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diversidade - Planeta Sustentável - Abril.com

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Índice<br />

Missão, Valores, Princípios e Visão<br />

mensagem da presidência<br />

nosso dna<br />

perfil<br />

<strong>diversidade</strong><br />

O caminho socioambiental<br />

estratégia<br />

operações industriais<br />

logística e distribuição<br />

suprimentos<br />

MARKETING DE RELACIONAMENTO E EVENTOS<br />

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO<br />

A responsabilidade da <strong>com</strong>unicação<br />

A mídia da sustentabilidade<br />

A educação no Brasil<br />

Fundação Victor Civita<br />

Educar para crescer<br />

Sistema de Ensino SER<br />

Revisteca<br />

Desarmamento Infantil<br />

Mãos à Obra<br />

Prêmio Melhores Universidades<br />

04<br />

05<br />

06<br />

07<br />

09<br />

15<br />

18<br />

23<br />

26<br />

29<br />

30<br />

32<br />

33<br />

34<br />

36<br />

40<br />

41<br />

42<br />

43<br />

45<br />

46


Pessoas que fazem a diferença<br />

Prêmio ClAudia<br />

Prêmio Saúde<br />

Construção e Moradia<br />

Prêmio <strong>Planeta</strong> Casa<br />

Fórum Nacional da Sustentabilidade<br />

da Construção<br />

A Cultura Brasileira<br />

Teatro <strong>Abril</strong><br />

Concerto Bons Fluidos e Estação Bem-Estar<br />

o jovem<br />

mtv<br />

Projeto Mundo Jovem<br />

Edição verde da Superinteressante<br />

Mata Atlântica<br />

Clickarvore<br />

A evolução do nosso modo de vida<br />

O Brasil que queremos ser<br />

Guia Exame de sustentabilidade<br />

<strong>Planeta</strong> <strong>Sustentável</strong><br />

Anúncios Bonificados<br />

Praça Victor Civita<br />

49<br />

51<br />

52<br />

54<br />

55<br />

56<br />

58<br />

61<br />

62<br />

64<br />

65<br />

66<br />

68<br />

70<br />

71


Missão, Valores, Princípios e Visão<br />

Missão<br />

A <strong>Abril</strong> está empenhada em contribuir para a difusão<br />

de informação, cultura e entretenimento para o progresso<br />

da educação, a melhoria da qualidade de vida,<br />

o desenvolvimento da livre iniciativa e o fortalecimento<br />

das instituições democráticas do país.<br />

Valores<br />

Excelência, integridade, pioneirismo e valorização das pessoas.<br />

Princípios<br />

Foco no cliente, Rentabilidade e Competitividade.<br />

Visão<br />

Ser a <strong>com</strong>panhia líder em multimídia integrada, atendendo<br />

aos segmentos mais rentáveis e de maior crescimento dos<br />

mercados de <strong>com</strong>unicação e educação.<br />

I Relatório Socioambiental 4


Mensagem da presidência<br />

A <strong>Abril</strong> tem a imensa satisfação de <strong>com</strong>partilhar<br />

<strong>com</strong> você o I Relatório Socioambiental do Grupo <strong>Abril</strong>.<br />

Ao percorrer este conteúdo, você conhecerá um<br />

pouco do que temos feito ao longo de 59 anos para<br />

a construção de um país melhor para todos nós.<br />

São projetos de responsabilidade corporativa e ações<br />

de sustentabilidade desenvolvidos por várias áreas da<br />

empresa. Todos eles retratam os valores que nos guiam<br />

- integridade, excelência, pioneirismo e valorização das<br />

pessoas - e que estão presentes na vida da <strong>Abril</strong>.<br />

Boa leitura!<br />

Roberto Civita<br />

Presidente do Conselho de<br />

Administração e Diretor Editorial<br />

Giancarlo Civita<br />

Presidente Executivo<br />

do Grupo <strong>Abril</strong><br />

I Relatório Socioambiental 5


Nosso DNA<br />

A pluralidade e a liberdade de expressão <strong>com</strong>o ativos<br />

Na <strong>Abril</strong>, falamos de todos os mundos, a todas as plateias<br />

e a todas as audiências.<br />

A qualidade de conteúdo é o que nos diferencia.<br />

Falamos em todos os meios de <strong>com</strong>unicação para uma geração<br />

360 graus, para espectadores diversos: pessoas que leem,<br />

acessam, ligam, interagem. Nosso público interno também é<br />

assim. Uma cultura que se estimula pela coexistência de todas<br />

as tribos, através de meios de <strong>com</strong>unicação: revistas, sites,<br />

blogs, fóruns, eventos, debates, salas de aula, celulares, canais<br />

de televisão e espaços de construção coletiva.<br />

I Relatório Socioambiental 6


PERFIL<br />

Criada em 1950, a <strong>Abril</strong> é um dos maiores e mais influentes grupos<br />

de <strong>com</strong>unicação da América Latina, fornecendo informação,<br />

educação e entretenimento para praticamente todos os<br />

segmentos de público e atuando de forma integrada em diversas<br />

mídias. Atualmente, o Grupo emprega mais de 7.000 pessoas<br />

e é <strong>com</strong>posto por seis unidades de negócios principais:<br />

Editora <strong>Abril</strong><br />

Primeira empresa do Grupo, é especializada na produção de<br />

conteúdo para revistas e para as 42 versões online de suas<br />

publicações. Edita, anualmente, mais de 300 títulos, sendo líder<br />

em 21 dos 24 segmentos editoriais em que opera. Foram vendidos<br />

em 2008 mais de 156 milhões de exemplares de publicações da<br />

<strong>Abril</strong>, atingindo um universo de mais de 27 milhões de leitores.<br />

<strong>Abril</strong> Digital<br />

Unidade responsável pelo desenvolvimento e distribuição de<br />

conteúdos <strong>Abril</strong> via tecnologia wireless. Apostando na inovação<br />

e nos conceitos da web 2.0, a empresa vem intensificando suas<br />

ações em internet <strong>com</strong> produtos diversificados, que respondem<br />

à segmentação do público internauta. A <strong>Abril</strong> Digital também é<br />

pioneira em conteúdo para celular, oferecendo o maior portfólio<br />

em mídia mobile no país, inclusive conteúdos adaptados<br />

à plataforma 3G. Em 2008, a consolidação da <strong>Abril</strong> Digital<br />

promoveu à empresa o maior crescimento entre os players de<br />

internet, ficando entre os 15 maiores em audiência e entre os 6<br />

primeiros em publicidade.<br />

I Relatório Socioambiental 7


perfil<br />

<strong>Abril</strong> Educação<br />

Constituída pelas editoras Ática e Scipione, lidera o mercado<br />

brasileiro de livros escolares, <strong>com</strong> mais de 4.000 títulos em catálogo<br />

e 37 milhões de livros produzidos por ano. A <strong>Abril</strong> Educação vem<br />

ampliando sua atuação por meio do sistema de ensino SER, que<br />

oferece material didático <strong>com</strong> integração de disciplinas, além<br />

de suporte pedagógico por meio de canais de interação <strong>com</strong> os<br />

professores e escolas.<br />

Grupo TV<br />

A MTV Brasil, lançada em 1990, é uma associação <strong>com</strong> a Via<strong>com</strong><br />

(EUA), o maior grupo de entretenimento do mundo. É a maior e mais<br />

importante TV segmentada do Brasil, <strong>com</strong> cobertura de 31 milhões<br />

de lares em 301 cidades brasileiras no total de 62% dos domicílios<br />

do país, atingindo cerca de 50 milhões de pessoas por mês.<br />

Gráfica <strong>Abril</strong><br />

Unidade de apoio fundamental para as operações de impressão<br />

da Editora <strong>Abril</strong> e da <strong>Abril</strong> Educação. Com 1.100 funcionários e área<br />

de 45 mil metros quadrados, tem localização estratégica, próxima<br />

às principais saídas rodoviárias e aéreas da capital paulista, o que<br />

permite atuar de maneira integrada <strong>com</strong> as unidades de logística<br />

e distribuição, atendendo inclusive a demandas de outras editoras.<br />

Logística e distribuição<br />

A Dinap S/A é a empresa do Grupo responsável pela distribuição e<br />

<strong>com</strong>ercialização dos títulos <strong>Abril</strong> e de 70 editoras clientes, em uma<br />

rede de 19 mil bancas e 10 mil pontos de venda entre revistarias,<br />

livrarias e outros canais. Com a aquisição da Fernando Chinaglia,<br />

em outubro de 2007, a distribuição foi centralizada em uma nova<br />

empresa, a Treelog, proporcionando mais inteligência e economia<br />

<strong>com</strong> a otimização do desempenho logístico das entregas.<br />

I Relatório Socioambiental 8


Diversidade<br />

Como <strong>com</strong>unicadora, a <strong>Abril</strong> sabe da importância da formação e<br />

<strong>com</strong>prometimento de seu capital humano. Há mais de 50 anos,<br />

sua história vem sendo escrita por pessoas talentosas e inovadoras<br />

que trabalham para informar e levar conhecimento à sociedade.<br />

Em 2008 fizeram parte do corpo de funcionários da empresa:<br />

Número de funcionários por sexo<br />

4.995<br />

3.179<br />

Feminino<br />

Masculino<br />

Número de funcionários por idade<br />

258<br />

4<br />

955<br />

2.241<br />

1.200<br />

3.516<br />

15 anos<br />

de 16 a 24 anos<br />

de 25 a 35 anos<br />

de 36 a 45 anos<br />

de 46 a 55 anos<br />

acima de 56 anos<br />

I Relatório Socioambiental 9


<strong>diversidade</strong><br />

Número de funcionários por tempo de casa<br />

1.042<br />

1.009<br />

1.472<br />

menos de 1 ano<br />

de 1 a 2 anos<br />

1.560<br />

1.306<br />

1.785<br />

de 3 a 5 anos<br />

de 6 a 10 anos<br />

de 11 a 15 anos<br />

acima de 16<br />

Número de funcionários por escolaridade<br />

13<br />

137<br />

3.602<br />

702 718<br />

3.001<br />

até a 4ª série<br />

de 5ª a 8ª série<br />

Ensino Médio<br />

Ensino Superior<br />

Pós/Mestrado<br />

Pós/Doutorado<br />

A fim de reafirmar sua cultura e valorizar a <strong>diversidade</strong>, a <strong>Abril</strong><br />

desenvolve três programas de contratação:<br />

I Relatório Socioambiental 10


<strong>diversidade</strong><br />

Programa Talentos Especiais<br />

O objetivo do programa é reconhecer as potencialidades desses<br />

profissionais, desenvolvê-las e aplicá-las nas mais diversas áreas<br />

da estrutura da empresa. Para que essa inclusão fosse possível,<br />

a <strong>Abril</strong> passou por diversas mudanças que incluem: adequação<br />

dos processos seletivos, capacitação profissional das pessoas<br />

contratadas, revisão de políticas específicas, reestruturação<br />

arquitetônica das instalações, sensibilização e conscientização<br />

de funcionários e terceiros. Com isso, todos os funcionários<br />

puderam aprender, constantemente, a conviver <strong>com</strong> as<br />

diferenças em seu dia-a-dia.<br />

Em 2008, foi feita uma revisão das ações realizadas, e o principal<br />

ponto levantado foi o resultado do projeto de capacitação<br />

dos profissionais <strong>com</strong> deficiência, que aconteceu no final<br />

de 2007. De um total de 270 profissionais <strong>com</strong> deficiência,<br />

100 foram convidados e 63 cumpriram integralmente os dois<br />

módulos de atividades que abrangeram os seguintes temas:<br />

conheça o Grupo <strong>Abril</strong>, ética, valores, convivência profissional<br />

e <strong>com</strong>portamento social, reflexão sobre a trajetória profissional<br />

individual, <strong>com</strong>unicação e língua portuguesa instrumental.<br />

Ao final da análise dos resultados obtidos, foi desenvolvido<br />

um novo projeto para 2009.<br />

A preocupação constante <strong>com</strong> a inclusão faz <strong>com</strong> que,<br />

periodicamente, o Grupo <strong>Abril</strong> participe de fóruns, palestras,<br />

encontros e outros eventos em que expõe seu know-how<br />

no assunto, apresentando o programa Talentos Especiais <strong>com</strong>o<br />

um case de sucesso e incentivando a disseminação de ações<br />

similares em outras empresas.<br />

I Relatório Socioambiental 11


<strong>diversidade</strong><br />

Programa Aprendiz<br />

O Núcleo de Recrutamento e Seleção coordena a realização<br />

de processos seletivos para contratação de pessoas entre 15 e 22<br />

anos, estudantes ou formados no ensino médio público, para as<br />

diversas empresas do Grupo, <strong>com</strong>o parte do Programa Aprendiz,<br />

do Governo Federal, que tem <strong>com</strong>o objetivo oferecer formação<br />

técnica profissional a jovens, por meio do primeiro emprego.<br />

Para isso, a <strong>Abril</strong> desenvolve parcerias <strong>com</strong> instituições<br />

formadoras, em especial SENAI e SENAC, que desenvolvem<br />

capacitação técnica e <strong>com</strong>portamental, para que as atividades<br />

do Programa sejam divididas em teóricas, nas instituições,<br />

e práticas, na empresa, totalizando um período máximo de seis<br />

horas diárias. Além disso, os Consultores Internos de RH da <strong>Abril</strong><br />

fazem o a<strong>com</strong>panhamento do desempenho dos jovens que,<br />

em 2008, totalizaram 90 aprendizes.<br />

I Relatório Socioambiental 12


<strong>diversidade</strong><br />

Programa Jovem Cidadão<br />

A <strong>Abril</strong> também é parceira do Governo do Estado de São Paulo<br />

no Programa Jovem Cidadão, que tem <strong>com</strong>o objetivo oferecer ao<br />

estudante do ensino médio público a oportunidade de inserção<br />

no mundo do trabalho por meio de um estágio remunerado.<br />

Participam do programa alunos regularmente matriculados no<br />

Ensino Médio da Rede Pública Estadual, <strong>com</strong> idade entre 16 e 21 anos.<br />

Desde de 2004, o Grupo <strong>Abril</strong> oferece a esses estudantes<br />

a possibilidade de vivenciar as relações do mundo organizacional,<br />

adquirir habilidades específicas, novas experiências e aprendizado<br />

em diversas atividades e a possibilidade de agregar novos valores<br />

à sua formação.<br />

Em 2008, 55 jovens participaram do Programa no Grupo <strong>Abril</strong><br />

<strong>com</strong> contratos de quatro, cinco ou seis horas diárias válidos por seis<br />

meses, podendo ser prorrogados a um ano.<br />

Saúde e bem-estar<br />

Ciente da importância da promoção da saúde e bem-estar em seu<br />

corpo funcional, a <strong>Abril</strong> desenvolveu em 2008 diversos programas<br />

nesse sentido:<br />

I Relatório Socioambiental 13


<strong>diversidade</strong><br />

Programa<br />

Gestante<br />

Nove encontros, que contaram <strong>com</strong><br />

a participação de 50 grávidas, entre<br />

funcionárias e esposas de funcionários,<br />

dirigidos por profissionais da saúde<br />

que desenvolveram temas relacionados<br />

à gravidez, direitos e benefícios<br />

da gestação<br />

Programa Fisioterapia<br />

no Trabalho<br />

Orientações e exercícios no local<br />

de trabalho, três vezes por semana,<br />

realizados por fisioterapeutas <strong>com</strong><br />

o objetivo de promover o bem-estar<br />

e prevenir doenças osteomusculares.<br />

Em 2008, o programa beneficiou 1.200<br />

funcionários das áreas operacionais<br />

e administrativas da sede, bem <strong>com</strong>o<br />

da Gráfica, logística e distribuição<br />

Programa Corpo e Vida -<br />

Quick Massage<br />

Programa<br />

Vida Nova<br />

O programa ofereceu massagens<br />

a 2.000 funcionários, a fim de prevenir<br />

do stress e promover o alívio da tensão<br />

no local de trabalho<br />

Cerca de 3.500 funcionários passaram<br />

por exames médicos e laboratoriais<br />

para prevenção de doenças<br />

ocupacionais e avaliação de saúde geral<br />

Revise Saúde - Executivos<br />

No programa é feita a revisão periódica<br />

da saúde de 130 executivos do Grupo<br />

Campanha de Doação<br />

de Sangue<br />

Campanhas de Vacinação<br />

(Gripe e Rubéola)<br />

A <strong>Abril</strong> promoveu em 2008 uma<br />

campanha de incentivo e promoção<br />

à doação de sangue, que contou <strong>com</strong><br />

a participação de 50 funcionários<br />

Em 2008, a campanha de vacinação<br />

promoveu a imunização de 6.000<br />

funcionários contra gripe e rubéola<br />

Participação no Conselho<br />

Empresarial Nacional de<br />

Prevenção HIV/AIDS<br />

no local de trabalho<br />

A <strong>Abril</strong> participa junto <strong>com</strong> o Ministério<br />

da Saúde do Conselho que desenvolve<br />

ações voltadas à prevenção do HIV<br />

I Relatório Socioambiental 14


O caminho socioambiental<br />

Os negócios da <strong>Abril</strong> estão fundamentados em duas premissas:<br />

a liberdade de expressão e o direito à informação. Garantir à sociedade<br />

o cumprimento desses pressupostos, essenciais para a promoção<br />

do desenvolvimento do país, é a nossa principal responsabilidade.<br />

Em linha <strong>com</strong> nosso objetivo <strong>com</strong>o <strong>com</strong>unicadores, colocamos<br />

a sustentabilidade em debate em nossas revistas ao lançarmos, em<br />

2007, o <strong>Planeta</strong> <strong>Sustentável</strong>. Com esse projeto, foi possível apresentar<br />

diferentes pontos de vista, mostrar os fatos que circundam o tema<br />

e oferecer informação para o leitor formar sua opinião e decidir <strong>com</strong>o<br />

agir. Esta linha transversal da sustentabilidade na expressão<br />

da empresa só foi possível porque a <strong>Abril</strong> sempre se preocupou <strong>com</strong><br />

os problemas sociais do Brasil. Em 1985 criou a Fundação Victor Civita,<br />

que busca contribuir para a melhoria da qualidade da educação<br />

básica do país.<br />

Assim, trabalhamos pelo efeito multiplicador das boas ideias ao<br />

<strong>com</strong>partilhar <strong>com</strong> nosso público os valores da sustentabilidade para<br />

transformá-los em ação. A ideia do <strong>Planeta</strong> <strong>Sustentável</strong> deu certo,<br />

e percebemos o impacto positivo na própria <strong>Abril</strong>. Paralelamente às<br />

iniciativas da organização, esses valores foram incorporados pelos<br />

funcionários que, <strong>com</strong> liberdade de criação, viram no ambiente<br />

de trabalho um espaço onde suas ações poderiam ter efeito<br />

transformador na busca pelo desenvolvimento sustentável.<br />

I Relatório Socioambiental 15


caminho socioambiental<br />

O tema ganhou importância e está sendo responsável por um<br />

movimento profundo de mudança cultural, sem imposição, iniciado<br />

por aqueles que conhecem a <strong>Abril</strong> e escrevem sua história. Com o<br />

efeito dinâmico do desejo voluntário desses grupos de fazerem<br />

a diferença, o valor da sustentabilidade passou a ser <strong>com</strong>partilhado<br />

e posto em ação através do diálogo aberto e constante.<br />

Dessa mobilização, surgiu a Agenda Ambiental da <strong>Abril</strong>, <strong>com</strong>posta<br />

por grupos de construção coletiva que reúnem funcionários<br />

de diferentes áreas <strong>com</strong> o objetivo de buscar, em seu dia-a-dia,<br />

ações que possam minimizar os impactos no meio ambiente<br />

e promover benefícios sociais.<br />

O caráter transformador que marcou o ano de 2008 foi ainda<br />

reforçado <strong>com</strong> a inauguração da Praça Victor Civita. O espaço,<br />

onde anteriormente funcionava um incinerador de lixo e cujo solo<br />

era contaminado por metais pesados, se tornou um símbolo da<br />

conscientização ambiental dedicado a toda sociedade.<br />

<br />

<br />

<br />

Outra iniciativa de destaque e pioneira foi termos assinado<br />

o Programa Brasileiro GHG Protocol (Greenhouse Gas Protocol),<br />

do qual somos membro fundador e única empresa signatária do setor<br />

de <strong>com</strong>unicação do Brasil. Com esta assinatura, nos <strong>com</strong>prometemos<br />

a mapear e gerenciar nossas emissões de gases de efeito estufa.<br />

Continuamos nossa trajetória, conscientes das responsabilidades do<br />

presente, porém voltados para o futuro. Com liberdade e pluralidade,<br />

nosso caminho na construção da sustentabilidade se amplia a<br />

partir do envolvimento de muitos. Com isso, reafirmamos nosso<br />

<strong>com</strong>promisso de integrar os esforços da sociedade brasileira na busca<br />

pelo desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida da população.<br />

