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14.8 - Votorantim

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Receita Líquida Consolidada<br />

R$ bilhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

7.7<br />

11.6<br />

<strong>14.8</strong><br />

EBITDA Consolidado<br />

R$ bilhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

3.0<br />

4.1<br />

5.5<br />

Lucro Líquido Consolidado<br />

R$ bilhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2.0<br />

2.2<br />

3.4<br />

Destaques Financeiros<br />

CAPEX<br />

R$ bilhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

1.3<br />

1.6<br />

1.9<br />

Atendendo às normas da legislação vigente,<br />

os Destaques Financeiros consolidam as<br />

Unidades Industriais com <strong>Votorantim</strong><br />

Finanças (que inclui o Banco <strong>Votorantim</strong>),<br />

refletindo significativa elevação nos itens<br />

do Balanço e Resultados.


Grupo <strong>Votorantim</strong> - Consolidado (inclui Unidades Industriais e <strong>Votorantim</strong> Finanças)<br />

R$ milhões<br />

Itens Selecionados 2003 2002 2001<br />

Receita operacional líquida (1) 14.764 11.586 7.692<br />

Lucro bruto 6.185 4.853 3.762<br />

% Margem bruta 41,9 41,9 48,9<br />

Lucro operacional ARFPS (2) 4.323 3.388 2.460<br />

% Margem operacional ARF 29,3 29,2 32,0<br />

Resultado financeiro líquido (145) 86 37<br />

Lucro líquido 3.359 2.206 2.035<br />

% Margem líquida 22,8 19,0 26,5<br />

EBITDA (3) 5.474 4.133 3.092<br />

% Margem EBITDA 37,1 35,7 39,5<br />

Investimentos (CAPEX) 1.896 1.607 1.318<br />

Aquisições 426 592 2.764<br />

Crescimento Sustentável 2003 2002 2001<br />

Ativo total 53.315 43.810 31.725<br />

Ativo operacional (4) 47.510 38.736 18.085<br />

Ativo permanente 13.865 12.047 10.396<br />

Patrimônio líquido 13.254 10.156 8.418<br />

Não exigível (5) 15.258 11.851 9.883<br />

Índices Econômico-Financeiros<br />

% Dívida líquida/não exigível 23,3 22,2 20,7<br />

% ROE (6) 33,0 25,5 21,1<br />

% Lucro operac. ARFPS/Ativo operacional 9,1 8,7 7,8<br />

% EBITDA/Patr. líquido + Dívida líquida 32,6 32,3 30,9<br />

(1) Não inclui receita da unidade de Energia, cujos resultados são apropriados por Equivalência Patrimonial<br />

(2) ARFPS = Antes do Resultado Financeiro Líquido e das Participações em Outras Sociedades<br />

(3) EBITDA = Lucro antes do Resultado Financeiro Líquido e dos Impostos + Depreciação e Amortização<br />

(4) Ativo Operacional = Disponível e Aplicações Financeiras + Investimento Operacional em Giro* + Realizável a Longo Prazo menos Exigível<br />

Não Financeiro a Longo Prazo + Ativo Permanente<br />

*Investimento Operacional em Giro = Clientes + Estoques + Outros Ativos Circulantes operacionais - Fornecedores - Salários e Encargos - Impostos a Pagar<br />

- Outros Passivos Circulantes operacionais<br />

(5) Não Exigível = Patrim. Líquido + Participações Minoritárias<br />

(6) ROE = Retorno sobre Patrimônio Líquido / (Patrimônio Líqudo - Lucro Líquido + Dividendos)<br />

3 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


Perfil do Grupo <strong>Votorantim</strong><br />

Fiel à trajetória de liderança nos diversos mercados em que se insere,<br />

o Grupo <strong>Votorantim</strong> consolida-se como um competidor de classe<br />

mundial. Historicamente um dos maiores grupos econômicos do Brasil,<br />

com participação destacada em todas as áreas em que atua, alcançou<br />

em 2003 expressiva receita líquida proveniente das exportações de<br />

seus principais produtos industriais: cimento, celulose, papel, alumínio,<br />

zinco, níquel, aços longos, suco de laranja, filmes de polipropileno<br />

biorientado, nitrocelulose e outros produtos químicos.<br />

Para estar permanentemente apto a participar do mercado global, o<br />

Grupo <strong>Votorantim</strong> investe fortemente na expansão de sua capacidade<br />

produtiva, além de aquisições estratégicas, desenvolvimento de talentos,<br />

entre outras iniciativas que reforçam ainda mais seus diferenciais<br />

competitivos nas diversas frentes de negócios. Fruto desse esforço,<br />

o processo de internacionalização, iniciado a partir da aquisição de<br />

fábricas de cimento nos Estados Unidos e no Canadá, já passa a<br />

responder por parcela significativa das vendas nesse setor.<br />

O Grupo <strong>Votorantim</strong> tem atuação destacada no setor de energia,<br />

seja na autogeração desse insumo industrial, seja em participação<br />

no serviço público de distribuição. A busca constante pela excelência<br />

operacional também alcança outros segmentos, como o setor financeiro.<br />

Com altas taxas de crescimento, o Banco <strong>Votorantim</strong> já ocupa lugar<br />

de destaque nos mercados de financiamentos e de recursos<br />

administrados. Do mesmo modo, a <strong>Votorantim</strong> procura localizar novas<br />

oportunidades de negócios, investindo em atividades inovadoras e<br />

com potencial de crescimento, como a tecnologia da informação e<br />

as ciências da vida.


Os benefícios econômicos da atuação do Grupo <strong>Votorantim</strong>, que conta<br />

com 28 mil funcionários distribuídos em unidades de Norte a Sul do<br />

Brasil e também no exterior, repercutem com a mesma intensidade<br />

nas áreas social e ambiental. Todas as empresas desenvolvem projetos<br />

com o apoio técnico do Instituto <strong>Votorantim</strong>, responsável pelo<br />

direcionamento do investimento social privado do Grupo.<br />

Governança Corporativa<br />

Em continuidade ao trabalho iniciado nos anos anteriores,<br />

o modelo de Governança Corporativa do Grupo <strong>Votorantim</strong> avançou<br />

ainda mais. Com a estrutura organizacional simplificada, a holding<br />

<strong>Votorantim</strong> Participações S.A. passou a gerir três grandes áreas de<br />

negócios: <strong>Votorantim</strong> Industrial, <strong>Votorantim</strong> Finanças e <strong>Votorantim</strong><br />

Novos Negócios. As atividades industriais foram concentradas<br />

e a Diretoria Corporativa passou a apoiar o Conselho Executivo<br />

na gestão do portfolio e as Unidades de Negócio nos seus<br />

objetivos de crescimento.<br />

Com a mesma finalidade de proporcionar mais instrumentos para<br />

o monitoramento das atividades do Grupo, o Conselho Executivo<br />

da <strong>Votorantim</strong> Participações também ganhou o suporte de três comitês<br />

de gestão: Recursos Humanos, Relações Institucionais e<br />

Finanças/Auditoria.<br />

O Comitê de Finanças/Auditoria tem participação destacada dentro<br />

deste modelo de governança corporativa e passou a ser subordinado<br />

ao Conselho Executivo e não mais às áreas financeiras das unidades.<br />

5 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


Mensagem do Conselho de Administração<br />

Apesar da conjuntura interna desfavorável, o Grupo <strong>Votorantim</strong> deu<br />

novamente provas de sua vitalidade e crença no Brasil. Os resultados<br />

de 2003, porém, só foram possíveis porque as Unidades de Negócios<br />

industriais estavam preparadas para acessar os mercados externos.<br />

A economia brasileira permaneceu estagnada e o incremento das<br />

exportações foi a melhor alternativa frente à crise. Se por um lado o<br />

aumento das vendas externas traz divisas e recompensa os esforços<br />

do Grupo em tornar-se um produtor de classe mundial, por outro,<br />

acaba por refletir o fraco ritmo de crescimento do mercado interno.<br />

No entanto, a própria atuação do Grupo <strong>Votorantim</strong> demonstra<br />

que o Brasil é um país viável e tem potencial para ter uma<br />

representatividade maior no cenário econômico internacional.<br />

As condições para exportar aliam a qualidade produtiva a custos<br />

competitivos, além da construção de relacionamentos de longo prazo<br />

com os clientes. Estes objetivos foram reafirmados em 2003, com a<br />

consolidação dos valores que alicerçaram a trajetória do Grupo<br />

<strong>Votorantim</strong>. Ter uma unidade de pensamento em meio à diversidade<br />

dos mercados é fator essencial para o sucesso.<br />

É importante frisar que o pessimismo passa longe das atividades do<br />

Grupo <strong>Votorantim</strong>. Os investimentos realizados nos últimos anos<br />

repercutiram positivamente nos resultados recentes e encorajam<br />

a manutenção do cronograma traçado para os próximos períodos.<br />

Sempre nos apoiamos em uma análise criteriosa das oportunidades


apresentadas nos mercados internos e externos, aproveitando a<br />

capacidade e a vocação do Grupo de crescer, fundamentalmente, com<br />

os seus próprios recursos.<br />

Ao se projetar 2004, as previsões mais realistas apontam para uma<br />

moderada retomada do nível de crescimento da economia brasileira.<br />

Diante desse cenário, o Grupo <strong>Votorantim</strong> está preparado para contribuir<br />

na ampliação da atividade produtiva no país, seja com uma participação<br />

relevante no resultado positivo da balança comercial brasileira, seja<br />

como parte do processo de reaquecimento dos mercados internos.<br />

A responsabilidade social e o comprometimento com a redução das<br />

carências do país fazem parte da história do Grupo e se perpetuam<br />

de geração em geração. Aliás, o foco do Instituto <strong>Votorantim</strong> na<br />

educação dos jovens é coerente com essa crença no país no longo<br />

prazo. A <strong>Votorantim</strong> dedica esforços nessa direção, pois tem consciência<br />

