10.07.2015 Views

universidade federal de sao paulo escola paulista de medicina

universidade federal de sao paulo escola paulista de medicina

universidade federal de sao paulo escola paulista de medicina

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

1UNIVERSIDADEFEDERAL DE SAO PAULOESCOLAPAULISTADE MEDICINAPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIRURGIA E EXPERIMENTAÇÂOCoor<strong>de</strong>nador: Prof. Dr. José Luiz MartinsCritérios <strong>de</strong> indicação <strong>de</strong> cirurgia bariátrica: utilização da lógicafuzzy na comparação entre índice <strong>de</strong> massa corporal versusgordura corporal avaliada por impedância bioelétricaProjeto <strong>de</strong> Pesquisa - MestradoSusana Abe MiyahiraOrientador: Prof. Dr. João Luiz Moreira Coutinho <strong>de</strong> AzevedoCo-orientador: Dr. José Ernesto Araújo FilhoSão Paulo2009


2Sistema <strong>de</strong> suporte à <strong>de</strong>cisão baseado na lógica fuzzy para indicação <strong>de</strong>cirurgia bariátrica: índice <strong>de</strong> massa corporal versus gordura corporalavaliada por impedância bioelétricaResumo: A obesida<strong>de</strong> tem caráter atual <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>mia universal e constitui importante causa<strong>de</strong> morte e <strong>de</strong> co-morbida<strong>de</strong>s. O índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC) utilizado na orientação <strong>de</strong>tratamento da obesida<strong>de</strong> e indicação <strong>de</strong> cirurgia bariátrica afere o excesso <strong>de</strong> peso e não o<strong>de</strong> gordura corporal (GC), contudo, o fator prejudicial na obesida<strong>de</strong> é o acúmulo <strong>de</strong>gordura. A impedância bioelétrica (BIA) afere a percentagem <strong>de</strong> GC (%GC) <strong>de</strong> maneirasimples e pouco onerosa. Não existe na literatura, até o momento, informação consistenteacerca <strong>de</strong> qual é a %GC correspon<strong>de</strong>nte ao IMC compatível com a prescrição do tratamentocirúrgico, e nem a partir <strong>de</strong> que o grau <strong>de</strong> %GC há relação com o aparecimento <strong>de</strong> comorbida<strong>de</strong>s.Objetivos:I<strong>de</strong>alização <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> suporte à <strong>de</strong>cisão difuso (FDSS) paraindicação <strong>de</strong> cirurgia bariátrica construído à luz da lógica fuzzy avaliando IMC e <strong>de</strong> %GCobtido através da BIA e a presença <strong>de</strong> co-morbida<strong>de</strong>s. Métodos: Estudo prospectivo.Amostra <strong>de</strong> 300 pacientes ou mais, alocados segundo sexo, IMC, BIA e co-morbida<strong>de</strong>s. Osresultados serão analisados avaliando superposições entre IMC, BIA e co-morbida<strong>de</strong>ssegundo a teoria booleana e também segundo a teoria dos conjuntos difusa. As variáveisparamétricas serão analisadas pelos testes t-Stu<strong>de</strong>nt e ANOVA e as variáveis nãoparamétricas pelo teste doX 2 . Para avaliação dos dados difusos será utilizado o programaMatlab.IntroduçãoCaracterização da situação-problemaA condição clínica caracterizada como obesida<strong>de</strong> tem caráter atual <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>miauniversal. Essa enfermida<strong>de</strong> é importante causa <strong>de</strong> morte e <strong>de</strong> doenças relacionadas (comorbida<strong>de</strong>s),as quais inci<strong>de</strong>m <strong>de</strong> forma diretamente proporcional à magnitu<strong>de</strong> da condiçãoclínica <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong> 1-5 .


3Dessa forma, há gran<strong>de</strong> interesse clínico no dimensionamento da obesida<strong>de</strong>, parafins <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> riscos e <strong>de</strong> prescrição <strong>de</strong> tratamentos e, mesmo da indicação <strong>de</strong>tratamento cirúrgico. Nesse sentido, é internacionalmente reconhecido o sistema <strong>de</strong>gradação da obesida<strong>de</strong> mediante o índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC) também chamado <strong>de</strong>Quetelet in<strong>de</strong>x 6 , que é uma relação matemática <strong>de</strong> proporcionalida<strong>de</strong> entre o peso corporaldo indivíduo em quilogramas (P) e o quadrado da sua altura expressa em metros (A): IMC= P/A 2 . A classificação <strong>de</strong> sobrepeso e obesida<strong>de</strong> com os pontos <strong>de</strong> corte baseada no estudodo National Institute of Health 7 e da Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 8 são apresentados natabela 1.Diretrizes fe<strong>de</strong>rais para a classificação <strong>de</strong> sobrepeso e obesida<strong>de</strong> em adultos por meio do IMCClassificação <strong>de</strong> sobrepeso Classe <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong> IMCPeso abaixo do normal


