Baby Food A crescer, apesar da crise

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Nos produtos homogeneizados, quem está a crescer são as marcas dos distribuidores, mais 76% no período considerado, enquanto os fabricantes viram as suas vendas estagnadas. Nielsen Market Track (inclui LIDL). O que demonstra que este é um segmento em crescimento quer em volume, mais 5%, quer em valor, mais 3%, mas com uma particularidade: quem está a crescer são as marcas dos distribuidores, mais 76% no período considerado, enquanto os fabricantes, ainda que detenham a quase totalidade deste segmento (93%) viram as suas vendas estagnadas. Efeitos da crise? “A nossa perspetiva para 2012 é positiva” A Danone está satisfeita com o posicionamento alcançado no ranking Market Track Nielsen? Estamos moderadamente satisfeitos, pois enquanto somos claros líderes no mercado de leites infantis com a marca Aptamil, no caso do mercado total de baby food ainda não chegámos à liderança. Como avalia o ano de 2011 para a sua empresa e quais as vossas perspetivas para o segundo semestre do ano e para 2012, quando as medidas da troika se farão sentir? O ano de 2011 tem sido desafiante pelas condições económicas que o país atravessa. Contudo, estamos preparados para estes desafios com planos sólidos e uma equipa coesa e motivada, assim como produtos de alta qualidade e que são nutricionalmente adaptados para bebés. Assim sendo, a nossa perspetiva para o segundo semestre de 2011 e para o ano de 2012 é positiva, mas cautelosa tendo em conta a situação económica das famílias. Acreditamos que os produtos para bebé devem ter uma taxa de IVA reduzida, uma vez que são bens de primeira necessidade e que não devem contribuir para onerar ainda mais os apertados orçamentos familiares do nosso país. A Danone tem já definida alguma estratégia para minimizar a inevitável perda de poder de compra do consumidor e, eventualmente, a sua opção por produtos mais baratos, nomeadamente de marca do distribuidor? A perda de poder de compra das famílias é uma preocupação, mesmo tendo em conta que, normalmente, os produtos para bebés são os últimos a sofrer cortes no orçamento familiar. Contudo, considerando que os nossos produtos são sempre nutricionalmente adaptados a cada fase de desenvolvimento do bebé até aos 36 meses, têm benefícios fundamentais para os primeiros anos de vida, são produzidos sob os mais altos padrões de qualidade e com ingredientes naturais e que visam tornar a vida dos pais mais fácil, sendo práticos e convenientes, estamos seguros de ter as condições para oferecer de forma clara maior valor acrescentado aos pais na escolha dos nossos produtos Dossier Dados fornecidos por: Farinhas lácteas e não lácteas Foi a única categoria a decrescer no período considerado: as “farinhas lácteas” sofreram perdas de 5% em volume e 4% em valor, rendendo 25,8 milhões de euros, pela venda de quando se trata de cuidar do seu bem mais precioso – o seu bebé. A Danone planeia lançar novidades a curto/ /médio prazo, nesta categoria? Se sim, que inovação apresentam? A nossa empresa tem sido pioneira com inovação relevante e nutricionalmente adaptada para bebés em muitos segmentos da alimentação infantil e continuará a manter essa dinâmica de inovação no curto/médio prazo, com o objetivo de oferecer produtos que contribuam para o desenvolvimento do bebé e que sejam a solução ideal para os pais. Ainda este ano, reforçámos a nossa oferta em leites de crescimento e lançámos produtos em formato poupança de forma a poder contribuir para o aumento do poder de compra na categoria. Como vê a evolução do mercado de baby food? Vemos o mercado de baby food com otimismo, mas ao mesmo tempo com cautela. Otimismo no sentido de estarmos convencidos que temos produtos que satisfazem as necessidades dos bebés e pais e que contribuem para um melhor desenvolvimento nos primeiros anos de vida, evitando riscos nutricionais futuros na vida adulta. Cautelosos, na medida em que o país atravessa tempos de turbulência económica e que nos coloca desafios adicionais a ultrapassar. Nuno Pena Marketing Director Baby Nutrition Danone julho/agosto 2011 Dh 39
Dossier 4,5 toneladas. É um mercado ainda dominado pelos fabricantes, que detêm quatro quintos das vendas, mas também aqui as marcas de distribuidor vão ganhando terreno. Assim, enquanto os distribuidores viram as suas vendas crescerem 12%, os fabricantes foram confrontados com quebras na ordem dos 7%. 19,3 milhões de euros foi quanto valeu a categoria de farinhas não lácteas, o que representou um crescimento de 6%. Crescimento que foi superior no caso das marcas de distribuidores (mais um quarto de vendas!) do que nas dos fabricantes que, ainda assim, cresceram 2%, num segmento onde detêm “Mercado da alimentação infantil depende de nascimentos” A Nestlé está satisfeita com o posicionamento alcançado no ranking Market Track Nielsen? A Nestlé é o líder em alimentação infantil, como tal, temos responsabilidades junto dos nossos consumidores e devemos comportar-nos como tal no que respeita à oferta dos produtos mais adequados às necessidades de um grupo de consumidores muito especiais: os bebés portugueses. Como avalia o ano de 2011 para a Nestlé e quais as vossas perspetivas para o segundo semestre do ano e para 2012, quando as medidas da troika se farão sentir? O consumo de alimentos infantis depende muito do número de nascimentos. Em momentos em que a confiança dos consumidores diminui e a instabilidade económica e financeira das famílias emerge pode, eventualmente, haver uma diminuição da taxa de natalidade e consequentemente do número de bebés. Obviamente que o mercado decresce quando o número de bebés diminui. A Nestlé tem já definida alguma estratégia para minimizar a inevitável perda de poder de compra do consumidor e, eventualmente, a sua opção por produtos mais baratos, nomeadamente de marca do distribuidor? A Nestlé oferece uma gama completa de alimentos infantis indicados para cada uma das etapas do crescimento e desenvolvimento dos bebés. Existe uma grande variedade disponível desde os leites infantis até às papas para bebés. No caso dos leites infantis, a recomendação médica é determinante e estamos a falar de alimentos cuja investigação e desenvolvimento são altamente especializados. Quanto a Cerelac, a oferta de papas lácteas e não lácteas adequa-se a todos as necessidades e ou preferências e é possível elaborar uma refeição para o bebé com menos de trinta cêntimos. A Nestlé planeia lançar novidades a curto/ /médio prazo? Se sim, que inovação apresenta? Como líder em alimentação infantil, a Nestlé inova e renova constantemente a sua gama de produtos, adaptando essa inovação às recomendações pediátricas mais recentes. Cerelac comemora este ano os seus 75 anos As marcas de distribuidor ainda não entraram no segmento do leite para lactentes. e lançou muito recentemente a variedade Bolacha Maria e dois novos sabores de Cereais Líquidos Prontos a Tomar: Banana e Pera e a gama Frutíssima lançou dois novos sabores de fruta 100% (Maçã e Pera). Até ao final do ano, estão previstos ainda novos sabores, sobretudo na área dos leites de crescimento, mas também em Cerelac. Como vê a evolução do mercado de baby food? O mercado de alimentação infantil depende muito do número de nascimentos. Apesar de um ligeiro aumento em 2010, o número de nascimentos tem vindo a diminuir nos últimos anos, acompanhando a tendência de outros países europeus. Por essa razão, o mercado encontra- -se em decréscimo, uma vez que a extensão de consumo de alimentos para além dos doze meses não é suficiente para compensar a diminuição de consumidores. Fernando Realista Carvalho Diretor Marketing Nestlé Nutrição Infantil
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