de que a educação é o fator primordial para que o Brasil se desenvolva.<br />

Toda a atuação do Grupo tem se pautado pela seriedade, humildade<br />

e simplicidade – esta que já foi definida como o último degrau da<br />

sabedoria. Busca-se, assim, dar oportunidade de crescimento para<br />

todos, na certeza de que o potencial total é a soma dos talentos<br />

individuais, canalizados para os mesmos objetivos. Essa filosofia permite<br />

o desenvolvimento do Grupo <strong>Votorantim</strong>, bem como contribui para<br />

o avanço de toda a sociedade brasileira.<br />

Antônio Ermírio de Moraes<br />

Presidente do Conselho<br />

de Administração<br />

7 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


Estrutura do Grupo


Hejoassu<br />

<strong>Votorantim</strong> Participações<br />

Conselho de Família<br />

Conselho Executivo<br />

Conselho Instituto <strong>Votorantim</strong><br />

<strong>Votorantim</strong> Industrial<br />

<strong>Votorantim</strong> Finanças<br />

<strong>Votorantim</strong> Novos Negócios<br />

Diretoria Corporativa<br />

<strong>Votorantim</strong> Cimentos<br />

Banco <strong>Votorantim</strong><br />

Capital de Risco e Diversificação<br />

<strong>Votorantim</strong> Metais<br />

<strong>Votorantim</strong> Celulose e Papel<br />

<strong>Votorantim</strong> Energia<br />

<strong>Votorantim</strong> Agroindústria<br />

<strong>Votorantim</strong> Química<br />

<strong>Votorantim</strong> Internacional<br />

<strong>Votorantim</strong> Filmes Flexíveis<br />

9 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


Valores do Grupo<br />

Nossos valores são a base do que chamamos DNA <strong>Votorantim</strong>, o código<br />

genético que define a identidade de todo o Grupo. Independente da<br />

área de negócios ou do mercado, nossa atuação se pauta pelos mesmos<br />

princípios: ética, solidez, empreendedorismo, respeito e união.<br />

10 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


Ética<br />

Atuar de forma responsável e transparente.<br />

Solidez<br />

Buscar crescimento sustentável com geração de valor.<br />

Empreendedorismo<br />

Crescer com coragem de fazer, inovar e investir.<br />

Respeito<br />

Respeito às pessoas e disposição para aprender.<br />

União<br />

O todo é mais forte.


Desempenho Consolidado<br />

Diante da economia retraída de 2003, reflexo da forte restrição ao<br />

consumo e da conseqüente queda da atividade produtiva, que levou<br />

o Produto Interno Bruto (PIB) a uma variação de – 0,2% no ano, o<br />

Grupo <strong>Votorantim</strong> teve um desempenho satisfatório. Destaque para<br />

a participação das exportações, que alcançaram a marca histórica de<br />

mais de US$ 1,2 bilhão. Ao concorrer com os melhores produtores<br />

globais, o Grupo deu uma firme demonstração de que oferece produtos<br />

de classe mundial, a preços competitivos, com presença confiável e<br />

constante nos diversos mercados internacionais.<br />

12 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong><br />

Como prova de que a estratégia de diversificação de atuação contribui<br />

para a solidez do Grupo, os resultados de alguns setores acabaram por<br />

compensar as dificuldades conjunturais de outros, o que permitiu que<br />

o faturamento líquido total crescesse 27% em relação ao ano anterior<br />

e atingisse R$ 14,8 bilhões em 2003. A atuação destacada da área de<br />

metais (alumínio, zinco, níquel e aços longos), que se beneficiou da<br />

recuperação das cotações de algumas commodities, e a busca da<br />

eficiência operacional em todos os segmentos em que atua, fazem<br />

com que a <strong>Votorantim</strong> continue a gerar resultados significativos.<br />

Os investimentos anteriores na expansão da capacidade de produção<br />

de celulose também repercutiram no resultado das vendas externas.


Para completar, o processo de internacionalização passou a<br />

render frutos a partir da produção de cimento em nossas<br />

unidades nos Estados Unidos e Canadá. Envolvido em atividades<br />

de capital intensivo, o Grupo <strong>Votorantim</strong> reafirmou sua vocação<br />

ao canalizar os resultados em novos investimentos produtivos.<br />

Contribui para esse processo a sólida geração de caixa, pelo<br />

conceito EBITDA, que representou R$ 5,5 bilhões, com crescimento<br />

de 130% nos últimos três anos. A liquidez é uma das ferramentaschave<br />

para se concorrer com flexibilidade e independência em<br />

mercados externos altamente competitivos.<br />

Composição da Receita Líquida<br />

Valor Total R$ 14,8 bilhões<br />

(incluindo Receitas Líquidas do Banco e<br />

de Cimentos da América do Norte)<br />

Atendendo às normas da legislação vigente, as Demonstrações<br />

Financeiras consolidaram pela primeira vez em 2003 as Unidades<br />

Industriais com a <strong>Votorantim</strong> Finanças (que inclui o Banco<br />

<strong>Votorantim</strong>), refletindo significativa elevação nos itens de Balanço<br />

e Resultados. Com taxas de crescimento acima da média de<br />

mercado, o Banco conta com uma gestão profissional e<br />

independente do grupo industrial, mas mantém a mesma<br />

filosofia, valores e princípios que norteiam toda a <strong>Votorantim</strong>:<br />

excelência operacional, foco no cliente, severo controle de riscos<br />

e investimentos em pessoas e processos.<br />

25%<br />

7%<br />

Cimento Brasil (25%)<br />

Cimento América do Norte (7%)<br />

24% 20% 9% 7% 4% 2% 2%<br />

Metais<br />

Celulose e Papel<br />

Banco<br />

Internacional<br />

Agroindústria<br />

Química<br />

Filmes Flexíveis


O Jeito de Ser <strong>Votorantim</strong>


Com a convicção de que a força está na união das competências de<br />

suas empresas e funcionários, iniciou-se, em 2002, a construção de<br />

um modelo que privilegia “o jeito único de ser <strong>Votorantim</strong>”. A criação<br />

do SGV – Sistema de Gestão <strong>Votorantim</strong> - pretende dar maior<br />

uniformidade à administração e operação das diferentes áreas de<br />

negócios, respeitando-se as particularidades de cada setor de atuação.<br />

Com esse sistema, será possível capturar sinergias entre as empresas,<br />

transferir melhores práticas e integrar o conhecimento da Organização.<br />

A razão do sucesso no passado e no presente e o caminho para se<br />

tornar uma empresa de classe mundial passa pela consolidação destas<br />

práticas em torno dos mesmos preceitos, que sempre fizeram parte<br />

do DNA da <strong>Votorantim</strong>, como ética, transparência, responsabilidade,<br />

credibilidade e coragem de fazer, inovar e investir.<br />

15 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


Legenda<br />

Geração e<br />

Mercados Distribuição Matriz e Filiais e<br />

Fábricas Externos de Energia Escritórios Subsidiárias Terminais<br />

<strong>Votorantim</strong> Cimentos Brasil América do Norte - - - -<br />

Canadá<br />

EUA<br />

<strong>Votorantim</strong> Metais Brasil América do Norte - - - -<br />

América Latina<br />

Ásia<br />

Europa<br />

Oceania<br />

<strong>Votorantim</strong> Celulose e Papel Brasil América do Norte - - - -<br />

América Latina<br />

Ásia<br />

Europa<br />

<strong>Votorantim</strong> Energia - - Brasil - - -<br />

<strong>Votorantim</strong> Finanças - - - - Bahamas -<br />

Brasil<br />

Inglaterra<br />

<strong>Votorantim</strong> Agroindústria Brasil América do Norte - Alemanha - Austrália<br />

América Latina Brasil Bélgica<br />

Ásia Cingapura Brasil<br />

Europa<br />

EUA<br />

Oceania<br />

<strong>Votorantim</strong> Química Brasil América do Norte - - - -<br />

América Latina<br />

Ásia<br />

Europa<br />

Oceania<br />

<strong>Votorantim</strong> Internacional - - - Bélgica - -<br />

Brasil<br />

Cingapura<br />

EUA<br />

<strong>Votorantim</strong> Novos Negócios - - - Brasil - -<br />

<strong>Votorantim</strong> Filmes Flexíveis Brasil África - - - -<br />

Américas<br />

Ásia<br />

Europa<br />

Oceania


17 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


As operações internacionais nos Estados<br />

Unidos e no Canadá já começam a contribuir<br />

fortemente para o desempenho da <strong>Votorantim</strong><br />

Cimentos: representaram cerca de 20% do<br />

faturamento em 2003.<br />

A <strong>Votorantim</strong> Cimentos, por meio de 12<br />

empresas no Brasil e no exterior, emprega<br />

mais de 8 mil funcionários em 26<br />

unidades fabris. Sua história teve início<br />

em 1936, com a inauguração da Fábrica<br />

de Cimento Santa Helena, no interior de<br />

São Paulo. Desde então, a combinação<br />

de trabalho, eficiência e pesados<br />

investimentos colocou a VC entre os dez<br />

maiores produtores do mundo. Líder do<br />

mercado brasileiro de cimento e cal, vicelíder<br />

no segmento de argamassa, a<br />

<strong>Votorantim</strong> lidera também o mercado<br />

nacional de concreto através da Engemix.<br />

A capacidade de produção total de suas<br />

empresas no Brasil e América do Norte<br />

alcança 28 milhões de toneladas/ano.<br />

Desde 2001, a <strong>Votorantim</strong> Cimentos<br />

iniciou seu processo de internacionalização,<br />

com a aquisição da St. Marys, no<br />

Canadá. A empresa possui duas fábricas<br />

de cimento no Canadá, duas moagens<br />

nos EUA (uma em Detroit, estado de<br />

Michigan, e outra em Milwaukee, estado<br />

de Wisconsin), 39 usinas de concreto em<br />

Ontário (Canadá) e nove terminais de<br />

distribuição na região dos Grandes Lagos,<br />

divisa entre os dois países. Em<br />

prosseguimento a essa expansão no<br />

Exterior, adquiriu, em 2003, 50% do<br />

capital da Suwannee American Cement,<br />

fábrica recém-construída nos Estados<br />

Unidos pela Anderson Columbia. Para<br />

exportar e importar com mais eficiência,<br />

a <strong>Votorantim</strong> Cimentos também conta<br />

com terminais nos porto de Imbituba<br />

(SC) e Barra dos Coqueiros (SE) .<br />

A <strong>Votorantim</strong> Cimentos investiu cerca<br />

de R$ 400 milhões em infra-estrutura<br />

produtiva, qualidade, segurança, meio<br />

ambiente e recursos humanos em 2003.<br />

O valor inclui a aquisição pela St. Marys<br />

de uma moagem de cimento na cidade<br />

de Milwaukee, nos Estados Unidos.<br />

Além da continuidade dos investimentos<br />

voltados para posicionar a empresa<br />

como uma referência do seu segmento<br />

em gestão ambiental.