4Indicação <strong>de</strong> cirurgia bariátrica <strong>de</strong> acordo com IMC e co-morbida<strong>de</strong>sIMC >35 e 40Sem co-morbida<strong>de</strong>s Sem indicação Com indicaçãoCom co-morbida<strong>de</strong>s Com indicação Com indicaçãoTabela 2Assim sendo, tanto a avaliação da obesida<strong>de</strong> como a indicação <strong>de</strong> seutratamento, fundamentadas na análise da composição corporal estimando a quantificação doteor <strong>de</strong> GC, da massa magra e da água corporal total e consi<strong>de</strong>rando as diferenças segundoa ida<strong>de</strong>, o sexo e os grupos étnicos, são mais fi<strong>de</strong>dignas e a<strong>de</strong>quadas quando comparadas àavaliação do IMC 18 . A tabela 3 apresenta a percentagem <strong>de</strong> gordura corporal (%GC)segundo ida<strong>de</strong>, sexo e grupo étnico segundo estudo do terceiro National Health andNutrition Examination Survey (NHANES III) 19 .PERCENTAGEM DE GORDURA CORPORAL (%)Não hispânico branco Não hispânico negro Americano mexicanoIda<strong>de</strong> (anos) Média Média MédiaHomens12 – 13,9 18,4 19,5 2214 – 15,9 18,4 17,8 18,816 – 17,9 17,7 18,6 21,318 – 19,9 19,6 19,9 22,720 – 29,9 21,8 23,7 24,130 – 39,9 23,6 23,6 25,440 – 49,9 24,2 24,9 26,650 – 59,9 25,1 25,1 26,760 – 69,9 26,2 24,9 26,770 – 79,9 25,1 24,3 26,1Mulheres12 – 13,9 24,8 26,9 28,614 – 15,9 29,1 30,9 31,816 – 17,9 30,7 32,6 33,318 – 19,9 30,8 33,3 33,5


520 – 29,9 31 35,5 35,830 – 39,9 33 38 3840 – 49,9 35,4 39,4 39,950 – 59,9 37,3 40 39,460 – 69,9 36,9 39,8 39,470 – 79,9 35,9 38,5 37,8Tabela 3.A tabela 4 apresenta a classificação <strong>de</strong> sobrepeso e da obesida<strong>de</strong> segundo (%GC).Classificação do sobrepeso e da obesida<strong>de</strong>%GC Mulheres HomensADEQUADA 30 %Tabela 4. Fonte: Adaptado <strong>de</strong> NIDDK, 1993.Entre os procedimentos consi<strong>de</strong>rados como referência para avaliação da composiçãocorporal e mais acurados para aferição da GC estão a <strong>de</strong>nsitometria ou pesagemhidrostática e a absortometria <strong>de</strong> raios-X <strong>de</strong> dupla energia (DEXA). Todavia, esses métodosrequerem equipamento especial e <strong>de</strong> alto custo, são onerosos, complexos e <strong>de</strong> realização<strong>de</strong>morada, o que limita sua utilização na prática clínica e em estudos epi<strong>de</strong>miológicos 17 .A <strong>de</strong>nsitometria ou pesagem hidrostática envolve o princípio <strong>de</strong> Arquime<strong>de</strong>s ecalcula o percentual <strong>de</strong> GC a partir da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> corporal, isto é, a relação entre o pesocorporal e o volume corporal. Contudo, a pesagem hidrostática tem limitações e apresentafontes <strong>de</strong> erro inerentes ao procedimento, mesmo consi<strong>de</strong>rada como método <strong>de</strong> referência.Por exemplo, não calcula as diferenças individuais na <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> óssea e é necessário mediro volume residual pulmonar para calcular a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> corporal. Requer ainda equipamento<strong>de</strong> alto custo e complexida<strong>de</strong>, é um procedimento <strong>de</strong>morado e oneroso, além <strong>de</strong> promover<strong>de</strong>sconforto para alguns indivíduos, quando a submersão do corpo e da cabeça em água édifícil e causa ansieda<strong>de</strong>. Por essas razões a utilização da <strong>de</strong>nsitometria é limitada na


6prática clínica, em estudos epi<strong>de</strong>miológicos e como método <strong>de</strong> avaliação para indicação <strong>de</strong>cirurgia bariátrica 17 .Outro método concebido para avaliação da composição corporal, a absortometria <strong>de</strong>raios-X <strong>de</strong> dupla energia (DEXA), consiste em procedimento <strong>de</strong> alta tecnologia que utilizaemissão <strong>de</strong> dois feixes distintos <strong>de</strong> raios-X <strong>de</strong> baixa energia e estima porcentagem <strong>de</strong> GCcom acurácia, quantificando a gordura e massa magra regional não óssea, incluindo oconteúdo mineral das estruturas ósseas mais profundas ,20,21 . Este método apresenta comovantagens a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> analisar a composição corporal por segmentos, informandoquanto à distribuição anatômica da gordura e não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r das consi<strong>de</strong>rações acerca daconstância biológica dos componentes adiposos e dos isentos <strong>de</strong> gordura, como na pesagemhidrostática. Entretanto, a DEXA também constitui método dispendioso e complexo, além<strong>de</strong> envolver emissão <strong>de</strong> radiação ainda que <strong>de</strong> baixa potência, o que limita sua utilização naprática clínica e em estudos epi<strong>de</strong>miológicos 17,18 .Configura-se ainda, como método alternativo para avaliação da composiçãocorporal, a impedância bioelétrica (BIA), que envolve a passagem <strong>de</strong> pequena correnteelétrica através das extremida<strong>de</strong>s do corpo e a medida da resistência encontrada. A massalivre <strong>de</strong> gordura, que consiste principalmente numa solução aquosa <strong>de</strong> íons, é boacondutora <strong>de</strong> corrente e registra baixa impedância, ao passo que a massa gorda não conduzeletricida<strong>de</strong> tão bem e tem impedância alta 15 . A resistência ao fluxo da corrente é, assim,inversamente relacionada com massa livre <strong>de</strong> gordura. Dessa forma, a BIA me<strong>de</strong> acomposição corpórea indiretamente, baseado no princípio da condutivida<strong>de</strong> elétrica e dasua relação estável com a água corporal e utiliza a resistência, a reatância e o ângulo <strong>de</strong> fasecomo parâmetros bioelétricos 20-22 . Resistência é a oposição oferecida pelo fluido corporal àcorrente elétrica alternada e é inversamente proporcional à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água e eletrólitoscontidos nos tecidos. No corpo humano, os tecidos magros são altamente condutores porconstituírem reservatório <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água e eletrólitos, representando <strong>de</strong>stamaneira um meio <strong>de</strong> baixa resistência. Reatância, também conhecida como resistênciacapacitiva, é a oposição ao fluxo da corrente elétrica causada pela capacitância. Por<strong>de</strong>finição, um capacitor consiste em duas ou mais placas condutoras separadas por umisolante ou material não condutivo, utilizado para armazenar carga elétrica. No ser humano,a membrana celular é formada por uma camada <strong>de</strong> lipí<strong>de</strong>os não condutora que permeia duas


