05.03.2015 Views

universidade federal de são paulo escola paulista de medicina ...

universidade federal de são paulo escola paulista de medicina ...

universidade federal de são paulo escola paulista de medicina ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO<br />

ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA<br />

UNIFESP – EPM<br />

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIRURGIA E<br />

EXPERIMENTAÇÃO<br />

Coor<strong>de</strong>nador: Prof. Dr. Ivan Hong Jung Kon<br />

Projeto <strong>de</strong> Pesquisa – Mestrado em Ciências<br />

Pesquisador: Afonso Cesar Cabral Gue<strong>de</strong>s Machado<br />

CRIAÇÃO DO PNEUMOPERITÔNIO ARTIFICIAL PARA<br />

PROCEDIMENTOS VIDEOLAPAROSCÓPICOS: MÍNIMA<br />

PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL SUFICIENTE PARA O<br />

ESPAÇO OPERATÓRIO ADEQUADO. ESTUDO CLÍNICO<br />

PROSPECTIVO<br />

ORIENTADOR:<br />

Prof. Dr. JOÃO LUIZ MOREIRA COUTINHO DE AZEVEDO<br />

CO-ORIENTADOR: Dr. OCTÁVIO HENRIQUE MENDES HYPÓLITO<br />

SÃO PAULO<br />

2010


INTRODUÇÃO:<br />

Os procedimentos laparoscópicos, que nos primórdios eram utilizados<br />

com finalida<strong>de</strong> diagnóstica, são amplamente utilizados, na atualida<strong>de</strong>, como<br />

procedimento <strong>de</strong> caráter terapêutico 1 . Os progressos técnicos da<br />

vi<strong>de</strong>olaparoscopia, sobretudo no que concerne ao tratamento da imagem<br />

projetada sobre a tela do monitor, o que permite a visão simultânea da<br />

operação por toda a equipe cirúrgica, favoreceram a realização <strong>de</strong> diversos<br />

atos médicos, principalmente a exérese da vesícula biliar 2-10 . A colecistectomia<br />

ví<strong>de</strong>o-laparoscópica tornou-se o método <strong>de</strong> escolha no tratamento das<br />

afecções benignas da vesícula biliar 11,12<br />

O advento da cirurgia vi<strong>de</strong>olaparoscópica estabeleceu um capítulo novo<br />

na cirurgia, o que gerou um impacto nas diversas especialida<strong>de</strong>s cirúrgicas e<br />

repercutiu profundamente na prática médica. O cerne <strong>de</strong>ssa nova abordagem é<br />

o trauma operatório reduzido, em função da diminuição do porte das incisões<br />

cirúrgicas.<br />

De fato, após acesso laparoscópico, no período pós-operatório,<br />

constou-se uma diminuição da dor 13 e dos distúrbios da ferida operatória,tais<br />

como eventrações, hérnias incisionais, infecções, hematomas 14 . Observaramse,<br />

também, melhores efeitos cosméticos e menor período <strong>de</strong> hospitalização 15 .<br />

Após cirurgia laparoscópica, a paresia intestinal resolveu-se mais<br />

precocemente 16,17 , e a função pulmonar foi menos comprometida 18- l 20 .<br />

Adicionalmente, o sistema imunológico do paciente foi menos alterado 21 , e a<br />

reação endócrino-metabólica ao trauma foi menos intensa 22,23 .<br />

As medidas que visam à segurança para realizar o pneumoperitônio<br />

foram avaliadas e têm sido rotineiramente utilizadas pelos<br />

vi<strong>de</strong>olaparoscopistas. Dentre elas a <strong>de</strong>finição quanto ao tipo <strong>de</strong> gás a ser<br />

utilizado 24,25 local e forma segura para punção com agulha <strong>de</strong> Veress 26-28 ,<br />

lesões provocadas pela agulha <strong>de</strong> Veress 29 , realização <strong>de</strong> provas para a<br />

assegurar o posicionamento a<strong>de</strong>quado da agulha, valor diagnóstico das<br />

pressões intraperitoneais em função dos volumes injetados 30-32 , proteção para


introdução do primeiro trocarte às cegas 33,34 , por visão direta, à Hasson, ou<br />

com trocarte óptico.<br />

Em 1999 Ben-Haim 35 publicou artigo com algoritmos cujas finalida<strong>de</strong>s<br />

eram <strong>de</strong> esclarecer a etiopatogenia das repercussões orgânicas nos sistemas<br />

cardiovascular, respiratório, nervoso central e neuroendócrino, nos rins, e na<br />

circulação portal e esplâncnica, <strong>de</strong>vidas ao aumento da pressão intraperitoneal<br />

por insuflação <strong>de</strong> CO 2 . Tais efeitos surgem <strong>de</strong> dois mecanismos: o químico,<br />

referente à acidose <strong>de</strong>corrente da hipercapnia, e o mecânico, consequente ao<br />

aumento da pressão intra-abdominal provocada pelo pneumoperitônio.<br />

A acidose, em seus diferentes níveis <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong> provocar<br />

arritmias cardíacas, alterações nos níveis da pressão arterial, e efeito<br />

inotrópico negativo, com <strong>de</strong>pressão ventricular esquerda. O aumento da<br />

pressão intra-abdominal diminui o retorno venoso, com conseqüente<br />

diminuição do débito cardíaco. Po<strong>de</strong> ocorrer compressão esplâncnica, que<br />

afeta a macro e a micro circulação, com aumento da resistência vascular<br />

<strong>de</strong>vido à vasoconstrição <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ada por mecanismos intrínsecos e neuro<br />

hormonais. Quando se <strong>de</strong>scomprimem os órgãos, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>iam-se lesões <strong>de</strong><br />

isquemia e reperfusão. O efeito mecânico também acarreta elevação do<br />

diafragma, com restrição ventilatória, compressão da veia cava inferior e<br />

aumento da pressão no plexo venoso lombar. No seio sagital po<strong>de</strong> ocorrer<br />

hipertensão intracraniana, <strong>de</strong>corrente também da hipercapnia, que po<strong>de</strong><br />

ocasionar e<strong>de</strong>ma cerebral.<br />

Um protocolo sobre pneumoperitônio para cirurgia laparoscópica foi<br />

estabelecido como resultado <strong>de</strong> um comitê científico, que se baseou em uma<br />

revisão sistemática conduzida pela Associação Européia <strong>de</strong> Cirurgia<br />