19 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


20 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong><br />

Desempenho e Perspectivas<br />

O mercado brasileiro de material de<br />

construção voltou a sofrer retração em<br />

2003. O PIB da construção civil<br />

apresentou queda de cerca de 9% em<br />

decorrência de um conjunto de fatores<br />

macroeconômicos: restrições dos<br />

investimentos públicos, desaceleração<br />

dos projetos de infra-estrutura privada,<br />

como hidrelétricas e barragens e redução<br />

no consumo do segmento de baixa renda.<br />

No cenário internacional, o mercado de<br />

atuação da St. Marys não cresceu e o<br />

início da operação da Suwannee exigiu<br />

ajustes operacionais. O ano de 2003<br />

também marcou o começo da<br />

exportação de cimento da Unidade<br />

Cimesa, Sergipe, para a Flórida, nos<br />

Estados Unidos. Vale destacar que, tanto<br />

o produto fabricado na Suwannee<br />

quanto o exportado pela Cimesa<br />

rapidamente tornaram-se reconhecidos<br />

como os melhores de sua classe nesse<br />

mercado americano.<br />

Apesar do cenário pouco favorável, a<br />

<strong>Votorantim</strong> Cimentos conseguiu atingir<br />

resultados positivos. A receita líquida<br />

alcançou R$ 4,69 bilhões, diante de<br />

R$ 4 bilhões registrados em 2002.<br />

As operações no mercado externo,<br />

que geram caixa em moeda forte, já<br />

começam a contribuir fortemente para<br />

esse desempenho e representaram cerca<br />

de 20% do faturamento da <strong>Votorantim</strong><br />

Cimentos em 2003. Outro segmento que<br />

também colaborou foi o da cal industrial,<br />

mercado que segue crescendo e tem boa<br />

perspectiva para os próximos anos,<br />

impulsionado principalmente pelos<br />

setores de siderurgia e papel e celulose.<br />

A <strong>Votorantim</strong> Cimentos tem intensificado<br />

seus esforços de redução de custos<br />

e busca de excelência, focada no<br />

desenvolvimento de produtos de maior<br />

valor agregado, em serviços e soluções<br />

diferenciadas aos clientes. Para tanto,


Receita Líquida<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

3.022<br />

4.016<br />

4.694<br />

Lucro Líquido<br />

R$ milhões<br />

é essencial o investimento em pessoas e<br />

sistemas, e a <strong>Votorantim</strong> Cimentos já possui<br />

14 de suas unidades fabris certificadas<br />

com o nível máximo, de cinco estrelas, no<br />

sistema internacional de saúde, segurança<br />

e meio ambiente, o NOSA.<br />

As perspectivas para 2004 apontam para<br />

um crescimento tímido do mercado<br />

interno, da ordem de 3%. A <strong>Votorantim</strong><br />

Cimentos planeja, no entanto, seguir com<br />

seu projeto de crescimento. Já deu início<br />

à construção de uma nova linha com<br />

capacidade de produção de 2 milhões de<br />

toneladas/ano na Cimesa, no estado de<br />

Sergipe, e tem projetos de outras duas<br />

fábricas, no Tocantins e em Santa Catarina.<br />

No mercado externo há uma renovada e<br />

reforçada decisão de continuar<br />

o processo de expansão. A estratégia é<br />

firmar a empresa como uma operadora de<br />

classe mundial e perseguir a meta de dobrar<br />

a operação internacional em três anos.<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

1.036<br />

Investimento CAPEX<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

174<br />

201<br />

1.339<br />

1.787<br />

265


O relevante desempenho da <strong>Votorantim</strong> no setor<br />

de metais em 2003 foi reflexo, principalmente,<br />

do aumento da capacidade de produção de<br />

alumínio e aços longos, somado à reação das<br />

cotações internacionais do zinco e do níquel.<br />

O Grupo <strong>Votorantim</strong> atua em quatro<br />

frentes de negócios no segmento de<br />

metais: alumínio, zinco, níquel e aços<br />

longos. Por meio da Companhia Brasileira<br />

de Alumínio – CBA, detém 23% de<br />

participação do mercado brasileiro e<br />

é o maior produtor individual de alumínio<br />

no país. A <strong>Votorantim</strong> Metais é líder na<br />

produção de zinco e níquel eletrolítico<br />

na América Latina.<br />

A CBA é a maior indústria integrada<br />

de alumínio do mundo, com produção<br />

concentrada em uma única planta,<br />

situada na cidade de Alumínio, em<br />

São Paulo. Com cerca de 5,6 mil<br />

funcionários, supre o mercado de<br />

alumínio com diferentes versões do<br />

produto: transformado (chapas, telhas,<br />

folhas, perfis, tubos, fios e cabos,<br />

utilizados nos segmentos de transporte,<br />

embalagens e construção civil) e fundidos<br />

(vergalhão, lingote e tarugo). Autosuficiente<br />

em relação à bauxita, a<br />

CBA conta ainda com 13 usinas<br />

hidrelétricas, 13 filiais de abastecimento<br />

no Brasil e um terminal marítimo no<br />

Porto de Santos.<br />

Os negócios de zinco, níquel e aços<br />

longos possuem uma base de ativos<br />

integrada, que reúne minas próprias,<br />

metalurgia e autogeração de energia.<br />

Estes três setores empregam 4,6 mil<br />

funcionários em oito unidades<br />

industriais, escritórios e filiais de vendas.<br />

O diferencial competitivo se amplia pelo<br />

fato de desenvolverem tecnologias<br />

próprias, adaptadas às características<br />

dos minérios locais, extraídos das reservas<br />

da empresa. Para tanto, vem sendo<br />

desenvolvido um intenso programa<br />

de pesquisa mineral.


23 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


24 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong><br />

Desempenho e Perspectivas<br />

Alumínio<br />

A CBA elevou sua capacidade de<br />

produção em 41% se comparada com<br />

2001: passou de 240 mil toneladas/ano<br />

para 340 mil toneladas/ano em 2003.<br />

O aumento na produção visou,<br />

inicialmente, o mercado interno, sendo<br />

o excedente destinado à exportação, o<br />

que representou cerca de 50% do total<br />

das vendas da empresa. Com isso, a<br />

Companhia voltou a aumentar sua<br />

receita líquida, desta vez em cerca de<br />

30%, alcançando R$ 1,65 bilhão, diante<br />

de R$ 1,27 bilhão do ano anterior. O<br />

lucro líquido avançou de R$ 305 milhões<br />

para R$ 378 milhões.<br />

O esforço de investimento, que em<br />

2003 totalizou R$ 531 milhões, esteve<br />

concentrado no prosseguimento da<br />

expansão produtiva e na simultânea<br />

aquisição de mais três usinas<br />

hidrelétricas: Ourinhos (100% CBA), Barra<br />

Grande (15%) e Campos Novos (22,7%).<br />

O objetivo permanente é suprir a maior<br />

demanda energética, provocada pelo<br />

crescimento de produção, mantendo-se<br />

o patamar mínimo de 50% de<br />

energia própria.<br />

Para 2004, projeta-se um aumento nas<br />

exportações para os Estados Unidos,<br />

resultado do desenvolvimento de<br />

produção de tarugos, destinado a<br />

produtos extrudados, consumidos<br />

principalmente pela construção civil.<br />

Assim, espera-se que o mercado externo<br />

responda novamente por 50% das<br />

vendas. Em uma nova expansão, já<br />

iniciada, a Companhia aumentará sua<br />

produção em 60 mil toneladas/ano,<br />

chegando a 400 mil toneladas de<br />

alumínio primário até o final de 2005.<br />

No longo prazo, a CBA planeja elevar<br />

sua capacidade de produção para<br />

530 mil toneladas/ano até 2009. E, assim,


manter sua média de crescimento, que<br />

é da ordem de 9,5% ao ano desde o<br />

início de suas atividades, a partir de 1956.<br />

Zinco, níquel e aço<br />

A ampliação da capacidade de produção<br />

e a reação das cotações do zinco e do<br />

níquel aliadas aos resultados obtidos por<br />

meio do sistema de gestão operacional,<br />

focado em geração de valor, elevaram a<br />

receita líquida em 38,5%, atingindo<br />

R$ 1,932 bilhão em 2003, frente ao<br />

R$ 1,395 bilhão do ano anterior. O lucro<br />

líquido total obtido com zinco, níquel e<br />

aço cresceu de R$ 195 milhões para<br />

R$ 360 milhões.<br />

Para 2004, espera-se um aumento<br />

da demanda no mercado interno<br />

para os três segmentos, além de uma<br />

recuperação da economia mundial que<br />

impactará no aumento da demanda no<br />

mercado global e nos níveis de preços<br />

da Bolsa de Metais de Londres (LME).<br />

Alinhados às perspectivas de mercado,<br />

novos investimentos serão destinados<br />

para a expansão da capacidade nos<br />

segmentos de aço, zinco e níquel.<br />

Zinco<br />

Utilizado para proteger o aço da<br />

corrosão e oxidação, além de oferecer<br />

um subproduto, o óxido de zinco,<br />

para a fabricação de pneus, cerâmicas,<br />

cosméticos e fertilizantes, o zinco tem<br />

preços referenciados pela LME. A cotação<br />

média anual em 2003 sofreu uma<br />

pequena elevação de US$ 779 para<br />

US$ 827 por tonelada. Somada ao<br />

aumento de produção para 270 mil<br />

toneladas/ano, a <strong>Votorantim</strong> Metais<br />

conseguiu expandir a receita líquida<br />

alcançada com o zinco de R$ 635 milhões<br />

para R$ 822 milhões. O impacto foi ainda<br />

maior no lucro líquido, que saltou de<br />

R$ 63 milhões para R$ 304 milhões.


