong> Alimentos <strong>de</strong> Excelência, tornando o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul uma<br />

referência na produção <strong>de</strong> alimentos saudáveis, com alto valor agregado, ampliando<br />

a renda <strong>de</strong> quem produz e o <strong>de</strong>senvolvimento com sustentabilida<strong>de</strong> para as regiões<br />

produtoras. Com foco no fortalecimento da agroindústria, o <strong>programa</strong> alinhará ações <strong>de</strong><br />

diferentes órgãos estaduais, ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa, ensino e extensão rural (Fepagro,<br />

Emater, Uergs e Escolas Agrícolas), fomento à produção e à comercialização, financiamento<br />

e incentivos fiscais, visando ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas tecnologias, parcerias<br />

<strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> conhecimento, <strong>de</strong>nominação geográfica e <strong>de</strong> origem, valorizando<br />

as condições climáticas e culturais, resgatando antigos saberes e processos, promoção<br />

e abertura <strong>de</strong> novos mercados e canais <strong>de</strong> comercialização.<br />

RELAÇÕES INTERNACIONAIS<br />

Uma das dimensões <strong>de</strong> ação internacional do <strong>governo</strong> é a institucional, <strong>de</strong> cooperação<br />

com <strong>governo</strong>s e instituições <strong>de</strong> diferentes países na busca <strong>de</strong> intercâmbio na construção <strong>de</strong><br />

políticas públicas. Temos ações <strong>de</strong> cooperação com a Alemanha na área ambiental, com a<br />

França na área <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> urbana e formação <strong>de</strong> servidores públicos, com o País Basco na<br />

área <strong>de</strong> cooperativismo, com a Itália na área das agroindústrias, com Cuba na área <strong>de</strong> biotecnologia,<br />

com a Argentina em Direitos Humanos, com o Uruguai na cultura e educação, com a<br />

China em infraestrutura e com a Coréia do Sul em microeletrônica.<br />

Outra dimensão é a econômica, voltada para a atração <strong>de</strong> investimentos e promoção<br />

<strong>de</strong> exportações, ampliando as nossas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Apenas na área<br />

industrial, o <strong>governo</strong> do estado realizou 63 missões em 30 países. A instalação da Hyundai<br />

Elevadores e da HT Micron da Coréia do Sul, a ampliação da Celulose Riogran<strong>de</strong>nse com a<br />

CMPC do Chile, a fábrica <strong>de</strong> guindastes da Manitowoc dos Estados Unidos, a fábrica <strong>de</strong> caminhões<br />

chineses da Foton são apenas alguns dos exemplos <strong>de</strong> empresas atraídas por uma<br />

ação ofensiva <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> novos investimentos produtivos em nosso estado. Por outro lado,<br />

aproveitamos todas as oportunida<strong>de</strong>s para promover as exportações gaúchas. O Rio Gran<strong>de</strong><br />

do Sul participou <strong>de</strong> 48 feiras internacionais em todo o mundo, apoiando a presença <strong>de</strong><br />

715 empresas gaúchas, o que gerou mais <strong>de</strong> US$ 100 milhões em negócios. O Rio Gran<strong>de</strong><br />

recuperou o terceiro lugar entre os estados exportadores, com um crescimento <strong>de</strong> 44% nas<br />

exportações no ano <strong>de</strong> 2013.<br />

A verda<strong>de</strong>ira integração entre os povos se dá através do conhecimento mútuo e do<br />

compartilhamento <strong>de</strong> valores, <strong>de</strong> sentimentos e <strong>de</strong> expressões. Por isso a relação com os países<br />

se produz também através da promoção da cultura gaúcha pelo mundo, e da abertura <strong>de</strong><br />

80<br />

81


nosso estado para a produção cultural <strong>de</strong> um número cada vez maior <strong>de</strong> países. Foram abertas<br />

oportunida<strong>de</strong>s em outros países para os games e produtos audiovisuais, e foram realizadas<br />

ações <strong>de</strong> qualificação dos empreen<strong>de</strong>dores locais da economia da cultura em parceria com<br />

o British Council.<br />

A Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong> constituiu a Secretaria da Economia Solidária e<br />

Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe), que promoveu o maior <strong>programa</strong> <strong>de</strong> microcrédito<br />

do país, com liberação em três anos <strong>de</strong> R$ 411 milhões, com 71.533 operações em 446<br />

municípios. Foi restituído o Simples Gaúcho, gerando uma <strong>de</strong>soneração ao ano <strong>de</strong> R$ 550<br />

milhões, com impacto sobre 270.000 empresas. O Programa Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cooperação, criado<br />

no Governo Olívio, foi ampliado. Foi instituído o Fórum Permanente das Microempresas e<br />

Empresas <strong>de</strong> Pequeno Porte do Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (Fopemepe-RS). E foram implantados<br />

os Programas Fornecer e <strong>de</strong> Compras Públicas para Economia Solidária.<br />

O Programa <strong>de</strong> Compras Públicas para Micro e Pequenas Empresas (Fornecer), está<br />

em funcionamento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2011. É um <strong>programa</strong> <strong>de</strong>stinado aos empresários <strong>de</strong> pequenos<br />

negócios e busca explorar o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra do Estado como política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico regional. O Fornecer já realizou 1.259 pregões, distribuiu R$ 130,7 milhões nas<br />

compras <strong>de</strong>scentralizadas, gerando uma economia para o estado no valor <strong>de</strong> R$ 47 milhões,<br />

alcançando 110 fornecedores, cuja maioria (83%) são micro e pequenas empresas.<br />

Na Economia Solidária, foram apoiadas as Ca<strong>de</strong>ias Produtivas do Pet e das Frutas Nativas,<br />

apoiados os encontros e eventos <strong>de</strong> economia solidária e <strong>de</strong> catadores, constituídas<br />

4 casas <strong>de</strong> economia solidária e realizadas ações <strong>de</strong> intercâmbio com outros países, com<br />

<strong>de</strong>staque ao Uruguai.<br />

Economia Solidária<br />

TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Aprofundar a política <strong>de</strong> promoção às exportações, priorizando produtos com valor agregado,<br />

com vista à abertura <strong>de</strong> novos mercados, através <strong>de</strong> uma ativa promoção comercial<br />

com apoio a exportadores através <strong>de</strong> inteligência comercial, capacitação e apoio à participação<br />

em feiras internacionais, priorizando a abertura <strong>de</strong> novos mercados, focando<br />

especialmente nos mercados da China, da África e da América do Sul.<br />

• Criar mecanismos <strong>de</strong> acesso aos mercados internacionais para as pequenas e médias empresas<br />

industriais <strong>de</strong> nosso estado, ampliando nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inserção no mercado<br />

mundial.<br />

• No âmbito do Mercosul, <strong>de</strong>senvolver uma política <strong>de</strong> integração produtiva, que substitua a<br />

competição com os produtos do bloco por uma atuação intensiva no sentido da integração<br />

produtiva. O Rio Gran<strong>de</strong> precisa trabalhar para constituir mecanismos <strong>de</strong> cooperação<br />

entre as distintas ca<strong>de</strong>ias produtivas, integrando esforços entre os produtores<br />

privados do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul com os dos países vizinhos.<br />

• Também no âmbito do Mercosul, negociar junto ao Governo Fe<strong>de</strong>ral e nas distintas esferas<br />

<strong>de</strong> gestão do bloco no sentido <strong>de</strong> criar mecanismos <strong>de</strong> proteção que permitam fortalecer<br />

as ca<strong>de</strong>ias produtivas que são mais atingidas pela integração e competição interna<br />

ao bloco.<br />

• Aprofundar as parcerias <strong>de</strong> cooperação e intercâmbio tecnológico, tanto na área científica<br />

como na área da formulação e implementação <strong>de</strong> políticas públicas.<br />

• Aprofundar as ações <strong>de</strong> cooperação e intercâmbio cultural, tanto por seu valor <strong>de</strong> integração<br />

no âmbito da cultura, também como um instrumento <strong>de</strong> exportação <strong>de</strong> produtos<br />

da indústria cultural gaúcha. Para isso, precisamos criar mecanismos <strong>de</strong> promoção do<br />

audiovisual, música, games e artes gráficas do RS no mercado mundial.<br />

ECONOMIA SOLIDÁRIA E MICRO E PEQUENAS EMPRESAS<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> políticas para economia é uma aposta <strong>de</strong> construir uma estratégia<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico que tem como base os trabalhadores associados e que<br />

aponta ao fortalecimento <strong>de</strong> dinâmicas territoriais integradas, na perspectiva <strong>de</strong> crescimento<br />

com distribuição <strong>de</strong> renda. Um embrião <strong>de</strong> um novo mo<strong>de</strong>lo econômico. O objetivo é fortalecer<br />

a Economia Solidária como uma estratégica <strong>de</strong>ntro do <strong>governo</strong>, pensando-a como um dos<br />

pilares fundamentais para a construção <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento socialmente justo<br />

e ambientalmente sustentável, impulsionando dinâmicas sócio-produtivas que permitam<br />

gerar qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida nos territórios. Este é um <strong>de</strong>safio significativo, pois se trata <strong>de</strong> pensar<br />

a Economia Solidária como uma opção estratégica <strong>de</strong> organização econômica. Uma política<br />

para Economia Solidária implica necessariamente em ações transversais junto a outras secretarias<br />

e projetos do <strong>governo</strong>, mas <strong>de</strong>manda ao mesmo tempo <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação,<br />

a partir do qual se estruture o conjunto das políticas no Estado.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

A partir dos princípios da transversalida<strong>de</strong> e sustentabilida<strong>de</strong>:<br />

• Fortalecer as Ca<strong>de</strong>ias solidárias, com controle <strong>de</strong> toda a ca<strong>de</strong>ia pelos empreendimentos<br />

solidários, pois ao contrário, teremos novamente trabalhadores produzindo para que<br />

um elo enriqueça que se constitui, infelizmente, no elo não dominado pelos trabalhadores<br />

e trabalhadoras. A economia solidária precisa ocupar espaços estratégicos da<br />

economia, mas para isso são necessários instrumentos <strong>de</strong> produção, infraestrutura e<br />

especialmente conhecimento das tecnologias, para que a produção seja estratégica,<br />

assim como fizemos com a Ca<strong>de</strong>ia solidária Binacional do Pet no que tange aos Resíduos<br />

sólidos, ou na Ca<strong>de</strong>ia das Frutas Nativas, na agricultura. Está é a ação que na prática integra<br />

os empreendimentos do meio rural e do meio urbano, interagem com as políticas<br />

públicas e com os polos <strong>de</strong> conhecimento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas tecnologias: as<br />

universida<strong>de</strong>s, parques e polos tecnológicos e ICT´s.<br />

• Criar Casas <strong>de</strong> Economia Solidária no território do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul como espaço <strong>de</strong> qualificação,<br />

conectadas ao Pronatec, políticas <strong>de</strong> formação, comercialização e, em alguns<br />

casos, <strong>de</strong> produção, fortalecendo também a articulação e a participação cidadã da economia<br />

solidária, a transversalida<strong>de</strong> com outras ações convergentes – gênero, saú<strong>de</strong>,<br />

habitação, luta contra a violência, superação da pobreza extrema.<br />

• Fortalecer a certificação significa a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa economia solidária, que tem autenticida<strong>de</strong>,<br />

no campo e na cida<strong>de</strong>, e que quer se regularizar juridicamente, especialmente<br />

como Cooperativa e Associação.<br />

• Implantar bancos comunitários, os quais darão o bom <strong>de</strong>stino ao dinheiro e fortalecerão os<br />

territórios, integrados com o território da Paz, a luta pelo enfrentamento à violência da<br />

mulher, do jovem e das crianças, entre outros.<br />

• Tomar a frente na industrialização dos resíduos reciclados, no processo para que as prefeituras<br />

implantem a coleta seletiva e que, para isso, sejam contratadas as cooperativas e<br />

associações <strong>de</strong> catadores. Avançar nos processos <strong>de</strong> industrialização por esses mesmos<br />

trabalhadores qualificados para isso.<br />

• Ampliar os processos <strong>de</strong> participação em todas as <strong>de</strong>cisões, especialmente o Conselho Estadual<br />

<strong>de</strong> Economia Solidária e as diversas comissões e comitês criados.<br />

82<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

• Institucionalizar o acompanhamento técnico continuado, tanto na gestão, como na qualificação<br />

do produto, com equipes multidisciplinares.<br />

• Estruturar, com recursos humanos, infraestrutura, equipamentos a<strong>de</strong>quados, a Secretaria <strong>de</strong><br />

Economia Solidária, possibilitando a regionalização efetiva das ações.<br />

• Garantir o aporte <strong>de</strong> recursos orçamentários necessários para a implementação das ações<br />

do <strong>programa</strong> <strong>de</strong> economia solidária.<br />

• Trabalhar para atualizar e mo<strong>de</strong>rnizar os procedimentos administrativos, à luz das legislações<br />

pertinentes, tornando os instrumentos <strong>de</strong> execução da política pública <strong>de</strong> economia<br />

solidária, a<strong>de</strong>quados ao seu fim.<br />

• Desenvolver políticas públicas <strong>de</strong> empo<strong>de</strong>ramento das mulheres integrantes <strong>de</strong> empreendimentos<br />

da economia solidária, em parceria com áreas afins no âmbito do Governo.<br />

• Avançar na industrialização dos empreendimentos urbanos e rurais da Ecosol, garantindo<br />

novas tecnologias <strong>de</strong> produção e acesso às diferentes formas <strong>de</strong> financiamento, pois<br />

num projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento industrial é fundamental garantir a participação ativa<br />

dos empreendimentos <strong>de</strong> Economia Solidária, pois isso significa renda nos territórios.<br />