Endoscópica com caráter multicêntrico 36 . Este protocolo <strong>de</strong>finiu como pressão<br />

normal <strong>de</strong> pneumoperitônio para realização <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>ocirurgia aquela<br />

compreendida entre 12-15 mmHg. Foram consi<strong>de</strong>radas baixas as pressões<br />

com valores iguais ou menores que 7 mmHg. Houve também menção sobre os<br />

efeitos sistêmicos do pneumoperitônio com CO 2 , além da recomendação da<br />

utilização <strong>de</strong> baixa pressão com a<strong>de</strong>quada exposição do campo operatório.<br />

Outros estudos <strong>de</strong>monstraram os benefícios da realização <strong>de</strong><br />

colecistectomia laparoscópica utilizando baixa pressãol 37-40 . Estudos<br />

experimentais e clínicos comprovaram que a hipoperfusão esplâncnica


<strong>de</strong>corrente do pneumoperitônio, seguida da reperfusão que se seguiu à<br />

<strong>de</strong>scompressão após término do ato operatório, gerou estresse oxidativo<br />

<strong>de</strong>vido a lesão <strong>de</strong> isquemia e reperfusão 41-43 . Szold 44 , em estudo experimental<br />

que utilizou fígado <strong>de</strong> ratos, comprovou a ocorrência <strong>de</strong> lesão hepática<br />

provocada por pneumoperitônio com dióxido <strong>de</strong> carbono, correlacionada à<br />

níveis pressóricos altos do pneumoperitônio. As drogas antioxidantes têm sido<br />

testadas experimentalmente em ratos, o que <strong>de</strong>monstrou efeitos benéficos no<br />

tratamento do estresse oxidativo <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ado pelo pneumoperitônio com<br />

CO 45-47 2 . Alterações eletrocardiográficas associadas com riscos <strong>de</strong> arritmias<br />

cardíacas foram prevenidas com a utilização <strong>de</strong> baixa pressão <strong>de</strong><br />

pneumoperitônio em colecistectomias laparoscópicas 48 .<br />

A dor pós-operatória em cirurgia vi<strong>de</strong>olaparoscópica po<strong>de</strong> ser referida<br />

no ombro e é atribuída à hiperextensão das fibras do diafragma <strong>de</strong>vido a altas<br />

pressões <strong>de</strong> insuflação. Sandhu 49 realizou estudo clínico randomizado em<br />

cento e quarenta pacientes e concluiu que baixa pressão <strong>de</strong> pneumoperitônio<br />

(7mmHg) ten<strong>de</strong> a apresentar menor incidência <strong>de</strong> dor no ombro, comparada<br />

aos resultados <strong>de</strong> pressão padrão <strong>de</strong> 14 mmHg.<br />

Em pesquisa <strong>de</strong>senvolvida na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dun<strong>de</strong>e, por Songl 50 ,<br />

foram estudas as proprieda<strong>de</strong>s biomecânicas da pare<strong>de</strong> abdominal com a<br />

instalação <strong>de</strong> sensores <strong>de</strong> raios infravermelhos na parte externa da pare<strong>de</strong><br />

abdominal. Foi realizado pneumoperitônio com a insuflação <strong>de</strong> CO 2 através <strong>de</strong><br />

agulha <strong>de</strong> Veress com fluxo <strong>de</strong> 2L/min até atingir 12mmHg. Com a utilização <strong>de</strong><br />

um sistema <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> movimento dos sensores <strong>de</strong> infravermelho com<br />

câmeras <strong>de</strong> registro em três dimensões, as coor<strong>de</strong>nadas 3D (x,y,z) <strong>de</strong> cada<br />

marcador foram obtidas, e mediante programa computacional foi construído um<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> movimentação da pare<strong>de</strong> abdominal. Demonstrou-se que, durante<br />

a insuflação, a pare<strong>de</strong> abdominal modificava-se da forma cilíndrica, em tonel à<br />

forma em domo, sendo que a maior alteração ocorre na linha sagital 50 . Após<br />

<strong>de</strong>terminado nível pressórico <strong>de</strong> pneumoperitônio, foi verificado um aumento<br />

do estiramento das fibras musculares da pare<strong>de</strong> abdominal, sem ganho <strong>de</strong><br />

volume abdominal. Concluiu-se que 90% do espaço <strong>de</strong> trabalho intraabdominal<br />

era criado com baixa pressão <strong>de</strong> pneumoperitônio como 4mmHg.<br />

A realização <strong>de</strong> cirurgia vi<strong>de</strong>olaparoscópica requer à equipe cirúrgica<br />

acesso seguro à cavida<strong>de</strong> peritoneal. Isto é proporcionado pelo


pneumoperitônio com CO 2 , método amplamente utilizado em <strong>de</strong>trimento à<br />

suspensão mecânica da pare<strong>de</strong> abdominal, e frequentemente sob níveis <strong>de</strong><br />

pressão entre 12 a 15mmHg 40,37 .<br />

Este trabalho se propõe a estudar qual a menor pressão intraperitoneal<br />

que confere um espaço máximo, imutável mesmo com o aumento subseqüente<br />

da pressão, <strong>de</strong> acordo com as características antropométricas <strong>de</strong> cada<br />

paciente, mensurando as variações da medida xifo pubiana durante a<br />

confecção do pneumoperitônio, o volume <strong>de</strong> CO 2 insuflado, e comparar ao<br />

volume <strong>de</strong> insuflação proposto por Campos 51 .<br />

Objetivo geral:<br />

Aumentar a segurança no estabelecimento do pneumoperitônio para<br />

vi<strong>de</strong>ocirurgia.<br />

Objetivo específico:<br />

Estabelecer o melhor espaço intra-abdominal com a menor pressão<br />

intraperitoneal <strong>de</strong> CO 2 para obtenção <strong>de</strong> campo operatório a<strong>de</strong>quado em<br />

cirurgia vi<strong>de</strong>olaparoscópica, <strong>de</strong> acordo com as características individuais, <strong>de</strong><br />

modo a reduzir ou evitar as repercussões sistêmicas <strong>de</strong>letérias.<br />

