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Os anfíbios e a Serra do Ouro Branco - Museu de Zoologia João ...

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Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa<br />

Fundação <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais<br />

MZUFV<br />

<strong>Museu</strong> <strong>de</strong> <strong>Zoologia</strong> <strong>João</strong> Moojen<br />

Departamento <strong>de</strong> Biologia Animal<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa<br />

<strong>Os</strong> Anfíbios e a<br />

<strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong><br />

- Minas Gerais -<br />

Vinícius <strong>de</strong> Avelar São Pedro<br />

Mário Ribeiro <strong>de</strong> Moura<br />

Renato Neves Feio


Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa<br />

Fundação <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais<br />

<strong>Os</strong> Anfíbios e a<br />

<strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong><br />

- Minas Gerais -<br />

Vinícius <strong>de</strong> Avelar São Pedro<br />

Mário Ribeiro <strong>de</strong> Moura<br />

Renato Neves Feio<br />

“Oh Pai, dai-me o silêncio da noite, pra ouvir o sapo namorar a lua...”<br />

(Van<strong>de</strong>r Lee)<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Viçosa<br />

C A P E S<br />

Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Pessoal<br />

<strong>de</strong> Aperfeiçoamento<br />

<strong>de</strong> Nível Superior<br />

Fundação <strong>de</strong> Amparo<br />

à Pesquisa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> Minas Gerais<br />

2008


FOTOS:<br />

Diego Santana<br />

Emanuel Teixeira Silva<br />

Henrique Cal<strong>de</strong>ira Costa<br />

Nádia Barbosa<br />

Renato Neves Feio<br />

Vinícius <strong>de</strong> Avelar São Pedro<br />

ARTE GRÁFICA<br />

Mário Ribeiro <strong>de</strong> Moura<br />

ENDEREÇO<br />

<strong>Museu</strong> <strong>de</strong> <strong>Zoologia</strong> <strong>João</strong> Moojen<br />

Av. Peter Henry Rolfs, s/n. - Campus UFV<br />

Vila Gianetti, casa 32.<br />

36571-000 - Viçosa - Minas Gerais - Brasil<br />

Tels. (31) 3899-2530, (31) 3899 2586<br />

Website: www.museu<strong>de</strong>zoologia.ufv.br<br />

Email: museu<strong>de</strong>zoologia@ufv.br<br />

Vinícius <strong>de</strong> Avelar São Pedro:<br />

vasaopedro@yahoo.com.br<br />

Ficha catalográfica preparada pela Seção <strong>de</strong> Catalogação<br />

e Classificação da Biblioteca Central da UFV<br />

São Pedro, Vinícius <strong>de</strong> Avelar, 1982-<br />

S239a <strong>Os</strong> <strong>anfíbios</strong> e a <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong> - Minas Gerais /<br />

2008 Vinícius <strong>de</strong> Avelar São Pedro, Mário Ribeiro <strong>de</strong> Moura e<br />

Renato Neves Feio - Viçosa: UFV, Belo Horizonte:<br />

FAPEMIG, 2008.<br />

16p. : il. (coloridas) ; 21cm.<br />

SUMÁRIO<br />

Apresentação...................................................................... 01<br />

Introdução........................................................................... 02<br />

A <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong> e os <strong>anfíbios</strong>............................ 04<br />

Estratégias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong>s anuros...................................... 06<br />

Por que os sapos coacham................................................ 07<br />

Como os <strong>anfíbios</strong> se reproduzem................................... 08<br />

Algumas espécies da <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong>................... 10<br />

Conservação das espécies <strong>de</strong> <strong>anfíbios</strong>............................. 14<br />

Estratégias para conservação............................................ 15<br />

Como você po<strong>de</strong> ajudar.................................................... 15<br />

Agra<strong>de</strong>cimentos.................................................................. 16<br />

1. Anfibio - I<strong>de</strong>ntificação - <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong>, <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> (MG).<br />

2. Anfibio - Conservação - <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong>, <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> (MG). I.<br />

Moura, Mário Ribeiro <strong>de</strong>, 1984-. II. Feio, Renato Neves,<br />

1960-. III. Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa. IV. Título.<br />

CDD 22.ed. 597.8098151


MZUFV<br />

<strong>Os</strong> <strong>anfíbios</strong> e a <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong> - Minas Gerais<br />