Apoio às micro e pequenas empresas<br />

As micro e pequenas empresas são as principais geradoras <strong>de</strong> empregos da economia<br />

do RS, especialmente no comércio e serviços, e fundamentais para o a<strong>de</strong>nsamento das ca<strong>de</strong>ias<br />

produtivas, dos APLs e o <strong>de</strong>senvolvimento das regiões. A partir do entendimento sobre<br />

a relevância <strong>de</strong>ste segmento para economia gaúcha, foi constituída a Secretaria <strong>de</strong> Economia<br />

Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa.<br />

Por isso, são priorida<strong>de</strong>s para a política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento com crescimento sustentável<br />

do RS. Em todos os <strong>programa</strong>s da Política Industrial e <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia, as MPEs<br />

estão no centro. Igualmente nas políticas <strong>de</strong> Economia da Cooperação e <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Regional, sobretudo nos APLs, Territórios <strong>de</strong> Inovação e Desenvolvimento e Polos <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>rnização,<br />

as MPEs receberão priorida<strong>de</strong> em capacitação, crédito, extensão produtiva, inovação<br />

e transferência <strong>de</strong> tecnologias.<br />

Propostas e Compromissos para o Futuro<br />

• Ampliar e consolidar o Programa Microcrédito Gaúcho, instituindo o Microcrédito Jovem<br />

Inovador, voltado para jovens empreen<strong>de</strong>doras e empreen<strong>de</strong>dores gaúchos entre 18<br />

e 30 anos.<br />

• Regionalizar o Fórum Permanente das Microempresas e Empresas <strong>de</strong> Pequeno Porte do<br />

Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (Fopemepe-RS).<br />

• Ampliar a transversalida<strong>de</strong> das políticas públicas, visando ao direcionamento <strong>de</strong> ações dos<br />

Programas Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cooperação, Extensão Produtiva e Inovação, Produção Mais Limpa<br />

e Simbiose Industrial e Promoção Comercial para o fortalecimento e melhoria das condições<br />

<strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> das Micro e Pequenas Empresas.<br />

• Capacitar as Micro e Pequenas Empresas para integrarem-se à ca<strong>de</strong>ia produtiva da indústria<br />

oceânica, para Economia Criativa, para atendimento às <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> novos<br />

investimentos no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e para ampliarem seus mercados.<br />

• Consolidar as Rodadas <strong>de</strong> Negócios (Supply Day) entre empresas compradoras da indústria<br />

oceânica e potenciais fornecedores, com espaço para as micro e pequenas empresas,<br />

através da parceria com o Sebrae.<br />

• Consolidar o Programa Fornecer RS, dando continuida<strong>de</strong> à <strong>de</strong>scentralização das Compras<br />

Públicas, que favorece as MPE´s, promove o <strong>de</strong>senvolvimento local e promove a economia<br />

dos recursos públicos.<br />

• Consolidar o Programa <strong>de</strong> Apoio à Inovação Tecnológica em Microempresas e Empresas <strong>de</strong><br />

Pequeno Porte (Tecnova RS), que incentiva a criação <strong>de</strong> produtos inovadores e o crescimento<br />

<strong>de</strong> pequenos empreen<strong>de</strong>dores e empreen<strong>de</strong>doras.<br />

• Apoio ao Comércio e Serviços<br />

• Potencializar o Programa Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cooperação. Fortalecer as re<strong>de</strong>s existentes e<br />

ampliar para novas, especialmente, comércio e serviços, com apoio técnico, tecnologias<br />

para redução conjunta <strong>de</strong> custos e ampliação <strong>de</strong> mercados. O RS é referência<br />

nacional na área da cooperação empresarial, especialmente pelas re<strong>de</strong>s criadas<br />

pela política pública. Junto com os APLs e as cooperativas, as re<strong>de</strong>s são base da<br />

Economia da Cooperação. Atualmente, estão em funcionamento no Rio Gran<strong>de</strong> do<br />

Sul 237 re<strong>de</strong>s constituídas, que abrangem 72 segmentos da economia. As 7.132<br />

empresas gaúchas associadas em re<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>m pela geração <strong>de</strong> 81 mil empregos<br />

diretos. A atuação conjunta auxilia na superação das fragilida<strong>de</strong>s, sem afetar a<br />

individualida<strong>de</strong> e as <strong>de</strong>cisões do empresário.<br />

• Consolidar as parcerias com Sebrae, Senai, Sesc e IFETs para capacitação especialmente<br />

<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>doras, empreen<strong>de</strong>dores, trabalhadoras e trabalhadores vinculados ao<br />

Comércio e Serviços.<br />

• Ampliar a participação <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>doras e empreen<strong>de</strong>dores nos cursos do Pronatec.<br />

CIÊNCIA, INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO<br />

O primeiro <strong>governo</strong> da Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong> (UPPRS) interrompeu o processo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sestruturação que vinham sofrendo os órgãos da área <strong>de</strong> Ciência e Inovação. Os<br />

orçamentos da Secretaria <strong>de</strong> Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico e da Fapergs<br />

foram recompostos no início da atual gestão. Foi retomado o Programa <strong>de</strong> Polos Tecnológicos<br />

e, através do RS Tecnópole, o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul tornou-se o único Estado da fe<strong>de</strong>ração a constituir<br />

um <strong>programa</strong> <strong>de</strong> parques e incubadoras, com seis Parques Tecnológicos implantados e<br />

em funcionamento, com empresas, laboratórios, agências <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e ações reais<br />

<strong>de</strong> crescimento: Tecnosinos, Tecnopuc e Valetec, UPF Parque, Tenounisc e Tecnovates. Além<br />

<strong>de</strong>sses, mais sete parques estão em processo <strong>de</strong> implantação. Hoje, essa iniciativa reúne 295<br />

empresas e gera 18.519 empregos diretos.<br />

Na Fapergs, a estratégia <strong>de</strong> buscar a parceria com o Governo Fe<strong>de</strong>ral permitiu a captação<br />

<strong>de</strong> valores históricos. Finalmente, o <strong>de</strong>sempenho geral da área <strong>de</strong> ciência e tecnologia<br />

(Scit, Fapergs e Cientec), através do apoio a projetos <strong>de</strong>senvolvidos em parcerias com vários<br />

setores, com <strong>de</strong>staque à Economia Criativa, permitiu que os valores pagos nesta gestão, em<br />

comparação com a gestão anterior, aumentassem mais <strong>de</strong> seis vezes, e até o final do ano projeta-se<br />

um volume total <strong>de</strong> recursos pagos em R$ 500 milhões.<br />

Foi constituído o Pacto Gaúcho pela Educação e o Estado a<strong>de</strong>riu ao Programa Pronatec<br />

do Governo Fe<strong>de</strong>ral, associando a formação e a capacitação profissional às ca<strong>de</strong>ias produtivas,<br />

ao RS Mais Igual e aos <strong>programa</strong>s voltados para autonomia das mulheres. Hoje, o RS respon<strong>de</strong><br />

por mais <strong>de</strong> 230 mil matrículas. Em três anos e meio, foram qualificadas mais pessoas<br />

do que nos últimos 20 anos somados.<br />

A Uergs foi praticamente refundada no atual <strong>governo</strong> após sofrer abandono e o <strong>de</strong>smonte<br />

nos anos anteriores. Des<strong>de</strong> o início da atual gestão estadual, a instituição passa por<br />

reorganização e reestruturação, baseado no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> três eixos: o primeiro foi<br />

implantado nos primeiros meses <strong>de</strong> 2011, com ações conjunturais e emergenciais que garantiram<br />

a continuida<strong>de</strong> e sobrevivência da instituição. O orçamento aumentou 191% em<br />

relação ao último ano do <strong>governo</strong> anterior.<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

Para a montagem <strong>de</strong> uma proposta inovadora, que responda às necessida<strong>de</strong>s atuais<br />

e futuras da socieda<strong>de</strong> gaúcha diante dos <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong><br />

ferramentas <strong>de</strong> ciência, tecnologia e da inovação, são necessários alguns princípios norteadores.<br />

Destes princípios, po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>rivar as políticas e as ações propostas para uma<br />

nova gestão li<strong>de</strong>rada pelo governador <strong>Tarso</strong> Genro, que aprofun<strong>de</strong> e garanta a sustentabilida<strong>de</strong><br />

e a continuida<strong>de</strong> das transformações iniciadas em 2011.<br />

Inovação e transferência <strong>de</strong> tecnologia<br />

• Radicalizar o movimento <strong>de</strong> articulação entre o <strong>governo</strong> estadual, fe<strong>de</strong>ral e municipal com<br />

as universida<strong>de</strong>s, empresas e a socieda<strong>de</strong>.<br />

• Trabalhar para dar continuida<strong>de</strong> a <strong>programa</strong>s que tenham como horizonte não apenas a<br />

criação do conhecimento, mas sua difusão para a população gaúcha.<br />

• Priorizar <strong>programa</strong>s e ações que façam essa convergência, como o Programa <strong>de</strong> Polos <strong>de</strong><br />

Inovação e Mo<strong>de</strong>rnização Tecnológica.<br />

• Utilizar o Programa <strong>de</strong> Polos <strong>de</strong> Inovação e Mo<strong>de</strong>rnização Tecnológica como instrumento da<br />

política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social do Estado.<br />

• Fortalecer o Programa <strong>de</strong> Polos <strong>de</strong> Inovação e Mo<strong>de</strong>rnização Tecnológica implantando mais<br />

dois polos em regiões <strong>de</strong>primidas do Estado, assim como o Polo da Região Metropolitana<br />

Delta do Jacuí / Porto Alegre.<br />

• Qualificar a CIENTEC para que se torne referência nacional em prestação <strong>de</strong> serviços tecnológicos.<br />

• Promover o retorno do exterior <strong>de</strong> cientistas qualificados.<br />

Ambientes <strong>de</strong> Inovação<br />

• Aprofundar a construção da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Parques Tecnológicos e Incubadoras e implantar os<br />

Centros <strong>de</strong> Inovação Tecnológica, espaços mais sofisticados que as incubadoras e menos<br />

complexos do que os Parques. Desse modo, abrem-se perspectivas para regiões<br />

que têm baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> industrial e produtiva iniciarem processos <strong>de</strong> implantação<br />

<strong>de</strong> ações <strong>de</strong> ciência e tecnologia voltadas aos setores produtivos locais. Exemplos: RS<br />

Tecnópole e Indústria Criativa.<br />

• Aprofundar o Programa RS Tecnópole com a consolidação <strong>de</strong> mais 3 Parques no Estado.<br />

• Implementar um Centro <strong>de</strong> Inovação Tecnológica (CIT) em pelo menos 3 regiões.<br />

• Consolidar o Programa RS Incubadoras <strong>de</strong> Base Tecnológica e <strong>de</strong> Indústria Criativa.<br />

• Financiamento, Fomento e Sustentabilida<strong>de</strong> do Sistema.<br />

• Ampliar gradativamente os investimentos em C,T&I no sistema, garantindo o atendimento<br />

dos projetos estratégicos.<br />

• Apoio às Incubadoras Populares Sociais e Tecnológicas.<br />

• Elevar o investimento em todo o sistema <strong>de</strong> C,T&I e P&D no Estado para nos colocar, em<br />

2018, entre os quatro Estados que mais investem na área, integrando investimentos <strong>de</strong><br />

todas as áreas que aportam em pesquisa, ciência e inovação, tendo uma participação<br />

efetiva nos dispêndios nacionais e respeitabilida<strong>de</strong> internacional.<br />

Desenvolvimento Regional e Interiorização<br />

• Priorizar a continuida<strong>de</strong> dos Programas e Projetos com forte conotação para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

local e regional, garantindo mínimos recursos a todas as regiões e evitando<br />

a concentração nas áreas metropolitanas, sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ssas áreas.<br />

• Mobilizar esforços para atendimento das áreas <strong>de</strong>primidas economicamente e engajar os<br />

Programas na erradicação da pobreza e geração <strong>de</strong> renda com qualificação tecnológica.<br />

Exemplo: Programa <strong>de</strong> Polos <strong>de</strong> Inovação e Mo<strong>de</strong>rnização Tecnológica.<br />

• Ampliar a articulação com as regiões e os investimentos em projetos do Programa da Participação<br />

Popular e Cidadã.<br />

Qualificação <strong>de</strong> Pessoas e Competitivida<strong>de</strong><br />

• Continuar os investimentos na formação <strong>de</strong> pessoas para ativida<strong>de</strong>s profissionais e para<br />

a vida, evi<strong>de</strong>nciando sua participação efetiva na construção <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> mais<br />

igualitária e com acessos das comunida<strong>de</strong>s à capacitação técnica e profissional.<br />