Justificativa:<br />

Diminuir os efeitos <strong>de</strong>letérios <strong>de</strong> pressão excessiva no pneumoperitônio<br />

com dióxido <strong>de</strong> carbono.


Métodos:<br />

Estudo prospectivo a ser realizado no Hospital Municipal Dr. José <strong>de</strong><br />

Carvalho Florence em São José dos Campos após aprovação pelo Comitê <strong>de</strong><br />

Ética em Pesquisa da UNITAU (Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté) e da UNIFESP<br />

(Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo) segundo resolução n o 196/96 do<br />

Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>/Ministério da Saú<strong>de</strong>, e em suas complementares<br />

(Resoluções 240/97, 251/97, 292/99, 303/00 e 304/00 do CNS/MS). Todos os<br />

pacientes assinarão o termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclarecido (TCLE)<br />

autorizando a pesquisa.<br />

Serão estudados 30 (trinta) pacientes <strong>de</strong> ambos os sexos, a serem<br />

submetidos a procedimentos vi<strong>de</strong>olaparoscópicos, com ida<strong>de</strong> entre 18 e 50<br />

anos, estado físico ASA I e II, sem história <strong>de</strong> cirurgia abdominal ou peritonite,<br />

com índice <strong>de</strong> massa corporal menor que 30, provenientes dos ambulatórios do<br />

Hospital Municipal Dr. José <strong>de</strong> Carvalho Florence. Serão excluídos os<br />

pacientes que não concordarem em assinar o TCLE, os portadores <strong>de</strong> asma<br />

brônquica , doença pulmonar obstrutiva, portadores <strong>de</strong> marcapassos, e com<br />

amputação <strong>de</strong> membro inferior ou <strong>de</strong> membro superior .<br />

Utilizando-se a formula antropométrica proposta por Campos será<br />

mensurada a distância xifo púbica, circunferência abdominal e percentual <strong>de</strong><br />

gordura corporal para calcular-se o volume <strong>de</strong> CO 2 a ser insuflado para obterse<br />

pneumoperitônio seguro 51 .<br />

Para o cálculo do índice <strong>de</strong> massa corporal será utilizado estapedômetro<br />

graduado a cada 0,5 cm e balança digital com intervalo <strong>de</strong> 0,1kg. Os pacientes<br />

terão sua composição corporal: percentual <strong>de</strong> gordura corporal e massa livre<br />

<strong>de</strong> gordura, avaliada através da análise da impedância bioelétrica. Para tanto<br />

será utilizado aparelho RJL Systems BIA 101Q (RJL Systems, Clinton<br />

Township, MI). O aparelho utiliza corrente elétrica <strong>de</strong> baixa intensida<strong>de</strong> (0,8mA)<br />

e <strong>de</strong> baixa freqüência (50kHz). Quatro eletrodos serão posicionados no<br />

hemicorpo direito: dois no dorso da mão (eletrodos transmissores) e dois no<br />

dorso do pé(eletrodos receptores), tal como referido por Heyward &<br />

Stolarczyk 52 .


Os indivíduos serão orientados a se absterem <strong>de</strong> álcool no dia anterior e<br />

permanecerem em jejum para alimentos sólidos nas 6h e líquidos nas 4h<br />

anteriores ao momento das medidas, serão também orientados a não fazerem<br />

ativida<strong>de</strong>s físicas vigorosas nas 6h anteriores ao momento das medidas e<br />

vestirão roupas leves. Por esta técnica, estimar-se-ão os valores <strong>de</strong><br />

impedância bioelétrica que serão obtidos a partir das equações incorporadas<br />

no próprio equipamento, conforme <strong>de</strong>scrito por Segal 53 .<br />

Estas mensurações serão realizadas no ambulatório <strong>de</strong> avaliação préanestésica<br />

em data anterior próxima a data <strong>de</strong> realização da operação, ou no<br />

centro cirúrgico, momentos antes da realização da operação.<br />

Os pacientes receberão avaliação pré-anestésica no ambulatório, e<br />

nenhum paciente receberá medicação pré-anestésica.<br />

As linhas <strong>de</strong> monitorização utilizadas serão: cardioscópio, oxímetro <strong>de</strong><br />

pulso, pressão arterial não invasiva, capnografia, pressão intra-traqueal (PIT).<br />

A hidratação será com Ringer Lactato após venóclise com cateter 18G a<br />

critério do anestesiologista.<br />

Todos os pacientes receberão anestesia geral. A indução da anestesia<br />

será feita com sufentanil 0,5mcg/Kg, atracúrio 0,5mg/Kg e propofol 2mg/kg. A<br />

manutenção será realizada com sevoflurano em uma mistura <strong>de</strong> O 2 /ar<br />

comprimido na proporção <strong>de</strong> 1:1. A ventilação será realizada com volume<br />

corrente <strong>de</strong> 07ml/kg e freqüência respiratória <strong>de</strong> 15 incursões por minuto.<br />

