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118 Processamento de queijo caprino cremoso probiótico ...

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2 <strong>Processamento</strong> <strong>de</strong> <strong>queijo</strong>...<br />

Pesquisas realizadas pela Embrapa Caprinos e Ovinos boa qualida<strong>de</strong> microbiológica e, portanto, ser<br />

têm confirmado a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bactérias probióticas proveniente <strong>de</strong> animais saudáveis, obtido através <strong>de</strong><br />

em <strong>queijo</strong>s <strong>de</strong> cabra <strong>de</strong> coagulação enzimática,<br />

or<strong>de</strong>nha higiênica e mantido congelado ou sob<br />

promovida pela ação <strong>de</strong> proteases, como o <strong>queijo</strong><br />

o<br />

refrigeração (4 C) até o momento do processamento,<br />

Coalho (SANTOS et al., 2010) e o Minas frescal que <strong>de</strong>ve ocorrer o mais breve possível. É<br />

(SANTOS et al., 2009). Novas pesquisas<br />

imprescindível, também, que todas as etapas <strong>de</strong><br />

evi<strong>de</strong>nciaram que <strong>de</strong>terminadas bactérias probióticas processamento ocorram sob condições higiênicotambém<br />

mantêm sua viabilida<strong>de</strong> em <strong>queijo</strong>s <strong>caprino</strong>s sanitárias a<strong>de</strong>quadas, <strong>de</strong> acordo com as Boas<br />

produzidos através <strong>de</strong> coagulação lática, os quais Práticas <strong>de</strong> Fabricação (BPF) (BENEVIDES; EGITO,<br />

apresentam aci<strong>de</strong>z mais elevada que os <strong>queijo</strong>s <strong>de</strong> 2007). As BPF garantem que o produto final seja<br />

coagulação enzimática. No processamento <strong>de</strong>sses seguro para o consumidor e reduzem o risco <strong>de</strong><br />

<strong>queijo</strong>s, o processo <strong>de</strong> coagulação é promovido pela contaminação por microrganismos <strong>de</strong>terioradores,<br />

produção <strong>de</strong> ácido lático por bactérias adicionadas favorecendo a manutenção da viabilida<strong>de</strong> da cultura<br />

como fermento iniciador, ou starter (EGITO et al., probiótica durante a vida <strong>de</strong> prateleira do produto.<br />

2009). Queijos <strong>de</strong> coagulação lática, como os do tipo<br />

Boursin, Fromage Blanc e Pelardon, são muito Pasteurização do leite<br />

apreciados e comercializados com sucesso em<br />

Para eliminar microrganismos patogênicos e reduzir a<br />

diversos países.<br />

carga microbiana, o leite é submetido à pasteurização<br />

lenta (62 a 65ºC/30 minutos), sendo em seguida<br />

O presente Comunicado Técnico <strong>de</strong>screve a<br />

tecnologia <strong>de</strong>senvolvida para a produção <strong>de</strong> um<br />

resfriado a 35-37ºC.<br />

<strong>queijo</strong> <strong>caprino</strong> probiótico fresco, <strong>de</strong> consistência Adição dos fermentos<br />

cremosa e sabor suave, com características<br />

Ao leite a 35-37ºC é adicionado o fermento lático<br />

semelhantes às do <strong>queijo</strong> tipo Boursin e Fromage<br />

mesofilico liofilizado (em pó), na concentração <strong>de</strong><br />

Blanc. O produto foi obtido através da adição <strong>de</strong><br />

0,06g por litro, como fermento iniciador (starter).<br />

culturas comerciais <strong>de</strong> Bifidobacterium animalis Bb12<br />

Composto por Lactococcus lactis subsp. cremoris e<br />

(Chr. Hansen) e L. acidophilus La5 (Chr. Hansen),<br />

Lactococcus lactis subsp. lactis (Chr. Hansen), este<br />

bactérias amplamente estudadas por suas<br />

fermento é o principal responsável pela produção <strong>de</strong><br />

proprieda<strong>de</strong>s probióticas.<br />

ácido lático e consequente acidificação do leite, além<br />

As características microbiológicas e físico-químicas<br />

<strong>de</strong> contribuir para o sabor do produto final.<br />

do <strong>queijo</strong> <strong>de</strong>senvolvido, bem como sua aceitação<br />