7camadas condutoras <strong>de</strong> proteínas. Teoricamente, a reatância é a medida da capacitância damembrana celular e o indicador da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> massa intracelular ou da massa celular docorpo. Enquanto a gordura corporal, a água total e a água extracelular oferecem resistênciaà corrente elétrica, somente a membrana celular apresenta reatância, sendo que nesta últimapo<strong>de</strong>m ocorrer variações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da integrida<strong>de</strong>, funcionamento e composiçõescelulares. Ângulo <strong>de</strong> fase é um método linear <strong>de</strong> medir a relação entre a resistência ereatância em circuitos elétricos em série ou em paralelo. O ângulo <strong>de</strong> fase po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> 0a 90 graus: zero grau se o circuito é só resistivo (como em um sistema <strong>de</strong> membranascelulares) e noventa graus se o circuito é só capacitivo (apenas membranas, sem fluido).Um ângulo <strong>de</strong> fase <strong>de</strong> 45 graus reflete um circuito (ou corpo) com igual quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>reatância capacitiva e resistência, como em vegetais frescos. A média do ângulo <strong>de</strong> fasepara um individuo saudável é <strong>de</strong> aproximadamente <strong>de</strong> 4 a 10 graus, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do sexo.Ângulos <strong>de</strong> fase menores (baixa reatância) po<strong>de</strong>m ser associados à morte celular ou a umaalteração na permeabilida<strong>de</strong> seletiva da membrana celular. Ângulos <strong>de</strong> fase mais altos(reatância alta) po<strong>de</strong>m ser associados a maiores quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> membranas celularesintactas, isto é, maior massa celular no corpo 23 .Ângulo <strong>de</strong> fase = arc-tangente reatância /resistência x 180/πA corrente elétrica utilizada pela BIA po<strong>de</strong> ser emitida em freqüência simples oupor multifreqüência. A BIA <strong>de</strong> freqüência simples surgiu na década <strong>de</strong> 80, e em 1990, foilançada no mercado a BIA <strong>de</strong> múltipla freqüência, que utiliza o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> regressão lineare inclui impedâncias <strong>de</strong> diferentes freqüências (0, 1, 5, 50, 100, 200, e 500kHz) para avaliarmassa livre <strong>de</strong> gordura, água corporal total, intracelular e extracelular 23 .Esta técnica exige condições padronizadas para realização das mensurações, emespecial, a colocação dos eletrodos, posição corporal do indivíduo, estado <strong>de</strong> hidrataçãoa<strong>de</strong>quado, ausência <strong>de</strong> ingestão <strong>de</strong> alimentos e <strong>de</strong> álcool previamente à avaliação, eabstenção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física recente. A exatidão preditiva da BIA po<strong>de</strong> ser influenciadapelo grau <strong>de</strong> adiposida<strong>de</strong> corporal, ida<strong>de</strong>, sexo, características étnicas, patologias quealteram conformação corporal e fatores que modificam a composição hidroeletrolítica. Afim <strong>de</strong> dirimir resultados conflitantes faz-se necessário utilizar as equações preditivasa<strong>de</strong>quadas para as populações em estudo 22-37 .