Conhecer para preservar<br />

1. APRESENTAÇÃO<br />

Conheci<strong>do</strong>s popularmente como sapos, rãs e pererecas, os <strong>anfíbios</strong><br />

são vistos por muitas pessoas como seres repugnantes, nocivos e “sem<br />

utilida<strong>de</strong>”. O que poucos sabem, no entanto, é que esses pequenos<br />

animais <strong>de</strong>sempenham papel fundamental na manutenção <strong>do</strong> equilíbrio<br />

ecológico e, em sua maioria, não representam nenhum perigo aos seres<br />

humanos. Pelo contrário, por alimentarem-se pre<strong>do</strong>minantemente <strong>de</strong><br />

insetos, controlam as populações <strong>de</strong> pragas em potencial, como<br />

gafanhotos e mosquitos. Além disso, secretam através da pele uma<br />

infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> substâncias cada vez mais pesquisadas para a <strong>de</strong>scoberta<br />

<strong>de</strong> novos medicamentos.<br />

Muito além <strong>de</strong> constatar sua utilida<strong>de</strong> prática para os seres<br />

humanos, conhecer melhor os <strong>anfíbios</strong> po<strong>de</strong> revelar também aspectos<br />

curiosos e fascinantes <strong>de</strong> suas misteriosas vidas noturnas. Um olhar<br />

atento à beira <strong>de</strong> riachos e lagoas revela as mais variadas espécies que não<br />

apenas divi<strong>de</strong>m sua vida entre a água e a terra firme, mas que também<br />

interagem entre si através <strong>de</strong> um vasto repertório <strong>de</strong> sons e sinais visuais,<br />

se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m e fogem <strong>do</strong>s preda<strong>do</strong>res com uma gama <strong>de</strong> estratégias<br />

igualmente variada e, é claro, que namoram sob a luz <strong>do</strong> luar.<br />

Esta cartilha tem como objetivo levar ao público em geral um pouco<br />

mais <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s <strong>anfíbios</strong>, apresentan<strong>do</strong> as espécies encontradas na<br />

região da <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong>. O conhecimento científico não apenas<br />

<strong>de</strong>sfaz mitos e preconceitos, mas gera interesse e facilita a compreensão, e<br />

esses são requisitos básicos à qualquer iniciativa <strong>de</strong> preservação<br />

ambiental.<br />

Vinícius <strong>de</strong> Avelar São Pedro<br />

Biólogo<br />

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MZUFV<br />

<strong>Os</strong> <strong>anfíbios</strong> e a <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong> - Minas Gerais<br />

Conhecer para preservar<br />

MZUFV<br />

<strong>Museu</strong> <strong>de</strong> <strong>Zoologia</strong> <strong>João</strong> Moojen<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa<br />

2. INTRODUÇÃO<br />

<strong>Os</strong> <strong>anfíbios</strong> são animais vertebra<strong>do</strong>s que, em sua maioria, possuem<br />

duas fases distintas durante o ciclo vital: fase larval (girino), geralmente<br />

aquática e fase adulta, geralmente terrestre. Entre as duas fases existe um<br />

processo <strong>de</strong> metamorfose pelo qual as larvas<br />

adquirem a forma adulta. São dividi<strong>do</strong>s em<br />

três grupos (Or<strong>de</strong>ns): 1) URODELA, que<br />

reúne as salamandras, muito raras no Brasil; 2)<br />

GYMNOPHIONA, que reúne as cecílias ou<br />

cobra-cegas, <strong>anfíbios</strong> sem membros<br />

locomotores e semelhante a minhocas e 3)<br />

ANURA, ao qual pertencem sapos, rãs e<br />

pererecas.<br />

Cobra-cega ou cecília<br />

(Gymnophiona)<br />

<strong>Os</strong> anuros constituem-se bons objetos<br />

em estu<strong>do</strong>s ambientais por serem <strong>de</strong> fácil<br />

encontro na natureza e por apresentarem-se<br />

sensíveis a alterações ambientais <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às<br />

características <strong>de</strong> sua biologia, como a alta<br />

permeabilida<strong>de</strong> da pele e a gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pendência da água. É um grupo chave no<br />

funcionamento da<br />

teia alimentar, consumin<strong>do</strong> uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

insetos e servin<strong>do</strong> <strong>de</strong> presas para muitos<br />

outros animais, como serpentes, aves, peixes e<br />

invertebra<strong>do</strong>s maiores, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> seu <strong>de</strong>clínio<br />

