19.01.2015 Views

Memória de Cálculo - seplan / mt - Governo do Estado de Mato Grosso

Memória de Cálculo - seplan / mt - Governo do Estado de Mato Grosso

Memória de Cálculo - seplan / mt - Governo do Estado de Mato Grosso

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Governo</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong><br />

Secretaria <strong>de</strong> Planejamento e Coor<strong>de</strong>nação Geral<br />

Plano <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong><br />

- MT+20 -<br />

ESTIMATIVAS DE RECURSOS<br />

PARA FINANCIAMENTO DOS<br />

INVESTIMENTOS<br />

1 julho, 2006


GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO<br />

Blairo Borges Maggi<br />

Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong><br />

Iraci Araújo Moreira<br />

Vice Governa<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong><br />

Célio Wilson <strong>de</strong> Oliveira<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Justiça e Segurança Pública<br />

Yênes Jesus <strong>de</strong> Magalhães<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Planejamento e Coor<strong>de</strong>nação Geral<br />

Cloves Felício Vettorato<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento Rural<br />

Yêda Marli <strong>de</strong> Oliveira Assis<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Turismo<br />

Geral<strong>do</strong> Apareci<strong>do</strong> De Vitto Júnior<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Administração<br />

João Vergílio <strong>do</strong> N. Sobrinho<br />

Procura<strong>do</strong>r Geral <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

Paulo Roberto Jorge <strong>do</strong> Pra<strong>do</strong><br />

Procura<strong>do</strong>r Geral <strong>de</strong> Justiça<br />

João Carlos Vicente Ferreira<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Cultura<br />

Luiz Antonio Pagot<br />

Secretário-Chefe da Casa Civil<br />

Waldir Júlio Teis<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Fazenda<br />

Alexandre Herculano C. <strong>de</strong> S. Furlan<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Indústria, Comércio e Minas e Energia<br />

2


Vilceu Francisco Marchetti<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Infra-Estrutura<br />

Augustinho Moro<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Fábio César Guimarães Neto<br />

Defensor Público Geral<br />

Marchos Henrique Macha<strong>do</strong><br />

Secretário Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Meio Ambiente<br />

Flávia Maria <strong>de</strong> Barros Nogueira<br />

Secretária <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Ciência Tecnologia<br />

Orestes Teo<strong>do</strong>ro <strong>de</strong> Oliveira<br />

Secretário-Chefe da Casa Militar<br />

Sírio Pinheiro da Silva<br />

Secretário-Auditor Geral <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

Terezinha <strong>de</strong> Souza Maggi<br />

Secretária <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Trabalho Emprego e Cidadania<br />

Ana Carla Muniz<br />

Secretária <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Educação<br />

José Carlos Diniz<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Comunicação Social<br />

Louremberg Nunes Rocha<br />

Secretário Extraordinário <strong>de</strong> Ação Política<br />

José Joaquim <strong>de</strong> Souza Filho<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Esporte e Lazer<br />

3


APRESENTAÇÃO<br />

Este relatório tem por finalida<strong>de</strong> apresentar as estimativas <strong>do</strong>s<br />

recursos necessários ao financiamento <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>.<br />

Para algumas das variáveis e parâmetros <strong>de</strong> projeção foi<br />

necessário <strong>de</strong>finir procedimentos <strong>de</strong> cálculo próprios em razão<br />

da total inexistência <strong>de</strong> referências confiáveis. Na maioria <strong>do</strong>s<br />

casos foram a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s os parâmetros oficiais utiliza<strong>do</strong>s por<br />

órgãos <strong>de</strong> governo em diversas publicações.<br />

No final <strong>do</strong> relatório estão indicadas as fontes consultadas e os<br />

parâmetro assumi<strong>do</strong>s com a indicação da respectiva autoria.<br />

Por oportuno, lembramos que as estimativas presentes neste<br />

trabalho têm apenas o propósito <strong>de</strong> estabelecer uma referência quantitativa para o Plano e não <strong>de</strong><br />

apresentar da<strong>do</strong>s precisos e <strong>de</strong>finitivos.<br />

4


SUMÁRIO<br />

INTRODUÇÃO __________________________________________________ 7<br />

1. EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA______________________________________ 9<br />

1.1 EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA. ________________________________________________ 9<br />

2. ESTIMATIVAS DE RECURSOS PARA INFRA-ESTRUTURA SOCIAL E URBANA 10<br />

2. 1 ESTIMATIVAS DE RECURSOS PARA EDUCAÇÃO _____________________________________ 10<br />

2.1.1. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS _______________________________ 10<br />

2.1. 2. CONSTRUÇÃO DE NOVAS ESCOLAS PARA ATENDIMENTO ÀS DEMANDAS ADICIONAIS DE VAGAS __ 11<br />

2.1. 3. CUSTO DO ENSINO FUNDAMENTAL PARA JOVENS E ADULTOS ________________________ 11<br />

2.1. 4. CUSTO DAS NOVAS VAGAS NO ENSINO MÉDIO (SUPLETIVO) _________________________ 12<br />

2.1. 5. PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA ______________________________________________ 13<br />

2.1. 6. CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA E GERENCIAL DE SERVIDORES E GESTORES PÚBLICOS. ________ 14<br />

2.1. 7. TREINAMENTO E RECICLAGEM DE EMPRESÁRIOS E TRABALHADORES ___________________ 15<br />

2.1.8. APOIO À FORMAÇÃO DE PESQUISADORES _____________________________________ 16<br />

2.2 RECURSOS PARA A SAÚDE__________________________________________________ 17<br />

2.2. 1. ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE - SAÚDE FAMÍLIA. __________________________________ 17<br />

2.2. 2. ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE - MORTALIDADE INFANTIL. ____________________________ 18<br />

2.2. 3. ADEQUAÇÃO DA OFERTA DE LEITOS HOSPITALARES. ______________________________ 19<br />

2.2. 4. ADEQUAÇÃO DA OFERTA DE POSTOS DE SAÚDE. ________________________________ 20<br />

2.2. 5. ADEQUAÇÃO DA OFERTA DE CENTROS DE SAÚDE/UNIDADE BÁSICA. ____________________ 21<br />

2.3 RECURSOS PARA ASSISTÊNCIA SOCIAL ____________________________________ 22<br />

2.3. 1. PROGRAMA DE ATENÇÃO À CRIANÇA - CRECHE E EDUCAÇÃO INFANTIL. _________________ 22<br />

2.3. 2. PROGRAMA DE ATENÇÃO À CRIANÇA - ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL. ____________ 23<br />

2.3. 3. CAPACITAÇÃO DE JOVENS CARENTES (15 A 17 ANOS). ____________________________ 24<br />

2.3. 4. ATENÇÃO AOS IDOSOS E DEFICIENTES._______________________________________ 24<br />

2.4 RECURSOS PARA SANEAMENTO __________________________________________ 25<br />

2.4. 1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA. ______________________________________________ 25<br />

2.4. 2 LIGAÇÃO À REDE COLETORA DE ESGOTO _____________________________________ 26<br />

2.4. 3. COLETA DIRETA DE LIXO. _______________________________________________ 27<br />

2.5 RECURSOS PARA URBANIZAÇÃO__________________________________________ 28<br />

2.5. 1. DRENAGEM, CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS E ASFALTO. __________________________ 28<br />

2.6 RECURSOS PARA HABITAÇÕES ___________________________________________ 29<br />

2.6. 1. OFERTA DE HABITAÇÕES POPULARES. _______________________________________ 29<br />

3. ESTIMATIVAS DE RECURSOS PARA INFRA-ESTRUTURA ECONÔMICA ____ 30<br />

3.1. 1. RECURSOS PARA ELETRIFICAÇÃO URBANA.____________________________________ 30<br />

3.1. 2. RECURSOS PARA ELETRIFICAÇÃO RURAL._____________________________________ 31<br />

3.2 - TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES _______________________________________ 32<br />

3.2.1. RECURSOS PARA TELEFONIA______________________________________________ 32<br />

3.2.2. RECURSOS PARA RODOVIAS. _____________________________________________ 33<br />

3.2.3. RECURSOS PARA FERROVIAS _____________________________________________ 34<br />

3.2.4. RECURSOS PARA HIDROVIAS______________________________________________ 34<br />

3.2.4. RECURSOS PARA PORTOS, TERMINAIS E ARMAZÉNS ______________________________ 35<br />

3.3. 1 RECURSOS PARA INVESTIMENTOS EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS _____________________ 35<br />

4. RECURSOS PARA FOMENTO DA PRODUÇÃO ______________________________ 36<br />

4.1 RECURSOS PARA FINANCIAMENTO A MICROS E PEQUENOS PRODUTORES URBANOS ______________ 36<br />

5


5. RECURSOS PARA APARELHAMENTO DA POLÍCIA ___________________________ 37<br />

5.1 RECURSOS PARA CAPACITAÇÃO E AUMENTO DO EFETIVO POLICIAL _________________________ 37<br />

6. SÍNTESE GERAL DAS VARIÁVEIS ________________________________ 38<br />

7. SÍNTESE GERAL DOS CUSTOS ___________________________________ 42<br />

9. SÍNTESE POR FONTE DE RECURSOS ______________________________ 47<br />

BIBLIOGRAFIA, FONTES DE DADOS E INFORMAÇÕES __________________________ 52<br />

6


INTRODUÇÃO<br />

A variável <strong>de</strong>mográfica, pelo seu comportamento sem oscilações <strong>de</strong> monta, mesmo em<br />

perío<strong>do</strong>s mais longos, constitui-se valioso instrumento baliza<strong>do</strong>r das projeções das diversas metas<br />

sociais. As principais informações disponíveis estão reunidas nos Censos Demográficos <strong>de</strong> 1980,<br />