8Apesar <strong>de</strong>stas <strong>de</strong>svantagens, e consi<strong>de</strong>rados os aspectos práticos, a proposta dautilização da BIA na <strong>de</strong>terminação percentagem <strong>de</strong> gordura corporal (%GC) em obesos,para fins <strong>de</strong> dimensionamento da obesida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> seu tratamento, principalmente a indicaçãodo tratamento cirúrgico, tem sentido. Todavia não existe na literatura, até o momento,informação consistente acerca <strong>de</strong> qual é a percentagem <strong>de</strong> gordura distribuída peloorganismo, correspon<strong>de</strong>nte ao IMC e que seja compatível com a prescrição do tratamentocirúrgico, e tampouco, a partir <strong>de</strong> que grau <strong>de</strong> %GC há relação com o aparecimento <strong>de</strong> comorbida<strong>de</strong>sque acompanham a obesida<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>rando-se que a %GC é o indicativo maisfi<strong>de</strong>digno <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong> que o IMC que prescreve cirurgia e também que esse teor <strong>de</strong> GC émais fi<strong>de</strong>digno para avaliar o risco do indivíduo permanecer obeso, parece ser maisa<strong>de</strong>quado basear-se nele para indicar a cirurgia.A busca <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo mais acurado para avaliação da obesida<strong>de</strong> e, porconseguinte, <strong>de</strong> seu tratamento mais a<strong>de</strong>quado, levou a i<strong>de</strong>alização <strong>de</strong> um índice indicadordo tratamento cirúrgico da obesida<strong>de</strong> utilizando IMC, %GC medida através da BIA epresença <strong>de</strong> co-morbida<strong>de</strong>s avaliados à luz da teoria <strong>de</strong> conjuntos difusos e lógica fuzzy.A teoria <strong>de</strong> conjuntos difuso e lógica fuzzy introduzida por Lofti Aliasker Za<strong>de</strong>h em1965, foi <strong>de</strong>senvolvida para lidar com conceito <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>s parciais, com limites mal<strong>de</strong>finidos, variando <strong>de</strong> completamente verda<strong>de</strong>iro a completamente falso, passandogradualmente <strong>de</strong> uma condição à outra. Diferentemente da teoria <strong>de</strong> conjuntos clássicabaseado no princípio aristotélico do terceiro excluído, on<strong>de</strong> o elemento pertence ou não auma classe, um conjunto difuso contempla a pertinência gradual e não absoluta <strong>de</strong> umelemento <strong>de</strong> uma classe e constitui, assim, ferramenta po<strong>de</strong>rosa para tratar com termosimprecisos, incertos ou vagos, apontando soluções consistentes, amigáveis e <strong>de</strong> baixo custopara problemas reais 38-39 .Estas características e a capacida<strong>de</strong> para lidar com as variáveis lingüísticas outermos lingüísticos, a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entendimento, o baixo custo computacional e ahabilida<strong>de</strong> para incorporar aos sistemas a experiência do especialista e valores atribuídos,justificam o crescente número <strong>de</strong> trabalhos aplicando a teoria <strong>de</strong> conjuntos difusos e lógicafuzzy em questões biomédicas. Dessa forma, esta abordagem matemática torna-se umaopção extremamente interessante para elaborar mo<strong>de</strong>los médicos, seja em sistemas <strong>de</strong>diagnose, no tratamento <strong>de</strong> imagens médicas, em epi<strong>de</strong>miologia ou saú<strong>de</strong> pública 35-43 .


9Recentes publicações <strong>de</strong>monstram o aumento progressivo <strong>de</strong> utilização da lógica fuzzy nasdiversas áreas médicas: <strong>medicina</strong> interna, cardiologia, cirurgia vascular, terapia intensiva,pediatria, endocrinologia, oncologia, gerontologia, cirurgia plástica, ortopedia,anestesiologia, <strong>de</strong>rmatologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, ginecologia, urologia,neurologia, psiquiatria, radiologia, em análise <strong>de</strong> imagens e dados laboratoriais, <strong>medicina</strong>forense e também nas áreas <strong>de</strong> ciências básicas: fisiologia, anatomia, patologia, bioquímica,farmacologia e genética 40-48 .Com o intuito <strong>de</strong> validar esta abordagem foi elaborado um estudo que utilizou osvalores <strong>de</strong> IMC e <strong>de</strong> %GC obtidos a partir <strong>de</strong> medidas antropométricas, DEXA, BIA, ou<strong>de</strong>nsitometria <strong>de</strong> pacientes do sexo masculino, selecionados nos banco <strong>de</strong> dados Medline eMedscape, e que foram avaliados à luz da lógica fuzzy. Este estudo preliminar concluiu queo IMC não é a<strong>de</strong>quado para indicação <strong>de</strong> cirurgia bariátrica em todas as condições e que ateoria <strong>de</strong> conjuntos difusa e lógica fuzzy torna-se uma alternativa para tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisãopara indicação <strong>de</strong> cirurgia bariátrica baseada no Índice <strong>de</strong> Obesida<strong>de</strong> Fuzzy Miyahira-Araújo (MAFOI). Um novo índice correlacionando IMC, %GC e a presença <strong>de</strong>comorbida<strong>de</strong>s, po<strong>de</strong> assumir um importante papel na <strong>medicina</strong> transformando o caminhocomo a obesida<strong>de</strong> é percebida e tratada 49 . (ANEXOI)ObjetivosEste estudo tem como objetivo geral propor um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação da obesida<strong>de</strong> ecritérios <strong>de</strong> indicação <strong>de</strong> cirurgia bariátrica e como objetivo específico propor um sistema<strong>de</strong> suporte a <strong>de</strong>cisão difuso (Fuzzy Decision Support System - FDSS) para a indicação dacirurgia bariátrica baseado em um índice <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong> construído à luz dalógica fuzzy combinando IMC e %GC obtido através da BIA e a presença <strong>de</strong> comorbida<strong>de</strong>s.Este índice utiliza-se das vantagens dos métodos anteriores e tem por objetivocompensar as <strong>de</strong>svantagens dos mesmos. Visto que índice po<strong>de</strong> ser entendido como umarelação entre os valores <strong>de</strong> qualquer medida ou gradação, esta proposição preconiza umíndice que relaciona os indicadores <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong> previamente apresentados, em particular,o IMC e a %GC, através da lógica fuzzy, fazendo com que eles trabalhem em sinergia aoinvés <strong>de</strong> forma controversa (contraditória, competitiva).