I Relatório Socioambiental 16


caminho socioambiental<br />

Régua de Ações<br />

1984<br />

Guia do Estudante<br />

1985<br />

FVC<br />

1996<br />

Prêmio CLAUDIA<br />

2000<br />

Clickarvore<br />

2003<br />

Concerto Bons Fluidos<br />

2007<br />

• Sistema de Ensino SER<br />

• <strong>Planeta</strong> <strong>Sustentável</strong><br />

• Adaptação: Guia EXAME de<br />

Sustentabilidade<br />

2009<br />

• Programa Mundo Jovem<br />

Março • Ministro Carlos Minc na PVC<br />

Março • I Encontro <strong>Abril</strong> do GHG<br />

Março • IV Reunião da<br />

Agenda Ambiental<br />

Março • <strong>Abril</strong> apoia WWF<br />

“Hora do <strong>Planeta</strong>” - PVC<br />

<strong>Abril</strong> • Encontro do Clima<br />

<strong>Abril</strong> • Entrega do Inventário<br />

Piloto - GHG<br />

Maio • Preparatória COP15<br />

1999<br />

• Guia EXAME de Boas Práticas<br />

• Mãos à Obra<br />

2001<br />

Desarmamento Infantil<br />

2002<br />

Prêmio <strong>Planeta</strong> Casa<br />

2004<br />

Revisteca<br />

2008<br />

• Grupos Internos de Trabalho<br />

• I Reunião da Agenda Ambiental<br />

Maio • Adesão ao GHG Protocol<br />

Set • Conquista do selo FSC<br />

• Debate Praças e Parques<br />

• Inauguração da Praça Victor Civita – PVC<br />

• Dossiê MTV<br />

• Mídia da Sustentabilidade (MS)<br />

da Gráfica<br />

• Educar para Crescer<br />

• Oficina GRI aos Grupos de Trabalho<br />

• <strong>Abril</strong> se filia ao Conselho Empresarial<br />

Brasileiro para o Desenvolvimento<br />

<strong>Sustentável</strong> (CEBDS)<br />

• Câmara Técnica (CT) Gestão<br />

do CEBDS na PVC<br />

• <strong>Abril</strong> no Caring for Climate<br />

• I Fórum geral da Agenda Ambiental<br />

• Novo Acordo Ortográfico na PVC<br />

• MS do Novo Acordo Ortográfico<br />

I Relatório Socioambiental 17


Estratégia<br />

A preocupação do Grupo <strong>Abril</strong> em atuar gerando valor, além do<br />

econômico, para toda sociedade resultou em um projeto integrado<br />

de iniciativas em prol da sustentabilidade.<br />

Surgem em 2008, os grupos de construção coletiva, <strong>com</strong>postos<br />

por funcionários de diferentes áreas que buscam, em sua rotina<br />

de trabalho, ações que possam minimizar os impactos no<br />

meio ambiente e promover benefícios sociais. O tema ganhou<br />

importância e vem sendo responsável por um movimento de<br />

mudança cultural, sem imposição, iniciado por aqueles que<br />

conhecem a <strong>Abril</strong> e escrevem sua história. Com o efeito dinâmico<br />

do desejo voluntário desses grupos de fazer a diferença, o valor<br />

da sustentabilidade passou a ser <strong>com</strong>partilhado e posto em ação<br />

através do diálogo aberto e constante.<br />

Cada frente de trabalho tem <strong>com</strong>o objetivo abrir o diálogo acerca<br />

de temas inerentes ao desenvolvimento das atividades, revisando<br />

processos e formas de pensar. Todas as ações desenvolvidas pelos<br />

grupos de trabalho são legitimadas no fórum institucional,<br />

nomeado <strong>com</strong>o Agenda Ambiental. Este fórum é presidido pela<br />

Vice-Presidência de Relações Institucionais da <strong>Abril</strong> e participam<br />

dele as lideranças de cada área. Uma vez legitimadas, as ações<br />

sobem para o Plano Corporativo de Sustentabilidade.<br />

Aberta às relações horizontais e mais igualitárias, a <strong>Abril</strong> busca na<br />

contribuição direta de seus membros a legitimidade das suas ações<br />

para a construção de novas e melhores realidades em toda a sua<br />

cadeia de negócios. A seguir são apresentadas as principais frentes<br />

de trabalho, identificadas em 2008, para atuação inicial:<br />

I Relatório Socioambiental 18


estratégia<br />

Grupos de Trabalho por Área<br />

Logística e Distribuição<br />

Processo de Liderança no setor<br />

Transportes<br />

Embalagens<br />

Retornos<br />

Suprimentos<br />

Práticas de Sustentabilidade no Fornecedor<br />

Brindes<br />

Impressos gráficos<br />

Administração Predial<br />

Gestão da Iluminação<br />

Reavaliação dos itens do prédio, na busca pela<br />

certificação LEED<br />

Gráfica / Operações industriais<br />

Processo de Liderança no setor<br />

Produção Limpa<br />

Certificação da cadeia de custódia do papel<br />

Modelo de Gestão<br />

GHG Protocol<br />

Quantificação e gerenciamento dos GEEs<br />

Marketing de Relacionamento e Eventos<br />

TI<br />

Revisão de processos em eventos e relação <strong>com</strong> stakeholders<br />

Revisão de processos e criação de programas<br />

Projeto <strong>Planeta</strong> <strong>Sustentável</strong><br />

I Relatório Socioambiental 19


estratégia<br />

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS<br />

1 GESTÃO DE IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS<br />

2 GESTÃO SUSTENTÁVEL DA CADEIA DE VALOR<br />

3 PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE<br />

4<br />

LIDERANÇA NO SETOR COM A CRIAÇÃO<br />

DE DIFERENCIAIS COMPARATIVOS<br />

LINHAS DE AÇÃO<br />

1. Comunicação institucional<br />

2. Meio Ambiente<br />

3. Condições e relações de trabalho<br />

4. Relações <strong>com</strong> investidores<br />

5. Engajamento em iniciativas externas<br />

6. Consumo e Sustentabilidade<br />

7. Inovação na construção de conhecimento<br />

8. Ampliação do diálogo <strong>com</strong> a sociedade<br />

sobre sustentabilidade<br />

I Relatório Socioambiental 20


estratégia<br />

Modelo de atuação<br />

Plano corporativo de Sustentabilidade<br />

Grupos de trabalho<br />

Fórum de diálogo<br />

Avaliação e revisão da estratégia<br />

GREENHOUSE GAS PROTOCOL<br />

O Grupo <strong>Abril</strong> passou a integrar em maio de 2008, <strong>com</strong>o membro<br />

fundador, o Programa Brasileiro GHG (Greenhouse Gas Protocol),<br />

metodologia internacional mais usada por empresas para mapear<br />

e gerenciar suas emissões de gases de efeito estufa.<br />

O Programa Brasileiro é uma ação do Centro de Estudos em<br />

Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces), em<br />

conjunto <strong>com</strong> o Ministério do Meio Ambiente, o World Resources<br />

Institute (WRI), o World Business Council for Sustainable<br />

Development (WBCSD) e o Conselho Empresarial Brasileiro para o<br />

Desenvolvimento <strong>Sustentável</strong> (CEBDS). A iniciativa conta também<br />

<strong>com</strong> o apoio financeiro da Embaixada Britânica e da agência de<br />

cooperação americana USAID.<br />

Primeira empresa brasileira de <strong>com</strong>unicação a subscrever o<br />

protocolo, a iniciativa faz parte da diversificada agenda de boas<br />

práticas em governança corporativa que a <strong>Abril</strong> desenvolve ao longo<br />

de sua história, tanto no plano editorial, quanto institucional.<br />

I Relatório Socioambiental 21


estratégia<br />

Na prática, ao aderir ao Programa, a <strong>Abril</strong> reconhece seu impacto ao<br />

meio ambiente e se propõe a introduzir mudanças em seu modo de<br />

operar que se traduzam na redução, ano a ano, de suas emissões de<br />

gases de efeito estufa. A construção coletiva das equipes, portanto,<br />

cumpre seu objetivo principal e atua <strong>com</strong>o fator capaz de criar novas e<br />

importantes realidades, tanto para o Grupo quanto para a sociedade.<br />

O primeiro inventário, publicado em 2009, apresenta dados sobre seis<br />

gases causadores do efeito estufa (CO2, SF6,PFCs, CH4, N2O e HFCs)<br />

emitidos na sede do Grupo <strong>Abril</strong>, na Gráfica e em quatro centros<br />

de logística e distribuição (três em São Paulo e um no Rio de Janeiro).<br />

Nosso Inventário Piloto pode ser encontrado, na íntegra, no canal <strong>Abril</strong><br />

no site do <strong>Planeta</strong> <strong>Sustentável</strong>:<br />

http://planetasustentavel.abril.<strong>com</strong>.br/grupoabril<br />

Emissão de Gee por escopo<br />

13.028 ton<br />

CO2e = 20%<br />

3.005 ton<br />

CO2e = 5%<br />

Escopo 1<br />

Escopo 2<br />

Escopo 3<br />

47.793 ton<br />

CO2e = 75%<br />

TOTAL: 63.826 ton CO2<br />

A previsão é de que o levantamento total seja incluído até o fim<br />

de 2009. No entanto, os resultados do Inventário Piloto, realizado<br />

em 2008, revelam um número parcial: 63 mil toneladas de CO2e,<br />

que representam cerca de 80% do total de emissões de gases de<br />

efeito estufa das operações do Grupo <strong>Abril</strong>.<br />

I Relatório Socioambiental 22


OPERAÇÕES INDUSTRIAIS<br />

O longo caminho de uma publicação, das florestas ao lixo, é o foco<br />

da atuação do Grupo de Operações Industriais.<br />

Consciente dos possíveis impactos ao meio ambiente gerados<br />

pelo grande uso de papel, a <strong>Abril</strong> busca e desenvolve práticas que<br />

os minimizem em toda a cadeia produtiva do ciclo do papel.<br />

Em julho de 2008, o Grupo <strong>Abril</strong> conquistou o selo de certificação<br />

florestal FSC (Forest Stewardship Council) que apoia o manejo<br />

florestal responsável. Após um ano, conquistou o selo PEFC<br />

(Programme for the Endorsement of Forest Certification) que<br />

reconhece processos de manejos florestais regionais, respeitando<br />

as diferenças de cada um deles. Em 2010, a intenção de <strong>com</strong>pra<br />

do Grupo <strong>Abril</strong> é que 100% do papel nacional e 83% do papel<br />

importado seja certificado, e juntos somarão 87% do papel<br />

utilizado em seu parque gráfico. Além disso, atualmente, 12%<br />

do papel utilizado são provenientes de fibras recicladas.<br />

I Relatório Socioambiental 23


operações industriais<br />

Essas certificações atestam que o papel utilizado na Gráfica<br />

é proveniente de áreas de manejo responsável de florestas, causando<br />

o mínimo impacto possível ao meio ambiente e cumprindo<br />

normas ambientais, sociais e econômicas.<br />

O manejo responsável de florestas visa manter o balanço entre<br />

o plantio e corte da madeira, protegendo as florestas nativas<br />

e a bio<strong>diversidade</strong>. Em todo o mundo, apenas 8% das florestas<br />

<strong>com</strong>erciais possuem algum tipo de certificação que garante<br />

esse processo.<br />

Certificações<br />

Às certificações ambientais, somam-se diversas ações em<br />

andamento na Gráfica do Grupo <strong>Abril</strong>, que <strong>com</strong>põem seu modelo<br />

de gestão focado em:<br />

“fazer o necessário, <strong>com</strong> o suficiente, de um jeito bom para todos”<br />

Para<br />

atender<br />

o cliente<br />

Com eficiência de<br />

recursos e afirmando<br />

os valores da <strong>Abril</strong><br />

Respeitando os interesses<br />

dos públicos envolvidos<br />

e da sociedade<br />

I Relatório Socioambiental 24


operações industriais<br />

Modelo de Gestão<br />

Coleta seletiva dos resíduos de escritório<br />

Papel e plástico destinados a instituições cadastradas do entorno<br />

Destinação para reciclagem de resíduos industriais<br />

Tratamento parcial dos gases gerados na secagem das tintas offset -<br />

Meta para 100% de tratamento<br />

Estação de Tratamento de Efluentes Industriais - ETE<br />

Projeto em vigor desde 1969<br />

Reúso da água da ETE pós-tratamento<br />

Sistema de recuperação de tolueno<br />

Reúso da água na fabricação de chapas para impressão offset<br />

Aproveitamento do calor exaurido do sistema de resfriamento dos <strong>com</strong>pressores<br />

de ar - Projeto <strong>com</strong> premiação internacional<br />

Utilização do calor da chaminé da caldeira - economia de 6% no consumo de gás natural<br />

para cada 10ºC de elevação da temperatura da água - Projeto <strong>com</strong> premiação internacional<br />

Reciclagem das aparas de papel / Sistema de captação do pó das aparas<br />

Reúso da água da Central de Recuperação de Solventes - gera vapor, evita contaminação na<br />

rede pública de esgoto e reduz o consumo de água - Projeto <strong>com</strong> duas premiações internacionais<br />

Frentes de trabalho:<br />

• PLAR (Produção Limpa Atitude Responsável) - aplicação contínua de uma estratégia<br />

econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos gráficos<br />

• Programa Brasileiro GHG Protocol - Greenhouse Gas Protocol, metodologia internacional<br />

usada para quantificar e gerenciar emissões de gases de efeito estufa<br />

• Conquista das Certificações FSC e PEFC - Forest Stewardship Council (Conselho<br />

de Manejo Florestal) e Programme for the Endorsement of Forest Certification schemes<br />

I Relatório Socioambiental 25


LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO<br />

A Treelog, responsável pela logística e distribuição na <strong>Abril</strong>, possui<br />

grupos para monitorar e buscar iniciativas e melhorias socioambientais<br />

a serem aplicadas nas frentes de trabalho de transportes, embalagens<br />

e logística reversa (retornos, devoluções e descartes).<br />

Principais pontos de melhorias levantados:<br />

Transportes<br />

Redução das emissões de CO2 através das seguintes ações:<br />

• Manutenção preventiva dos veículos<br />

• Substituição dos <strong>com</strong>bustíveis fósseis<br />

• Otimização dos roteiros e entregas<br />

• Compartilhamento de cargas<br />

I Relatório Socioambiental 26


logística e distribuição<br />

• Redução e eliminação de materiais poluentes<br />

• Descarte adequado de pneus e lubrificantes<br />

• Substituição de baterias <strong>com</strong> materiais pesados<br />

Práticas que garantam saúde e bem-estar dos motoristas<br />

Boas práticas nas relações trabalhistas nos transportes<br />

Eliminação do trabalho informal (“chapas”)<br />

Prevenção ao trabalho infantil<br />

Definição de indicadores socioambientais e econômicos<br />

para práticas junto aos fornecedores<br />

Embalagens<br />

Redução do uso de embalagens através de esquemas<br />

de menor unitarização<br />

Descarte adequado e reciclagem das embalagens<br />

Substituição de paletes one-way de madeira por paletes<br />

plásticos recicláveis (closed loop)<br />

Pesquisa de fornecedores para substituição<br />

dos sacos plásticos por biodegradáveis<br />

Logística reversa<br />

Mapeamento das entregas, retornos, destinações<br />

e descartes atuais<br />

Redução dos retornos<br />

Processo de gestão dos retornos recolhidos para melhor<br />

destinação das publicações (Em elaboração)<br />

I Relatório Socioambiental 27


logística e distribuição<br />

Atualmente, a <strong>Abril</strong> faz inventário de todos os resíduos<br />

resultantes de sua produção, buscando dar destinação<br />

adequada a cada um e, assim, minimizar seu impacto no meio<br />

ambiente:<br />

• Aparas (revistas, papelão e papel) – resultado do<br />

processo industrial<br />

Vendidas à empresa terceirizada, <strong>com</strong> certificação ISSO 14.001,<br />

que destina todas as aparas a empresa de produção de papel.<br />

• Plásticos (Strech, fita de arquear, entre outros) – resultado<br />

do processo de logística<br />

O gerenciamento dos resíduos plásticos é feito por empresa<br />

terceirizada, que encaminha o material a empresas que os<br />

transformam novamente em grãos de matéria-prima.<br />

• Ferro (sucata)<br />

Parte da sucata é encaminhada à reciclagem e outra parte é<br />

vendida no mercado.<br />

• Madeiras (paletes em desuso) – resultado do processo<br />

de distribuição<br />

São encaminhados a lavadoras industriais, licenciadas pela<br />

CETESB, para reaproveitamento.<br />

• Lixo orgânico<br />

Compactado e enviado para aterro autorizado pela prefeitura.<br />

I Relatório Socioambiental 28


SUPRIMENTOS<br />

O grupo de Suprimentos, responsável pelos materiais usados nas<br />

atividades de todo o Grupo <strong>Abril</strong>, além dos critérios econômicos,<br />

foca sua atuação no desenvolvimento de melhorias socioambientais<br />

em três frentes de trabalho:<br />

• Práticas de Sustentabilidades no Fornecedor<br />

Criação de indicadores socioambientais a serem aplicados<br />

no processo de seleção de fornecedores nos casos de revisão do<br />

mercado (sourcing) e processos de licitação. Estes indicadores<br />

integrarão os contratos e ordens de <strong>com</strong>pras firmados, priorizando<br />

fornecedores <strong>com</strong> boas práticas e incentivando a adoção<br />

de iniciativas socioambientais.<br />

!<br />

Kit escritório <strong>Abril</strong> Educação<br />

• Brindes<br />

Incentivo aos fornecedores para inovar e trabalhar <strong>com</strong> produtos<br />

de melhor perfil socioambiental. Produzindo brindes que levem<br />

em conta critérios socioambientais, a <strong>Abril</strong> pretende aumentar<br />

a oferta de produtos dentro desse perfil, <strong>com</strong> custos atrativos e um<br />

enfoque educacional.<br />

• Impressos Gráficos<br />

Otimização de processos e materiais usados e atuação na cadeia<br />

produtiva de serviços gráficos, <strong>com</strong> intuito de minimizar os impactos<br />

socioambientais que a demanda do Grupo <strong>Abril</strong> gera.<br />

Reutilização de banners e geração de renda<br />

I Relatório Socioambiental 29


MARKETING DE RELACIONAMENTO<br />

E EVENTOS<br />

O grupo passou a rever a concepção e operacionalização dos<br />

eventos de modo a minimizar o impacto no meio ambiente por<br />

meio do gerenciamento dos resíduos gerados e reaproveitamento<br />

dos materiais utilizados.<br />

Os projetos passaram a ser desenvolvidos levando em conta uma<br />

nova proposta de trabalho, na qual são considerados os interesses<br />

de diversos públicos para incentivar iniciativas socioambientais nos<br />

fornecedores e nos participantes dos eventos.<br />

Revisão no desenvolvimento de eventos<br />

I Relatório Socioambiental 30


marketing de relacionamento e eventos<br />

Além disso, são estudadas ações a serem colocadas em prática<br />

no Prêmio <strong>Abril</strong> de Publicidade, principal ação de relacionamento<br />

da Editora <strong>Abril</strong> <strong>com</strong> o mercado publicitário, para conscientizar<br />

e aumentar a visibilidade da sustentabilidade na área.<br />

Compartilhamento de cenografias<br />

Neutralização dos eventos em 2008<br />

Evento<br />

Emissões<br />

Árvores<br />

Plantadas<br />

Prêmio <strong>Abril</strong> de Publicidade 2008 6,22 40<br />

IV Estação Bem-estar e VI Concerto<br />

Bons Fluidos - 2008<br />

<strong>Planeta</strong> <strong>Sustentável</strong> - Parque<br />

do Ibirapuera<br />

Inauguração da Praça Victor Civita -<br />

Editora <strong>Abril</strong><br />

24,06 152<br />

45,17 286<br />

8,63 55<br />

Convenção Editora <strong>Abril</strong> 17,08 108<br />

Total 101,16 641<br />

I Relatório Socioambiental 31


TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO<br />

A abordagem da sustentabilidade na Tecnologia da Informação (TI)<br />

vai além do Data Center. Para reduzir o impacto ambiental causado<br />

por seus processos, ações e ciclo de vida da estrutura, o grupo estuda<br />

e implanta mudanças em duas áreas:<br />

• Comportamento: ampliar a consciência e o aprendizado sobre<br />

formas mais sustentáveis de utilizar os recursos de TI<br />

• Tecnologia e processos: reduzir o consumo de energia, economizar<br />

espaço e melhorar a qualidade dos serviços prestados<br />

Ao final de 2008, a <strong>Abril</strong> concluiu o processo de virtualização<br />

dos servidores, que resultou em 25 servidores desativados e 72<br />

virtualizados. Com isso, o grupo a<strong>com</strong>panha a evolução da tecnologia<br />

ganhando mais flexibilidade para variação de demanda e melhor<br />

aproveitamento dos custos e serviços. Do ponto de vista ambiental,<br />

o processo reduz o consumo de energia e diminui a emissão de CO2.<br />

Equipes Integradas<br />

I Relatório Socioambiental 32


A responsabilidade da <strong>com</strong>unicação<br />

Visão para o desenvolvimento sustentável<br />

do Grupo <strong>Abril</strong><br />

Todas as mudanças promovidas na cultura e estratégia da <strong>Abril</strong> pela<br />

incorporação do conceito de sustentabilidade foram motivadas pela<br />

convicção e desejo de mudar.<br />

A <strong>Abril</strong> <strong>com</strong>unica suas práticas e conquistas neste cenário <strong>com</strong><br />

o anseio de <strong>com</strong>partilhar seus valores e incentivar sua evolução.<br />

Greenhouse Gas Protocol<br />

Certificação Forest<br />

Stewardship Council (FSC)<br />

I Relatório Socioambiental 33


MS_<strong>Abril</strong> Aprovada 17/04/2007 19:54 Page 2<br />

Desde 1950 a <strong>Abril</strong> trabalha por um mundo melhor.<br />

Informando, difundindo cultura, contribuindo para o progresso<br />

da educação e da qualidade de vida, pautando sua trajetória na<br />

valorização do ser humano e suas expressões.<br />

A vocação para a informação e o conhecimento faz parte do DNA<br />

da <strong>Abril</strong> e ganha agora uma nova dimensão <strong>com</strong> a sua participação<br />

no projeto PLANETA SUSTENTÁVEL.<br />

Esta é mais uma da série de ações realizadas pela <strong>Abril</strong> ao longo de sua<br />

história a favor do desenvolvimento sustentável em todos os níveis.<br />

Quando o conceito de sustentabilidade ainda não fazia parte do<br />

cotidiano e das discussões da sociedade brasileira, a <strong>Abril</strong> deu seu<br />

primeiro grande passo de responsabilidade social criando a<br />

Fundação Victor Civita, que influenciou decisivamente na<br />

melhoria da educação básica no país. Também desenvolveu planos<br />

e disponibilizou recursos para várias iniciativas, em diferentes<br />

frentes, da preservação do meio ambiente ao reconhecimento de<br />

talentos e à promoção da cidadania.<br />

A partir de hoje, mais do que produzir conteúdo editorial, criar<br />

uma biblioteca sobre o assunto, promover fóruns e debates sobre<br />

o tema, a <strong>Abril</strong> vai mostrar, em suas revistas e no site<br />

www.planetasustentavel.<strong>com</strong>.br, idéias relevantes para essa causa.<br />