populacional afetar drasticamente o equilíbrio<br />

ecológico.<br />

02<br />

03<br />

Salamandra (Uro<strong>de</strong>la)<br />

Perereca (Anuro)<br />

Atualmente são conhecidas mais <strong>de</strong> 6.300 espécies <strong>de</strong> <strong>anfíbios</strong><br />

anuros no mun<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> mais <strong>de</strong> 830 <strong>de</strong>las encontradas no Brasil. Apesar<br />

da gran<strong>de</strong> riqueza conhecida, to<strong>do</strong>s os anos são <strong>de</strong>scritas novas espécies,<br />

indican<strong>do</strong> que ainda há muito o que conhecer sobre esses animais. Essas<br />

diversas espécies habitam áreas <strong>de</strong> campo e mata, sen<strong>do</strong> algumas <strong>de</strong>las<br />

encontradas também em ambientes altera<strong>do</strong>s pelo homem. Distribuemse<br />

não apenas à beira <strong>de</strong> lagos, rios e poças, mas também distantes da<br />

água, sejam abrigadas junto às folhas secas no solo ou mesmo no alto das<br />

árvores.<br />

Estudar essas espécies e suas populações é fundamental para<br />

compreen<strong>de</strong>r seus aspectos ecológicos, monitorar os efeitos das<br />

alterações ambientais sobre os ecossistemas e subsidiar ações <strong>de</strong> manejo e<br />

conservação das espécies e seus ambientes.<br />

Algumas espécies <strong>de</strong> anuros da <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong><br />

03<br />

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MZUFV<br />

<strong>Os</strong> <strong>anfíbios</strong> e a <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong> - Minas Gerais<br />

Conhecer para preservar<br />

MZUFV<br />

<strong>Os</strong> <strong>anfíbios</strong> e a <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong> - Minas Gerais<br />

Conhecer para preservar<br />

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03<br />

3. A SERRA DO OURO BRANCO E OS ANFÍBIOS<br />

Com altitu<strong>de</strong>s que variam aproximadamente <strong>de</strong> 900 a 1600m, a<br />

<strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong> constitui o extremo sul da Ca<strong>de</strong>ia <strong>do</strong> Espinhaço, e<br />

localiza-se em área <strong>de</strong> transição entre os<br />

biomas Mata Atlântica e Cerra<strong>do</strong>, com<br />

ocorrência <strong>de</strong> Campos Rupestres em<br />

altitu<strong>de</strong>s mais elevadas. Apesar <strong>do</strong> avanço <strong>do</strong><br />

extrativismo mineral e das ativida<strong>de</strong>s<br />

agropecuárias na região, ainda po<strong>de</strong>m ser<br />

encontra<strong>do</strong>s fragmentos significativos <strong>de</strong><br />

vegetação nativa em bom esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> conservação. O clima pre<strong>do</strong>minante é<br />

o mesotérmico, com pluviosida<strong>de</strong> média anual <strong>de</strong> 1.188,2 mm e<br />

Brejo <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> em<br />

campo rupestre<br />

temperatura média anual <strong>de</strong> 20,7ºC. Na <strong>Serra</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong>, as nascentes que correm<br />

para leste abastecem o Rio Doce, enquanto<br />

que as que correm para oeste alimentam o<br />

Rio Paraopeba – afluente <strong>do</strong> Rio São<br />

Francisco – o que faz da região uma<br />

importante área <strong>de</strong> recarga para essas bacias.<br />

No começo <strong>de</strong> 2004, estudantes <strong>de</strong> Biologia da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>Ouro</strong> Preto, sob a orientação da Profª Maria Rita Silvério Pires,<br />

iniciaram estu<strong>do</strong>s visan<strong>do</strong> catalogar as espécies <strong>de</strong> <strong>anfíbios</strong> existentes na<br />

região da <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong>. <strong>Os</strong> resulta<strong>do</strong>s das primeiras expedições<br />

já revelavam da<strong>do</strong>s empolgantes e anunciavam uma riqueza<br />

impressionante <strong>de</strong> espécies.<br />

Lagoa em área <strong>de</strong> mata<br />

Em 2006, o projeto <strong>de</strong>s<strong>do</strong>brou-se no<br />

tema da dissertação <strong>do</strong> biólogo Vinícius <strong>de</strong><br />