10MétodosEste projeto será um estudo prospectivo, realizado no Hospital Municipal “Dr. José<strong>de</strong> Carvalho Florence” (HMJCF) e no Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Cirurgia eExperimentação da Disciplina <strong>de</strong> Técnica Operatória do Departamento <strong>de</strong> Cirurgia daUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo (UNIFESP), após aprovação da Comissão <strong>de</strong> ÉticaMédica (CEM) do HMJCF (Aprovado), da Comissão <strong>de</strong> Ética e Pesquisa (CEP) daUniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté (UNITAU) (Aprovado em 12/12/2008 protocolo n o 536/08) e doCEP da UNIFESP (Submetido em 08/05/09 - Protocolo n o 0658/09- aguardando aprovação)e da obtenção do consentimento livre e esclarecido dos pacientes. Todos os pacientesparticipantes do estudo assinarão o termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclarecido, emobediência à Resolução n o 196/96 do Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (CNS)/Ministério daSaú<strong>de</strong> (MS) e em suas complementações (Resoluções 240/97, 251/97, 292/99, 303/00 e304/00 do CNS/MS). (ANEXO II)Serão incluídos pacientes <strong>de</strong> ambos os sexos, com ida<strong>de</strong> maior ou igual a 18 anos,com IMC >18,5, provenientes dos ambulatórios do HMJCF. Os critérios <strong>de</strong> exclusão serão:recusa do paciente em participar do estudo, pacientes apresentando insuficiência renal,alterações hidroeletrolíticas, hidratação ina<strong>de</strong>quada, ascite, cirrose, portadores <strong>de</strong> marcapassos,com amputação <strong>de</strong> membro inferior ou <strong>de</strong> membro superior. Serão mensuradospeso, altura e %GC dos pacientes no mesmo dia, em momentos subseqüentes. Serãoestudados no mínimo 300 pacientes que serão alocados em seis grupos segundo IMC,conforme tabela 1 e em cinco grupos segundo a %GC, conforme tabela 3.


11Feminino MasculinoGrupos IMC Grupos IMCM 18,5 – 24,9 M 18,5 – 24,9n≥ 30n≥ 30SP 25 – 29,9 SP 25 – 29,9n≥ 30n≥ 30OI 30 – 34,4 OI 30 – 34,4n≥ 30n≥ 30OII 35 – 39,9 OII 35 – 39,9n≥ 30n≥ 30OIII > 40 OIII > 40n≥ 30n≥ 30Tabela 1. IMC=índice <strong>de</strong> massa corporal, AP=abaixo do peso, M=magro,SP=sobrepeso, OI=obesida<strong>de</strong> grau I, OII=obesida<strong>de</strong> grau II, OIII=obesida<strong>de</strong> grau III.Para o cálculo da IMC será utilizado estapedômetro graduado a cada 0,5 cm ebalança digital com intervalo <strong>de</strong> 0,1kg.Os pacientes terão sua composição corporal: %GC e massa livre <strong>de</strong> gordura,avaliada através da análise da BIA. Para tanto será utilizado aparelho RJL Systems BIA101Q (RJL Systems, Clinton Township, MI). O aparelho utiliza corrente elétrica <strong>de</strong> baixaintensida<strong>de</strong> (0,8mA) e <strong>de</strong> baixa freqüência (50kHz). Quatro eletrodos serão posicionadosno hemicorpo direito: dois no dorso da mão (eletrodos transmissores) e dois no dorso do pé(eletrodos receptores), tal como referido por Heyward & Stolarczyk 50 . Os indivíduos serãoorientados a se absterem <strong>de</strong> álcool no dia anterior e permanecerem em jejum para alimentossólidos nas 6h e líquidos nas 4h anteriores ao momento das medidas, serão tambémorientados a não fazerem ativida<strong>de</strong>s físicas vigorosas nas 6h anteriores ao momento dasmedidas e vestirão roupas leves. Por esta técnica, estimar-se-ão os valores <strong>de</strong> BIA que serãoobtidos a partir das equações incorporadas no próprio equipamento, conforme <strong>de</strong>scrito porSegal 25 .Os pacientes serão também avaliados se têm co-morbida<strong>de</strong>s.Os valores <strong>de</strong> IMC, %GC e presença <strong>de</strong> comorbida<strong>de</strong>s, serão confrontados eanalisados <strong>de</strong> modo a avaliar quais as co-morbida<strong>de</strong>s se superpõe ao IMC e %GC como<strong>de</strong>scrito a seguir:


12I) Consi<strong>de</strong>rando-se o IMC=25 e a %GC =20 como limites superiores <strong>de</strong>normalida<strong>de</strong> para indivíduos do sexo masculino, e que um valor <strong>de</strong> IMC=40, seguramenterepresenta a condição da doença obesida<strong>de</strong>, utilizando-se regra <strong>de</strong> três simples, encontra-seo teor <strong>de</strong> GC que correspon<strong>de</strong> ao IMC=40, <strong>de</strong> tal forma que IMC=25 está para IMC=40assim como %GC =20 está para %GC=32. Em tese, e, apoiado na lógica cartesiana earistotélica, as pessoas do sexo masculino com %GC =32 terão o índice <strong>de</strong> teor <strong>de</strong> GC quecorrespon<strong>de</strong> ao IMC=40.Supondo que o indivíduo com IMC=40 e %GC =32, em cálculo normal, verificarse-áse isso correspon<strong>de</strong> à realida<strong>de</strong> ou não, se esse indivíduo tem realmente uma comorbida<strong>de</strong>ou não. Será então avaliado se o indivíduo com IMC=40 tem comorbida<strong>de</strong>s equal a relação das comorbida<strong>de</strong>s com %GC =32.De maneira semelhante, consi<strong>de</strong>rando-se IMC=25 e %GC =30 como limitessuperiores <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong> para indivíduos do sexo feminino, e que um valor <strong>de</strong> IMC=40,seguramente representa a condição da doença obesida<strong>de</strong>, utilizando-se regra <strong>de</strong> trêssimples, encontra-se o teor <strong>de</strong> GC que correspon<strong>de</strong> ao IMC=40, <strong>de</strong> tal forma que IMC=25está para IMC=40 assim como %GC =30 está para %GC=48. As correlações entre IMC,%GC, presença <strong>de</strong> co-morbida<strong>de</strong>s, serão realizadas separadamente para indivíduos do sexofeminino e do sexo masculino, conforme apresentado a seguir:1) Sexo masculino, IMC=40 e %GC=32.2) IMC=40, quais são as co-morbida<strong>de</strong>s que se superpõe à %GC=32?3) Sexo masculino, IMC=X, %GC=Y.4) IMC=X, quais são as co-morbida<strong>de</strong>s que se superpõe à %GC=Y?II) Consi<strong>de</strong>rando como variáveis lingüísticas <strong>de</strong> entrada ou premissas, o IMC e a%GC, ou seja, os antece<strong>de</strong>ntes da regra, teremos que o conjunto difuso IMC seráparticionado nos termos lingüísticos: magro (M), obesida<strong>de</strong> grau I (OI), obesida<strong>de</strong> grau II(OII) e obesida<strong>de</strong> grau III (OIII) e o conjunto difuso %GC por sua vez, será particionadonos termos lingüísticos: a<strong>de</strong>quado (AD), leve (LEV), mo<strong>de</strong>rado (MOD), elevado (ELEV) emórbido (MOR).A avaliação da obesida<strong>de</strong>/indicação <strong>de</strong> tratamento cirúrgico constituirá a variávellingüística <strong>de</strong> saída, ou seja, o conseqüente da regra. Este constituirá um conjunto difusoque será particionado em: magro (M), hipertrofia muscular (HMU), excesso <strong>de</strong> peso (EP),