São referências que poderão contribuir para o debate, motivar,<br />

despertar consciências e gerar repercussão. Seja no universo das<br />

grandes corporações, seja no dia-a-dia de cada pessoa, o objetivo<br />

aqui é impulsionar uma grande mobilização pela sustentabilidade.<br />

Com o PLANETA SUSTENTÁVEL a <strong>Abril</strong> declara a sua<br />

preocupação <strong>com</strong> o planeta e <strong>com</strong> as futuras gerações. E coloca<br />

toda a sua força de <strong>com</strong>unicação na superação de um grande<br />

desafio: contribuir para um mundo melhor.<br />

Acesse o site www.planetasustentavel.<strong>com</strong>.br<br />

Conheça as ações da <strong>Abril</strong> pela sustentabilidade e saiba<br />

<strong>com</strong>o você também pode ser um agente transformador.<br />

MS4_202x266_Veja 13/11/2007 17:25 Page 2<br />

Escola Municipal<br />

de Educação Infantil<br />

Brigadeiro Eduardo Gomes<br />

Quem lê aprende, conhece, descobre, viaja no tempo, se diverte.<br />

Abre os olhos para o mundo e consegue até se enxergar melhor,<br />

entender o seu papel no universo. A <strong>Abril</strong> acredita nisso e investe<br />

na produção de conteúdo de qualidade. Mas não é só o que ela<br />

faz. Além de publicar centenas de títulos de revistas, livros,<br />

coleções e estar presente também na internet e na televisão, o<br />

Grupo faz questão de atuar em favor da leitura, da educação<br />

e do conhecimento por meio de projetos que multiplicam<br />

possibilidades e potencializam ainda mais a força de cada palavra.<br />

O projeto REVISTECA é um deles: consiste na doação de revistas<br />

e na formação de espaços de leitura em bibliotecas de bairros<br />

carentes e escolas da rede pública de ensino. A primeira<br />

REVISTECA foi inaugurada em 2005, na Grande São Paulo e,<br />

desde então, mais de 200 entidades participam do programa,<br />

que está presente em todos os estados brasileiros.<br />

O incentivo à leitura também é o objetivo de outras ações realizadas<br />

pela <strong>Abril</strong> e parceiros. LETRAS DE LUZ beneficia 51 municípios<br />

<strong>com</strong> oficinas de leitura, apresentações teatrais e doação de acervos<br />

literários. Na CAMPANHA DE DESARMAMENTO INFANTIL<br />

armas de brinquedo são trocadas por revistas infantis. O foco, além do<br />

estímulo à leitura, é a valorização da paz. E até os funcionários da <strong>Abril</strong><br />

entram em ação: o projeto ENTORNO atinge professores e milhares<br />

de alunos de escolas públicas, <strong>com</strong> a formação de educadores,<br />

doação de livros e a participação de voluntários da empresa em<br />

círculos de leitura e atividades <strong>com</strong> contadores de histórias.<br />

Seja também um agente transformador.<br />

A mídia da sustentabilidade<br />

Uma das principais maneiras de disseminar os conceitos de<br />

sustentabilidade na sociedade é abordar o tema nas publicações dos<br />

diversos segmentos. A Mídia da Sustentabilidade oferece este espaço<br />

para as empresas patrocinadoras do <strong>Planeta</strong> <strong>Sustentável</strong> contarem<br />

sobre suas iniciativas junto ao tema.<br />

2007:<br />

MS2_Veja 13/08/2007 15:18 Page 2<br />

A <strong>Abril</strong> juntou suas forças <strong>com</strong> grandes parceiros e mergulhou<br />

de cabeça no projeto PLANETA SUSTENTÁVEL.<br />

O que era uma boa idéia virou realidade e vem se<br />

materializando, desde abril deste ano, numa enorme<br />

campanha de mobilização pela preservação da qualidade<br />

de vida das pessoas e da natureza, hoje e no futuro.<br />

Somar forças<br />

para multiplicar idéias e atitudes<br />

em favor de um futuro melhor.<br />

Uma grande ação de <strong>com</strong>unicação.<br />

> Para ampliar a consciência sobre desenvolvimento<br />

sustentável: econômico, social, cultural e ambiental.<br />

> Para falar <strong>com</strong> milhões de pessoas em todo o país.<br />

> Para envolver 55 revistas e 33 sites <strong>Abril</strong> na produção<br />

de conteúdos diversos, na criação de uma biblioteca<br />

sobre o assunto, na promoção de fóruns e debates.<br />

Uma boa ação, por uma causa planetária.<br />

Desde o lançamento do projeto, quase 400 páginas<br />

de revistas e mais de 100 matérias foram editadas,<br />

disseminando conhecimento e propondo a reflexão.<br />

E, neste momento, muitas outras reportagens, entrevistas,<br />

resenhas de livros, fotos, ilustrações, gráficos e outros<br />

materiais estão sendo produzidos.<br />

Tudo isso <strong>com</strong> um só objetivo: atingir milhões de<br />

homens, mulheres, jovens e crianças, e impulsionar cada<br />

um deles a fazer a sua parte na construção de um planeta<br />

sustentável, inclusive você. Junte-se a nós, participe.<br />

É possível fazer muito e devemos fazer já.<br />

www.planetasustentavel.<strong>com</strong>.br<br />

Conheça as ações da <strong>Abril</strong> pela sustentabilidade<br />

e saiba <strong>com</strong>o ser, também, um agente transformador.<br />

Atuar hoje<br />

<strong>com</strong> os olhos no amanhã.<br />

Estimular o gosto pela leitura<br />

é promover a reciclagem de idéias<br />

e alternativas para a sustentabilidade.<br />

Educação, cultura, informação e entretenimento<br />

são a base do nosso negócio. Fazer <strong>com</strong> que sejam<br />

ferramentas para a construção de um mundo mais<br />

saudável, mais justo e mais feliz é o nosso ideal.<br />

www.planetasustentavel.<strong>com</strong>.br<br />

Conheça essas e outras ações da <strong>Abril</strong>.<br />

I Relatório Socioambiental 34


Museu da Sustentabilidade<br />

Contação de histórias<br />

Concertos didáticos<br />

INFORME PUBLICIT Á RIO<br />

Gerida pelo Instituto <strong>Abril</strong>, em parceria <strong>com</strong> a Subprefeitura<br />

de Pinheiros, a <strong>com</strong>unidade, o Itaú, a Even Construtora e a<br />

Petrobras, a Praça Victor Civita oferece à população um<br />

instigante <strong>com</strong>plexo de lazer, educação e cultura.<br />

Lá as atividades têm a intenção de promover a reflexão,<br />

inspirar, informar e criar um ponto de referência sobre<br />

questões ambientais e urbanas.<br />

De apresentações musicais e debates a oficinas de reciclagem<br />

e aulas de ioga, tudo o que diz respeito à qualidade de vida<br />

e ao bem-estar da <strong>com</strong>unidade tem lugar na nova praça.<br />

Cumprindo seu papel nos debates que dizem respeito aos Na <strong>Abril</strong> os primeiros passos rumo à nova ortografia<br />

interesses da <strong>com</strong>unidade, a Praça Victor Civita recebeu foram iniciados em maio deste ano, <strong>com</strong> a revisão<br />

na primeira semana de dezembro um grupo de professores<br />

de escolas do seu entorno para uma palestra sobre o de janeiro de 2009, todas as suas revistas já estarão<br />

dos livros das editoras Ática e Scipione. E, a partir<br />

Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.<br />

adaptadas às novas regras. Mas também é preciso<br />

levar a discussão à <strong>com</strong>unidade.<br />

Pensando na adaptação dos professores às mudanças<br />

ortográficas, o Grupo <strong>Abril</strong>, representado pela Fundação O evento foi o primeiro de uma programação<br />

Victor Civita, <strong>Abril</strong> Educação e Editora <strong>Abril</strong>, promoveu um maior, que deverá incluir, entre outras atividades,<br />

r d o n uma o a u semana d i - inteira de aulas e debates no O professor Francisco Marto Moura, autor de livros de português,<br />

e n c o n t r o s o b r e a s p r i n c i p a i s a l t e r a ç õ e s d o n o v o a c o<br />

t ó r i o d o Mu s e u d a S u s t e n t a b i l i d a d e - u m d o s e s p a ç início o s d do a p próximo a ç a . ano letivo.<br />

mostrou aos professores <strong>com</strong>o as novas regras afetarão o dia-a-dia na escola.<br />

<br />

<br />

<br />

a mídia da sustentabilidade<br />

2008:<br />

MS5_202x266_Veja 19/03/2008 11:42 Page 2<br />

Além de desempenhar seu papel principal - produzir conteúdo,<br />

informar e divertir - a <strong>Abril</strong> está cada vez mais envolvida em<br />

projetos que contribuem para a preservação do meio ambiente e da<br />

qualidade de vida das próximas gerações.<br />

Com palavras e atitudes,<br />

plantar um futuro verde.<br />

apresenta:<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Viveiro de mudas<br />

nativas da Fundação<br />

SOS Mata Atlântica<br />

na cidade de Itu (SP).<br />

Clickarvore<br />

Um dos mais bem-sucedidos projetos de restauração florestal do país<br />

surgiu da união das ONGs SOS Mata Atlântica e Instituto<br />

Ambiental Vidágua <strong>com</strong> o Grupo <strong>Abril</strong>. Desde sua criação, no ano<br />

2000, até hoje, mais de 13 milhões de mudas de árvores foram doadas<br />

em 9 estados do Brasil a partir da colaboração dos internautas.<br />

Você também pode fazer isso acessando www.clickarvore.<strong>com</strong>.br<br />

Praça Victor Civita<br />

Esse projeto pioneiro do Grupo <strong>Abril</strong> em parceria <strong>com</strong> a Prefeitura<br />

Municipal de São Paulo reabilitará uma área contaminada para uso<br />

público. No espaço, eventos de lazer, esporte, educação e cultura<br />

farão o visitante refletir e aprender sobre sustentabilidade.<br />

Prêmio <strong>Planeta</strong> CASA<br />

Desde 2002, a revista CASA CLAUDIA destaca projetos, ações e<br />

produtos ligados ao morar e que são ambientalmente sustentáveis.<br />

Operações industriais<br />

A Gráfica <strong>Abril</strong> há tempos mobiliza-se para reduzir e racionalizar o<br />

uso da água, dar tratamento adequado aos resíduos e utilizar de<br />

forma eficiente qualquer tipo de energia em suas operações.<br />

<br />

<br />

<br />

Esses projetos e outras ações da <strong>Abril</strong>, <strong>com</strong>o a coleta<br />

seletiva em suas dependências e a <strong>com</strong>pra de papel<br />

certificado originário de reflorestamento para suas<br />

publicações, são passos confiantes num futuro melhor.<br />

www.planetasustentavel.<strong>com</strong>.br<br />

Conheça mais sobre essas iniciativas.<br />

Seja também um agente transformador.<br />

2009:<br />

apresenta:<br />

INFORME PUBLICITÁRIO<br />

<br />

<br />

Da quantificação e gerenciamento das suas emissões de gases de efeito estufa até<br />

pequenas ações no dia a dia das suas unidades, a <strong>Abril</strong> mobiliza-se cada vez mais<br />

para melhorar a qualidade de vida: em seus processos, no entorno, nas cidades.<br />

Foi a primeira empresa brasileira de <strong>com</strong>unicação a aderir ao Programa Brasileiro<br />

GHG Protocol – Greenhouse Gas Protocol – no país porque está preocupada <strong>com</strong> seus<br />

impactos no ambiente. E mesmo sabendo que é um agente transformador –<br />

difundindo informação, educação e conhecimento sobre sustentabilidade – acredita<br />

que também deve agir cotidianamente para expandir a consciência sobre o tema.<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Entrega das Revistas<br />

A frota leve terceirizada de veículos a gasolina<br />

foi substituída por veículos a álcool e GNV.<br />

E 77% da rede de distribuidores utilizam<br />

ciclistas na entrega porta a porta.<br />

Assim, mais de 1.250 bicicletas tiram<br />

600 motocicletas das ruas todos os meses.<br />

Gráfica <strong>Abril</strong><br />

A melhoria de eficiência energética<br />

da Caldeira resultou em menor consumo<br />

de gás natural. E o uso de novas tecnologias<br />

eletroeletrônicas garante maior eficácia<br />

no consumo de energia elétrica.<br />

Datacenter<br />

A virtualização dos servidores<br />

possibilitou a economia de equipamentos<br />

e de 520 mil kWh/ano.<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

I Relatório Socioambiental 35


R$ 2,90<br />

A educação<br />

no Brasil<br />

Fundação Victor Civita<br />

Idealizada pelo fundador da <strong>Abril</strong>, Victor Civita, a Fundação que<br />

leva seu nome foi criada em 1985 <strong>com</strong> a missão de contribuir para<br />

a melhoria da qualidade da Educação Básica no Brasil. A entidade<br />

trabalha no desenvolvimento das <strong>com</strong>petências do educador da<br />

escola pública, elo fundamental na multiplicação de uma educação<br />

de qualidade no país.<br />

http://revistaescola.abril.<strong>com</strong>.br/fvc<br />

Projetos:<br />

NOVAESCOLA - NOVAESCOLA - NESCOLA - 1 - 01/12/08 - Composite - MNOVAIS - 11/11/08 21:13 - CAPA<br />

F U N D A Ç Ã O V I C T O R C I V I T A<br />

www.novaescola.org.br<br />

As expressões que o professor usa sem<br />

saber direito o que significam. Pág. 42<br />

E MAIS<br />

■ É hora de levar a garotada da pré-escola para conhecer o 1 o ano. Pág. 56<br />

■ As tendências no ensino de História. Pág. 72 ■ Conheça o projeto de formação<br />

da Escola Nota 10. Pág. 80 ■ Como não perder o controle da classe. Pág. 84<br />

Revista Nova Escola<br />

Principal iniciativa da Fundação Victor Civita, é a maior revista<br />

de educação no Brasil e seu conteúdo é focado na divulgação<br />

de informações que contribuam diretamente para a formação<br />

e o aperfeiçoamento profissional dos professores. A revista<br />

Nova Escola é hoje a segunda maior em circulação nacional.<br />

Distribuída a 200 mil escolas públicas de ensino fundamental,<br />

chegando a 100% dos municípios brasileiros, beneficia 25 milhões<br />

de alunos e tem 3,3 milhões de leitores mensais, entre professores,<br />

diretores, coordenadores e público interessado pelo tema Educação.<br />

http://www.ne.org.br<br />

I Relatório Socioambiental 36


a educação no brasil > fundação victor civita<br />

Guia VEJA na Sala de Aula<br />

Criado há dez anos, o projeto relaciona reportagens selecionadas<br />

da revista VEJA <strong>com</strong> matérias do currículo do Ensino Médio. Com isso,<br />

os assuntos estudados em sala de aula ganham perspectivas<br />

práticas e atualizadas do cenário contemporâneo.<br />

http://veja.abril.<strong>com</strong>.br/idade/saladeaula/guia/guia.html<br />

Prêmio Victor Civita Educador Nota 10<br />

Através do Prêmio, a Fundação destaca anualmente professores<br />

do Ensino Fundamental que desenvolvem os melhores trabalhos<br />

docentes, valorizando o educador e realçando para a opinião pública,<br />

sua importância na formação do futuro do país.<br />

O evento, mais famosa premiação na área de educação no Brasil,<br />

é transmitido em rede nacional e assistido por 4,2 milhões<br />

de pessoas em 14 estados brasileiros.<br />

http://revistaescola.abril.<strong>com</strong>.br/premiovc/<br />

Profissão professor<br />

Os vencedores do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10 apresentam<br />

suas premiadas práticas de ensino em uma série de programas,<br />

transmitida em rede nacional pela TV Cultura.<br />

http://revistaescola.abril.<strong>com</strong>.br/fvc/profissao-professor.shtml<br />

I Relatório Socioambiental 37


a educação no brasil > fundação victor civita<br />

Letras de Luz<br />

O programa Letras de Luz, desenvolvido em parceria <strong>com</strong> a EDP<br />

Energias do Brasil, é voltado ao incentivo à leitura <strong>com</strong>o instrumento<br />

de fomento de educação, cultura e cidadania.<br />

Desenvolvida em três vertentes - oficinas de fomento à leitura,<br />

capacitação e apresentações teatrais e doação de acervo de livros<br />

literários –, a iniciativa beneficia estudantes de 1ª à 4ª série do<br />

Ensino Fundamental em 51 municípios do Espírito Santo, Mato<br />

Grosso do Sul, São Paulo e Tocantins.<br />

http://revistaescola.abril.<strong>com</strong>.br/fvc/letras-de-luz.shtml<br />

Matemática é D+<br />

O programa Matemática é D+ tem <strong>com</strong>o principal objetivo orientar<br />

e preparar a equipe escolar para investir permanentemente<br />

na qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática.<br />

Para isso, oferece em seu site planos de aula e encartes especiais<br />

da Nova Escola sobre a matéria.<br />

http://revistaescola.abril.<strong>com</strong>.br/fvc/projetos_FVC/matematica/<br />

home.htm<br />

I Relatório Socioambiental 38


a educação no brasil > fundação victor civita<br />

Projeto Entorno<br />

Iniciado em 2006, o Projeto implementa ações culturais<br />

e educacionais de incentivo à leitura, em parceria <strong>com</strong> as Secretarias<br />

Municipal e Estadual de Educação, por meio da ampliação das<br />

bibliotecas e salas de leitura das escolas participantes <strong>com</strong> a doação<br />

de livros literários de interesse de professores e alunos.<br />

O Projeto Entorno conta <strong>com</strong> a participação de 50 voluntários da<br />

<strong>Abril</strong> e beneficia 150 educadores e 5 mil alunos de Educação Infantil<br />

e Ensino Fundamental das escolas públicas vizinhas às unidades<br />

da <strong>Abril</strong>. Ao todo, seis escolas municipais e uma estadual recebem<br />

doação de livros, participam de saraus, círculos de leitura<br />

e atividades <strong>com</strong> contadores de histórias.<br />

http://revistaescola.abril.<strong>com</strong>.br/fvc/projeto-entorno.shtml<br />

I Relatório Socioambiental 39


a educação no brasil<br />

Educar para Crescer<br />

Iniciado em 2008, o Educar para Crescer é um projeto sem<br />

fins lucrativos do Grupo <strong>Abril</strong> que tem por objetivo ampliar<br />

o conhecimento da sociedade sobre as principais questões<br />

da educação brasileira. O conselho consultivo que lidera o projeto<br />

é formado por membros da <strong>Abril</strong>, parceiros <strong>com</strong> atuação na<br />

área, representantes dos patrocinadores, e personalidades de<br />

destaque na Educação. Periodicamente, seus membros se reúnem<br />

para definir os rumos para cumprir o objetivo de transformar<br />

a educação na grande pauta nacional.<br />

São realizados fóruns semestrais sobre o tema e uma pesquisa<br />

anual que retrata a Educação no Brasil relatando pontos críticos<br />

a serem melhorados. Além disso, o Educar para Crescer é apresentado<br />

em páginas das publicações da <strong>Abril</strong> e conta <strong>com</strong> um portal<br />

na internet, <strong>com</strong> notícias, reportagens e cartilhas em prol do ensino<br />

<strong>com</strong> o objetivo de mobilizar as pessoas para a criação<br />

e desenvolvimento de ações concretas e mensuráveis na área.<br />

VOCE ˆ SABE O<br />

QUE E ´ IDEB<br />

www.educarparacrescer.<strong>com</strong>.br<br />

É um índice importantíssimo para o<br />

futuro do seu filho e do país, mas apenas<br />

15% dos brasileiros sabem o que é<br />

9 VERDADES E 1 MITO SOBRE O IDEB<br />

O Índice de Desenvolvimento da Educação<br />

1 Básica mede a qualidade do ensino público<br />

Revela se os alunos de escola pública estão<br />

2 aprendendo o que precisam na idade certa<br />

3<br />

Indica a qualidade do ensino da escola do seu<br />

filho, do seu município e do seu estado<br />

Toda escola pública tem uma nota de 0 a 10<br />

4 no IDEB. Quanto maior a nota, melhor a<br />

qualidade do ensino na escola<br />

Uma nova nota do IDEB<br />

5 é divulgada a cada dois anos<br />

O ideal seria que toda escola pública tivesse<br />

6 uma nota igual ou superior a 6<br />

O resultado mais recente do IDEB aponta<br />

7 uma média nacional de:<br />

✓ 4,2 para as séries iniciais do ensino fundamental;<br />

✓ 3,8 para as últimas séries do ensino fundamental;<br />

✓ 3,5 para as séries do ensino médio<br />

Houve uma evolução em relação à nota<br />

8 anterior do IDEB, mas não há o que<br />

<strong>com</strong>emorar. A meta é atingir nota 6 de média<br />

em 2022<br />

Toda escola pública possui uma meta individual<br />

9 no IDEB. Cobre dos governantes e diretores<br />

das instituições o cumprimento dessas metas<br />

O MITO<br />

1<br />

Quem tem filhos em escola particular<br />

não precisa saber o que é IDEB<br />

Educação pública<br />

de qualidade é<br />

responsabilidade<br />

de todos.Verifique<br />

o IDEB de sua<br />

cidade de e cobre<br />

os seus governantes<br />

Fernando<br />

Meirelles<br />

Faça <strong>com</strong>o o<br />

cineasta, divulgue<br />

as informações<br />

ao lado<br />

Confira a nota da sua cidade e da escola de seu filho em www.educarparacrescer.<strong>com</strong>.br/ideb<br />

E descubra se a qualidade da Educação da sua região vai bem!<br />

O Brasil só melhora <strong>com</strong> Educação de qualidade<br />

E você tem tudo a ver <strong>com</strong> isso<br />

Realização:<br />

I Relatório Socioambiental 40


a educação no brasil<br />

Sistema de Ensino SER<br />

Unidas as qualidades das Editoras Ática e Scipione <strong>com</strong> o suporte<br />

de informações do Grupo <strong>Abril</strong>, foi criado em 2006 o SER, sistema de<br />

ensino que busca proporcionar aos alunos uma formação inteligente<br />

que vai além da sala de aula e a<strong>com</strong>panhá-los até o Ensino Médio.<br />