1991, e 2000 e na Contagem Populacional <strong>de</strong> 1996, ambas, sob organização e realização <strong>do</strong><br />

IBGE. Nas projeções da população <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>, a<strong>do</strong>tou-se critério basea<strong>do</strong> na<br />

relação Esta<strong>do</strong>/Brasil. No perío<strong>do</strong> 1980/2000 a população <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong> passou <strong>de</strong> 0,96% <strong>do</strong><br />

Brasil para 1,46%, reflexo <strong>do</strong> intenso e excepcional movimento migratório que levou para o Esta<strong>do</strong><br />

gran<strong>de</strong>s levas <strong>de</strong> agricultores <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong> país. Cessa<strong>do</strong>s os efeitos <strong>de</strong>sse movimento migratório, a<br />

perspectiva para os próximos 20 anos é ainda <strong>de</strong> crescimento populacional acima da taxa<br />

projetada para o Brasil, a refletir a continuida<strong>de</strong> <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e, em<br />

conseqüência, aumenta a relação percentual Esta<strong>do</strong>/Brasil. A projeção da taxa <strong>de</strong> urbanização <strong>do</strong><br />

Brasil também tem como base as taxas verificadas nos censos <strong>de</strong>mográficos. Por não estar<br />

sujeita a variações significativas, é eficaz indica<strong>do</strong>r da tendência.<br />

Nas estimativas <strong>de</strong> recursos para investimentos em infra-estrutura social e urbana,<br />

procurou-se a<strong>do</strong>tar como metas, quan<strong>do</strong> razoável, os indica<strong>do</strong>res mais favoráveis observa<strong>do</strong>s<br />

entre as unida<strong>de</strong>s da fe<strong>de</strong>ração. A<strong>do</strong>tou-se, também nos casos em que se fez necessário, o total<br />

<strong>de</strong> famílias igual ao total <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios, obti<strong>do</strong>, por sua vez, pela divisão da população pela média<br />

<strong>de</strong> 3,75 habitantes (índice apura<strong>do</strong> pelo IBGE no censo 2000).<br />

A redução <strong>do</strong> analfabetismo merece tratamento prioritário. A meto<strong>do</strong>logia consi<strong>de</strong>ra o<br />

contingente <strong>de</strong> analfabetos na faixa etária acima <strong>de</strong> 15 anos e metas <strong>de</strong> redução <strong>do</strong> índice <strong>de</strong><br />

12,4% em 2000 para 5% em 2025, bem como a construção <strong>de</strong> salas <strong>de</strong> aula para aten<strong>de</strong>r à<br />

<strong>de</strong>manda adicional <strong>de</strong> vagas. O Bolsa Família, unificação <strong>de</strong> programas assistenciais diversos<br />

(Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Gás, etc.), em que pese ser um programa <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong><br />

renda e tipicamente assistencial, foi incluí<strong>do</strong> no rol das ativida<strong>de</strong>s pertinentes à Educação, por ter<br />

como objetivo precípuo a freqüência escolar <strong>do</strong> menor assisti<strong>do</strong>, mediante recomposição da renda<br />

familiar.<br />

A capacitação tecnológica e gerencial <strong>de</strong> Servi<strong>do</strong>res e Gestores públicos visa <strong>do</strong>tar a<br />

administração da eficiência compatível como o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das mais diversas<br />

áreas. Destacam-se, também, os investimentos na formação <strong>de</strong> pesquisa<strong>do</strong>res, ao elevar <strong>de</strong> 297<br />

para 500 em cada milhão <strong>de</strong> habitantes. Ao mesmo temo, estima-se que expressiva parcela <strong>de</strong><br />

recursos será direcionada para treinamento e reciclagem <strong>do</strong>s empresários e trabalha<strong>do</strong>res em<br />

geral, <strong>de</strong> forma compatível com a nova fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento projetada para o perío<strong>do</strong>. A<br />

premissa básica é a significativa redução <strong>do</strong> <strong>de</strong>semprego e da informalida<strong>de</strong>, refletida pelo<br />

aumento da relação entre a população ocupada e a população economicamente ativa.<br />

7


Na área da Saú<strong>de</strong>, os investimentos <strong>de</strong>verão ser direciona<strong>do</strong>s para a ampliação das<br />

equipes <strong>de</strong> atendimento <strong>do</strong> Programa Saú<strong>de</strong> Família, <strong>do</strong> número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Postos e<br />

Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, bem como da oferta <strong>de</strong> leitos hospitalares e visam metas <strong>de</strong> atendimento<br />

traduzidas pelo aumento <strong>do</strong> percentual da população atendida.<br />

A assistência social <strong>de</strong>ve priorizar programas <strong>de</strong> atenção à criança, por meio <strong>de</strong><br />

construção <strong>de</strong> creches especializadas, ações diretas <strong>de</strong> combate à mortalida<strong>de</strong> infantil; além da<br />

proteção <strong>de</strong>vida às crianças e a<strong>do</strong>lescentes submeti<strong>do</strong>s a trabalhos perigosos e <strong>de</strong>gradantes, e<br />

violências <strong>de</strong> toda a or<strong>de</strong>m, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a reconduzi-las às escolas em tempo integral e<br />

complementar a renda <strong>de</strong> suas famílias. A atenção aos i<strong>do</strong>sos e <strong>de</strong>ficientes terá continuida<strong>de</strong> e<br />

contemplará contingente maior <strong>de</strong> beneficiários com amparo na legislação fe<strong>de</strong>ral em vigor. A<br />

construção <strong>de</strong> casas populares para aten<strong>de</strong>r população <strong>de</strong> baixa renda requer ações imediatas e<br />

urgentes, em face <strong>do</strong> eleva<strong>do</strong> número <strong>de</strong> habitações sem as condições mínimas <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong>,<br />

imprescindível complemento às <strong>de</strong>mais ações assistenciais das áreas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e educação.<br />

Os cálculos relaciona<strong>do</strong>s à ampliação das condições essenciais, como água, esgoto e<br />

<strong>de</strong>mais obras <strong>de</strong> urbanização apóiam-se na variável básica que é a população urbana. No caso<br />

<strong>de</strong> pavimentação, drenagem, e captação <strong>de</strong> águas pluviais, as estimativas <strong>de</strong>frontam-se com<br />

dificulda<strong>de</strong> adicional <strong>de</strong>corrente da impraticabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se <strong>de</strong>terminar com precisão áreas e<br />

extensões <strong>do</strong> perímetro urbano que carecem <strong>de</strong>ssas obras, que, além disso, têm graus varia<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> que refletem diretamente nos custos. A eletricida<strong>de</strong> e os serviços <strong>de</strong> telefonia<br />

<strong>de</strong>vem se aproximar da universalização almejada em curto prazo, e os maiores investimentos<br />

serão volta<strong>do</strong>s para a área rural.<br />

O novo ciclo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento espera<strong>do</strong> para as próximas décadas, alia<strong>do</strong> à gran<strong>de</strong><br />

extensão territorial <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, <strong>de</strong>verá gerar consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong>manda por meios <strong>de</strong> transporte. As<br />

estimativas contemplam aumento, no total, <strong>de</strong> 20% da malha ro<strong>do</strong>viária e 50% das ro<strong>do</strong>vias<br />

estaduais, ou seja, a participação <strong>de</strong>stas no total <strong>de</strong>ve passar <strong>do</strong>s atuais 24,3% para 36,5%.<br />

Associadas a estas, estima-se também a expansão da malha ferroviária em 1000 km e<br />

implantação <strong>de</strong> 2000 km <strong>de</strong> hidrovias, com estrutura <strong>de</strong> portos e armazéns.<br />

No que respeita aos investimentos volta<strong>do</strong>s para a segurança pública, há expectativa <strong>de</strong><br />

crescimento das pressões no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> aumento da melhoria da segurança da população. Cabe<br />

reconhecer que, embora não seja a garantia para redução da criminalida<strong>de</strong>, faz-se<br />

imprescindível, não só a<strong>de</strong>quar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> policiais e militares ao contingente populacional,<br />

além <strong>de</strong> capacitar e remunerar <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada; bem como <strong>do</strong>tar o sistema <strong>de</strong> recursos<br />

logísticos mo<strong>de</strong>rnos, especialmente na área da tecnologia da informação.<br />

8


1. EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA<br />

1.1 Evolução Demográfica.<br />

A população <strong>do</strong> País já está <strong>de</strong>vidamente projetada pelo IBGE para o perío<strong>do</strong> 1980 a 2050. Para<br />

melhor a<strong>de</strong>quar-se à meto<strong>do</strong>logia, optou-se por ajustar as projeções <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> julho para 31 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro, com base nas taxas <strong>de</strong> crescimento anual. Nas projeções da população <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>, a<strong>do</strong>tou-se critério basea<strong>do</strong> na relação Esta<strong>do</strong>/Brasil.<br />

