12 Figura 2 - Coeficientes padronizados <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> feminina por neoplasias malignas (por 100.000 mulheres), segundo ano <strong>de</strong> ocorrência e principais localizações anatômicas do tumor. Santa Catarina, período <strong>de</strong> 1996 a 2005. 14 Coeficiente <strong>de</strong> Mortalida<strong>de</strong> 12 10 8 6 4 2 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Ano 2002 2003 2004 2005 estômago cólon, reto e ânus traq bronq pulmões mama colo do útero
13 5. DISCUSSÃO A maior sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novos métodos diagnósticos, a <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> séries estatísticas <strong>de</strong>correntes da introdução <strong>de</strong> sucessivas revisões da CID e a alteração da estrutura etária da população, po<strong>de</strong>m tornar artificiais as alterações na tendência <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> por <strong>de</strong>terminada doença. 13 Neste estudo foi selecionado um período <strong>de</strong> tempo objetivando a utilização <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> uma série codificada <strong>de</strong> acordo com a décima revisão, apenas, da Classificação Estatística Internacional <strong>de</strong> Doenças e Problemas Relacionados à Saú<strong>de</strong> (CID-10). Controlaram-se as alterações <strong>de</strong>correntes das modificações na estrutura etária populacional <strong>de</strong> Santa Catarina através da técnica <strong>de</strong> padronização dos coeficientes. Encontrar explicações convincentes para as variações encontradas para tipos específicos <strong>de</strong> câncer não é uma tarefa simples, pois os inquéritos populacionais sobre prevalência <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco são raros e esparsos e, também, os estudos epi<strong>de</strong>miológicos <strong>de</strong> cunho etiológico em câncer são muito recentes no Brasil. 5.1 – Câncer <strong>de</strong> traquéia, brônquios e pulmões O câncer <strong>de</strong> pulmão, em todos os anos, foi o que apresentou maior mortalida<strong>de</strong> entre os homens e, em relação às mulheres, a localização <strong>de</strong> maior crescimento percentual (25,2%), passando da terceira para a segunda posição, entre as mais importantes. Em todos os anos existiu sobremortalida<strong>de</strong> masculina, porém esta razão não foi constante e vem diminuindo ao longo do período, sugerindo que isto venha ocorrendo, principalmente, às custas do maior aumento relativo da mortalida<strong>de</strong> feminina por câncer <strong>de</strong> pulmão. A primeira hipótese para fundamentar o aumento <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> por essa causa seria o aumento da prevalência <strong>de</strong> tabagismo na população, entretanto, não há inquéritos periódicos para avaliar padrões e tendências <strong>de</strong> exposição ao tabaco que possam sustentar tal argumento. O conhecimento sobre a prevalência <strong>de</strong> tabagismo é limitado a alguns estudos com populações restritas, a exemplo do inquérito populacional realizado em São Paulo entre 1986 e 1987, e que revelou uma prevalência <strong>de</strong> 54,8% nos homens e 20,9% nas mulheres 14 , ou do estudo concorrente conduzido em Porto Alegre no mesmo período e que mostrou prevalência <strong>de</strong> 53% entre homens e 33% em mulheres 15 . O Ministério da Saú<strong>de</strong>, por intermédio do INCA, <strong>de</strong>ntre as ações voltadas para vigilância <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> câncer, <strong>de</strong>senvolveu em 2001