Com o apoio dos melhores educadores do país, o projeto desenvolve<br />

materiais didáticos para que os professores montem sua grade<br />

de aulas, além de oferecer uma ampla gama de publicações da Ática<br />

e Scipione, líderes no mercado privado de livros. O conteúdo digital,<br />

pioneiro no mercado, e o projeto gráfico arrojado e moderno, tanto<br />

do site quanto do material apostilado, promovem<br />

a interatividade e a integração de pais, alunos e professores.<br />

Essa infraestrutura permite que os professores organizem seu<br />

programa de ensino <strong>com</strong> grande flexibilidade, apresentem<br />

temas <strong>com</strong> abordagens <strong>com</strong>pletas e proporcionem aos alunos<br />

<strong>com</strong>plementos do aprendizado em sala de aula. No último ano,<br />

a abrangência do projeto cresceu 50% , maior crescimento<br />

de sistemas de ensino do país.<br />

I Relatório Socioambiental 41


a educação no brasil<br />

Revisteca<br />

O projeto Revisteca <strong>Abril</strong> promove a doação de exemplares das<br />

publicações e a formação de espaços de leitura em bibliotecas,<br />

escolas da rede pública de ensino e espaços carentes de leitura.<br />

Idealizado pela Dinap, distribuidora de revistas do Grupo <strong>Abril</strong>, a<br />

iniciativa incentiva o hábito da leitura principalmente em crianças<br />

e jovens das populações de baixa renda.<br />

As bibliotecas e escolas participantes do projeto recebem<br />

trimestralmente, por um ano, cerca de 30 títulos diferentes<br />

entre revistas e coleções lançadas pela <strong>Abril</strong>. Até 2008, quarto<br />

ano do projeto, 244 cidades de todos os estados do país já foram<br />

atendidas, totalizando 437 unidades beneficiadas.<br />

I Relatório Socioambiental 42


a educação no brasil<br />

Desarmamento Infantil<br />

Desde 2001 a <strong>Abril</strong>, por meio de sua distribuidora, Dinap, e em parceria<br />

<strong>com</strong> diversas prefeituras, desenvolve a Campanha de Desarmamento<br />

Infantil, que promove a troca de armas de brinquedos por revistas<br />

infantis por meio das bancas cadastradas e escolas públicas.<br />

Na abertura da campanha são desenvolvidas atividades de lazer<br />

e esportes, teatro e apresentações diversas, promovida pela<br />

administração local e, ao final do evento, todas as armas de brinquedo<br />

arrecadadas são destruídas e enviadas para reciclagem.<br />

I Relatório Socioambiental 43


a educação no brasil > desarmamento infantil<br />

As escolas que apresentam melhor desempenho durante a Campanha<br />

são premiadas e o dinheiro obtido <strong>com</strong> a reciclagem é inteiramente<br />

revertido a instituições carentes do município participante.<br />

Com isso, a Campanha une importantes pontos para<br />

o desenvolvimento social do país ao <strong>com</strong>bater a violência, valorizar<br />

a paz e desenvolver entre o público infantil o hábito da leitura.<br />

Nesses oito anos, 161 cidades de todas as regiões do país já<br />

participaram da campanha, na qual mais de 550 mil armas<br />

de brinquedo foram recolhidas.<br />

I Relatório Socioambiental 44


a educação no brasil<br />

Mãos à Obra<br />

A diretoria de Relações Corporativas do Grupo <strong>Abril</strong> desenvolve<br />

desde 1999 o programa Mãos à Obra. O objetivo do programa é<br />

apoiar, divulgar e enaltecer a realização do trabalho voluntário<br />

por parte dos funcionários da empresa. Através dos meios de<br />

<strong>com</strong>unicação interna da <strong>Abril</strong>, todos os eventos e campanhas das<br />

instituições são divulgados, bem <strong>com</strong>o suas necessidades materiais<br />

e de trabalho voluntário.<br />

I Relatório Socioambiental 45


a educação no brasil<br />

Prêmio Melhores Universidades<br />

A edição especial do Guia do Estudante promove, desde 1988,<br />

o Prêmio Melhores Universidades, que avalia as melhores<br />

instituições de ensino superior do país.<br />

O Prêmio é organizado, atualmente, em 13 áreas, de acordo <strong>com</strong><br />

as características <strong>com</strong>uns a cada profissão, <strong>com</strong>o ambiente de<br />

trabalho e atividades desenvolvidas. Em 2008 foram apresentados<br />

21.367 cursos de 1.900 instituições brasileiras e apontados os 3.024<br />

melhores cursos das 509 melhores escolas.<br />

Depois de identificados, os cursos que obtiveram conceito<br />

excelente, muito bom ou bom concorrem ao Prêmio em diversas<br />

categorias, que variam ano a ano, independente da classificação.<br />

HVJB!EP!FTUVEBOUF!F!CBODP!SFBM<br />

BQSFTFOUBN<br />

Além das categorias destinadas a esses cursos, o Prêmio conta <strong>com</strong><br />

uma categoria aberta à participação de todos os cursos e instituições<br />

de ensino superior do país. A categoria aberta em 2006 foi Inovação<br />

e sustentabilidade e, nos anos seguintes, Sustentabilidade.<br />

PREMIADOS<br />

DO ENSINO SUPERIOR EM<br />

2008<br />

BT!35!NFMIPSFT!JOTUJUVJÎFT!OBT!DBUFHPSJBT;<br />

UJQP!EF!JOTUJUVJÍP!+èSFB!EF!DPOIFDJNFOUP+TVTUFOUBCJMJEBEF<br />

As instituições concorrentes preenchem um questionário no qual<br />

relatam sua mais importante realização para inserir<br />

a sustentabilidade no dia-a-dia de suas atividades, em pelo menos<br />

um dos três aspectos a seguir:<br />

I Relatório Socioambiental 46


GEPM_8889.indd 88<br />

10/3/07 4:15:22 PM<br />

a educação no brasil > Prêmio Melhores Universidades<br />

S U S T E N T A B I L I D A D E<br />

F I N A L I S T A<br />

FINALISTA<br />

PROJETO<br />

Universidade Católica de Pernambuco - Unicap<br />

Implantação do sistema integrado de<br />

destinação final dos resíduos sólidos<br />

do município do Rio Formoso (PE)<br />

Quando o lixo<br />

vira renda<br />

DIVULGAÇÃO<br />

Projeto mostra <strong>com</strong>o é possível reduzir,<br />

reciclar e reaproveitar os resíduos sólidos<br />

88 PRÊMIO MELHORES UNIVERSIDADES 2007<br />

S U S T E N T A B I L I D A D E<br />

F I N A L I S T A<br />

FINALISTA Universidade Federal Fluminense (UFF)<br />

PROJETO Desenvolvimento sustentável e gestão<br />

sustentável empresarial: uma contribuição<br />

da academia<br />

82 PRÊMIO MELHORES UNIVERSIDADES 2008<br />

O projeto melhorou<br />

o padrão de vida<br />

e de saúde da<br />

população e,<br />

ao mesmo tempo,<br />

promoveu inclusão<br />

social, trabalho<br />

e renda.”<br />

Sílvio Ferreira,<br />

coordenador do<br />

projeto da Unicap<br />

Em Itamonte (MG), foram construídas 80 fossas sépticas, cujo fluido final serve de adubo<br />

Ecoeficiência na UFF<br />

A Escola de Engenharia promove mudança<br />

curricular, novo modelo de gestão de recursos e<br />

desenvolve programa de intervenção social<br />

As alterações em direção à<br />

sustentabilidade na Escola<br />

de Engenharia da Universidade<br />

Federal Fluminense<br />

(UFF) <strong>com</strong>eçaram entre<br />

1999 e 2000. O primeiro movimento teve<br />

início no Laboratório de Energia dos Ventos,<br />

do Departamento de Energia Elétrica,<br />

que, a pedido da reitoria, implantou o Programa<br />

de Ecoeficiência na UFF, intervindo<br />

nos prédios da instituição para reduzir o<br />

consumo de energia elétrica e água, <strong>com</strong><br />

projetos desenvolvidos por alunos e professores.<br />

A redução economizou cerca<br />

de R$ 3,5 milhões, segundo as contas da<br />

universidade, e a iniciativa se converteu<br />

em um programa de pesquisa, ensino e<br />

extensão na área de ecoeficiência. Treze<br />

prédios transformaram-se em laboratórios<br />

“vivos” para a área, <strong>com</strong> a implantação<br />

dos novos sistemas sem interromper as<br />

atividades normais.<br />

Dentro do programa, houve a produção<br />

de 128 relatórios técnicos e a concessão<br />

de 50 bolsas para estagiários. Formou-se<br />

uma equipe na área de ecoeficiência e,<br />

entre outras medidas, foram instaladas 6<br />

mil luminárias eficientes (munidas <strong>com</strong><br />

refletores que aumentam a eficácia do<br />

conjunto, exigindo lâmpadas de potência<br />

menor) e interruptores de luz nas salas de<br />

aula – pois, anteriormente, todas as luzes<br />

eram acesas ao mesmo tempo. Além disso,<br />

o prédio da reitoria e o teatro da universidade<br />

receberam cerca de 200 aparelhos<br />

de ar-condicionado <strong>com</strong> tecnologia mais<br />

eficiente. Três laboratórios foram criados,<br />

entre eles o Lablux, o Laboratório de<br />

Luminotécnica, que participa do Programa<br />

Nacional de Conservação da Energia<br />

Há até bem pouco tempo, os moradores<br />

da cidade pernambucana de<br />

Rio Formoso, situada na região da<br />

Zona da Mata, a 90 quilômetros<br />

do Recife, eram obrigados a conviver<br />

<strong>com</strong> uma triste situação: a existência de um<br />

lixão a céu aberto perto de casa, para onde eram<br />

destinados, de forma inadequada, os resíduos produzidos<br />

na cidade. Além de exalar forte odor, atrair<br />

insetos e aumentar o risco de proliferação de doenças,<br />

a instalação poluía o meio ambiente e colocava<br />

em perigo o lençol freático da região. Tudo isso, no<br />

entanto, agora faz parte do passado. Um grupo de<br />

professores e alunos do curso de Engenharia Civil<br />

da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap)<br />

elaborou um sistema integrado de destinação final<br />

dos resíduos sólidos produzidos no município. O<br />

projeto ficou pronto em 2005 e transformou radicalmente<br />

a realidade de Rio Formoso.<br />

PRESERVAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO<br />

Com recursos da ordem de 3,3 milhões de reais,<br />

foram construídos, para substituir o lixão, um<br />

aterro sanitário, uma unidade de triagem para<br />

separação dos dejetos (papel, vidro, plástico, metal<br />

etc.), uma usina para reciclagem de plástico e<br />

outra para <strong>com</strong>postagem do lixo orgânico, além<br />

de um centro de educação ambiental. “O projeto<br />

melhorou o padrão de vida e de saúde da população<br />

e, ao mesmo tempo, promoveu inclusão<br />

social, trabalho e renda”, afirma o professor Sílvio<br />

Romero de Melo Ferreira, coordenador do projeto,<br />

que envolveu 11 docentes e 14 alunos da Unicap.<br />

Com a implantação do sistema foram criados 33<br />

empregos diretos <strong>com</strong> renda média líquida de 1,3<br />

salário mínimo por trabalhador.<br />

Um dos pontos-chave do projeto foi a implementação<br />

da coleta seletiva de lixo em Rio Formoso.<br />

Em conjunto <strong>com</strong> a operação da unidade<br />

de triagem e das usinas de reciclagem e <strong>com</strong>postagem,<br />

ela contribuiu para reduzir a quantidade<br />

de resíduos enviada ao aterro sanitário. “Isso<br />

aumenta consideravelmente sua vida útil, estimada<br />

em cerca de 20 anos”, garante o professor<br />

Ferreira. O centro de educação ambiental, por sua<br />

vez, desempenha papel fundamental no processo<br />

de mudança de hábitos e costumes da população<br />

em relação ao lixo do município. Os professores<br />

das redes pública e privada foram capacitados<br />

para desenvolver projetos de coleta seletiva nas<br />

escolas de Rio Formoso.<br />

PARCERIAS VARIADAS<br />

Considerado pelo governo de Pernambuco um<br />

projeto piloto na área de limpeza pública e gestão<br />

de resíduos, o sistema desenvolvido pela Unicap já<br />

levou à formação de um consórcio intermunicipal<br />

envolvendo Rio Formoso e as cidades vizinhas<br />

de Tamandaré e Sirinhaém, que estão se beneficiando<br />

da novidade. Os dois municípios foram<br />

contemplados <strong>com</strong> unidades de triagem de lixo e<br />

<strong>com</strong>partilham o aterro sanitário. A implantação<br />

do sistema só foi possível graças à participação<br />

das três esferas de governo (federal, estadual e<br />

municipal), da organização não-governamental<br />

Avina Group, <strong>com</strong> sede na Suíça, da indústria farmacêutica<br />

Hebron e da Associação Produtiva dos<br />

Assentados do Engenho Serra D’Água.<br />

A unidade de triagem de<br />

resíduos em Rio Formoso pôs<br />

fim ao lixão a céu aberto e<br />

criou empregos<br />

Elétrica (Procel), a fim de promover a racionalização<br />

da produção e do consumo<br />

de energia elétrica no país.<br />

Meio ambiente em foco<br />

A partir do ano 2000, ocorreu uma série<br />

de modificações curriculares em todas as<br />

engenharias <strong>com</strong> o ingresso de parte dos<br />

docentes em um grupo interdisciplinar<br />

dentro da universidade. Chamado Rede<br />

UFF de Meio Ambiente e Desenvolvimento<br />

<strong>Sustentável</strong>, seu objetivo principal é favorecer<br />

a interação dos diversos grupos que<br />

lidam <strong>com</strong> a questão ambiental. Disciplinas<br />

<strong>com</strong>o engenharia verde, engenharia<br />

do meio ambiente, energia alternativa e<br />

gestão ambiental na indústria tornaramse<br />

obrigatórias ou optativas, conforme o<br />

curso. “Nenhum aluno de Engenharia sai<br />

da universidade sem cursar algumas dessas<br />

disciplinas”, diz Gilson Brito Alves Lima,<br />

professor do Departamento de Engenharia<br />

de Produção e coordenador desse projeto.<br />

O interesse científico pelos temas ambientais<br />

dentro das engenharias cresceu. “Hoje,<br />

na Engenharia de Produção, temos pelo<br />

menos dez monografias de final de curso<br />

e dez dissertações de mestrado dentro da<br />

área de meio ambiente. Há dez anos, era<br />

um ou dois”, afirma.<br />

Trabalho na <strong>com</strong>unidade<br />

No campo das intervenções sociais, a<br />

escola desenvolveu, <strong>com</strong> apoio da Petrobras,<br />

o Projeto Alto Aiuruoca <strong>Sustentável</strong><br />

(Paas), de 2004 a 2007, em quatro bairros<br />

da cidade mineira de Itamonte, vizinha ao<br />

Parque Nacional de Itatiaia. Nesse período,<br />

foram construídas 80 fossas sépticas<br />

biodigestoras – cujo fluido final serve de<br />

adubo orgânico – nas casas dos moradores<br />

das <strong>com</strong>unidades, plantadas 15 mil mudas<br />

de árvores dentro do plano de recuperação<br />

de matas e nascentes e oferecidos cursos<br />

à <strong>com</strong>unidade. “Com as aulas de turismo<br />

rural, apicultura e fruticultura orgânica,<br />

fiquei mais seguro no meu trabalho”, conta<br />

o guia de turismo Tadeu José da Fonseca,<br />

de 54 anos, morador do bairro de Serra<br />

Negra, que freqüentou três dos cerca de<br />

dez cursos ministrados pelo programa.<br />

DIVULGAÇÃO/UNICAP<br />

Intervenção social<br />

Projetos conduzidos pela instituição em localidades geográficas<br />

específicas – <strong>com</strong>o <strong>com</strong>unidades, bairros e municípios – <strong>com</strong> o<br />

objetivo de promover a melhoria das condições de vida dessas<br />

populações. As ações devem gerar ou ter gerado benefícios para a<br />

<strong>com</strong>unidade, de forma direta ou indireta, e ser economicamente<br />

viáveis.<br />

Modelo de Gestão<br />

Projetos de mudança do modelo de gestão da instituição,<br />

incorporando as dimensões econômica, social e ambiental de forma<br />

integrada no processo de tomada de decisões. As ações devem<br />

produzir ou ter produzido mudanças no modelo de gestão da<br />

instituição e de sua cultura organizacional.<br />

S U S T E N T A B I L I D A D E<br />

POR UM<br />

CONHECIMENTO<br />

SUSTENTÁVEL<br />

O grande desafio das universidades é formar profissionais<br />

que façam diferença no mercado sem deixar de cuidar<br />

do meio ambiente e de promover a inclusão social<br />

Para o meio acadêmico, transformar os<br />

jovens em cidadãos focados no desenvolvimento<br />

sustentável não é opção,<br />

mas uma necessidade. Esse é o passo<br />

inicial para que o mercado do país e<br />

do globo absorva pessoas preparadas<br />

para manter a economia mundial preservando<br />

o meio ambiente e prezando a<br />

igualdade social. “Uma das primeiras discussões sobre o vínculo<br />

entre o ensino superior e a sustentabilidade foi feita<br />

há dez anos na Conferência Mundial sobre o Ensino<br />

Superior, da Unesco, que apontou a necessidade de<br />

pensar um futuro viável <strong>com</strong>o uma tendência para o<br />

século 21”, lembra o professor Dom Joaquim Giovani<br />

Mol Guimarães, reitor da Pontifícia Universidade<br />

Católica de Minas Gerais (PUC Minas).<br />

Não há <strong>com</strong>o falar ou introduzir o tema do desenvolvimento<br />

sustentável sem enfatizar que ele só existe<br />

se for levado em consideração o tripé que une aspectos<br />

econômico, ambiental e social. No ponto de vista social, a<br />

instituição deve divulgar seus conhecimentos à <strong>com</strong>unidade e<br />

conscientizá-la da importância do seu papel na produção de bens<br />

de consumo e na preservação do meio ambiente. No econômico,<br />

deve prever um retorno financeiro justo a qualquer tipo de mãode-obra,<br />

para que haja engajamento. E no ambiental, é preciso<br />

pensar em gerar receita sem prejudicar o planeta. “A universidade<br />

precisa incutir nos alunos a visão de interdependência que a sustentabilidade<br />

tem, na qual eles fornecem saberes acadêmicos para<br />

uma <strong>com</strong>unidade e recebem os conhecimentos dela em troca”,<br />

esclarece André Braun, especialista em turismo sustentável e<br />

consultor da Universidade Solidária (Unisol).<br />

Na prática<br />

Se o curso é de humanas ou de exatas, não importa. Todos,<br />

dentro de uma universidade, têm a missão de apontar soluções<br />

sustentáveis em suas áreas de atuação. Isso deve <strong>com</strong>eçar na<br />

sala de aula, <strong>com</strong> disciplinas planejadas exclusivamente para<br />

tratar da sustentabilidade, passar pelas atividades de extensão,<br />

quando os alunos colocam em prática os conhecimentos<br />

adquiridos nos estudos, e continuar na administração da instituição,<br />

no que diz respeito, por exemplo, à reciclagem do lixo<br />

e à utilização de fontes alternativas de energia.<br />

Outro desafio é qualificar os professores para<br />

atender a demanda de projetos sustentáveis que as<br />

universidades pensam em desenvolver. “O desafio<br />

agora é formar o corpo docente para conseguir<br />

colocar a teoria e a prática da sustentabilidade em<br />

todas as áreas”, afirma o reitor da PUC Minas. Essa<br />

é, sem dúvida, uma missão da área de Educação e,<br />

principalmente, das universidades.<br />

Projetos inscritos<br />

Neste ano, novo recorde foi alcançado em relação ao número<br />

de inscrições feitas pelas universidades na categoria<br />

Sustentabilidade desta quarta edição do Prêmio Melhores<br />

Universidades Guia do Estudante e Banco Real. Foram 489<br />

trabalhos de 204 instituições de ensino – no ano anterior<br />

haviam sido 389 de 153 escolas. Neles, o conceito de sustentabilidade<br />

ganhou corpo em três aspectos: nos projetos de<br />

extensão e pesquisa; nas disciplinas ou no próprio projeto<br />

pedagógico dos cursos; e no modelo de gestão. Nas próximas<br />

páginas você conhece os seis projetos finalistas – entre eles o<br />

grande vencedor da categoria – e os demais inscritos.<br />

DIVULGAÇÃO<br />

S U S T E N T A B I L I D A D E<br />

F I N A L I S T A<br />

FINALISTA Centro Universitário São Camilo-ES<br />

PROJETO Programa transdisciplinar para o desenvolvimento<br />

sustentável da <strong>com</strong>unidade quilombola de<br />

Monte Alegre (Programa Passos da Liberdade)<br />

O caxambu, ritual quilombola, faz parte da cultura da <strong>com</strong>unidade de Monte Alegre<br />

