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Bruno Vinícius Castro Guimarães - Produção Vegetal no Semiárido

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS<br />

REGRESSÃO LINEAR SIMPLES E MÚLTIPLA<br />

PARA PREDIÇÃO DE COLHEITA EM<br />

BANANEIRAS TIPO PRATA<br />

BRUNO VINÍCIUS CASTRO GUIMARÃES<br />

2011


BRUNO VINÍCIUS CASTRO GUIMARÃES<br />

REGRESSÃO LINEAR SIMPLES E MÚLTIPLA<br />

PARA PREDIÇÃO DE COLHEITA EM<br />

BANANEIRAS TIPO PRATA<br />

Dissertação apresentada à Universidade<br />

Estadual de Montes Claros, como parte das<br />

exigências do Programa de Pós-Graduação<br />

em Produção <strong>Vegetal</strong> <strong>no</strong> Semiárido, área de<br />

concentração em Produção <strong>Vegetal</strong>, para<br />

obtenção do título de “Magister Scientiae”<br />

Orientador<br />

Prof. D.Sc. Victor Martins Maia<br />

JANAÚBA,<br />

MINAS GERAIS-BRASIL<br />

2011


Guimarães, <strong>Bru<strong>no</strong></strong> Vinícius <strong>Castro</strong>.<br />

G963r<br />

Regressão linear simples e múltipla para predição de<br />

colheita em bananeiras tipo Prata. [manuscrito] / <strong>Bru<strong>no</strong></strong><br />

Vinícius <strong>Castro</strong> Guimarães. – 2011.<br />

98 p.<br />

Dissertação (mestrado)-Programa de Pós-Graduação<br />

em Produção <strong>Vegetal</strong> <strong>no</strong> Semiárido, Universidade<br />

Estadual de Montes Claros-Janaúba, 2011.<br />

Orientador: Profº. D.Sc. Victor Martins Maia.<br />

1. Colheita. 2. Modelo de regressão. 3. Musa spp. I. Maia, Victor<br />

Martins. II. Universidade Estadual de Montes Claros. III. Título.<br />

CDD. 634.772<br />

Catalogação: Biblioteca Setorial Campus de Janaúba


BRUNO VINÍCIUS CASTRO GUIMARÃES<br />

REGRESSÃO LINEAR SIMPLES E MÚLTIPLA PARA PREDIÇÃO DE<br />

COLHEITA EM BANANEIRAS TIPO PRATA<br />

Dissertação apresentada à Universidade<br />

Estadual de Montes Claros, como parte das<br />

exigências do Programa de Pós-Graduação em<br />

Produção <strong>Vegetal</strong> <strong>no</strong> Semiárido, área de<br />

concentração em Produção <strong>Vegetal</strong> para<br />

obtenção do título de “Magister Scientiae”.<br />

APROVADA em 21 de <strong>no</strong>vembro de 2011.<br />

Prof. Dr. Victor Martins Maia<br />

UNIMONTES (Orientador)<br />

Prof. Dr. Sérgio L. R. Donato<br />

IF Baia<strong>no</strong> (Coorientador)<br />

Prof. Dr. Ignacio Aspiazú<br />

UNIMONTES<br />

Dra. Maria G. V. Rodrigues<br />

EPAMIG / URENM<br />

JANAÚBA<br />

MINAS GERAIS - BRASIL<br />

2011


DEDICATÓRIA<br />

A toda minha família, irmãos, Maycon Murilo e Gabryella, ao meu pai,<br />

Marconde Teixeira Guimarães, e a minha super mãe, Luzia do Socorro <strong>Castro</strong><br />

Guimarães, guerreira incansável.<br />

Especialmente à minha esposa, Ana Maria Alves Abreu, por ter suportado a<br />

distância e as dificuldades associadas a minha ausência e, principalmente, pelo<br />

amor, carinho e dedicação a <strong>no</strong>ssa família.<br />

Aos meus queridos filhos que estão por vir.<br />

DEDICO


AGRADECIMENTOS<br />

A Deus, em primeiro lugar, pelo Dom da vida e pela oportunidade de fazer feliz<br />

aqueles que amo.<br />

À Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, Campus Vitória da<br />

Conquista, onde iniciei minha formação continuada como alu<strong>no</strong> especial do<br />

Mestrado.<br />

À Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES, Campus Janaúba,<br />

por oferecer um curso de qualidade e corpo docente competente e dedicado.<br />

Ao Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia - INPA, Campus Manaus, pela<br />

autorização e possibilidade de realizar duas disciplinas obrigatórias: Estatística<br />

Experimental e Seminário de Área II, respectivamente sob responsabilidade das<br />

professoras, Suely Souza e Eliana Feldeberg, figuras ilustres e capazes.<br />

Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tec<strong>no</strong>logia Baia<strong>no</strong>, Campus<br />

Guanambi, nas representações sequenciais dos professores Ariomar Rodrigues e<br />

Carlos Elízio Cotrim, pela oportunidade do Ensi<strong>no</strong> - Professor colaborador e<br />

Pesquisa na área experimental dessa unidade.<br />

Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tec<strong>no</strong>logia do Amazonas, Campus<br />

São Gabriel da Cachoeira, na pessoa das professoras Francinete e Josiani, pelo<br />

apoio, confiança e votos oferecidos na conclusão deste curso.<br />

À EMBRAPA Mandioca e Fruticultura Tropical, especialmente ao Dr. Eugênio<br />

Ferreira Coelho e Dr. Maurício Antônio Coelho, pela importante contribuição e<br />

suporte na unidade experimental.


À Epamig/URENM (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas<br />

Gerais/Unidade Regional Epamig, Norte de Minas Gerais), na pessoa da Dra.<br />

Maria Geralda Rodrigues, pela importante participação neste trabalho.<br />

Ao Dr. Victor Martins Maia, pela orientação e confiança em <strong>no</strong>sso desempenho.<br />

Ao Dr. Sérgio Luiz Rodrigues Donato, grande responsável e exemplo de<br />

competência, por quem tenho grande admiração e respeito, coorientador<br />

imprescindível <strong>no</strong> sucesso desta obra.<br />

À minha esposa, Ana Maria, pela força, coragem, carinho, apoio, compreensão e<br />

amor incondicional.<br />

Aos meus familiares; avós, Marieta e Lita; tias, Marliete e Marli, pelo amor e<br />

estímulo proporcionados nesta vitória.<br />

Aos colegas e professores, fontes inspiradoras, em especial a Sérgio Donato,<br />

Rosa Ho<strong>no</strong>rato, Carlos Cotrim, João Abel, Socorro Mercês, Sandro Correia,<br />

Anselmo Eloi, Hugo Andrade, Ignacio Aspiazú, Paulo Emílio, Paulo Santos,<br />

Verbenes Azevedo, Alexandro Arantes e Abel Rebouças, pelo exemplo e modelo<br />

de sucesso <strong>no</strong> meio acadêmico.<br />

Ao colega Pedro Ricardo Rocha Marques, pela colaboração.<br />

Aos amigos e funcionários do IFET: José Roberto, Luis Rogério, Davi Araújo,<br />

Izabel Silva, Normélia Mercês, Gildázio O<strong>no</strong>fre, Salza, Marlon e Letícia, pela<br />

amizade e apoio sem medidas nesta conquista.<br />

Muito Obrigado.


SUMÁRIO<br />

LISTA DE TABELAS............................................................................................i<br />

LISTA DE FIGURAS..........................................................................................iii<br />

RESUMO..............................................................................................................iv<br />

ABSTRACT..........................................................................................................vi<br />

1 – INTRODUÇÃO...............................................................................................1<br />

2 – REFERENCIAL TEÓRICO..........................................................................5<br />

2.1 A cultura da bananeira <strong>no</strong> Brasil.......................................................................5<br />

2.2 ‘Prata-Anã’........................................................................................................5<br />

2.3 Híbrido BRS Platina..........................................................................................6<br />

2.4 Comportamento fitotécnico da ‘Prata-Anã’ e da ‘BRS Platina’.......................8<br />

2.5 Análises Estatísticas..........................................................................................9<br />

2.5.1 Correlação......................................................................................................9<br />

2.5.2 Regressão linear...........................................................................................12<br />

2.5.2.1 Regressão linear simples...........................................................................13<br />

2.5.2.2 Regressão linear múltipla..........................................................................14<br />

2.5.2.3 Coeficiente de determinação.....................................................................16<br />

2.5.3 Modelos de predição....................................................................................16<br />

3 – MATERIAL E MÉTODOS..........................................................................20<br />

3.1 Condições experimentais.................................................................................20<br />

3.2 Amostragem de plantas...................................................................................20<br />

3.3 Avaliações.......................................................................................................21<br />

3.3.1 Características vegetativas avaliadas............................................................21<br />

3.3.2 Características de rendimento do cacho.......................................................22<br />

3.3.3 Características de rendimento da penca.......................................................23<br />

3.4 Procedimentos estatísticos...............................................................................23


3.4.1 Estatísticas descritivas: médias e desvios-padrão........................................23<br />

3.4.2 Análise de correlação...................................................................................24<br />

3.4.3 Análise de regressão.....................................................................................24<br />

3.4.3.1 Regressão linear múltipla.........................................................................25<br />

3.4.3.2 Regressão linear simples...........................................................................26<br />

4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................28<br />

4.1 Características médias dos genótipos de bananeira tipo Prata, ‘Prata-Anã’ e<br />

‘BRS Platina’.........................................................................................................30<br />

4.2 Correlações fe<strong>no</strong>típicas entre massas do cacho e das pencas e características<br />

vegetativas.............................................................................................................34<br />

4.3 Correlações fe<strong>no</strong>típicas entre massas do cacho e das pencas e características<br />

de rendimento........................................................................................................37<br />

4.4 Predição de colheita utilizando modelos de regressão linear simples e múltipla<br />

em bananeiras tipo Prata........................................................................................46<br />

4.4.1 Estimativas de equações de predição para colheita em função das variáveis<br />

vegetativas.............................................................................................................46<br />

4.4.2 Estimativas de equações de predição para colheita em função das variáveis<br />

de rendimento........................................................................................................53<br />

5 – CONCLUSÕES.............................................................................................68<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................69


LISTA DE TABELAS<br />

TABELA 1. Médias e desvios-padrão das características vegetativas de<br />

bananeiras 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, Guanambi, BA, 2009.............................31<br />

TABELA 2. Médias e desvios-padrão de características de rendimento de<br />

bananeiras 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, Guanambi, BA, 2009.............................32<br />

TABELA 3. Médias e desvios-padrão de características de rendimento da<br />

primeira à quinta penca de bananeiras 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, Guanambi,<br />

BA, 2009...............................................................................................................32<br />

TABELA 4. Médias e desvios-padrão de características de rendimento da sexta<br />

à décima penca de bananeiras 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, Guanambi, BA,<br />

2009.......................................................................................................................33<br />

TABELA 5. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa do cacho e<br />

características vegetativas em bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e ‘BRS<br />

Platina’..................................................................................................................34<br />

TABELA 6. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa das pencas e<br />

características vegetativas em bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e ‘BRS<br />

Platina’..................................................................................................................35<br />

TABELA 7. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa do cacho e<br />

outras características de rendimento em bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e ‘BRS<br />

Platina’..................................................................................................................38<br />

TABELA 8. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa do cacho e as<br />

massas individuais da primeira à décima penca em bananeiras tipo Prata, 'Prata-<br />

Anã' e ‘BRS Platina’.............................................................................................42<br />

TABELA 9. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa das pencas e as<br />

massas individuais da primeira à décima penca em bananeiras tipo Prata, 'Prata-<br />

Anã' e ‘BRS Platina’.............................................................................................43<br />

TABELA 10. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa do cacho e as<br />

massas individuais dos frutos centrais da fileira externa de frutos da primeira à<br />

décima penca em bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e ‘BRS<br />

Platina’................................................................................................................. 44<br />

TABELA 11. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa das pencas e<br />

as massas individuais dos frutos centrais da fileira externa de frutos da primeira à<br />

décima penca em bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e ‘BRS<br />

Platina’................................................................................................................. 45<br />

i


TABELA 12. Modelos de predição para as massas do cacho e das pencas, em<br />

bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, em função do perímetro do<br />

pseudocaule ao nível do solo, Guanambi, BA, 2009............................................ 48<br />

TABELA 13. Componentes da equação de predição para massa do cacho da<br />

bananeira 'Prata-Anã', em função das características de<br />

rendimento............................................................................................................ 54<br />

TABELA 14. Componentes da equação de predição para massa das pencas da<br />

bananeira 'Prata-Anã', em função das características de<br />

rendimento............................................................................................................ 55<br />

TABELA 15. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa do cacho e<br />

características de rendimento para bananeira 'Prata-Anã'.................................... 57<br />

TABELA 16. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa das pencas e<br />

características de rendimento para a bananeira 'Prata-Anã'................................. 57<br />

TABELA 17. Componentes da equação de predição para massa do cacho da<br />

bananeira ‘BRS Platina’, em função das características de rendimento.............. 60<br />

TABELA 18. Componentes da equação de predição para massa das pencas da<br />

bananeira ‘BRS Platina’, em função dos características de rendimento.............. 60<br />

TABELA 19. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa do cacho ou a<br />

massa das pencas e características de rendimento para bananeira ‘BRS<br />

Platina’................................................................................................................. 62<br />

TABELA 20. Modelos de predição para as massas do cacho e das pencas, em<br />

bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, em função do número de<br />

pencas, Guanambi, BA, 2009............................................................................... 64<br />

ii


LISTA DE FIGURAS<br />

FIGURA 1. Planta de bananeira ‘Prata-Anã’, Guanambi, BA.............................28<br />

FIGURA 2. Cacho de bananeira 'Prata-Anã', Guanambi, BA..............................29<br />

FIGURA 3. Planta de bananeira ‘BRS Platina’, Guanambi, BA.........................29<br />

FIGURA 4. Cacho de bananeira ‘BRS Platina’, Guanambi, BA.........................30<br />

FIGURA 5. Massa do cacho em função do perímetro do pseudocaule ao nível do<br />

solo em bananeira 'Prata-Anã'. ..............................................................................49<br />

FIGURA 6. Massa das pencas em função do perímetro do pseudocaule ao nível<br />

do solo em bananeira 'Prata-Anã'. .........................................................................50<br />

FIGURA 7. Massa do cacho em função do perímetro do pseudocaule ao nível do<br />

solo em bananeira ‘BRS Platina’...........................................................................52<br />

FIGURA 8. Massa das pencas em função do perímetro do pseudocaule ao nível<br />

do solo em bananeira ‘BRS Platina’......................................................................53<br />

FIGURA 9. Massa do cacho em função do número de pencas em bananeira<br />

'Prata-Anã'. ............................................................................................................65<br />

FIGURA 10. Massa das pencas em função do número de pencas em bananeira<br />

'Prata-Anã'. ............................................................................................................65<br />

FIGURA 11. Massa do cacho em função do número de pencas em bananeira<br />

'BRS Platina'. .........................................................................................................66<br />

FIGURA 12. Massa das pencas em função do número de pencas em bananeira<br />

'BRS Platina'. .........................................................................................................66<br />

iii


RESUMO<br />

GUIMARÃES, <strong>Bru<strong>no</strong></strong> Vinícius <strong>Castro</strong>. Regressão Linear simples e múltipla<br />

para predição de colheita em bananeiras tipo Prata. 2011. 99 p. Dissertação<br />

(Mestrado em Produção <strong>Vegetal</strong> <strong>no</strong> Semiárido) – Universidade Estadual de<br />