Com o paciente posicionado na mesa cirúrgica em <strong>de</strong>cúbito dorsal,<br />

localiza-se o marco zero ao nível do apêndice xifói<strong>de</strong> (AP) e me<strong>de</strong>-se a<br />

distância xifo-púbica (DXP). Mantendo-se o ponto zero da fita métrica<br />

posicionada ao nível do AP, com fio cirúrgico mononylon 4-0 transfixa-se a fita<br />

métrica e aplica-se um ponto fixando-a na pele, e inicia-se a confecção do<br />

pneumoperitônio após punção com agulha <strong>de</strong> Veress no hipocôndrio esquerdo.<br />

Será utilizado insuflador eletrônico marca Olympus mo<strong>de</strong>lo XXXX calibrado a<br />

insuflar 1,2 litros <strong>de</strong> CO 2 por minuto, <strong>de</strong> modo ininterrupto, até atingir-se a<br />

pressão intraperitoneal (PIP) <strong>de</strong> 20mmHg para introdução do primeiro trocar. A<br />

outra extremida<strong>de</strong> da fita métrica milimetrada será posicionada na sínfise<br />

púbica. Será medida a DXP e verificada a PIT e o volume <strong>de</strong> CO 2 insuflado<br />

quando atingir os seguintes níveis <strong>de</strong> PIP: 6mmHg, 8mmHg, 10mmHg,<br />

12mmHg, 14mmHg, 16mmHg, 18mmHg e 20mmHg.


À medida que se realiza o pneumoperitônio, espera-se que em algum<br />

momento não haverá mais variação na DXP, o que correspon<strong>de</strong>rá ao nível <strong>de</strong><br />

pressão <strong>de</strong> pneumoperitônio a<strong>de</strong>quada (PIPA – pressão intraperitoneal<br />

a<strong>de</strong>quada).<br />

Após a introdução do primeiro trocarte com PIP <strong>de</strong> 20mmHg, reduz-se a<br />

PIP ao nível <strong>de</strong> PIPA e realiza-se o procedimento cirúrgico avaliando-se as<br />

condições do campo operatório segundo opinião do cirurgião que executará o<br />

procedimento. As cirurgias serão realizadas por membros da mesma equipe do<br />

Hospital Municipal Dr. José <strong>de</strong> Carvalho Florence.<br />

Será observado se este espaço <strong>de</strong> trabalho obtido pelo pneumoperitônio<br />

correspon<strong>de</strong> a um acréscimo <strong>de</strong> trinta a quarenta por cento da cavida<strong>de</strong><br />

peritoneal vazia, segundo preconizado por Campos.<br />

Os dados paramétricos serão analisados pelo teste t <strong>de</strong> stu<strong>de</strong>nt e os<br />

dados não paramétricos serão avaliados pelo teste X².<br />

Referencias<br />

1. Semm K. Endoscopic appen<strong>de</strong>ctomy in 624 cases. Endoscopy. 1983;15:59-<br />

64.<br />

2. Muhe E. Die erste Cholecystektomie durch das Laparoskop. Langenbecks<br />

Arch Chir. 1986;369:804 [Summary 296].<br />

3. Mouret P. apud Périssat J, Vitale GC. Laparoscopic cholecystectomy:<br />

gateway to the future. Am J Surg. 1991;161:408-13.<br />

4. Dubois F, Berthelot G, Levard H. Cholécystectomy par coelioscopy. Presse<br />

Méd. 1989;18:980-2.<br />

5. Perissat J, Collet DR, Belliard R. Gallstones: laparoscopic treatment,<br />

intracorporeal lithotripsy followed by cholecystostomy or cholecystectomy. A<br />

personal technique. Endoscopy. 1989;21:373-4.<br />

6. Reddick EJ, Oslen DO. Laparoscopic laser cholecystectomy: a comparison<br />

with mini-lap cholecystectomy. Surg Endosc. 1989.3:131-3.<br />

7. Dubois F, Icard P, Berthelot G, Levard H. Coelioscopic cholecystectomy:<br />

preliminary report of 36 cases. Ann Surg. 1990;211:60-2.


8. Olsen DO. Laparoscopic cholecystectomy. Am J Surg. 1991;161:339-4.<br />

9. Perissat J, Collet D, Vitale G, Belliard R, Sosso M. Laparoscopic<br />

cholecystectomy using intracorporeal lithotripsy. Am J Surg. 1991;161:371-6.<br />

10. Reddick EJ, Olsen D, Spaw A, Baird D, Asbun H, O’Reilly M, Fisher K, Saye<br />

W. Safe performance of difficult laparoscopic cholecystectomies. Am J Surg.<br />

1991;161:377-81.<br />

11. Zucker KA, Bailey RW, Flowers J. Surg Clin North Am. 1991;72:1045-67,<br />

12. Perrisat J. Laparoscopic cholecystectomy: the european experience. Am J<br />

Surg. 1993;165:444-9.<br />

13. McLeese P, Odling-Smee W. The effect of complications on length of stay.<br />

Ann Surg. 1999;220:740-4.<br />

14. Moore FD. The effect of length stay on complications. Ann Surg.<br />

1994;220:738-9.<br />

15. Grace PA, Quereshi A, Coleman J. Reduced postoperative hospitalization<br />

after laparoscopic cholecystectomy. Br J Surg. 1991;78:160-2.<br />

16. Böhm B, Milson JW, Fazio VW. Postoperative intestinal motility following<br />

conventional and laparoscopic intestinal surgery. Arch Surg. 1995;130:415-9.<br />

17. Schippers E, Öttinger AP, Anurov M. Laparoscopic cholecystectomy: a<br />

minor abdominal trauma? World J Surg. 1993;17:539-43.<br />

18. Frazee RC, Roberts JW, Okeson GC. Open versus laparoscopic<br />

cholecystectomy: a comparison of postoperative pulmonary function. Ann Surg.<br />

1991;213:651-4.<br />

19. Schauer PR, Luna J, Ghiatas AA. Pulmonary function after laparoscopic<br />

cholecystectomy. Surgery. 1993;114:389-99.<br />

20. Coelho JCU, Araújo RPM, Marchesini JB, Coelho ICCM, Araújo LRR..<br />

Pulmonary function after cholecystectomy performed through Kocher's incision,<br />

a mini-incision, and laparoscopy. World J Surg. 1993;17:544-6.<br />

21. Griffith JP, Everitt NJ, Lancaster F. Influence of laparoscopic and<br />

conventional cholecystectomy upon cell-mediated immunity. Br J Surg.<br />

1995;82:677-80.<br />

22. Mealy K, Gallagher H, Barry M. Physiological and metabolic responses to<br />

open and laparoscopic cholecystectomy. Br J Surg. 1992;79:1061-4.<br />

23. Schauer PR, Sirinek KR. The laparoscopic approach reduces the endocrine<br />

response to elective cholecystectomy. Am Surg. 1995;61:106-11.