Turismo sustentável<br />

em área quilombola<br />

Projeto leva descendentes de escravos para a<br />

universidade e investe no potencial turístico da região<br />

por meio de um circuito étnico-ecológico<br />

A<br />

idéia de conceber um<br />

projeto que beneficiasse<br />

os quilombolas – descendentes<br />

de escravos – da<br />

área rural de Cachoeiro<br />

de Itapemirim, no Espírito Santo, surgiu,<br />

em 2006, da iniciativa de Leonardo Marcelino<br />

Ventura, quilombola que trabalhava<br />

<strong>com</strong> turismo rural e queria aprimorar seus<br />

conhecimentos. “Eu não tinha <strong>com</strong>o pagar<br />

a faculdade e então procurei o Centro<br />

Universitário São Camilo-ES, para ver a<br />

possibilidade de conseguir uma bolsa”,<br />

explica Ventura. O pedido veio ao encontro<br />

de algumas das idéias do professor<br />

Wellington Correia, coordenador do curso<br />

de Turismo. “Como responsável pela<br />

disciplina Turismo e Desenvolvimento<br />

<strong>Sustentável</strong>, eu já buscava estratégias pedagógicas<br />

interdisciplinares para que a turma<br />

pudesse vivenciar a questão da sustentabilidade<br />

na prática”, afirma o professor.<br />

Bolsas de estudo e inclusão<br />

Essa foi a oportunidade que o professor<br />

Correia encontrou para dar início ao<br />

Programa Transdisciplinar para o Desenvolvimento<br />

<strong>Sustentável</strong> da Comunidade<br />

Quilombola de Monte Alegre (Programa<br />

Passos da Liberdade). Depois de dez meses<br />

de negociação, não só Ventura conseguiu a<br />

bolsa, mas outras 23 pessoas da <strong>com</strong>unidade<br />

ganharam a chance de fazer a faculdade<br />

gratuitamente, nos cursos de Turismo,<br />

Pedagogia e Administração. Em 2008,<br />

outras nove pessoas também receberam<br />

o benefício. “O objetivo do programa é melhorar<br />

a qualidade de vida dos quilombolas,<br />

promovendo maior igualdade econômica,<br />

por meio da geração de empregos e renda,<br />

e da inclusão social”, diz Correia. Além da<br />

concessão das bolsas, o projeto prevê a<br />

realização de uma série de atividades na<br />

<strong>com</strong>unidade. Entre as ações que já foram<br />

desenvolvidas está a criação de um plano de<br />

turismo que atraiu mais visitantes à região.<br />

“Criamos trilhas e um roteiro em que os<br />

turistas conhecem as casas, o artesanato,<br />

a gastronomia e os rituais quilombolas,<br />

<strong>com</strong>o o caxambu”, esclarece Ventura. Com<br />

isso, o número de turistas passou de 359,<br />

em 2006, para 1.932 no ano seguinte. A<br />

expectativa é que em 2008 a região receba<br />

2 mil visitantes.<br />

Agentes transformadores<br />

A <strong>com</strong>unidade quilombola de Monte<br />

Alegre – formada por 130 famílias, que<br />

totalizam 560 moradores – também teve<br />

acesso à documentação básica. Além disso,<br />

48 pessoas voltaram a estudar e houve a<br />

inclusão digital de outros 19 moradores.<br />

Ao todo, envolveram-se no programa dez<br />

professores e 70 alunos da graduação de<br />

Turismo, História, Nutrição, Direito, Enfermagem,<br />

Administração e Sistemas de<br />

Informação. Até o final de 2008, segundo o<br />

professor Correia, serão desenvolvidas oficinas<br />

de gastronomia, teatro e dança. O curso<br />

de Biologia realizará pesquisas sobre fauna e<br />

flora na Floresta Nacional de Pacotuba, que<br />

<strong>com</strong>põe parte do território quilombola, e os<br />

alunos bolsistas de Turismo desenvolverão,<br />

junto <strong>com</strong> a <strong>com</strong>unidade, o projeto paisagístico<br />

e a sinalização turística da região.<br />

“Esse programa é uma oportunidade para<br />

os alunos se sentirem, de fato, agentes da<br />

transformação social. Eles têm vivenciado e<br />

se <strong>com</strong>prometido <strong>com</strong> a sustentabilidade da<br />

<strong>com</strong>unidade, respeitando os valores éticos,<br />

morais, históricos, étnicos e ecológicos do<br />

local”, diz o professor.<br />

Para colocar o projeto em prática, o São<br />

Camilo-ES conta <strong>com</strong> 12 parceiros, entre<br />

eles a Prefeitura Municipal de Cachoeiro<br />

de Itapemirim, a Secretaria de Estado do<br />

Turismo e o Ministério do Turismo.<br />

72 PRÊMIO MELHORES UNIVERSIDADES 2008<br />

76 PRÊMIO MELHORES UNIVERSIDADES 2008<br />

I Relatório Socioambiental 47


a educação no brasil > Prêmio Melhores Universidades<br />

Currículo acadêmico<br />

Projetos de mudança dos currículos dos cursos oferecidos pela<br />

instituição, que tenham incorporado a sustentabilidade em seus<br />

conteúdos. São considerados os projetos que produziram mudanças<br />

de conteúdo nos currículos de cursos de graduação de forma vertical,<br />

nos cursos existentes, ou horizontal, por meio da integração de<br />

disciplinas de cursos distintos, porém <strong>com</strong>plementares, privilegiando<br />

a visão integrada e sistêmica dos temas da sustentabilidade.<br />

Edição Inscritos Vencedor<br />

2006<br />

173<br />

projetos<br />

Planta piloto de módulos fotovoltaicos<br />

<strong>com</strong> tecnologia nacional/CB-Solar (PUC-RS)<br />

2007<br />

398<br />

projetos<br />

Seja qual for o seu motivo, faça um mundo<br />

<strong>com</strong> mais economia (PUC-RS)<br />

I Relatório Socioambiental 48


Pessoas<br />

que fazem a<br />

diferença<br />

Prêmio ClAudia<br />

A revista CLAUDIA foi criada há 47 anos <strong>com</strong> o ousado objetivo de<br />

ajudar a mulher brasileira a viver melhor, se realizar integralmente,<br />

conquistar seu espaço e ter reconhecido o seu fundamental e<br />

crescente papel na sociedade.<br />

O Prêmio CLAUDIA é parte integrante dessa missão e a cada ano<br />

consulta cerca de 2,5 mil formadores de opinião à procura de<br />

mulheres que, <strong>com</strong> sua inteligência, sensibilidade e imensa dedicação,<br />

conseguem melhorar a vida das pessoas ao seu redor. Na esfera<br />

pública, na iniciativa privada, no mundo das ciências e da cultura ou<br />

fazendo trabalho social, são destacadas mulheres que inspiram a<br />

todos <strong>com</strong> seu otimismo, <strong>com</strong>petência e capacidade de trabalho e<br />

trazem à tona o orgulho de ser brasileiro.<br />

I Relatório Socioambiental 49


Pessoas que fazem a diferença > Prêmio claudia<br />

Em sua 13ª edição, o Prêmio seleciona 15 finalistas, protagonistas<br />

na construção de um Brasil melhor, <strong>com</strong> o objetivo de<br />

homenageá-las pelos seus exemplos inspiradores nas mais<br />

diversas áreas do conhecimento.<br />

Atualmente, são cinco categorias premiadas: ciências, cultura,<br />

negócios, trabalhos sociais e políticas públicas. Em cada uma delas,<br />

três finalistas disputam o troféu, perfazendo um total de quinze<br />

concorrentes. Ao final são eleitas as cinco vencedoras e uma delas<br />

recebe o título de Mulher do Ano.<br />

I Relatório Socioambiental 50


Pessoas que fazem a diferença<br />

Prêmio saúde<br />

O Prêmio, criado pela revista Saúde!, avalia o trabalho dos<br />

profissionais que, dentro de laboratórios, hospitais, salas de aula<br />

e ONGs, atuam na busca pela melhoria das condições de saúde<br />

da população.<br />

Em 2008, na terceira edição do Prêmio, foram inscritos 382 trabalhos<br />

de renomadas instituições do país, avaliados pelo júri <strong>com</strong>posto por<br />

profissionais e autoridades da saúde, além dos leitores, que fizeram<br />

sua escolha no site da revista.<br />

Foram sete categorias que tiveram eleitos e reconhecidos os<br />

melhores trabalhos dentro de cada especialidade: saúde da mulher,<br />

saúde do homem, saúde mental e emocional, saúde da criança,<br />

saúde do coração, saúde e prevenção e saúde da pele.<br />

I Relatório Socioambiental 51


Apoio:<br />

Apoio Institucional:<br />

Construção<br />

e Moradia<br />

Prêmio <strong>Planeta</strong> Casa<br />

!<br />

Para dar mais visibilidade aos projetos arquitetônicos, ações<br />

e produtos que primam por minimizar os impactos no meio<br />

ambiente, a revista Casa Claudia criou, em 2001, o Prêmio <strong>Planeta</strong><br />

Casa. Referência entre arquitetos, a premiação segue critérios<br />

rigorosos que consideram a funcionalidade, o bem-estar<br />

dos funcionários envolvidos, o emprego de material reciclável<br />

e a economia de recursos naturais.<br />

<strong>Planeta</strong><br />

CASA<br />

O<br />

RONALDO FRAGA<br />

estilista e<br />

designer<br />

mineiro une<br />

cultura e<br />

natureza em<br />

seu trabalho<br />

<strong>Planeta</strong><br />

Casa<br />

Naturalmente clara<br />

Com 175 m², o loft assinado por Beto Faria e Jacqueline Rodovalho, vencedor da<br />

Por que usar ar-condicionado e acender luzes du-<br />

e bem ventilada<br />

categoria Projeto Arquitetônico, mostra que é possível unir beleza e sustentabilidade.<br />

PRÊMIO PLANETA CASA 2008<br />

Veja ações, produtos,<br />

projetos e empreendimentos<br />

imobiliários vencedores<br />

rante o dia se é possível conceber o projeto de uma<br />

casa de forma a aproveitar ao máximo a ventilação<br />

e a iluminação naturais Essa é uma das perguntas-chave<br />

do trabalho dos arquitetos Beto Faria e<br />

Jacqueline Rodovalho. “Chamo isso de conforto ambiental,<br />

um aprendizado que persigo desde a época<br />

da faculdade”, diz Faria. Nesta casa, em São Pau-<br />

SALA DE DESCANSO<br />

ECOLÓGICA<br />

O ambiente<br />

traz iluminação<br />

econômica,<br />

tecidos e<br />

tintas naturais<br />

lo, a busca aparece aliada a materiais recicláveis,<br />

<strong>com</strong>o o vidro e o aço – aplicado na estrutura da escada<br />

e do mezanino. Ora certificada, ora de demolição,<br />

a madeira foi empregada <strong>com</strong> consciência e<br />

parcimônia. Do morador, Felipe Jaeger, 22 anos,<br />

veio ainda um pedido especial, desejo antigo. “Sempre<br />

quis ter aquecimento solar para a água”, conta<br />

o jovem, para quem a sustentabilidade não é uma<br />

moda passageira. “Sinto que minha geração sabe<br />

da urgência de poupar o meio ambiente”, afirma.<br />

LOFT RENASCE<br />

DA DEMOLIÇÃO<br />

Esta construção<br />

aproveita tijolos<br />

e madeira de<br />

casas que<br />

havia no terreno<br />

Reportagem Visual ELIANA MEDINA Texto GIULIANA CAPELLO<br />

Fotos JOÃO ÁVILA Ilustrações FABIO FLAKS<br />

19 m<br />

7 m<br />

Acabamentos ecológicos. Aplicado sem tratamento, o piso de madeira<br />

foi recolhido <strong>com</strong> cuidado durante a demolição das construções que ocupavam<br />

o terreno. Tábuas de cumaru certificado pelo FSC revestem os degraus<br />

da escada do mezanino. Portas de vidro de correr (ao fundo) integram a<br />

sala ao terraço e favorecem a ventilação e a entrada de luz natural. Subsolo: 86 m 2 Térreo: 66<br />

Soluções inteligentes. Com estrutura de ferro e ripas de freijó certificado,<br />

os brises protegem da insolação as fachadas leste e oeste, o que<br />

melhora o conforto térmico da casa. Paredes caiadas mantêm o ar interno<br />

mais fresco. Os móveis são de Fernando Jaeger. A área de lazer (ao fundo)<br />

tem muro de pedra e piso permeável, que não retém a água da chuva.<br />

Material reaproveitado. Os tijolos da parede lateral também vieram<br />

da demolição que preparou o terreno para a nova obra. Recuperados, eles<br />

foram deixados aparentes e não receberam nenhum tratamento. “Além de<br />

sustentável, essa opção pela reciclagem dos materiais da antiga construção<br />

ajudou a reduzir o entulho gerado no processo”, afirma Beto Faria.<br />

I Relatório Socioambiental 52


www.casaclaudia.<strong>com</strong>.br<br />

GIULIANA CAPELLO<br />

GUSTAVO OLMOS/DIVULGAÇÃO<br />

construção e moradia > Prêmio planeta casa<br />

CASACLAUDIA - CASACLAUDIA - CCLAUDIA - 37 - 11/01/08 - Composite - CLACRETA - 20/12/07 22:14 - 01_CAD<br />

·<br />

·<br />

PELO MUNDO<br />

NOVOS<br />

HÁBITOS<br />

Quando coordenava uma marcenaria,<br />

na década de 1980, a designer<br />

Bernadete Brandão se sentia responsável<br />

pelo desmatamento. Para buscar formas<br />

de reparar esse dano, ela mergulhou<br />

em práticas ecológicas de design e conquistou<br />

este ano o IF Product Design Award<br />

<strong>com</strong> o sofá Ursa Maior. “Ecodesign é mais<br />

do que aproveitar resíduos:<br />

é trabalhar todo o ciclo do produto”, diz.<br />

Há sete anos, só <strong>com</strong>pro de fornecedores<br />

coerentes <strong>com</strong> a questão ambiental.<br />

Separo o lixo e faço a <strong>com</strong>postagem<br />

dos resíduos orgânicos.<br />

Estocolmo, na Suécia, foi uma das<br />

candidatas à sede das Olimpíadas de 2004 e,<br />

na época, planejou alojamentos verdes. Os<br />

jogos acabaram acontecendo em Atenas, mas<br />

o projeto seguiu e Hammarby se tornou um<br />

bairro <strong>com</strong> 11 mil residências e várias<br />

tecnologias limpas: o lixo orgânico vira biogás,<br />

telhados verdes captam a água da chuva<br />

e a energia solar aquece as casas. Site:<br />

www.hammarbysjostad.se.<br />

Formas brutas<br />

Mangueiras, angicos-ferro e outras árvores tombadas naturalmente<br />

nas redondezas de Cuiabá são recolhidas pela<br />

designer L a r a M a t a n a e t r a n s f o r m a d a s e m v a s o s , b a n c o s ,<br />

pratos e esculturas. As peças chamam a atenção pelo visual<br />

ao mesmo tempo forte e elegante, resultado de um trabalho<br />

cuidadoso em sua marcenaria. Ali, as toras brutas<br />

podem permanecer meses e até anos à espera da dose<br />

certa de inspiração da artista. “Tenho receio de interferir<br />

de maneira errada na madeira. Por isso, tento adivinhar a<br />

vocação de cada uma”, revela. A fruteira da foto custa 440<br />

reais. Tel. (65) 3611-5509. www.laradonatonimatana.<strong>com</strong>.<br />

planetacasa<br />

Protótipos ecológicos<br />

Você imagina <strong>com</strong>o serão os eletrodomésticos em 2020 Essa foi a pergunta<br />

feita pelo Electrolux Design Lab, um concurso que este ano premiou projetos<br />

sustentáveis de estudantes. Uma das vencedoras foi a e-Wash (foto).<br />

A lavadora do húngaro Levente Szab usa nozes no lugar de sabão<br />

convencional. Entre os finalistas, o brasileiro João Schimansky inventou<br />

um chuveiro que consome só 2 litros de água em cinco minutos de banho.<br />

Mais informações: www.electrolux.<strong>com</strong>/designlab.<br />

CASA CLAUDIA Jan’ 2008 37<br />

A maior revista brasileira dedicada ao mercado de arquitetura<br />

concede o prêmio às seguintes categorias: ação social, produtos<br />

(decoração / eletrodomésticos), produtos (materiais de construção),<br />

projeto arquitetônico, design de interiores/mostras de decoração,<br />

projeto de produto desenvolvido por estudantes<br />

e empreendimentos imobiliários.<br />

Desde sua primeira edição, já foram inscritos e avaliados 1.100<br />

trabalhos de empresas, organizações não-governamentais,<br />

arquitetos, engenheiros, designers de interiores, construtoras<br />

e incorporadoras.<br />

Detalhes <strong>com</strong>o<br />

esta rebaixo foram<br />

planetacasa<br />

Disponível<br />

em 14 padrões<br />

de madeira<br />

e oito cores,<br />

o Tamburato<br />

Eucatex é<br />

<strong>com</strong>prado em<br />

chapas de 2,70 m<br />

x 58 cm, que<br />

custam a partir<br />

de 65 reais.<br />

}<br />

Inscrições abertas<br />

PRÊMIO PLANETA CASA 2008<br />

}<br />

Criado em 1999, o Programa<br />

Nacional de Coleta e Destinação<br />

de Pneus Inservíveis já recolheu<br />

mais de 150 milhões<br />

de unidades. Recicladas,<br />

transformadas em <strong>com</strong>bustível<br />

ou misturadas ao asfalto,<br />

780 mil toneladas de borracha<br />

deixaram de ir para os aterros graças<br />

aos 283 pontos de coleta,<br />

que podem ser consultados<br />

em www.reciclanip.<strong>com</strong>.br.<br />

<strong>Planeta</strong><br />

Casa<br />

iluminados por meio<br />

de uma fita adesiva<br />

<strong>com</strong> leds da Osram.<br />

Mais eficientes<br />

e duráveis do que<br />

as lâmpadas <strong>com</strong>uns,<br />

gastam até 80%<br />

menos energia.<br />

Opção que aumenta<br />

a umidade relativa<br />

do ar, a tinta à base<br />

de terra crua<br />

da Primamatéria<br />

é livre de <strong>com</strong>postos<br />

orgânicos voláteis,<br />

prejudiciais à saúde.<br />

Além de oferecer<br />

maior conforto acústico,<br />

a <strong>com</strong>posição especial<br />

do forro de gesso<br />

Cleaneo, da Knauf,<br />

absorve e neutraliza<br />

partículas nocivas<br />

e odores que podem<br />

estar presentes<br />

no ambiente.<br />

O uso consciente da<br />

madeira é um destaque<br />

do projeto: o painel,<br />

o deque e a prateleira<br />

são de lyptus, e a<br />

estante, de Tamburato<br />

Eucatex, ambos<br />

certificados pelo FSC.<br />

Nas banquetas, madeira<br />

de demolição.<br />

3,10 m<br />

CASACLAUDIA - CASACLAUDIA - CCLAUDIA - 48 - 08/08/08 - Composite - CLACRETA - 28/07/08 15:32 - 01_CAD<br />

Economia de madeira<br />

Menos madeira <strong>com</strong> o mesmo visual e desempenho. Essa intenção<br />

guiou a elaboração do Tamburato Eucatex, um dos vencedores da cat<br />

e g o r i a M a t e r i a i s d e C o n s t r u ç ã o d o P r ê m i o P l a n e t a C a s a 2 0 07. O p a i n e l<br />

e str utural te m miolo de papel re ciclado e ex te rior de madeira ce r tificada<br />

pelo FSC, em folhas de apenas 7 mm de espessura. A fix a ç ã o é f e i t a<br />

<strong>com</strong> um adesivo à base de água. “Conseguimos economizar matériaprima<br />

e ainda nos livramos das emanações químicas típicas de outras<br />

colas”, explica Andréa Krause, gerente de marketing da fabricante Eucatex<br />

(SAC 080 0 -17210 0). “Mais do que um incentivo, iniciativas <strong>com</strong>o<br />

o <strong>Planeta</strong> Casa são aliadas na mudança de hábitos do consumidor.”<br />

Coleta seletiva<br />

48 C ASA C LAUDIA Ago ’ 2008<br />

Com cores diferentes para cada<br />

material, os cestos de 14 litros, 24 cm<br />

de diâmetro e 39 cm de altura, têm<br />

tampa do tipo vai-e-vem. Cada um<br />

custa 23 reais na Casa das Lixeiras.<br />

Tel. (11) 2081-4229, São Paulo.<br />

O conjunto de lixeiras plásticas<br />

coloridas de 12 litros de capacidade<br />

sai por 50 reais. Sem tampa, os<br />

modelos de 20 x 15 cm e 40 cm de altura<br />

estão à venda na Papelaria Blitz.<br />

Tel. (11) 4054-2909, São Paulo.<br />

COMO DESCARTAR... BOA NOTÍCIA!<br />

Canetas de todos<br />

os tipos podem, sim,<br />

ser recicladas quando<br />

a carga chega ao fim.<br />

Como em qualquer<br />

outro produto, separe<br />

no lixo os modelos<br />

pelo material – plástico,<br />

metal ou papel. Uma<br />

boa opção é <strong>com</strong>prar<br />

as recarregáveis, que<br />

permitem substituir<br />

apenas o refil de tinta.<br />

Quatro <strong>com</strong>partimentos dividem o<br />

mesmo espaço interno da Recicla Fácil<br />

4 x 1, vencedora do Prêmio <strong>Planeta</strong><br />

Casa 2007. Com 55 x 36 cm e 45 cm<br />

de altura, vale 108 reais na Casa<br />

e Loja. Tel. (11) 3477-3939, São Paulo.<br />

Feita de aço inox <strong>com</strong> tampas de<br />

PVC, a peça da Kaza Metais separa<br />

o lixo reciclável do orgânico. Cada<br />

cesto <strong>com</strong>porta 6 litros. Mede 24 x<br />

27 cm e 24 cm de altura e custa 237<br />

reais. Tel. (11) 3816-3665, São Paulo.<br />

Decoração saudável<br />

Ao criar esta sala de descanso para a mostra Campinas Decor 2008, as arquitetas<br />

Juliana Boer e Maira Del Nero privilegiaram materiais ecológicos e menos nocivos<br />

à saúde e neutralizaram o carbono emitido na montagem <strong>com</strong> o plantio<br />

de árvores. Assim, venceram o Prêmio <strong>Planeta</strong> Casa de Design de Interiores.<br />