A população rural resulta da diferença entre a população total e a população urbana. Esta, por sua<br />

vez, obtém-se pelo produto da taxa <strong>de</strong> urbanização pela população total. A projeção da taxa <strong>de</strong><br />

urbanização <strong>do</strong> Brasil também tem como base as taxas verificadas nos censos <strong>de</strong>mográficos. Por<br />

não sofrer variações significativas, é eficaz indica<strong>do</strong>r da tendência. A evolução da taxa <strong>de</strong><br />

urbanização <strong>de</strong> 67,6%, em 1980, para 81,2%, em 2000, indica comportamento natural, com<br />

pequena redução, para os 20 anos seguintes. Estima-se crescimento <strong>de</strong> 10 pontos percentuais,<br />

passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> 83%, em 2005, para 93% em 2025. A taxa <strong>de</strong> urbanização <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,<br />

acompanhan<strong>do</strong> o comportamento observa<strong>do</strong> no perío<strong>do</strong> 1980/2000, <strong>de</strong>verá crescer apenas seis<br />

pontos percentuais, passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> 81% em 2005 para 87% em 2025, equivalente à taxa <strong>de</strong><br />

urbanização 87,9% <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Goiás em 2000.<br />

9


2. RECURSOS PARA INFRA-ESTRUTURA SOCIAL E URBANA<br />

2. 1 Recursos Para Educação<br />

2.1.1. Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos Analfabetos<br />

O censo <strong>de</strong>mográfico 2000 registrou, em <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>, a existência <strong>de</strong> 144.642 analfabetos, entre<br />

jovens e adultos, com ida<strong>de</strong> superior a 15 anos, o que equivale a 12,4% da população nessa faixa<br />

etária. A meto<strong>do</strong>logia contempla a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> metas a serem atingidas em cada perío<strong>do</strong>, e sua<br />

redução gradativa visan<strong>do</strong> atingir situação i<strong>de</strong>al em 2025. A<strong>do</strong>tou-se praticamente o mesmo<br />

percentual <strong>de</strong> analfabetos (9%) para 2005, e como meta final, para 2025, o indica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> 5%,<br />

correspon<strong>de</strong>nte ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral em 2001, a situação mais favorável entre as unida<strong>de</strong>s da<br />

fe<strong>de</strong>ração. O índice <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong>verá ser alcança<strong>do</strong> com a queda <strong>de</strong> um ponto percentual em cada<br />

qüinqüênio. Para tanto, será necessário mobilizar volume crescente <strong>de</strong> recursos, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a<br />

aten<strong>de</strong>r com sobra o crescimento <strong>do</strong> público alvo (população da faixa etária que <strong>de</strong>manda o<br />

sistema escolar) e, simultaneamente, reduzir o contingente <strong>de</strong> analfabetos. O custo estabeleci<strong>do</strong><br />

pelo Programa <strong>de</strong> Alfabetização Solidária <strong>do</strong> Ministério da Educação, é <strong>de</strong> R$ 408,00 por<br />

aluno/ano, em 2002, que correspon<strong>de</strong> a R$ 534,00 em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2005, atualiza<strong>do</strong> pelo Índice<br />

Nacional <strong>de</strong> Preços ao Consumi<strong>do</strong>r – INPC. Estima-se investimento anual médio <strong>de</strong> R$ 19,7<br />

milhões.<br />

10


2.1. 2. Construção <strong>de</strong> Novas Escolas para Atendimento às Demandas Adicionais <strong>de</strong> Vagas<br />

Para aten<strong>de</strong>r aos jovens e adultos recém alfabetiza<strong>do</strong>s, projeta-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos<br />

para construção <strong>de</strong> salas <strong>de</strong> aula, obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> aos requisitos essenciais <strong>de</strong> conforto e<br />

funcionalida<strong>de</strong>, correspon<strong>de</strong>nte em média a 160 m 2 por sala, para abrigar 40 alunos. Como forma<br />

<strong>de</strong> reduzir consi<strong>de</strong>ravelmente os investimentos, supõe-se o funcionamento em três turnos. O<br />

investimento médio anual estima<strong>do</strong> é <strong>de</strong> R$ 18,2 milhões.<br />

2.1. 3. Custo <strong>do</strong> Ensino Fundamental para Jovens e Adultos<br />

Para aten<strong>de</strong>r aos jovens e adultos egressos <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> alfabetização e que seguirão os<br />

estu<strong>do</strong>s na fase fundamental, a<strong>do</strong>tou-se a hipótese que o contingente correspon<strong>de</strong>rá a 50% da<br />

população alfabetizada. Observan<strong>do</strong> que a população é majoritariamente adulta, prevê-se a<br />

oferta <strong>de</strong> curso fundamental intensivo <strong>de</strong> <strong>do</strong>is anos. A<strong>do</strong>tou-se como referência, o custo anual <strong>de</strong><br />

cada nova vaga por aluno, no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>, estabeleci<strong>do</strong> pelo MEC e INEP em 1999<br />

em R$ 892,00. Este custo atualiza<strong>do</strong> pelo INPC até janeiro <strong>de</strong> 2006 é <strong>de</strong> R$ 1.475,00. Desta<br />

forma, estima-se que o investimento médio anual seja <strong>de</strong> R$ 26,7 milhões.<br />

11


2.1. 4. Custo das Novas Vagas no Ensino Médio (Supletivo)<br />

Assumiu-se a hipótese que o contingente <strong>de</strong> alunos que seguirá os estu<strong>do</strong>s no ensino médio<br />

correspon<strong>de</strong> a 50% da população matriculada no ensino fundamental que, por sua vez,<br />

correspon<strong>de</strong> a 25% da população egressa da alfabetização. A esta população alvo,<br />

majoritariamente adulta, seria ofereci<strong>do</strong> um curso médio intensivo supletivo, com duração <strong>de</strong> um<br />

ano e meio. Cada nova vaga custa segun<strong>do</strong> estimativa <strong>do</strong> MEC em 1999, R$ 819,00 por aluno<br />

ano, para o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>, atualiza<strong>do</strong> pelo INPC até janeiro <strong>de</strong> 2006 para R$ 1.354,00.<br />

O valor apura<strong>do</strong> pelo IPEA como média nacional em estu<strong>do</strong> recente é <strong>de</strong> R$ 1.893,00 (Revista<br />

Desafios <strong>de</strong> setembro/2005).<br />

12


2.1. 5. Programa Bolsa Família<br />

Bolsa Família é um programa <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> renda para beneficiar famílias com renda per<br />

capita inferior a R$ 100,00. Resulta da unificação <strong>de</strong> programas assistenciais diversos (Bolsa<br />

Escola, Bolsa Alimentação, Gás, etc.). Para viabilizar as projeções, a<strong>do</strong>tou-se que o total <strong>de</strong><br />

famílias é igual ao total <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios. Este, por sua vez, é obti<strong>do</strong> pela divisão da população pela<br />

média <strong>de</strong> 3,75 habitantes (índice apura<strong>do</strong> pelo IBGE no censo 2000). Nas projeções até 2025,<br />

seguin<strong>do</strong> tendência observada nos últimos anos, esta média diminui 0,05 ponto percentual<br />

<strong>de</strong>ven<strong>do</strong> situar-se em 3,5 habitantes por <strong>do</strong>micílio em 2025. No tocante às famílias pobres, alvo<br />

<strong>do</strong> programa, o Ministério <strong>do</strong> Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS registra para<br />

<strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong> o número <strong>de</strong> 149.615, isto é, que aten<strong>de</strong>m as condições exigidas para receberem o<br />

benefício. Este contingente equivale 22,4% <strong>do</strong> total <strong>de</strong> famílias. As projeções seguem a premissa<br />

<strong>de</strong> que o contingente <strong>de</strong> famílias pobres será gradualmente reduzi<strong>do</strong> e, simultaneamente, elevase<br />

o <strong>de</strong> famílias atendidas. Assim, nos qüinqüênios seguintes, o percentual <strong>de</strong> famílias pobres<br />

diminui <strong>de</strong> 22,4%, em 2000, para 10% em 2025, enquanto o contingente <strong>de</strong> famílias atendidas<br />

chega a 83% em 2010, incrementan<strong>do</strong> <strong>do</strong>is pontos percentuais até 89% em 2025. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong><br />

o valor médio <strong>de</strong> R$ 55,83 para os benefícios em <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>, registra<strong>do</strong> em boletim <strong>do</strong> MDS <strong>de</strong><br />

fevereiro <strong>de</strong> 2006, apura-se volume anual médio <strong>de</strong> R$ 77,3 milhões a serem <strong>de</strong>spendi<strong>do</strong>s com o<br />

Programa.<br />

13


2.1. 6. Capacitação Tecnológica e Gerencial <strong>de</strong> Servi<strong>do</strong>res e Gestores Públicos.<br />

A capacitação <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res aliada à informatização e gradativa redução <strong>do</strong>s processos, reduz<br />

proporcionalmente o contingente <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res públicos em relação à PEA total. A<strong>do</strong>tou-se que a<br />

população economicamente ativa mantém-se ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> em 50% da população total,<br />

índice observa<strong>do</strong> no censo 2000, enquanto a participação da PEA ocupada em relação à PEA<br />

total, a partir <strong>do</strong> índice <strong>de</strong> 74% em 2000, evolui quatro pontos percentuais em cada qüinqüênio,<br />

até alcançar 94% em 2025. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res <strong>de</strong>verá aumentar em torno <strong>de</strong> 50% até<br />

2010, e apenas 30% nos três qüinqüênios restantes. Desta forma, a participação em termos<br />

percentuais <strong>do</strong> número <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res em relação à PEA total, partin<strong>do</strong> <strong>de</strong> 6,73% em 2005, elevase<br />

a 8,5% em 2010; e <strong>de</strong>cresce 0,25 ponto percentual em cada qüinqüênio, reduzin<strong>do</strong>-se a 7,5%<br />

em 2025. Observadas essas projeções, obtém-se a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res e gestores que<br />

serão capacita<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong>. Foi assumi<strong>do</strong> o custo médio <strong>de</strong> referência <strong>de</strong> R$ 205,00 por<br />

aluno/ano, valor correspon<strong>de</strong>nte ao aplica<strong>do</strong> pelo PLANFOR (relatório <strong>do</strong> Programa Avança<br />

