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CULTURA VISUAL E FANTASIA: O MITO E O RITO NO CINEMA

O Cinema e seu poder de fascinação,desde as suas origens

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produtores autonomia criativa e administrativa sobre suas<br />

próprias unidades. Enfrentava resistências, mas insistia.<br />

Tudo corria bem para o star system que se consolidava<br />

com a presença nas suas constelações de astros como o<br />

cowboy Tim McCoy e estrelas como Mary Pickford, Gloria<br />

Swanson, Pola Negri, sem falar no eterno fascínio de<br />

Rodolfo Valentino ou de Greta Garbo.<br />

Em 1927, “O cantor de jazz” (The jazz singer) causou<br />

profundo impacto, e encantamento no público com a<br />

introdução do cinema sonoro. Cantando “Blue Skies”, Al<br />

Jolson alcançou muito sucesso e a Warner Bros, um ano<br />

depois, alcançava um lucro de dois milhões de dólares,<br />

além de ter pago pela aquisição de duzentas e cinqüenta<br />

salas em 75 cidades de sete estados americanos, compra<br />

que havia feito a Stanley Corporation of America. “A<br />

aquisição incluiu o Strand, na Broadway, uma das mais<br />

famosas salas de cinema dos Estados Unidos. Em outubro,<br />

a companhia adquiria 42 mil ações (de um total de 75 mil)<br />

da First National, companhia completamente integrada com<br />

um vasto sistema de distribuição e um enorme estúdio<br />

equipado em Burbank, ao norte de Los Angeles. E fechava<br />

o ano absorvendo também os cinemas dos irmãos Skouras,<br />

em St. Louis, consolidando a rede do Meio-Oeste” 12 .<br />

O advento do som trouxe novo esplendor ao cinema,<br />

com a dinamização de sua linguagem, o enriquecimento<br />

dos recursos disponíveis, a elevação da verossimilhança.<br />

Por outro lado, conferiu aos estúdios uma “atmosfera de<br />

fábrica e de estufa (...) tão penosa quanto bizarra”. Mais<br />

que a “aparelhagem monstro, complexa e refinada, que<br />

essa nova técnica sonora introduziu ou necessita hoje” 13 ,<br />

Cendrars estranhou o clima de desencanto dos atores, a<br />

velocidade com que se tinha de trabalhar, vigiados por<br />

cronometristas e o rigor da disciplina, onde a regra inflexivel<br />

12<br />

Idem, ibidem, p. 79-80.<br />

13<br />

CENDRARS, Blaise. Hollywood 1936, São Paulo, Brasiliense p. 87.<br />

101 TEMA

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