Com espessura<br />

de apenas 2 mm, o<br />

revestimento cimentício<br />

Tecnocimento,<br />

da NS Brazil, dispensa<br />

juntas de dilatação<br />

e pode ser aplicado<br />

sobre outros pisos<br />

sem gerar entulho.<br />

Alimentada a gás,<br />

a lareira não produz<br />

fumaça. Foi construída<br />

sobre uma base<br />

feita de placa<br />

cimentícia Fulgê,<br />

da Braston, produzida<br />

em fôrmas que secam<br />

naturalmente sem<br />

o uso de fornos.<br />

Texto<br />

Fotos<br />

Na decoração, apenas<br />

materiais naturais:<br />

almofadas de seda<br />

(O Casulo Feliz) e fibra<br />

de bananeira (Divinas)<br />

e pufe de fios de<br />

bambu (Zizi Maria).<br />

O Biofuton (Lo<strong>com</strong>otiva<br />

Eco Juta) tem recheio<br />

de algodão orgânico.<br />

5,70 m<br />

I Relatório Socioambiental 53


!<br />

construção e moradia<br />

Fórum Nacional da<br />

Sustentabilidade da Construção<br />

A <strong>Abril</strong>, por meio da revista Arquitetura & Construção,<br />

ampliou a qualidade das discussões sobre os rumos<br />

da construção civil no Brasil ao criar, em 2005, o Fórum Nacional<br />

da Sustentabilidade da Construção.<br />

A proposta é proporcionar um espaço democrático e plural que<br />

reúna anualmente os empresários mais atuantes do segmento.<br />

No Fórum são discutidas ações de sustentabilidade social,<br />

econômica e ambiental na área de habitação.<br />

Na edição de 2008, o Fórum abordou desde a questão dos<br />

deslocamentos das moradias para as regiões periféricas das<br />

metrópoles, até as atuais estratégias de <strong>com</strong>ercialização<br />

de imóveis e instrumentos para aferição das demandas.<br />

I Relatório Socioambiental 54


A Cultura<br />

Brasileira<br />

Teatro <strong>Abril</strong><br />

No ano de 2000 a <strong>Abril</strong> iniciou as reformas de um dos mais antigos<br />

teatros de São Paulo, o ex-Teatro Paramount, inaugurado nos anos 20<br />

e que já abrigou históricos festivais de música até ser destruído por<br />

um incêndio em 1969.<br />

Completamente transformada, a sala, que passou a contar <strong>com</strong> 1.533<br />

lugares, foi reprogramada para ser palco de grandes musicais seguindo<br />

os padrões dos principais teatros da Broadway e do West End.<br />

Em apoio à cultura no país e ao movimento de revitalização do centro<br />

da cidade, a <strong>Abril</strong> dá nome ao teatro que hoje recebe importantes<br />

apresentações e espetáculos.<br />

I Relatório Socioambiental 55


a cultura brasileira<br />

Concerto Bons Fluidos<br />

e Estação Bem-Estar<br />

Anualmente, desde 2003, a Revista Bons Fluidos promove<br />

o Concerto Bons FluIdos em prol da cultura e do bem-estar<br />

da população brasileira. O evento reúne artistas da música<br />

popular brasileira e orquestra.<br />

I Relatório Socioambiental 56


a cultura brasileira<br />

Além disso, na Estação Bem-Estar, são oferecidas palestras,<br />

workshops e aulas de ioga aos visitantes do Parque Ibirapuera.<br />

Em 2008, nos três dias de evento, mais de 5 mil pessoas<br />

participaram das 19 palestras, usufruíram do lounge da estação<br />

e prestigiaram o concerto.<br />

I Relatório Socioambiental 57


o jovem<br />

mtv<br />

A MTV foi criada em 1990 e, desde então, tornou-se um importante<br />

veículo de conscientização do jovem brasileiro. Grande parte da<br />

programação da emissora é dedicada a assuntos relacionados à<br />

responsabilidade social e à saúde, além de dias temáticos ligados<br />

a assuntos polêmicos <strong>com</strong>o drogas, abuso sexual, trabalho infantil,<br />

violência, desemprego, poluição, Aids e eleições.<br />

Ao longo do ano, são exibidos programas musicais, produzidos pela<br />

MTV Internacional, <strong>com</strong> o <strong>com</strong>promisso de divulgar temas de ação<br />

global <strong>com</strong>o o Live 8 (<strong>com</strong>bate à fome na África), World Aids Day e os<br />

Staying Alive Concerts (prevenção ao HIV).<br />

Também são produzidas campanhas de conscientização e<br />

mobilização dos jovens sobre temas de responsabilidade social e<br />

sustentabilidade, veiculadas na emissora, revista e site da MTV:<br />

I Relatório Socioambiental 58


o jovem > mtv<br />

Preservar o <strong>Planeta</strong> Começa em Casa: série de minidocumentários<br />

especiais sobre meio ambiente e iniciativas para preservá-lo e<br />

minimizar o impacto do dia-a-dia na natureza.<br />

Pacto MTV: miniprogramas e vinhetas de campanhas sobre os<br />

principais problemas da Infância e da Adolescência no Brasil <strong>com</strong><br />

base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).<br />

Tome conta do Brasil: programa sobre meio ambiente e consumo<br />

sustentável que questiona os jovens nas ruas sobre sua consciência<br />

e atitudes em relação ao tema, além de apresentar exemplos de<br />

cidadania no Brasil e no mundo.<br />

I Relatório Socioambiental 59


o jovem > mtv<br />

MTV Pública: campanhas nos intervalos <strong>com</strong>erciais, boletins na<br />

programação e eventos para a conscientização social dos jovens.<br />

Dossiê MTV: resultado de pesquisa realizada todos os anos que<br />

levanta os hábitos de jovens das classes A e C, de 12 a 30 anos.<br />

Em 2008, um dos principais temas foi meio ambiente e os dados<br />

levantados foram alarmantes: seis entre dez jovens brasileiros não<br />

sabem dizer o que é sustentabilidade.<br />

A percepção desse cenário reforça a responsabilidade da <strong>Abril</strong> e dos<br />

demais grupos de <strong>com</strong>unicação do Brasil em disseminar conteúdos<br />

relevantes para a formação do jovem e conscientização sobre o tema.<br />

I Relatório Socioambiental 60


o jovem<br />

Projeto Mundo Jovem<br />

Em 2008 a <strong>Abril</strong> iniciou o Projeto Mundo Jovem, voltado a um total<br />

de 100 colaboradores dos cargos de Menor Aprendiz, Jovem Cidadão<br />

e Aprendizes do SENAI, e elaborado a partir da análise das demandas<br />

sociais e problemáticas apresentadas pela população jovem, tais<br />

<strong>com</strong>o gravidez precoce, sexualidade, conflitos familiares, carência<br />

financeira e dificuldade de integração à realidade organizacional.<br />

O objetivo do projeto é contribuir para a formação profissional,<br />

social e familiar desse público, por meio de um espaço de discussão<br />

e reflexão de seu papel no contexto organizacional, familiar e pessoal,<br />

por meio de workshops e a<strong>com</strong>panhamento social, de modo<br />

a contribuir para sua formação profissional, social e familiar, para<br />

que possam agir integrados e de maneira atuante na sociedade.<br />

I Relatório Socioambiental 61


1.<br />

Quase metade desta<br />

edição é de reportagens<br />

sobre sustentabilidade.<br />

Este selo identifica<br />

quais são elas.<br />

1. Alessandra Kalko 2. Dulla<br />

2.<br />

o jovem<br />

Edição verde da Superinteressante<br />

[AGORAESCUTA]<br />

Em 2007, ano em que <strong>com</strong>pletou 20 anos, a revista<br />

Superinteressante, desde sempre engajada nas questões<br />

ambientais, decidiu explicitar o seu <strong>com</strong>prometimento <strong>com</strong> o tema<br />

e dedicar sua 247ª edição a uma “Edição Verde”.<br />

SUPER - SUPER - SUPER - 14 - 12/12/08 - Composite - ASAMBUGARO - 28/11/08 23:17 - 01_CAD<br />

Nosso quintal<br />

Quando a <strong>Abril</strong> lançou o projeto <strong>Planeta</strong> <strong>Sustentável</strong>,<br />

em 2007, imaginava que não poderia dar Enquanto a direção da <strong>Abril</strong> se movimentava <strong>com</strong><br />

Mas a parte mais legal da história vem agora.<br />

contribuição melhor ao ambiente do que colocá-lo ações que vinham lá do alto, funcionários faziam<br />

em debate nas revistas da casa. Apresentar diferentes<br />

pontos de vista, mostrar os fatos, produzir fazer para tornar seu trabalho sustentável. Gente<br />

o movimento inverso. E se perguntavam o que<br />

edições <strong>com</strong>o esta SUPER verde, dedicada à sustentabilidade.<br />

E assim permitir a você, leitor, formar percebeu que poderia trocar motoboys por bikeboys<br />

<strong>com</strong>o a Georgia Barcellos, que organiza eventos e<br />

sua opinião, decidir <strong>com</strong>o agir. Era uma aposta no para distribuir convites. Ou o Daniel Fernandes,<br />

efeito multiplicador das boas idéias.<br />

engenheiro na gráfica, que desenvolveu um processo<br />

para reutilizar a água <strong>com</strong> solvente que so-<br />

A tese se mostrou acertada. Tão acertada que<br />

a própria editora foi a primeira a sentir seu impacto.<br />

E o resultado é que 2008 acaba <strong>com</strong>o um ano transportes, levantou suas emissões de CO 2 . Depois,<br />

bra das impressões. Reginaldo Tiossi, do setor de<br />

transformador para a <strong>Abril</strong>, que deu novos e importantes<br />

passos sustentáveis. Talvez você aí de São Paulo <strong>com</strong> uma frota leve movida a gás.<br />

<strong>com</strong>eçou a reduzi-las. Hoje, ele faz entregas em<br />

fora não tenha percebido, mas esta é primeira boa Era tanta gente se mexendo que daí nasceu um<br />

notícia: as mudanças foram motivadas pelo desejo<br />

de mudar, não de fazer propaganda. “O que fa-<br />

pessoas que fazem porque querem, não porque o<br />

grupo, batizado de Agenda Ambiental. Ali estão<br />

zemos, fazemos por convicção”, diz Sidnei Basile, chefe mandou. A idéia da Agenda é trocar idéias.<br />

vice-presidente de Relações Institucionais. Na lista<br />

dessas convicções, está a assinatura do GHG ples, <strong>com</strong>o melhorar a coleta reciclável no prédio<br />

E depois tentar implementá-las. Valem ações sim-<br />

Protocol, documento firmado por corporações que da <strong>Abril</strong>. Ou ousadas, <strong>com</strong>o encontrar um jeito de<br />

se <strong>com</strong>prometem a mapear e reduzir suas emissões embalar as revistas <strong>com</strong> plástico biodegradável.<br />

de gases de efeito estufa. Também está a certificação<br />

de que o papel utilizado pela gráfica vem de pelos corredores desta empresa. Talvez você pos-<br />

É inspirador saber que pessoas assim circulam<br />

florestas sustentáveis. E a inauguração da praça sa fazer o mesmo no seu trabalho, na faculdade.<br />

Victor Civita, que revitalizou uma área paulistana Porque 2009 está logo ali. E tomara que você também<br />

faça dele um ano transformador!<br />

onde antes funcionava um lixão tóxico.<br />

14 | SUPER | DEZEMBRO | 2008<br />

Sérgio Gwercman<br />

Redator-chefe<br />

sgwercman@abril.<strong>com</strong>.br<br />

A principal ferramenta para impactar seus leitores foi a troca<br />

da tradicional moldura vermelha da capa por uma moldura verde.<br />

Segundo Sérgio Gwercman, redator-chefe da Superinteressante,<br />

o objetivo da edição “é fazer barulho mesmo. (...) Queremos ampliar<br />

o número de pessoas atingidas por esta mensagem.”.<br />

ENFIM!<br />

UM CARRO ELÉTRICO QUE<br />

PRESTA. E ELE CORRE<br />

MAIS QUE UMA FERRARI.<br />

TRAUMAS DE<br />

GUERRA<br />

Eles foram treinados para<br />

matar. Agora sofrem<br />

para continuar vivendo.<br />

E d i ç ã o 2 4 7 - 1 5 d e z / 2 0 0 7<br />

R$ 9,95<br />

Edição 260 - 12 dez / 2008<br />

R$ 9,95<br />

SUPER - SUPER - SUPER - 1 - 14/12/07 - Composite - MSANO - 04/12/07 15:58 - CAPA<br />

QUEM GANHA COM O<br />

AQUECIMENTO<br />

GLOBAL<br />

P. 66<br />

A LUTA<br />

PELA POSSE DO<br />

ARTICO<br />

´<br />

P. 25<br />

ONDE ANDA O LADO<br />

ECOLOGICO ´<br />

DE GABEIRA<br />

P. 21<br />

SEJA VERDE<br />

SEM SER<br />

CHATO<br />

P. 58<br />

UMA VIAGEM<br />

AO FUNDO DO<br />

MAR<br />

P. 34<br />

SUPER - SUPER - SUPER - 1 - 12/12/08 - Composite - ASAMBUGARO - 28/11/08 21:37 - CAPA<br />

CIDADES E SE NÃO ARQUEOLOGIA POR QUE A O QUE FAZER COM<br />

A ` PROVA DE EXISTISSE NUMA LATA METEOROLOGIA A POLUIÇAO ˜<br />

DESASTRES MONOGAMIA DE LIXO ERRA TANTO ESPACIAL<br />

P. 68 P. 56 P. 74<br />

P. 48<br />

P. 34<br />

2007 2008<br />

I Relatório Socioambiental 62


CAPA_MATERIAS.indd Sec1:6-Sec1:7 04.12.07 13:11:11<br />

CAPA_MATERIAS.indd Sec1:4-Sec1:5 04.12.07 13:10:56<br />

o jovem > Edição verde da Superinteressante<br />

As tecnologias limpas vão gerar dinheiro de<br />

uma maneira que fará o boom do Vale do Silício<br />

dos anos 90 parecer brincadeira de criança.<br />

Além da moldura, <strong>com</strong>o ferramenta de impacto, a manchete também<br />

teve a mesma função: “A última chance de salvar a Terra”.<br />

A convocação para o engajamento na causa de “salvar a Terra”<br />

era a mensagem principal da Super a seus leitores.<br />

muita energia para a transformação da planta em<br />

álcool. Pior ainda é a situação do milho, bastante<br />

utilizado para obtenção de etanol nos EUA, que,<br />

de acordo <strong>com</strong> algumas pesquisas, consome mais<br />

energia para ser produzido do que é capaz de gerar.<br />

Além disso, o milho também é utilizado <strong>com</strong>o <strong>com</strong>ida,<br />

e seu emprego <strong>com</strong>o <strong>com</strong>bustível fez o preço<br />

de alguns produtos alimentícios dobrar no último<br />

ano no mercado americano, atual maior produtor<br />

e consumidor do cereal.<br />

A solução, então, poderia estar na obtenção de<br />

álcool a partir da quebra da molécula de celulose,<br />

presente em todas as plantas. Enzimas ou bactérias<br />

geneticamente modificadas podem dar conta de<br />

processar a celulose e transformar o açúcar obtido<br />

em energia, <strong>com</strong> uma eficiência 84% maior que o<br />

álcool de cana. Lee Lynd, professor da Universidade<br />

de Dartmouth e um dos pioneiros nesse tipo de<br />

pesquisa, disse à revista Wired que “em 5 anos todas<br />

as questões que dificultam a conversão de biomassa<br />

de celulose em etanol serão resolvidas”, desde que<br />

o dinheiro seja investido em pesquisas. Em vez da<br />

cana-de-açúcar ou do milho, a matéria-prima seria<br />

a switchgrass, uma gramínea muito <strong>com</strong>um nos EUA<br />

que pode ser plantada até em terrenos rochosos, e<br />

em praticamente qualquer clima. De olho no futuro,<br />

a British Petroleum (BP), uma das bilionárias<br />

empresas européias exploradoras de petróleo, doou<br />

US$ 500 milhões a um programa de pesquisa sobre<br />

álcool vindo de celulose.<br />

A força do vento e do sol<br />

Há pelo menos 20 anos a energia solar é chamada<br />

de energia do futuro. O problema é que no processo<br />

utilizado até agora – em que células semicondutoras<br />

de silício absorvem parte da luz solar – há pouco<br />

aproveitamento de energia de fato, e ela funciona<br />

melhor quando usada imediatamente (<strong>com</strong>o em<br />

uma calculadora movida a luz solar, por exemplo).<br />

Por enquanto, a energia solar se mostrou inviável<br />

para produção em larga escala. As células são espessas,<br />

caras e ocupam muito espaço – além de só<br />

gerar eletricidade durante o dia.<br />

Cientistas da Universidade do Novo México<br />

(EUA) estão usando nanotecnologia para criar<br />

uma espécie de filme que têm células captadoras<br />

de energia solar que são tão finas que podem ser<br />

aplicadas <strong>com</strong>o tinta, reduzindo o espaço necessário<br />

para implantação de um sistema assim. Outra<br />

tentativa, que fica pronta em 2013, é a de usinas<br />

solares na Espanha. Serão utilizados 624 espelhos<br />

para refletir a energia solar e aquecer água. O sistema<br />

funciona <strong>com</strong>o uma termoelétrica <strong>com</strong>um: o<br />

vapor da água quente movimenta as turbinas, que<br />

geram eletricidade. O sistema abastecerá as 180<br />

mil casas de Sevilha e será projetado para atender<br />

outras cidades européias.<br />

14%<br />

TRANSPORTE<br />

O desafio agora<br />

é fazer veículos<br />

que andem mais<br />

<strong>com</strong> menos<br />

<strong>com</strong>bustível. A<br />

União Européia<br />

estabeleceu que<br />

todos os carros<br />

<strong>com</strong>prados<br />

no continente<br />

têm de fazer no<br />

mínimo 18 km/l<br />

a partir de 2012.<br />

O governo dos<br />

EUA já oferece<br />

dinheiro a<br />

quem <strong>com</strong>prar<br />

carros híbridos<br />

(que funcionam<br />

a gasolina e<br />

eletricidade<br />

e consomem<br />

menos).<br />

AGRICULTURA<br />

A ONU estima<br />

que 30% da terra<br />

habitável no<br />

mundo é usada<br />

para a pecuária. O<br />

grande problema<br />

é que os bovinos<br />

soltam de 300<br />

a 500 litros de<br />

metano por<br />

dia. Cientistas<br />

do Reino Unido<br />

estudam novas<br />

substâncias para<br />

a alimentação<br />

das ovelhas que<br />

podem diminuir<br />

em até 70% suas<br />

emissões de<br />

metano.<br />

A energia eólica parece tão atraente quanto a<br />

solar. Afinal, vento para movimentar as turbinas é<br />

algo que não falta. Mas o seu potencial é bem maior<br />

para grande escala (cidades, por exemplo) do que<br />

a solar. Nos últimos anos, alguns países europeus<br />

<strong>com</strong>eçaram a investir mais pesado na tecnologia e<br />

construir imensos <strong>com</strong>plexos. A Alemanha já gera<br />

30 GW de energia <strong>com</strong> suas turbinas, mais que o<br />

dobro da capacidade de Itaipu, ainda a maior hidrelétrica<br />

do mundo. O problema da eólica Algumas<br />

horas venta muito, outras nada. O desafio está em<br />

armazenar o excesso de energia.<br />

Enquanto as fontes de energia 100% limpas não<br />

são adotadas, uma boa idéia é renovar as velhas usinas.<br />

As termoelétricas de carvão, que são as maiores<br />

responsáveis pela poluição do setor energético,<br />

podem ser reformuladas. Dois novos sistemas estão<br />

em teste: um que transforma o carvão em uma espécie<br />

de gás – diminuindo a fumaça no processo – e<br />

outro que basicamente posiciona as chaminés voltadas<br />

para depósitos de água subterrâneos, fazendo<br />

<strong>com</strong> que a poluição não vá para a atmosfera.<br />

As usinas nucleares, que por quase 20 anos foram<br />

demonizadas pelos ambientalistas, <strong>com</strong>eçaram<br />

a ser novamente vistas <strong>com</strong> bons olhos pelos<br />

governos – basicamente porque conseguem gerar<br />

muita energia em um espaço pequeno e sem produzir<br />

nenhum gás do efeito estufa. A questão da<br />

segurança avançou bastante – é improvável hoje<br />

que aconteçam acidentes <strong>com</strong>o o que atingiu a<br />

cidade ucraniana de Chernobyl, em 1987 –, mas<br />

o maior problema ainda é o que fazer <strong>com</strong> o lixo<br />

atômico, altamente radioativo. Há alternativas: o<br />

Japão já recicla o urânio utilizado <strong>com</strong> cada vez<br />

mais eficiência. O Brasil, que gera mais de 70%<br />

da sua energia a partir de hidrelétricas, uma fonte<br />

um tanto limpa em <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> as demais,<br />