Montes Claros, Janaúba, MG 1 .<br />

Uma das demandas da Ciência Agronômica é gerar modelos de simulação de<br />

crescimento e desenvolvimento. Na bananicultura, este conhecimento possibilita<br />

a estimativa da produção de uma determinada planta a partir de outros atributos,<br />

que preferencialmente devem ser de aplicação prática, fácil determinação, com<br />

uso de instrumentos simples, e com antecedência à colheita, o que subsidia uma<br />

programação de colheita eficiente. Este trabalho objetivou ajustar modelos de<br />

regressão para predição da colheita em bananeiras tipo Prata. O experimento<br />

consistiu-se de plantas e cachos de um bananal conduzido em Guanambi, BA,<br />

com os genótipos Prata-Anã (AAB) e BRS Platina (AAAB), plantados <strong>no</strong><br />

espaçamento de 3,0 m x 2,5 m, com irrigação. As mensurações das características<br />

vegetativas e de rendimento foram procedidas em 98 plantas de 'Prata-Anã' e 96<br />

plantas de ‘BRS Platina’, amostradas ao acaso. Determinaram-se as médias,<br />

desvios-padrão, correlação e regressão para estimativa dos modelos de predição<br />

de colheita. Estimaram-se modelos de regressão linear simples, considerando<br />

como variáveis independentes as com maiores coeficientes de correlação com as<br />

massas do cacho e das pencas. Ajustaram-se também modelos de regressão linear<br />

múltipla pelo procedimento de eliminação indireta Backward elimination<br />

utilizando como variáveis independentes características de rendimento com<br />

maiores coeficientes de correlação. Os modelos de regressão linear simples<br />

estimam com me<strong>no</strong>r precisão as massas do cacho (MCA) e das pencas (MPE)<br />

com base <strong>no</strong> perímetro do pseudocaule mensurado ao nível do solo, para<br />

bananeiras 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’. Os modelos de regressão linear múltipla<br />

estimam com adequada precisão as massas do cacho e das pencas a partir das<br />

variáveis independentes número de frutos e massa do fruto da quarta penca para<br />

'Prata-Anã' e número de frutos e massa do fruto da quinta penca para ‘BRS<br />

Platina’. Os modelos de regressão linear simples possibilitam predição das<br />

massas do cacho e das pencas em função do número de pencas (NPE), com<br />

melhor precisão, para ambos os genótipos e com antecedência de pelo me<strong>no</strong>s 120<br />

dias à colheita. Sendo as seguintes equações para a 'Prata-Anã': MCA = -10,0485<br />

+ 3,07985**NPE; r² = 0,99, e, MPE = -12,3804 + 3,55401**NPE; r² = 0,99.<br />

1 Comitê orientador: Prof. Dr. Victor Martins Maia (Orientador) – UNIMONTES; Prof. Dr. Sérgio<br />

Luiz Rodrigues Donato (Coorientador) – IF Baia<strong>no</strong>.<br />

iv


Para ‘BRS Platina’ as equações foram MCA = -1,36638 + 3,01573**NPE; r² =<br />

0,97 e MPE = -2,73380 + 2,87825**NPE; r² = 0,97. Os valores dos coeficientes<br />

de determinação para os modelos ajustados asseguram a consistência das<br />

regressões para a estimativa da produção em bananeiras tipo Prata.<br />

Palavras-chave: Estimativa de colheita, genótipos AAB e AAAB, modelos de<br />

regressão.<br />

v


ABSTRACT<br />

Guimarães, <strong>Bru<strong>no</strong></strong> Vinicius <strong>Castro</strong>. Simple and multiple linear regressions to<br />

predict harvest of banana type 'Prata'. 2011. 98 p. Dissertation (Master’s<br />

degree in Plant Production in Semiarid) - Universidade Estadual de Montes<br />

Claros, Janaúba, MG. 2<br />

One of the demands of Agricultural Science is to generate simulation models for<br />

growth and development. In banana crop, this k<strong>no</strong>wledge makes possible to<br />

estimate the production of a certain plant from other attributes, which should<br />

preferably be of practical application, easy determination, with use of simple<br />

tools, and prior to harvest, which subsidizes an effective harvest program. This<br />

study aimed to adjust regression models for predicting harvest of banana type<br />

’Prata’. The experiment consisted of trees and bunches of of banana conducted in<br />

Guanambi, BA, with ge<strong>no</strong>types Prata-Anã (AAB) and ‘BRS Platina’ (AAAB),<br />

planted in a spacing of 3.0 m x 2.5 m, under irrigation. Measurements of<br />

vegetative and yield characteristics were performed in 98 ’Prata-Anã' plants and<br />

96 ‘BRS Platina’ one at random We determined the means and standard<br />

deviations, correlation and regression to estimate the harvest prediction models.<br />

We estimated simple linear regression models, considering as independent<br />

variables those with the highest correlation coefficients with bunch and hands<br />

masses. They were also adjusted multiple linear regression models by backward<br />

elimination using as independent variables yield characteristics with higher<br />

coefficients of correlation. The models of simple linear regression esteem with<br />

lesser accuracy the masses of bunches (MCA) and hands (MPE) based on<br />

pseudostem perimeter measured at level of the soil for 'Prata-Anã’ and ‘BRS<br />

Platina' bananas. The models of multiple linear regression esteem with adequate<br />

accuracy the masses of bunches and hands from the independent variables<br />

number of fruits and fruit mass of the fourth hand for ' ‘Prata-Anã’ and number of<br />

fruits and fruit mass of the fifth hand for ‘BRS Platina’. The models of simple<br />

linear regression make possible prediction of the masses of bunches and hands, in<br />

function of the number of hands (NPE), with better accuracy, for both the<br />

ge<strong>no</strong>types and with antecedence of at least 120 days to harvest. Being the<br />

2 Guidance Committee: Prof. DSc. Victor Martins Maia (Adviser) – UNIMONTES; Prof. DSc.<br />

Sérgio Luiz Rodrigues Donato (Co-adviser) – IF Baia<strong>no</strong>.<br />

vi


following equations for ‘Prata-Anã’: MCA = -10.0485 + 3.07985**NPE; r² =<br />

0.99, and, MPE = -12.3804 + 3.55401**NPE; r² = 0.99. For ‘BRS Platina’, the<br />

equations were MCA = -1.36638 + 3.01573**NPE; r² = 0.97 and MPE = -<br />

2.73380 + 2.87825**NPE; r² = 0.97. The values of determination coefficients for<br />

the adjusted models assure the consistency of the regressions to estimate<br />

production of banana trees type ‘Prata’.<br />

Keywords: harvest estimation, AAAB and AAB ge<strong>no</strong>types, regression models.<br />

vii


1 - INTRODUÇÃO<br />

A bananeira (Musa spp.) é a maior mo<strong>no</strong>cotiledônea herbácea cultivada<br />

<strong>no</strong> mundo, pertence à classe Liliopsida, subclasse Liliidae, superordem Lilinae,<br />

ordem Zingiberales (Scitamineae), família Musaceae, subfamília Musoideae,<br />

gênero Musa, seção Eumusa (SILVA et al., 2002) originada de cruzamentos<br />

interespecíficos entre Musa acuminata Colla e Musa balbisiana Colla. Apresenta<br />

caracteres das duas espécies e três níveis de ploidia, existindo diploides (2n) com<br />

22 cromossomos, triploides (3n) com 33 cromossomos e tetraploides (4n) com 44<br />

cromossomos, sendo que o número básico de cromossomos é 11 (SIMMONDS,<br />

1973; SHEPHERD, 1984).<br />

Ao longo dos séculos, a cultura se expandiu e atualmente é cultivada em<br />

mais de 120 países, destacando a banana como a fruta mais consumida <strong>no</strong> mundo<br />

(CORDEIRO & MOREIRA, 2006). Ela é considerada um importante alimento,<br />

em razão da sua composição química e conteúdo em vitaminas e minerais,<br />

principalmente potássio. Constitui elemento importante na alimentação, não só<br />

pelo alto valor nutritivo, mas também pelo baixo custo (IBRAF, 2005).<br />

A produção mundial de bananas em 2009 foi de 97,4 milhões de<br />

toneladas, colhidas em uma área de 4,9 milhões de hectares. O Brasil foi o quinto<br />

maior produtor, com cerca de sete milhões de toneladas, perdendo para a Índia,<br />

que registrou 27 milhões de toneladas; as Filipinas, com 9,01 milhões de<br />

toneladas; a China, que produziu 9 milhões de toneladas, e o Equador, com 7,64<br />

milhões de toneladas nesse período (FAO, 2011).<br />

Em 2009 o Brasil produziu 6,78 milhões de toneladas de banana em uma<br />

área de 479.614 hectares. A região Nordeste participou com 37,28% dessa<br />

produção, o equivalente a 2,53 milhões de toneladas colhidas em 196.391<br />

hectares. O Sudeste ficou em segundo lugar com 2,23 milhões de toneladas<br />

(134.905 ha) e participação de 32,88%, seguido do Sul com 53.113 hectares de<br />

1


área colhida e produção de 975,52 mil toneladas, o que corresponde a 14,38% do<br />

volume total (IBGE, 2009).<br />

A Bahia é o segundo maior produtor brasileiro, com 1.015.505 toneladas<br />

produzidas em 65.487 hectares, em 2009. Perde apenas para São Paulo que<br />

produziu, <strong>no</strong> mesmo período, 1.257.539 toneladas em 53.078 hectares. Santa<br />

Catarina fica em terceiro lugar com 624.204 toneladas (30.922 ha). Minas Gerais<br />

e Pará ocupam a quarta e quinta colocações <strong>no</strong> ranking da produção nacional de<br />

banana, registrando 620.93 mil toneladas (39.194 ha) e 501.34 mil toneladas<br />

(38.925 ha), respectivamente (IBGE, 2009).<br />

Cabe ressaltar que o setor de fruticultura está entre os principais<br />

geradores de renda, emprego e de desenvolvimento rural do agronegócio nacional<br />

(BRASIL/MAPA, 2007). Por conta de sua importância econômica, a<br />

bananicultura é motivo de interesse cada vez maior de pesquisadores <strong>no</strong> mundo<br />

inteiro (DANTAS & SOARES FILHO, 2006).<br />

Nesses estudos, <strong>no</strong>rmalmente, o pesquisador está interessado na<br />

identificação e seleção de genótipos superiores, que reúnam características<br />

desejáveis, como porte adequado, resistência às principais pragas e doenças, e<br />

adaptações a diferentes ecossistemas. Assim, a análise experimental aborda as<br />

características biométricas da planta (altura da planta, número de folhas,<br />

perímetro do pseudocaule) e do cacho (massa do cacho, número de pencas,<br />

número de frutos por cacho, comprimento e diâmetro dos frutos) (SILVA et al.,<br />

2000), por serem quantitativos, fáceis de mensurar, podem estar sobre controle<br />

poligênico, sofrem influência ambiental, têm importância econômica direta e<br />

indireta e, a maior parte deles apresenta correlação significativa entre si (ORTIZ,<br />

1997; DONATO et al., 2006a).<br />

Dessa forma, a análise do comportamento e expressão dos vegetais é de<br />

amplo interesse àqueles que se dedicam à pesquisa em produção vegetal, sendo<br />

de grande aplicação e essencial para o planejamento adequado das atividades<br />

2


agrícolas. Assim, diversos estudos estatísticos, modelos lineares e não lineares,<br />

têm sido desenvolvidos com o propósito de obter informações futuras e descrever<br />

o crescimento do vegetal ao longo do tempo (URCHEI et al., 2000;<br />

HERNÁNDEZ et al., 2007; MAIA, 2009).<br />

Nesse contexto, inúmeros autores fazem uso de modelos de predição para<br />

diminuir ou driblar as interferências do meio biótico ou abiótico na expressão da<br />

variável de interesse econômico (CHIKOYE et al., 1995; DIELEMAN et al.,<br />

1995, 1996; BOSNIC & SWANTON, 1997a, 1997b; COUSENS, 1998). Além<br />

disso, os modelos de simulação constituem ferramentas estratégicas para estimar<br />

a duração de estádios de desenvolvimento vegetal, para escolher a época de<br />

plantio, para prever uma produção irregular e assim utilizar esses dados em<br />

programas de melhoramento genético (ROBERTO et al., 2005; STENZEL et al.,<br />

2006; BÍSCARO, 2007), sendo por isso, importante para melhoristas e<br />

produtores.<br />

Nessa perspectiva, observa-se a utilização de modelos matemáticos,<br />

também, para previsão da colheita em diversas culturas agrícolas (LE BAIL et al.,<br />

2005). Contudo, a modelagem matemática na estimativa de produção em<br />

bananeira é limitada e de baixa expressão na literatura. Nesse aspecto Meyer<br />

(1975) e Jaramillo (1982) descrevem estudos dessa natureza em cultivares tipo<br />

Cavendish na Costa Rica, e Soares (2010), <strong>no</strong> Brasil, ajustou modelos de predição<br />

de colheita para a cultivar Tropical.<br />

Ainda vale ressaltar que tão importante quanto à modelagem na<br />

agricultura é a aplicabilidade do modelo de predição. Dessa forma, o pesquisador<br />

que ajusta ou desenvolve o modelo estatístico de previsão também deve estar<br />

interessado na funcionalidade da equação. Assim, quanto mais simples e coerente<br />

for o método matemático maior será o sucesso na utilização <strong>no</strong> campo<br />

(WALPOLE et al., 2009).<br />

3


Nesse sentido, o estudo da regressão linear simples e múltipla pode ser<br />

utilizado para prever valores relacionados à colheita utilizando variáveis<br />

significativas e de alta correlação com a produção. O modelo de regressão linear<br />

é dito simples, porque utiliza apenas uma variável e, consequentemente, a<br />

regressão múltipla é composta por duas ou mais variáveis. Contudo, ambas<br />

podem ser ajustadas com variáveis de fácil determinação e por um método não<br />

destrutivo (JAME & CUTFORTH, 1996).<br />

Assim, justifica-se a importância de se identificar as variáveis que<br />

explicam parte da variação da produtividade por meio da modelagem matemática<br />

de estimativa da colheita, baseada em descritores agronômicos mensurados ao<br />

longo do ciclo da cultura. Nesse caso, o modelo matemático, desde que ajustado<br />

de forma funcional, permite aos envolvidos com a bananicultura, seja o<br />

pesquisador e/ou produtor, o planejamento e a organização das operações pré e<br />

pós-colheita. Além disso, vale destacar que os modelos de regressão podem<br />

apontar a necessidade de ajustes <strong>no</strong> manejo que permitam corrigir características<br />

que se apresentem desfavoráveis em determinado momento, principalmente para<br />

a safra seguinte, ciclo do seguidor.<br />

Inserido nesse contexto, este estudo tem por objetivo ajustar modelos de<br />

regressão linear simples e múltipla para predição da colheita em bananeiras tipo<br />

Prata, 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’.<br />

4


2-REFERENCIAL TEÓRICO<br />

2.1. A cultura da bananeira <strong>no</strong> Brasil<br />

A banana é uma das frutas tropicais mais importantes por constituir<br />

alimento básico tanto para a população das áreas rurais quanto das áreas urbanas<br />

(AZEVEDO et al., 2010) e é também a mais consumida <strong>no</strong> Brasil, seja por sua<br />

versatilidade em termos de modalidades de consumo (processada, frita, cozida, in<br />

natura) ou por suas características de sabor, aroma, higiene e facilidade de ser<br />

consumida (DONATO et al. 2006; MOREIRA & CORDEIRO, 2006).<br />

O considerável consumo per capita (FANCELLI, 2003) indica a elevada<br />

demanda pelo produto <strong>no</strong> mercado doméstico (DANTAS et al., 1997;<br />

MATSUURA et al., 2004). A facilidade de divulgação da fruta junto ao<br />

consumidor, o preço acessível e a produção contínua são aspectos que contribuem<br />

para a alta demanda pela fruta (VIEIRA, 2010).<br />

As variedades de bananeira mais cultivadas <strong>no</strong> país são as do tipo Prata<br />

(Prata, Pacovan e Prata-Anã) — responsáveis por 60% da área cultivada —<br />

Maçã, Mysore, as do tipo Cavendish (Nanica, Nanicão e Grande Naine) —<br />

preferidas pelo mercado internacional —, e as do tipo Terra (Terra e D'Angola)<br />

(SILVA et al., 2002, 2002a; 2008), existindo ainda, outras variedades em me<strong>no</strong>r<br />

proporção, como as do tipo Figo ou Bluggoe, as do tipo Caru e do tipo Ouro<br />

(MOREIRA, 1999).<br />

2.2. ‘Prata-Anã’<br />

Pertencente ao grupo genômico AAB, a 'Prata-Anã' é uma variedade do<br />

tipo Prata e ocupa a maior área cultivada entre as regiões Sudoeste da Bahia,<br />