24. Hunter JG, Staheli J, Oddsdottir M, Trus T. Nitrous oxi<strong>de</strong><br />

pneumoperitoneum revisited. Surg Endosc. 1995;9:501-504.<br />

25. Kuntz C, Wunsch A, Bö<strong>de</strong>ker C, Bay C, Rosch R, Win<strong>de</strong>ler J, Herfarth C.<br />

Effect of pressure and gas type on intraabdominal, subcutaneous, and blood pH<br />

in laparoscopy. Sur Endosc. 2000;14:367-371.<br />

26. Azevedo JLMC, Guindalini RSC, Sorbello AA, Silva CEP, Azevedo OC,<br />

Aguiar GS, Menezes FJC, Delorenzo A, Pasqualin RC, Kozu FO. Evaluation of<br />

the positioning of the tip of the Veress needle during the creation of the<br />

peumoperitoneum by using the closed technique, in pigs. Acta Cir Bras.<br />

2006;21:26-30.<br />

27. Azevedo, OC . Punção no hipocôndrio esquerdo na criação do<br />

pneumoperitônio: valor diagnóstico das provas <strong>de</strong> posicionamento da agulha <strong>de</strong><br />

Veress, das pressões intraperitoneais e dos volumes injetados durante a<br />

insuflação. São Paulo, 2006. Tese (Doutorado) – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São<br />

Paulo. Escola Paulista <strong>de</strong> Medicina. Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Cirurgia<br />

e Experimentação. Disponível: htpp://unifesp.br/dcir/toce/pg/teses.<br />

28. Azevedo OC, AzevedoJLMC, Sorbello AA, Miguel GPS, Guindalini RSC,<br />

Godoy AC. Veress needle insertion in the left hypocondrium in creation of the<br />

pneumoperitoneum. Acta Cir Bras. 2006,21:296-302.<br />

29. Azevedo JLMC, Azevedo OC, Miyahira AS, Miguel GPS, Becker Jr OM,<br />

Hypólito OHM, Machado ACCG, Cárdia W, Yamaguchi GA, GodinhoL, Freire D,<br />

Almeida CES, Moreira CH. Injuries caused by Veress needle insertion for<br />

creation of pneumoperitoneum: a systematic literature review. Surg Endosc.<br />

2009;23:1248-1432.<br />

30. Azevedo OC, Azevedo JLMC, Sorbello AA, Miguel GPS, Wilson Jr. JL,<br />

Godoy AC. Evaluation of tests performed to confirm the position of the Veress<br />

needle for creation of pneumoperitoneum in selected patients: a prospective<br />

clinical trial. Acta Cir Bras. 2006;21:385-391.<br />

31. Becker Jr. OM. Criação <strong>de</strong> Pneumoperitônio por punção no Hipocôndrio<br />

esquerdo: Sistema nebuloso (Fuzzy) <strong>de</strong> suporte à <strong>de</strong>cisão pela relação<br />

pressão/volume do posicionamento da ponta da agulha <strong>de</strong> Veress. São Paulo,<br />

2008. Tese (Doutorado) – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo. Escola Paulista<br />

<strong>de</strong> Medicina. Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Cirurgia e Experimentação.<br />

Disponível: htpp://www.unifesp.br/dcir/toce/pg/teses.


32. Azevedo JLMC, Azevedo OC, Sorbello AA, Becker Jr. OM, Hypólito OHM,<br />

Freire D, Miyahira AS, Machado ACCG, Azevedo GC. Intraperitoneal pressure<br />

and volume of gas injected as effective parameters of the correct position of the<br />

Veress needle during creation of pneumoperitoneum. Journal of<br />

Laparoendoscopic and Advanced Surgical Techniques. Part A, Online Ahead of<br />

Print: September 30,2009- 090930063018095, 2009.<br />

33. Hypólito OHM. Repercussão orgânica da pressão do pneumoperitônio<br />

artificial elevada para introdução do primeiro trocarte. São Paulo, 2008. Tese<br />

(Doutorado) – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo. Escola Paulista <strong>de</strong><br />

Medicina. Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Cirurgia e Experimentação.<br />

Disponível: htpp://www.unifesp.br/dcri/toce/pg/teses.<br />

34. Hypólito OHM, Azevedo JLMC, Cal<strong>de</strong>ira FMSLA, Azevedo OC, Miyahira AS,<br />

Miguel GPS, Becker Jr. OM, Machado ACCG. Creation of pneumoperitoneum:<br />

noninvasive monitoring of clinical effects of elevated intraperitoneal pressure for<br />

the insertion of the first trocar. Surg Endosc. December 25, 2009 DOI:<br />

10.1007/s00464-009-0827.<br />

35. Ben-Haim M, Rosenthal RJ. Causes of arterial hypertension and splanchnic<br />

ischemia during acute elevations in intra-abdominal pressure with CO2<br />

pneumoperitoneum: a complex central nervous system mediate response. Int J<br />

Colorectal Dis. 1999;14:227-236.<br />

36. Neu<strong>de</strong>cker J, Sauerland S, Neugebauer E, Bergamaschi R, Bonjer HJ,<br />

Cushieri A, Fuchs KH, Jacobi C, Jansen FW, Koivusalo AM, Lacy A, McMahon<br />

MJ, Millat B, Schwenk W. The European Association for Endoscopic Surgery<br />

clinical practice gui<strong>de</strong>line on the pneumoperitoneum for laparoscopic surgery.<br />

