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Acentece Magazine

Tudo começou com algumas mudanças que ocorreram em minha vida que me estimularam a enfrentar novos desafios. A fotografia segue sendo minha profissão, mas para minha surpresa, recebi alguns convites para ser fotografado. Confesso que deu um frio na barriga, pois não imaginava estar na frente das câmeras mas resolvi me dar a chance de experimentar algo novo na minha vida e confesso que está sendo uma experiência surpreendente e emocionante.

Tudo começou com algumas mudanças que ocorreram em minha
vida que me estimularam a enfrentar novos desafios. A fotografia
segue sendo minha profissão, mas para minha surpresa, recebi alguns
convites para ser fotografado. Confesso que deu um frio na barriga,
pois não imaginava estar na frente das câmeras mas resolvi me dar a
chance de experimentar algo novo na minha vida e confesso que está
sendo uma experiência surpreendente e emocionante.

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CINEMA<br />

Brasileiro se destaca no mundo da animação<br />

O carioca Bernardo Britto venceu,<br />

com o curta Yearbook, o prêmio de melhor<br />

curta-metragem de animação no Festival<br />

de Sundance, em Utah. O brasileiro vive<br />

nos Estados Unidos há 14 anos, estudou no<br />

Sul da Flórida e é formado em produção<br />

de Filme e TV pela New York University.<br />

O Festival de Sundance é um dos mais<br />

importantes eventos cinéfilos dos EUA<br />

fundando em 1969 pelo legendário Robert<br />

Redford . A Acontece <strong>Magazine</strong> entrevistou<br />

o produtor brasileiro, que mora em Miami.<br />

Foto: Divulgação<br />

O animador brasileiro Bernardo Britto<br />

Por que escolheu fazer animação<br />

Foquei um pouco mais em animação nos meus últimos anos da<br />

faculdade mas sempre fiz muita “live action” também. Eu gosto de<br />

animação porque tem menos obstáculos me impedindo de realizar<br />

a visão que tenho na minha cabeça. Com “live action”, o<br />

produto final é sempre um pouco diferente do que você estava<br />

pretendendo fazer.<br />

De onde veio a inspiração para criar Yearbook<br />

A inspiração do filme veio da ideia de que os filmes que eu faço não<br />

são tão importantes. São coisas que, com certeza, serão esquecidas<br />

em 100, 200 anos. E que eu também serei esquecido. Então, por<br />

que fazer uma coisa que vai ser esquecida Yearbook foi o único<br />

jeito que eu soube para chegar a alguma resposta a essa questão.<br />

Como foi para você vencer o Sundance Jury Award no Festival de<br />

Sundance 2014<br />

Com certeza foi uma coisa meio inacreditável. Eu trabalhei a<br />

maioria do filme sozinho, no meu apartamento. Nunca pensei que<br />

tantas pessoas iriam gostar, muito menos que eu iria ganhar algum<br />

prêmio. Eu fico sempre agradecendo a tudo e a todos, porque até<br />

hoje, ainda não sinto que mereço mesmo.<br />

No curta, o personagem tem de escolher as mais importantes<br />

personalidades da história. Quem você escolheria<br />

Ainda não sei a resposta a essa pergunta. Sei lá, é muito difícil<br />

pensar em uma só história do mundo inteiro, uma história coletiva.<br />

Faz mais sentido com uma história pessoal... Então, não sei...<br />

Meus pais Meus irmãos São todos bem mais importantes para<br />

mim do que William Shakespeare (risos).<br />

Fale um pouco do seu trabalho na Borscht Miami e como eles<br />

receberam a notícia do prêmio Sundance<br />

Borscht é um coletivo de arte em Miami que me ajudou muito.<br />

Tudo que eles fazem é para ajudar a definir Miami para o resto<br />

do mundo, para que a voz de Miami seja ouvida por pessoas que<br />

moram ou se inspiram em Miami. Nada me faz querer tanto<br />

criar algo novo quanto assistir aos filmes e projetos que saem do<br />

Borscht. Eles estavam todos lá em Sundance quando ganhamos.<br />

Foi uma festa bem divertida.<br />

Como você vê o mercado profissional de animação para os jovens<br />

que querem seguir essa profissão<br />

Acho que o mercado profissional de animação tem muita<br />

oportunidade para quem sabe utilizar CGI. Não sei se tem<br />

muita oportunidade para quem quer fazer animação tradicional,<br />

desenhando à mão. Mas essa coisa de ser profissional é mais uma<br />

ilusão. Qualquer um pode fazer um filme e botar na internet ou<br />

mandar para um festival. Não sei se é possível ganhar dinheiro<br />

com esses filmes, mas acho que vale a pena tentar. Por que não<br />

A única coisa que você vai gastar é tempo e papel.<br />

Onde você busca inspiração para o seu trabalho<br />

Me inspiro em vários profissionais. Para animação eu me inspiro<br />

muito nos escritores de comics, como Jason, Chris Ware, Daniel<br />

Clowe e os irmãos Hernandez. Acho que todos eles utilizam uma<br />

mistura de tristeza e absurdidade, comédia e fantasia, que eu estou<br />

sempre tentando aproximar.<br />

Onde podemos assistir a Yearbook<br />

Ainda estamos decidindo tudo mas provavelmente vai ser ainda<br />

no início desse ano, através da internet. Podem assistir a alguns<br />

dos meus outros filmes em vimeo.com/bernardobritto<br />

Quais os seus projetos para 2015<br />

Filmamos um novo filme na Argentina, em novembro. É um<br />

longa e não é animação, então é um pouco diferente, mas eu acho<br />

que ainda faz sentido com os curtas que já fiz. Estamos editando<br />

agora. Além disso, quem sabe<br />

O futuro é infinito.<br />

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