13sumotori (SUT), obeso fuzzy (OBFZ), obeso mórbido (OBE). Nessa or<strong>de</strong>m, serãoconsi<strong>de</strong>rados obesos com indicação tratamento cirúrgico aqueles pacientes classificadoscomo OBFZ, que apresentem co-morbida<strong>de</strong>s e também os que estiverem classificadoscomo OBE com ou sem co-morbida<strong>de</strong>s.Sendo a base <strong>de</strong> regras assim constituída:R1) Se IMC é M e %GC é AD então é MR2) Se IMC é M e %GC é LEV então é EPR3) Se IMC é M e %GC é MOD então é EPR4) Se IMC é SP e %GC é AD então é HMUR5) Se IMC é SP e %GC é LEV então é HMUR6) Se IMC é SP e %GC é MOD então é EPR7) Se IMC é SP e %GC é ELE então é OFZR8) Se IMC é SP e %GC é MOR então é OFZR9) Se IMC é OI e %GC é AD então é HMUR10) Se IMC é OI e %GC é LEV então é HMUR11) Se IMC é OI e %GC é MOD então é SUTR12) Se IMC é OI e %GC é ELEV então é OFZR13) Se IMC é OI e %GC é MOR então é OFZR14) Se IMC é OII e %GC é AD então é HMUR15) Se IMC é OII e %GC é LEV então é HMUR16) Se IMC é OII e %GC é MOD então é SUTR17) Se IMC é OII e %GC é ELEV então é OFZR18) Se IMC é OII e %GC é MOR então é OFZR19) Se IMC é OIII e %GC é MOD então é OBER20) Se IMC é OIII e %GC é ELEV então é OBER21) Se IMC é OIII e %GC é MOR então é OBEAs regras ficarão restritas àquelas consi<strong>de</strong>radas relevantes, ou seja, somente aspassíveis <strong>de</strong> ocorrência na prática. A inferência para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão utilizará o métododo mínimo <strong>de</strong> Mamdani e para <strong>de</strong>fuzificação será utilizado o centro <strong>de</strong> área.


14As variáveis paramétricas serão analisadas pelo teste t-Stu<strong>de</strong>nt e teste <strong>de</strong> variânciaANOVA e as variáveis não paramétricas pelo teste do X 2 . Para avaliação dos dados difusosserá utilizado o programa Matlab.Resultados esperados:1) Demonstrar que a quantificação da gordura corporal, em especial mediante aBIA, é a<strong>de</strong>quada para a classificação da obesida<strong>de</strong> e para a indicação <strong>de</strong> cirurgia bariátrica.2) I<strong>de</strong>alizar um sistema difuso <strong>de</strong> suporte a <strong>de</strong>cisão (FDSS) para indicação <strong>de</strong>cirurgia bariátrica construído à luz da lógica fuzzy, avaliando o IMC, a %GC obtido atravésda BIA e a presença <strong>de</strong> comorbida<strong>de</strong>s.Referências bibliográficas:1. Kolata G. Obesity <strong>de</strong>clared a disease. Science.1985;227:1019-20.2. James WPT, Ralph A. New un<strong>de</strong>rstanding in obesity research. Proc Nutr Soc. 1999; 58:385-93.3. Cole TJ, Bellizzi MC, Flegal KM, Dietz WH. Establishing a standard <strong>de</strong>finition forchild overweight and obesity worldwi<strong>de</strong>: international survey. Br MedJ.2000;320:1240-43.4. Visscher TL, Sei<strong>de</strong>ll JC, Menotti A, Blackburn H, Nissinem A, Feskens EJ, KromhoutD. Un<strong>de</strong>rweight and overweight in relation to mortality among men aged 40-59 and 50-69y: the Seven Countries Study. Am J Epi<strong>de</strong>miol. 2000;151:660-6.5. Fine JT, Colditz GA, Coakley EH, Moseley G, Manson JE, Willett WC, Kawachi I. Aprospective study of weight change and health-relates quality of life in women.JAMA1999.282:2136-42.6. Calle EE, Thun MJ, Petrelli JM. Body-mass in<strong>de</strong>x and mortality in a prospective cohortof U.S. adults. N Engl J Med.1999;341:1097-105.7. National Institute of Health. Clinical gui<strong>de</strong>lines on the i<strong>de</strong>ntification, evaluation andtreatment of overweight and obesity in adults—the evi<strong>de</strong>nce report. Obes Res1998;6:51S–209S. NAO ENCONTREI!8. World Health Organization. Report of a WHO Consultation on Obesity. Obesity:preventing and managing the global epi<strong>de</strong>mic. Geneva, Switzerland: World HealthOrganization, 1998.