Surg Endosc. 2002;16:1121-1143.<br />

37. Davi<strong>de</strong>s D, Birbas K, Vezakis A, McMahon MJ. Routine low-pressure<br />

pneumoperitoneum during laparoscopic cholecystectomy. Surg Endosc.<br />

1999;13:887-889.<br />

38. Vezakis A, Davi<strong>de</strong>s D, Gibson JS, Moore MR, Shah H, Larvin M, McMahon<br />

MJ. Randomized comparison between low-pressure laparoscopic<br />

cholecystectomy and gasless laparoscopic cholecystectomy. Surg Endosc.<br />

1999;13:890-893.


39. Dexter SPL, Vucevic M, Gibson J, McMahon MJ. Hemodynamic<br />

consequences of high- and low-pressure capnoperitoneum during laparoscopic<br />

cholecystectomy. Surg Endosc. 1999;13:376-381.<br />

40. Barczynski M, Herman RM. A prospective randomized Trial on comparision<br />

of low-pressure (LP) and standard-pressure (SP) pneumoperitoneum for<br />

laparoscopic cholecystectomy. Surg Endosc. 2003;17:533-538.<br />

41. Bickel A, Drobot A, Aviram M, Eitan A. Validation and Reduction of the<br />

Oxidative Stress Following Laparoscopic Operations. Ann Surg. 2007;246:31-<br />

35.<br />

42. Nickkholgh A, Bejarano MB, Liang R, Zorn M, Mehrabi A, Gebhard MA,<br />

Büchler MW, Gutt CN, Schemmer P. Signs of reperfusion injury following CO2<br />

pneumoperitoneum: an in vivo microscopic study. Surg Endosc. 2008;22:122-<br />

128.<br />

43. Sammour T, Mittal A, Loveday BPT, Kahokehr A, Phillips ARJ, Windsor JA,<br />

Hill AG. Systematic review of oxidative stress associated with<br />

pneumoperitoneum. British J Surg. 2009;96:836-850.<br />

44. Szold A, Weinbroum AA. Carbon dioxi<strong>de</strong> pneumoperitoneum-related liver<br />

injury is pressure <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt: A study in an isolated-perfused organ mo<strong>de</strong>l. Surg<br />

Endosc. 2008;22:365-371.<br />

45. Bishara B, Karram T, Khatib S, Ramadan R, Schwartz H, Hoffman A, Abassi<br />

Z. Impact of pneumoperitoneum on renal perfusion and excretory function:<br />

beneficial effects of nitroglycerine. Surg Endosc. 2009;23:568-576.<br />

46. Dinckan A, Sahin E, Ogus M, Emek K, Gumuslu S. The effect of<br />

pentoxifylline on oxidative stress in CO 2 pneumoperitoneum. Surg Endosc.<br />

2009;23:534-538.<br />

47. Ypsilantis P, Tentes I, Anagnostopoulos K, Kortsaris A, Simopoulos C.<br />

Mesna protects splanchnic organs from oxidative stress induced by<br />

pneumoperitoneum. Surg Endosc. 2009;23:583-589.<br />

48. Ekici Y, Bozbas H, Karakayali F, Salman E, Moray G, Karakayali H, Haberal<br />

M. Effect of different intra-abdominal pressure levels on QT dispersion in<br />

patients un<strong>de</strong>rgoing laparoscopic cholecystectomy. Surg Endosc. DOI<br />

10.1007/s00464-0090388-4.


49. Sandhu T, Yamada S, Ariyakachon V, Chakrabandhu T, Chongruksut W,<br />

Ko-iam W. Low-pressure pneumoperitoneum versus standart<br />

pneumoperitoneum in laparoscopic cholecystectomy, a prospective randomized<br />

clinical trial. Surg Endosc. 2009;23:1044-1047.<br />

50. Song C, Alijani A, Frank T, Hanna G, Cuschieri A. Elasticity of the living<br />

abdominal wall in laparoscopic surgery. Journal of Biomechanics. 2006;39:587-<br />

591.<br />

51. Campos LI, Mansfield D, Smith A, Kohli H, Sun D, Espinosa MH, Dy V.<br />

Carbon Dioxi<strong>de</strong> Volume and Intra-abdominal Pressure Determination Before the<br />

Creation of a Pneumoperitoneum. Surgical Laparoscopy & Endoscopy.<br />

1995;5:100-104.<br />

52. Heyward VH, Stolarczyk LM, Champaign IL. Applied body composition<br />

assessment. Human Kinetics. 1996,88p.<br />

53. Segal KR, VanLoan M, Fitzgerald PI, Hodgdon JA, VanItallie TB. Lean body<br />

mass estimation by bioelectrical impedance analysis: a four-site cross-validation<br />

study. Am J Clin Nutr.1988;47:7-14.