• Fomentar a internacionalização das pessoas e das empresas, além <strong>de</strong> investir para que elas<br />

façam a diferença nas instituições e organizações, aumentando a eficácia dos setores<br />

produtivos regionais, especialmente via mo<strong>de</strong>rnização das plantas e inovação <strong>de</strong> processos<br />

e produtos, mirando não apenas o mercado local e nacional, mas internacional.<br />

Exemplos: Uergs, Cientec e Pacto Gaúcho pela Educação.<br />

• Consolidar e implantar a Política Estadual <strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e Inovação do RS.<br />

• Implantar a Política Estadual <strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e Inovação setorial, tendo como primeira<br />

ação agregar valor em ativida<strong>de</strong>s do setor primário e agroindústria.<br />

• Implantar o Observatório <strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e Inovação do RS.<br />

• Estabelecer indicadores <strong>de</strong> C&T no RS.<br />

• Incrementar a popularização da ciência em todos os níveis educacionais.<br />

• Apoiar o empreen<strong>de</strong>dorismo e a capacida<strong>de</strong> criativa e produtiva <strong>de</strong> jovens talentos científicos<br />

e tecnológicos.<br />

MUNDO DO TRABALHO<br />

Em consonância com os Governos Lula e Dilma, foi restaurada a política <strong>de</strong> valorização<br />

do Piso Regional, mais conhecido como Salário Mínimo Regional, com a valorização real <strong>de</strong><br />

28,3%, beneficiando 1,1 milhões <strong>de</strong> trabalhadores.<br />

A Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social e a Fundação Gaúcha do<br />

Trabalho e Emprego, nesta gestão, tornaram-se referências e recordistas nacionais no<br />

acolhimento <strong>de</strong> pessoas no Cadastro Único, que dá acesso aos <strong>programa</strong>s sociais; na qualificação<br />

profissional, foi implantado o Pronatec/Fic com 221.835 matrículas em 4 anos;<br />

e na inserção <strong>de</strong> pessoas no mercado formal <strong>de</strong> trabalho, realizamos os Mega Feirões <strong>de</strong><br />

Emprego, com a maior intermediação junto às empresas para colocação <strong>de</strong> trabalhadores<br />

e trabalhadoras.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Integrar representações sindicais nos processos <strong>de</strong> fiscalização <strong>de</strong> acordos com empresas<br />

privadas, envolvendo incentivos públicos, com objetivo <strong>de</strong> verificar junto ao agente<br />

financiador e ou conce<strong>de</strong>nte do benefício, periodicamente, se as metas <strong>de</strong> emprego,<br />

compromissos assumidos e o respeito às entida<strong>de</strong>s sindicais estão sendo cumpridas.<br />

• Assegurar que os <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> qualificação profissional sejam vinculados a <strong>programa</strong>s <strong>de</strong><br />

elevação da escolarida<strong>de</strong>.<br />

• Manter a valorização do Salário Mínimo Regional como forma <strong>de</strong> melhorar o acesso a bens<br />

<strong>de</strong> consumo aos trabalhadores assalariados e ao suprimento <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s básicas<br />

<strong>de</strong> alimentação, moradia, educação, saú<strong>de</strong> e transporte.<br />

• Criar o Sistema <strong>de</strong> Proteção Social e Inclusão no Mundo do Trabalho, integrando as ações<br />

<strong>de</strong> assistência e proteção social, geração <strong>de</strong> emprego e qualificação profissional, eliminando<br />

a fragmentação da atuação e garantindo transversalida<strong>de</strong> qualificada. Para tanto,<br />

86<br />

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constituir um canal institucional único <strong>de</strong> busca ativa para proteção e inclusão social,<br />

aproveitando a experiência dos “Diálogos com a Juventu<strong>de</strong>”.<br />

• Incentivar a criação das comissões municipais <strong>de</strong> emprego e renda em todos os municípios<br />

do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />

TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

TURISMO<br />

O Governo do Estado, através da implementação <strong>de</strong> políticas para o setor, recolocou o<br />

Rio Gran<strong>de</strong> do Sul no mapa do turismo brasileiro, contribuindo para o <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

Estado. O orçamento da Secretaria <strong>de</strong> Turismo passou <strong>de</strong> R$ 15,1 milhões, 2011, para R$ 40,8<br />

milhões, em 2013. Uma nova política vem sendo estruturada, pelo <strong>governo</strong> do Rio Gran<strong>de</strong> do<br />

Sul, que visa estabelecer uma gestão <strong>de</strong>scentralizada, participativa e cooperada e que coloca<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento regional como foco para o planejamento coor<strong>de</strong>nado e para aplicação <strong>de</strong><br />

políticas públicas transversais, <strong>de</strong> modo a posicionar o setor como vetor do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico, social, humano e cultural.<br />

O resultado <strong>de</strong>ste primeiro momento po<strong>de</strong> ser evi<strong>de</strong>nciado com o aumento da competitivida<strong>de</strong><br />

turística regional, on<strong>de</strong> 8 das 25 regiões turísticas do estado já atingiram patamares<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento condizentes com as melhores práticas turísticas <strong>de</strong> referência no<br />

mercado brasileiro. Também houve aumento do empreen<strong>de</strong>dorismo quando passamos <strong>de</strong><br />

18 mil empreendimentos turísticos (2011) para 21 mil (2013) e aumento da empregabilida<strong>de</strong><br />

no setor (180 mil carteiras assinadas em 2011 para 220 mil em 2013). O fluxo turístico<br />

internacional aumentou 12% neste período, 5% a mais do que os números do Brasil. Hoje,<br />

a ativida<strong>de</strong> turística movimenta 9,4 bilhões <strong>de</strong> reais, o que representa 3,1 % do PIB gaúcho.<br />

Tudo isto somente foi possível porque o <strong>governo</strong> do Estado assumiu para si a responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> mobilizar e propor a pactuação <strong>de</strong> uma política pública sistêmica e abrangente<br />

para todo o território gaúcho, além <strong>de</strong> ter triplicado o orçamento da política setorial, o que<br />

não ocorria <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Apostar no contínuo aumento da competitivida<strong>de</strong> das regiões turísticas com o apoio permanente<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento, estruturação e promoção <strong>de</strong> produtos e segmentos turísticos<br />

regionais.<br />

• Qualificação permanente empresarial e profissional com criação <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> microcrédito<br />

para pequenos e microempreen<strong>de</strong>dores e linhas <strong>de</strong> fomento para apoio para os empreendimentos<br />

turísticos através da Sala do Investidor.<br />

• Ampliar o Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento do Turismo do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (Pro<strong>de</strong>tur/RS),<br />

que visa atrair financiamentos externos do BID e CAF para a ampliação da ativida<strong>de</strong><br />

turística em regiões estratégicas do estado.<br />

• Investir no legado da Copa do Mundo <strong>de</strong> <strong>2014</strong>, que abriu novos mercados internacionais,<br />

além <strong>de</strong> consolidar o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul como um polo para a realização <strong>de</strong> eventos e<br />

negócios no Mercosul.<br />

• Ampliar a ação do estado através do segmento e do Comitê Meetings, Incentives, Conferencing,<br />

Exhibition (Mice), para tornar o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul um gran<strong>de</strong> centro <strong>de</strong> turismo <strong>de</strong><br />

negócios, com feiras, seminários, congressos profissionais, etc.<br />

• Investir no turismo <strong>de</strong> fronteira (compras e cultural), no turismo rural, no enoturismo e turismo<br />

<strong>de</strong> natureza, diversificando a oferta nacional e internacional.<br />

• Realizar da 2ª Conferência Estadual do Turismo e do 2º Plano Diretor do Turismo.<br />

EIXO 6<br />

Serviços Públicos para promoção<br />

da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida:<br />

Habitação, Infraestrutura e Energia,<br />

Transporte e Mobilida<strong>de</strong>,<br />

Meio Ambiente, Saneamento<br />

88<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

MEIO AMBIENTE<br />

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), a Fundação Estadual <strong>de</strong> Proteção Ambiental<br />

(Fepam) e a Fundação Zoobotânica estão em processo <strong>de</strong> reestruturação. Os principais órgãos<br />

ambientais do RS receberam investimentos para simplificação e transparência dos seus procedimentos<br />

<strong>de</strong> licenças, planejamento, recursos humanos, recuperação física, tecnologia e controle<br />

social, buscando garantir mais agilida<strong>de</strong> e segurança na fiscalização e emissão <strong>de</strong> licenças.<br />

Foram instituídos novos planos <strong>de</strong> empregos, funções e salários da FZB e Fepam, além<br />

<strong>de</strong> encaminhamento <strong>de</strong> concursos para contratação gradual <strong>de</strong> 400 novos postos <strong>de</strong> trabalho,<br />

que atuarão <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>scentralizada no território gaúcho. Reajustes aos servidores e estímulo<br />

salarial à capacitação também foram ações para a área, que trabalhava com déficit <strong>de</strong> recursos<br />

humanos há cerca <strong>de</strong> 10 anos.<br />

Com investimento <strong>de</strong> US$ 8,9 milhões, financiados pelo Banco Mundial, está em implementação<br />

o Sistema Integrado <strong>de</strong> Regularização Ambiental (Siram), ferramenta <strong>de</strong> Tecnologia da<br />

Informação (T.I.) para a integração entre os órgãos, o que possibilitará maior controle social nos<br />

processos ambientais. O Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), a reorganização do Conselho<br />

Estadual do Meio Ambiente (Consema), o Plano Estadual <strong>de</strong> Resíduos são ações em andamento.<br />

Redução <strong>de</strong> 50% do passivo <strong>de</strong> licenças ambientais, a<strong>de</strong>quações para a sustentabilida<strong>de</strong><br />

do <strong>programa</strong> ‘Mais Água, Mais Renda’, juntamente com a Secretaria <strong>de</strong> Agricultura (Seapa), reestruturação<br />

do Departamento <strong>de</strong> Recursos Hídricos (DRH) <strong>de</strong>ntro da Sema, com contratação emergencial,<br />

e início da elaboração do primeiro Plano Estadual <strong>de</strong> Recursos Hídricos (Pehr) também<br />

foram avanços do setor conquistados com diálogo social e transversalida<strong>de</strong>.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

Integração da sustentabilida<strong>de</strong> ambiental com as políticas públicas<br />

• Buscar a sustentabilida<strong>de</strong> ambiental, <strong>de</strong> forma articulada, transversal e integrada ao conjunto<br />

das políticas públicas, <strong>programa</strong>s e ações <strong>de</strong>senvolvidas pelos órgãos estaduais;<br />

• Aprimorar os critérios ambientais nas instituições <strong>de</strong> crédito oficial e aos setores beneficiados<br />

com políticas públicas;<br />

• Criar políticas <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> emprego em negócios sustentáveis;<br />

• Buscar a incorporação da variável ambiental nos planos setoriais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e<br />

planejamento estratégico, envolvendo todas as secretarias, institucionalizando estruturas<br />

<strong>de</strong> gestão ambiental, hoje restritas a Secretaria do Meio Ambiente, em todos os<br />

órgãos públicos estaduais, como <strong>de</strong>senvolvimento, infraestrutura, obras, habitação,<br />

agricultura, etc.<br />

• Valorizar os instrumentos <strong>de</strong> planejamento e monitoramento ambiental, assegurando capacida<strong>de</strong><br />

institucional e infraestrutura para os órgãos da gestão ambiental estadual,<br />

garantindo que a política ambiental pública seja transversal, para além da fiscalização<br />

e controle;<br />

• Consolidar, efetivar e valorizar instrumentos <strong>de</strong> planejamento e gestão ambiental, tais<br />

como: Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), gerenciamento <strong>de</strong> Bacias Hidrográficas,<br />

Zoneamentos Ambientais das ativida<strong>de</strong>s produtivas, recursos hídricos, mineração e<br />

outros. Criar o Sistema Estadual <strong>de</strong> Informações Ambientais;.<br />

Integração entre Estado e Municípios<br />

• Consolidar o Sistema Estadual <strong>de</strong> Proteção Ambiental (SISEPRA), buscando uma maior articulação<br />

da gestão ambiental estadual com os municípios, <strong>de</strong> acordo com a Lei Complementar<br />

nº 140/2011;<br />

• Aperfeiçoar a Comissão Tripartite Estadual como meio <strong>de</strong> implementação da Política Estadual<br />

e Nacional <strong>de</strong> Meio Ambiente.<br />

Democracia, participação, transparência e controle social<br />

• Ampliar, fortalecer e qualificar a participação da socieda<strong>de</strong> civil na elaboração, <strong>de</strong>cisão,<br />

controle e implementação das políticas ambientais;<br />

• Multiplicar os canais, instrumentos, instituições <strong>de</strong> discussão, <strong>de</strong> participação e <strong>de</strong> parceria<br />

com as mais diversas representações da socieda<strong>de</strong> organizada e da população, aprofundando<br />

as experiências das conferências <strong>de</strong> meio ambiente, como instrumentos <strong>de</strong><br />

consulta, formulação e transparência <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> meio ambiente e sustentabilida<strong>de</strong>;<br />

• Valorizar o Conselho <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS) como espaço <strong>de</strong><br />

participação da socieda<strong>de</strong> na discussão e formulação da política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentável para o RS;<br />