26 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong><br />

O bom desempenho se explica pelo fato<br />

de a <strong>Votorantim</strong> Metais possuir custos<br />

operacionais altamente competitivos ao<br />

contar com 50% de minério próprio e<br />

gerar 40% da energia de que necessita.<br />

Estudos comparativos entre os grandes<br />

produtores globais colocam as unidades<br />

de Juiz de Fora e Três Marias entre as de<br />

melhor composição de custos do<br />

mercado mundial.<br />

Com a produção de 264 mil toneladas,<br />

em 2003, a exportação respondeu por<br />

27% do volume comercializado.<br />

Níquel<br />

Com a produção de 18 mil toneladas/ano<br />

o níquel encontra a sua maior aplicação<br />

na fabricação de aço inox. Cerca de 60%<br />

da produção é destinada ao mercado<br />

externo, que impulsionou o resultado<br />

alcançado e o crescimento desta<br />

operação em 2003. Com o aumento<br />

do preço médio internacional (LME) de<br />

US$ 6.780 para US$ 9.634 por tonelada,<br />

a receita líquida obtida com o níquel<br />

cresceu de R$ 406 milhões para<br />

R$ 610 milhões. Já o lucro líquido<br />

avançou de R$ 56 milhões para<br />

R$ 182 milhões.<br />

A aquisição, no final de 2003, da<br />

Mineração Serra da Fortaleza, no sul de<br />

Minas Gerais, colocou a <strong>Votorantim</strong><br />

Metais entre os dez maiores fabricantes<br />

de níquel do ocidente. Com as expansões<br />

previstas e em andamento, o setor de<br />

níquel da <strong>Votorantim</strong> Metais atingirá<br />

30.000 toneladas/ano, ao final de 2005.


Receita Líquida<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

1.899<br />

2.690<br />

3.531*<br />

Lucro Líquido<br />

R$ milhões<br />

Aço<br />

A ampliação da capacidade de produção<br />

da fábrica de Barra Mansa, no Rio de<br />

Janeiro, para 450 mil toneladas/ano foi<br />

responsável pela projeção do desempenho<br />

da unidade e ampliou a participação<br />

no mercado externo, em 2003. Cerca<br />

de 70 mil toneladas foram exportadas,<br />

representando 17% da produção. Sua linha<br />

de produtos é principalmente destinada<br />

para o mercado de construção civil.<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

449<br />

273<br />

572*<br />

Esse desempenho fez com que a receita<br />

líquida obtida pela <strong>Votorantim</strong> Metais com<br />

os aços longos atingisse R$ 497 milhões,<br />

45% maior que os R$ 342 milhões do ano<br />

anterior. O lucro líquido saltou de R$ 69<br />

milhões para R$ 141 milhões. Já com um<br />

projeto de expansão em andamento, a<br />

unidade de negócio aço passará a produzir<br />

580.000 toneladas/ano em 2006.<br />

Investimento CAPEX<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

416<br />

569<br />

1.007*<br />

*Resultado consolidado da área de Metais.


A evolução do desempenho da celulose<br />

teve significativa participação nos<br />

resultados recordes de 2003. O volume de<br />

vendas cresceu 82%, impulsionado pela<br />

entrada em operação da nova fábrica de<br />

Jacareí, com capacidade de 1 milhão de<br />

toneladas/ano. Desse total, 87,3%<br />

foram destinados à exportação.<br />

A atuação do Grupo <strong>Votorantim</strong> nos<br />

mercados de celulose e papel se desenvolve<br />

por meio da <strong>Votorantim</strong> Celulose e Papel<br />

S.A. – VCP, empresa de capital aberto com<br />

ações negociadas na Bolsa de Valores de<br />

São Paulo e ADRs na Bolsa de Nova Iorque.<br />

Com vendas de 1,2 milhão de toneladas<br />

em 2003 e receita líquida de R$ 2,5 bilhões<br />

(R$ 2,9 bilhões quando consolidada sua<br />

participação proporcional na Aracruz), 41%<br />

maior do que 2002, a VCP ocupa posição<br />

de destaque em celulose de eucalipto no<br />

cenário nacional e internacional, e é líder<br />

na produção brasileira de papéis couché<br />

(com 37% de participação de mercado),<br />

autocopiativos (76%) e térmicos (89%).<br />

Para assegurar os altos padrões de<br />

eficiência, a empresa possui um ciclo<br />

produtivo totalmente integrado. O<br />

processamento de celulose e papel das<br />

quatro unidades industriais – nas cidades<br />

de Jacareí, Luiz Antônio, Mogi das Cruzes<br />

e Piracicaba, todas no Estado de São Paulo<br />

– é suportado pela produção de madeira<br />

em 113.000 hectares de florestas plantadas<br />

de eucaliptos, além dos 66.000 hectares<br />

de florestas nativas de preservação<br />

permanente, enquanto a operação<br />

própria de distribuição leva o papel<br />

até as mãos do consumidor final. Para<br />

essas atividades, a VCP emprega cerca<br />

de 3,7 mil funcionários.<br />

O mercado externo, responsável por parcela<br />

significativa do resultado da empresa, é<br />

atendido a partir de terminal privativo no<br />

porto de Santos, ligado por ferrovia à<br />

fábrica de Jacareí. Por meio dele, são<br />

embarcados produtos, sobretudo, para a<br />

Europa, América do Norte e Ásia. Esta<br />

vantagem competitiva permitiu que as<br />

exportações somassem cerca de 45% da<br />

receita de vendas em 2003, diante de 32%<br />

de 2002. Na celulose, o mercado externo<br />

representou 87% do volume de vendas e<br />

30% no de papel.<br />

A <strong>Votorantim</strong> Celulose e Papel também<br />

possui participação de 28% do capital<br />

votante (12,4% do capital total) da Aracruz<br />

Celulose S.A., empresa de capital aberto<br />

com ações negociadas na Bolsa de Valores<br />

de São Paulo e ADRs em nível 3 em<br />

Nova Iorque.


29 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


30 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong><br />

Desempenho e Perspectivas<br />

O ano de 2003 foi o melhor da história<br />

da VCP. O lucro recorde de R$ 853<br />

milhões, 201% superior aos R$ 283<br />

milhões registrados ao final de 2002,<br />

torna-se ainda mais representativo se<br />

analisado sob a luz da conjuntura<br />

econômica adversa, de forte retração do<br />

mercado doméstico. A empresa colocou<br />

à prova com sucesso sua capacidade<br />

de consolidar um modelo de<br />

desenvolvimento sustentado: extraiu<br />

vantagens de seus diferenciais<br />

competitivos, reduziu custos, alcançou<br />

ganhos de produtividade e adotou<br />

estratégias adequadas, como o aumento<br />

de volume de produção de celulose e<br />

mix de produtos em papel que otimiza<br />

as margens operacionais.<br />

Estes fatores possibilitaram que a<br />

VCP alcançasse uma geração de caixa<br />

operacional (pelo conceito EBITDA) de<br />

R$ 1,1 bilhão, 46% maior que os R$ 763<br />

milhões de 2002, com uma margem de<br />

44% sobre a receita líquida, diante de<br />

42% de margem do ano anterior.<br />

O salto no desempenho da celulose<br />

contribuiu fortemente para esses<br />

resultados. O volume de vendas cresceu<br />

82% em função da entrada em operação<br />

da nova linha de produção da unidade<br />

de Jacareí. Com isso, a receita líquida de<br />

celulose de mercado alcançou R$ 842<br />

milhões, 120% maior que a de 2002, e<br />

altamente direcionada para o mercado<br />

externo. Em 2003, a VCP consolidou-se<br />

como um dos principais produtores<br />

mundiais de celulose de eucalipto.<br />

O segmento de papéis manteve-se,<br />

porém, como o de maior participação<br />

na receita líquida da empresa, com<br />

R$ 1,7 bilhão em 2003, 67% do total da<br />

companhia e 20% superior ao de 2002.<br />

Este resultado foi atingido por conta do<br />

crescimento de 20% no preço médio<br />

proporcionado pela oferta de


Receita Líquida<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

1.554<br />

2.061<br />

2.926<br />

(consolidando com Aracruz)<br />

Lucro Líquido<br />

R$ milhões<br />

produtos de maior valor agregado, como papéis<br />

autocopiativos e térmicos, no mercado interno,<br />

e papéis não-revestidos, especialmente cut size,<br />

no mercado externo.<br />

Para estar em condições de enfrentar os desafios<br />

do mercado, a VCP prosseguiu em 2003 com<br />

seu plano de investimentos, com mais R$ 487<br />

milhões – R$ 155 milhões para projetos de<br />

modernização industrial e R$ 196 milhões<br />

para implantação e manutenção florestal.<br />

Os investimentos nos últimos três anos<br />

somam US$ 1,2 bilhão.<br />

O ano de 2004 deverá ser um período de<br />

consolidação e maturação desses investimentos,<br />

que têm fortalecido os fundamentos da<br />

empresa. Com os permanentes ganhos de escala<br />

e produtividade, aliados ao aumento da<br />

produção de madeira e ao desenvolvimento<br />

de produtos de maior valor agregado, a VCP<br />

se posiciona para aproveitar as oportunidades<br />

que possam surgir nos mercados interno<br />

e externo.<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

283<br />

376<br />

Investimento CAPEX<br />

R$ milhões<br />

487<br />

853<br />

874<br />

1.729<br />

(incluindo aquisição de Aracruz)