Avelar São Pedro, gradua<strong>do</strong> pela UFOP e<br />

m e s t r e e m B i o l o g i a A n i m a l p e l a<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa, sob<br />

orientação <strong>do</strong> Prof. Renato Neves Feio, <strong>do</strong><br />

<strong>Museu</strong> <strong>de</strong> <strong>Zoologia</strong> <strong>João</strong> Moojen. O objetivo<br />

<strong>do</strong> projeto foi concluir o levantamento das<br />

espécies <strong>de</strong> <strong>anfíbios</strong> e enten<strong>de</strong>r aspectos ecológicos das mesmas, como<br />

seus hábitats, comportamentos, perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> reprodução e <strong>de</strong>mais<br />

interações com o meio ambiente e outros organismos. Para tanto, várias<br />

expedições <strong>de</strong> campo têm si<strong>do</strong> realizadas visan<strong>do</strong> a observação <strong>de</strong>sses<br />

animais em seus ambientes naturais.<br />

Transição entre campo<br />

e mata<br />

Graças a varieda<strong>de</strong> e abundância <strong>de</strong><br />

ambientes aquáticos e à sua localização em<br />

área <strong>de</strong> transição entre a Mata Atlântica e o<br />

Cerra<strong>do</strong>, a região da <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong><br />

abriga uma gran<strong>de</strong> riqueza <strong>de</strong> <strong>anfíbios</strong>. Até o<br />

momento, já foram catalogadas quase 50<br />

espécies na região, o que correspon<strong>de</strong> a<br />

aproximadamente ¼ <strong>de</strong> todas as espécies<br />

conhecidas no esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais. Entre essas espécies, algumas são<br />

consi<strong>de</strong>radas raras e outras possuem distribuição geográfica muito<br />

restrita.<br />

Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> campo -<br />

busca direta<br />

03<br />

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MZUFV<br />

<strong>Museu</strong> <strong>de</strong> <strong>Zoologia</strong> <strong>João</strong> Moojen<br />

<strong>Os</strong> <strong>anfíbios</strong> e a <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong> - Minas Gerais<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa MZUFV Conhecer para preservar<br />

4. ESTRATÉGIAS DE DEFESA DOS ANUROS<br />

<strong>Os</strong> <strong>anfíbios</strong> servem <strong>de</strong> alimento para uma série <strong>de</strong> outros animais,<br />

como serpentes, aves, mamíferos, peixes,<br />

além <strong>de</strong> aranhas e insetos maiores. Para se<br />

livrarem <strong>de</strong>sses preda<strong>do</strong>res os <strong>anfíbios</strong><br />

lançam mão <strong>de</strong> variadas estratégias <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fesa. Fingir-se <strong>de</strong> morto ou confundir-se<br />

com o ambiente são ótimas maneiras <strong>de</strong> não<br />

Perereca fingin<strong>do</strong> <strong>de</strong> morta chamar a atenção.<br />

Algumas espécies têm cores e formas<br />

que as permitem camuflar-se no chão ou nas<br />

árvores. Por outro la<strong>do</strong>, cores vivas po<strong>de</strong>m<br />

funcionar como alerta, afugentan<strong>do</strong><br />

possíveis preda<strong>do</strong>res. Caso nada disso<br />

funcione e o preda<strong>do</strong>r ataque, alguns<br />

<strong>anfíbios</strong> po<strong>de</strong>m emitir sons assusta<strong>do</strong>res<br />

Sapo camufla<strong>do</strong> no folhiço<br />

(vocalizações agonísticas), espetar com<br />

esporões manuais ou ainda secretar toxinas através <strong>de</strong> glândulas da pele.<br />

Essas toxinas, na maioria <strong>do</strong>s casos<br />

apresentam apenas um sabor muito<br />

<strong>de</strong>sagradável, mas em algumas espécies<br />

po<strong>de</strong>m ser letais para outros animais.<br />

Espécies cujas toxinas são mais perigosas<br />

Sapo (Rhaebo guttatus), possui<br />

glândulas que liberam toxinas<br />

06<br />

03<br />

ao homem, ocorrem apenas na região<br />

amazônica.<br />

5. POR QUE OS SAPOS COAXAM<br />

A cantoria <strong>do</strong>s sapos na beira <strong>de</strong> brejos e lagoas é na verda<strong>de</strong> um<br />