Brasil) em 2000, <strong>de</strong> R$ 132, 00, corrigi<strong>do</strong> pelo INPC até janeiro <strong>de</strong> 2006. As estimativas indicam<br />

investimento médio anual da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 23,87 milhões. Adicionalmente, <strong>de</strong>verá ser construí<strong>do</strong><br />

um Centro <strong>de</strong> Treinamento e Formação Profissional, <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong> recursos administrativos,<br />

pedagógicos e <strong>de</strong> informática com, pelo menos 3000 m 2 e custo estima<strong>do</strong> em R$ 977,39 por m 2<br />

(custo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> alto padrão em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2005, segun<strong>do</strong> o site<br />

www.construcaomerca<strong>do</strong>.com.br)<br />

14


2.1. 7. Treinamento e Reciclagem <strong>de</strong> Empresários e Trabalha<strong>do</strong>res<br />

Os investimentos em ações voltadas para treinamento e reciclagem <strong>do</strong>s empresários e<br />

trabalha<strong>do</strong>res em geral <strong>de</strong>verão constituir expressiva parcela <strong>de</strong> recursos. Mantém-se a premissa<br />

básica <strong>de</strong> que a população economicamente ativa, ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, se estabilize em torno <strong>de</strong><br />

50% da população total. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empresários e emprega<strong>do</strong>s correspon<strong>de</strong> à população<br />

ocupada <strong>de</strong>duzida <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res públicos. Desta forma, a queda observada no primeiro<br />

qüinqüênio <strong>de</strong>corre da elevação <strong>do</strong> quadro <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res. Retoma-se o crescimento <strong>de</strong> 0,25 ponto<br />

percentual a partir <strong>de</strong> 2010. Na estimativa, a<strong>do</strong>tou-se idêntico custo médio aluno/ano, <strong>de</strong> R$<br />

205,00; valor correspon<strong>de</strong>nte ao aplica<strong>do</strong> pelo PLANFOR (relatório <strong>do</strong> Programa Avança Brasil)<br />

em 2000, <strong>de</strong> R$ 132, 00, corrigi<strong>do</strong> pelo INPC até janeiro <strong>de</strong> 2006. As estimativas indicam<br />

investimento médio anual da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 234,47 milhões.<br />

15


2.1.8. Apoio à Formação <strong>de</strong> Pesquisa<strong>do</strong>res<br />

A<strong>do</strong>tou-se como parâmetro a evolução gradual da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisa<strong>do</strong>res por milhão <strong>de</strong><br />

habitantes, <strong>de</strong> 297 em 2005, até 500 em 2025. Em face da diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> custos encontrada na<br />

formação <strong>de</strong> pesquisa<strong>do</strong>res, procurou-se fixar com referência o custo aproxima<strong>do</strong> <strong>do</strong>s cursos <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>utora<strong>do</strong>.Estima-se o custo médio anual <strong>de</strong> R$ 16,8 milhões.<br />

16


2.2 Recursos Para A Saú<strong>de</strong><br />

2.2. 1. Atenção Básica à Saú<strong>de</strong> - Saú<strong>de</strong> Família.<br />

As premissas básicas para estimativa <strong>do</strong>s investimentos relativos ao Programa Saú<strong>de</strong> Família são<br />

as metas <strong>de</strong> atendimento traduzidas pelo percentual da população atendida e o número <strong>de</strong><br />

equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> necessário para o atendimento. O Anuário Estatístico <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> Brasil 2001<br />

- Situação <strong>do</strong>s Indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> MT - indica que em 2000, a cobertura <strong>do</strong> Programa em<br />

<strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong> alcançou 37,4% da população. A<strong>do</strong>tou-se que esse percentual evolua até 58% em<br />

2025. Em 2006, a média Brasil <strong>de</strong> cobertura chegou a 46%, segun<strong>do</strong> informação contida no site<br />

<strong>do</strong> Ministério da Saú<strong>de</strong>. Relativamente às equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, tomou-se por base a existência <strong>de</strong><br />

284 equipes em <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>, em 2000, conforme registro no Anuário Estatístico <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> –<br />

2001. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que o Ministério da Saú<strong>de</strong> estabelece que a população assistida por equipe<br />

varie <strong>de</strong> 3000 a 4500 habitantes, a<strong>do</strong>tou-se que quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipes necessárias será obtida<br />

pela divisão da população a ser atendida, segun<strong>do</strong> os percentuais <strong>de</strong> atendimento fixa<strong>do</strong>s, por<br />

3000. Deste mo<strong>do</strong>, os investimentos serão feitos no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> aumentar gradativamente o<br />

numero <strong>de</strong> equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>verá alcançar 758 em 2025, para assistir a 2,27 milhões <strong>de</strong><br />

habitantes. O custo médio mensal, segun<strong>do</strong> estu<strong>do</strong> elabora<strong>do</strong> pela Fundação Getúlio Vargas para<br />

o Ministério da Saú<strong>de</strong>, em valores <strong>de</strong> 2000, é <strong>de</strong> R$ 17.903,00 por equipe básica e <strong>de</strong> R$<br />

28.322,00 por equipe ampliada. A<strong>do</strong>tou-se o valor médio <strong>de</strong> R$ 27.000,00 por equipe, que<br />

correspon<strong>de</strong> a R$ 9,00 por habitante assisti<strong>do</strong>, valor este consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> no Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Eixos<br />

(Apêndice 3, página 24). Desse mo<strong>do</strong>, estima-se que o custo médio anual <strong>do</strong> Programa Saú<strong>de</strong><br />

Família em cerca <strong>de</strong> R$ 183,3 milhões.<br />

17


2.2. 2. Atenção Básica à Saú<strong>de</strong> - Mortalida<strong>de</strong> Infantil.<br />

O combate à mortalida<strong>de</strong> infantil po<strong>de</strong>rá ter tratamento in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Programa Saú<strong>de</strong> Família,<br />

com ações específicas voltadas para o público alvo, ou seja, as crianças <strong>de</strong> até um ano. A<strong>do</strong>touse<br />

que os nascimentos correspon<strong>de</strong>m à diferença entre as populações ao final <strong>de</strong> cada perío<strong>do</strong>.<br />

Esta variável, por sua vez, situa-se em torno <strong>de</strong> 10% da população total, conforme apura<strong>do</strong>s nos<br />

censos 1996 e 2000. Por essa razão, a<strong>do</strong>tou-se que as crianças <strong>de</strong> até um ano correspon<strong>de</strong>m a<br />

1/5 <strong>do</strong>s nascimentos no perío<strong>do</strong>. A<strong>do</strong>taram-se informações divulgadas pela CNBB/pastoral da<br />

criança, que estimam em R$ 0,50 por criança/dia, ou R$ 900,00 por criança/ano, o custo <strong>de</strong> ações<br />

eficazes contra a mortalida<strong>de</strong> infantil. Desta forma, estima-se em R$ 8,08 milhões o custo médio<br />

anual. Este valor é compatível com o volume <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> ao Programa <strong>de</strong> Combate às<br />

Carências Nutricionais, que repassou, em 2001, cerca <strong>de</strong> R$ 2,2 milhões para atendimento <strong>de</strong><br />

12.400 gestantes e crianças <strong>de</strong> até 23 meses, o que correspon<strong>de</strong> a R$ 887,00 per capita.<br />

(www.abrasil.gov.br).<br />

18


2.2. 3. A<strong>de</strong>quação da oferta <strong>de</strong> Leitos Hospitalares.<br />

A premissa básica para estimativa <strong>do</strong>s recursos a serem direciona<strong>do</strong>s para a a<strong>de</strong>quação da oferta<br />

<strong>de</strong> leitos hospitalares, é a relação entre o número <strong>de</strong> leitos e a população, <strong>de</strong>finida pelo número <strong>de</strong><br />

leitos por 1000 habitantes. As metas estabelecidas partem <strong>do</strong> índice <strong>de</strong> 2,73 leitos por 1000<br />

habitantes em 2005, o mesmo índice apura<strong>do</strong> para 2003, conforme <strong>do</strong>cumento “Indica<strong>do</strong>res<br />

Sociais - MT” elabora<strong>do</strong> pela Seplan - Secretaria <strong>de</strong> Planejamento e Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>de</strong> <strong>Mato</strong><br />

<strong>Grosso</strong>. A<strong>do</strong>tou-se como metas o crescimento da oferta <strong>de</strong> leitos à população <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que o<br />

indica<strong>do</strong>r evolua para 3 leitos por 1000 habitantes em 2010, com incremento <strong>de</strong> 0,5 até alcançar<br />

4,5 leitos por 1000 habitantes em 2025, indica<strong>do</strong>r i<strong>de</strong>al fixa<strong>do</strong> pela Organização Mundial <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong>. A divisão da população pelo índice indica a quantida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> leitos. A diferença entre as<br />

posições finais <strong>de</strong> cada perío<strong>do</strong>, <strong>de</strong>termina o déficit em número <strong>de</strong> leitos que <strong>de</strong>verão ser<br />

viabiliza<strong>do</strong>s para se alcançar o índice <strong>de</strong> oferta estabeleci<strong>do</strong> como meta. A<strong>do</strong>tou-se para<br />

apuração <strong>do</strong> valor <strong>do</strong>s investimentos o custo <strong>de</strong> R$ 158.000,00 por leito, com base em estu<strong>do</strong> da<br />

Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Este valor é compatível com licitação em curso no<br />

Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná para construção <strong>do</strong> hospital <strong>de</strong> Beltrão, na qual se estabelece a estimativa <strong>de</strong><br />

R$ 133.000,00 por leito. Desta forma, apura-se a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitos que serão acresci<strong>do</strong>s ao<br />

sistema em cada qüinqüênio, resultan<strong>do</strong> no volume médio anual <strong>de</strong> investimentos em torno <strong>de</strong> R$<br />

62 milhões.<br />

19


2.2. 4. A<strong>de</strong>quação da oferta <strong>de</strong> Postos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

O aumento da oferta <strong>de</strong> leitos hospitalares <strong>de</strong>ve ser acompanha<strong>do</strong> da melhoria <strong>do</strong> atendimento<br />

por meio <strong>do</strong>s Postos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, que se po<strong>de</strong> traduzir, basicamente, pela diminuição <strong>do</strong><br />

contingente populacional coberto pela unida<strong>de</strong>; o que se po<strong>de</strong> alcançar com ampliação <strong>do</strong> número<br />

<strong>de</strong> postos em razão superior à <strong>do</strong> crescimento populacional. As informações contidas no Cadastro<br />

Nacional <strong>de</strong> Estabelecimentos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – CNES, site <strong>do</strong> Ministério da Saú<strong>de</strong>, indicam para <strong>Mato</strong><br />

<strong>Grosso</strong> a existência <strong>de</strong> 275 postos em 2005, o que resulta na cobertura <strong>de</strong> 10.218 habitantes por<br />

unida<strong>de</strong>. A<strong>do</strong>tou-se por metas, número <strong>de</strong>crescente da população alvo a ser coberta pelo posto,<br />

visan<strong>do</strong> alcançar, em 2025, a cobertura <strong>de</strong> 4000 habitantes por unida<strong>de</strong>. A partir da divisão da<br />

população total pela população alvo, obtém-se a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> postos ao final <strong>de</strong> cada<br />

qüinqüênio. A diferença entre os valores final e inicial <strong>de</strong> cada perío<strong>do</strong>, indica o déficit <strong>de</strong> postos a<br />

serem construí<strong>do</strong>s. A<strong>do</strong>tou-se o custo aproxima<strong>do</strong> <strong>de</strong> 25% <strong>do</strong> custo <strong>de</strong> cada leito hospitalar, ou<br />

seja, R$ 40.000,00 por unida<strong>de</strong>. Desta forma, estimam-se investimentos cujo valor médio anual<br />

será <strong>de</strong> R$ 1,41 milhão.<br />

20


2.2. 5. A<strong>de</strong>quação da oferta <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>/Unida<strong>de</strong> básica.<br />

Tal como a oferta <strong>de</strong> Postos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, atenção especial <strong>de</strong>ve merecer a a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong>s Centros<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> às <strong>de</strong>mandas da população. Devi<strong>do</strong> à presença <strong>do</strong> médico na equipe, essas unida<strong>de</strong>s<br />

prestam atendimento mais qualifica<strong>do</strong> e minimizam a pressão sobre o atendimento hospitalar. A<br />

premissa básica resi<strong>de</strong> no aumento da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a diminuir o contingente<br />

populacional assisti<strong>do</strong> por unida<strong>de</strong>. Toman<strong>do</strong>-se por base a existência <strong>de</strong> um Centro para cada<br />

4.558 habitantes em 2005, conforme registro no site <strong>do</strong> Ministério da Saú<strong>de</strong> (CNES), a<strong>do</strong>taram-se<br />

metas <strong>de</strong> queda <strong>de</strong>ssa relação em 500 habitantes em cada qüinqüênio, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a alcançar 2.500<br />

habitantes por Centro em 2025. Com isso, <strong>de</strong>fine-se a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Centros necessários,<br />

dividin<strong>do</strong> a população pela meta <strong>de</strong> atendimento; e o número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s a serem construídas<br />

correspon<strong>de</strong> à diferença entre os valores inicial e final <strong>de</strong> cada perío<strong>do</strong>. A<strong>do</strong>tou-se o custo<br />

equivalente a aproximadamente 25% <strong>do</strong> custo por leito hospitalar, ou seja, R$ 40.000,00. Desta<br />

forma, os investimentos estima<strong>do</strong>s alcançam média anual <strong>de</strong> R$ 1,91 milhão.<br />

21


2.3 RECURSOS PARA ASSISTÊNCIA SOCIAL<br />

2.3. 1. Programa <strong>de</strong> Atenção à Criança - Creche e Educação Infantil.<br />

O programa <strong>de</strong> atenção à criança <strong>de</strong>verá contemplar, também, a disponibilização <strong>de</strong> vagas em<br />

creches especializadas para o atendimento <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> zero a seis anos. Esta população alvo<br />

é <strong>de</strong>terminada pelo percentual <strong>de</strong> 13,2%, apura<strong>do</strong> pelo IBGE-PNAD 2003, que indica contingente<br />

<strong>de</strong> 370.919 crianças já em 2005. O mesmo percentual foi manti<strong>do</strong> ao longo <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong>. A<br />

<strong>de</strong>finição da parcela da população alvo que será amparada pelo Programa tem como base a<br />

informação contida no boletim www.abrasil.gov.br/esta<strong>do</strong>s, que 38.300 crianças nessa faixa etária<br />

eram atendidas em 2005 pelo Programa (em torno <strong>de</strong> 10% da população alvo). Diante disso,<br />

aplica-se incremento <strong>de</strong> 10 pontos percentuais a cada qüinqüênio até alcançar 50% em 2025. A<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crianças atendidas resulta <strong>do</strong> produto da meta percentual pela população alvo.<br />

A<strong>do</strong>tou-se o custo médio anual por criança <strong>de</strong> R$ 958,07, relativo a 2003, e divulga<strong>do</strong> pela<br />

Revista Desafios <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2005. Com isso, estima-se que os investimentos estarão<br />

situa<strong>do</strong>s na média anual <strong>de</strong> R$ 78,93 milhões.<br />

22


2.3. 2. Programa <strong>de</strong> Atenção à Criança - Erradicação <strong>do</strong> Trabalho Infantil.<br />

O trabalho infantil vem sen<strong>do</strong> combati<strong>do</strong> com ações específicas visan<strong>do</strong> coibir prática criminosa<br />

que submete crianças e jovens a trabalhos perigosos, penosos e <strong>de</strong>gradantes, encaminhá-las<br />

para escolas em jornada ampliada, além <strong>de</strong> conce<strong>de</strong>r auxílio à família como forma <strong>de</strong> repor a<br />

renda que as crianças traziam para casa. O censo 2000 apurou população na faixa etária <strong>de</strong> 7 a<br />

14 anos <strong>de</strong> 431.473 jovens, correspon<strong>de</strong>nte a 17% da população total. Para efeito <strong>de</strong> estimativa<br />

<strong>de</strong> custos, optou-se por manter esse percentual ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, como público alvo. A<br />

premissa básica é a <strong>de</strong>finição, por hipótese, <strong>de</strong> que 10% <strong>de</strong>sse contingente (43.147) estejam<br />

submeti<strong>do</strong>s ao trabalho ilegal e que esse percentual seja resgata<strong>do</strong> até 2015, na proporção <strong>de</strong> 1/3<br />

por qüinqüênio. Dessa forma, parte-se da hipótese <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong> 14.382 crianças em 2005,<br />

com base na informação <strong>do</strong> site www.abrasil.gov.br. O custo atual estabeleci<strong>do</strong> pelo <strong>Governo</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral é <strong>de</strong> R$ 40,00 por criança/mês, para repor a renda à família da criança. Com este custo, o<br />

investimento médio anual <strong>de</strong>verá situar-se em torno <strong>de</strong> R$ 10,36 milhões.<br />

23


2.3. 3. Capacitação <strong>de</strong> Jovens Carentes (15 a 17 anos).<br />

O atendimento a jovens carentes visa proteger vítimas <strong>de</strong> violências na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 17<br />

anos. O censo 2000 indica que esse contingente correspon<strong>de</strong> a 6% da população total, ou seja,<br />

150.261 jovens. Segun<strong>do</strong> registro no relatório Ações Fe<strong>de</strong>rais (www.abrasil.gov.br), em <strong>Mato</strong><br />

<strong>Grosso</strong>, foram atendi<strong>do</strong>s 1960 jovens, incluin<strong>do</strong> vítimas <strong>de</strong> abuso sexual. Esta população alvo<br />

correspon<strong>de</strong> a 1,3% da população total. Os <strong>do</strong>is percentuais, 6% e 1,3%, foram manti<strong>do</strong>s ao longo<br />

<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> como premissas básicas para <strong>de</strong>terminação da população alvo. O custo correspon<strong>de</strong><br />

à concessão <strong>de</strong> bolsa <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> mensal <strong>de</strong> ½ salário mínimo por criança. A<strong>do</strong>tou-se este valor por<br />

analogia ao Programa Agente Jovem <strong>de</strong> Desenvolvimento Social e Humano. O investimento anual<br />

médio <strong>de</strong>verá situar-se em torno <strong>de</strong> R$ 5,52 milhões.<br />

2.3. 4. Atenção aos I<strong>do</strong>sos e Deficientes.<br />

O censo 2000 apurou, na faixa etária superior a 65 anos, 91.558 i<strong>do</strong>sos, cerca <strong>de</strong> 3,65% da<br />

população total. A<strong>do</strong>tou-se este percentual ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> para <strong>de</strong>terminação da população<br />