• Fortalecer o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), reformando a sua composição<br />

com objetivo <strong>de</strong> alcançar o equilíbrio das representações, priorizando e valorizando as<br />

organizações e órgãos com reconhecido envolvimento com os temas <strong>de</strong> meio ambiente<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento sustentável;<br />

• Manter parcerias entre Estado, socieda<strong>de</strong> civil e setores produtivos.<br />

Estruturação e valorização do Sistema <strong>de</strong> Gestão Ambiental do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul<br />

• Garantir maiores investimentos nos órgãos ambientais, servidores, estrutura e equipamentos<br />

e tecnologia;<br />

• Fortalecer e qualificar a Fundação Estadual <strong>de</strong> Proteção Ambiental (Fepam) como órgão<br />

técnico, com capacida<strong>de</strong> para aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>mandas da socieda<strong>de</strong>, com objetivo <strong>de</strong> compatibilizar<br />

a proteção ambiental com <strong>de</strong>senvolvimento, garantindo a sua atuação com<br />

in<strong>de</strong>pendência em relação às pressões econômicas, setoriais e políticas;<br />

• Dar continuida<strong>de</strong> à efetivação do processo <strong>de</strong> licenciamento ambiental informatizado, padronização<br />

<strong>de</strong> procedimentos, com transparência e agilida<strong>de</strong>, disponível para consulta<br />

e acompanhamento dos interessados;<br />

• Articulação e integração dos órgãos ambientais <strong>de</strong> forma a permitir agilida<strong>de</strong> e atuação<br />

sistêmica;<br />

• Fortalecer experiências <strong>de</strong> gestão integrada das outras secretarias e órgãos <strong>de</strong> <strong>governo</strong><br />

como a <strong>de</strong>senvolvida pela Fepam e Seapa, no <strong>programa</strong> Mais Água Mais Renda, que<br />

licencia o <strong>programa</strong>, como instrumento que confere eficiência das políticas públicas ao<br />

mesmo tempo em que aten<strong>de</strong> à legislação.<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

Consolidar e qualificar <strong>programa</strong>s e ações em andamento<br />

• Garantir as funções públicas do Estado com serviços públicos qualificados;<br />

• Investir na qualificação da Sema, Fepam e Fundação Zoobotânica;<br />

• Investir na gestão dos recursos hídricos com conclusão do Plano <strong>de</strong> Recursos Hídricos do RS,<br />

fortalecimento do CRH e dos Comitês <strong>de</strong> Bacia;<br />

• Dar seguimento à construção do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do RS;<br />

• Consolidar o Sistema <strong>de</strong> Monitoramento e Alerta <strong>de</strong> Desastres (SMAD);<br />

• Adotar o Plano Estadual dos Resíduos Sólidos (PERS) como instrumento básico na <strong>de</strong>finição<br />

das políticas para o setor;<br />

• Dar seguimento à realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR);<br />

• Efetivar o Sistema Integrado <strong>de</strong> Regularização Ambiental (SIRAM).<br />

Recursos hídricos<br />

• Incrementar a aplicação das legislações fe<strong>de</strong>ral e estadual sobre as águas <strong>de</strong> domínio do<br />

estado e da União, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo as águas da natureza (tanto superficiais quanto subterrâneas)<br />

como um bem público e garantindo seu acesso como direito humano universal,<br />

efetivando a compatibilização mútua e a racionalização dos usos múltiplos no quadro<br />

<strong>de</strong> proteção (preservação, conservação e recuperação) dos mananciais.<br />

• Consolidar e fortalecer o Sistema Estadual <strong>de</strong> Recursos Hídricos (SERH), implantando todos<br />

os instrumentos <strong>de</strong> gestão previstos na legislação;<br />

• Executar a outorga do uso compatível com a oferta e as <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> cada bacia;<br />

• Elaborar e executar os Planos <strong>de</strong> Bacia Hidrográfica e o Plano Estadual <strong>de</strong> Recursos Hídricos;<br />

• Programa estadual <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong> nascentes e <strong>de</strong> mananciais, consolidando a Bacia Hidrográfica<br />

como unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planejamento territorial local e regional;<br />

• Desenvolver estudos e parâmetros <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> aplicados à irrigação agrícola.<br />

Mudanças climáticas<br />

• Regulamentar e implementar a Lei Gaúcha sobre Mudanças Climáticas (Lei Estadual<br />

nº 13.594/2010) com elaboração do Plano Estadual sobre Mudanças Climáticas,<br />

planos setoriais com ações <strong>de</strong> mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças<br />

climáticas;<br />

• Buscar a redução das emissões <strong>de</strong> gases do efeito estufa, conforme o Plano Nacional <strong>de</strong><br />

Mudança Climática;<br />

• Desenvolver ações científicas, técnicas e pedagógicas visando <strong>de</strong>bater a questão e preparar<br />

o Estado do RS para o enfrentamento das mudanças do clima e seus efeitos na vida da<br />

população, impactos nos ecossistemas e na economia;<br />

• Reativar e efetivar o Fórum Gaúcho <strong>de</strong> Mudanças Climáticas.<br />

Desenvolvimento rural e ca<strong>de</strong>ias agropecuárias<br />

• Fortalecer a Política <strong>de</strong> Agroecologia, com maior aporte <strong>de</strong> recursos e serviços públicos<br />

<strong>de</strong> pesquisa e assistência técnica, apoiando e estimulando a transição para sistemas<br />

sustentáveis, fortalecendo sistemas agrícolas diversificados e sistemas agro-florestais<br />

(SAFs);<br />

• Regulamentar a Lei Estadual <strong>de</strong> Política estadual <strong>de</strong> agro-ecologia.<br />

• Firmar parcerias entre Estado e organizações da socieda<strong>de</strong> civil para efetivação <strong>de</strong> ações<br />

voltadas à produção, agro-industrialização, comércio e consumo sustentável;<br />

• Criar iniciativas para redução e combate ao uso <strong>de</strong> agrotóxicos, com integração <strong>de</strong> ações dos<br />

órgãos públicos <strong>de</strong> meio ambiente, agricultura e <strong>de</strong>senvolvimento rural;<br />

• Estimular o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas, gerando conhecimentos, tecnologias e insumos,<br />

visando ao estímulo a sistemas agrícolas sustentáveis;<br />

• Compatibilizar ativida<strong>de</strong>s agrícolas com preservação <strong>de</strong> ecossistemas, corredores ecológicos<br />

e turismo rural sustentável.<br />

Educação Ambiental<br />

• Implementar a Política Estadual <strong>de</strong> Educação Ambiental como instrumento <strong>de</strong> mudança<br />

<strong>de</strong> comportamento da população e das instituições públicas e privadas, estimulando<br />

práticas sustentáveis;<br />

• Desenvolver parcerias entre órgãos <strong>de</strong> <strong>governo</strong> e socieda<strong>de</strong> civil para a implantação da<br />

política estadual;<br />

• Promover a educação ambiental nos projetos pedagógicos das instituições <strong>de</strong> ensino estadual;<br />

• Implementar ações com o objetivo <strong>de</strong> estimular o consumo sustentável, que se articulem<br />

com a economia solidária, a reciclagem, a reutilização, o compartilhamento <strong>de</strong> bens e<br />

serviços e a economia cooperativa.<br />

Resíduos sólidos<br />

• Consolidar a Política Nacional <strong>de</strong> Resíduos Sólidos (PNRS) e efetivar o objetivo <strong>de</strong> erradicar<br />

os poucos lixões ainda existentes no âmbito do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, os quais já estão<br />

proibidos <strong>de</strong> operar;<br />

• Concluir e implementar as ações do Plano Estadual <strong>de</strong> Resíduos Sólidos;<br />

• Implementar plenamente os princípios da PNRS no RS, em especial o reconhecimento do<br />

resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e <strong>de</strong> valor social, gerador<br />

<strong>de</strong> trabalho e renda e promotor <strong>de</strong> cidadania, com política <strong>de</strong> apoio aos catadores<br />

e suas organizações <strong>de</strong> cooperação;<br />

• Incentivar a adoção <strong>de</strong> compostagem domiciliar <strong>de</strong> resíduos;<br />

• Estimular a criação <strong>de</strong> estruturas (usinas), com financiamentos facilitados, <strong>de</strong> reaproveitamento<br />

<strong>de</strong> resíduos da construção civil.<br />

Conservação da biodiversida<strong>de</strong><br />

• Incentivar políticas <strong>de</strong> valorização da biodiversida<strong>de</strong> dos biomas Mata Atlântica e Pampa,<br />

com ações como o aproveitamento <strong>de</strong> plantas e frutas nativas, integração com re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

economia solidária, agricultura e pecuária familiar, agroindústria familiar ou artesanal;<br />

• Apoiar as ativida<strong>de</strong>s turísticas <strong>de</strong> baixo impacto, compatíveis com a manutenção dos valores<br />

ambientais;<br />

• Apoiar <strong>programa</strong>s que estejam voltados para a recuperação das coberturas vegetais originais<br />

e que foram perdidas, entre elas as das matas ciliares, <strong>de</strong> corredores ecológicos e<br />

<strong>de</strong> campos nativos;<br />

• Desenvolver projetos <strong>de</strong> proteção das nascentes e mananciais;<br />

• Desenvolver projetos <strong>de</strong> proteção das nascentes e mananciais, através do mapeamento das<br />

mesmas;<br />

• Implementar política <strong>de</strong> proteção das áreas úmidas;<br />

• Seguir combatendo o <strong>de</strong>smatamento com ações sistemáticas <strong>de</strong> fiscalização;<br />

• Implementar políticas <strong>de</strong> valorização, investimentos e ampliação das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação<br />

do Estado, qualificar as informações e investir em pesquisa e integração dos<br />

órgãos ambientais com universida<strong>de</strong>s;<br />

• Criar novas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação no Estado, especialmente para conservar fisionomias<br />

ainda pouco representadas no Sistema Estadual <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação;<br />

• Aprimorar os fluxos da compensação ambiental, agilizando ainda mais os repasses dos recursos<br />

às unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação;<br />

• Estimular a criação <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação municipais, inclusive garantindo recursos<br />

das Compensações Ambientais p ara a implementação <strong>de</strong>ssas Unida<strong>de</strong>s;<br />

• Potencializar instrumentos técnicos e científicos para qualificar a gestão da biodiversida<strong>de</strong>,<br />

como, por exemplo, a manutenção atualizada da lista <strong>de</strong> espécies ameaçadas e os planos<br />

<strong>de</strong> controle das espécies exóticas invasoras.<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

Pesquisa e inovação tecnológica<br />

• Incentivar investimento em pesquisa, gerando ciência e tecnologia, como ferramenta <strong>de</strong><br />

promoção da sustentabilida<strong>de</strong>.<br />

• Valorizar órgãos estaduais como Fepagro, Irga, Uergs, FEE, FEPPS, Fapergs, FZB, que são estratégicos<br />

na geração <strong>de</strong> informações sobre a gestão ambiental.<br />

• Promover o <strong>de</strong>bate sobre <strong>de</strong>senvolvimento para além do crescimento e <strong>de</strong> indicadores com<br />

ênfase econômico.<br />

• Integrar as instituições públicas e privadas com objetivo <strong>de</strong> gerar conhecimento, indicadores<br />

e produtos. A pesquisa po<strong>de</strong> contribuir na ca<strong>de</strong>ia da reciclagem, na geração <strong>de</strong><br />

equipamentos poupadores <strong>de</strong> energia e água, no combate ao <strong>de</strong>sperdício, em novos<br />

equipamentos, produtos e insumos, além do aporte <strong>de</strong> tecnologia visando ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias produtivas e setores com foco na sustentabilida<strong>de</strong>;<br />

• Dar suporte à política ambiental, com a integração das universida<strong>de</strong>s e centros tecnológicos<br />

públicos e privados.<br />

Compras institucionais sustentáveis<br />

• Avançar nas compras institucionais sustentáveis, potencializando esse instrumento;<br />

• Avançar na preferência para produtos da agroecologia e mercados locais para as compras<br />

públicas do estado.<br />

Instituições públicas comprometidas com a sustentabilida<strong>de</strong><br />

• Incorporar critérios socioambientais e/ou <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> na concessão do benefício do Fundopem,<br />

dos fundos setoriais e na concessão <strong>de</strong> financiamentos pelo Banrisul, Ba<strong>de</strong>sul e BRDE;<br />

• Avançar para financiamento da sustentabilida<strong>de</strong> em setores da economia do RS, a exemplo<br />

da Política Setorial (Decreto nº 48.956/2012) e o Programa Setorial chamado <strong>de</strong> “Reciclagem<br />

e Despoluição” (integram a Política Industrial do RS);<br />

• Incentivar novas tecnologias sustentáveis na área <strong>de</strong> energia, ca<strong>de</strong>ia da reciclagem, poupadoras<br />

<strong>de</strong> energia e materiais, insumos sustentáveis para agricultura, indústria e comércio;<br />

• Apoio às ca<strong>de</strong>ias produtivas e setores com foco na sustentabilida<strong>de</strong>.<br />

SANEAMENTO<br />

Em 2011, a Companhia Riogran<strong>de</strong>nse <strong>de</strong> Saneamento (Corsan) era uma empresa pública<br />

contestada e com a sobrevivência posta em risco. Na época, treze das 35 prefeituras<br />

com mais <strong>de</strong> 50 mil habitantes queriam terceirizar os serviços <strong>de</strong> água e saneamento, o que<br />

significaria a perda <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> usuários.<br />