também pode melhorar neste campo. Um estudo<br />

da USP mostra que a troca de turbinas nas usinas<br />

<strong>com</strong> mais de 20 anos pode aumentar a geração de<br />

energia em 8%, evitando assim a necessidade de<br />

construção de novas plantas.<br />

É possível que, <strong>com</strong> tanto dinheiro sendo investido<br />

e a necessidade de geração limpa de energia,<br />

uma tecnologia de fato inovadora venha à tona e<br />

mude os paradigmas. Baterias de hidrogênio para<br />

armazenar energia estão cada vez mais próximas<br />

da realidade dos dias de hoje.<br />

Do Japão vem mais um experimento: lá já se utiliza<br />

a diferença de temperatura das águas do o ceano<br />

para movimentar turbinas. Funciona mais ou menos<br />

assim: a água quente da superfície é puxada<br />

para uma câmara de alta pressão, de onde se tira<br />

vapor. Do outro lado, circuitos puxam a água quase<br />

congelada do fundo. O encontro das duas águas faz<br />

o vapor se condensar rapidamente, movimentando<br />

turbinas que geram eletricidade.<br />

Para dar continuidade à ação, em 2008, a Superinteressante<br />

12,5%<br />

publicou a 2ª edição verde, no mesmo modelo da revista do ano<br />

anterior: moldura verde e manchete impactante – “O fim dos Oceanos”.<br />

Para 2009 fica a sugestão de continuar a<strong>com</strong>panhando todos<br />

os passos da Superinteressante nas questões ambientais.<br />

Não é que você vai deixar de andar de carro.<br />

É que daqui a alguns anos ele vai rodar <strong>com</strong><br />

álcool feito de uma planta ou a eletricidade.<br />

Q<br />

uem nunca ouviu falar em aquecimento<br />

global provavelmente não mora nesta<br />

galáxia. O tema vem rendendo os mais<br />

acalorados debates do momento (literalmente).<br />

Ok, o mundo está mais quente,<br />

isso é incontestável. Apesar de você não agüentar<br />

mais ouvir falar que em pouco tempo sua vida ficará<br />

cada dia mais infernal, diga a verdade: você diminuiu<br />

o tempo do seu banho por causa do consumo<br />

de eletricidade Trocou o carro pela bicicleta para<br />

reduzir a poluição Parou de <strong>com</strong>prar produtos de<br />

empresas vinculadas ao desmatamento Doou dinheiro<br />

a alguma sociedade de proteção à natureza<br />

e aos animais Parou de <strong>com</strong>er carne<br />

É bem possível que você não tenha adotado nenhuma<br />

dessas medidas na vida prática. E ainda assim<br />

deseje <strong>com</strong> ardor que a Terra tenha salvação. Se<br />

o mundo está entrando em colapso, <strong>com</strong>o afirmam<br />

vários dos cientistas mais alarmistas, então por que<br />

você não faz a sua parte E será que, mesmo se não<br />

mudarmos os hábitos dramaticamente, o planeta<br />

tem salvação Sim, até tem. É o que você vai descobrir<br />

a partir de agora.<br />

A solução<br />

A tese vem de Ted Nordhaus e Michael Schellenberger,<br />

chamados pós-ambientalistas americanos. Os<br />

dois sacudiram o mundo dos ecologistas em outubro<br />

passado <strong>com</strong> o livro Break Through: From the Death<br />

of Environmentalism to the Politics of Possibility<br />

(“Break Through: Da Morte do Ambientalismo para<br />

a Política da Possibilidade”, sem edição em português).<br />

Em outras palavras, não é que você vai deixar<br />

de andar de carro. É que daqui a alguns anos ele<br />

vai ou rodar <strong>com</strong> álcool produzido a partir de uma<br />

planta qualquer (de maneira mais eficiente que a<br />

cana-de-açúcar) ou a eletricidade. E essa eletricidade<br />

não virá das poluentes usinas de carvão e petróleo,<br />

que são responsáveis por 25% das emissões<br />

de CO 2 do mundo, mas, sim, de usinas que captam<br />

a energia solar, eólica ou de hidrogênio.<br />

A nova receita para salvar o mundo, dizem Nordhaus<br />

e Schellenberger, é investir <strong>com</strong> vontade<br />

em novas tecnologias. Algumas foram inventadas,<br />

mas precisam de ajustes para ser economicamente<br />

atraentes. Já outros desafios para diminuir o impacto<br />

negativo do homem no ambiente demandam<br />

pequenas revoluções tecnológicas. De uma forma<br />

ou de outra, é preciso muito dinheiro para obter<br />

grandes avanços no curto espaço de tempo que temos.<br />

Nordhaus e Schellenberger acham que os EUA,<br />

<strong>com</strong>o maiores poluidores histórico, devem dar o<br />

exemplo e até orçam o investimento: US$ 300 bilhões<br />

em apoio a pesquisas, nos próximos 10 anos.<br />

Seria o equivalente em valores a um novo projeto<br />

Apollo, iniciativa americana que colocou o homem<br />

na Lua em apenas 8 anos e teve <strong>com</strong>o subprodutos<br />

A PRÓXIMA SETORES<br />

QUE MAIS LANÇAM<br />

FRONTEIRA<br />

GASES<br />

Conhecemos melhor o solo<br />

DO EFEITO<br />

da Lua do que o fundo do<br />

mar, dizem os ecologistas. ESTUFA<br />

Nossa última fronteira<br />

são as águas profundas:<br />

entre 200 e 7 mil metros<br />

submarinos. 21,3%<br />

GERAÇÃO DE<br />

Elas são 90% do volume<br />

ENERGIA<br />

dos oceanos e podem<br />

É o principal<br />

abrigar até 100 poluente milhões porque,<br />

de espécies – mais segundo o que IPCC,<br />

em todo o resto 40% do da planeta.<br />

energia<br />

elétrica do mundo<br />

é gerada a partir<br />

A essa profundidade,<br />

da queima de<br />

não há luz para carvão. sustentar A China,<br />

o fitoplâncton. por exemplo,<br />

consome pouco<br />

Portanto, só animais<br />

mais de 1 bilhão<br />

e bactérias circulam.<br />

de toneladas de<br />

carvão por ano,<br />

Até os 1 000 metros ou seja: ainda 37% do<br />

consumo mundial.<br />

há um lusco-fusco. Abaixo<br />

disso, a escuridão é<br />

total. Faz frio, de até 3 o C.<br />

16,8%<br />

PROCESSOS<br />

INDUSTRIAIS<br />

Segundo a<br />

Federação das<br />

Indústrias do<br />

Estado de São<br />

Paulo (Fiesp),<br />

a indústria<br />

desperdiça<br />

24% de toda a<br />

energia gerada<br />

só no estado<br />

de São Paulo.<br />

Isso se deve aos<br />

motores antigos<br />

e máquinas<br />

construídas<br />

quando não havia<br />

a preocupação<br />

<strong>com</strong> eficiência<br />

energética.<br />

O mar não está para peixe<br />

A pesca indiscriminada fez sumir 90% dos<br />

peixes grandes e mudou a dieta humana.<br />

O atum-azul não é um peixe qualquer. É o peixe.<br />

Primeiro, porque ele tem sangue quente, o<br />

que lhe permite cruzar os mares do Ártico aos<br />

trópicos. Sua arrancada ao caçar ou fugir é mais<br />

potente que a de um Porsche. Um atum-azul pode<br />

pesar o mesmo que um cavalo (500 quilos)<br />

e render 10 mil cortes do sashimi mais suculento<br />

e caro do mundo. É por isso que, enquanto<br />

Esses cardumes avanços deles tecnológicos nadam pontuais pelo Mediterrâneo, são louvá-<br />

superpesqueiros<br />

rondam à sua caça, <strong>com</strong> a ajuda<br />

de sonares e de aviões localizadores. O navio<br />

que chegar primeiro e fechar a rede de cerco<br />

em volta dos bichos leva o prêmio. E leva para<br />

o Japão, país que captura 25% dos atuns-azuis<br />

dos oceanos. No maior mercadão de peixes do<br />

planeta, o Tsukiji, em Tóquio, um desses peixes<br />

é leiloado por até US$ 25 mil. Os que são pescados<br />

pequenos ficam enjaulados em fazendas<br />

de engorda nas costas de países <strong>com</strong>o Espanha,<br />

Itália e Turquia. Passam meses sendo alimentados<br />

<strong>com</strong> peixes gordurosos e depois são abatidos<br />

a tiros – isso mesmo, a tiros. Então seguem seu<br />

caminho rumo ao desaparecimento e às mesas<br />

tecnologias que usamos até hoje. Os outros países<br />

deveriam fazer o mesmo. Não que o investimento<br />

privado em pesquisa deva ser descartado. Várias<br />

empresas estão fazendo sua parte, especialmente<br />

agora que a mudança para um <strong>com</strong>portamento sustentável<br />

não só é bom para publicidade mas pode<br />

reduzir custos. Uma gigante do ramo de higiene<br />

pessoal mudou o formato das embalagens de um<br />

xampu, economizando o equivalente a 15 milhões<br />

de recipientes por ano; várias empresas de coleta de<br />

lixo do mundo estão não só reciclando <strong>com</strong>o também<br />

transformando os dejetos orgânicos em <strong>com</strong>bustível<br />

por meio de miniusinas; shoppings estão<br />

trocando seus vasos sanitários por novos modelos<br />

que consomem 6 litros de água por descarga (cerca<br />

de 5 vezes menos que os modelos domésticos).<br />

veis, mas para o rumo do planeta mudar é preciso<br />

fazer investimentos mais ambiciosos. Mesmo que o<br />

governo não se mexa e despeje os bilhões de dólares<br />

em pesquisas <strong>com</strong>o querem os pós-ambientalistas,<br />

já há centenas de pessoas trabalhando nisso. Empresários<br />

do setor de tecnologia, <strong>com</strong>o os donos<br />

do Google, Sergey Brin e Larry Page, além de Bill<br />

Gates e Paul Allen, já estão investindo um bom dinheiro<br />

em projetos <strong>com</strong>o a produção de etanol, por<br />

exemplo. Vontade de ajudar Não exatamente. É só<br />

perceber que as grandes cifras estão sendo colocadas<br />

em pesquisas do setor energético – responsável<br />

por 34% das emissões de gases do efeito estufa (veja<br />

quadro ao lado): “As oportunidades econômicas nas<br />

tecnologias limpas e a ‘energia verde’ prosperarão<br />

e gerarão dinheiro de uma maneira que fará <strong>com</strong><br />

que o boom do Vale do Silício dos anos 90 pareça<br />

brincadeira de criança”, afirma Ira Flatow, autor<br />

do livro Present at the Future (“Presente no Futuro”,<br />

sem edição em português).<br />

Energia: o desafio<br />

das novas tecnologias<br />

Como é a parte da economia que mais causa impacto<br />

ambiental e ao mesmo tempo gera dinheiro, não<br />

é de estranhar que os grandes avanços tecnológicos<br />

verdes <strong>com</strong>ecem a sair da geração de energia.<br />

Em primeiro lugar, vamos aos <strong>com</strong>bustíveis. Com<br />

a esperada míngua das reservas de petróleo, parece<br />

que o álcool <strong>com</strong>bustível (etanol) veio para ficar.<br />

Um motor a álcool chega a emitir menos da metade<br />

(56%) de poluentes na atmosfera em <strong>com</strong>paração<br />

<strong>com</strong> um a gasolina. O Brasil, onde 98% dos<br />

carros fabricados hoje são flex (que aceitam álcool<br />

ou gasolina), é visto lá fora <strong>com</strong>o exemplo de modelo<br />

sustentável. Por outro lado, vários analistas<br />

concordam que, se o etanol é um dos <strong>com</strong>bustíveis<br />

do futuro, dificilmente a cana-de-açúcar, usada no<br />

Brasil, será a fonte definitiva para sua obtenção –<br />

são necessárias largas áreas para o cultivo, além de<br />

*Outros efeitos <strong>com</strong> valores menores de 1%, que somam as emissões de metano, gás carbônico e óxido nitroso. Fonte: Instituto Max Planck (Alemanha).<br />

dos aficionados por sushis. (Um detalhe para<br />

você se tranqüilizar um pouco: o atum que <strong>com</strong>emos<br />

no Brasil não é dessa espécie.)<br />

A saga do atum-azul <strong>com</strong>eçou na década de<br />

1990, depois que a flotilha japonesa reduziu os<br />

estoques do Pacífico a 6% da população original.<br />

Em 10 anos de pesca no Mediterrâneo, já o<br />

levamos ao risco de extinção. Como pudemos<br />

ser tão eficientes em dizimá-lo Basicamente,<br />

lançamos mais de 1 500 navios pesqueiros high<br />

tech ao mar, sacamos dali 3 vezes mais atuns do<br />

que o limite para que a espécie se re<strong>com</strong>ponha<br />

e turbinamos tudo isso <strong>com</strong> subsídios da União<br />

Européia. Empresas gigantes do setor, da Espanha,<br />

da França e do Japão, dividem um mercado<br />

que movimenta US$ 400 milhões ao ano. Na<br />

Itália, até a máfia se meteu na caça ao atum.<br />

Ela ajuda a colocar aviões localizadores clandestinos<br />

nos ares da Líbia e da Argélia em junho,<br />

quando a pesca está proibida para dar alguma<br />

chance às fêmeas em período reprodutivo.<br />

A má notícia é que a trajetória do atum não<br />

é única. Já estamos repetindo essa lógica há<br />

mais de um século nos oceanos, e <strong>com</strong> muito<br />

mais tecnologia nos últimos 50 anos. Em Grand<br />

Banks, a leste do Canadá, reduzimos o bacalhau<br />

do tipo cod a 1% da população original. O blue<br />

skate, uma arraia que figura no fish’n’chips, prato<br />

típico inglês, sumiu do mar do Norte. O alabote<br />

do Atlântico entrou em colapso ainda no século<br />

19. E do esturjão do mar Cáspio – cujas ovas são<br />

o caríssimo caviar – só sobraram 10%. Nossa indústria<br />

hoje, quando entra em uma nova área de<br />

exploração, tem bala para arrasar uma espécie<br />

<strong>com</strong>ercial em 10 ou 15 anos. Nesse ritmo, podemos<br />

chegar ao colapso de todas as áreas de<br />

pesca do planeta em 2048 (hoje, já inutilizamos<br />

ou pescamos além do sustentável em 76% dessas<br />

regiões – no Brasil, sobe para 80%, segundo<br />

relatório recente do Greenpeace).<br />

Essas projeções são parte dos estudos estatísticos<br />

de uma década de Boris Worm, professor<br />

de conservação marinha da Universidade<br />

de Dalhousie, no Canadá. Junto <strong>com</strong> outros<br />

cientistas, ele estimou que, das populações de<br />

grandes peixes que nadavam em nossos mares<br />

em 1900, podem ter sobrado só 10%. O pesquisador<br />

Callum Roberts, da Universidade de<br />

York, na Inglaterra, autor do livro The Unnatural<br />

History of the Sea (“A História Não Natural do<br />

Mar”, sem edição em português), alerta para<br />

outro problema grave: estima-se que um quarto<br />

a um terço de criaturas marinhas seja capturado<br />

acidentalmente a cada pesca de arrasto e jogado<br />

de volta ao mar, já morto ou morrendo. A ONU<br />

vem tentando, sem sucesso, tornar o arrasto ilegal<br />

em alto-mar. “O arrasto é um meio muito<br />

rentável de pegar peixes, camarões, lagostas.<br />

Duvido que ele vá acabar”, diz Worm.<br />

O que também não deve acabar é outra burrada<br />

na gestão de nossos recursos marítimos,<br />

a pesca fantasma. Quando uma rede é perdida<br />

no mar, ela continua pescando sozinha, só que<br />

para ninguém <strong>com</strong>er. Vai afundando e carregando<br />

peixes e crustáceos, até ficar cheia e aterrissar<br />

no fundo. “Alguns jogam bolas de redes<br />

velhas ao mar para atrair atuns e não recolhem<br />

de volta”, diz o cientista Charles Moore, criador<br />

da Fundação Algalita de Pesquisa Marinha,<br />

instituto californiano que se dedica a medir os<br />

impactos do lixo plástico nos oceanos. “As redes<br />

fantasmas matam 100 mil mamíferos marinhos<br />

por ano só no Pacífico Norte”, afirma Moore.<br />

Se desgraça pouca é bobagem, o que podemos<br />

esperar de impactos no dia-a-dia No mínimo,<br />

uma mudança de dieta. Você já <strong>com</strong>eu<br />

água-viva Bem, talvez daqui a 50 anos você<br />

se acostume <strong>com</strong> a idéia. No passado, os oceanos<br />

eram dominados por batalhões de tubarões,<br />

bacalhaus e peixes-espada – predadores que <strong>com</strong>iam<br />

peixes menores e que estão sendo dizima-<br />

60%<br />

da população<br />

mundial vive a até<br />

60 km da costa,<br />

a região mais<br />

impactada<br />

pela ação humana.<br />

80%<br />

do turismo<br />

mundial acontece<br />

no litoral. Praias<br />

e corais são<br />

as atrações mais<br />

procuradas.<br />

As tartarugas<br />

<strong>com</strong>em peixes<br />

misturados <strong>com</strong> lixo.<br />

I Relatório Socioambiental 63


Mata<br />

Atlântica<br />

Clickarvore<br />

Em parceria <strong>com</strong> a ONG SOS Mata Atlântica e o Instituto Ambiental<br />

Vidágua, a <strong>Abril</strong> criou o Clickarvore, relevante projeto ambiental do<br />

país. Desde 2000, o projeto possibilita, de maneira inovadora, que<br />

todo brasileiro “plante” diariamente uma árvore nativa da Mata<br />

Atlântica via internet.<br />

No site www.clickarvore.<strong>com</strong>.br, cada click corresponde ao plantio<br />

de uma árvore, custeado por empresas patrocinadoras e pela<br />

própria sociedade civil. O internauta também pode a<strong>com</strong>panhar<br />

o andamento do processo de recuperação das áreas degradadas.<br />

São monitorados no site o número de mudas plantadas, metros<br />

quadrados reflorestados e a localização do plantio.<br />

Até 2008, já haviam sido doadas mais de 13 milhões de árvores de<br />

80 espécies nativas diferentes. Essas mudas foram plantadas em 311<br />

municípios participantes de 10 estados do país, totalizando uma área<br />

de 7.496,6 hectares recuperados.<br />

A iniciativa, além de estimular o reflorestamento da Mata Atlântica,<br />

gera empregos em viveiros florestais e propriedades rurais durante<br />

o plantio, além de promover a educação ambiental e capacitação de<br />

técnicos, agentes <strong>com</strong>unitários e professores sobre técnicas<br />

de reflorestamento.<br />

I Relatório Socioambiental 64


A evolução<br />

do nosso<br />

modo de vida<br />

O Brasil que queremos ser<br />

A inserção da sustentabilidade na cultura das entidades civis e dos<br />

grupos empresariais, <strong>com</strong>o a <strong>Abril</strong>, estimula a conscientização da<br />

sociedade e impulsiona mudanças na legislação e na política do país.<br />

Visando criar um espaço para discussão sobre <strong>com</strong>o é possível<br />

atender às demandas socioambientais brasileiras nos próximos<br />

anos, a revista Veja sintetizou na <strong>com</strong>emoração de seu aniversário<br />

de 40 anos, em setembro de 2008, as expectativas de milhares<br />

de brasileiros em relação ao futuro do país levantadas no seminário<br />

“O Brasil que queremos ser”. No evento, foram debatidos entre<br />

a população, importantes especialistas e principais lideranças<br />

políticas nacionais, seis grandes temas que fazem parte da<br />

realidade brasileira - meio ambiente, educação, economia, imprensa,<br />

democracia, raça e pobreza e megacidades – e, dentre eles, foram<br />

elencadas 40 propostas para um país melhor.<br />

Além disso, <strong>com</strong>o extensão do seminário, foi realizado um<br />

road-show de debates em universidades de todo o Brasil,<br />

selecionadas pela sua representatividade regional e qualidade<br />

de excelência do ensino e pesquisa. O objetivo é dar aos alunos<br />

e professores a oportunidade de discutirem ações e possibilidades<br />

para mudar a realidade do Brasil.<br />

I Relatório Socioambiental 65


A evolução do nosso modo de vida<br />

Guia Exame de sustentabilidade<br />

EXAME - EXAME - EEXA2 - 7 - 05/11/08 - Composite - RGODEGUEZ - 23/10/08 00:26 - 01_CAD<br />

Outubro/2008 | R$ 19,90 | www.exame.<strong>com</strong>.br<br />

Marketing<br />

Pesquisa exclusiva revela que os consumidores<br />

não querem pagar mais por produtos verdes<br />

Agronegócio<br />

Uma nova geração de empresários<br />

mostra que é possível crescer no campo sem<br />

2 0<br />

destruir<br />

0<br />

o meio ambiente<br />

8<br />

Governança<br />

Como a crise mundial está<br />

Sustentabilidade<br />

Natura<br />

mudando o relacionamento das<br />

<strong>com</strong>panhias abertas <strong>com</strong><br />

seus investidores<br />

Internacional<br />

Por que os negócios<br />

relacionados à água<br />

estão atraindo empresas<br />

do mundo todo<br />

20 empresas-modelo<br />

Há oito anos, a EXAME, maior revista de negócios do país,<br />

lançou um projeto pioneiro e em sintonia <strong>com</strong> os grandes desafios<br />

estratégicos na área de responsabilidade social corporativa:<br />

o Guia EXAME de Sustentabilidade.<br />

A publicação destaca as empresas brasileiras que apresentam<br />

atitudes diferenciadas de responsabilidade corporativa, selecionadas<br />

<strong>com</strong> base em uma metodologia desenvolvida em parceria <strong>com</strong> o<br />

Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas<br />

e <strong>com</strong> a Bolsa de Valores de São Paulo e que engloba estratégias,<br />

<strong>com</strong>promissos e práticas nas dimensões ambiental, econômicofinanceira<br />

e social.<br />

Marketing<br />

Quem é o consumidor verde (1)<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

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<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

40 % 15 %<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

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<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

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<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

114<br />

20 % 12 %<br />

sumo consciente. Em pesquisa realizada<br />

há dois anos, a entidade verificou que<br />

33% dos consumidores brasileiros são<br />

conscientes — têm um bom grau de percepção<br />

dos impactos coletivos ou de longo<br />

prazo em suas decisões de consumo e<br />

não se atêm aos aspectos econômicos ou<br />

aos benefícios pessoais imediatos.<br />

De olho nesse tipo de consumidor,<br />

muitas empresas têm se esforçado para<br />

colocar nas prateleiras produtos ecologicamente<br />

corretos. É o caso da rede<br />

varejista Wal-Mart, que pretende transformar<br />

sua linha de marcas próprias em<br />

modelo de sustentabilidade. Já é possível,<br />

por exemplo, encontrar nas gôndolas<br />

do varejista cereais matinais <strong>com</strong><br />

embalagens que levam o selo FSC, certificado<br />

ambiental do Conselho Brasileiro<br />

de Manejo Florestal, e cobertores<br />

produzidos <strong>com</strong> fio de poliéster feito<br />

100% de fibra de PET. Além disso, a<br />

rede negocia <strong>com</strong> seus fornecedores o<br />

desenvolvimento de embalagens que<br />

reduzam a quantidade de material utilizado.<br />

“Até 2009, nossa meta é ter 100%<br />

das embalagens dos produtos de marca<br />

própria sustentáveis”, diz Daniela de<br />

Fiori, vice-presidente de assuntos corporativos<br />

e sustentabilidade do Wal-Mart.<br />

Para Mariana Cogswell, diretora de<br />

planejamento da agência Talent, o consumidor<br />

verde é, necessariamente, mais<br />

crítico e seu <strong>com</strong>portamento tende a influenciar<br />

cada vez mais o modo de produção<br />

das empresas. “Contribuir para o<br />

desenvolvimento sustentável não é mais<br />

uma questão de escolha da <strong>com</strong>panhia,<br />

e sim obrigação”, diz ela. A HP, uma das<br />

maiores fabricantes de equipamentos eletrônicos<br />

do mundo, percebeu isso há<br />

muito tempo. Na década de 90, o trabalho<br />

de recolhimento e reciclagem de cartuchos<br />

da empresa virou referência no setor.<br />

Agora, a HP se prepara para dar um passo<br />

adiante: em vez de doar os cartuchos coletados<br />

a uma empresa de reciclagem, em<br />

novembro a própria <strong>com</strong>panhia deve <strong>com</strong>eçar<br />

a reciclar o material. Após passar<br />

por um processo de limpeza e moagem,<br />

o material plástico produzido será usado<br />

na fabricação de novos cartuchos. “Queremos<br />

criar uma cadeia produtiva autorenovável”,<br />

diz Kami Saidi, diretor de<br />

operações da HP para o Mercosul. “À<br />

medida que aumenta a conscientização,<br />

o consumidor leva em conta essas iniciativas<br />

na sua decisão de <strong>com</strong>pra.”<br />

Entrevista<br />

Só a base da<br />

pirâmide salva<br />

<br />

<br />

Ana Luiza Herzog<br />

B<br />

em menos afeito a holofotes que seu amigo indiano C.K.<br />

Prahalad, <strong>com</strong> quem escreveu o já histórico artigo Fortuna na<br />