159. Tseng CH. Body composition as a risk factor for coronary artery disease in Chinesetype2 diabetic patients in Taiwan. Circ J. 2003;67:479-84.10. Singh RB, Niaz MA, Beegom R, Wan<strong>de</strong>r GS,Thakur AS, Rissam HS. Body fat percentby bioelectrical impedance analisys and risk of coronary artery disease among urbanmen with low rates of obesity: the Indian paradox. J Am Coll Nutr.1999;18:268-73.11. Nagaya T, Yoshida H, Takahashi H, Matsuda Y, Kawai M. Body mass in<strong>de</strong>x(weight/height 2 ) or percentage body fat by bioelectrical impedance analisys: whichvariable better reflects serum lipid profile? Int J Obes Relat Metab Disord.1999;23:771-4.12. McLachlan CR, Poulton R, Car G, Cowan J, Filsell S, Greene JM, Taylor DR, WelchD, Williamson A, Sears MR, Hancox RJ. Adiposity, asthma, and airway inflammation.J Allergy Clin Immunol.2007;119:643-9.13. Adams TD, Heath EM, LaMonte MJ, Gress RE, Pendleton R, Strong M, Smith SC,Hunt SC. The relationship between body mass in<strong>de</strong>x and per cent body fat in theseverely obese. Diabetes Obes Metab.2007;9:498-505.14. Garn SM, Leonard WR, Hawthorne VM. Three limitation of the body mass in<strong>de</strong>x. AmJ Clin Nutr.1986;44:996-7.15. Ricciardi R, Talbot LA. Use of bioelectrical impedance analisys in the evaluation,treatment, and prevention of overweight and obesity. J Am Acad NursePract.2007;19:235-41.16. Curtin F, Morabia A, Pichard C, Slosman DO. Body mass in<strong>de</strong>x compared to dualenergyx-ray absorptiometry: evi<strong>de</strong>nce for a spectrum bias. J ClinEpi<strong>de</strong>miol.1997;50:837-43.17. Saito K, Nakaji S, Umeda T, Shimoyama T, Sugawara K, Yamamoto Y. Developmentof predictive equations for body <strong>de</strong>nsity of sumo wrestlers using B-mo<strong>de</strong> ultrasound forthe <strong>de</strong>termination of subcutaneous fat thickness. Br J Sports Med.2003;37:144-8.18. Wannamethee SG, Shaper AG, Whincup PH. Body fat distribution, body composition,and respiratory function in el<strong>de</strong>rly men. Am J Clin Nutr.2005;82:996-1003.19. Chumlea WC, Guo SS, Kuczmarski RJ, Flega KM, Johnson CL, Heymsfield SB,Lukaski HC, Fried K, Hubbard VS. Body composition estimates from NHANES IIIbioelectrical impedance data. Int J Obes.2002;26:1596–1609.


1620. Ellis KJ. Bone mineral and body composition measurements: cross-calibration ofpencil-beam and fan-beam dual-energy x-ray absorptiometers. J Bone MinerRes.1998;13:1613-8.21. Sum G, French CR, Martin GR, Younghusband B, Green RC, Xie Y, Mathews M,Barron JR, Fitzpatrick DG, Gulliver W,Zhang H. Comparison of multifrequencybioelectrical impedance analysis with dual-energy x-ray absorptometry for assessmentof percentage body fat in a large, healthy population. Am J Clin Nutr.2005;81:74-8.22. Lukaski HC. Validation of tetrapolar bioelectrical impedance method to assess humanbody composition. J Applied Physiol.1986;60:1127-32.23. Kyle KG, Bosaeus I, De Lorenzo AD, Deurenberg P, Elia M, G!omez JM, HeitmannBL, Kent-Smith L, Melchior JC, Pirlich M, Scharfetter H, Schols AMWJ, Pichard C.Bioelectrical impedance analysis - part I: review of principles and methods. ClinicalNutrition.2004;23:1226-1243.24. Kyle KG, Bosaeus I, De Lorenzo AD, Deurenberg P, Elia M, G!omez JM, HeitmannBL, Kent-Smith L, Melchior JC, Pirlich M, Scharfetter H, Schols AMWJ, Pichard C.Bioelectrical impedance analysis - part II utilization in clinical practice. ClinicalNutrition.2004;23:1430-1453.25. Segal KR, VanLoan M, Fitzgerald PI, Hodgdon JA, VanItallie TB. Lean body massestimation by bioelectrical impedance analysis: a four-site cross-validation study. Am JClin Nutr.1988;47:7-14.26. Shalikh MG, Crabtree NJ, Shaw NJ, Kirk JM. Body fat estimation using bioelectricalimpedance. Horm Res.2007;68:8-10.27. Rush EC, Crowley J, Freitas IF, Luke A. Validity of hand-to-foot measurement ofbioelectrical impedance: standing compared with lying position. Obesity.2006;14:252-7.28. Vasu<strong>de</strong>v S, Mohan A, Mohan D, Farooq S, Raj D, Mohan V. Validation of body fatmeasurement by skin folds and two bioelectrical impedance methods with DEXA –theChennai Urban Rural Epi<strong>de</strong>miology Study [CURES]. J Assoc PhysiciansIndia.2004;52:877-81.