Médio São Francisco e Norte de Minas Gerais, com frutos bem aceitos <strong>no</strong><br />

5


mercado inter<strong>no</strong> (DONATO et al., 2009; RODRIGUES et al., 2011). Também<br />

conhecida como 'Enxerto' ou 'Prata de Santa Catarina', apresenta as pencas mais<br />

juntas que as da 'Prata', com frutos do mesmo sabor (doce a suavemente ácido) e<br />

com pontas em formato de gargalo de garrafa (MOREIRA & CORDEIRO, 2006).<br />

Variedade mais cultivada <strong>no</strong> Brasil, a Prata-Anã é popularmente<br />

confundida com a cultivar Branca, pois suas diferenças são sutis. Em relação à<br />

'Branca', a 'Prata-Anã' apresenta me<strong>no</strong>r tamanho do cacho, maior botão floral,<br />

folhas mais largas, casca mais grossa, paladar mais definido e adocicado, maior<br />

perímetro do pseudocaule, bananas mais longas e com maior diâmetro na colheita<br />

(MOREIRA & CORDEIRO, 2006).<br />

A planta dessa cultivar é bastante vigorosa, com porte médio a baixo (2,0<br />

a 3,5 m), apresenta bom potencial de produtividade em condições de irrigação,<br />

podendo atingir entre 30 e 35 t ha -1 ciclo -1 (SILVA et al., 1999a) ou mais. Tem<br />

boa capacidade de competição com plantas daninhas e alta resistência à broca da<br />

bananeira e nematoides, mas é medianamente suscetível à Sigatoka-amarela e<br />

altamente suscetível à Sigatoka-negra, causadas respectivamente por<br />

Mycosphaerella musicola, Leach e Mycosphaerella fijiensis Morelet (ZAFFARI,<br />

1995) e também ao mal-do-Panamá, Fusarium oxysporium f. sp. Cubense, que<br />

tem prejudicado seu cultivo em diversas regiões do Brasil (LICHTEMBERG,<br />

2006), principalmente em algumas regiões do Norte de Minas Gerais em que<br />

constitui a principal variedade plantada (RODRIGUES et al., 2011).<br />

2.3. Híbrido BRS Platina<br />

‘BRS Platina’ é um híbrido tetraploide (AAAB) desenvolvido pela<br />

EMBRAPA Mandioca e Fruticultura em parceria com o Instituto Federal Baia<strong>no</strong><br />

Campus Guanambi e a Epamig Norte de Minas Gerais (AMORIM et al., 2011). É<br />

derivada do cruzamento da 'Prata-Anã' (AAB) com o diploide M53 (AA).<br />

6


Anteriormente ao pré-lançamento era de<strong>no</strong>minada como PA42-44. Destaca-se,<br />

em relação à genitora, como genótipo promissor por apresentar resistência ao<br />

mal-do-Panamá e Sigatoka-amarela (SILVA et al., 2008), maior precocidade e<br />

superioridade das dimensões do fruto como massa, comprimento e diâmetro<br />

(LINS, 2005; DONATO et al., 2006, 2009; MARQUES et al., 2011).<br />

Pimentel et al. (2010) observaram que os frutos se apresentam mais<br />

maduros <strong>no</strong>s mesmos índices de coloração em relação à ‘Prata-Anã’. Sua<br />

produtividade é semelhante à da 'Prata-Anã' e o maior tamanho compensa o<br />

me<strong>no</strong>r número de pencas em relação à sua genitora (DONATO et al., 2009). O<br />

formato pla<strong>no</strong> das pencas facilita a embalagem (DONATO, 2003), embora possa<br />

apresentar pencas muito grandes, a depender do manejo, principalmente de<br />

adubação.<br />

Este genótipo apresenta bom perfilhamento, porte médio e características<br />

tanto de desenvolvimento quanto de rendimento próximas às da ‘Prata-Anã’. Sua<br />

produtividade média é de 20 t ha -1 ciclo -1 . Sob condições de boa fertilidade de<br />

solo, apresenta rendimento médio de até 40 t ha -1 a<strong>no</strong> -1 (SILVA et al., 2008).<br />

A principal desvantagem apresentada por esse genótipo comentada por<br />

diferentes autores (DONATO, 2003; LIMA et al., 2004; LINS, 2005; DONATO<br />

et al., 2006) é a susceptibilidade ao despencamento, o que pode resultar em alta<br />

perecibilidade pós-colheita (PIMENTEL et al., 2010), com consequências para o<br />

seu valor comercial e sua aceitação pelos consumidores.<br />

A despeito dessas afirmações, Oliveira (2010) constatou que o genótipo<br />

BRS Platina possui sabor e textura próximos aos da ‘Prata-Anã’, diferindo<br />

levemente quanto ao aroma e aparência, este último devido ao maior<br />

comprimento e massa do fruto. Pimentel et al. (2010) comprovaram que as<br />

características sensoriais dos genótipos são similares quanto à preferência. As<br />

avaliações físico-químicas indicaram pouca variação entre a 'Prata-Anã' e ‘BRS<br />

Platina’ para as características pH, Acidez Titulável e Sólidos Solúveis<br />

7


(OLIVEIRA, 2010). Esse estudo também indicou que a ‘Prata-Anã’ e a ‘BRS<br />

Platina’ enquadraram nas mesmas classes de resistência ao despencamento dos<br />

frutos conforme Pereira et al. (2004), suscetíveis ao despencamento (< 20 N)<br />

quando armazenadas a 25 o C, com valores similares estatisticamente, de 19,66 N<br />

para a 'Prata-Anã' e 17,43 N para ‘BRS Platina’, e medianamente resistentes (20-<br />

60 N), quando à temperatura de 15 o C, com valores estatisticamente diferentes de<br />

28,34 N para a 'Prata-Anã' e 39,83 N para ‘BRS Platina’. Entretanto, Pimentel et<br />

al. (2010) verificaram, com bananas armazenadas a 22 o C, maior resistência ao<br />

despencamento para a 'Prata-Ana'. Pereira et al. (2004) classificam a banana<br />

‘Prata-Ana’ como medianamente resistente ao despencamento por apresentar<br />

valores médios de 45,2 N. Pimentel et al. (2010) e Oliveira (2010) comprovaram<br />

que a 'Prata-Anã' apresenta maior firmeza da polpa que a ‘BRS Platina’.<br />

2.4. Comportamento fitotécnico da 'Prata-Anã' e da ‘BRS Platina’<br />

Rodrigues et al. (2006) avaliaram variedades e híbridos da bananeira<br />

'Prata-Anã' cultivados <strong>no</strong> semiárido irrigado do <strong>no</strong>rte de Minas Gerais quanto ao<br />

porte e qualidade da produção em três ciclos. A 'Prata-Anã' apresentou alta<br />

precocidade e o maior valor na constância <strong>no</strong> número de folhas vivas <strong>no</strong><br />

momento da colheita <strong>no</strong>s dois primeiros ciclos.<br />

Ao analisar o comportamento de variedades e híbridos de bananeira,<br />

Donato et al. (2006) constataram que a variedade Prata-Anã se destacou <strong>no</strong><br />

caráter número de folhas vivas <strong>no</strong> florescimento e na colheita, enquanto seu<br />

híbrido, BRS Platina, apresentou melhores resultados nas características<br />

relacionadas às dimensões dos frutos (comprimento, diâmetro e massa) quando<br />

comparado à sua genitora.<br />

Em trabalho realizado em Petrolina (PE), Lima et al. (2004) obtiveram,<br />

para o caráter número de folhas vivas <strong>no</strong> florescimento, média de 15 para a<br />

8


'Prata-Anã' e 14 para ‘BRS Platina’; o número de folhas vivas na colheita foi de<br />

10 e 8 unidades, respectivamente; a altura <strong>no</strong> primeiro ciclo foi de 239 cm para a<br />

primeira e 228 cm para o híbrido; o diâmetro do pseudocaule foi de 19,73 cm e<br />

19,06 cm, na mesma ordem.<br />

Donato et al. (2009) também verificaram manutenção do caráter altura da<br />

genitora 'Prata-Anã' <strong>no</strong> híbrido BRS Platina — ambas as cultivares não diferiram<br />

estatisticamente <strong>no</strong>s dois ciclos de produção —, confirmando as constatações<br />

feitas por Donato et al. (2006) e Oliveira et al. (2008). O número de folhas <strong>no</strong><br />

florescimento da ‘BRS Platina’ e 'Prata-Anã' não diferiu <strong>no</strong>s dois ciclos de<br />

produção. Os resultados assemelham-se aos obtidos por Donato et al. (2006,<br />

2009) e Marques et al. (2011), que comprovaram a superioridade da 'Prata-Anã'<br />

quanto ao número de folhas <strong>no</strong> florescimento.<br />

No trabalho de Donato et al. (2009), a cultivar Prata-Anã, embora mais<br />

suscetível à Sigatoka-amarela, apresentou mais folhas comparada ao híbrido,<br />

provavelmente em razão da baixa incidência da doença <strong>no</strong> local. Na avaliação de<br />

Sigatoka-amarela <strong>no</strong> florescimento, o híbrido BRS Platina se mostrou mais<br />

resistente, sem apresentar sintomas da doença <strong>no</strong>s dois ciclos, diferindo<br />

significativamente das outras cultivares. A 'Prata-Anã' foi a mais suscetível,<br />

enquanto os demais híbridos, todos derivados da mesma genitora, foram<br />

moderadamente resistentes.<br />

Diversos autores comprovaram superioridade <strong>no</strong> número de pencas e<br />

frutos para a ‘Prata-Anã’ e <strong>no</strong> comprimento, diâmetro e massa do fruto para a<br />

‘BRS Platina’ (DONATO et al., 2006, 2009; OLIVEIRA, 2010; MARQUES et<br />

al., 2011). A massa do fruto é um caráter importante para os trabalhos de<br />

melhoramento, e deve ser considerada associada a outros componentes que<br />

refletem a qualidade dos frutos, como o comprimento e o diâmetro destes. O<br />

estudo de Donato et al. (2006) registrou frutos de 155,80 gramas <strong>no</strong> primeiro<br />

ciclo e 158,43 g <strong>no</strong> segundo ciclo <strong>no</strong> caso da 'Prata-Anã', e 174,22 g e 180,64 g<br />

9


para a ‘BRS Platina’, respectivamente.O comprimento do fruto apresentou média<br />

de 16,58 cm para a 'Prata-Anã' <strong>no</strong> primeiro, e 18,79 cm <strong>no</strong> segundo ciclo; para a<br />

‘BRS Platina’, médias de 18,82 cm e 20,32 cm. Esses resultados confirmam a<br />

constatação de Silva et al. (2002a) de que a massa de frutos em híbridos é sempre<br />

superior ao das cultivares genitoras femininas.<br />

Analisando o comprimento e o diâmetro lateral dos frutos para as bananas<br />

tipo Prata, e tomando como base sua classificação apresentada <strong>no</strong> Manual<br />

Ilustrado do Ministério da Integração Nacional, publicado em 2000, pode-se<br />

afirmar, com relação a esses caracteres, que os genótipos Prata-anã e BRS Platina<br />

avaliados enquadram-se <strong>no</strong> tipo exportação (DONATO et al. 2006; OLIVEIRA,<br />

2010). O diâmetro do fruto é <strong>no</strong>rmalmente usado para indicar o ponto de colheita,<br />

desde que se conheçam as características de cada genótipo. Frutos que não<br />

atingem o comprimento e o diâmetro mínimos são descartados na<br />

comercialização (JARAMILLO, 1982; MOREIRA, 1999; SOTO<br />

BALLESTERO, 2008).<br />

2.5. Análises estatísticas<br />

2.5.1. Correlação<br />

As correlações entre os caracteres observadas em ensaios experimentais<br />

são de natureza genética e ambiental (VENCOVSKY & BARRIGA, 1992) e<br />

estimadas com o propósito de mensurar a alteração em um caráter quando a<br />

seleção é praticada em outro. Atributos morfológicos que exerçam efeitos na<br />

produção podem ser definidos por meio das correlações entre caracteres do<br />

desenvolvimento vegetativo e caracteres do cacho na bananeira Prata<br />

(SIQUEIRA,1984).<br />

As correlações entre massa do cacho e os caracteres altura da planta,<br />

perímetro do pseudocaule, número de folhas na colheita, número de frutos,<br />

10


comprimento do fruto, massa média do fruto e número de dias do plantio à<br />

colheita apresentam variações entre os ciclos dentro dos genótipos e entre os<br />

genótipos dentro dos ciclos, inclusive entre os híbridos e seus respectivos<br />

genitores (FLORES, 2000; DONATO et al., 2006a; ROCHA, 2010).<br />

Dadzie (1998), avaliando as características pós-colheita de um genótipo<br />

triploide e de híbridos tetraploides de bananeira, observou correlações<br />

predominantemente positivas e significativas entre a idade do cacho e a massa<br />

dos frutos, o comprimento dos frutos, o diâmetro dos frutos, a área do corte<br />

transversal e a relação entre a polpa e a casca.<br />

Diferentes trabalhos relacionando características vegetativas e<br />

reprodutivas em bananeira relatam a importância da correlação para os programas<br />

de melhoramento genético, recomendações de genótipos e estimativa de colheita<br />

(HASSELO, 1962; FERNANDEZ CALDAS et al., 1977; HOLDER & CUMBS,<br />

1982; SIQUEIRA, 1984; DONATO et al., 2006a; ARANTES et al., 2010;<br />

ROCHA, 2010). Em análise da produção, vários autores identificaram correlação<br />

positiva e significativa entre a massa do cacho e: o número de pencas por cacho<br />

(JARAMILLO, 1982), o perímetro do pseudocaule (VARGAS, 1983), o diâmetro<br />

do pseudocaule a 30 cm do solo (SIQUEIRA, 1984) e a altura da planta<br />

(FLORES, 2000).<br />

Apesar de diversos estudos de correlação desenvolvidos entre os<br />

descritores fe<strong>no</strong>típicos na cultura da bananeira (HASSELO, 1962; LOSSOIS,<br />

1963; FERNANDEZ-CALDAS et al., 1977; GARCIA et al., 1977; PÁDUA,<br />

1978; IUCHI et al., 1979; HOLDER & CUMBS, 1982; JARAMILLO, 1982;<br />

VARGAS, 1983; SIQUEIRA, 1984; LIMA NETO et al., 2003; DONATO et al.,<br />

2006a; ARANTES et al., 2010), a literatura carece de informação sobre a<br />

expressão dos caracteres vegetativos e de rendimento na produtividade final<br />

(RAHMAN & BALA, 2010).<br />

11


2.5.2. Regressão linear<br />

Os modelos de simulação expressam o comportamento da cultura em<br />

resposta às condições do ambiente, permitindo, dessa forma, o estudo e o<br />

entendimento do conjunto. O intuito é estimar o desempenho da cultura em<br />

diferentes áreas e situações, tomando como base a expressão dos mais diversos<br />

tipos de caracteres em relação ao produto de interesse, como relata Soares (2010).<br />

Assim, identificar, descrever e predizer as relações entre eventos que<br />

envolvem o desenvolvimento da bananeira cultivada é de fundamental<br />

importância. Uma das formas é encontrar modelos que relacionem variáveis que<br />

descrevam a realidade, avaliando a possível relação entre uma variável<br />

dependente com uma ou mais variáveis independentes. Isso pode ser conseguido<br />

pela utilização de modelos de regressão lineares (SOARES, 2010).<br />

A regressão linear é uma das classes de modelo utilizadas pelos<br />

pesquisadores na compreensão dos problemas de suas pesquisas, desempenhando<br />

papel importante em diferentes áreas do conhecimento. Devido à maior facilidade<br />

de cálculos, os modelos de regressão linear, como o poli<strong>no</strong>mial, são bastante<br />

utilizados na modelagem de crescimento de plantas em geral (CUNHA, 2011).<br />

A análise de regressão é um modelo comumente usado para se obter uma<br />

função de predição para estimar valores de uma variável resposta Y usando uma<br />

ou mais variáveis preditoras X 1 ,..., X k . No entanto, não se pode afirmar que a<br />

função estimada apresentará influência significativa da variável preditora sob a<br />

variável resposta. Dessa forma, faz-se necessária a utilização de procedimentos<br />

estatísticos para validar as estimativas dos coeficientes da equação de regressão.<br />