O Grupo <strong>Votorantim</strong> é um dos maiores<br />

investidores privados em geração de energia<br />

no Brasil. Com pesados investimentos, tem<br />

como desafio manter 60% de autosuficiência<br />

nesse insumo, indispensável para atividades<br />

industriais eletro-intensivas e que seguem<br />

em expansão.<br />

A <strong>Votorantim</strong> Energia é responsável pela<br />

gestão dos investimentos do Grupo<br />

<strong>Votorantim</strong> no setor de energia. Integra<br />

a administração da VBC Participações<br />

S/A, em associação com a Bradespar<br />

(controlada pelo Bradesco) e o Grupo<br />

Camargo Corrêa, que atua no sistema<br />

público de geração, distribuição e<br />

comercialização de energia elétrica.<br />

Gerencia ainda os investimentos em<br />

auto-suficiência energética das demais<br />

unidades de negócios da <strong>Votorantim</strong>.<br />

A participação de 44,36% faz da VBC a<br />

principal acionista da CPFL Energia S/A,<br />

maior empresa privada nacional de<br />

energia elétrica. Com potência instalada<br />

de 800 MW e 5,3 milhões de clientes,<br />

distribuídos em 515 municípios, a CPFL<br />

Energia atende às populações do interior<br />

de São Paulo, por meio da Companhia<br />

Paulista de Força e Luz e da Companhia<br />

Piratininga de Força e Luz, e do Rio<br />

Grande do Sul por meio da Rio Grande<br />

Energia S/A. O Grupo <strong>Votorantim</strong><br />

também controla a Companhia Luz<br />

e Força Santa Cruz, que atende a<br />

consumidores dos Estados de São Paulo<br />

e do Paraná.<br />

O Grupo <strong>Votorantim</strong> possui uma<br />

afinidade histórica com o setor de<br />

energia. Aliás, o investimento em energia<br />

para a autoprodução é característico do<br />

Grupo desde a sua origem. Mas foi a<br />

partir de 1996 que se decidiu incluir<br />

definitivamente a energia dentro da<br />

estratégia de negócios e intensificar a<br />

participação nesse mercado. Ao se<br />

analisar todas as oportunidades<br />

concedidas, nos últimos cinco anos, ao<br />

investimento da iniciativa privada em<br />

geração no Brasil, o Grupo <strong>Votorantim</strong><br />

esteve presente, direta ou indiretamente,<br />

em 40% do total da energia nova licitada,<br />

o que o coloca como um dos maiores<br />

investidores neste setor.


33 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


34 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong><br />

Desempenho e Perspectivas<br />

Dentro de sua atribuição de gerenciar<br />

os contratos de compra de energia do<br />

Grupo, a <strong>Votorantim</strong> Energia aproveitou<br />

a oportunidade gerada pelo excesso<br />

de oferta em 2003 e promoveu a<br />

renegociação de diversos contratos de<br />

suprimento, o que resultou em uma<br />

expressiva economia. Este movimento<br />

tem reflexos positivos nos resultados das<br />

áreas industriais, que por natureza são<br />

atividades eletro-intensivas.<br />

Em outra vertente voltada ao suprimento<br />

das atividades industriais do Grupo<br />

<strong>Votorantim</strong>, foi dada continuidade em<br />

2003 ao cronograma de investimentos<br />

em geração de energia, que tem como<br />

meta proporcionar 60% de autosuficiência<br />

nesse insumo de grande<br />

relevância no ciclo produtivo das<br />

empresas do Grupo.<br />

A <strong>Votorantim</strong> Energia viabilizou a aquisição,<br />

por parte da Companhia Brasileira de<br />

Alumínio - CBA, de 15% da hidrelétrica<br />

de Barra Grande, na divisa do Rio Grande<br />

do Sul e de Santa Catarina, que terá<br />

capacidade de gerar 690 MW a partir de<br />

2005. A <strong>Votorantim</strong> Metais, incluindo a<br />

Companhia Brasileira de Alumínio, adquiriu<br />

também 42,8% da hidrelétrica de Campos<br />

Novos, em Santa Catarina, com potência<br />

instalada de 880 MW a partir de 2006.<br />

Esses investimentos somaram R$ 287<br />

milhões. Nos demais projetos de usinas em<br />

construção, foram desembolsados R$ 161<br />

milhões em 2003.<br />

Com essas aquisições, a <strong>Votorantim</strong> Energia<br />

passa a administrar dez investimentos<br />

em geração de energia, que se encontram<br />

em diferentes fases de execução. Ao todo,<br />

o Grupo <strong>Votorantim</strong> têm capacidade


Receita Líquida<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

1.007<br />

904<br />

1.101<br />

Lucro Líquido<br />

R$ milhões<br />

instalada de 1.167 MW em 30 usinas e,<br />

com os projetos em andamento, deverá<br />

alcançar 2.115 MW até 2010. O ano de<br />

2003 também marcou a transferência<br />

de alguns ativos concluídos, como as<br />

hidrelétricas de Igarapava e de Sobragi,<br />

que pertencem à <strong>Votorantim</strong> Metais. A<br />

operação destas usinas é terceirizada e a<br />

gestão permanece sob a responsabilidade<br />

da <strong>Votorantim</strong> Energia.<br />

2002<br />

2003<br />

2001<br />

34<br />

-353<br />

-111<br />

O desafio para 2004 é, primeiramente,<br />

manter-se dentro da meta de 60% de<br />

autoprodução de energia em um Grupo<br />

industrial que não pára de crescer. Neste<br />

sentido, a <strong>Votorantim</strong> Energia acompanha<br />

as definições do novo modelo regulatório<br />

do setor, analisa a viabilidade de projetos<br />

em geração de gás e ainda participa<br />

ativamente dos estudos para aumentar a<br />

eficiência energética do Grupo <strong>Votorantim</strong>.<br />

Investimento<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

115<br />

118<br />

424


Com níveis de crescimento bem<br />

superiores à média do mercado,<br />

a BV Financeira já se coloca entre<br />

as três maiores empresas do<br />

setor no Brasil, com 11% de<br />

participação na indústria de<br />

financiamento de carros.<br />

A atividade financeira no Grupo<br />

<strong>Votorantim</strong> tem uma história curta e de<br />

muito sucesso. Começou em 1988 por<br />

meio de uma distribuidora de valores<br />

mobiliários, que se transformou em um<br />

banco múltiplo em 1991. A <strong>Votorantim</strong><br />

Finanças teve um crescimento<br />

extraordinário neste período: seu<br />

patrimônio líquido inicial era de cerca<br />

de US$ 3 milhões e, ao final de 2003,<br />

já alcançou US$ 758,7milhões. A unidade<br />

reúne o Banco <strong>Votorantim</strong> e suas<br />

controladas BV Financeira, BV Leasing,<br />

<strong>Votorantim</strong> Asset Management e<br />

<strong>Votorantim</strong> Corretora de Títulos e<br />

Valores Mobiliários, além do<br />

<strong>Votorantim</strong> Bank Limited.<br />

O crescimento da <strong>Votorantim</strong> Finanças só<br />

foi possível por conta de seu modelo de<br />

gestão, que promove alto grau de sinergia<br />

entre as diversas áreas e elevada interação<br />

entre os profissionais. Com mais de 300<br />

bancos em atividade no Brasil, eficiência<br />

e competência são pré-condições para se<br />

vencer e crescer neste mercado. Prova<br />

disso é a estrutura ágil e enxuta da<br />

<strong>Votorantim</strong> Finanças, que conta com cerca<br />

de 400 funcionários para atender a área<br />

de atacado e banco e 1300 para o varejo.<br />

Eles movimentam os 23 pontos de venda<br />

da BV Financeira, distribuídas nos Estados<br />

do Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio<br />

de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa<br />

Catarina e Rio Grande do Sul, as filiais do<br />

Banco <strong>Votorantim</strong>, no Rio de Janeiro, em<br />

Porto Alegre e Nassau, o escritório de<br />

representação em Londres, além da<br />

subsidiária <strong>Votorantim</strong> Bank Limited,<br />

em Nassau (Bahamas).<br />

O ano de 2003 foi particularmente<br />

interessante. O cenário macroeconômico<br />

fez com que o País recuperasse<br />

credibilidade externa, o Risco-Brasil caiu,<br />

mas a política restritiva limitou a expansão<br />

da economia. Mesmo assim, o Banco<br />

<strong>Votorantim</strong> soube aproveitar as<br />

oportunidades e crescer suas operações,<br />

sobretudo, com a oferta de crédito via<br />

financeira e um excelente desempenho<br />

na gestão de recursos de terceiros.


37 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


38 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong><br />

Desempenho e Perspectivas<br />

Com uma atuação bem superior à média<br />

do mercado, o Banco <strong>Votorantim</strong><br />

alcançou um lucro de R$ 629 milhões,<br />

65,9% superior ao alcançado em 2002,<br />

que foi de R$ 379 milhões. Já o<br />

patrimônio líquido evoluiu de<br />

R$ 1,5 bilhão em dezembro de 2002<br />

para praticamente R$ 2,2 bilhões em<br />

2003, com um incremento de 44,6%.<br />

O crescimento em todas as frentes de<br />

atuação ocorreu com a ampliação das<br />

atividades e a conquista de mercado. Em<br />

julho de 2003, os acionistas aprovaram<br />

um aumento de capital de R$ 437<br />

milhões, o que permite a continuidade<br />

de sua expansão.<br />

A carteira de crédito da BV Financeira<br />

atingiu ao final do ano R$ 2,9 bilhões,<br />

72,4% superior a dezembro de 2002.<br />

O expressivo resultado a coloca entre as<br />

três maiores financeiras do Brasil, com<br />

11% de participação de mercado na<br />

indústria de financiamento de carros. É<br />

importante ressaltar que esta evolução<br />

ocorreu sem a compra de nenhuma outra<br />

financeira, mas por meio de repetidos<br />

desempenhos que praticamente dobram<br />

anualmente o tamanho da empresa. Em<br />

2003, a área financeira aproveitou os<br />

espaços deixados por concorrentes que<br />

se reestruturavam após novas aquisições.<br />

No segmento de Asset Management,<br />

não foi diferente: o <strong>Votorantim</strong> Asset<br />

Management alcançou um resultado<br />

96,1% maior em 2003 no volume de<br />

recursos administrados, que atingiu<br />

R$ 8,5 bilhões. A média de crescimento<br />

do mercado neste período foi de 30%.<br />

O aumento de participação novamente<br />

teve como base a alta qualidade dos<br />

produtos, com a administração de fundos<br />

de alta rentabilidade e baixo risco.