gran<strong>de</strong> coro <strong>de</strong> machos vocalizan<strong>do</strong> – termo técnico usa<strong>do</strong> para dizer que<br />

estão cantan<strong>do</strong>. Cada macho tenta atrair fêmeas para se acasalarem e<br />

manter outros machos distantes <strong>de</strong> seu território.<br />

A vocalização é produzida na<br />

garganta e amplificada pelo saco<br />

vocal, que consiste basicamente na<br />

expansão da pele logo abaixo da<br />

boca e que permite com que o som<br />

produzi<strong>do</strong> fique mais potente. A<br />

maioria das espécies mostra maior<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vocalização no perío<strong>do</strong><br />

noturno, mas há aquelas que<br />

preferem vocalizar durante o dia.<br />

Uma mesma espécie po<strong>de</strong> produzir sons diferentes para cada<br />

situação. Assim, por exemplo, um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> som será emiti<strong>do</strong> para<br />

atrair fêmeas, outro para <strong>de</strong>limitar territórios e outro ainda para<br />

afugentar preda<strong>do</strong>res. No entanto, cada espécie <strong>de</strong> anfíbio possui um<br />

“repertório <strong>de</strong> cantos” diferente, o que permite aos indivíduos da mesma<br />

espécie se reconhecerem pelo som. As vocalizações também são<br />

importantes para os cientistas que as usam para distinguir e classificar as<br />

espécies.<br />

Macho em vocalização<br />

03<br />

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MZUFV<br />

<strong>Museu</strong> <strong>de</strong> <strong>Zoologia</strong> <strong>João</strong> Moojen<br />

<strong>Os</strong> <strong>anfíbios</strong> e a <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong> - Minas Gerais<br />

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6. COMO OS ANFÍBIOS SE REPRODUZEM<br />

Ao encontrar uma fêmea, o macho a abraça por trás, num ato<br />

chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> amplexo. Esse abraço faz com que a fêmea libere os óvulos no<br />

ambiente, sobre os quais o macho em<br />

seguida libera seus espermatozói<strong>de</strong>s.<br />

Dessa forma, a fecundação ocorre no<br />

ambiente externo, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> semelhante ao<br />

que ocorre também na maioria <strong>do</strong>s peixes.<br />

Muitas espécies <strong>de</strong>positam seus ovos<br />

diretamente<br />

em lagoas, poças e riachos. Outras,<br />

constroem suas próprias poças, ou<br />

aproveitam reservatórios naturais <strong>de</strong> água<br />

como bromélias e ocos <strong>de</strong> árvore. No<br />

entanto, nem todas as espécies <strong>de</strong> <strong>anfíbios</strong><br />

liberam seus ovos na água. Algumas os<br />

<strong>de</strong>positam em massas gelatinosas a<strong>de</strong>ridas<br />

a folhas <strong>de</strong> arbustos pen<strong>de</strong>ntes sobre a água, outras põem seus ovos<br />

08<br />

03<br />

Casal <strong>de</strong>sovan<strong>do</strong><br />

sobre folha<br />

Indivíduo em metamorfose<br />

(Imago)<br />

Casal em amplexo<br />

diretamente no solo, que po<strong>de</strong>m estar<br />

envoltos ou não por uma espuma<br />

protetora. Há ainda espécies que preferem<br />

<strong>de</strong>sovar em pequenos reservatórios <strong>de</strong><br />

água como bromélias, ocos <strong>de</strong> árvore,<br />

castanhas abertas e até mesmo pequenas<br />

poças construídas pelos próprios machos.<br />

São conheci<strong>do</strong>s mais <strong>de</strong> 30 mo<strong>do</strong>s reprodutivos diferentes<br />

pratica<strong>do</strong>s pelos <strong>anfíbios</strong>, cada um com uma estratégia diferente para<br />

evitar que os ovos <strong>de</strong>ssequem ou que<br />

sejam <strong>de</strong>vora<strong>do</strong>s por preda<strong>do</strong>res.<br />