Base da Pirâmide, em 2002, o americano Stuart L. Hart é hoje uma<br />

das maiores referências mundiais em estratégias empresariais para as<br />

populações de baixa renda. Professor da Universidade Cornell, Hart tornou-se<br />

uma sumidade ao ajudar a revelar para as empresas as imensas oportunidades<br />

de negócios escondidas nas populações de baixa renda — e, sobretudo, por ser<br />

um crítico voraz à maneira <strong>com</strong>o as <strong>com</strong>panhias vêm lidando <strong>com</strong> esses consumidores<br />

ao longo das décadas. Para Hart, as empresas não têm demonstrado<br />

preocupação <strong>com</strong> os impactos ambientais e sociais de suas investidas. Com<br />

isso, estão perdendo a chance não só de ganhar dinheiro mas também de ajudar<br />

o planeta a resolver parte de seus dilemas. Em entrevista a EXAME, ele explica<br />

por que é importante que as empresas integrem a seu modelo de negócios as<br />

duas grandes revoluções hoje em curso — a da base da pirâmide e a das tecnologias<br />

limpas — e por que isso representa uma oportunidade de negócios ainda<br />

maior do que a que ele preconizou no início desta década.<br />

EXAME O senhor e C.K. Prahalad<br />

foram os primeiros a escrever sobre<br />

os negócios na base da pirâmide<br />

e sua relação <strong>com</strong> o movimento<br />

de responsabilidade social corporativa,<br />

há dez anos. De lá para cá,<br />

<strong>com</strong>o o assunto evoluiu<br />

STUART L. HART É curioso, mas quando<br />

eu e Prahalad escrevemos nosso primeiro<br />

artigo sobre o tema, em 1998, e ele<br />

<strong>com</strong>eçou a circular na internet, fomos<br />

vistos <strong>com</strong>o pesquisadores “underground”,<br />

e nossas idéias, <strong>com</strong>o alternativas<br />

demais. Dois anos depois, já estávamos<br />

ocupadíssimos, sendo requisitados<br />

para falar sobre o assunto, mas o ritmo de<br />

aceitação ainda era lento. O grande salto<br />

aconteceu mesmo nos últimos cinco<br />

anos. Hoje, centenas de empresas têm<br />

iniciativas para a base da pirâmide.<br />

Mesmo <strong>com</strong> esse salto, o senhor<br />

não acha que a maioria das empresas<br />

continua separando o conceito<br />

de sustentabilidade dos negócios<br />

para a base da pirâmide<br />

Sim. Nos últimos oito anos, vimos o desabrochar<br />

de duas revoluções: a da base<br />

da pirâmide e a das tecnologias limpas.<br />

Esses dois movimentos, igualmente cru-<br />

ciais para a busca da sustentabilidade,<br />

caminharam até agora de maneira isolada.<br />

O desenvolvimento de tecnologias<br />

que produzem menos impactos no meio<br />

ambiente esteve até agora muito voltado<br />

para o topo da pirâmide. Além disso,<br />

pensou-se muito no aspecto da tecnologia<br />

e muito pouco no modelo de negócios,<br />

ou seja, em <strong>com</strong>o <strong>com</strong>ercializar essas inovações.<br />

Só nos Estados Unidos, o setor de<br />

venture capital e dezenas de empresas<br />

privadas estão despejando milhões de dólares<br />

nesse mercado, mas ninguém sabe<br />

ainda <strong>com</strong>o essas tecnologias chegarão<br />

aos consumidores. Enquanto isso, o movimento<br />

de negócios para a base da pirâmide<br />

ganhou corpo sem muita preocupação<br />

<strong>com</strong> o meio ambiente, adotando o<br />

que chamo de “estratégia do empurra”.<br />

Ou seja, as empresas pegaram os produtos<br />

que possuíam, estudaram <strong>com</strong>o poderiam<br />

oferecê-los em embalagens menores ou<br />

mais baratas e estenderam os canais de<br />

distribuição para que eles chegassem até<br />

as classes mais pobres.<br />

Essa “estratégia do empurra” foi<br />

muito criticada. Qual a sua opinião<br />

sobre ela<br />

Chamo essa primeira fase vivida pelas<br />

empresas de “base da pirâmide 1.0”. Ela<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

é legítima. A crítica foi que muitas empresas<br />

estavam simplesmente colocando<br />

produtos em embalagens diferentes e<br />

tentando vendê-los aos pobres — precisassem<br />

eles ou não daquilo —, tirando o<br />

pouco de dinheiro que eles possuíam.<br />

Tenho de concordar que essa análise não<br />

é totalmente descabida. Para que uma<br />

estratégia de base da pirâmide seja bemsucedida<br />

no longo prazo, ela deve ter<br />

uma abrangência maior. Não há nada de<br />

errado em adaptar produtos para vendêlos<br />

aos pobres. O que a empresa deve<br />

considerar, no entanto, é o impacto que<br />

aquele produto provocou na <strong>com</strong>unidade.<br />

Ele permitiu que as pessoas tivessem<br />

mais tempo livre para o lazer Que elas<br />

ficassem mais saudáveis Que elas melhorassem<br />

de vida Não acredito que<br />

apenas vender por vender seja uma estratégia<br />

sustentável no longo prazo.<br />

Existem riscos nas duas revoluções<br />

que o senhor <strong>com</strong>entou (a<br />

da base da pirâmide e a das tecnologias<br />

limpas)<br />

Sim. No caso das tecnologias limpas, o<br />

risco é termos mais uma bolha se não<br />

conseguirmos encontrar boas maneiras<br />

de <strong>com</strong>ercializá-las. Já no movimento da<br />

base da pirâmide o risco é de colapso<br />

ambiental. Afinal, se o único objetivo das<br />

98<br />

99<br />

I Relatório Socioambiental 66


A evolução do nosso modo de vida > Guia Exame de sustentabilidade<br />

Com isso, a <strong>Abril</strong> cria um espaço para divulgação<br />

e <strong>com</strong>partilhamento dos melhores exemplos de envolvimento<br />

das empresas <strong>com</strong> a sustentabilidade.<br />

Outra publicação de destaque da Revista EXAME é o<br />

Guia As 100 Melhores Empresas para Você Trabalhar, que<br />

reconhece as empresas que apresentam padrão de relacionamento<br />

diferenciado <strong>com</strong> os funcionários, estimulando, dessa maneira,<br />

a conscientização de que a valorização dos colaboradores gera<br />

valor às próprias organizações.<br />

Pesquisa<br />

A escolha<br />

das melhores<br />

<br />

Cristiane Mano<br />

16<br />

presa <strong>Sustentável</strong> do Ano. A escolhida é<br />

a fabricante de cosméticos Natura — presente<br />

entre as empresas-modelo em todas<br />

as edições do guia desde a primeira publicação,<br />

em 2000, ainda <strong>com</strong>o Guia<br />

EXAME de Boa Cidadania Corporativa.<br />

Não se trata da escolha da empresa<br />

mais sustentável do país — não existe<br />

maneira de aferir tal <strong>com</strong>paração, até<br />

pela <strong>diversidade</strong> de setores participantes<br />

do guia. Trata-se, sim, de eleger uma empresa<br />

que se diferencia pela consistência,<br />

pelo <strong>com</strong>prometimento e sobretudo pela<br />

persistência na busca da sustentabilidade.<br />

O destaque — que se reflete numa reportagem<br />

mais longa e aprofundada nesta<br />

edição — permite descrever em mais<br />

detalhes essa trajetória. O relato pode ser<br />

inspirador tanto pelos acertos quanto pelos<br />

erros. Assim <strong>com</strong>o a Natura, as outras<br />

empresas-modelo que <strong>com</strong>põem este<br />

anuário estão longe de ser empresas perfeitas.<br />

O que elas formam é o melhor<br />

retrato das grandes <strong>com</strong>panhias brasileiras<br />

que estão conseguindo adaptar seus<br />

negócios aos novos tempos.<br />

Para a escolha das 20 empresas-modelo,<br />

o Guia EXAME de Sustentabilidade<br />

segue pelo segundo ano consecutivo<br />

a metodologia elaborada pelo Centro de<br />

Estudos em Sustentabilidade (GVces) da<br />

Fundação Getulio Vargas de São Paulo,<br />

responsável também pelo Índice de Sustentabilidade<br />

Empresarial (ISE) da Bovespa,<br />

que reúne empresas responsáveis<br />

<br />

listadas na bolsa. A pesquisa — da qual<br />

<br />

participaram 177 <strong>com</strong>panhias de grande<br />

<br />

e médio porte de todo o país — considera<br />

as mais atuais referências em levantamentos<br />

sobre sustentabilidade empresarial<br />

em todo o mundo.<br />

A análise teve quatro etapas. Na primeira,<br />

as empresas participantes preencheram<br />

um questionário, dividido em<br />

oucos temas dentro das porting Initiative (GRI), organização <strong>com</strong> quatro partes. Uma dessas partes aborda<br />

empresas hoje são tão sede na Holanda que congrega mais de questões introdutórias sobre transparência<br />

e governança corporativa, elaboradas<br />

abrangentes e controversos 800 grandes empresas de todo o mundo,<br />

quanto sustentabilidade. Ser <strong>com</strong>o Microsoft e Unilever, e cujo objetivo<br />

é discutir padrões para a elaboração Corporativa (IBGC). As demais tratam<br />

pelo Instituto Brasileiro de Governança<br />

sustentável é uma proposição que envolve<br />

desde a preocupação <strong>com</strong> o impacto de relatórios de sustentabilidade. das dimensões econômico-financeira,<br />

ambiental até a responsabilidade de uma A <strong>com</strong>plexidade e o dinamismo do social e ambiental. Critérios da dimensão<br />

<strong>com</strong>panhia perante funcionários, consumidores,<br />

fornecedores e investidores. Sustentabilidade também a<strong>com</strong>panhe rentes na avaliação final, dependendo do<br />

tema exigem que o Guia EXAME de ambiental receberam ponderações dife-<br />

Algumas dessas variáveis são mais (ou esses movimentos. Neste ano, a publicação<br />

se propôs a realizar uma das tarefas pacto no meio ambiente. As respostas<br />

setor de atuação da empresa e de seu im-<br />

menos) críticas de acordo <strong>com</strong> o setor.<br />

Trata-se também de um termo em constante<br />

evolução, cujas métricas e indicana<br />

edição, o Guia EXAME de Sustenta-<br />

modo a excluir empresas que tiveram<br />

mais desafiadoras de sua história. Na no-<br />

foram analisadas estatisticamente, de<br />

dores são discutidos e rediscutidos todos bilidade destaca, pela primeira vez, uma desempenho abaixo da média em qualquer<br />

das dimensões do os anos em instâncias <strong>com</strong>o o Global Re-<br />

de suas 20 empresas-modelo <strong>com</strong>o a Em-<br />

questionário.<br />

P<br />

<br />

17<br />

I Relatório Socioambiental 67


SACOLAS_veja.indd 1<br />

8/31/07 3:46:05 PM<br />

A evolução do nosso modo de vida<br />

<strong>Planeta</strong> <strong>Sustentável</strong><br />

A <strong>Abril</strong> acredita que todas as ações <strong>com</strong> foco em sustentabilidade<br />

passam necessariamente pela difusão da educação e do<br />

conhecimento. Baseada nessa vocação, que é parte de sua Missão,<br />

criou o <strong>Planeta</strong> <strong>Sustentável</strong>, em 2007.<br />

O projeto consiste em produzir conteúdo de forma transversal em<br />

suas revistas e sites, além de eventos e outras plataformas sobre<br />

sustentabilidade, <strong>com</strong> o objetivo de ampliar, instruir e animar a<br />

discussão, produzir referências e <strong>com</strong>unicar-se, permanentemente,<br />

<strong>com</strong> 17 milhões de leitores, impulsionando a mobilização e<br />

consciência sobre o tema.<br />

Em seus dois primeiros anos, já foram mais de mil páginas dedicadas<br />

ao <strong>Planeta</strong> <strong>Sustentável</strong> em 55 revistas da <strong>Abril</strong>, além de 2 mil<br />

matérias reunidas em seu site e divulgadas também em diversos<br />

portais da Editora.<br />

VEJA O QUE ESTÁ ACONTECENDO E O QUE VOCÊ PODE FAZER EM<br />

www.planetasustentavel.<strong>com</strong>.br<br />

PL A N E TA<br />

sus tent ável<br />

o futuro a gente faz agora<br />

A SOLUÇÃO<br />

TAMBÉM ESTÁ<br />

NAS SUAS<br />

MÃOS<br />

Troque os saquinhos de plástico por sacolas de pano<br />

O que o consumo de milhões de sacolinhas plásticas tem<br />

a ver <strong>com</strong> a extinção do sapo-dourado da Costa Rica<br />

A importância de pensar na sustentabilidade.<br />

Todo ano, são produzidos no país cerca de 200 mil toneladas de plástico filme,<br />

utilizado em saquinhos de supermercados. Desse total, apenas 17% é reciclado.<br />

Os saquinhos de plástico levam centenas de anos para se de<strong>com</strong>por e dificultam<br />

a <strong>com</strong>pactação do lixo. Confira nas páginas a seguir mais uma discussão<br />

de sustentabilidade e entenda por que ela é fundamental para uma vida melhor.<br />

É PRECISO FAZER ALGO. É POSSÍVEL FAZER MUITO. E DEVEMOS FAZER JÁ.<br />

idéias inovadoras em ambiente, energia, negócios, urbanismo, consumo, lixo, desenvolvimento, saúde e educação<br />

I Relatório Socioambiental 68


A evolução do nosso modo de vida > planeta sustentável<br />

As páginas dedicadas ao projeto apresentam os Manifestos<br />

da Sustentabilidade - definidos a partir das reuniões mensais<br />

do Conselho Consultivo do projeto - e também as Mídias da<br />

Sustentabilidade - criadas para a <strong>com</strong>unicação dos patrocinadores<br />

engajados em causas pertinentes ao tema.<br />

O <strong>Planeta</strong> <strong>Sustentável</strong> divulga também o Manual de Etiqueta,<br />

premiada publicação <strong>com</strong> dicas práticas sobre <strong>com</strong>o<br />

enfrentar o aquecimento global que teve 2,5 milhões<br />

de exemplares distribuídos gratuitamente nas revistas VEJA,<br />

National Geographic, Claudia e Nova Escola.<br />

Além disso, o site planetasustentavel.abril.<strong>com</strong>.br apresenta<br />

um banco de dados de ações realizadas pelas empresas, inclusive<br />

o Grupo <strong>Abril</strong>, voltadas à sustentabilidade.<br />

I Relatório Socioambiental 69


www.exercitodoacoes.<strong>com</strong>.br<br />

A evolução do nosso modo de vida<br />

Anúncios Bonificados<br />

A fim de divulgar as ações de reconhecidas instituições nos âmbitos<br />

da sustentabilidade e responsabilidade socioambiental, a <strong>Abril</strong><br />

oferece anúncios gratuitos nas páginas de suas principais revistas.<br />

Com grande circulação e um público diversificado, em 2008,<br />

21 revistas do Grupo publicaram 64 páginas, <strong>com</strong> valor de<br />

aproximadamente R$ 5 milhões em anúncios bonificados,<br />

criados por 16 agências de publicidade parceiras do projeto, que<br />

beneficiaram um total de 28 instituições:<br />

Instituições beneficiadas em 2008<br />

Instituto Zeroaseis<br />

Instituto Ayrton Senna<br />

Projeto Âncora<br />

Unicef<br />

Apae<br />

Pequeno Príncipe<br />

Instituto Movere<br />

Campanha do Agasalho<br />

FIESC (Santa Catarina)<br />

Cen Aids<br />

Instituto Akatu<br />

Instituto Navega SP<br />

IBCC<br />

Casa Ninho<br />

McDia Feliz<br />

Abrale<br />

IEE<br />

Abigraf<br />

Probare<br />

ABI 100 Anos<br />

ABAP Rio<br />

Instituto Ethos<br />

Exército da Salvação<br />

Casas André Luiz<br />

SOS Mata Atlântica Alfabetização Solidária<br />

Greenpeace<br />

Todos pela Educação<br />

I Relatório Socioambiental 70


A evolução do nosso modo de vida<br />

Praça Victor Civita<br />

A Praça Victor Civita, inaugurada em 2008, é a conclusão de uma<br />

atitude pioneira do Grupo <strong>Abril</strong>, em parceria <strong>com</strong> a Prefeitura de São<br />

Paulo, na reciclagem de áreas públicas. No local, onde por mais de 40<br />

anos funcionou um depósito e um centro de incineração de resíduos,<br />

há hoje um espaço de lazer e reflexão sobre as questões ambientais.<br />

Com cerca de 14 mil m 2 , o projeto arquitetônico incluiu a construção<br />

de decks de madeira e concreto, que isolam os visitantes das áreas<br />

do solo contaminado sem oferecer riscos à saúde. O <strong>com</strong>plexo,<br />

localizado ao lado da <strong>Abril</strong>, foi projetado para proporcionar o reúso<br />

de água e economia energética.<br />

UMA PRAÇA<br />

COMO VOCÊ<br />

NUNCA VIU<br />

Entenda cada uma das<br />

soluções que foram adotadas<br />

para recuperar o terreno do<br />

antigo Incinerador Pinheiros<br />

e entregar a você uma<br />

Praça totalmente segura<br />

e diferente de todas as<br />

outras, fruto de um projeto<br />

pioneiro na América Latina<br />

INFOGRAFIA:<br />

Luiz Iria,<br />

Adriano Sambugaro,<br />

Paula Nadal,<br />

e Planomotor<br />

brita<br />

SOLO<br />

fibra<br />

de coco<br />

plantio<br />

As cinzas geradas no incinerador<br />

foram enterradas no terreno da<br />

Praça. Isso contaminou o solo e as<br />

águas subterrâneas. A solução foi<br />

colocar uma camada de 50 cm de<br />

terra nova em toda a área. Foram<br />

3500 m 3 de terra limpa, o suficiente<br />

para encher duas piscinas olímpicas<br />

terra nova<br />

JARDINS<br />

Os jardins foram plantados sobre<br />

ardósia<br />

este sistema de tec garden, construído<br />

60 cm acima do nível do solo.<br />

A água da chuva, armazenada entre<br />

a manta de borracha e a ardósia, é<br />

transportada por absorção pela fibra<br />

de coco para irrigar os vegetais<br />

manta<br />

de borracha<br />

sapatas<br />

de concreto<br />

madeira<br />

legalizada<br />

aço<br />

reciclado<br />

DECK<br />

Uma estrutura de 350 toneladas de aço, recoberta<br />

<strong>com</strong> 1600 m² de madeira legalizada e 1600 m² de placas<br />

de concreto foi construída para isolar o passeio<br />

das áreas degradadas. A uma distância de um metro<br />

do solo original, você fica protegido e ainda ganha<br />

um percurso de mais de 600 m para caminhadas<br />

água de chuva<br />

esgoto<br />

sistema de<br />

alagados<br />

cascalho<br />

ESPELHO D’ÁGUA<br />

água<br />

filtrada<br />

A água da chuva e o esgoto do<br />

prédio do Museu - previamente<br />

tratado - são transportados por<br />

canaletas até o sistema de alagados.<br />

Depois de passar por filtros<br />

de cascalho e plantas aquáticas,<br />

a água cai, por gravidade, no<br />

espelho d’água para ser reutilizada<br />

solo original<br />

cinzas<br />

argila branca<br />

lençol freático<br />

I Relatório Socioambiental 71


A evolução do nosso modo de vida > praça victor civita<br />

Imagens do local antes do Projeto<br />

Com um projeto paisagístico educativo, a Praça é aberta diariamente<br />

e oferece à <strong>com</strong>unidade atividades gratuitas de lazer, educação<br />

e cultura, ligadas à sustentabilidade.<br />

A estrutura da Praça conta <strong>com</strong> cerca de 80 árvores, arena<br />

de espetáculos <strong>com</strong> capacidade para 250 pessoas, equipamentos<br />

de ginástica ao ar livre, pista de caminhada e centro de convivência<br />

para a terceira idade.<br />

O local faz parte do empenho da <strong>Abril</strong> em disseminar o conhecimento<br />

sobre desenvolvimento sustentável em todos os níveis, <strong>com</strong><br />

a produção de informação, cultura e entretenimento em suas<br />

centenas de publicações e produtos, e em contribuir para a melhoria<br />

da educação e da qualidade de vida de todos os brasileiros.<br />

I Relatório Socioambiental 72


O I Relatório Socioambiental do Grupo <strong>Abril</strong> é uma publicação da Vice-Presidência de Relações Institucionais.<br />

Novembro de 2009.<br />

I Relatório Socioambiental 73

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