Patrimônio Líquido<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

676<br />

2002<br />

2003<br />

1.516<br />

2.192<br />

Para 2004, a <strong>Votorantim</strong> Finanças projeta a<br />

continuidade de seu crescimento ao mesmo<br />

tempo sustentado e agressivo. No varejo<br />

(financiamento de veículos), projeta-se um<br />

aumento de cerca de 60% até o final do ano.<br />

Já na administração de recursos de terceiros<br />

deve-se ter um crescimento ainda maior, na<br />

casa dos 80%. Da mesma forma, o Banco<br />

<strong>Votorantim</strong> pretende aumentar a base de<br />

operações de atacado com as grandes<br />

corporações. O objetivo é fazer mais negócios<br />

com mais empresas e também com mais<br />

freqüência com os atuais clientes.<br />

O Banco <strong>Votorantim</strong> já pertence ao grupo<br />

dos grandes bancos brasileiros e seu desafio<br />

é consolidar esta posição no longo prazo,<br />

mantendo o crescimento pelos próximos<br />

anos. Para tanto, trabalha para agregar<br />

produtos de caráter internacional. Nesta<br />

linha, inaugurou seu escritório em Londres<br />

no final de 2003 e já encaminhou a abertura<br />

de um escritório em Nova Iorque.<br />

Lucro Líquido<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

168<br />

Ativo Total<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

379<br />

629<br />

11.701<br />

18.747<br />

24.931


A <strong>Votorantim</strong> é um dos grandes<br />

produtores globais de suco de laranja<br />

concentrado e detém 7% do mercado<br />

mundial. O suprimento de fruta tem<br />

grande importância estratégica e a<br />

empresa possui 80% de sua matériaprima<br />

proveniente de pomares próprios<br />

ou de contratos de longa duração.<br />

A partir da Citrovita, a <strong>Votorantim</strong><br />

Agroindústria é um dos principais<br />

produtores mundiais de suco de laranja<br />

concentrado, mercado liderado pelas<br />

empresas brasileiras, que detêm mais de<br />

50% da produção global. Consolidando<br />

o seu market share global, a Citrovita<br />

vem atuando ativamente junto aos<br />

clientes com serviços diferenciados<br />

baseados na segmentação do mercado<br />

com atenção especial à região<br />

Ásia/Pacífico que vem demonstrando<br />

alto potencial de crescimento.<br />

As duas unidades industriais, com<br />

capacidade total de produção de<br />

200 mil toneladas/ano de suco<br />

concentrado, estão situadas nas cidades<br />

de Catanduva e Matão, ambas no Estado<br />

de São Paulo que responde por 90% da<br />

produção nacional. O suprimento de<br />

laranja tem grande relevância estratégica<br />

e a Citrovita possui 80% de sua matériaprima<br />

fruto de produção própria ou de<br />

contratos de longo prazo. Com o objetivo<br />

de manter a sustentabilidade de<br />

suprimento de matéria-prima no longo<br />

prazo, a Citrovita continua com o seu<br />

programa de ampliação dos pomares<br />

próprios com plantio adicional de<br />

5 milhões de árvores até 2005. Em 2003<br />

foram plantadas mais de 1,1 milhão de<br />

árvores. Essa expansão também gerou<br />

um crescimento na sua força de trabalho,<br />

em especial, na área agrícola, que<br />

alcançou 1,2 mil funcionários ao<br />

final do ano.<br />

Os investimentos em 2003, tanto na área<br />

de plantio (expansão de pomares),<br />

quanto na modernização do sistema<br />

de logística, somaram R$ 65 milhões,<br />

respeitando o cronograma definido<br />

pelo plano estratégico traçado em 2001.<br />

O principal investimento de 2004<br />

continuará sendo a manutenção do<br />

plano de implantação de novos pomares.


41 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


42 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong><br />

Desempenho e Perspectivas<br />

Com a valorização do real em 2003,<br />

o setor teve seu desempenho afetado<br />

negativamente devido às variações<br />

cambiais ocorridas entre a safra de<br />

2002 e a comercialização do suco<br />

ao longo de 2003.<br />

A Citrovita acompanhou o crescimento<br />

do mercado mundial e manteve a sua<br />

participação apoiada por uma estrutura<br />

comercial e de logística presente em<br />

todos os principais mercados.<br />

O posicionamento mercadológico<br />

da empresa, implantado a partir de<br />

2002, tem demonstrado sua eficácia<br />

com uma importante mudança no<br />

atendimento ao cliente e no custo<br />

de servir.<br />

Com um modelo de gestão focado<br />

na integração dos processos funcionais,<br />

a companhia vem melhorando<br />

significativamente a sua performance<br />

operacional através da eficiência e a<br />

da maximização de resultados de toda<br />

a cadeia de produção – do cultivo de<br />

laranja à entrega do suco concentrado<br />

– e assim suprir as necessidades de<br />

cada segmento.<br />

Em 2003 a empresa investiu, também,<br />

em suas unidades industriais buscando<br />

a melhoria contínua de produtividade,<br />

qualidade e eficiência de custo.<br />

Com isso, a receita líquida teve uma<br />

elevação de cerca de 10%, alcançando<br />

R$ 455 milhões diante de R$ 410 milhões<br />

em 2002.


Receita Líquida<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

248<br />

2002<br />

2003<br />

410<br />

455<br />

A expectativa para 2004 é a de<br />

manutenção da presença nos mercados<br />

já consolidados, com a intensificação do<br />

esforço comercial na China e no Leste<br />

Europeu. O prosseguimento na expansão<br />

dos pomares projeta o plantio de mais de<br />

2 milhões de árvores. Estes esforços têm<br />

como objetivo tornar a empresa mais<br />

eficiente e competitiva, em termos de<br />

custo de produção, o que exige a<br />

consolidação de uma base sólida de<br />

pomares e uma permanente atualização<br />

na tecnologia de produtividade agrícola.<br />

Lucro Líquido<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

-58<br />

2002<br />

2003<br />

Investimento CAPEX<br />

R$ milhões<br />

34<br />

208<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

20<br />

15<br />

65


A nitrocelulose da <strong>Votorantim</strong> já tem<br />

participação de 11% no mercado mundial,<br />

com 70% do comércio da América Latina,<br />

resultado de investimentos tecnológicos<br />

que tornaram esta resina uma das melhores<br />

do mundo, com ganhos de qualidade em<br />

diversas propriedades.<br />

A <strong>Votorantim</strong> Química reúne empresas<br />

que têm como foco fornecer matériaprima<br />

para a produção de outros<br />

segmentos industriais. Controla a<br />

Companhia Nitro Química Brasileira, a<br />

Companhia Agro Industrial Igarassu e<br />

divide a participação na Nordesclor com<br />

a americana Arch Chemicals. É líder no<br />

mercado brasileiro em praticamente<br />

todos os segmentos de produtos<br />

em que atua e tem aumentado<br />

significativamente as exportações de<br />

nitrocelulose, utilizada na fabricação<br />

de tintas e vernizes.<br />

Produzida pela Nitro Química, a<br />

nitrocelulose da <strong>Votorantim</strong> já tem<br />

participação de 11% no mercado<br />

mundial, com 70% do comércio da<br />

América Latina. Está presente também<br />

no Canadá, na Europa e na Ásia e,<br />

em 2004, deve voltar ao mercado<br />

dos Estados Unidos por conta dos<br />

investimentos tecnológicos que tornaram<br />

esta resina uma das melhores do<br />

mundo, com ganhos de qualidade<br />

em diversas propriedades. Com fábrica<br />

no bairro de São Miguel Paulista, em<br />

São Paulo, a Nitro Química teve sua<br />

capacidade de produção ampliada<br />

de 18 mil toneladas/ano para 24 mil<br />

toneladas/ano de nitrocelulose.<br />

A empresa também produz ácido<br />

sulfúrico, ácido fluorídrico e fluoreto<br />

de alumínio.<br />

Localizada na cidade de mesmo nome<br />

no Estado de Pernambuco, a Igarassu<br />

produz soda, cloro e seus derivados<br />

para abastecer as indústrias química,<br />

petroquímica, têxtil, entre outras. Situada<br />

na mesma cidade, a Nordesclor é a única<br />

fabricante de hipoclorito de cálcio da<br />

América Latina. Destina 80% de sua<br />

produção para o mercado de tratamento<br />

de águas de piscinas e 20% para o de<br />

tratamento de água potável. No total, a<br />

<strong>Votorantim</strong> Química emprega cerca de<br />

800 funcionários.