Assim, a análise de variância, teste F proposto por Fisher e Snedecor possibilita a<br />

avaliação e confiabilidade <strong>no</strong> modelo da equação (BATES & WATTS, 1988).<br />

Segundo Cunha (2011), um modelo estatístico apresenta os seguintes<br />

componentes básicos: resposta, erro, parâmetros e a parte sistemática. Sendo<br />

12


esses elementos organizados pela operação: Resposta = estrutura + erro, em que<br />

“Resposta” é a medida de interesse a ser obtida, geralmente representada pelo<br />

eixo das ordenadas; “estrutura” é a parte sistemática que contém os parâmetros e<br />

coeficientes do modelo, chamada de função média; o “erro” é a diferença entre a<br />

função média e as observações (SCHABENBERGER & PIERCE, 2002).<br />

De acordo com Montgomery et al. (2001), a regressão é definida como<br />

técnica estatística para modelar e investigar a relação entre variáveis. Weisberg<br />

(2005) defende que a regressão, assim como a maioria das técnicas estatísticas,<br />

tem como meta sumarizar os dados observados da forma mais simples, útil e<br />

elegante possível. Para Gujarati (2000) e Neter et al. (2005), a análise de<br />

regressão estuda a dependência da característica de interesse, em relação a uma<br />

ou mais variáveis, com o objetivo de estimar o valor médio da característica de<br />

interesse em função dos valores conhecidos das variáveis de controle.<br />

A análise de regressão é uma das ferramentas mais utilizadas para a<br />

análise de dados, sendo aplicada em quase todas as áreas de conhecimento,<br />

incluindo: engenharia, física, química, administração, ciências biológicas e<br />

agro<strong>no</strong>mia. A simplicidade e utilidade dessa técnica são resultantes do conceito<br />

lógico de utilizar uma equação matemática para expressar a relação entre<br />

variáveis, sendo interessante devido à base matemática e bem desenvolvida teoria<br />

estatística (MONTGOMERY et al., 2001).<br />

2.5.2.1. Regressão linear simples<br />

O modelo de regressão linear é dito simples, porque utiliza apenas uma<br />

variável independente. O diagrama de dispersão é a referência para a orientação<br />

do segmento de reta ou função linear, ou não. A regressão linear simples busca<br />

construir modelo estatístico que possa ser utilizado para prever os valores da<br />

13


variável resposta ou variável dependente Y , com base <strong>no</strong>s valores da variável<br />

regressora ou variável independente X (DRAPER & SMITH, 1981).<br />

O modelo de regressão linear simples (MRLS) é representado pela<br />

seguinte equação Y = β0 + β1Xi + εi (1). O termo ε é chamado de erro aleatório,<br />

sendo assumido como <strong>no</strong>rmal e independentemente distribuído, com média zero e<br />

variância constante e desconhecida ζ 2 . Essa suposição é importante para a<br />

estimação da reta de regressão e deve ser verificada posteriormente para a<br />

validação do modelo estimado (MONTGOMERY et al., 2001; NETER et al.,<br />

2005). Segundo Neter et al. (2005), a equação (1) é dita simples, pois representa a<br />

relação entre uma característica de interesse e uma variável de controle, é linear<br />

<strong>no</strong>s parâmetros, pois nenhum dos parâmetros aparece como expoente ou está<br />

sendo multiplicado ou dividido por outros parâmetros.<br />

Apesar da me<strong>no</strong>r participação <strong>no</strong>s estudos de modelagem em relação à<br />

regressão múltipla, o conceito de regressão linear simples tem sido aplicado em<br />

algumas fruteiras de maneira significativa e de alta magnitude, com coeficiente<br />

de determinação (r²) de 0,91 e 0,99, respectivamente para a cultura da manga cv.<br />

Haden (CASTRO NETO & REINHARDT, 2003) e para bananeiras Cavendish<br />

(JARAMILLO, 1982).<br />

2.5.2.2. Regressão linear múltipla<br />

As relações das variáveis são muito complexas e de difícil descrição em<br />

termos simples. Ainda assim, é possível, quase sempre, uma descrição<br />

aproximada por meio de algum modelo matemático, simples o bastante para ser<br />

compreendido. Examinando-se tais funções, é possível compreender ou descobrir<br />

as verdadeiras causas do relacionamento entre os diversos caracteres ou atributos<br />

pesquisados (DRAPER, 1981).<br />

14


Mesmo quando não existe relação perceptível entre tais caracteres, é<br />

possível relacioná-las por algum tipo de equação matemática que, mesmo<br />

parecendo, à primeira vista, sem significado, pode ser de grande utilidade na<br />

previsão de fenôme<strong>no</strong>s ou na antecipação de resultados que, de outro modo, só<br />

seriam conhecidos ao final de um processo (DRAPER, 1981).<br />

Na obtenção da equação de regressão surgem dois critérios de sentidos<br />

opostos: que a equação inclua o maior número de variáveis independentes, a fim<br />

de que as determinações por meio dela sejam mais precisas e que, em virtude do<br />

trabalho nas determinações, a equação inclua o me<strong>no</strong>r número de variáveis<br />

(RIBEIRO JÚNIOR, 2001).<br />

Vários procedimentos para seleção da melhor equação de regressão<br />

podem ser utilizados, porém, geralmente, eles não levam a semelhantes soluções<br />

quando aplicados aos mesmos dados; embora, em alguns casos, haja identidade<br />

de soluções: todas as regressões (all possible regression), seleção por etapas<br />

(stepwise regression procedure) e eliminação indireta (the backward elimination)<br />

(NUNES, 1998; RIBEIRO JÚNIOR, 2001).<br />

Soares (2010) utilizou o procedimento estatístico, de seleção por etapas,<br />

baseado <strong>no</strong> modelo stepwise regression procedure, para ajustar uma equação de<br />

predição da massa do cacho de bananeira cv. Tropical. Diversos modelos de<br />

predição de colheita foram ajustados pela regressão linear múltipla em várias<br />

culturas agrícolas, como algodão (SHAMIM & MAHEY, 1999); soja<br />

(FONTANA et al., 2000); tomate (MARIM et al., 2002); cana-de-açúcar<br />

(SCARPARI & BEAUCLAIR, 2004); pepi<strong>no</strong> (CARDOSO, 2006); morango<br />

(ANTUNES et al., 2006); laranja (STENZEL et al., 2006); milho (SOLER et al.,<br />

2007); arroz (STRECK et al., 2007); café (WYZYKOWSKI, 2009) e cana-deaçúcar<br />

(SCARPARI & BEAUCLAIR, 2009).<br />

15


2.5.2.3. Coeficiente de determinação<br />

O coeficiente de determinação R² é uma medida simples da variabilidade<br />

da característica de interesse que pode ser explicada pelo modelo estimado<br />

contendo as variáveis de controle X1, X2, ..., Xk (MONTGOMERY et al., 2001;<br />

WEISBERG, 2005): R 2 = SQReg/SQT = 1 – SQR/SQT em que: 0 ≤ R 2 ≤ 1,<br />

SQReg é a soma de quadrados da regressão, SQT é a soma de quadrados totais e<br />

SQR é a soma de quadrados dos resíduos.<br />

O R² fornece uma informação adicional para verificar se o modelo<br />

proposto é adequado para descrever o fenôme<strong>no</strong>, pois mede o quanto da variação<br />

da variável resposta, dependente, é explicada pela variável de controle,<br />

independente, através da equação de regressão ajustada. A qualidade do ajuste do<br />

modelo de regressão é melhor quanto mais próximo da unidade estiver o valor de<br />

R², ou seja, me<strong>no</strong>r é a influência atribuída às causas aleatórias medidas pelo erro<br />

ou pelo desvio da regressão (RIBEIRO JÚNIOR & MELO, 2009).<br />

2.5.3. Modelos de Predição<br />

A associação entre características agronômicas em bananeira é de<br />

fundamental importância para estimar a produção do cacho, podendo ser avaliada<br />

pelas correlações fe<strong>no</strong>típicas, genéticas e ambientais (VENCOVSKY &<br />

BARRIGA, 1992). Assim, as correlações entre os caracteres vegetativos e de<br />

rendimento possibilitam predizer a produção do cacho de uma determinada planta<br />

a partir de outros atributos. Ainda que apresente trabalhos relacionando caracteres<br />

de componentes da produção em diferentes genótipos de bananeira (MEYER,<br />

1975; JARAMILLO, 1982; DADZIE, 1998), a literatura carece de informações<br />

que permitam uma estimativa da massa do cacho a partir de alguns atributos<br />

medidos na fase da pré-colheita (SOARES, 2010).<br />

16


Diversas áreas da esfera agronômica convergem para a necessidade de<br />

desenvolver modelos de predição de crescimento vegetativo e de colheita com o<br />

propósito de detectar os fatores que possam limitar o cultivo, influenciando <strong>no</strong><br />

potencial produtivo das espécies, além de prever rendimentos em função das<br />

condições em que as plantas se desenvolvem. A explicação do crescimento de<br />

planta requer o conhecimento das respostas das plantas ao ambiente<br />

(HUANG,1993). Assim, esse conhecimento prévio pode indicar ajustes <strong>no</strong><br />

manejo da cultura da bananeira que possibilitem corrigir características que se<br />

apresentem desfavoráveis em determinado momento, principalmente para a safra<br />

seguinte, ciclo do seguidor.<br />

Dourado Neto (1998) afirma que um modelo de crescimento e<br />

desenvolvimento de plantas visa, entre outras finalidades, a obtenção de<br />

informações básicas das diversas interações entre a planta e o ambiente,<br />

maximizando o uso de recursos naturais de cada região, ou de uma determinada<br />

condição de cultivo, por programas experimentais. Contudo, os níveis<br />

experimentais são desenvolvidos para investigar um número muito limitado de<br />

variáveis. Dessa forma, os modelos de previsão são ferramentas úteis para<br />

expandir o conhecimento adquirido em experimentos de campo e/ou extrapolar os<br />

resultados para outras regiões (BANNAYAN et al., 2007).<br />

Assim, os modelos podem simular os efeitos de comportamento de<br />

genótipos, épocas de colheita, práticas de manejo, e quantificar a produção. No<br />

entanto, embora os modelos de simulação tenham grande aplicabilidade e custo<br />

inferior em relação aos experimentos convencionais, eles não podem ser<br />

considerados substitutos dos experimentos, e sim uma técnica que os<br />

complementa. A interação entre as plantas e o ambiente envolve uma<br />

complexidade de processos químicos, físicos e biológicos que, na maioria das<br />

vezes, não é contemplado pelos modelos. A fim de se obter melhor conhecimento<br />

das respostas da cultura ao ambiente, modelos de simulação são de grande<br />

17


eficiência para as áreas de sistemas cultivados, permitindo o estudo e o<br />

entendimento do conjunto, estimando o desempenho da cultura em diferentes<br />

áreas e situações (SOARES, 2010).<br />

Modelos de predição de culturas são desenvolvidos com base em<br />

conhecimento e pressupostos da morfofisiologia da planta e seu relacionamento<br />

com o ambiente. Esse conhecimento e relações, expressas como funções<br />

matemáticas, são integrados em conjunto para descrever sistema de produção. As<br />

aplicações vão desde a estimativa de colheita em pequenas propriedades rurais até<br />

a previsão de rendimentos em grande escala para uma agroindústria<br />

(BANNAYAN et al., 2003).<br />

Os modelos permitem analisar, detalhadamente, os diversos componentes<br />

da produção, possibilitando uma visão integrada de sua participação <strong>no</strong> sistema.<br />

Entretanto, Sahai & Ajai (1992) apontam que a estimativa da produção é um<br />

problema complexo que envolve um grande número de variáveis significativas e,<br />

para obter melhores resultados, diferentes abordagens devem ser adotadas.<br />

Apesar da complexidade envolvida na construção de modelos, os<br />

esforços são compensados em função de sua aplicabilidade, uma vez que esses<br />

auxiliam na tomada de decisões, permitindo a organização racional de questões<br />

envolvendo transporte, distribuição e comercialização do produto agrícola, entre<br />

outras (CARDOSO et al., 2004). Dessa forma, a estimativa de produção é uma<br />

ferramenta potencial para obter informações precisas e oportunas sobre a<br />

condição e rendimento das culturas, além da gestão estratégica em viabilizar a<br />

atividade rural, permitindo melhor planejamento para atender o mercado inter<strong>no</strong><br />

(BAUER, 1975).<br />

Na bananicultura, a colheita deve ser realizada <strong>no</strong> momento oportu<strong>no</strong>. As<br />

frutas devem estar fisiologicamente maduras, uma vez que são climatéricas e<br />

devem ser colhidas verdes (SOTO BALLESTERO, 2008), para posteriormente<br />

serem climatizadas, preferencialmente <strong>no</strong> local de desti<strong>no</strong> da produção.<br />

18


Adicionalmente, o ponto de colheita pode variar com a distância do mercado ou<br />

tempo de transporte. Dessa forma modelos de predição de colheita,<br />

particularmente os que contemplem características que possam ser mensuradas à<br />

época do florescimento das plantas podem otimizar o planejamento da<br />

comercialização, principalmente se aliados ao critério utilizado por muitos<br />

produtores para colheita programada, a marcação dos cachos por idade<br />

(MOREIRA, 1999; SOTO BALLESTERO, 2008; LICHTEMBERG et al., 2008).<br />

Dessa maneira, tem-se uma estimativa mais ajustada da quantidade e da época da<br />

oferta do produto, visto que para bananeiras tipo Prata, especificamente a 'Prata-<br />

Anã' e a ‘BRS Platina’, a colheita ocorre cerca de 120 a 150 dias após o<br />

florescimento nas condições semiáridas do Sudoeste da Bahia (DONATO et al.,<br />

2006; 2009).<br />

Na bananicultura, especificamente, os modelos de predição de colheita,<br />

além de proporcionarem o prévio conhecimento da colheita, podem ser ainda<br />

mais úteis <strong>no</strong> manejo das plantas da safra seguinte, de modo a promover maior<br />

eficiência na organização da produção.<br />

19


3 - MATERIAL E MÉTODOS<br />

3.1. Condições experimentais<br />

As plantas e os cachos utilizados para as avaliações realizadas <strong>no</strong><br />

presente trabalho foram de um bananal experimental conduzido com o sistema de<br />

irrigação convencional subcopa, com os genótipos de bananeira tipo Prata, 'Prata-<br />

Anã' e ‘BRS Platina’. O experimento foi implantado em Latossolo Vermelho-<br />

Amarelo distrófico típico, A fraco, textura média, fase caatinga hipoxerófila,<br />

relevo pla<strong>no</strong> a suave‐ondulado (JACOMINE et al., 1979; SANTOS et al., 2006).<br />

A área localiza-se <strong>no</strong> Instituto Federal Baia<strong>no</strong>, Campus Guanambi, BA, a<br />

14º13'30"S, 42º46'53"W, com altitude de 545 m, com médias anuais de<br />

precipitação de 663,69 mm e temperatura média de 26 ºC. O clima do local é do<br />

tipo Aw, segundo a classificação de Köppen.<br />

Foram utilizadas mudas micropropagadas, plantadas <strong>no</strong> espaçamento de<br />

3,0 x 2,5 m. A implantação e os tratos culturais seguiram as recomendações para<br />

a cultura, conforme Rodrigues et al. (2008).<br />

3.2. Amostragem de plantas<br />

Os dois genótipos avaliados foram: 'Prata-Anã', triploide AAB, suscetível<br />

às sigatokas amarela e negra e ao mal-do-Panama; e seu híbrido BRS Platina,<br />

tetraploide AAAB, resistente à sigatoka-amarela e ao mal-do-Panamá,<br />

desenvolvido pela EMBRAPA Mandioca e Fruticultura em colaboração com o<br />

Instituto Federal Baia<strong>no</strong> Campus Guanambi e a EPAMIG Norte de Minas Gerais<br />

(AMORIM et al., 2011).<br />

As mensurações foram realizadas à época da colheita. Cada planta,<br />

unidade básica, foi considerada como repetição. Assim, para avaliação das<br />

20


características vegetativas e de rendimentos, as plantas foram amostradas ao<br />

acaso <strong>no</strong>s dois genótipos com número diferentes de repetições, 98 para 'Prata-<br />