Na maioria das espécies, os ovos<br />

dão origem a larvas aquáticas, chamadas<br />

<strong>de</strong> girinos. Em algumas espécies os pais<br />

p o d e m c u i d a r d e s s e s g i r i n o s ,<br />

transportan<strong>do</strong>-os nas costas entre poças<br />

ou mesmo vigiá-los para que não sejam<br />

preda<strong>do</strong>s. Após se <strong>de</strong>senvolverem, os<br />

g i r i n o s s o f r e m u m a d r á s t i c a<br />

metamorfose e adquirem a forma adulta,<br />

quase sempre terrestre. Existem<br />

espécies, porém, que não apresentam<br />

girinos. Nestas, os ovos <strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s no<br />

solo dão origem a indivíduos que são<br />

miniaturas <strong>do</strong>s adultos.<br />

Desova em buraco (”panela”)<br />

feito pelo macho<br />

Desova gelatinosa<br />

Ninho <strong>de</strong> espuma<br />

Desova em ninho na água<br />

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MZUFV<br />

<strong>Museu</strong> <strong>de</strong> <strong>Zoologia</strong> <strong>João</strong> Moojen<br />

<strong>Os</strong> <strong>anfíbios</strong> e a <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong> - Minas Gerais<br />

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10<br />

03<br />

7. ALGUMAS ESPÉCIES DA SERRA DO OURO BRANCO<br />

Crossodactylus trachystomus<br />

Rãzinha-<strong>do</strong>-riacho<br />

Ao contrário da maioria <strong>do</strong>s outras<br />

espécies, essa pequena rãzinha <strong>de</strong><br />

menos <strong>de</strong> 3 cm <strong>de</strong> comprimento, é<br />

diurna, ou seja, seu perío<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong> é durante o dia. Habita<br />

pequenos riachos em áreas <strong>de</strong> mata, à beira <strong>do</strong>s quais os<br />

machos emitem vocalizações que po<strong>de</strong>m ser confundidas com<br />

pia<strong>do</strong>s <strong>de</strong> alguns pássaros. É uma espécie restrita a algumas<br />

localida<strong>de</strong>s da Ca<strong>de</strong>ia <strong>do</strong> Espinhaço em Minas Gerais.<br />

Essa espécie ainda não está<br />

totalmente i<strong>de</strong>ntificada, e po<strong>de</strong> tratar-se<br />

<strong>de</strong> uma espécie nova, ainda não <strong>de</strong>scrita<br />

pela ciência. É uma pequena perereca<br />

arborícola, ou seja, vive em árvores, na<br />

beira <strong>de</strong> lagoas e poças. Ainda não são conheci<strong>do</strong>s aspectos<br />

mais <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s <strong>do</strong> seu comportamento.<br />

Dendropsophus sp.<br />

Pererequinha-mármore<br />

Ischnocnema guentheri<br />

Rãzinha-<strong>do</strong>-folhiço<br />

É uma espécie típica da Mata<br />

Atlântica, on<strong>de</strong> é comum. Vive em meio<br />

à serapilheira, ou seja, as folhas secas<br />

caídas no chão da mata. Essa espécie não<br />

possui uma maior <strong>de</strong>pendência da água,<br />

pois não apresenta girinos. Dos ovos <strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s em locais<br />

úmi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> chão nascem pequenos filhotes já com o aspecto<br />

<strong>do</strong>s adultos.<br />

Essa rãzinha é típica <strong>de</strong> campos<br />

rupestres, on<strong>de</strong> vive à beira <strong>de</strong> riachos<br />

temporários forma<strong>do</strong>s pela água das<br />

chuvas. <strong>Os</strong> machos cavam pequenas<br />

tocas na areia, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> emitem<br />

vocalizações agudas, parecidas com assovios curtos e<br />

repeti<strong>do</strong>s. Depositam suas <strong>de</strong>sovas fora da água em ninhos <strong>de</strong><br />

espuma feitos pelo casal. Após nascerem, os girinos são<br />

carrea<strong>do</strong>s até riachos e poças pelas enxurradas. É conhecida<br />

<strong>de</strong> várias serras em Minas Gerais, sempre em altitu<strong>de</strong>s<br />

superiores a 1.000m.<br />

Leptodactylus cunicularius<br />

Rãzinha-<strong>do</strong>-campo<br />

03<br />

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MZUFV<br />

<strong>Museu</strong> <strong>de</strong> <strong>Zoologia</strong> <strong>João</strong> Moojen<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa<br />

MZUFV<br />

<strong>Os</strong> <strong>anfíbios</strong> e a <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong> - Minas Gerais<br />