45 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


46 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong><br />

Desempenho e Perspectivas<br />

A performance econômica do País afetou<br />

diretamente o negócio químico. O baixo<br />

consumo de nitrocelulose no mercado<br />

interno, com queda de 7,5% devido à<br />

redução de consumo no segmento de<br />

tintas e vernizes, bem como a redução<br />

de 15% no segmento de tratamento de<br />

água de piscina, representaram grandes<br />

desafios em 2003.<br />

A queda no volume nacional de<br />

nitrocelulose foi compensada com o<br />

aumento de 20% nas exportações em<br />

relação ao ano anterior, sustentadas pela<br />

ampliação da liderança na América Latina<br />

e a manutenção dos negócios com a<br />

Europa e a Ásia. Os mercados de ácido<br />

fluorídrico e fluoreto de alumínio<br />

mantiveram-se estáveis em comparação<br />

com 2002.<br />

A Nordesclor também superou a queda<br />

no consumo de cloro de piscina com o<br />

ganho de participação no segmento<br />

de tratamento de águas potáveis<br />

institucionais, destinado à utilização<br />

urbana. O produto teve aumento de<br />

9% no volume de vendas em relação<br />

ao ano anterior. Já a Igarassu segue<br />

operando em 100% da sua capacidade,<br />

suprindo o mercado da Grande Recife<br />

e a própria Nordesclor.<br />

Com isso, a <strong>Votorantim</strong> Química obteve<br />

receita líquida de R$ 342 milhões frente<br />

aos R$ 291 milhões do ano anterior.<br />

As perspectivas para 2004 são positivas.<br />

A começar pelo retorno da nitrocelulose<br />

da Nitro Química ao mercado americano,<br />

um dos maiores do mundo, no qual


Receita Líquida<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

249<br />

2002<br />

291<br />

2003<br />

342<br />

Lucro Líquido<br />

R$ milhões<br />

projeta-se a obtenção de uma fatia de 10%<br />

já no primeiro ano. O aumento de produção<br />

será destinado ao comércio exterior para<br />

a manutenção das posições na América<br />

Latina, Europa e ainda um avanço<br />

estratégico no mercado da China.<br />

Somada à expectativa de recuperação da<br />

economia brasileira, a previsão é de que os<br />

negócios de nitrocelulose cresçam cerca de<br />

20% em relação a 2003, com avanço na<br />

participação no mercado mundial. A área<br />

de fluorados seguirá a tendência do mercado<br />

local, com todas as plantas operando em<br />

plena capacidade de produção. Espera-se<br />

ainda a recuperação do mercado de cloro<br />

para tratamento de águas de piscinas, que<br />

deve ser da ordem de 10%. Estas projeções<br />

apontam para um crescimento de vendas<br />

de 26% da <strong>Votorantim</strong> Química em 2004,<br />

com um significativo aumento de 38% na<br />

capacidade de geração de caixa operacional<br />

pelo conceito EBITDA.<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

63<br />

Investimento CAPEX<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

29<br />

43<br />

44<br />

96<br />

71


A <strong>Votorantim</strong> Internacional distribui os<br />

produtos do Grupo em mais de 100 países<br />

ao redor do mundo. Em 2003, houve<br />

aumento de participação no mercado<br />

asiático, que passou a responder por 14%<br />

do volume físico exportado, com destaque<br />

para o avanço comercial com a China.<br />

Representada por um conjunto de onze<br />

empresas, sendo uma em São Paulo<br />

e dez no Exterior, a <strong>Votorantim</strong><br />

Internacional é a holding que realiza a<br />

cogestão das operações de exportação<br />

e importação de todas as empresas do<br />

Grupo. Para promover transações em<br />

mais de 100 países, possui escritórios<br />

nos grandes centros de comércio<br />

internacional: Antuérpia e Hamburgo<br />

(Europa), Delaware (América do Norte)<br />

e Cingapura (Ásia). Em 2004, planeja<br />

instalar-se também na Austrália.<br />

Focada atualmente em facilitar o acesso<br />

de todas as unidades industriais do Grupo<br />

aos mercados externos, a <strong>Votorantim</strong><br />

Internacional começou, porém, em 1991,<br />

como um braço internacional voltado<br />

exclusivamente para a comercialização<br />

dos produtos da Citrovita e da<br />

<strong>Votorantim</strong> Celulose e Papel – VCP.<br />

A partir de 2002, sua participação foi<br />

redefinida e ampliada, tornando-se<br />

um instrumento corporativo, sempre<br />

alinhado com as estratégias traçadas<br />

em cada frente de negócio. Com 54<br />

funcionários –16 em São Paulo e 38<br />

no exterior – presta serviços financeiros,<br />

fiscais, administrativos e de logística,<br />

além de fornecer um acompanhamento<br />

preciso do andamento das operações no<br />

exterior, com informações disponíveis<br />

em tempo real.<br />

Por meio de seus escritórios, a <strong>Votorantim</strong><br />

Internacional consegue distribuir os<br />

produtos do Grupo ao redor do mundo.<br />

Vale ressaltar o aumento de participação<br />

do mercado asiático, que representava<br />

10% do volume físico exportado no ano<br />

anterior e passou a responder por 14%<br />

em 2003, reflexo do incremento das<br />

transações de diversas unidades de<br />

negócios com o mercado da China.


49 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


50 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong><br />

Desempenho e Perspectivas<br />

No ano em que as exportações do<br />

Grupo <strong>Votorantim</strong> alcançaram a<br />

marca histórica de US$ 1,2 bilhão<br />

e contribuíram decisivamente para<br />

o satisfatório resultado geral, a<br />

<strong>Votorantim</strong> Internacional respondeu<br />

por praticamente metade desse volume<br />

exportado, o que lhe permitiu alcançar<br />

um faturamento de US$ 544 milhões<br />

em 2003, com um crescimento de 7%<br />

sobre o ano anterior.<br />

Merece destaque o aumento significativo<br />

nas exportações da <strong>Votorantim</strong> Metais,<br />

apoiados pelos serviços da <strong>Votorantim</strong><br />

Internacional, que avançaram de<br />

U$ 19 milhões em 2002 para<br />

U$ 164 milhões em 2003.<br />

Com o propósito de fixar as atividades<br />

de exportação e importação do Grupo,<br />

a meta da <strong>Votorantim</strong> Internacional para<br />

2004 é aprimorar sua atuação como<br />

facilitadora das operações internacionais<br />

de todas as unidades de negócios. No<br />

âmbito da exportação, busca ampliar,<br />

tanto o leque de produtos com acesso<br />

aos compradores externos, quanto o<br />

relacionamento com os diversos<br />

mercados internacionais. Para agilizar as<br />

importações, está focada em identificar<br />

linhas de financiamento capazes de<br />

suprir as necessidades de captação de<br />

giro, de maneira a oferecer volumes<br />

maiores a custos menores.


Marca histórica de<br />

US$ 1,2 bilhão em exportação.<br />

Os esforços da <strong>Votorantim</strong> Internacional<br />

também estão voltados para a ampliação<br />

de suas ferramentas de informação,<br />

a ponto de se tornar um centro de<br />

excelência em comércio exterior, com<br />

o desenvolvimento, por exemplo, de um<br />

completo banco de dados de transações<br />

internacionais, custos de financiamentos,<br />

seguros de créditos, fretes marítimos, entre<br />

outros dados que possam agilizar a tomada<br />

de decisão e incrementar as transações<br />

internacionais do Grupo.<br />

Distribuição Regional das Exportações<br />

Consolidadas do Grupo <strong>Votorantim</strong><br />

(volume físico)<br />

1%<br />

1%<br />

3%<br />

América Central e Caribe<br />

Oriente Médio<br />

Oceania<br />

14%<br />

América do Sul<br />

14%<br />

Ásia<br />

22%<br />

América do Norte<br />

45%<br />

Europa


A Optiglobe é a primeira investida a ser<br />

preparada para fazer parte da diversificação<br />

de negócios da <strong>Votorantim</strong>. A atividade da<br />

empresa foi reposicionada: de provedora<br />

de soluções para Internet passou a atuar<br />

como uma completa prestadora de serviços<br />

de tecnologia da informação.<br />

No final de 2003, o Grupo <strong>Votorantim</strong><br />

decidiu ampliar o foco de atividades de<br />

sua área de investimentos que passou<br />

também a buscar oportunidades de<br />

diversificação do seu portfolio de ativos<br />

estratégicos, além de fazer investimentos<br />

de capital de risco. Em razão desta nova<br />

linha de atuação, decidiu-se também<br />

que a <strong>Votorantim</strong> Ventures passaria a<br />

chamar-se <strong>Votorantim</strong> Novos Negócios.<br />

O esforço de diversificação do portfolio<br />

estratégico do Grupo <strong>Votorantim</strong> segue<br />

diretrizes diferentes da atuação como<br />

fundo multisetorial de investimentos de<br />

capital de risco focado no financiamento<br />

da inovação tecnológica e de novos<br />

modelos de negócio. Ao contrário desta<br />

última, a atividade de diversificação não<br />

possui restrições quanto à natureza da<br />

indústria, o grau de maturidade do<br />

negócio ou à existência de alguma forma<br />

de inovação. O critério fundamental<br />

de decisão é a consistência com os<br />

objetivos estratégicos do Grupo<br />

<strong>Votorantim</strong>.<br />

Com relação à atuação como fundo<br />

de capital de risco, a <strong>Votorantim</strong> Novos<br />

Negócios continua a ter como estratégia<br />

investir prioritariamente em empresas<br />

inovadoras dos setores de ciências<br />

da vida e tecnologia da informação.<br />

A política de investimento, contudo,<br />

passa a ser mais seletiva, privilegiandose<br />

o financiamento à inovação<br />

tecnológica em indústrias em que o<br />

mercado brasileiro tem relevância global.