24


alvo, vez que o benefício contempla parcela consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong>ssa população, além <strong>do</strong>s <strong>de</strong>ficientes.<br />

O relatório Ações Fe<strong>de</strong>rais (www.abrasil.gov.br) registra o atendimento <strong>de</strong> 37% <strong>de</strong>sse segmento<br />

em 2001. Parte-se <strong>de</strong>ste percentual em 2000 para estabelecimento das metas <strong>de</strong> população<br />

atendida nos qüinqüênios seguintes, amplian<strong>do</strong> a cobertura até alcançar 50% em 2025. Por<br />

hipótese, serão os 50% os restantes beneficiários <strong>de</strong> aposenta<strong>do</strong>ria da previdência oficial. O<br />

custo é <strong>de</strong> um salário mínimo por beneficiário, para i<strong>do</strong>sos e <strong>de</strong>ficientes cuja renda familiar per<br />

capita seja inferior a ¼ <strong>do</strong> salário mínimo, segun<strong>do</strong> estabeleci<strong>do</strong> na Lei Orgânica da Assistência<br />

Social. O investimento médio anual <strong>de</strong>verá situar-se em torno <strong>de</strong> R$ 229,83 milhões.<br />

2.4 RECURSOS PARA SANEAMENTO<br />

2.4. 1. Abastecimento <strong>de</strong> Água.<br />

As estimativas relacionadas aos serviços <strong>de</strong> água, eletricida<strong>de</strong>, esgoto e <strong>de</strong>mais obras <strong>de</strong><br />

urbanização se apóiam na variável básica que é a população urbana, <strong>de</strong>finida em função da<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> habitantes por <strong>do</strong>micílio, ou seja, 3,75 mora<strong>do</strong>res por <strong>do</strong>micílio, premissa a<strong>do</strong>tada<br />

na projeção da evolução <strong>de</strong>mográfica. Assim, dividin<strong>do</strong> a população por 3,75 tem-se ao longo <strong>do</strong><br />

perío<strong>do</strong> a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios. As ligações à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> água têm suas metas fixadas pela<br />

evolução <strong>do</strong> índice <strong>de</strong> 77,9% <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios atendi<strong>do</strong>s em 2000 (Censo 2000-IBGE), com<br />

incremento <strong>de</strong> 3 pontos percentuais, até alcançar 93% em 2025, situação <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral em<br />

2004 (IBGE/PNAD). Estas metas <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong>finem o percentual <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios e a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes a serem atendi<strong>do</strong>s. A diferença entre o valor inicial e o valor final das metas <strong>de</strong><br />

atendimento indica o déficit <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios a serem liga<strong>do</strong>s. O custo <strong>do</strong>s investimentos foi apura<strong>do</strong><br />

com base no valor <strong>de</strong> R$ 600,00 por ligação, obti<strong>do</strong> junto à Secretaria <strong>de</strong> Política Urbana <strong>do</strong><br />

Ministério <strong>do</strong> Planejamento, relativo a 1998, que atualiza<strong>do</strong> pelo INPC, equivale a R$ 1.040,00 em<br />

2005. Este valor é compatível com o custo <strong>do</strong>s investimentos <strong>do</strong>s programas Pró-saneamento e<br />

25


Saneamento é Vida, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1996 a 2001, que correspon<strong>de</strong> a R$ 560,00, por família,<br />

atualiza<strong>do</strong> pelo mesmo índice alcança a R$ 971,00. O investimento médio anual apura<strong>do</strong> é <strong>de</strong> R$<br />

22,19 milhões.<br />

2.4. 2 Ligação à Re<strong>de</strong> Coletora <strong>de</strong> Esgoto<br />

As estimativas relativas à ligação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios à re<strong>de</strong> coletora <strong>de</strong> esgoto também se apóiam nas<br />

projeções da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios urbanos bem como na evolução <strong>do</strong> percentual <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>micílios atendi<strong>do</strong>s. A exemplo da meto<strong>do</strong>logia utilizada para as ligações à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> água,<br />

também para re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgoto a<strong>do</strong>tou-se a premissa <strong>de</strong> 3,75 mora<strong>do</strong>res por <strong>do</strong>micílio, como forma<br />

<strong>de</strong> projetar o número <strong>de</strong> residências. Assim, dividin<strong>do</strong> a população por 3,75 tem-se ao longo <strong>do</strong><br />

perío<strong>do</strong> a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios. O censo 2000 apurou que apenas 15,15% <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios<br />

(101.149) estavam liga<strong>do</strong>s na re<strong>de</strong> geral coletora <strong>de</strong> esgoto. Esta variável constituirá as metas<br />

percentuais a serem perseguidas e, por sua, vez o número <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios a serem liga<strong>do</strong>s.<br />

Assumiu-se hipótese <strong>de</strong> metas crescentes, toman<strong>do</strong>-se por base em 2005 o percentual <strong>de</strong> 17,2%<br />

(IBGE-PNAD 2004), com incremento <strong>de</strong> 16,1% em cada qüinqüênio <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a ligar 81,6% <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>micílios em 2025. Este percentual correspon<strong>de</strong> à situação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Santa Catarina em<br />

2004. O número <strong>de</strong> ligações é <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> pela diferença entre o valor final e inicial das metas <strong>de</strong><br />

atendimento. O custo <strong>do</strong>s investimentos foi calcula<strong>do</strong> com base no valor médio unitário <strong>de</strong> R$<br />

900,00, por ligação, valor <strong>de</strong> 1998, obti<strong>do</strong> junto à Secretaria <strong>de</strong> Política Urbana <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong><br />

Planejamento, atualiza<strong>do</strong> pelo INPC para R$ 1.627,00 para janeiro <strong>de</strong> 2006. Estima-se o<br />

investimento nessa área em torno <strong>do</strong> valor médio anual <strong>de</strong> R$ 63,7 milhões.<br />

26


2.4. 3. Coleta Direta <strong>de</strong> Lixo.<br />

O Censo Demográfico 2000 registra o índice <strong>de</strong> 88% <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios servi<strong>do</strong>s pela coleta direta <strong>de</strong><br />

lixo. A variável básica é a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios urbanos, obtida pela divisão da população pelo<br />

índice médio <strong>de</strong> 3,75 mora<strong>do</strong>res; a exemplo das ligações <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> esgoto. Assumiu-se a<br />

hipótese <strong>de</strong> metas crescentes <strong>do</strong> índice <strong>de</strong> atendimento, partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> percentual <strong>de</strong> 88% (<strong>de</strong> 2000),<br />

chegan<strong>do</strong> a 100% já em 2015. Com base nas metas percentuais <strong>de</strong>finem-se a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

residências a serem atendidas, sen<strong>do</strong> o número <strong>de</strong> ligações obti<strong>do</strong> pela diferença entre o valor<br />

final e inicial das metas <strong>de</strong> atendimento no perío<strong>do</strong>. O investimento foi calcula<strong>do</strong> com base no<br />

valor médio unitário <strong>de</strong> R$ 85,00 por ligação, valor em 1998, obti<strong>do</strong> junto à Secretaria <strong>de</strong> Política<br />

Urbana <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Planejamento, que resulta em R$ 153,00 atualiza<strong>do</strong> pelo INPC até janeiro<br />

<strong>de</strong> 2006. Estima-se investimento médio anual da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 3,16 milhões.<br />

27


2.5 RECURSOS PARA URBANIZAÇÃO<br />

2.5. 1. Drenagem, Captação <strong>de</strong> Águas Pluviais e Asfalto.<br />

A <strong>de</strong>finição das variáveis que permitam estimar recursos para pavimentação, drenagem, e<br />

captação <strong>de</strong> águas pluviais é dificultada pela impraticabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se <strong>de</strong>terminar áreas e<br />

extensões <strong>do</strong> perímetro urbano que carecem <strong>de</strong>ssas obras, que, além disso, têm graus varia<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> e, consequentemente os mais diversos custos. Assim sen<strong>do</strong>, a<strong>do</strong>tou-se o<br />

mesmo índice <strong>de</strong> residências ligadas à re<strong>de</strong> esgoto como sen<strong>do</strong> o indica<strong>do</strong>r <strong>do</strong> percentual <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>micílios também atendi<strong>do</strong>s por vias pavimentadas e drenagem <strong>de</strong> águas pluviais (Em <strong>Mato</strong><br />

<strong>Grosso</strong>, 15,5%, pelo censo 2000 e 17,2% pela PNAD 2004 - IBGE). Assumiu-se este último para o<br />

ano <strong>de</strong> 2005 e como referência para 2025, o índice <strong>de</strong> 81,6%; situação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Santa<br />

Catarina em 2004, apura<strong>do</strong> também pelo IBGE-PNAD. Com base nesses <strong>do</strong>is indica<strong>do</strong>res,<br />

assumiram-se metas para cada qüinqüênio resultantes <strong>do</strong> incremento <strong>de</strong> 16,1% até 81,6% em<br />

2025. As metas <strong>de</strong> atendimento em quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios é o produto das metas percentuais<br />

projetadas pelo número <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios potenciais. A diferença entre os valores final e inicial das<br />

metas <strong>de</strong> atendimento em cada perío<strong>do</strong> é o número <strong>de</strong> lotes a serem urbaniza<strong>do</strong>s. Foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> o<br />

custo <strong>de</strong> R$ 7.006,00 por <strong>do</strong>micílio. Este valor resulta da atualização pelo INPC até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