CRONOGRAMA<br />

Jan<br />

Fev<br />

Mar<br />

Abr<br />

Mai<br />

Jun<br />

Jul<br />

Ago<br />

Set<br />

Out<br />

Nov<br />

Dez<br />

Jan<br />

Fev<br />

Mar<br />

10<br />

10<br />

10<br />

10<br />

10<br />

10<br />

10<br />

10<br />

10<br />

10<br />

10<br />

10<br />

11<br />

11<br />

11<br />

Pesquisa<br />

X X X X X X<br />

bibliográfica<br />

Elaboração<br />

X X X<br />

do projeto<br />

Avaliação do<br />

X<br />

CEP e piloto<br />

Coleta<br />

X X X X<br />

<strong>de</strong> dados<br />

Tabulação<br />

X X X<br />

<strong>de</strong> dados<br />

Análise<br />

X X X<br />

dos<br />

resultados<br />

Relatório<br />

X<br />

X<br />

<strong>de</strong> pesquisa<br />

Conclusão<br />

X<br />

da pesquisa


ORÇAMENTO<br />

Fitas métricas ………………………………………………………… R$ 120,00<br />

Eletrodos para bioimpedância .................................................... R$ 80,00<br />

Material <strong>de</strong> papelaria ................................................................... R$ 300,00<br />

Cópias e enca<strong>de</strong>rnação .............................................................. R$ 1.000,00<br />

Estatístico .................................................................................... R$ 800,00<br />

Total ........ R$ 2.300,00<br />

As <strong>de</strong>spesas referentes ao orçamento acima serão <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

do pesquisador; as <strong>de</strong>correntes a internação e execução das cirurgias<br />

serão assumidas pelo Hospital Municipal Dr. José <strong>de</strong> Carvalho Florence,<br />

campo on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolverá a pesquisa com os pacientes provenientes<br />

re<strong>de</strong> pública que serão submetidos à cirurgia eletiva; e quanto a utilização<br />

do aparelho <strong>de</strong> bioimpedância não haverá custo pois será colaboração da<br />

pesquisadora Dra. Susana Abe Miyahira, proprietária do aparelho.


ANEXO 1<br />

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO<br />

I<strong>de</strong>ntificação<br />

Nome:<br />

RG: Ida<strong>de</strong>: Sexo:<br />

En<strong>de</strong>reço:<br />

Bairro: Cida<strong>de</strong>: CEP:<br />

Telefone:<br />

Título da pesquisa: CRIAÇÃO DO PNEUMOPERITÔNIO ARTIFICIAL PARA<br />

PROCEDIMENTOS VIDEOLAPAROSCÓPICOS: MÍNIMA PRESSÃO INTRA-<br />

ABDOMINAL SUFICIENTE PARA O ESPAÇO OPERATÓRIO ADEQUADO.<br />

ESTUDO CLÍNICO PROSPECTIVO<br />

Pesquisador: Afonso Cesar Cabral Gue<strong>de</strong>s Machado<br />

Instituição: Hospital Municipal “Dr. José <strong>de</strong> Carvalho Florence”- HMJCF<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Saigiro Nakamura, 800<br />

Bairro: Vila Industrial Cida<strong>de</strong>: São José dos Campos – SP<br />

Telefone: (12) 39013400 CEP: 12220-280<br />

Procedimento a ser realizado:<br />

O(A) senhor(a) será anestesiado(a) com anestesia geral para a operação<br />

por laparoscopia para o tratamento da sua doença. Existe a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> colocar gás <strong>de</strong>ntro da sua barriga para criar uma bolha <strong>de</strong> gás para<br />

visualizar o interior da barriga e separar a pare<strong>de</strong> abdominal (pele e<br />

músculos da barriga) dos órgãos que estão <strong>de</strong>ntro da barriga <strong>de</strong> modo a


se formar um espaço permitindo a realização da cirurgia sem cortar a pele<br />

e músculos da barriga com gran<strong>de</strong>s incisões (cortes). O gás utilizado para<br />

esta operação por laparoscopia é o gás carbônico. Após encher a barriga<br />

com o gás são introduzidos instrumentos cirúrgicos pontiagudos e<br />

cortantes chamados trocartes para perfurar a pele e músculos, a fim <strong>de</strong><br />

alcançar o interior da barriga, por on<strong>de</strong> passa o equipamento necessário<br />

para a cirurgia (câmera, pinças, tesouras, porta- agulhas).<br />

A pressão do gás <strong>de</strong>ntro da barriga utilizada rotineiramente é <strong>de</strong> 12 a<br />

15mmHg <strong>de</strong> mercúrio (utilizada como pressão padrão). Se a pressão do<br />

gás <strong>de</strong>ntro da barriga for alta, e se for mantida por período <strong>de</strong>morado<br />

po<strong>de</strong>rá causar alterações em alguns órgãos pela dificulda<strong>de</strong> na circulação<br />

do sangue nestes órgãos. Vários trabalhos científicos mostram bons<br />

resultados quando se utiliza níveis mais baixos <strong>de</strong> pressão do gás <strong>de</strong>ntro<br />

da barriga.<br />

A finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste estudo é verificar qual a menor pressão do gás a ser<br />

colocado no interior <strong>de</strong> sua barriga que origine o maior espaço suficiente<br />

para realizar a operação que necessita. Para tanto, será necessário<br />

medirmos o seu peso, a sua altura, a sua cintura (circunferência<br />

abdominal) e a sua quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gordura corporal (percentual <strong>de</strong><br />

gordura corporal). Para medição <strong>de</strong> peso, altura e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gordura<br />

corporal o Sr.(a) <strong>de</strong>verá estar em jejum <strong>de</strong> 6h, no mínimo, para alimentos<br />

sólidos e jejum <strong>de</strong> 4h para líquidos; na véspera da avaliação não <strong>de</strong>verá<br />

ter praticado ativida<strong>de</strong> física intensa e nem ter ingerido bebidas<br />

alcoólicas.<br />

Será utilizada a impedância bioelétrica, método que me<strong>de</strong> a quantida<strong>de</strong> da<br />

gordura corporal por meio <strong>de</strong> um aparelho portátil que usa a passagem <strong>de</strong><br />

uma pequena corrente elétrica através das extremida<strong>de</strong>s do corpo (punho<br />

e tornozelo). A avaliação da composição corporal e da quantida<strong>de</strong> da<br />

gordura corporal pela impedância bioelétrica é simples, sem dor e rápida.<br />

As medições são procedimentos seguros, utilizados rotineiramente <strong>de</strong><br />

forma rápida e fácil e não causam dor, nem <strong>de</strong>sconforto ao paciente.<br />

Estas medidas serão verificadas enquanto o Sr(a) estiver no interior do<br />

centro cirúrgico, aguardando para ser conduzido à sala operatória on<strong>de</strong><br />

será feita a operação.