Hoje, a companhia tem contratos vigentes com 320 municípios, dos quais 269 já foram<br />

renovados e 17 estão elaborando o Plano Municipal <strong>de</strong> Saneamento. São 7 milhões <strong>de</strong> pessoas<br />

atendidas com água e conta com um índice <strong>de</strong> satisfação <strong>de</strong> 87% dos usuários.<br />

No Brasil, os PACs I e II mobilizaram R$ 95 bilhões, <strong>de</strong>stes a Corsan captou R$ 3,4 bilhões<br />

e disponibilizou mais R$ 1 bilhão em contrapartida, totalizando 4,4 bilhões em investimentos.<br />

O RS tinha 15% <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> esgotamento sanitário implantadas, mas, com isso, até 2015, o RS<br />

ampliará para 25% <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s implantadas, tendo condições <strong>de</strong> continuar essa expansão até 2018.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Continuar o processo <strong>de</strong> fortalecimento da Corsan como empresa pública <strong>de</strong> prestação regionalizada,<br />

capacitando-a cada vez mais para que, através <strong>de</strong> instrumentos como subsídio<br />

cruzado, possa universalizar os serviços <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água e tratamento<br />

<strong>de</strong> esgotos em todos os municípios on<strong>de</strong> atua.<br />

• Fortalecer a gestão associada como instrumento <strong>de</strong> prestação dos serviços <strong>de</strong> saneamento,<br />

esta também é uma forma <strong>de</strong> potencializar o pacto fe<strong>de</strong>rativo.<br />

• Executar o plano <strong>de</strong> investimentos já consagrado e alavancar novos recursos para que em<br />

2018 possamos atingir em nosso estado a universalização do abastecimento <strong>de</strong> água e<br />

ampliar cobertura <strong>de</strong> esgotamento sanitário po<strong>de</strong>ndo alcançar patamares <strong>de</strong> 60%.<br />

Outras iniciativas necessárias na área do saneamento<br />

• Buscar tecnologias alternativas e <strong>de</strong> baixo custo para aten<strong>de</strong>r os pequenos municípios.<br />

• Criar instrumentos <strong>de</strong> controle social como, por exemplo, conselhos <strong>de</strong> gestores (prefeitos)<br />

em cada região hidrográfica do estado.<br />

• Criar mecanismos para subsidiar as ligações <strong>de</strong> esgoto para domicílios com renda até três<br />

salários mínimos.<br />

• Potencializar a bacia hidrográfica como unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão, integrando fortemente o saneamento<br />

às políticas <strong>de</strong> recursos hídricos, meio ambiente e habitação.<br />

ENERGIA, RECURSOS MINERAIS E TELECOMUNICAÇÕES<br />

Estes três temas são <strong>de</strong> indiscutível relevância para o <strong>de</strong>senvolvimento do Estado e<br />

<strong>de</strong>vem ser tratados <strong>de</strong> forma conjunta, em virtu<strong>de</strong> da complementarida<strong>de</strong> que possuem. A<br />

quantida<strong>de</strong> e a qualida<strong>de</strong> da energia disponível no estado é fator básico para a continuida<strong>de</strong><br />

da inclusão social, com mais pessoas usufruindo daquilo que a socieda<strong>de</strong> po<strong>de</strong> oferecer. Além<br />

disso, o complexo processo <strong>de</strong> produção e distribuição <strong>de</strong> energia é gerador <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong><br />

econômica, gerando postos <strong>de</strong> trabalho qualificados e renda.<br />

O Brasil já é um gran<strong>de</strong> produtor <strong>de</strong> energia, seja na forma <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> nossos<br />

recursos hídricos, do aproveitamento termelétrico <strong>de</strong> recursos renováveis ou não, da mais<br />

recente exploração do potencial eólico ou do petróleo, no qual somos referência mundial.<br />

O Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, no entanto, apesar <strong>de</strong> possuir os recursos naturais necessários para<br />

tornar-se autossuficiente em produção, tem a maior parte da energia que consome produzida<br />

em outros estados. Portanto, há constante necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que sejam construídas novas<br />

plantas <strong>de</strong> geração, linhas <strong>de</strong> transmissão e outras instalações.<br />

Sabemos que é competência da União planejar, promover, regulamentar e fiscalizar a<br />

produção <strong>de</strong> energia. No entanto, os estados são parte interessada e <strong>de</strong>vem agir para as melhorias<br />

do sistema. Além disso, o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, através do Grupo CEEE, que gera, transmite<br />

e distribui energia elétrica; da CRM que <strong>de</strong>têm o direito <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte<br />

das reservas carboníferas; e da Sulgás, responsável pela distribuição <strong>de</strong> gás, possui todas as<br />

condições <strong>de</strong> agir nesse sentido.<br />

Balanço da primeira gestão da UPPRS<br />

Perseguindo esses objetivos, o Grupo CEEE, no quadriênio 2011-<strong>2014</strong>, realizou investimentos<br />

54% maiores que os do quadriênio anterior, incrementando a potência instalada<br />

em 24%, chegando a 59% até 2016. O Complexo Eólico Povo Novo, que entrará em funcionamento<br />

em 2016, inteiramente <strong>de</strong>senvolvido pela companhia, é o primeiro investimento<br />

próprio em geração em décadas. Estão concluídas 41 obras <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong> subestações e<br />

novas linhas e mais 10 estão em andamento. No meio rural, estão sendo realizados investimentos<br />

que beneficiam mais <strong>de</strong> 500 mil pessoas.<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

A Sulgás opera no limite <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong>, já que todo o gás disponível em seu<br />

gasoduto tem <strong>de</strong>stino e há <strong>de</strong>manda reprimida. Projetos <strong>de</strong> expansão da oferta estão em<br />

gestação, com <strong>de</strong>staque para o futuro terminal <strong>de</strong> regaseificação que será instalado junto<br />

ao Porto <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong>.<br />

A CRM garante o abastecimento do complexo térmico em Candiota, fundamental para<br />

o abastecimento elétrico do estado, especialmente em épocas <strong>de</strong> estiagem, conforme ocorreu<br />

recentemente. A expansão <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do sucesso <strong>de</strong> novos leilões <strong>de</strong><br />

geração <strong>de</strong> energia nessa modalida<strong>de</strong>. Além disso, a companhia busca alternativas na área da<br />

carboquímica, ativida<strong>de</strong> ainda inexistente e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> potencial econômico.<br />

Foi criado por lei o Programa Gaúcho <strong>de</strong> Estruturação, Investimento e Pesquisa em Energia<br />

Eólica – RS Eólica que promoveu incentivos ao setor, tornando o estado competitivo na<br />

atração dos investidores. No período 2009-<strong>2014</strong>, onze leilões <strong>de</strong> energia elétrica incluíram<br />

projetos <strong>de</strong> energia eólica no país, e no RS resultaram novos parques eólicos que totalizaram<br />

a potência instalada <strong>de</strong> 1.798,9 MW, somando R$ 7,5 bilhões <strong>de</strong> investimento no RS.<br />

Até maio <strong>de</strong> 2018 o estado irá dispor <strong>de</strong> 2.053 MW em energia eólica, instalados em<br />

91 parques eólicos, com R$ 8,6 bilhões <strong>de</strong> investimentos, gerando cerca <strong>de</strong> 10.000 postos <strong>de</strong><br />

trabalho durante a construção e 2.000 durante a operação dos parques.<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governança para o setor, com manutenção da política <strong>de</strong> atração <strong>de</strong><br />

investimentos.<br />

• Fortalecer a Sulgás para ampliar a oferta <strong>de</strong> gás natural e malha dutoviária para a sua distribuição<br />

viabilizando novas alternativas <strong>de</strong> fornecimento.<br />

• Incentivar a produção <strong>de</strong> biocombustíveis incentivando o uso e a produção <strong>de</strong>ssa fonte<br />

renovável.<br />

• Implementar política <strong>de</strong> estímulo à geração <strong>de</strong> energia solar fotovoltaica (para geração<br />

<strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>), com a criação <strong>de</strong> um mercado consumidor e geração doméstica <strong>de</strong><br />

energia (energia distribuída), mediante a instalação <strong>de</strong> placas solares nas unida<strong>de</strong>s<br />

habitacionais, e também à implantação <strong>de</strong> usinas solares.<br />

• Estabelecer política <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia, utilizando os resíduos orgânicos agrícolas e<br />

urbanos, através da produção <strong>de</strong> biogás.<br />

• Fortalecer o planejamento e gestão da política energética do estado, dando continuida<strong>de</strong> à<br />

recuperação da CEEE, bem como <strong>de</strong> outras formas <strong>de</strong> geração, em direção a eficiência e<br />

sustentabilida<strong>de</strong> energética, os parques eólicos, PCHs, carboquímica e biocombustíveis.<br />

• Implantar novas centrais hidrelétricas: sejam PCHs (pequenas centrais hidrelétricas), sejam<br />

as <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, com especial atenção para as binacionais Garabi e Panambi, no Rio<br />

Uruguai, fronteira com a Argentina.<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

• Incrementar a produção <strong>de</strong> energia elétrica no RS buscando sua autosuficiencia;<br />

• Desenvolver política energética que priorize e incentive as energias renováveis, buscando<br />

sempre compatibilizar a ampliação da oferta <strong>de</strong> energia para o <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico<br />

com a sustentabilida<strong>de</strong> ambiental;<br />

• Criar uma política <strong>de</strong> energia solar fotovoltaica para geração <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>, apoiando,<br />

especialmente, a geração doméstica <strong>de</strong> energia (<strong>de</strong>scentralizada), consi<strong>de</strong>rando a regulamentação<br />

da Aneel para o setor, mediante incentivos à instalação <strong>de</strong> placas solares<br />

nas unida<strong>de</strong>s habitacionais, industriais e comerciais. Apoiar também a implantação <strong>de</strong><br />

usinas solares <strong>de</strong> maior porte, <strong>de</strong> forma semelhante à política para a energia eólica;<br />

• Apoiar e incentivar a implantação <strong>de</strong> uma ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>de</strong> energia solar fotovoltaica,<br />

dando suporte à fabricação <strong>de</strong> placas fotovoltaicas, equipamentos e serviços relacionados,<br />

bem como apoiar a geração <strong>de</strong> pesquisas e tecnologias visando tornar o Estado<br />

do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul uma referência em energia solar;<br />

• Continuar avançando na geração <strong>de</strong> energia eólica, como tem sido nos últimos anos em<br />

que o RS ampliou a sua capacida<strong>de</strong>, contando com 22 parques <strong>de</strong> geração eólica em<br />

operação e 67 em construção. A política <strong>de</strong> energia eólica do RS será para além dos<br />

gran<strong>de</strong>s parques, estimulando a pequena geração <strong>de</strong>scentralizada e <strong>de</strong> baixo impacto;<br />

• Apoiar e incentivar a implantação <strong>de</strong> uma ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>de</strong> energia eólica, dando suporte<br />

à fabricação <strong>de</strong> geradores e microgeradores, equipamentos e serviços relacionados,<br />

bem como à geração <strong>de</strong> pesquisas e tecnologias, visando tornar o Estado do Rio Gran<strong>de</strong><br />

do Sul uma referência em energia eólica;<br />

• Implantar uma política <strong>de</strong> biogás, com geração <strong>de</strong> energia utilizando os resíduos orgânicos<br />

agrícolas e urbanos, integrada com a política estadual e nacional <strong>de</strong> resíduos sólidos e<br />

a políticas para minimizar as emissões <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa;<br />

• Utilizar o carvão mineral como fonte <strong>de</strong> energia firme e complementar às outras formas <strong>de</strong><br />

geração, conforme a política nacional <strong>de</strong> energia, com tecnologias <strong>de</strong> ponta no controle<br />

das emissões e efluentes, respeitando as garantias ambientais, com total transparência<br />

e participação da socieda<strong>de</strong> nas <strong>de</strong>cisões estratégicas do setor. A política para a área<br />

visa ao fomento a um novo setor econômico, ambientalmente sustentável, e que ampliará<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento das regiões carboníferas do Estado.<br />

• Consolidar o Programa RS Energia Eólica finalizando o zoneamento, <strong>de</strong>finindo o<br />

HABITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO<br />

No final <strong>de</strong> 2013, o Ipea anunciou seus estudos a respeito do déficit habitacional no<br />

Brasil e concluiu que o RS teve a maior redução nesse indicador no país. Em termos absolutos,<br />

entre 2007 e 2012 essa redução foi <strong>de</strong> 26,6%, sendo que o biênio 2011/2012 contribuiu com<br />

17%, mais do que o dobro dos cinco anos anteriores.<br />

Isso não ocorreu por acaso. As políticas <strong>de</strong>senvolvidas culminaram com a realização<br />

da 5ª Conferência Estadual das Cida<strong>de</strong>s, em 2013, que contou com a participação <strong>de</strong><br />

1200 <strong>de</strong>legados, oriundos <strong>de</strong> 270 municípios, e propiciou a recuperação e revitalização do<br />