53 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


54 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong><br />

Desempenho e Perspectivas<br />

A recém-incorporada atividade de<br />

diversificação já começou a produzir os<br />

seus primeiros efeitos no ano de 2003.<br />

Adquirida em agosto de 2002, a<br />

Optiglobe é a primeira empresa que<br />

começou a ser preparada para fazer parte<br />

da área de diversificação do portfolio<br />

do Grupo. Em 2003, a empresa foi<br />

objeto de uma mudança radical de<br />

posicionamento estratégico: de uma<br />

provedora de soluções para hospedagem<br />

de operações de Internet, a Optiglobe<br />

passou a atuar como prestadora de<br />

serviços de full outsourcing de tecnologia<br />

da informação. Para tanto, foi necessária<br />

uma ampla reestruturação da empresa.<br />

Foram implantados um novo modelo<br />

de gestão e uma nova estrutura<br />

organizacional e feitos relevantes<br />

investimentos em tecnologia e na<br />

contratação de profissionais de mercado<br />

com experiência consistente como a<br />

nova estratégia. Em razão do crescimento<br />

da base de clientes e da expansão<br />

da oferta de serviços, o quadro de<br />

funcionários da empresa passou de 200<br />

para 340 pessoas em 2003. Os primeiros<br />

impactos da nova estratégia e da<br />

reestruturação da empresa devem<br />

se fazer sentir ao longo deste ano.<br />

Diante da conjuntura econômica<br />

restritiva de 2003, a <strong>Votorantim</strong> Novos<br />

Negócios priorizou a estruturação das<br />

empresas que já faziam parte da carteira<br />

de investimentos e sua preparação para<br />

o crescimento. A despeito das incertezas<br />

macro-econômicas, a <strong>Votorantim</strong> Novos<br />

Negócios realizou um novo investimento<br />

em 2003 no esforço de criação de um<br />

núcleo brasileiro de biotecnologia voltado<br />

para a inovação tecnológica e o<br />

desenvolvimento de soluções para<br />

o agronegócio.


Com um comprometimento de capital<br />

de R$ 25 Milhões, a <strong>Votorantim</strong> Novos<br />

Negócios se juntou a um grupo de<br />

pesquisadores da Universidade de<br />

São Carlos responsáveis pelo<br />

desenvolvimento de 60% das variedades<br />

de cana-de-açúcar plantadas no Brasil<br />

para criar a CanaVialis, uma empresa<br />

de biotecnologia focada no<br />

desenvolvimento de novas variedades<br />

de cana-de-açúcar e de soluções para o<br />

aumento da produtividade da atividade<br />

agrícola da indústria sucro-alcooleira.<br />

A criação da CanaVialis amplia e reforça<br />

os investimentos da <strong>Votorantim</strong> Novos<br />

Negócios no desenvolvimento de novas<br />

tecnologias para o melhoramento da<br />

cana-de-açúcar. Esta cultura é um dos<br />

focos de pesquisa da Alellyx — outra<br />

empresa de biotecnologia agrícola do<br />

portfolio da <strong>Votorantim</strong> Novos Negócios.<br />

Além de contar com o reforço da<br />

experiência dos pesquisadores da<br />

CanaVialis, a Alellyx experimentou uma<br />

forte expansão das culturas em suas duas<br />

outras culturas: a laranja e o eucalipto.<br />

No caso da laranja, a empresa já entrou<br />

com o pedido de sua primeira patente<br />

referente ao sequenciamento do vírus<br />

da morte-súbita, uma doença que hoje<br />

afeta os laranjais de São Paulo. Além de<br />

Optiglobe, Alellyx e CanaVialis, o portfólio<br />

da <strong>Votorantim</strong> Novos Negócios contém<br />

mais cinco empresas – Anfreixo,<br />

Telefutura, .comDomínio, Quadrem e<br />

Scylla. A primeira é um prestador de<br />

serviços de distribuição de MRO (itens<br />

para manutenção, reparo e operações),<br />

enquanto a segunda é empresa de serviços<br />

de contact center, a terceira de serviços<br />

de web-hosting, a quarta é um portal<br />

de comércio eletrônico voltado para a<br />

indústria de mineração e metalurgia<br />

e a quinta tem como principal atividade<br />

o desenvolvimento de softwares para<br />

indústria de biotecnologia.<br />

Com a ampliação do seu foco de atuação,<br />

os desafios da <strong>Votorantim</strong> Novos Negócios<br />

se desdobram de acordo com as atividades<br />

de diversificação e de investimento de<br />

capital de risco. No caso da primeira linha<br />

de atuação, o foco é a busca de negócios<br />

que combinem crescimento, porte e<br />

rentabilidade compatível com os objetivos<br />

de longo prazo que o Grupo <strong>Votorantim</strong><br />

tem para o seu portfolio de ativos<br />

estratégicos. No caso das atividades<br />

de capital de risco, a <strong>Votorantim</strong> Novos<br />

Negócios pretende continuar a investir<br />

em empresas que tenham sinergias com<br />

as plataformas de negócio existentes<br />

nos setores de biotecnologia, tecnologia<br />

de informação e serviços.


Líder do mercado brasileiro, a Votocel<br />

investe em excelência operacional e<br />

qualidade: tem a mais veloz linha de<br />

produção do mundo e um completo Centro<br />

de Pesquisa e Desenvolvimento, único do<br />

Hemisfério Sul.<br />

Com a maior fábrica do Hemisfério Sul<br />

em um único site e a mais veloz linha<br />

de produção do mundo, a <strong>Votorantim</strong><br />

lidera o mercado brasileiro de filmes<br />

flexíveis. A Votocel produz, desde 1985,<br />

na cidade de <strong>Votorantim</strong>, no interior de<br />

São Paulo, o filme de polipropileno<br />

Biorientado – BOPP (em inglês, Biaxially<br />

Oriented Polypropylene), amplamente<br />

utilizado como base de embalagens<br />

flexíveis. O domínio tecnológico<br />

alcançado ao longo dos anos permitiu<br />

que a Votocel desenvolvesse um produto<br />

diferenciado: o Volen, filme de múltiplas<br />

camadas funcionais, versátil e capaz de<br />

ter as propriedades específicas exigidas<br />

para cada aplicação, como resistência,<br />

rigidez e outros atributos de proteção e<br />

de apresentação visual. Com isso, a<br />

empresa é reconhecida por fornecer<br />

soluções de alta qualidade para os<br />

mercados de embalagens diretas, rótulos<br />

e etiquetas, filmes industriais e gráficos,<br />

filmes para a indústria de tabaco e filmes<br />

para conversão (impressão de arte na<br />

embalagem). A concentração das<br />

atividades em uma única planta confere<br />

à Votocel maior agilidade e sinergia em<br />

seus processos de produção. Com o<br />

investimento de R$ 25 milhões, realizado<br />

em 2003 na modernização de sua fábrica,<br />

a capacidade de produção avançou de<br />

57 mil toneladas/ano para 64 mil<br />

toneladas/ano. A readequação<br />

tecnológica alcançou inclusive a linha<br />

de produção 4, que já possuía a máquina<br />

mais rápida do mundo. A partir de 2004,<br />

essa linha passará a trabalhar ao ritmo<br />

de 530 metros de filme por minuto,<br />

aliando velocidade e alta qualidade. Os<br />

investimentos também alcançaram o<br />

Centro de Pesquisa e Desenvolvimento<br />

de BOPP, que dispõe de linha piloto e de<br />

laboratório completo, o terceiro no<br />

mundo e o único do Hemisfério Sul. Nele,<br />

são desenvolvidos processos, produtos<br />

e equipamentos que permitem à Votocel<br />

oferecer a seus clientes soluções de<br />

padrão internacional.


57 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong>


58 Relatório Anual <strong>Votorantim</strong><br />

Desempenho e Perspectivas<br />

A exemplo do ano anterior, 2003 foi<br />

marcado por uma conjuntura pouco<br />

favorável para o setor. A estagnação<br />

da economia doméstica impediu o<br />

crescimento da produção industrial e a<br />

conseqüente ampliação da demanda por<br />

embalagens. Na outra ponta, fatores<br />

globais – Guerra do Iraque e o rigoroso<br />

inverno no Hemisfério Norte –<br />

impulsionaram os aumentos dos<br />

insumos, todos derivados do petróleo.<br />

Estes reajustes ultrapassaram qualquer<br />

projeção elaborada pelas entidades<br />

internacionais de referência. O mercado<br />

mundial de filmes flexíveis apresentou<br />

um pequeno crescimento de cerca<br />

de 6%, motivado sobretudo pelo<br />

consumo asiático.<br />

Diante desse cenário, a Votocel mantevese<br />

líder do mercado brasileiro, com<br />

aproximadamente 40% de participação.<br />

Apesar das dificuldades, a receita líquida<br />

cresceu 26%, passando de R$ 223<br />

milhões para R$ 282 milhões. Parcela<br />

significativa deste aumento foi<br />

proveniente do mercado externo, que<br />

novamente respondeu por cerca de 37%<br />

do volume faturado. Em 2003, a Votocel<br />

realizou seus primeiros movimentos<br />

comerciais nos mercados da Europa e<br />

da África, que se somaram à sua forte<br />

atuação nas Américas, Ásia e Austrália.<br />

Esta atuação deverá se intensificar em<br />

2004, com o direcionamento para o<br />

mercado externo dos volumes adicionais<br />

resultantes do aumento da capacidade<br />

produtiva. Para tanto, permanece o foco<br />

na excelência operacional e na inovação,<br />

que deve se traduzir em produtos e<br />

serviços de maior valor agregado, capazes<br />

de gerar receitas adicionais e diferenciar<br />

a Votocel em um mercado pulverizado,<br />

com cerca de 170 concorrentes globais,<br />

muitos deles concentrados na oferta de


Receita Líquida<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

179<br />

2002<br />

223<br />

2003<br />

282<br />

Lucro Líquido<br />

R$ milhões<br />

um produto básico, com preços<br />

comoditizados.<br />

Neste sentido, a Votocel planeja consolidar<br />

sua posição como um produtor de soluções<br />

de alta qualidade, especialmente nos<br />

mercados que exigem e valorizam soluções<br />

com propriedades tecnológicas específicas,<br />

como Europa e Estados Unidos. Do mesmo<br />

modo, espera também ampliar sua<br />

influência sobre o mercado sul-americano.<br />

Em todas essas iniciativas, pretende tirar<br />

proveito de seu domínio tecnológico e da<br />

excelência operacional, já disseminada<br />

entre seus 391 funcionários em 2003, o<br />

que lhe possibilita oferecer serviços e<br />

soluções sob medida para as necessidades<br />

de seus clientes.<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

27<br />

21<br />

30<br />

Investimento CAPEX<br />

R$ milhões<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

1,0<br />

1,5<br />

2,5

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