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AGROMINERAIS PARA O BRASIL - Cetem

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Tabela 1 ‐ Dimensões de células unitárias de apatitas.<br />

CAPÍTULO 7<br />

Apatita Fórmula a ( A o ) c ( A o ) c/a<br />

Fluorapatita Ca 10 (PO 4 ) 6 F 2 9,367 6,884 0,735<br />

Clorapatita Ca 10 (PO 4 ) 6 Cl 2 9,642 6,764 0,702<br />

Bromapatita Ca 10 (PO 4 ) 6 Br 2 9,761 6,739 0,690<br />

Hidroxiapatita Ca 10 (PO 4 ) 6 (OH) 2 9,423 6,875 0,730<br />

Carbonato‐apatita Ca 10 (PO 4 , CO 3 , OH) 6 (F, OH) 2 9,340 6,880 0,737<br />

Fonte: (Deer et al. (1966); Corbridge (1989).<br />

Destas, a fluorapatita é a variedade mais frequente, e o termo apatita é comumente utilizado como sinônimo<br />

de fluorapatita.<br />

As apatitas apresentam sistema cristalino hexagonal (divisão hexagonal) e pertencem à classe cristalina<br />

bipiramidal‐hexagonal. De modo geral os cristais apresentam hábito cristalino prismático longo, mas podem<br />

apresentar‐se, também, como prismáticos curtos ou tabulares.<br />

Os cristais do sistema hexagonal apresentam quatro eixos cristalográficos, sendo três deles, os eixos a,<br />

situados no plano horizontal, de igual comprimento, formando ângulos de 120 o entre si. O quarto eixo ‐ c ‐<br />

é de comprimento diferente e situa‐se na vertical, perpendicularmente ao plano dos eixos a. Essa estrutura<br />

confere aos cristais um único eixo de simetria. Assim, somente duas dimensões a e c são suficientes<br />

para caracterizar a célula unitária.<br />

FOSFOGESSO: GERAÇÃO, DESTINO E DESAFIOS<br />

As estruturas das hidroxi, cloro e bromapatitas são similares à da fluorapatita, diferenciando‐se, contudo,<br />

quanto às dimensões da célula unitária, afetada pelos diferentes tamanhos dos íons F ‐ , Cl ‐ , Br ‐ e OH ‐ (Tabela<br />

1). Na fórmula Ca 10 (PO 4 ) 6 (OH, F, Cl) 2 , o flúor, o cloro e a hidroxila podem se substituir mutuamente, de<br />

modo a formar os extremos da série isomórfica.<br />

As impurezas presentes nos concentrados fosfáticos definem, geralmente, seu comportamento nos processos<br />

de fabricação de ácido fosfórico pela via úmida. Além das impurezas localizadas nos grãos das apatitas,<br />

como resultado das substituições isomórficas dos elementos constituintes, os minerais associados<br />

trazem consigo uma razoável quantidade de contaminações (Fe, Al, Ti, Mn, F, Sr, Ba, Mg, Na, K, Si, Cl, CO 3 ,<br />

As, Terras Raras: TR = Ce, La etc. e compostos radioativos nuclídeos Ra, U, Th, etc.), que afetam o desempenho<br />

da unidade de ácido fosfórico. A produtividade da fábrica e a recuperação de P 2 O 5 são importantes<br />

parâmetros que sofrem diretamente a influência da presença das impurezas no meio reacional.<br />

Na composição mineralógica de concentrados fosfáticos nacionais de origem ígnea, podem ser encontrados<br />

‐ fosfatos secundários (supergênicos), ‐ carbonatos calcíticos e magnesianos, ‐ sulfatos de baixa solubilidade,<br />

‐ minerais de ferro com diferentes níveis de alteração, ‐ minerais de titânio e ‐ silicatos, como<br />

quartzo, micas, piroxênios, anfibólios etc. (Tabela 2).

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