Conselho Estadual das Cida<strong>de</strong>s. Também foi concluído o Plano Estadual <strong>de</strong> Habitação <strong>de</strong><br />

Interesse Social (PEHIS), através da realização <strong>de</strong> 56 plenárias regionais, com 2800 participantes<br />

e retomado o Plano Estadual <strong>de</strong> Saneamento. Parceria entre a Famurs e a Corsan<br />

permitiu o apoio técnico e financeiro para que 141 municípios realizassem seus planos<br />

municipais <strong>de</strong> saneamento.<br />

Foi criado o Banco <strong>de</strong> Terras, <strong>programa</strong> inovador, premiado nacionalmente, que utiliza<br />

terras <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> do estado para fins habitacionais. Já foram entregues 280 unida<strong>de</strong>s, e<br />

mais 900 estão em curso.<br />

Somam-se 14 mil unida<strong>de</strong>s através <strong>de</strong> convênios com municípios, entida<strong>de</strong>s e movimentos<br />

sociais e duas mil unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stinadas a povos tradicionais: quilombolas, índios<br />

e pescadores, além dos assentados da reforma agrária. Para a duplicação da ERS-118, 900<br />

famílias foram realocadas em aluguel social. Foi aberto o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sapropriação do<br />

prédio da Ocupação Saraí. Também foi publicado <strong>de</strong>creto que reconhece o direito à moradia<br />

dos moradores da área da FASE no Morro Santa Tereza. Existem 25 áreas ocupadas no estado,<br />

nas quais estão sendo encaminhados levantamentos topográficos e projetos <strong>de</strong> urbanização.<br />

Em parceria com prefeituras, <strong>de</strong>fensoria pública e Banrisul, está sendo realizada campanha<br />

para a regularização dos imóveis da extinta Cohab, o que irá beneficiar até 50 mil famílias.<br />

Outras duas mil famílias já foram beneficiadas com a doação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> terras, também<br />

da Cohab, para os municípios realizarem a regularização fundiária.<br />

Esses números atestam o <strong>de</strong>senvolvimento da política habitacional alavancada pelo<br />

atual <strong>governo</strong>, mas há muito ainda a fazer.<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Continuar a política <strong>de</strong> redução do déficit habitacional no estado, mantendo a articulação com<br />

o Programa Minha Casa, Minha Vida, e através do <strong>programa</strong> RS Mais Moradia. Fortalecer a<br />

política <strong>de</strong> reassentamentos e <strong>de</strong> regularização fundiária, além <strong>de</strong> incentivar as cooperativas<br />

habitacionais no RS.<br />

• Aprofundar a parceria com o <strong>governo</strong> fe<strong>de</strong>ral na implementação do <strong>programa</strong> Minha Casa Minha<br />

Vida, nas suas diversas modalida<strong>de</strong>s.<br />

• Aprofundar a relação e parceria com as cooperativas habitacionais, entida<strong>de</strong>s e movimentos sociais<br />

ligados à produção habitacional e à reforma urbana.<br />

• Constituir uma lista para promover ações <strong>de</strong> produção habitacional.<br />

• Dar nova dimensão ao <strong>programa</strong> Banco <strong>de</strong> Terras, permitindo à Secretaria Estadual <strong>de</strong> Habitação e<br />

Saneamento (SEHABS) incidir e <strong>de</strong>stinar as áreas para produção habitacional.<br />

• Constituir linha <strong>de</strong> financiamento junto ao sistema financeiro estadual para produção habitacional<br />

nos municípios.<br />

• Fortalecer o caráter <strong>de</strong>liberativo do Conselho Estadual das Cida<strong>de</strong>s, buscando sua participação<br />

ativa na elaboração e execução da política urbana do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />

• Buscar a participação ativa da socieda<strong>de</strong> na elaboração do Plano Estadual <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Urbano, impulsionando a implantação do Plano Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano.<br />

• Ampliar o <strong>de</strong>bate sobre os temas relativos à política urbana estadual através do Sistema <strong>de</strong><br />

Participação Popular e Cidadã, possibilitando a ampliação dos recursos orçamentários a<br />

serem investidos.<br />

MOBILIDADE URBANA<br />

Um dos principais temas em discussão no Brasil é o da mobilida<strong>de</strong> humana, <strong>de</strong>safio<br />

para todas as metrópoles do mundo. O tema se relaciona com a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população<br />

e com a economia, já que tem efeitos sobre saú<strong>de</strong>, custo <strong>de</strong> vida, custos econômicos e<br />

meio ambiente, entre outros. No RS, a Região Metropolitana <strong>de</strong> Porto Alegre (RMPA) é aquela<br />

que apresenta os maiores <strong>de</strong>safios. Além <strong>de</strong> englobar 33 municípios, possui uma população<br />

<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> quatro milhões <strong>de</strong> habitantes ou 37,5% da população gaúcha, extrapolando as<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhorias encaminhadas pelos municípios isoladamente e exigindo a interveniência<br />

do Estado e da União.<br />

Os problemas urbanos <strong>de</strong>correm, também, da <strong>de</strong>pendência do transporte <strong>de</strong> mercadorias<br />

do modal rodoviário. Mais <strong>de</strong> 80% <strong>de</strong> toda a riqueza produzida no Estado é transportado<br />

por rodovias. A falta <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s multimodais <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> pessoas e mercadorias articuladas<br />

(hidroviária, rodoviária, ferroviária e aeroviária), em todo o Estado, faz que a logística<br />

<strong>de</strong> macro-<strong>de</strong>slocamentos circulem por <strong>de</strong>ntro das cida<strong>de</strong>s gran<strong>de</strong>s e médias gerando graves<br />

problemas, tanto para o transporte <strong>de</strong> pessoas quanto para o próprio transporte <strong>de</strong> carga.<br />

Pelo Governo do Estado, há vários organismos que possuem interface com o tema, especialmente<br />

a Secretaria <strong>de</strong> Infraestrutura e Logística (SEINFRA), através do Departamento<br />

Autônomo Estadual <strong>de</strong> Estradas <strong>de</strong> Rodagem (DAER), a Secretaria <strong>de</strong> Obras Públicas (SOP),<br />

Metroplan e Secretaria do Planejamento e Gestão (SEPLAG).<br />

Balanço <strong>de</strong> ações dos <strong>governo</strong>s estadual e fe<strong>de</strong>ral<br />

Várias iniciativas representaram significativa melhoria no sistema. A primeira foi a extensão<br />

do Trensurb até Novo Hamburgo. A conclusão da BR-448, Rodovia do Parque, também<br />

melhorou bastante o <strong>de</strong>slocamento na região, assim como várias intervenções na BR-116,<br />

como aumentos pontuais <strong>de</strong> carga e viadutos.<br />

O mesmo <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>stacado em relação às melhorias na Free-Way, no trecho Gravataí-Porto<br />

Alegre. A implantação do Catamarã, que possibilitou o retorno do modal hidroviário para<br />

o transporte <strong>de</strong> passageiros entre Guaíba e a capital, aten<strong>de</strong>u a um antigo <strong>de</strong>sejo daquela comunida<strong>de</strong>.<br />

Também o futuro Metrô <strong>de</strong> Porto Alegre, cujas tratativas estão sendo encaminhadas,<br />

juntamente ao Governo Fe<strong>de</strong>ral, será um gran<strong>de</strong> passo para a qualificação da mobilida<strong>de</strong> urbana.<br />

O compromisso já assumido pelo Governo Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> duplicar a BR-116, esten<strong>de</strong>r a<br />

BR-448 e construir a nova ponte do Guaíba representa a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse processo <strong>de</strong><br />

qualificação dos <strong>de</strong>slocamentos. Também a extensão do transporte pelo lago, com novas<br />

linhas, terá impacto positivo.<br />

É necessário dar <strong>de</strong>staque à duplicação da ERS-118, obra cuja execução apresentou<br />

gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>, especialmente em virtu<strong>de</strong> da ocupação ilegal <strong>de</strong> suas margens em praticamente<br />

toda a extensão da obra. Apesar do atraso <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong>ssa circunstância, o Estado e<br />

os municípios envolvidos já equacionaram a maior parte do problema e a rodovia, que já tem<br />

trechos duplicados em uso, estará com gran<strong>de</strong> parte das obras prontas até o final <strong>de</strong> <strong>2014</strong> e<br />

será concluída em 2015.<br />

Outras obras, executadas diretamente pelo Estado ou através <strong>de</strong> convênios com os<br />

municípios, como duplicações <strong>de</strong> vias e obras <strong>de</strong> arte, beneficiarão 14 municípios com investimento<br />

total <strong>de</strong> R$ 554 milhões.<br />

I<strong>de</strong>ntificação dos principais problemas do transporte público <strong>de</strong> passageiros na Região<br />

Metropolitana <strong>de</strong> Porto Alegre<br />

• Dupla tarifação para os usuários que utilizam linhas urbanas e metropolitanas encarecendo o<br />

preço do transporte para parcela significativa <strong>de</strong> usuários. Estudos indicam que 28% dos<br />

usuários utilizam dois ou mais ônibus para seus <strong>de</strong>slocamentos entre as cida<strong>de</strong>s da RMPA;<br />

• Ausência <strong>de</strong> integração física e tarifária entre os sistemas urbanos e metropolitano. Apesar<br />

<strong>de</strong> haver algumas cida<strong>de</strong>s com operação integrada, na maioria dos casos, não há uma<br />

integração física e tarifária que seja vantajosa e atrativa ao usuário;<br />

• Carência <strong>de</strong> novos corredores exclusivos para dar maior velocida<strong>de</strong> e priorida<strong>de</strong> ao transporte<br />

coletivo nas vias estruturais. Com a elevação do número <strong>de</strong> automóveis nas vias<br />

estruturais, a velocida<strong>de</strong> comercial do transporte público tem reduzido, aumentando<br />

os custos e incentivando o usuário a buscar alternativas mais rápidas;<br />

• Queda <strong>de</strong> passageiros pagantes (IPK) com consequente elevação das tarifas. Em função dos<br />

problemas acima <strong>de</strong>scritos, há uma queda <strong>de</strong> passageiros e um aumento da quilometragem<br />

impactando no aumento <strong>de</strong> tarifas;<br />

• Ausência <strong>de</strong> um plano diretor metropolitano, que organize <strong>de</strong> forma racional o uso e ocupação<br />

do território metropolitano <strong>de</strong>finindo o sistema viário necessário e as re<strong>de</strong>s integradas<br />

<strong>de</strong> transportes;<br />

• Projetos Estruturantes em andamento, tais como a ampliação da re<strong>de</strong> metro-ferroviária, implantação<br />

<strong>de</strong> BRTs, reformulações das re<strong>de</strong>s urbanas, sem uma articulação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />

operacionais e tarifários;<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

• Instituir, <strong>de</strong> forma acordada com os municípios, a Política <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> e Transporte Público,<br />

através da reorganização das estruturas e atribuições administrativas, ampliando e<br />

qualificando o transporte público e o acesso ao Passe Livre, combinadas com os novos<br />

investimentos em infraestrutura e modais <strong>de</strong> transporte.<br />

• Incentivar as formas não motorizadas <strong>de</strong> transporte.<br />

• Moldar as políticas <strong>de</strong> habitação estadual, incorporando padrões e critérios <strong>de</strong> sustentabi-<br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

lida<strong>de</strong> das moradias, como <strong>de</strong> energia solar, eficiência energética e reaproveitamento<br />

<strong>de</strong> água.<br />

• Rejeitar iniciativas <strong>de</strong> privatização e ou elitização <strong>de</strong> espaços públicos coletivos.<br />

• Orientar políticas públicas estaduais para apoiar a implementação <strong>de</strong> ações visando à mobilida<strong>de</strong><br />

urbana sustentável e que dialoguem com o conceito <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s sustentáveis,<br />

promovendo áreas ver<strong>de</strong>s que associem preservação com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida para a<br />

população.<br />

• Qualificar a mobilida<strong>de</strong> entre municípios, com estações rodoviárias e transporte <strong>de</strong> melhor<br />

qualida<strong>de</strong> para usuárias e usuários.<br />

Medidas que <strong>de</strong>vem ser adotadas para qualificar a mobilida<strong>de</strong> na Região<br />

Metropolitana <strong>de</strong> Porto Alegre:<br />

• Fortalecer o Conselho Deliberativo Metropolitano e da Governança Metropolitana, vinculado<br />

à Metroplan.<br />

• Definir um mo<strong>de</strong>lo operacional em re<strong>de</strong> on<strong>de</strong> fiquem claros os papéis dos sistemas urbanos<br />

e metropolitanos, garantindo a redução do tempo <strong>de</strong> viagem e o atendimento das<br />

maiores necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamentos entre as cida<strong>de</strong>s. No Eixo Norte Metropolitano,<br />

a linha da Empresa Trensurb é a troncal prioritária para os <strong>de</strong>slocamentos metropolitanos,<br />

no entanto, em função <strong>de</strong> seu traçado não aten<strong>de</strong>r a alguns polos <strong>de</strong> geração/<br />

atração <strong>de</strong> viagens, <strong>de</strong>vem ser constituídas troncais metropolitanas no modal ônibus<br />

para complementar a re<strong>de</strong> metro-ferroviária.<br />

• Buscar a integração <strong>de</strong> bilhetagem e interoperabilida<strong>de</strong> no sistema <strong>de</strong> passageiros da RMPA.<br />