Anã' e 96 para ‘BRS Platina’.<br />

3.3. Avaliações<br />

As avaliações foram realizadas na ocasião da colheita dos cachos, para os<br />

dois genótipos, <strong>no</strong> segundo ciclo de produção (planta-filha). O período de<br />

aferição dos caracteres fe<strong>no</strong>típicos foi, aproximadamente, de quatro meses, entre<br />

setembro e dezembro de 2009, com coleta de dados diária. Foram mensuradas as<br />

características fe<strong>no</strong>típicas vegetativas, de rendimento de cacho e pencas, de<br />

acordo com a proposta metodológica que consta <strong>no</strong>s catálogos de descritores<br />

morfológicos padrão para bananeira (DESCRIPTORS FOR BANANA, 1996;<br />

SILVA et al., 1999).<br />

3.3.1. Características vegetativas avaliadas<br />

Avaliaram-se, à época da colheita dos cachos, a altura da planta, o<br />

perímetro do pseudocaule ao nível do solo, a 30 cm do solo e a 100 cm do solo e<br />

o número de folhas vivas presentes na planta.<br />

A altura da planta foi avaliada com uma trena de cinco metros, medindose<br />

a distância, em centímetros, da base do pseudocaule até a roseta foliar, na<br />

altura da inserção do engaço <strong>no</strong> pseudocaule.<br />

Os valores do perímetro do pseudocaule foram determinados com o<br />

auxílio de uma fita métrica graduada <strong>no</strong> sistema métrico decimal. Medindo-se a<br />

circunferência do pseudocaule, em centímetros, em três níveis em relação ao solo:<br />

ao nível do solo, à altura de 30 cm e a 100 cm.<br />

21


Contou-se o número de folhas vivas presentes na planta, considerando<br />

como viva ou funcional a folha que possuía mais de 50% do limbo verde, mesmo<br />

que dilacerado.<br />

3.3.2. Características de rendimento do cacho<br />

Avaliaram-se na ocasião da colheita dos cachos as características de<br />

rendimentos: massa do cacho, número de pencas e de frutos por cacho, massa das<br />

pencas, a massa, o comprimento e o diâmetro do engaço.<br />

A massa do cacho, em quilogramas (kg), foi obtida pelo somatório da<br />

massa das pencas, da ráquis e do engaço. As pencas e os frutos de cada cacho<br />

foram contados.<br />

A massa de cada penca, de uma a 10, foi obtida individualmente, pesando<br />

penca por penca. As pencas foram numeradas de um a 10 <strong>no</strong> sentido da base -<br />

proximal para o ápice - distal cacho. A massa das pencas foi obtida pela soma das<br />

massas de todas as pencas de cada cacho, sem a massa do engaço e expressa em<br />

quilograma (kg).<br />

Após a despenca, foi pesado o engaço com a ráquis feminina e a ráquis<br />

masculina, expresso em quilogramas (kg), considerando o conjunto como massa<br />

do engaço. Na colheita, os engaços de todos os cachos foram cortados <strong>no</strong> mesmo<br />

ponto (inserção <strong>no</strong> pseudocaule).<br />

Mediu-se o comprimento do engaço, em centímetros, desde a sua<br />

inserção <strong>no</strong> pseudocaule até a inflorescência masculina. O diâmetro do pedúnculo<br />

do cacho foi mensurado, em milímetros, na região mediana entre a inserção <strong>no</strong><br />

pseudocaule e a primeira penca utilizando-se paquímetro.<br />

22


3.3.3. Características de rendimento da penca<br />

Avaliou-se em cada penca, de uma a 10, a contar da base - proximal para<br />

o ápice – distal, as seguintes características: número de frutos, massas do fruto<br />

central das fileiras externa - superior e interna - inferior, comprimento inter<strong>no</strong> e<br />

exter<strong>no</strong> do fruto central das fileiras externa e interna e o diâmetro do fruto central<br />

das fileiras externa e interna. Quantificou-se e a<strong>no</strong>tou o número de frutos por<br />

penca.<br />

As massas dos frutos centrais das fileiras externa e interna de cada penca<br />

foram obtidas individualmente, em balança digital (precisão de três casas<br />

decimais) e o seu valor expresso em gramas (g). Foi mensurado o comprimento<br />

na curvatura interna e externa destes mesmos frutos, utilizando fita métrica (cm),<br />

do ápice para a base (desconsiderando o pedicelo e o ápice do fruto).<br />

Mensurou-se o diâmetro, em milímetros (mm), na região mediana do<br />

fruto, utilizando-se paquímetro mecânico, posicionando-o nas laterais do fruto. O<br />

diâmetro ou calibração lateral do fruto central da fileira externa de frutos da<br />

segunda penca foi utilizado como critério para a colheita dos frutos.<br />

3.4. Procedimentos estatísticos<br />

Os procedimentos estatísticos utilizados para análise dos dados das<br />

características avaliadas neste trabalho, quais sejam, estatística descritiva (média<br />

e desvio-padrão), correlação e regressão para estimativa dos modelos de predição<br />

de colheita são apresentados a seguir.<br />

3.4.1. Estatística descritiva: médias e desvios-padrão<br />

Para determinar as médias e os desvios-padrão das características<br />

vegetativas e de rendimento avaliadas, consideraram-se as observações e<br />

23


amostragens dos genótipos Prata-Anã e BRS Platina, sendo, respectivamente, 98<br />

e 96 repetições.<br />

3.4.2. Análise de Correlação<br />

Para cada genótipo avaliado, 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, foram<br />

estimadas correlações fe<strong>no</strong>típicas referentes às associações entre as massas do<br />

cacho e das pencas com características vegetativas e de rendimento avaliadas,<br />

com base na correlação de Pearson (PIMENTEL-GOMES, 2000).<br />

Utilizaram-se os dados das observações individuais das repetições de<br />

cada genótipo, para estabelecimento das associações entre as características.<br />

A partir das estimativas das correlações entre todas as variáveis<br />

mensuradas com as massas do cacho e das pencas, as associações significativas e<br />

com maiores valores foram consideradas para proceder às análises de regressão e<br />

posterior escolha do modelo mais ajustado.<br />

3.4.3. Análise de regressão<br />

A principal função do procedimento de regressão é expor as variáveis a<br />

uma metodologia sistemática planejada para assegurar a inclusão eventual das<br />

melhores combinações das variáveis. Nas análises de regressão procurou-se, além<br />

de chegar a uma equação de predição funcional e de fácil aplicação prática,<br />

encontrar a “melhor regressão” envolvendo somente as variáveis que são<br />

instrumentos de predição úteis, ou seja, não destrutivos e que permitam a<br />

estimativa com antecedência à ocorrência do fenôme<strong>no</strong> avaliado. Desse modo,<br />

buscou-se classificar as variáveis com potencial para determinar quais têm efeito<br />

significante na resposta e ajustar a equação de predição mais eficaz (WALPOLE<br />

et al., 2009).<br />

24


3.4.3.1. Regressão linear múltipla<br />

Para se avaliar a importância das variáveis referentes às características<br />

vegetativas e de rendimento e a influência dessas nas massas do cacho e das<br />

pencas, estimou-se uma equação de regressão utilizando-se o procedimento de<br />

seleção das variáveis de<strong>no</strong>minado backward elimination (DRAPER; SMITH,<br />

1981; NUNES, 1998; RIBEIRO JÚNIOR, 2001), <strong>no</strong> software SAEG (Sistema de<br />

Análises Estatísticas), versão 9.1, da Universidade Federal de Viçosa (SAEG,<br />

2007). O modelo estatístico com k variáveis independentes pode ser determinado<br />

com a seguinte equação de regressão linear múltipla:<br />

Yi = β0 + β1X1i + β2X2i + ... + βkXki + εi<br />

em que: Yi refere-se à variável resposta: massa do cacho ou das pencas,<br />

determinado em função das variáveis regressoras de rendimento do cacho<br />

(número de pencas, massa médias das pencas, massa, comprimento e diâmetro do<br />

engaço e número de frutos) e de rendimento das pencas (massa da penca, número<br />

de frutos da penca, massa do fruto da fileira externa, massa do fruto da fileira<br />

interna, comprimento exter<strong>no</strong> do fruto da fileira externa, comprimento exter<strong>no</strong> do<br />

fruto da fileira interna, comprimento inter<strong>no</strong> do fruto da fileira externa,<br />

comprimento inter<strong>no</strong> do fruto da fileira interna, diâmetro do fruto da fileira<br />

externa e diâmetro do fruto da fileira interna (Xi; ... ;Xk), εi é o erro associado à<br />

i-ésima observação, assumido <strong>no</strong>rmal e independentemente distribuído, β0<br />

constante inerente ao modelo e β1, ..., βk coeficientes do modelo.<br />

O coeficiente de determinação do modelo foi determinado pela fórmula:<br />

em que: 0 ≤ R 2 ≤ 1<br />

R 2 = SQReg = 1 – SQR<br />

SQT SQT<br />

25


Para elucidar a relação com cada variável, que foi significativa na análise<br />

de regressão com a massa final do cacho, foram estimadas as correlações<br />

paramétricas de Pearson (PIMENTEL-GOMES, 2000).<br />

No presente trabalho, <strong>no</strong>s procedimentos estatísticos realizados para<br />

estimar as equações de predição dos valores de massas do cacho e das pencas<br />

para bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, selecionaram-se apenas as<br />

variáveis com coeficientes de correlação significativos e com maiores valores.<br />

Considerou-se a significância dos coeficientes de regressão pelo teste “t” a 5% de<br />

probabilidade, o comportamento do fenôme<strong>no</strong> biológico, o coeficiente de<br />

determinação (R²) e a significância do teste F da análise de variância da<br />

regressão, para as equações de predições ajustadas, em cada caso em particular.<br />

Utilizou-se, para tanto, o procedimento de eliminação indireta Backward<br />

elimination <strong>no</strong> software SAEG (SAEG, 2007), conforme Nunes (1998) e Ribeiro<br />

Júnior (2001). Nesses casos utilizaram-se os dados das observações individuais<br />

das repetições para cada genótipo, 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, separadamente.<br />

3.4.3.2. Regressão linear simples<br />

Ajustaram-se ainda modelos de regressão linear simples entre as massas<br />

do cacho e das pencas, para cada genótipo avaliado, 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’,<br />

com as características vegetativas e de rendimento. Para tanto, as regressões<br />

foram ajustadas a partir das médias das repetições, considerando como variável<br />

independente, para cada genótipo, o perímetro do pseudocaule mensurado ao<br />

nível do solo e o número de pencas, por apresentarem maiores coeficientes de<br />

correlação com as massas do cacho e das pencas. Razão adicional para utilização<br />

dessas variáveis <strong>no</strong>s modelos são o fato de serem de fácil determinação, por<br />

contagem direta (número de pencas) e por medida simples com trena (perímetro<br />

do pseudocaule), não destrutivas e poderem ser obtidas ainda na fase de<br />

florescimento, bem anterior à colheita do cacho da 'Prata-Anã' e da 'BRS Platina',<br />

26


cerca de 120 a 150 dias (DONATO et al., 2006, 2009), possibilitando<br />

planejamento eficiente, e que associado à técnica de marcação do cacho por idade<br />

como critério de ponto de colheita (LICHTEMBERG et al., 2008; SOTO<br />

BALLESTERO, 2008), possibilita prever a época e a quantidade da colheita.<br />

O número de repetições para cada caso foi variável, com a estratificação<br />

do número de pencas em classes de observações, variando de <strong>no</strong>ve a 13 pencas<br />

para a 'Prata-Anã' e de sete a 12 pencas para o híbrido ‘BRS Platina’. Do mesmo<br />

modo, foi feito para o perímetro do pseudocaule mensurado ao nível do solo,<br />

estratificando, conforme o número de repetições de cada classe e utilizando as<br />

médias das repetições <strong>no</strong> procedimento regressão linear simples e múltipla <strong>no</strong><br />

software SAEG (2007).<br />

27


4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

As Figuras 1 a 4 ilustram as plantas e os cachos das bananeiras tipo Prata,<br />

'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, nas quais foram mensuradas as características<br />

vegetativas e de rendimento que possibilitaram a aplicação dos procedimentos<br />

estatísticos de correlação e de regressão para estimativa dos modelos de predição<br />

de colheita.<br />

FIGURA 1. Planta de bananeira ‘Prata-Anã’, Guanambi, BA.<br />

Foto: Alessandro de Magalhães Arantes<br />

28


FIGURA 2. Cacho de bananeira 'Prata-Anã', Guanambi, BA<br />

Foto: Alessandro de Magalhães Arantes<br />

FIGURA 3. Planta de bananeira ‘BRS Platina’, Guanambi, BA.<br />

Foto: Alessandro de Magalhães Arantes<br />

29


FIGURA 4. Cacho de bananeira ‘BRS Platina’, Guanambi, BA.<br />

Foto: Alessandro de Magalhães Arantes<br />

4.1. Características médias dos genótipos de bananeira tipo Prata, 'Prata-<br />

Anã' e ‘BRS Platina’<br />

No intuito de caracterizar as bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e ‘BRS<br />

Platina’, são apresentadas nas Tabelas 1 a 4, as médias e os desvios-padrão das<br />

características vegetativas e de rendimento avaliadas, que possibilitaram a<br />

aplicação dos procedimentos estatísticos de correlação e de regressão para<br />

estimativa dos modelos de predição de colheita.<br />

Os valores médios e a variabilidade das características vegetativas e de<br />

rendimento (TABELAS 1 a 4) mensurados nas bananeiras 'Prata-Anã' e ‘BRS<br />

Platina’ estão de acordo com os dados determinados na mesma região de cultivo,<br />

para os mesmos genótipos (DONATO et al., 2006; 2009).<br />

Da análise da Tabela 1, verifica-se que os genótipos, Prata-Anã e BRS<br />

Platina, apresentam proximidades <strong>no</strong>s valores correspondentes às características<br />

30


vegetativas. Neste sentido diversos autores confirmam a similaridade dos<br />

genótipos quanto ao porte (DONATO et al. 2006, 2009; LÉDO et al., 2008;<br />

OLIVEIRA et al., 2008; MARQUES et al., 2011). Por outro lado, esses mesmos<br />

estudos observaram superioridade da genitora em relação ao híbrido, <strong>no</strong> tocante<br />

ao perímetro do pseudocaule e o número de folhas na colheita. No entanto,<br />

Donato et al. (2009) constataram semelhanças entre esses genótipos também para<br />

essas últimas características avaliadas.<br />

TABELA 1. Médias e desvios-padrão das características vegetativas de<br />

bananeiras 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, Guanambi, BA, 2009.<br />

Genótipos<br />

1 ALT (cm)<br />

2 PPNS (cm)<br />

3 PP30 (cm)<br />

4 PP100 (cm)<br />

5 NFC (un)<br />

Prata-Anã 335 ± 35 113 ± 14 99 ± 14 78 ± 9 14 ± 2<br />

BRS Platina 348 ± 34 108 ± 10 93 ± 9 72 ± 8 11 ± 2<br />

1 ALT, altura da planta; 2 PPNS, perímetro do pseudocaule ao nível do solo; 3 PP30, perímetro do<br />

pseudocaule a 30 cm de altura; 4 PP100, perímetro do pseudocaule a 100 cm de altura; 5 NFC,<br />

número de folhas vivas na colheita.<br />

A ‘Prata-Anã’ apresenta maiores valores para as características número<br />

de pencas e de frutos em relação ao híbrido (TABELA 2), enquanto a ‘BRS<br />

Platina’ é mais expressiva <strong>no</strong> valor unitário da massa média das pencas<br />

(TABELA 2), e apresenta maior comprimento, massa e diâmetro dos frutos<br />

(TABELA 3). Diversos trabalhos confirmam essas diferenças entre ‘'Prata‐Ana' e<br />