1729. Newton RL, Alfonso A, White MA, York-Crowe E, Wal<strong>de</strong>n H, Ryan D, Brav GA,Williamson DA. Percent body fat measured by BIA and DEXA in obese, African-American adolescent girls. Int J Obes.2005;29:594-602.30. Carrasco F, Reyes E, Rimler O, Rios F. [Predictive accuracy of body mass in<strong>de</strong>x inestimating body fatness measured by bioelectrical impedance]. Arch LatinoamNutr.2004;54:280-6.31. Jakicic JM, Wing RR, Lang W. Bioelectrical impedance analysis to assess bodycomposition in obese adult women: the effect of ethnicity. Int J Obes Relat MetabDisord.1998;22:243-9.32. Roubenoff R. Applications of bioelectrical impedance analysis for body composition toepi<strong>de</strong>miologic studies. Am J Clin Nutr.1996;644:459S-62S.33. Newton RL, Alfonso A, York-Crowe E, Wal<strong>de</strong>n H, White MA, Ryan D, WilliamsonDA. Comparison of body composition methods in obese African-American women.Obesity.2006;14:415-22.34. Wells JC, Williams JE, Fewtrell M, Singhal A, Lucas A, Cole TJ. A simplifiedapproach to analyzing bio-electrical impedance data in epi<strong>de</strong>miological surveys. Int JObes.2007;31:507-14.35. Willet K, Jiang R, Lenart E, Spiegelman D, Willet W. Comparison of bioelectricalimpedance and BMI in predicting obesity-related medical conditions.Obesity.2006;14:480-90.36. Sartorio A, Malavolti M, Agosti F, Marinone PG, Caiti O, Battistini N, Bedogni G.Body water distribution in severe obesity and its assessment from eight-polarbioelectrical impedance analysis. Eur J Clin Nutr.2005;59:155-60.37. Guida B, Trio R, Pecoraro P, Gerardi MC, Laccetti R, Nastasi A, Falconi C. Impedancevector distribution by body mass in<strong>de</strong>x and conventional bioelectrical impedanceanalysis in obese women. Nutr Metab Cardiovasc Dis.2003;13:79-9.38. Za<strong>de</strong>h LA. Fuzzy control. Informat Control.1965;8:338-353.39. Za<strong>de</strong>h LA. Probability measures and fuzzy events. J Math Anal Appl.1968;23:421-7.40. Miki Y, Grossman RI, Udupa JK, Samarasekera S, van Buchem MA, Cooney BS,Pollack SN, Kolson DL, Constantinescu C, Polansky M, Mannon LJ. Computer-


18assisted quantitation of enhancing lesions in multiple sclerosis: correlation with clinicalclassification. Am J Neuroradiology.1997;18:705-10.41. Nascimento LFC, Ortega NR. Fuzzy linguistic mo<strong>de</strong>l for evaluating the risk of neonatal<strong>de</strong>ath. Rev Saú<strong>de</strong> Pública.2002;36:686-92.42. Jensen EW, Litvan H, Revuelta M, Rodriguez BE, Carminal P, Martinez P, VereeckeH, Struys MRF. Cerebral state in<strong>de</strong>x during propofol anesthesia.Anesthesiology.2006;105:28-36.43. Martinioni EP, Pfister CA, Stadler KS, Schumacher PM, Leibundgut D, Bouillon T,Bohlen T, Zbin<strong>de</strong>n AM. Mo<strong>de</strong>l-based control of mechanical ventilation: <strong>de</strong>sign andclinical validation. Br J Anaesth.2004;92:800-7.44. Lloyd FJ, Reyna VF. A web exercise in evi<strong>de</strong>nce-based medicine using cognitivetheory. J Gen Intern Med.2001;16:94-9.45. Litman RS, Wake N, Chan LML, McDonough JM, Sin S, Mahboubi S, Arens R. Effectof lateral positioning on upper airway size and morphology in sedated children.Anesthesiology.2005;103:484-8.46. Virant-Klun I, Virant J. Fuzzy logic alternative for analysis in the biomedical sciences.Computers Biomedical Research.1999;32:305-2147. Torres A, Nieto JJ. Fuzzy logic in medicine and bioinformatics. J BiomedBiotech.2006;2006:1-748. Abbod MF, von Keyserling K, Linken S, Mahfouf M. Survey of utilization of fuzzytechnology in Medicine and Healthcare. Fuzzy Sets and Systems.2001;120:331-49.49. Miyahira SA, Araujo JE. Fuzzy Obesity In<strong>de</strong>x for Obesity Treatment and SurgicalIndication. In: International Conference on Fuzzy Systems (FUZZ-IEEE), pre-print,Hong-Kong, 2008.50. Heyward VH, Stolarczyk LM, Champaign IL. Applied body composition assessment.Human Kinetics. 1996,88p.Cronograma:• Novembro 2008 a fevereiro 2009 – pesquisa bibliográfica• Junho 2009 a junho 2010 – coleta <strong>de</strong> dados


19• Junho 2010 a setembro 2010 – avaliação dos dados• Outubro 2010 a novembro 2010 – entrega dos resultadosOrçamento:• R$ 8.900, 00 Custo do aparelho para avaliação da composição corporal: RJLSystems BIA 101Q (RJL Systems, Clinton Township, MI), materialimportado, disponível para aquisição no país.• RS$ 150,00 Custo dos eletrodos para utilização com o aparelho <strong>de</strong> BIA,material importado, disponível para aquisição no país.• Despesas com pessoal estão incluídas no orçamento da instituição on<strong>de</strong> será<strong>de</strong>senvolvido o estudo, sem gastos adicionais.• Despesas <strong>de</strong> papelaria, fotocópias e material para apresentação emmultimídia ficarão a cargo dos pesquisadores.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!