• Constituição do Consórcio <strong>de</strong> Gestores Públicos do Transporte Coletivo, que possibilitará a<br />

gestão integrada entre o Estado e os municípios da RMPA, buscando eficiência, qualida<strong>de</strong>,<br />

integração e racionalização dos sistemas <strong>de</strong> transportes, integração operacional e<br />

tarifária dos ônibus com o Trensurb, o transporte hidroviário e o futuro Metrô <strong>de</strong> Porto<br />

Alegre, estimulando a integração e expansão da cobertura <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> transporte<br />

público e o equilíbrio econômico e financeiro.<br />

• Criação <strong>de</strong> uma matriz tarifária integrada entre os sistemas urbanos e metropolitano com<br />

possibilida<strong>de</strong> da constituição <strong>de</strong> uma Câmara Tarifária Metropolitana, <strong>de</strong> forma a otimizar<br />

os recursos e permitir a integração tarifária, reduzindo os custos da integração para<br />

o usuário. Neste sentido, são fundamentais a redução do número <strong>de</strong> tarifas metropolitanas<br />

e a fixação <strong>de</strong> uma data conjunta para os reajustes tarifários; a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> quais<br />

as características que <strong>de</strong>vem ter os sistemas <strong>de</strong> bilhetagem eletrônica para superar o<br />

atual quadro <strong>de</strong> disputa <strong>de</strong> tecnologias entre empresas e operadoras.<br />

• A política tarifária da Empresa Trensurb possui um percentual <strong>de</strong> subsídio que, indiretamente,<br />

é um investimento do Governo Fe<strong>de</strong>ral no transporte metropolitano <strong>de</strong> Porto<br />

Alegre. É <strong>de</strong>sejado que a Empresa Trensurb atinja seu equilíbrio econômico/financeiro,<br />

reduzindo a <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong>ste subsídio, no entanto, este investimento do Governo Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong>ve continuar como forma <strong>de</strong> barateamento da tarifa e qualificação dos serviços.<br />

• Desenvolver um planejamento estratégico para a RMPA, com diretrizes para os Planos Diretores<br />

dos municípios, gerenciamento das águas e gerenciamento <strong>de</strong> riscos e prevenção<br />

<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes. Buscar o planejamento integrado do conjunto <strong>de</strong> intervenções aqui citadas<br />

com outras, como as obras <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> da capital, a mo<strong>de</strong>rnização do aeroporto<br />

Salgado Filho e o novo Aeroporto da Região Metropolitana, o Aeromóvel do aeroporto<br />

e o previsto para Canoas, as obras <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>de</strong>sastres naturais, as estruturas <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e educação e os complexos habitacionais.<br />

INFRAESTRUTURA<br />

Ao assumirmos o <strong>governo</strong> em 2011, encontramos um estado sucateado, sem capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> investimento, sem planejamento e gestão, consequência dos <strong>programa</strong>s <strong>de</strong> ajuste fiscal<br />

e ‘déficit zero’. Um estado <strong>de</strong> costas para o Brasil, sem articulação com o <strong>governo</strong> fe<strong>de</strong>ral e<br />

sem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> investimentos.<br />

No tema das obras viárias, não havia nenhuma política <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> acessos municipais,<br />

ligações e duplicações. Neste último caso, a gran<strong>de</strong> obra <strong>de</strong> duplicação que iniciou<br />

nos últimos dois <strong>governo</strong>s, a ERS 118, teve apenas um 1km <strong>de</strong> pista realizado. Os acessos<br />

municipais foram completamente abandonados, prejudicando a integração do estado e agudizando<br />

as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s regionais. A média <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> acessos nos dois últimos <strong>governo</strong>s<br />

são <strong>de</strong> 5 obras por <strong>governo</strong> por quadriênio. Em ambos os casos, as obras priorizadas<br />

foram algumas poucas ligações regionais, importantes, mas insuficientes para acompanhar o<br />

crescimento da produção e a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> logística do RS.<br />

A retomada dos investimentos em infraestrutura rodoviária<br />

Antes mesmo <strong>de</strong> assumir o <strong>governo</strong>, a UPPRS garantiu recursos para a realização das<br />

obras rodoviárias do Estado com financiamento do Bird e do BNDES, em razão da priorida<strong>de</strong><br />

que tem a infraestrutura rodoviária para um projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento integrado.<br />

No início <strong>de</strong>sta gestão, em 2011, encontramos o órgão executor das obras e manutenção<br />

rodoviária, o Departamento Autônomo <strong>de</strong> Estradas <strong>de</strong> Rodagem (DAER), <strong>de</strong>fasado e<br />

sucateado. Havia 104 obras <strong>de</strong> acesso municipal pen<strong>de</strong>ntes. Para alterar este quadro, foram<br />

realizados concurso, contratações emergenciais, reestruturação do DAER e valorização <strong>de</strong><br />

seus servidores e servidoras. Com isto, o <strong>governo</strong> da UPPRS chegará em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2014</strong><br />

com 44 acessos concluídos e mais 40 em obras. Outros 20 serão concluídos até 2016. Somam-se<br />

a essas iniciativas as obras <strong>de</strong> ligação regional, que unem o estado e são corredores<br />

<strong>de</strong> escoamento <strong>de</strong> produção. Já foram concluídas 7 e outras 8 obras estão em andamento.<br />

Três <strong>de</strong>stas tiveram seus contratos assinados nos últimos meses, como um dos lotes da ligação<br />

entre Cachoeira do Sul e Rio Pardo, com 20 Km <strong>de</strong> extensão.<br />

Foram otimizados recursos públicos com a execução <strong>de</strong> 551 km, <strong>de</strong> 2011 até junho <strong>de</strong><br />

<strong>2014</strong>, contra 392 km executados no período 2007-2010. Para cada quilômetro executado<br />

nesta gestão, foram investidos cerca R$ 1,3 milhões em valores corrigidos. Para a mesma<br />

distância, na gestão anterior, foram gastos mais <strong>de</strong> R$ 4 milhões em valores corrigidos.<br />

2007 - 2010<br />

Infraestrura para o Desenvolvimento<br />

Quilometragem realizada nas gestões Yeda x <strong>Tarso</strong><br />

392 km<br />

2011 -<strong>2014</strong><br />

551 km<br />

0<br />

100 200 300<br />

400 500 600<br />

100 101


TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

140<br />

120<br />

100<br />

Obras Rodoviárias: Acessos Ligações<br />

Duplicações e Restaurações<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011-<strong>2014</strong><br />

Restaurações<br />

Foi iniciada a duplicação <strong>de</strong> Santa Maria-Camobi. Concluídos 13 km <strong>de</strong> finalização da<br />

pista da ERS 118, que conecta Sapucaia a Gravataí, enquanto o <strong>governo</strong> anterior concluiu<br />

apenas 1 km <strong>de</strong>sta pista nova.<br />

Também, será iniciada ainda este ano a duplicação da ERS 453, que liga Bento Gonçalves<br />

a Farroupilha, pelo início da obra do Viaduto da Telasul, e da ERS 324, trecho entre Passo<br />

Fundo e Marau.<br />

No tema da conserva e manutenção, foi investida uma média anual <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> R$ 65<br />

milhões. O dobro da gestão anterior. E retomamos os Contratos <strong>de</strong> Restauração e Manutenção<br />

das Rodovias (CREMAS). O primeiro lote já está em andamento na Serra, com investimento<br />

previsto <strong>de</strong> R$ 120 milhões para 200 km <strong>de</strong> rodovias na região. Ainda nesta gestão, iniciará<br />

na região <strong>de</strong> Erechim, com 170 km a serem restaurados. A fiscalização <strong>de</strong>stas obras será realizada<br />

através dos CATs – Contratos <strong>de</strong> Apoio Técnico, que garantem o suporte a<strong>de</strong>quado e<br />

rigoroso para fiscalização <strong>de</strong>stas e todas as <strong>de</strong>mais obras do DAER.<br />

Fim dos contratos privados <strong>de</strong> pedágio e criação da EGR<br />

Com o fim dos contratos <strong>de</strong> concessão das rodovias gaúchas para a iniciativa privada, o<br />

<strong>governo</strong> da UPPRS cumpriu sua promessa e encerrou a praça <strong>de</strong> pedágio <strong>de</strong> Farroupilha. Nas<br />

<strong>de</strong>mais praças, optou por seguir o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> pedágios públicos comunitários e, para administrá-los,<br />

criou a Empresa Gaúcha <strong>de</strong> Rodovias (EGR).<br />

Hoje, o investimento realizado em aproximadamente 1000 km <strong>de</strong> rodovias, só em<br />

<strong>2014</strong>, é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> R$ 200 milhões, com tarifas 26% e 68% menores do que as praticadas<br />

pelo mo<strong>de</strong>lo privado, o que representa R$400 milhões a menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembolso<br />

pelos usuários, em um ano, redução do custo <strong>de</strong> logística das empresas e incremento na<br />

economia do Estado.<br />

Todas as rodovias administradas pela EGR já possuem contrato <strong>de</strong> manutenção e restauro<br />

<strong>de</strong> pista, com garantia <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> ambulâncias e bombeiros. E isto em um mo<strong>de</strong>lo<br />

com controle público e transparência, on<strong>de</strong> o dinheiro arrecadado é reinvestido nas rodovias.<br />

Os investimentos são indicados pelos Conselhos Comunitários das Regiões das Rodovias<br />

Pedagiadas (Corepes).<br />

Obras<br />

EGR<br />

CREMAs<br />

Programa <strong>de</strong> infraestrutura para o <strong>de</strong>senvolvimento com integração regional<br />

Este <strong>programa</strong> tem como diretriz um olhar sobre o território e uma a<strong>de</strong>quação à nossa<br />

matriz produtiva. Os investimentos em infraestrutura <strong>de</strong>vem combater as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s<br />

regionais, dar suporte ao nosso plano <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento industrial e fortalecer nossa agricultura<br />

familiar, cooperativas e agronegócio.<br />

O que <strong>de</strong>fine hoje se um investimento será realizado, ou uma nova empresa se instalará<br />

em nosso estado, não é a renúncia fiscal, mas sim mão <strong>de</strong> obra qualificada, boas condições<br />

para escoamento da produção e energia suficiente e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para a produção.<br />

A diminuição do custo logístico só será possível se integrarmos os diversos modais <strong>de</strong><br />

transporte. O Rio Gran<strong>de</strong> do Sul é o estado que mais utiliza o transporte rodoviário. É necessário<br />

inverter essa tendência.<br />

Propostas e compromissos para o futuro:<br />

Com o restabelecimento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planejamento, será alterada a ação estatal<br />

para antecipar a <strong>de</strong>manda do <strong>de</strong>senvolvimento e tornar a infraestrutura uma ferramenta<br />

capaz <strong>de</strong> aumentar a competitivida<strong>de</strong> da nossa economia e combater as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s regionais.<br />

Nosso <strong>programa</strong> está alicerçado em 6 eixos:<br />

EIXO 1 – Instituir o Programa Continuado <strong>de</strong><br />

Investimento em Infraestrutura - PCII<br />

O <strong>programa</strong> visa à aceleração <strong>de</strong> investimentos em infraestrutura, <strong>de</strong> pequenas a gran<strong>de</strong>s<br />

obras regionais, tais como novas duplicações e ligações regionais, que impulsionem o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento, articulando investimentos do PAC, recursos próprios e parcerias com o<br />

<strong>governo</strong> fe<strong>de</strong>ral, com as seguintes diretrizes:<br />

1 – Concluir todos os Acessos Municipais até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2016;<br />

2 – Realizar as novas ligações regionais, que são corredores <strong>de</strong> escoamento <strong>de</strong> produção:<br />

ERS-473 – Arroio Gran<strong>de</strong> – BR-471; ERS-110 – Bom Jesus – Caminho das Neves; ERS-126<br />

– Marcelino Ramos – Maximiliano <strong>de</strong> Almeida; ERS-437 – Vila Flores – Antônio Prado; ERS-448<br />

– Antônio Prado – Nova Roma do Sul;ERS-211 – Ronda Alta – Campinas do Sul; ERS-153 – Passo<br />

Fundo – Tapera; VRS-853 – Vale Vêneto – São João do Polêsine; ERS-350 – Dom Feliciano<br />

– Encruzilhada; ERS-265 – Pinheiro Machado – Canguçu; ERS-514 – Ajuricaba – Palmeira das<br />

Missões; ERS-330 – Rodovia da Integração; Barra do Rio Azul – ERS -420; Tunas – Jacuizinho;<br />

Jacuizinho – Barros Cassal;<br />

3 - Retomar a execução <strong>de</strong> pequenas obras rodoviárias, mas fundamentais, como trevos,<br />

intersecções, pontes e viadutos; com planejamento e <strong>de</strong> forma articulada com a realização <strong>de</strong><br />

novas gran<strong>de</strong>s obras, seja por convênio ou por execução direta do Estado;<br />

4 – Realizar novas duplicações/ampliação <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pista<br />

e concluir as que estão em andamento:<br />

ERS-118; ERS-509 – Santa Maria Camobi; Bento Gonçalves – Farroupilha (Viaduto da<br />