'BRS Platina’, o que indica que são diferenças varietais que se manifestam,<br />

independentemente das condições ambientais e de manejo (DONATO et al.,<br />

2006; LÉDO et al., 2008; DONATO et al., 2009; MARQUES et al., 2011). Dessa<br />

forma, considerando que as bananas são comercializadas mediante classificação,<br />

que inclui as dimensões do fruto, os genótipos apresentaram frutos que seriam<br />

bem classificados (TABELAS 2 e 3), com vantagens para a 'BRS Platina'.<br />

31


TABELA 2. Médias e desvios-padrão de características de rendimento de<br />

bananeiras 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, Guanambi, BA, 2009.<br />

Características<br />

Genótipos<br />

Prata-Anã<br />

BRS Platina<br />

Massa do cacho (kg) 27 ± 6 24 ± 5<br />

Massa das pencas (kg) 24 ± 5 21 ± 5<br />

Número de pencas (un) 11 ± 1 8 ± 1<br />

Massa média das pencas (kg) 2,16 ± 0,39 2,58 ± 0,50<br />

Massa do engaço (kg) 2,83 ± 0,39 2,55 ± 0,55<br />

Comprimento do engaço (cm) 38,61 ± 8,94 43,07 ± 8,04<br />

Diâmetro do engaço (mm) 73,27 ± 8,15 68,51 ± 6,68<br />

Número de frutos (un) 183 ± 26 128 ± 21<br />

TABELA 3. Médias e desvios-padrão de características de rendimento da<br />

primeira à quinta penca de bananeiras 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’,<br />

Guanambi, BA, 2009.<br />

Características<br />

Posição da penca<br />

Primeira Segunda Terceira Quarta Quinta<br />

'Prata-Anã'<br />

MPE 1 (kg) 2,88 ± 1,07 2,85 ± 0,71 2,48 ± 0,53 2,32 ± 0,45 2,22 ± 0,42<br />

NFR 2 (un) 19 ± 5 19 ± 3 17 ± 1 17 ± 1 17 ± 1<br />

MFFE 3 (g) 140 ± 28 144 ± 27 140 ± 26 139 ± 24 132 ± 25<br />

MFFI 4 (g) 148 ± 31 149 ± 30 145 ± 31 143 ± 28 137 ± 28<br />

CEFFE 5 (cm) 18 ± 2 18 ± 2 18 ± 2 18 ± 1 17 ± 2<br />

CEFFI 6 (cm) 18 ± 2 18 ± 2 17 ± 2 17 ± 2 17 ± 2<br />

CIFFE 7 (cm) 14 ± 1 14 ± 1 13 ± 1 13 ± 1 14 ± 2<br />

CIFFI 8 (cm) 14 ± 2 14 ± 2 14 ± 3 14 ± 2 14 ± 2<br />

DFFE 9 (cm) 32 ± 3 33 ± 3 32 ± 3 32 ± 3 31 ± 2<br />

DFFI 10 (mm) 33 ± 3 33 ± 3 33 ± 3 34 ± 3 33 ± 3<br />

‘BRS Platina’<br />

MPE 1 (kg) 3,47 ±1,05 2,94 ± 0,68 2,69 ± 0,51 2,62 ± 0,52 2,44 ± 0,43<br />

NFR 2 (un) 18 ± 4 16 ± 3 15 ± 1 15 ± 1 15 ± 1<br />

MFFE 3 (g) 176 ± 29 171 ± 25 163 ± 24 162 ± 25 156 ± 24<br />

MFFI 4 (g) 188 ± 30 187 ± 24 178 ± 26 177 ± 27 170 ± 25<br />

CEFFE 5 (cm) 20 ± 2 20 ± 2 20 ± 2 19 ± 1 19 ± 1<br />

CEFFI 6 (cm) 20 ± 2 20 ± 2 19 ± 2 19 ± 2 18 ± 2<br />

CIFFE 7 (cm) 15 ± 1 14 ± 1 14 ± 1 14 ± 1 14 ± 2<br />

CIFFI 8 (cm) 16 ± 1 16 ± 2 15 ± 1 15 ± 2 15 ± 1<br />

DFFE 9 (cm) 33 ± 3 32 ± 3 32 ± 3 33 ± 3 32 ± 2<br />

DFFI 10 (mm) 34 ± 3 34 ± 3 35 ± 3 36 ± 3 35 ± 2<br />

1 MPE, massa da penca; 2 NFR, número dos frutos; 3 MFFE, massa do fruto da fileira externa;<br />

4 MFFE, massa do fruto da fileira interna; 5 CEFFE, comprimento exter<strong>no</strong> do fruto da fileira externa;<br />

6 CEFFI, comprimento exter<strong>no</strong> do fruto da fileira interna; 7 CIFFE, comprimento inter<strong>no</strong> do fruto da<br />

fileira externa; 8 CIFFI, comprimento inter<strong>no</strong> do fruto da fileira interna; 9 DFFE, diâmetro do fruto da<br />

fileira externa; 10 DFFI, diâmetro do fruto da fileira interna.<br />

32


TABELA 4. Médias e desvios-padrão de características de rendimento da sexta à<br />

décima penca de bananeiras 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, Guanambi,<br />

BA, 2009.<br />

Características<br />

Posição da penca<br />

Sexta Sétima Oitava Nona Décima<br />

'Prata-Anã'<br />

MPE 1 (kg) 2,09 ± 0,43 1,98 ± 0,38 1,90 ± 0,35 1,86 ± 0,41 1,76 ± 0,34<br />

NFR 2 (un) 16 ± 1 16 ± 1 16 ± 1 16 ± 1 16 ± 1<br />

MFFE 3 (g) 127 ± 25 123 ± 22 119 ± 20 114 ± 21 109 ± 18<br />

MFFI 4 (g) 134 ± 26 127 ± 23 123 ± 22 118 ± 24 113 ± 20<br />

CEFFE 5 (cm) 17 ± 2 17 ± 1 16 ± 1 16 ± 2 16 ± 2<br />

CEFFI 6 (cm) 17 ± 3 16 ± 2 16 ± 2 16 ± 2 15 ± 2<br />

CIFFE 7 (cm) 13 ± 1 12 ± 1 12 ± 1 12 ± 1 12 ± 1<br />

CIFFI 8 (cm) 14 ± 2 13 ± 1 13 ± 2 12 ± 2 12 ± 1<br />

DFFE 9 (cm) 31 ± 3 31 ± 3 31 ± 2 31 ± 2 31 ± 3<br />

DFFI 10 (mm) 32 ± 3 32 ± 3 32 ± 2 32 ± 3 32 ± 3<br />

‘BRS Platina’<br />

MPE 1 (kg) 2,33 ±0,4 2,17 ± 0,40 2,09 ± 0,39 1,97 ± 0,52 1,98 ± 0,28<br />

NFR 2 (un) 15 ± 1 15 ± 1 15 ± 1 15 ± 2 16 ± 00<br />

MFFE 3 (g) 149 ± 21 141 ± 23 132 ± 20 127 ± 13 121 ± 19<br />

MFFI 4 (g) 162 ± 24 150 ± 23 142 ± 21 133 ± 19 127 ± 28<br />

CEFFE 5 (cm) 19 ± 2 18 ± 1 17 ± 1 17 ± 1 16 ± 1<br />

CEFFI 6 (cm) 17 ± 2 17 ± 2 16 ± 2 16 ± 2 15 ± 2<br />

CIFFE 7 (cm) 13 ± 1 13 ± 1 13 ± 1 13 ± 1 12 ± 1<br />

CIFFI 8 (cm) 15 ± 2 14 ± 1 14 ± 1 13 ± 1 13 ± 1<br />

DFFE 9 (cm) 32 ± 2 31 ± 2 31 ± 2 30 ± 3 30 ± 3<br />

DFFI 10 (mm) 35 ± 3 35 ± 3 33 ± 3 33 ± 3 33 ± 2<br />

1 MPE, massa da penca; 2 NFR, número dos frutos; 3 MFFE, massa do fruto da fileira externa; 4 MFFE, massa do<br />

fruto da fileira interna; 5 CEFFE, comprimento exter<strong>no</strong> do fruto da fileira externa; 6 CEFFI, comprimento exter<strong>no</strong><br />

do fruto da fileira interna; 7 CIFFE, comprimento inter<strong>no</strong> do fruto da fileira externa; 8 CIFFI, comprimento<br />

inter<strong>no</strong> do fruto da fileira interna; 9 DFFE, diâmetro do fruto da fileira externa; 10 DFFI, diâmetro do fruto da<br />

fileira interna.<br />

Quanto ao número de frutos por penca (TABELAS 3 e 4), para o<br />

intervalo da primeira à décima penca, pode-se sugerir que a arquitetura dos<br />

cachos da ‘Prata-Anã’ e da ‘BRS Platina’ são, respectivamente, de aspecto cônico<br />

33


e cilíndrico, o que favorece para este último melhor classificação das pencas para<br />

comercialização.<br />

4.2. Correlações fe<strong>no</strong>típicas entre massas do cacho e das pencas e<br />

características vegetativas<br />

As correlações entre as massas do cacho e das pencas, para com as<br />

características vegetativas, altura da planta, perímetro do pseudocaule ao nível do<br />

solo, perímetro do pseudocaule à 30 cm de altura, perímetro do pseudocaule à<br />

100 cm de altura e número de folhas vivas na colheita, para as bananeiras 'Prata-<br />

Anã' e ‘BRS Platina’, encontram-se nas Tabelas 5 e 6, respectivamente. As<br />

correlações foram significativas e positivas para todas as variáveis analisadas, o<br />

que indica a variação direta das variáveis de rendimento, massas do cacho e das<br />

pencas, com as variáveis vegetativas analisadas, <strong>no</strong> presente trabalho.<br />

TABELA 6. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa do cacho e<br />

características vegetativas em bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e<br />

‘BRS Platina’.<br />

Características<br />

Genótipos<br />

Prata-Anã BRS Platina<br />

Altura da planta 0,63** 0,49**<br />

Perímetro do pseudocaule ao nível do solo 0,75** 0,75**<br />

Perímetro do pseudocaule a 30 cm do solo 0,69** 0,64**<br />

Perímetro do pseudocaule a 100 cm do solo 0,68** 0,74**<br />

Número de folhas na colheita 0,35** 0,52**<br />

**Significativo ao nível de 1% de probabilidade.<br />

34


TABELA 6. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa das pencas e<br />

características vegetativas em bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’.<br />

Características<br />

Genótipos<br />

Prata-Anã BRS Platina<br />

Altura da planta 0,63** 0,47**<br />

Perímetro do pseudocaule ao nível do solo 0,75** 0,73**<br />

Perímetro do pseudocaule a 30 cm do solo 0,68** 0,63**<br />

Perímetro do pseudocaule a 100 cm do solo 0,67** 0,72**<br />

Número de folhas na colheita 0,35** 0,52**<br />

**Significativo ao nível de 1% de probabilidade.<br />

Os genótipos 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’ apresentaram correlações<br />

positivas e significativas entre as massas médias do cacho e das pencas com a<br />

altura da planta. Soares (2010) compartilha essa relação com a cultivar Tropical.<br />

Essa associação de<strong>no</strong>ta a variação direta das massas do cacho e das pencas com o<br />

porte da planta; <strong>no</strong> entanto, a magnitude dessa correlação foi a me<strong>no</strong>r entre as<br />

variáveis vegetativas avaliadas para o híbrido BRS Platina (TABELAS 5 e 6).<br />

Siqueira (1984) constatou, a partir de clones da bananeira ‘Prata’, que é possível<br />

selecionar genótipos me<strong>no</strong>res sem prejudicar a produção, pois a altura da planta,<br />

na maioria dos clones avaliados, não se relacio<strong>no</strong>u com nenhum caráter associado<br />

ao rendimento.<br />

Da análise da associação entre os caracteres de rendimento, massas do<br />

cacho e das pencas, e a característica vegetativa, perímetro do pseudocaule,<br />

avaliada ao nível do solo, a 30 cm do solo e a 100 cm do solo, observam-se<br />

estimativas satisfatórias de correlação. Contudo, a associação com o perímetro do<br />

pseudocaule ao nível do solo expressou melhor resposta, o que sugere como<br />

variável eficaz na predição (TABELAS 5 e 6). Diferentes trabalhos relacionando<br />

características vegetativas e reprodutivas em bananeira relatam correlação<br />

significativa entre o perímetro do pseudocaule e produção do cacho (HASSELO,<br />

1962; FERNANDEZ CALDAS et al., 1977; HOLDER & CUMBS, 1982;<br />

ARANTES et al., 2010). Além disso, Siqueira (1984) constatou, a partir de<br />

35


clones da bananeira ‘Prata’, que dentre os caracteres relacionados ao<br />

desenvolvimento vegetativo, o perímetro do pseudocaule foi o que mais se<br />

correlacio<strong>no</strong>u positivamente com os caracteres da produção.<br />

Neste sentido, Flores et al. (2000) observaram, em genótipos tipo Prata,<br />

correlações significativas e positivas entre o perímetro do pseudocaule e a massa<br />

do cacho. Outros trabalhos também apresentam correlações significativas,<br />

positivas e alta magnitude entre esses descritores (HOLDER & CUMBS, 1982;<br />

SIQUEIRA, 1984; LIMA NETO et al., 2003; ARANTES et al., 2010).<br />

Este resultado não corrobora Donato (2006a) e Soares (2010), que<br />

compartilham que, a massa do cacho e perímetro do pseudocaule foi não<br />

significativa e positiva, o que pode indicar que, independente da espessura do<br />

pseudocaule, a massa do cacho pode ser de valor satisfatório. Entretanto, os<br />

genótipos que apresentaram maior e me<strong>no</strong>r altura proporcionaram,<br />

respectivamente, maior e me<strong>no</strong>r perímetro do pseudocaule também. Hasselo<br />

(1962) verificou que a correlação entre a massa do cacho e o diâmetro do<br />

pseudocaule na bananeira ‘Gros Michel’ não é, <strong>no</strong>rmalmente, influenciada por<br />

fatores ambientais.<br />

Neste trabalho foram encontrados valores estatisticamente significativos e<br />

positivos para a associação massas do cacho (TABELA 5) e das pencas<br />

(TABELA 6) com número de folhas vivas na colheita para 'Prata-Anã' e ‘BRS<br />

Platina’. A maior estimativa de correlação foi expressa pelo híbrido, porém para<br />

os dois genótipos o nível de correlação foi baixo. Esse resultado pode ser<br />

atribuído ao elevado número de folhas presente à colheita, com média de 14 e 11<br />

folhas, respectivamente, para os genótipos Prata-Anã e BRS Platina (TABELA<br />

1). A ‘BRS Platina’ apresentou me<strong>no</strong>r número de folhas, porém maior coeficiente<br />

de correlação (0,52) que a ‘Prata-Anã’ (0,35) que possuía mais folhas (TABELA<br />

6). Em trabalho conduzido <strong>no</strong> Norte de Minas Gerais, os cachos da ‘Prata-Anã<br />

foram mais pesados quando a planta foi mantida com um mínimo de 12 folhas.<br />

36


Dessa forma, a quantidade de folhas registrada neste trabalho atende ao requisito<br />

mínimo para o enchimento <strong>no</strong>rmal dos cachos em bananeiras tipo Prata<br />

(RODRIGUES et al., 2009), o que justifica a baixa correlação. Adicionalmente, o<br />

momento de avaliação, à época da colheita, e não à época do florescimento,<br />

quando seria de se esperar maior correlação entre essas variáveis.<br />

Alguns autores não compartilharam esses resultados, visto que esses<br />

genótipos apresentaram valores não significativos e positivos para a associação<br />

número de folhas na colheita e produção do cacho, <strong>no</strong>s dois ciclos de produção<br />

(IUCHI et al., 1979; LIMA NETO et al., 2003; DONATO et al., 2006).<br />

Entretanto, Siqueira (1984) <strong>no</strong>tou correlações significativas entre os referidos<br />

caracteres. De acordo com o pa<strong>no</strong>rama geral apresentado pela correlação neste<br />

estudo e <strong>no</strong>utros revisados, pode-se inferir que os caracteres não apresentam forte<br />

correlação, o que pode proporcionar baixa confiabilidade na predição de colheita,<br />

enquanto componente do modelo.<br />

Soares (2010) observou que, apesar de significativa e positiva a relação<br />

massa do cacho e número de folhas vivas na colheita, apresentou coeficiente de<br />

correlação de baixa magnitude. Isso indica que a massa do cacho varia de forma<br />

direta em relação ao número de folhas vivas, porém, desde que atendidas as<br />

exigências mínimas do número de folhas, essa influência não é expressiva.<br />

4.3. Correlações fe<strong>no</strong>típicas entre massas do cacho e das pencas e<br />

características de rendimento<br />

As correlações entre a massa do cacho e os outros descritores de<br />

rendimento mensurados à época da colheita foram positivas e significativas ao<br />

nível de 1% de probabilidade, exceto para o comprimento do engaço <strong>no</strong> genótipo<br />