Após a realização da anestesia geral, enquanto estiver dormindo, será<br />

fixada com uma agulha <strong>de</strong> injeção, na parte superior do seu abdome, uma<br />

fita métrica, e será medida a distância entre o apêndice xifói<strong>de</strong> (osso<br />

localizado na região superior do abdome) e o púbis ( osso localizado na<br />

região inferior do abdome). Seguindo a técnica habitual para a realização<br />

da operação a que será submetido(a), será realizada uma punção com<br />

uma agulha que perfurará as camadas da pare<strong>de</strong> abdominal para se<br />

introduzir o gás carbônico <strong>de</strong>ntro da barriga. Serão registradas as<br />

medidas antes da insuflação do gás, e durante a insuflação do gás, até<br />

atingir a pressão <strong>de</strong> 20mmHg que é a pressão utilizada para a introdução<br />

do primeiro instrumento (trocarte) para a realização da operação.<br />

Preten<strong>de</strong>-se com esta pesquisa <strong>de</strong>scobrir qual o nível <strong>de</strong> pressão<br />

a<strong>de</strong>quado, para cada pessoa, na qual se consegue o maior espaço<br />

suficiente no interior da barriga para se realizar a operação. Enten<strong>de</strong>-se<br />

por nível <strong>de</strong> pressão a<strong>de</strong>quado, a pressão necessária para esticar,<br />

disten<strong>de</strong>r a pare<strong>de</strong> abdominal até o limite da capacida<strong>de</strong> da elasticida<strong>de</strong><br />

dos músculos e pele, pois acima <strong>de</strong>sta pressão somente aumentará a<br />

pressão <strong>de</strong>ntro da barriga sem aumentar-se o espaço <strong>de</strong>ntro da barriga.<br />

Consentimento:<br />

Eu estou sendo convidado(a) a participar <strong>de</strong> um estudo envolvendo<br />

aproximadamente 30 pacientes. Sei que o estudo será realizado durante a<br />

cirurgia à qual serei submetido(a)., e consiste nas tomadas <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong><br />

meu peso, altura, circunferência abdominal, percentual <strong>de</strong> gordura<br />

corporal, e da distância entre o apêndice xifói<strong>de</strong> e o púbis, ossos do<br />

limite superior e inferior do abdome, durante a insuflação <strong>de</strong> gás no<br />

interior <strong>de</strong> minha barriga.<br />

Sei que a medida da minha quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gordura corporal será através<br />

<strong>de</strong> um aparelho que utiliza uma pequena passagem <strong>de</strong> corrente elétrica<br />

através do corpo. Sei que todas as medições não causam dor ou<br />

<strong>de</strong>sconforto. Sei que o uso do aparelho para as medições não traz riscos,<br />

efeitos colaterais, danos à minha saú<strong>de</strong>, ou ao meu bem estar. Sei que a


minha participação no estudo não implica em riscos adicionais ao<br />

tratamento a que serei submetido(a).<br />

Eu estou ciente que minha operação será com anestesia geral.<br />

Eu tenho direito à privacida<strong>de</strong>. Dentro do possível, todas as informações<br />

obtidas neste estudo que possam ser i<strong>de</strong>ntificadas com meu nome<br />

permanecerão confi<strong>de</strong>nciais. Meu nome não será revelado em quaisquer<br />

relatórios ou publicações resultantes <strong>de</strong>sta pesquisa sem meu<br />

consentimento expresso. Os indivíduos envolvidos neste estudo e em<br />

seus cuidados médicos, monitores qualificados e outras autorida<strong>de</strong>s<br />

sanitárias po<strong>de</strong>m inspecionar e copiar meus registros médicos quando<br />

apropriado e necessário.<br />

Eu entendo que a minha participação neste estudo é estritamente<br />

voluntária e que sou livre para me retirar do estudo a qualquer tempo,<br />

sem qualquer prejuízo.<br />

Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido(a) pelo<br />

pesquisador, consinto em participar na amostragem do projeto <strong>de</strong><br />

pesquisa em questão, por livre vonta<strong>de</strong> sem que tenha sido submetido(a)<br />

a qualquer tipo <strong>de</strong> pressão.<br />

Este formulário <strong>de</strong> consentimento contém as informações necessárias<br />

para que eu possa <strong>de</strong>cidir se é do meu interesse participar <strong>de</strong>ste estudo.<br />

Seu tiver alguma dúvida relacionada aos direitos legais, eu po<strong>de</strong>rei<br />

contatar o pesquisador responsável, Afonso Cesar Cabral Gue<strong>de</strong>s<br />

Machado, pelo telefone (12) 7850-8220 ou (12) 3655-3988, a Comissão <strong>de</strong><br />

Ética Médica do HMJCF pelo telefone (12) 3901-3493, o Comitê <strong>de</strong> Ética<br />

em Pesquisa da UNITAU pelo telefone (12) 36254217 / 36254143 / 36222947<br />

ou o Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa da UNIFESP pelo telefone (11)<br />

55711062.


Antes <strong>de</strong> assinar este consentimento, foi me dada a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer<br />

perguntas sobre o procedimento a ser realizado, bem como sobre riscos<br />

e efeitos adversos que possam ocorrer. Com base na informação<br />

recebida, eu aceito ser voluntário(a) para participar <strong>de</strong>ste estudo, e<br />

recebo neste ato uma cópia do consentimento.<br />

---------------------------------------------------------------<br />

NOME DO PACIENTE<br />

--------------------------------------------------------------- -----------------------------<br />

ASSINATURA DO PACIENTE DATA<br />

Confirmo que o paciente forneceu seu livre consentimento em participar<br />

<strong>de</strong>ste estudo.<br />

-------------------------------------------------------------------- ----------------------------<br />

ASSINATURA DO PESQUISADOR DATA

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!