TELASUL); ERS-453 – Bento Gonçalves – Farroupilha; ERS-128 – BR-386 – Rota do Sol (Via<br />

Láctea); ERS-470 – Bento Gonçalves – Carlos Barbosa; ERS-030 – Gravataí – Osório; ERS-324<br />

– Passo Fundo – Casca, ERS 142 – Não Me Toque – Carazinho<br />

Cabe ressaltar o papel que a EGR, enquanto empresa pública, <strong>de</strong>sempenhará. Des<strong>de</strong><br />

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

1998, quando os contratos <strong>de</strong> pedágio privado foram estabelecidos, são aguardadas duplicações<br />

em diversos trechos estaduais. A partir <strong>de</strong> 2015, a EGR iniciará estas duplicações,<br />

mesmo cobrando menos que as antigas concessionárias privadas cobravam. São elas:<br />

ERS-287 - Can<strong>de</strong>lária à Tabaí-Canoas; ERS-240 – Montenegro – Portão; ERS-115 – Taquara<br />

– Três Coroas; ERS-239 – Taquara – Rolante; ERS-453/129/130 – Venâncio Aires – Muçum;<br />

ERS-135 – UFFS – Erechim; ERS-122 – Farroupilha – São Ven<strong>de</strong>lino; ERS-040 – Viamão<br />

– Capivari do Sul (Pinhal).<br />

EIXO 2 – Instituir o Programa Permanente<br />

<strong>de</strong> Manutenção e Restauro<br />

1 - Implantar totalmente o Crema, em todas as regiões do Estado. Serão mais <strong>de</strong> 1900<br />

km <strong>de</strong> rodovias contempladas, on<strong>de</strong> o volume <strong>de</strong> tráfego é maior, com recursos do BIRD;<br />

Quilometragem do CREMA por região do Estado:<br />

Bento Gonçalves<br />

Esteio-Osório<br />

Santa Rosa<br />

Passo Fundo-Palmeira<br />

São Francisco <strong>de</strong> Paula-Osório<br />

Santa Maria-Cachoeira<br />

Passo Fundo-Cruz Alta<br />

Erechim<br />

2 - Alterar o mo<strong>de</strong>lo da conserva rotineira das estradas estaduais pavimentadas, tornando<br />

a conserva uma ação <strong>de</strong> investimento estadual que aumenta ainda mais os recursos<br />

disponíveis para esta ativida<strong>de</strong>;<br />

3 - Implantar um Programa específico <strong>de</strong> conserva das estradas não pavimentadas,<br />

tendo em vista que, pela peculiarida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas estradas, a conserva não po<strong>de</strong> ser tratada <strong>de</strong><br />

forma similar à conserva das estradas pavimentadas.<br />

EIXO 3- Reforçar o Programa <strong>de</strong> Redução <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntalida<strong>de</strong><br />

Reforçar a política <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes nas rodovias estaduais, por meio <strong>de</strong> um<br />

<strong>programa</strong> que ampliará a contratação <strong>de</strong> sinalização vertical, horizontal e eletrônica, novas<br />

passarelas e intersecções, em contratos abrangentes e regionais, que darão celerida<strong>de</strong> na<br />

resolução <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas e anteciparão problemas.<br />

EIXO 4 – Instituir o Novo DAER<br />

243,42 km<br />

220,97 km<br />

376,98 km<br />

292,49 km<br />

153,65 km<br />

250,96 km<br />

234,98 km<br />

190,33 km<br />

Com um escritório <strong>de</strong> planejamento, gerenciamento e fiscalização dos projetos e<br />

obras do novo Plano <strong>de</strong> Obras. A partir do corpo técnico qualificado, aprimoraremos as<br />

coor<strong>de</strong>nadorias regionais do Departamento, dotando-as <strong>de</strong> equipamentos operativos para<br />

o enfrentamento <strong>de</strong> emergências e ampliação da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção do Estado,<br />

nestas situações.<br />

EIXO 5 – Fortalecer a EGR<br />

A consolidação da Empresa Gaúcha <strong>de</strong> Rodovias (EGR), ampliando a sua intervenção,<br />

não apenas na manutenção e conservação dos trechos, mas com a execução <strong>de</strong> obras rodoviárias<br />

<strong>de</strong> pequeno e gran<strong>de</strong> porte, fruto da <strong>de</strong>manda das comunida<strong>de</strong>s abrangidas pelas praças<br />

<strong>de</strong> pedágio público. Destaque para a duplicação <strong>de</strong> diversos trechos, que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 15 anos<br />

<strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> pedágios privados, terão investimento para ampliação da pista, mantendo a<br />

tarifa <strong>de</strong> pedágio menor dos que as praticadas pelo mo<strong>de</strong>lo privado.<br />

EIXO 6 – Fortalecer agenda articulada com o Governo Fe<strong>de</strong>ral<br />

A manutenção da articulação com o Governo Fe<strong>de</strong>ral, em especial com a Agenda do PAC<br />

3, para garantir a consumação dos seguintes investimentos:<br />

I - expansão da malha ferroviária, por meio da Norte-Sul;<br />

II - ampliação das hidrovias, com a constituição da Hidrovia do Mercosul, e da<br />

operação portuária - com o Plano Nacional <strong>de</strong> Dragagens e a expansão da área do Porto<br />

<strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong>;<br />

III - novas obras rodoviárias fe<strong>de</strong>rais: duplicação BR 290; duplicação BR 116 até divisa<br />

Santa Catarina; continuação da BR 448 - Rodovia do Parque; BR 392 Santa Maria - Santo Ângelo;<br />

Nova Ponte do Guaíba;<br />

IV - expansão dos aeroportos regionais <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong>, Passo Fundo e Santa Rosa; a<br />

criação do novo Aeroporto Regional da Serra e a consolidação dos estudos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> do<br />

novo Aeroporto Regional Metropolitano.<br />

DETRAN<br />

Balanço da primeira gestão: <strong>de</strong> emissor <strong>de</strong> documentos à promotor da vida<br />

Durante a primeira gestão da Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong>, o Detran/RS realizou<br />

um conjunto <strong>de</strong> ações com foco no compromisso com as funções públicas estatais, visando a<br />

segurança no trânsito e a responsabilida<strong>de</strong> social. Deixou <strong>de</strong> ser um órgão cartorial, <strong>de</strong> mera<br />

emissão <strong>de</strong> documentos à população, e passou a ser um órgão indutor, criador e gestor <strong>de</strong><br />

políticas públicas, contribuindo para a sensível redução da aci<strong>de</strong>ntalida<strong>de</strong> fatal no trânsito.<br />

Importantes políticas foram responsáveis pela queda nas estatísticas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntalida<strong>de</strong><br />

no trânsito e pela qualificação do espaço público no trânsito:<br />

• Balada Segura: 25 municípios participantes até o momento e outros 15 até o final do ano.<br />

Suas ativida<strong>de</strong>s são orientadas por quatro eixos: fiscalização, educação, comunicação e<br />

mobilização da comunida<strong>de</strong>, como o ‘Viagem Segura’.<br />

• CNH Social: Inédita no RS, a concessão <strong>de</strong> Carteira <strong>de</strong> Motorista para quem não po<strong>de</strong> pagar<br />

também ampliou o papel cidadão e protagonista das políticas <strong>de</strong> inclusão. A CNH Social<br />

está com 14 mil benefícios concedidos.<br />

No campo administrativo, foram feitas gran<strong>de</strong>s inovações:<br />

• Aprovação do plano <strong>de</strong> carreira;<br />

• Ampliação e qualificação do quadro <strong>de</strong> servidoras e servidores;<br />

• Criação da Divisão <strong>de</strong> Suspensão e Cassação <strong>de</strong> Condutores;<br />

• Mo<strong>de</strong>rnização dos Centros <strong>de</strong> Remoção e Depósitos;<br />

• Implantação do Sistema Público <strong>de</strong> Desmanches, Comércio <strong>de</strong> Peças Usadas e Reciclagem<br />

<strong>de</strong> Sucata Veicular;<br />

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• Criação do Observatório Estadual <strong>de</strong> Trânsito;<br />

• Consolidação da Escola Pública <strong>de</strong> Trânsito;<br />

• Qualificação do processo <strong>de</strong> habilitação com ampliação da oferta <strong>de</strong> exames teóricos e práticos<br />

e inclusão do simulador <strong>de</strong> direção veicular;<br />

• Criação das primeiras três equipes próprias <strong>de</strong> fiscalização do Detran/RS, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 16 anos<br />

<strong>de</strong> existência.<br />

TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

Propostas e compromissos para o futuro<br />

Manter e aprofundar todas as políticas públicas implementadas em <strong>de</strong>fesa da vida,<br />

buscando o cumprimento da meta estabelecida no Programa da ONU - Década <strong>de</strong> Ação pela<br />

Segurança no Trânsito, <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> 50% no número <strong>de</strong> vítimas fatais em aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

trânsito até 2020, através das seguintes ações:<br />

• Balada Segura - ampliar o Programa Balada Segura, multiplicando ações no interior do Estado<br />

e nas regiões <strong>de</strong> maior índice <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes.<br />

• Viagem Segura - intensificar ainda mais os trabalhos <strong>de</strong> fiscalização nas estradas gaúchas<br />

nos feriados prolongados, em parceria com o Comando Rodoviário da Brigada Militar,<br />

Polícia Rodoviária Fe<strong>de</strong>ral e agentes <strong>de</strong> trânsito locais.<br />

• Campanhas Institucionais - Intensificar as campanhas <strong>de</strong> conscientização e educação para<br />

o trânsito, com o objetivo <strong>de</strong> manter, <strong>de</strong> forma permanente, ações <strong>de</strong> orientação aos<br />

condutores e condutoras para que respeitem os limites <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, a condução <strong>de</strong>fensiva,<br />

a solidarieda<strong>de</strong> e a legislação <strong>de</strong> trânsito, com o objetivo <strong>de</strong> reduzir o número<br />

<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e <strong>de</strong> vítimas.<br />

• Educação para o Trânsito - Fortalecer a distribuição <strong>de</strong> material didático junto às escolas<br />

públicas do Estado, para auxiliar na educação e conscientização <strong>de</strong> nossas crianças e<br />

jovens sobre a importância das boas atitu<strong>de</strong>s e respeito à legislação na área do trânsito.<br />

Ampliar a transversalida<strong>de</strong> com os <strong>de</strong>mais órgãos e entida<strong>de</strong>s do <strong>governo</strong>, buscando a<br />

criação do Pronatec Trânsito, publicação <strong>de</strong> editais <strong>de</strong> arte-educação com os Pontos <strong>de</strong><br />

Cultura e fomento à pesquisa acadêmica na área <strong>de</strong> trânsito.<br />

• Comitês <strong>de</strong> Trânsito - Aprofundar as ações voltadas à integração interinstitucional e ao controle<br />

social em curso, através do fortalecimento dos espaços <strong>de</strong> discussão e fomento<br />

<strong>de</strong> políticas públicas para a área.<br />

• Observatório Estadual <strong>de</strong> Trânsito - intensificar a atuação <strong>de</strong>sta instância <strong>de</strong> análise, discussão<br />

e proposição <strong>de</strong> políticas públicas eficazes no tema, para dar continuida<strong>de</strong> à<br />

redução da aci<strong>de</strong>ntalida<strong>de</strong> já alcançada na primeira gestão.<br />

Dar continuida<strong>de</strong> à atuação do Detran na implementação <strong>de</strong> novas políticas públicas e manutenção<br />

das existentes, na área institucional e social, como:<br />

• CNH Social - dar continuida<strong>de</strong> e aumentar, conforme a <strong>de</strong>manda, a disponibilização à população<br />

<strong>de</strong> baixa renda <strong>de</strong> serviços gratuitos <strong>de</strong> habilitação e adição <strong>de</strong> categorias para a<br />

condução <strong>de</strong> veículos, qualificando o cidadão e a cidadã para o ingresso no mercado <strong>de</strong><br />

trabalho no setor <strong>de</strong> transportes.<br />

• Incrementar o uso <strong>de</strong> tecnologia na prestação dos serviços e qualificação da mão <strong>de</strong> obra<br />

e dos serviços prestados à cidadania, pelos cre<strong>de</strong>nciados e cre<strong>de</strong>nciadas da autarquia.<br />

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Unida<strong>de</strong> Popular<br />

pelo Rio Gran<strong>de</strong><br />

PT - PTB - PCdoB<br />

PPL - PR - PTC - PROS<br />

Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong> PT - PTB - PCdoB - PPL - PR - PTC - PROS<br />

Suplentes Carlinhos Vargas e Patrícia Beck<br />

Suplentes Carlinhos Vargas e Patrícia Beck<br />

Comitê Central: Avenida Venâncio Aires, 988 - Porto Alegre -RS<br />

www.tarso13.com.br | Facebook <strong>Tarso</strong>13 | Whatsapp 51 9730-3113<br />

Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong> PT - PTB - Unida<strong>de</strong> PCdoB - PPL - Popular PR - PTC - PROS pelo Rio Gran<strong>de</strong> PT - PTB - PCdoB - PPL - PR - PTC - PROS<br />

20.545.353/0001-84 • 02.507.787/0001-08 • 2.000 unida<strong>de</strong>s

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