Conhecer para preservar<br />

Phasmahyla jandaia<br />

Perereca-periquito<br />

Espécie <strong>de</strong> perereca ver<strong>de</strong> e<br />

pequena, com cerca <strong>de</strong> 3 cm. Habita<br />

arbustos à beira <strong>de</strong> riachos <strong>de</strong> leito<br />

pedregoso no interior <strong>de</strong> matas, on<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>posita <strong>de</strong>sovas gelatinosas em folhas<br />

pen<strong>de</strong>ntes sobre a água. Seus girinos<br />

vivem em remansos e possuem a boca virada para o alto,<br />

facilitan<strong>do</strong> sua alimentação por partículas em suspensão na<br />

superfície da água. Era consi<strong>de</strong>rada ameaçada <strong>de</strong> extinção no<br />

esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais até 2004, mas sua <strong>de</strong>scoberta em<br />

outras localida<strong>de</strong>s da Ca<strong>de</strong>ia <strong>do</strong> Espinhaço indica que está<br />

fora <strong>de</strong> perigo.<br />

Phyllomedusa itacolomi<br />

Pererequinha-da-folhagem<br />

É uma espécie <strong>de</strong>scoberta apenas<br />

recentemente, em 2006, primeiramente<br />

no Parque Estadual <strong>do</strong> Itacolomi, em<br />

<strong>Ouro</strong> Preto. Logo em seguida foi<br />

encontrada também na <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong><br />

<strong>Branco</strong> e <strong>de</strong>pois em outras localida<strong>de</strong>s<br />

<strong>do</strong> Quadrilátero Ferrífero, região a qual parece estar restrita.<br />

Essa pequena perereca po<strong>de</strong> variar sua cor <strong>do</strong> ver<strong>de</strong> ao<br />

marrom. Vive exclusivamente em riachos temporários nos<br />

campos rupestres, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>posita seus ovos em massas<br />

gelatinosas sobre as folhas <strong>de</strong> arbustos pen<strong>de</strong>ntes sobre a<br />

água. Ao nascerem, os girinos caem na água, on<strong>de</strong> se<br />

alimentam <strong>de</strong> partículas em suspensão na coluna d´água.<br />

Phyllomedusa burmeisteri<br />

Perereca-da-folhagem<br />

Physalaemus maximus<br />

Rã-berro-<strong>de</strong>-boi<br />

12<br />

03<br />

É uma das maiores espécies <strong>de</strong><br />

perereca da região, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> atingir<br />

quase 10 cm. Vive em árvores à beira <strong>de</strong><br />

lagoas, on<strong>de</strong> sua coloração ver<strong>de</strong><br />

intenso a torna quase imperceptível em<br />

meio à folhagem. Em suas coxas e laterais apresenta manchas<br />

amarelas sobre fun<strong>do</strong> azul, usadas como alerta para afugentar<br />

possíveis preda<strong>do</strong>res. Enrola folhas em forma <strong>de</strong> funil, on<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>posita suas <strong>de</strong>sovas gelatinosas direcionan<strong>do</strong>-as para a<br />

água. Suas vocalizações são parecidas com “roncos graves” e<br />

discretos.<br />

Essa espécie foi <strong>de</strong>scoberta pela<br />

primeira vez em 1999 na <strong>Serra</strong> <strong>do</strong><br />

Briga<strong>de</strong>iro, município <strong>de</strong> Araponga,<br />

Minas Gerais. Em 2005, foi encontrada<br />

também na <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong>, sen<strong>do</strong><br />

até o momento os <strong>do</strong>is únicos locais <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong>ssa<br />

espécie. A rã <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 6 cm <strong>de</strong> comprimento vive em meio à<br />

folhagem seca no chão <strong>de</strong> matas próximas a lagoas e poças.<br />

Durante o perío<strong>do</strong> reprodutivo, que coinci<strong>de</strong> com o início da<br />

estação chuvosa, os machos emitem vocalizações parecidas<br />

com “berros <strong>de</strong> bezerro”.<br />

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MZUFV<br />

<strong>Museu</strong> <strong>de</strong> <strong>Zoologia</strong> <strong>João</strong> Moojen<br />

<strong>Os</strong> <strong>anfíbios</strong> e a <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong> - Minas Gerais<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa MZUFV Conhecer para preservar<br />

8. CONSERVAÇÃO DAS ESPÉCIES DE ANFÍBIOS<br />

Atualmente, em diferentes partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, têm si<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>cumentadas reduções drásticas nas populações <strong>de</strong> diversas espécies <strong>de</strong><br />