Em seguida, são adicionadas as culturas probióticas<br />

sensorial, foram avaliadas durante o período <strong>de</strong> 28<br />

<strong>de</strong> L acidophilus La5 (Chr. Hansen) e <strong>de</strong> B. animalis<br />

o<br />

dias <strong>de</strong> estocagem refrigerada (4 C). A população <strong>de</strong><br />

(Chr. Hansen), liofilizadas, cada uma na concentração<br />

8<br />

B. animalis no produto manteve-se próxima <strong>de</strong> 10<br />

<strong>de</strong> 0,1g por litro <strong>de</strong> leite. Logo após a adição dos<br />

UFC/g durante todo o período avaliado e observou-se<br />

fermentos, o leite é agitado até a sua dissolução<br />

uma diminuição da população <strong>de</strong> L. acidophilus<br />

completa.<br />

durante a estocagem, atingindo contagem próxima a<br />

6<br />

10 UFC/g final do período estudado. O produto<br />

obteve alta aceitação sensorial em teste realizado Adição <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> cálcio e coalho<br />

com 50 consumidores potenciais.<br />

Para compensar a insolubilização do cálcio que<br />

<strong>de</strong>corre da pasteurização do leite, é adicionado<br />

2<br />

Consi<strong>de</strong>rando-se a porção usual <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong><br />

cloreto <strong>de</strong> cálcio (CaCl ), na proporção <strong>de</strong> 1,0g por<br />

2<br />

<strong>queijo</strong>, 30g, o <strong>queijo</strong> <strong>caprino</strong> <strong>cremoso</strong> obtido através litro <strong>de</strong> leite. Antes da adição ao leite, o CaCl <strong>de</strong>ve<br />

9<br />

do processo <strong>de</strong>senvolvido, apresenta cerca <strong>de</strong> 10 ser diluído em água filtrada. O produto também po<strong>de</strong><br />

7<br />

UFC <strong>de</strong> B. animalis e 10 UFC <strong>de</strong> L. acidophilus por ser adquirido no mercado na forma liquida (solução),<br />

porção do produto, durante 28 dias <strong>de</strong> estocagem. <strong>de</strong>vendo nesse caso ser utilizado na proporção<br />

Esta concentração <strong>de</strong> microrganismos probióticos, recomendada pelo fabricante.<br />

acima da mínima estabelecida pela legislação<br />

brasileira para produtos probióticos permite a<br />

Uma pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> coalho comercial é, em<br />

classificação do <strong>queijo</strong> obtido como alimento<br />

seguida, adicionada ao leite para auxiliar no processo<br />

probiótico.<br />

<strong>de</strong> coagulação. Essa adição é seguida <strong>de</strong> agitação do<br />

leite para distribuição uniforme do coalho, que<br />

consiste <strong>de</strong> uma solução <strong>de</strong> enzimas cujas<br />

Etapas do processo <strong>de</strong> fabricação<br />

composição e concentração variam com o fabricante.<br />

Portanto, a quantida<strong>de</strong> a ser utilizada <strong>de</strong>ve ser<br />

A seguir são <strong>de</strong>scritas as principais etapas <strong>de</strong><br />

calculada a partir das informações contidas no rótulo<br />

processamento do <strong>queijo</strong> <strong>caprino</strong> <strong>cremoso</strong> probiótico.<br />

do produto, equivalendo a 10% da indicada. O coalho<br />

O leite utilizado como matéria-prima <strong>de</strong>ve apresentar

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