BRS Platina, que foi não significativa (TABELA 7). Dessa forma, a massa do<br />

cacho variou <strong>no</strong> mesmo sentido dos demais caracteres de rendimento<br />

considerados. Todavia, <strong>no</strong>s trabalhos de predição, é desejável que a variável que<br />

37


compõe o modelo apresente alto coeficiente de correlação associado à facilidade<br />

de mensuração desta <strong>no</strong> campo.<br />

TABELA 7. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa do cacho e<br />

outras características de rendimento em bananeiras tipo Prata,<br />

'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’.<br />

Características<br />

Genótipos<br />

Prata-Anã<br />

BRS Platina<br />

Massa das pencas 0,99** 0,99**<br />

Massa do engaço 0,82** 0,71**<br />

Comprimento do engaço 0,35** 0,08 ns<br />

Diâmetro do engaço 0,69** 0,68**<br />

Número de pencas 0,70** 0,60**<br />

Número de frutos 0,74** 0,74**<br />

Massa média das pencas 0,86** 0,89**<br />

** e ns Significativo ao nível de 1% de probabilidade e não significativo, respectivamente.<br />

A massa do cacho em relação à massa das pencas expressou a maior<br />

correlação, 0,99 para ambos os genótipos, Prata-Anã e BRS Platina, como era de<br />

se esperar, pois a massa das pencas é o principal componente do cacho, apenas<br />

sem a ráquis. O comportamento geral desta correlação assemelha-se ao obtido<br />

pelos autores Jaramilo (1982), Lima Neto et al. (2003), Donato et al. (2006a).<br />

Contudo, embora esta associação, massa do cacho e das pencas, seja significativa<br />

e de alta magnitude, a mesma apresenta limitação como variável a ser utilizada na<br />

predição de colheita, uma vez que assume a condição de variável resposta, assim<br />

como a massa do cacho.<br />

A correlação entre massa do cacho e do engaço, para os genótipos<br />

estudados, apresentou valores estatisticamente significativos e positivos.<br />

Entretanto, Donato et al. (2006a) encontraram correlações diversas para os<br />

genótipos abordados, sendo a relação significativa e positiva para 'Prata-anã', e<br />

significativa e negativa para o híbrido BRS Platina.. A variável massa do engaço,<br />

para estimativa de colheita, é considerada como amostra destrutiva e de difícil<br />

38


mensuração, pois para quantificação de sua massa, faz-se necessário o<br />

despencamento do cacho. Essas razões aliadas à época de mensuração,<br />

coincidente com a época de avaliação do fenôme<strong>no</strong> que se pretende prever,<br />

tornam a variável de pouca aplicação prática na predição.<br />

A associação entre massa do cacho e o comprimento do engaço, apesar de<br />

significativa e positiva para 'Prata-Anã', apresentou a me<strong>no</strong>r estimativa, 0,35, e,<br />

para ‘BRS Platina’, foi não significativa, com valor de 0,08 (TABELA 7). Donato<br />

et al. (2006a) não observaram correlações estáveis para a relação massa do cacho<br />

e comprimento do engaço ao longo dos ciclos para os genótipos estudados.<br />

Soares (2010) afirma que a massa do cacho independe do comprimento do<br />

engaço. Dessa forma, pode-se sugerir que o comprimento do engaço não é<br />

medida constante e confiável para compor a equação de previsão de colheita,<br />

embora seja uma variável de fácil mensuração e não destrutível.<br />

O diâmetro do engaço é uma variável de fácil aferição <strong>no</strong> campo, com<br />

correlação significativa, positiva e relativamente alta, 0,69 e 0,68 (TABELA 7),<br />

respectivamente, para 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’. Resultados semelhantes foram<br />

compartilhados por Soares (2010), com a cv. Tropical, o que de<strong>no</strong>ta um padrão<br />

geral de variação direta da massa do cacho com o diâmetro do engaço um<br />

resultado esperado, visto que os cachos são compostos de pencas (frutos) e<br />

engaço (ráquis), e os cachos maiores possuem ráquis mais compridas<br />

(JARAMILLO, 1982). Apesar disso, a participação percentual da ráquis na massa<br />

do cacho decresce com o aumento da massa do cacho, o que foi comprovado por<br />

Jaramillo (1982) para cultivares tipo Cavendish, Donato (2003) para cultivares de<br />

grupos genômicos e subgrupos diversos e Azevedo (2010) para cultivares tipo<br />

Prata, de porte alto.<br />

A massa do cacho apresenta grande oscilação entre cachos com mesmo<br />

número de pencas e <strong>no</strong>rmalmente aumenta com o número de pencas, embora<br />

possa alterar esse padrão de variação em função de variações na massa, diâmetro<br />

39


e comprimento dos frutos, <strong>no</strong> número de frutos por cacho e na flutuação da massa<br />

da ráquis (JARAMILLO, 1982). Donato et al. (2008) constataram com a<br />

'Tropical' a mesma média de massa do cacho, 14,32 e 14,85 kg, para o primeiro e<br />

o segundo ciclo de produção, respectivamente, apesar do número de pencas ter<br />

elevado de cinco para sete. A ausência de incrementos entre os ciclos, para a<br />

massa do cacho, decorreu dos decréscimos observados em massa, comprimento e<br />

diâmetro do fruto de 158,07 g para 103,74 g, 15,88 cm para 14,39 cm, e de 40,77<br />

mm para 34,13 mm, respectivamente.<br />

No presente trabalho as correlações entre massa do cacho e número de<br />

pencas foram significativas e positivas, sendo o maior coeficiente de correlação<br />

associado à genitora 'Prata-Anã' (0,70), enquanto o híbrido BRS Platina<br />

apresentou coeficiente de correlação imediatamente inferior (0,60) para as<br />

mesmas variáveis (TABELA 7). De acordo com Donato et al. (2006a), para os<br />

genótipos avaliados, esta associação mostrou-se estável, positiva e de alta<br />

magnitude. Além disso, vale destacar que a variável número de pencas é de<br />

natureza quantitativa discreta e de fácil aplicação na prática, o que a credencia<br />

para uso num modelo de predição de colheita.<br />

Assim como a variável número de pencas, o número de frutos pode ser<br />

mensurado <strong>no</strong> campo. A correlação entre massa do cacho e o número frutos foi<br />

estatisticamente significativa, positiva e com magnitude adequada, sendo a<br />

estimativa de 0,74 para ambos os genótipos, Prata-Anã e BRS Platina (TABELA<br />

7), maiores, também, para os dois genótipos que a correlação entre massa do<br />

cacho e número de pencas. Lima Neto et al. (2003) obtiveram estimativas de<br />

correlação, positivas e significativas para a maioria dos genótipos estudados.<br />

Associações semelhantes foram encontradas por Soares (2010). Donato et al.<br />

(2006a) observaram correlações positivas e significativas e com valores próximos<br />

ao do presente trabalho para ‘BRS Platina’ e positivas e não significativas para<br />

'Prata-Anã'. Contudo, esses autores constataram estimativas de correlação<br />

40


negativas e significativas entre a massa do cacho e o número de frutos para os<br />

genótipos Calipso e Preciosa e positivas e significativas entre a massa do cacho e<br />

a massa média dos frutos, o que indica que cachos de maior massa podem ter<br />

me<strong>no</strong>r número de frutos, mas com frutos de maior tamanho unitário. Nesse<br />

sentido, a variável número de frutos antecipa e pronuncia as características<br />

quantitativas do cacho na ocasião da colheita, sendo, portanto, de grande<br />

confiabilidade na estimativa desta, além de fácil mensuração.<br />

Analogamente, à associação entre massa do cacho e massa das pencas<br />

foram encontrados valores significativos, positivos, mas com magnitudes mais<br />

elevadas, para 'Prata-Anã' (0,86) e para ‘BRS Platina’(0,89) (TABELA 7).<br />

Contudo, os valores elevados para esta correlação têm o seu uso dificultado para<br />

aplicação numa equação de predição de colheita, por questões práticas, pois se<br />

trata de uma variável destrutiva e de difícil mensuração. Dessa forma, essa<br />

variável não seria interessante para compor a equação de predição de colheita.<br />

Foram encontradas correlações significativas e positivas entre a massa do<br />

cacho e as massas das pencas da primeira à décima penca, para os dois genótipos<br />

avaliados (TABELA 8). Os maiores coeficientes de correlação foram observados<br />

em associação com a massa da quinta penca para a 'Prata-Anã', e com a massa da<br />

quarta penca para ‘BRS Platina’, por isso as características dessas pencas foram<br />

utilizadas para compor os modelos de predição.<br />

41


TABELA 8. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa do cacho e as<br />

massas individuais da primeira à décima penca em bananeiras tipo<br />

Prata, 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’.<br />

Características<br />

Genótipos<br />

Prata-Anã BRS Platina<br />

Massa da primeira penca 0,61** 0,60**<br />

Massa da segunda penca 0,62** 0,67**<br />

Massa da terceira penca 0,86** 0,80**<br />

Massa da quarta penca 0,85** 0,85**<br />

Massa da quinta penca 0,88** 0,83**<br />

Massa da sexta penca 0,84** 0,79**<br />

Massa da sétima penca 0,82** 0,81**<br />

Massa da oitava penca 0,85** 0,62**<br />

Massa da <strong>no</strong>na penca 0,83** 0,69**<br />

Massa da décima penca 0,83** 0,64*<br />

** e * Significativo ao nível de 1 e 5 % de probabilidade, respectivamente.<br />

De forma similar às correlações entre massa do cacho e as massas<br />

individuais da primeira à décima penca, as correlações entre a massa das pencas e<br />

as massas individuais da primeira à décima penca foram significativas e positivas,<br />

para os dois genótipos (TABELA 9). Também, as maiores estimativas para esta<br />

associação ocorreram para a quinta e a quarta pencas, respectivamente, para<br />

'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’. Assim, pode-se inferir que essas pencas podem ser<br />

tão adequadas para o desenvolvimento de estudos de pós-colheita e para a<br />

programação do ponto de colheita quanto à segunda penca, que se apresenta<br />

como procedimento clássico na bananicultura para a determinação da colheita e<br />

para pesquisas.<br />

42


TABELA 9. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa das pencas e<br />

as massas individuais da primeira à décima penca em bananeiras tipo Prata,<br />

'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’.<br />

Características<br />

Genótipos<br />

Prata-Anã BRS Platina<br />

Massa da primeira penca 0,62** 0,57**<br />

Massa da segunda penca 0,63** 0,65**<br />

Massa da terceira penca 0,87** 0,80**<br />

Massa da quarta penca 0,86** 0,85**<br />

Massa da quinta penca 0,89** 0,82**<br />

Massa da sexta penca 0,86** 0,78**<br />

Massa da sétima penca 0,84** 0,80**<br />

Massa da oitava penca 0,87** 0,59**<br />

Massa da <strong>no</strong>na penca 0,83** 0,70**<br />

Massa da décima penca 0,85** 0,67*<br />

** e * Significativo ao nível de 1 e 5 % de probabilidade, respectivamente.<br />

Diante das análises das Tabelas 8 e 9, pode-se sugerir que a quinta e a<br />

quarta pencas, respectivamente, para 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, apresentam<br />

maior confiabilidade para compor a equação de predição de colheita, tanto para a<br />

estimativa da massa do cacho, quanto para previsão da massa das pencas.<br />

Contudo, são consideradas amostras destrutíveis, visto que se deve extrair a penca<br />

para obter a massa.<br />

No intuito de minimizar as perdas na amostragem das variáveis devido à<br />

retirada da penca, promoveu-se o estudo de correlação com os descritores<br />

unitários do fruto central da fileira externa e interna, devido ao me<strong>no</strong>r impacto da<br />

retirada destes na mensuração do cacho. Assim, foram avaliados o número de<br />

frutos por penca, o comprimento, o diâmetro e a massa dos frutos das fileiras<br />

externa e interna das pencas. Utilizaram-se para tais mensurações as pencas da<br />

primeira à décima posição. As correlações entre a massa do cacho e a massa do<br />

fruto da fileira externa da primeira à décima penca apresentaram-se significativas<br />

e positivas e com maiores valores comparadas aos demais descritores (TABELA<br />

10).<br />

43


TABELA 10. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa do cacho e as<br />

massas individuais dos frutos centrais da fileira externa de frutos da<br />

primeira à décima penca em bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e<br />

‘BRS Platina’.<br />

Características<br />

Genótipos<br />

Prata-Anã BRS Platina<br />

Massa do fruto central da fileira externa da primeira penca 0,73** 0,64**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da segunda penca 0,67** 0,60**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da terceira penca 0,67** 0,56**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da quarta penca 0,73** 0,61**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da quinta penca 0,70** 0,67**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da sexta penca 0,70** 0,66**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da sétima penca 0,68** 0,65**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da oitava penca 0,71** 0,73**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da <strong>no</strong>na penca 0,83** 0,79**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da décima penca 0,80** 0,40 ns<br />

** e * Significativo ao nível de 1 e 5 % de probabilidade, respectivamente; ns Não significativo.<br />

As correlações entre a massa do cacho e as massas dos frutos da fileira<br />

externa da <strong>no</strong>na (0,83) e décima pencas (0,80) para 'Prata-Anã' e a massa dos<br />

frutos das fileiras externas da oitava (0,73) e <strong>no</strong>na penca (0,79) para ‘BRS<br />

Platina’ têm maiores valores de coeficiente de correlação (TABELA 10).<br />

Entretanto, essas pencas não foram consideradas para compor o modelo da<br />

equação de predição de colheita, devido à limitação do tamanho do cacho em<br />

número de pencas, pois os cachos destes genótipos <strong>no</strong> campo possuem<br />

<strong>no</strong>rmalmente de sete a 13 pencas. Assim, a equação de predição se limitaria à<br />

previsão de cachos maiores que oito pencas para ‘BRS Platina’ e maiores que<br />

<strong>no</strong>ve pencas para 'Prata-Anã'. Todavia, por essas considerações associou-se ao<br />

modelo de predição as massas do fruto da fileira externa da quarta (0,73) e quinta<br />

penca (0,67), para 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, respectivamente (TABELA 10).<br />

Razão adicional foi o fato das massas da quarta e quinta pencas apresentarem<br />

maiores coeficientes de correlação com as massas do cacho e das pencas, o que<br />

direcio<strong>no</strong>u para estimativas de modelos envolvendo as características unitárias<br />

dessas pencas (TABELAS 8 e 9).<br />

44


Correlações semelhantes em magnitude e significância foram encontradas<br />

também entre a massa das pencas e massa do fruto da fileira externa da primeira à<br />

décima penca (TABELA 11).<br />

TABELA 11. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa das pencas e<br />

as massas individuais dos frutos centrais da fileira externa de frutos<br />

da primeira à décima penca em bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e<br />

‘BRS Platina’.<br />

Características<br />

Genótipos<br />

Prata-Anã BRS Platina<br />

Massa do fruto central da fileira externa da primeira penca 0,75** 0,63**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da segunda penca 0,70** 0,59**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da terceira penca 0,70** 0,55**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da quarta penca 0,75** 0,61**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da quinta penca 0,71** 0,66**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da sexta penca 0,71** 0,65**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da sétima penca 0,70** 0,64**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da oitava penca 0,73** 0,73**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da <strong>no</strong>na penca 0,83** 0,80**<br />

Massa do fruto central da fileira externa da décima penca 0,82** 0,38 ns<br />

** e ns Significativo ao nível de 1% de probabilidade e não significativo, respectivamente.<br />

Nesse caso também, consideraram-se os maiores valores do coeficiente<br />

de correlação, aliado aos aspectos práticos discutidos, como o número de pencas,<br />