<strong>anfíbios</strong>, com algumas <strong>de</strong>las sen<strong>do</strong> levadas à extinção. Ao que parece,<br />

esses <strong>de</strong>clínios populacionais são conseqüências das mudanças<br />

climáticas globais. Por estarem intimamente relaciona<strong>do</strong>s à água e por<br />

possuírem a pele permeável, os <strong>anfíbios</strong> estão entre os primeiros<br />

organismos a sofrer com as<br />

alterações ambientais, tais<br />

como poluição atmosférica,<br />

contaminação da água;<br />

a q u e c i m e n t o g l o b a l ,<br />

aumento da incidência <strong>de</strong><br />

r a i o s U V, a l é m d a<br />

disseminação <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças<br />

como as causadas por<br />

fungos.<br />

Perereca abrigada em bromélia<br />

No Brasil são conhecidas atualmente 15 espécies <strong>de</strong> <strong>anfíbios</strong><br />

ameaçadas <strong>de</strong> extinção, mas estima-se que esse número seja bem maior,<br />

pois gran<strong>de</strong> parte das espécies ainda carecem <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s básicos sobre o<br />

grau <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> suas populações. A maior ameaça às espécies <strong>de</strong><br />

<strong>anfíbios</strong> no Brasil é a <strong>de</strong>struição <strong>do</strong>s habitats naturais como conseqüência<br />

da expansão agrícola, industrial e urbana.<br />

9. ESTRATÉGIAS PARA A CONSERVAÇÃO<br />

Criação <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação (Parques, Estações<br />

Ecológicas, Áreas <strong>de</strong> Proteção, Reservas etc.)<br />

Controle da emissão <strong>de</strong> gases atmosféricos e efluentes<br />

aquáticos<br />

Monitoramento das comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>anfíbios</strong><br />

Extinção <strong>do</strong> tráfico <strong>de</strong> organismos silvestres (plantas e animais)<br />

Evitar a introdução <strong>de</strong> espécies exóticas (ex.: rã-touro,<br />

tucunaré)<br />

10. COMO VOCÊ PODE AJUDAR<br />

Não <strong>de</strong>ixe lixo em ambientes naturais, sobretu<strong>do</strong> em<br />

cachoeiras, riachos e lagoas<br />

Não contamine o solo e os corpos d'água<br />

Evite ativida<strong>de</strong>s que causam erosão (ex.: <strong>de</strong>smatamentos,<br />

trilhas <strong>de</strong> moto...)<br />

Contribua com iniciativas ambientais (rodízio <strong>de</strong> automóveis,<br />

plantio <strong>de</strong> árvores, reciclagem...)<br />

Repasse essas informações a amigos e parentes.<br />

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MZUFV<br />

<strong>Museu</strong> <strong>de</strong> <strong>Zoologia</strong> <strong>João</strong> Moojen<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa<br />

AGRADECIMENTOS<br />

A to<strong>do</strong>s que contribuíram para a realização <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>,<br />

sobretu<strong>do</strong> aos mora<strong>do</strong>res da Vila <strong>de</strong> Itatiaia e <strong>de</strong>mais proprietários rurais<br />

da <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>Branco</strong> e entorno, pela colaboração e hospitalida<strong>de</strong>. À<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa pelo apoio institucional. À Coor<strong>de</strong>nação<br />

<strong>de</strong> Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Pessoal <strong>de</strong> Nível Superior (CAPES) e à Fundação<br />

<strong>de</strong> Amparo à Pesquisa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais (FAPEMIG) pelo apoio<br />

financeiro.<br />

MUSEU DE ZOOLOGIA JOÃO MOOJEN - UFV<br />

O <strong>Museu</strong> <strong>de</strong> <strong>Zoologia</strong> <strong>João</strong> Moojen (MZUFV), da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa é um centro <strong>de</strong> referência em estu<strong>do</strong>s com a fauna <strong>de</strong><br />

vertebra<strong>do</strong>s da região Su<strong>de</strong>ste.<br />

As coleções <strong>do</strong> MZUFV constituem um <strong>do</strong>s mais significativos<br />

acervos zoológicos <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais e o mais representativo da<br />

Zona da Mata Mineira, tornan<strong>do</strong>-se uma referência obrigatória para<br />

estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> fauna no su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Brasil.<br />

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