2005, <strong>do</strong> custo <strong>de</strong> R$ 4.500,00 relativo às obras <strong>de</strong> urbanização das vias resi<strong>de</strong>nciais da periferia<br />

<strong>de</strong> Brasília, em 2000, forneci<strong>do</strong> pela Secretaria <strong>de</strong> Obras <strong>do</strong> <strong>Governo</strong> <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral. Os<br />

investimentos <strong>de</strong>verão situar-se em torno da média anual <strong>de</strong> R$ 274,28 milhões.<br />

28


2.6 RECURSOS PARA HABITAÇÕES<br />

2.6. 1. Oferta <strong>de</strong> Habitações populares.<br />

O censo <strong>de</strong>mográfico 2000 registra, em <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>, 66.115 <strong>do</strong>micílios enquadra<strong>do</strong>s no conceito<br />

<strong>de</strong> déficit habitacional básico, ou seja, improvisa<strong>do</strong>s, rústicos e coabitação familiar, que constituem<br />

o foco das ações <strong>de</strong> melhoria das condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> da população <strong>de</strong> baixa renda. O<br />

déficit habitacional básico correspon<strong>de</strong> a 9,9% <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios urbanos potenciais, <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s pela<br />

razão da população total pelo índice médio <strong>de</strong> 3,75 habitantes por <strong>do</strong>micílio, relação mantida até<br />

2025 para i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios potenciais. A<strong>do</strong>tou-se como metas a redução gradativa <strong>do</strong><br />

déficit <strong>de</strong> 9,9% ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> até chegar a 1% em 2025. O produto <strong>do</strong> índice pela<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios potenciais indica as metas em quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios. As diferenças<br />

entre os valores final e inicial <strong>de</strong> cada perío<strong>do</strong> correspon<strong>de</strong>m às habitações a serem construídas.<br />

A<strong>do</strong>tou-se o custo <strong>do</strong> investimento em R$ 11.000,00, por <strong>do</strong>micílio, fixa<strong>do</strong> pelo Ministério das<br />

Cida<strong>de</strong>s no programa Urbanização, Regularização e Integração <strong>de</strong> Assentamentos Precários.<br />

Este valor é compatível com o Programa Carta <strong>de</strong> Crédito que contemplou, até 2001, 16.600<br />

famílias com empréstimos <strong>de</strong> R$ 159,3 milhões, igual a R$ 9.500 por família. O investimento<br />

médio anual <strong>de</strong>verá situar-se em torno <strong>de</strong> R$ 27,76 milhões.<br />

29


3. RECURSOS PARA INFRA-ESTRUTURA ECONÔMICA<br />

3.1. 1. Recursos para Eletrificação Urbana.<br />

Segun<strong>do</strong> estimativa da ANEEL, em Nota Técnica nº.097/SRC/ANEEL, <strong>de</strong> 15.09.2005, apenas<br />

13.256 <strong>do</strong>micílios urbanos não tinham ligação <strong>de</strong> energia elétrica no ano <strong>de</strong> 2005. Este número<br />

indica que 98,3% <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios urbanos em <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong> dispõem <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>. O número <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>micílios potenciais, ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, será <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> pela razão entre a população total e<br />

o índice <strong>de</strong> 3,75 habitantes, tal como apura<strong>do</strong> pelo censo 2000. Assim sen<strong>do</strong>, a<strong>do</strong>tou-se como<br />

meta que, já em 2010, 100% <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios terão energia elétrica, ten<strong>do</strong> como referência o Distrito<br />

Fe<strong>de</strong>ral, on<strong>de</strong> em 2003 o índice é <strong>de</strong> 97,3%, apura<strong>do</strong> pelo IBGE-PNAD. A meta <strong>de</strong> 100% no<br />

primeiro qüinqüênio <strong>de</strong>fine a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novas ligações a serem feitas, contemplan<strong>do</strong> o déficit<br />

encontra<strong>do</strong> em 2005. Assumiu-se o custo <strong>do</strong>s investimentos na re<strong>de</strong> urbana, por <strong>do</strong>micílio, em<br />

20% <strong>de</strong> R$ 9.323,00, valor este estima<strong>do</strong> pela CEMIG nos processos <strong>de</strong> licitação em curso no ano<br />

<strong>de</strong> 2006, para obras <strong>de</strong> eletrificação rural, conforme registra<strong>do</strong> no site www.cemig.com.br.<br />

30


3.1. 2. Recursos para Eletrificação Rural.<br />

A meto<strong>do</strong>logia prevê o levantamento da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> residências rurais por meio da divisão da<br />

população pelo índice estima<strong>do</strong> em torno <strong>de</strong> 4 habitantes por <strong>do</strong>micílio, que é o índice <strong>de</strong> 3,75<br />

utiliza<strong>do</strong> para estimativa da população urbana, obti<strong>do</strong> pelo Censo 2000, acresci<strong>do</strong> <strong>de</strong> 10%. Desta<br />

forma, obtém-se para o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong> o número <strong>de</strong> 131.179 residências rurais em 2005.<br />

Segun<strong>do</strong> estimativa da ANEEL, em Nota Técnica nº.097/SRC/ANEEL, <strong>de</strong> 15.09.2005, 41.040<br />

<strong>do</strong>micílios rurais não tinham ligação <strong>de</strong> energia elétrica em 2005. Significa que apenas 68,7% <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>micílios rurais eram servi<strong>do</strong>s por eletricida<strong>de</strong>. Ten<strong>do</strong> em conta os programas em curso<br />

objetivan<strong>do</strong> levar energia elétrica a to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>micílios, a<strong>do</strong>tou-se como meta o índice <strong>de</strong> 100% já<br />

em 2010. Para estimativa <strong>do</strong>s custos, a<strong>do</strong>tou-se o valor <strong>de</strong> R$ 9.323,00, estima<strong>do</strong> pela CEMIG<br />

nas licitações em curso em 2006, para obras <strong>de</strong> eletrificação rural em to<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Minas<br />

Gerais. Em <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>, investimento médio anual <strong>de</strong>verá situar-se em torno <strong>de</strong> R$ 7,41<br />

milhões.<br />

31


3.2 - TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES<br />

3.2.1. Recursos para Telefonia<br />

Segun<strong>do</strong> informações contidas no site da ANATEL, posição em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2005, o total <strong>de</strong><br />

telefones fixos instala<strong>do</strong>s em <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong> chega a 532.645. Deste total, a<strong>do</strong>tou-se que 47,7%<br />

encontram-se em <strong>do</strong>micílios urbanos, acompanhan<strong>do</strong> o índice registra<strong>do</strong> pela PNAD2004. Este<br />

percentual aplica<strong>do</strong> sobre o número <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios potenciais, correspon<strong>de</strong> a 362.261 residências.<br />

A<strong>do</strong>tou-se como metas a evolução <strong>do</strong> gradual <strong>do</strong> percentual <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios atendi<strong>do</strong>s, em razão<br />

superior à <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios potenciais, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a alcançar em 2025, percentual <strong>de</strong><br />

atendimento <strong>de</strong> 71,3%, correspon<strong>de</strong>nte à situação em 2004 <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral. As metas<br />

percentuais aplicadas sobre o número <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios potenciais indicam o número <strong>de</strong> telefones<br />

instala<strong>do</strong>s em <strong>do</strong>micílios particulares; e a diferença entre as posições final e inicial <strong>de</strong> cada<br />

qüinqüênio aponta o número <strong>de</strong> novas ligações. Assumiu-se o custo estima<strong>do</strong> <strong>de</strong> R$ 432,00 por<br />

ligação, que resulta em investimento médio anual <strong>de</strong> R$ 9,32 milhões.<br />

32


3.2.2. Recursos para Ro<strong>do</strong>vias.<br />

A malha ro<strong>do</strong>viária <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>, segun<strong>do</strong> o Anuário Exame 2005-2006, chega a<br />

84.555 km, incluídas estradas municipais. Informação da Secretaria <strong>de</strong> Infra-estrutura <strong>de</strong>talha em<br />

estradas fe<strong>de</strong>rais 4.115 km e estaduais 23.412 km; em ambas contan<strong>do</strong> as estradas em obras e<br />

planejadas. A<strong>do</strong>tou-se como meta para <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong> em 2025, a hipótese <strong>de</strong> crescimento gradual<br />

em torno <strong>de</strong> 6% por qüinqüênio, até alcançar 25% em 2025. Quanto à malha ro<strong>do</strong>viária estadual,<br />

a<strong>do</strong>tou-se a estimativa <strong>de</strong> elevação em 50%, ou seja, a participação passa <strong>do</strong>s atuais 24,3% para<br />

36,5% em 2025. Este percentual, aplica<strong>do</strong> sobre as metas em quilômetros, <strong>de</strong>terminará a<br />

extensão a ser em alcançada. A diferença entre as posições final e inicial <strong>de</strong> cada perío<strong>do</strong> indica<br />

a extensão a ser construída. Assumiu-se o custo <strong>de</strong> R$ 425 mil por quilômetro, equivalente ao<br />

custo da ro<strong>do</strong>via Cáceres/fronteira boliviana (84,7km por R$ 36 milhões – Fonte:<br />

www.abrasil.gov.br). O investimento médio anual <strong>de</strong>verá situar-se em torno <strong>de</strong> R$ 1.261,4<br />

milhões.<br />

33


3.2.3. Recursos para Ferrovias<br />

De acor<strong>do</strong> com o Departamento Nacional <strong>de</strong> Infra-Estrutura <strong>de</strong> Transportes <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>s<br />

Transportes chega atualmente a 28,5 mil km e a Brasil Ferrovias S.A. respon<strong>de</strong> por 4.673 km. O<br />

sistema cobre os esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> São Paulo, <strong>Mato</strong> /grosso <strong>do</strong> Sul e <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>. Projeto <strong>de</strong><br />

reestruturação <strong>de</strong>ssa empresa permite estimar-se vultosos investimentos nos anos 2005/2010. Na<br />

te a notória carência <strong>de</strong> ferrovias em <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>, a<strong>do</strong>tou-se a hipótese <strong>de</strong> expansão da malha<br />

ferroviária em 1.000 km, incluin<strong>do</strong>-se o trecho <strong>de</strong> 525 km Alto Taquari-Cuiabá, em prolongamento<br />

da linha em construção em Chapadão <strong>do</strong> Sul, bem como 6 km <strong>de</strong> pontes, 24 km <strong>de</strong> passagens<br />

laterais e sistema <strong>de</strong> sinalização e comunicação. O custo previsto para essas obras é estima<strong>do</strong><br />

em R$ 2,6 milhões por km, o que leva a estimativa no perío<strong>do</strong> a R$ 2,6 bilhões, para<br />

concretização da meta proposta.<br />

3.2.4. Recursos para Hidrovias<br />

A<strong>do</strong>tou-se hipótese <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> obras <strong>de</strong>stinadas ao aproveitamento <strong>do</strong> potencial da<br />

região. A meto<strong>do</strong>logia leva em conta os projetos <strong>de</strong> hidrovia Pires-Juruema-Tapajós, com 1.043<br />

km, incluin<strong>do</strong> canal com eclusa e obras <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrocamento, dragagem e balizamento, bem como<br />

canal Tamengo e apoio à navegação na hidrovia Paraguai-Paraná, no trecho Cáceres Corumbá.<br />

34


A<strong>do</strong>tou-se como custo os valores estima<strong>do</strong>s em dólares para esses projetos que, na cotação US$<br />

= R$ 2,5, chegam ao montante <strong>de</strong> R$ 692 mil por km.<br />

3.2.4. Recursos para Portos, Terminais e Armazéns<br />

A melhoria da infra-estrutura para escoamento da produção, em consonância com o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

maior dinamismo da economia <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, além da expansão das malhas ro<strong>do</strong>viária, ferroviária e<br />

hidroviária, <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>terminar também a ampliação das estruturas <strong>de</strong>stinadas à movimentação <strong>de</strong><br />

cargas, como portos e terminais fluviais. Assim sen<strong>do</strong>, a<strong>do</strong>tou-se hipótese <strong>de</strong> expansão <strong>do</strong>s<br />

terminais com a construção <strong>de</strong> 6 no Rio Araguaia, no perío<strong>do</strong> 2006 a 2008, e mais 3 até 2025,<br />

além da construção <strong>de</strong> porto hidroviário <strong>de</strong> Cáceres 2009 a 2010 e outro em local a ser <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>.<br />

Com base nas estimativas <strong>de</strong> custo <strong>de</strong>sses projetos, estima-se em R$ 15,4 milhões por terminal e<br />

R$ 10,8 milhões para o Porto Hidroviário <strong>de</strong> Cáceres e outro em local a ser <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>. Os recursos<br />

necessários <strong>de</strong>vem alcançar o montante <strong>de</strong> R$ 175,6 milhões no perío<strong>do</strong>.<br />

3.3. CAPITAL FIXO<br />

3.3. 1 Recursos para Investimentos em máquinas e equipamentos<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento econômico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>verá apoiar-se em forte expansão da capacida<strong>de</strong><br />

operacional <strong>do</strong> setor produtivo. A<strong>do</strong>tou-se hipótese <strong>de</strong> que os investimentos em máquinas e<br />

35


equipamentos, atualmente em torno <strong>de</strong> 0,2% <strong>do</strong> Produto Interno Bruto <strong>de</strong>verá apresentar<br />

evolução gradativa ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> até alcançar 1,2% em 2025. A<strong>do</strong>tou-se hipótese <strong>de</strong><br />

direcionamento <strong>de</strong> 1/3 <strong>do</strong>s recursos para máquinas e equipamentos. Os recursos estima<strong>do</strong>s<br />

alcançam R$ 860,2 milhões no perío<strong>do</strong>.<br />

4. Recursos para Fomento da Produção<br />

4.1 Recursos para financiamento a micros e pequenos produtores urbanos<br />

A estimativa <strong>de</strong> recursos para lastrear a concessão <strong>de</strong> empréstimos a pequenos produtores<br />

urbanos apóia-se no parâmetro uma micro/pequena empresa para cada 100 habitantes, tal como<br />

utiliza<strong>do</strong> pelo <strong>Governo</strong> Fe<strong>de</strong>ral, nas ações voltadas para esse segmento. Assumiu-se o<br />

incremento <strong>de</strong> 20% ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> ten<strong>do</strong> em conta as medidas <strong>de</strong> estímulos à formalização.<br />

A PNAD 2001 acusou a existência <strong>de</strong> 21.110 estabelecimentos da espécie em <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>, que<br />

correspon<strong>de</strong> a 10,62 empresas por 1000 habitantes em 2000. A<strong>do</strong>tou-se com metas o incremento<br />

<strong>de</strong>ssa relação até 23,28 em 2025, ten<strong>do</strong> por referência a situação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo em<br />

2005. Esta relação aplicada à população <strong>de</strong>fine o número <strong>de</strong> empresas potenciais, que passaria<br />

<strong>de</strong> 21.110 em 2000 a 79.223 em 2025. A<strong>do</strong>tou-se hipótese <strong>de</strong> que 100% <strong>de</strong>las estarão aptas ao<br />

acesso ao crédito, bem como o valor médio <strong>de</strong> R$ 10.000,00 por operação, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o<br />

Relatório <strong>de</strong> Situação Avança Brasil <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2002. A estimativa indica necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>recursos da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 398,7 milhões, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a reaplicação sucessiva <strong>do</strong>s<br />

empréstimos ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, vez que as operações <strong>de</strong>vem ter prazos oscilan<strong>do</strong> entre 1 e 3<br />

anos.<br />

36


5. Recursos para Aparelhamento da Polícia<br />

5.1 Recursos para capacitação e aumento <strong>do</strong> efetivo policial<br />

O boletim socioeconômico <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong> registra para 2005 o efetivo policial <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

12.435 militares nas Polícias Civil e Militar, Judiciária e Corpo <strong>de</strong> Bombeiros, o que correspon<strong>de</strong> a<br />

um policial para cada 226 habitantes. A meto<strong>do</strong>logia prevê o aumento gradativo <strong>do</strong> efetivo policial<br />

a cada qüinqüênio com base nas metas <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> habitantes por policial. A<strong>do</strong>tou-se como<br />

referência para 2025 a situação <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral em 2006, que registra um policial para cada 80<br />

habitantes. O incremento <strong>do</strong> efetivo policial resulta da diferença entre as posições inicial e final <strong>de</strong><br />

cada perío<strong>do</strong>. Esta parcela <strong>do</strong> efetivo policial implicará aumento <strong>do</strong>s gastos com remuneração e<br />

capacitação. A<strong>do</strong>tou-se o custo médio por policial, com base nos gastos com segurança pública,<br />

em 2004, registra<strong>do</strong>s no relatório <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, <strong>de</strong> R$ 387 milhões, o que<br />

correspon<strong>de</strong> a custo per capita aproxima<strong>do</strong> <strong>de</strong> R$ 2.600,00. Nessas bases, o custo médio anual<br />

<strong>de</strong>verá situar-se em torno <strong>de</strong> R$ 784,22 milhões.<br />

37


6. SÍNTESE GERAL DAS VARIÁVEIS<br />

38


7. SÍNTESE GERAL DOS CUSTOS<br />

42


8. SÍNTESE GERAL DOS CUSTOS POR ÁREAS DE ATIVIDADES<br />

46


9. SÍNTESE POR FONTE DE RECURSOS<br />

47


Bibliografia, Fontes <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s e Informações<br />

ANEEL – www.aneel.gov.br<br />

Anuário Estatístico <strong>do</strong> Brasil – www.datasus.gov.br/cnes<br />

Anuário Exame 2005-2006<br />

Boletim <strong>do</strong> Programa Bolsa Família – www.mds.gov.br<br />

Boletim Socioeconômico <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong> – Seplan MT<br />

Centrais Energéticas <strong>de</strong> Minas Gerais – www.cemig.com.br<br />

CNBB/pastoral da terra – www.cptnac.com.br.<br />

Indica<strong>do</strong>res Sociais <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong> 2004 – Superintendência <strong>de</strong> Informações<br />

Ministério da Educação – INEP<br />

Ministério da Saú<strong>de</strong> – www.sau<strong>de</strong>.gov.br<br />

Ministério das Cida<strong>de</strong>s – www.cida<strong>de</strong>s.gov.br<br />

Pesquisa <strong>de</strong> Informações Básicas Municipais – IBGE<br />

Programa <strong>de</strong> Alfabetização Solidária – www.mec.gov.br<br />

Relatório Ações Fe<strong>de</strong>rais Programa Avança Brasil – www.abrasil.gov.br<br />

Revista Desafios – setembro/2005<br />

Secretaria da Infra-estrutura <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong> – www.sinfra.<strong>mt</strong>.gov.br<br />

Secretaria <strong>de</strong> Política Urbana – www.planejamento.gov.br<br />

Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo – www.sau<strong>de</strong>.sp.gov.br<br />

Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná – www.sau<strong>de</strong>.pr.gov.br<br />

52

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!