<strong>no</strong>rmalmente encontrado para os genótipos em avaliação. Desse modo, foi<br />

selecionada a associação entre a massa das pencas e a massa do fruto da fileira<br />

externa da quarta (0,75) e da quinta penca (0,66), para 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’<br />

(TABELA 11), respectivamente, para compor o modelo de estimativa de colheita,<br />

baseado em características de rendimento.<br />

45


4.4. Predição de colheita utilizando modelos de regressão linear simples e<br />

múltipla em bananeiras tipo Prata<br />

4.4.1. Estimativas de equações de predição para colheita em função das<br />

variáveis vegetativas<br />

A colheita é uma operação que exige cuidados especiais, pois tudo o que<br />

foi feito durante o cultivo da bananeira pode-se transformar em perdas. A colheita<br />

do cacho muito magro ou muito gordo inviabiliza sua comercialização. O ponto<br />

de colheita pode ser determinado por várias técnicas, como as que se baseiam na<br />

idade do cacho, <strong>no</strong> diâmetro do fruto da segunda penca e na visualização da<br />

presença de quinas <strong>no</strong>s frutos (LICHTEMBERG et al., 2008). A idade ideal do<br />

cacho a ser colhido varia de acordo com a cultivar, a idade e a densidade do<br />

bananal, a estação ou época do a<strong>no</strong>, a tec<strong>no</strong>logia de cultivo e a incidência de<br />

pragas e doenças. O ponto de colheita pode variar de acordo com a distância do<br />

mercado ou tempo de transporte, além de ser influenciado pela oferta, demanda<br />

do produto ou flutuação dos preços <strong>no</strong> mercado inter<strong>no</strong>. Portanto, a colheita deve<br />

ser realizada <strong>no</strong> momento oportu<strong>no</strong>. As frutas devem estar fisiologicamente<br />

maturas, visto que elas são climatéricas e devem ser colhidas verdes (SOTO<br />

BALLESTERO, 2008). Aliado a esse conhecimento, particularmente ao critério<br />

de colheita por idade do cacho, o modelo de estimativa da produção favorece<br />

maior precisão para organizar a colheita e a comercialização, associando a<br />

antecedência ao fenôme<strong>no</strong> e o rendimento da produção.<br />

Na bananicultura, especificamente, os modelos de predição de colheita<br />

podem ser ainda mais úteis <strong>no</strong> manejo das plantas da safra seguinte, de modo a<br />

diag<strong>no</strong>sticar a produtividade e fornecer informações para tomada de decisão<br />

sobre as práticas que devem ser adotadas para melhorá-la, promovendo maior<br />

eficiência na organização da produção.<br />

46


O pesquisador que usa a análise de regressão também está interessado na<br />

supressão de várias variáveis, pois é desejável que, além de chegar a uma equação<br />

de predição de fácil aplicação, ele deve encontrar a “melhor regressão”<br />

envolvendo somente as variáveis que são instrumentos de predição úteis<br />

(WALPOLE et al., 2009), ou seja, não destrutivos e que permitam a estimativa do<br />

fenôme<strong>no</strong> avaliado com antecedência, <strong>no</strong> caso, à colheita.<br />

As mensurações acerca dos descritores vegetativos são de grande<br />

aplicação na prática, por ser de fácil determinação e exigir instrumentos simples.<br />

Além disso, podem ser mensuradas na época do florescimento, cerca de 120 a<br />

150 dias antes da colheita de bananeiras tipo Prata (Donato et al., 2006; 2009), o<br />

que subsidia uma programação de colheita eficiente.<br />

Diante da alta correlação <strong>no</strong>rmalmente encontrada entre os fatores de<br />

rendimento e o perímetro do pseudocaule ao nível solo, aliado à facilidade de<br />

mensuração e o seu caráter não destrutivo, essa variável foi testada como<br />

componente da equação de predição das massas do cacho e das pencas para as<br />

bananeiras 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’. Ajustaram-se, dessa forma, modelos de<br />

regressão linear simples entre essas variáveis (TABELA 12) a partir das médias<br />

das repetições, considerando como variável independente o perímetro do<br />

pseudocaule mensurado ao nível do solo.<br />

Os modelos de regressão linear simples que estimam as massas do cacho<br />

e das pencas, para a 'Prata-Anã e ‘BRS Platina’, mostraram valores significativos<br />

para a variável vegetativa, perímetro do pseudocaule ao nível do solo (TABELA<br />

12). De modo geral, a variável ajustou-se adequadamente ao modelo de predição<br />

de colheita para os genótipos tipo Prata. Assim, para 'Prata-Anã', o r² oscilou de<br />

0,76 a 0,77, respectivamente para as massas do cacho e das pencas. Para o híbrido<br />

BRS Platina, o modelo proporcio<strong>no</strong>u ajuste dos dados em 0,77 e 0,76, nesta<br />

mesma ordem.<br />

47


TABELA 12. Modelos de predição para as massas do cacho e das pencas, em<br />

bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, em função do<br />

perímetro do pseudocaule ao nível do solo, Guanambi, BA, 2009.<br />

Genótipo ¹Estimativa (Ŷ) Equação de regressão linear simples ²(X) (r²)<br />

Prata-Anã MCA Yˆ = -10,1177 + 0,32709**X PPNS 0,76<br />

Prata-Anã MPE Yˆ = -8,73556 + 0,28921**X PPNS 0,77<br />

BRS Platina MCA Yˆ = -14,3135 + 0,35508**X PPNS 0,77<br />

BRS Platina MPE Yˆ = -13,4510 + 0,32365**X PPNS 0,76<br />

¹Estimativa de rendimento( Yˆ): MCA = massa do cacho; MPE = massa das pencas;²Variável<br />

independente (X): PPNS = perímetro do pseudocaule ao nível do solo.<br />

Soares (2011), em estudo de bananeira cv. Tropical para predição de<br />

colheita através da regressão linear múltipla, constatou que as variáveis<br />

vegetativas, altura da planta, perímetro do pseudocaule e número de folhas vivas<br />

<strong>no</strong> florescimento tiveram baixa resposta <strong>no</strong> ajuste da equação, com R 2 de 0,13.<br />

Para a autora, tal valor pode ter sido em função da pouca influência que cada<br />

variável exerce sobre a massa final ou devido ao reduzido número de variáveis<br />

que compõem este modelo, o que de<strong>no</strong>ta que uma série de outros fatores não<br />

considerados nesse trabalho possa estar influenciando a massa do cacho.<br />

Contudo, o valor de R 2 constatado foi baixo, apesar do coeficiente de variação ter<br />

sido relativamente baixo também (CV=16%). Isso é justificável, uma vez que as<br />

associações entre a massa do cacho e os demais caracteres em bananeira podem<br />

variar entre genótipos e ciclos e inclusive entre os híbridos e seus respectivos<br />

genitores (FLORES, 2000; DONATO et al., 2006a; ARANTES et al., 2010).<br />

As equações de regressão linear simples envolvendo massa do cacho e<br />

das pencas foram estimadas em função das médias das repetições da variável<br />

independente, perímetro do pseudocaule mensurado ao nível do solo, cujos<br />

modelos desenvolvidos expressam magnitudes compatíveis com os estudos de<br />

correlação e com valores de coeficientes de determinação passíveis de utilização.<br />

Esses modelos são ilustrados nas Figuras 5 e 6 para bananeira 'Prata-Anã'.<br />

48


Em observância à correlação dos descritores da planta, resultados<br />

semelhantes foram encontrados por Donato et al. (2006a) com relação ao caráter<br />

perímetro do pseudocaule, e sua relação com a massa do cacho para outros<br />

genótipos, ST12-31, Grande Naine, PV42-85 e Nanicão. Todavia, não se<br />

objetivou naquele estudo estabelecer equação de previsão da massa do cacho,<br />

mas somente a relação entre os caracteres.<br />

ŷ 10,1177<br />

0,327093 ** x<br />

r²<br />

0,76<br />

FIGURA 5. Massa do cacho em função do perímetro do pseudocaule ao nível do<br />

solo em bananeira 'Prata-Anã'.<br />

Os modelos de regressão linear simples foram significativos e positivos<br />

para a variável perímetro do pseudocaule ao nível do solo, tanto para a massa do<br />

cacho quanto para a massa das pencas, e com adequado coeficiente de<br />

determinação (r²), para ambos os genótipos. Este resultado sugere a possibilidade<br />

de planejamento da colheita e suas implicações, como logística da colheita e da<br />

pós-colheita, além da comercialização, transporte e climatização, com<br />

49


considerável confiabilidade e com três a quatro meses de antecedência (<strong>no</strong><br />

momento da floração), através de um indicador de fácil mensuração.<br />

yˆ<br />

8,73556<br />

0,289205** x<br />

r²<br />

0,77<br />

FIGURA 6. Massa das pencas em função do perímetro do pseudocaule ao nível<br />

do solo em bananeira 'Prata-Anã'.<br />

O modelo estima que para cada centímetro de aumento <strong>no</strong> perímetro do<br />

pseudocaule da bananeira ‘Prata-Anã’ as massas do cacho e das pencas<br />

aumentam, respectivamente, 327 e 289 gramas. Nesta ordem, os coeficientes de<br />

determinação foram ajustados em 0,76 e 0,77. Assim, o (r²) mostrado nas<br />

ilustrações representa o ajuste dos dados para a predição da colheita, em função<br />

do perímetro do pseudocaule ao nível do solo para ambos os genótipos. Dessa<br />

forma, as estimativas de colheita tanto para a massa do cacho quanto para a massa<br />

das pencas indicaram 76 e 77%, respectivamente, de confiabilidade na<br />

determinação final da produção.<br />

O perímetro do pseudocaule <strong>no</strong> presente trabalho foi mensurado à época<br />

da colheita, mas esse apresentaria as mesmas dimensões se tivesse sido avaliado<br />

50


<strong>no</strong> florescimento, pois a característica se mantém constante após a floração. Após<br />

o florescimento, a bananeira cessa a emissão de raízes e folhas, iniciando a<br />

senescência desses órgãos e culminando com o amadurecimento do cacho (SOTO<br />

BALLESTERO, 2008; ROBINSON & GALÁN SAÚCO, 2010).<br />

Adicionalmente, as equações de predição foram compostas por variáveis de fácil<br />

mensuração e simples aplicação na prática. Por conseguinte, estes dados<br />

permitem o uso de métodos não destrutivos para determinar a produção e a<br />

produtividade.<br />

Soares (2010), em estudo de bananeira cv. Tropical, para predição de<br />

colheita, utilizou o procedimento estatístico, de seleção por etapas, baseado <strong>no</strong><br />

modelo stepwise regression procedure para regressão linear múltipla e observou<br />

que as variáveis vegetativas, altura da planta, perímetro do pseudocaule e número<br />

de folhas vivas <strong>no</strong> florescimento, tiveram baixa resposta <strong>no</strong> ajuste da equação.<br />

Diversos autores avaliaram a estimativa de colheita nas culturas<br />

agrícolas. De acordo com Shimoya et al. (2002), estimativas do coeficiente de<br />

determinação acima de 0,80 podem ser consideradas de alta confiabilidade na<br />

predição final. Cardoso (2006) observou com a cultura do pepi<strong>no</strong> híbrido,<br />

coeficiente de determinação superior a 0,98; Marim et al. (2002), em tomateiro,<br />

alcançaram valores de r² acima de 0,81; Fontana et al. (2000) obtiveram, pelo<br />

ajuste dos dados, coeficientes de determinação de 0,86 para o modelo de<br />

estimativa do rendimento de soja.<br />

Os modelos de regressão linear simples para a ‘BRS Platina’ podem ser<br />

vistos, tanto para a estimativa da massa do cacho quanto para as massas das<br />

pencas, em função do perímetro do pseudocaule, respectivamente, nas Figuras 7 e<br />

8.<br />

51


yˆ<br />

14,3135<br />

0,355076 ** x<br />

r²<br />

0,77<br />

FIGURA 7 Massa do cacho em função do perímetro do pseudocaule ao nível<br />

do solo em bananeira ‘BRS Platina’.<br />

De acordo com os coeficientes das equações relacionadas às Figuras 7 e<br />

8, pode-se sugerir para o híbrido BRS Platina que os modelos estimam que cada<br />

centímetro de aumento <strong>no</strong> perímetro do pseudocaule a massa do cacho e a massa<br />

das pencas aumentam, respectivamente, 355 e 324 gramas. Nesta sequência os<br />

coeficientes de determinação foram ajustados em 0,77 e 0,76.<br />

52


yˆ<br />

13,451<br />

0,323648 ** x<br />

r²<br />

0,76<br />

FIGURA 8 Massa das pencas em função do perímetro do pseudocaule ao nível<br />

do solo em bananeira ‘BRS Platina’.<br />

4.4.2. Estimativas de equações de predição para colheita em função das<br />

variáveis de rendimento<br />

Procedimentos estatísticos de regressão linear múltipla foram utilizados<br />

para estimar a equação de predição dos valores de massas do cacho e das pencas<br />

para as bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e seu híbrido BRS Platina. Para tanto,<br />

foram selecionadas apenas as variáveis que apresentaram coeficientes de<br />

correlações significativos e com maiores valores em associação às massas do<br />

cacho e das pencas, para cada genótipo. Considerou-se ainda a lógica prática que<br />

envolve a mensuração da variável, a significância dos coeficientes de regressão<br />

pelo teste “t” a 5% de probabilidade, o comportamento do fenôme<strong>no</strong>, o<br />

coeficiente de determinação (R²) e a significância do teste F da análise de<br />

variância da regressão, para as equações de predições ajustadas, em cada caso em<br />

particular. Utilizou-se o procedimento de<strong>no</strong>minado eliminação indireta the<br />

bakcward elimination para a escolha das equações de predições ajustadas.<br />

53


Pela metodologia utilizada, a equação de predição de colheita que obteve<br />

o melhor ajuste para 'Prata-Anã, tanto para massa do cacho (TABELA 13) quanto<br />

para massa das pencas (TABELA 14), apresentou coeficiente de determinação<br />

(R²) de 0,87.<br />

Para as características de rendimento mensuradas considerando a 'Prata-<br />

Anã', as melhores equações ajustadas para determinar a massa do cacho e a massa<br />

das pencas na colheita foram, respectivamente (TABELAS 13 e 14):<br />

MĈA = -18,7733 + 0,139034NFR + 0,143696MFFE4, e;<br />

M Pˆ E = -16,6289 + 0,118955NFR + 0,134287MFFE4.<br />

Em que MĈA e M Pˆ E indicam, respectivamente, a massa do cacho e a<br />

massa das pencas; NFR = número de frutos e MFFE4 = massa do fruto da fileira<br />

externa da quarta penca. As demais variáveis mensuradas à época da colheita não<br />

foram significativas pelo procedimento adotado (TABELAS 13 e 14). O fato do<br />

coeficiente de determinação deste modelo ser maior é um indício de que os<br />

descritores de rendimento mensurados na ocasião da colheita podem representar a<br />

produção com maior precisão. Tal evento assume maior relevância quando<br />

associado à ocorrência de coeficiente de variação adequado (TABELAS 13 e 14).<br />

TABELA 13. Componentes da equação de predição para massa do cacho da<br />

bananeira 'Prata-Anã', em função das características de rendimento.<br />

Coeficientes<br />

Constante 1 NPE NFR NFR4 MFFE4 CEFFE4 DFFE4 R² CV(%)<br />

-18,7733 --- 0,139034 --- 0,143696 --- --- 0,87 22,87<br />

¹NPE, número de pencas; NFR, número de frutos; NFR4, número de frutos da quarta penca;<br />

MFFE4, massa do fruto da fileira externa da quarta penca; CEFFE4, comprimento exter<strong>no</strong> do fruto<br />

da fileira externa da quarta penca; DFFE4, diâmetro do fruto da fileira externa da quarta penca; ---,<br />

variáveis não significativas pelo procedimento backward elimination.<br />

54


TABELA 14. Componentes da equação de predição para massa das pencas da<br />

bananeira 'Prata-Anã', em função das características de rendimento.<br />

Coeficientes<br />

Constante 1 NPE NFR NFR4 MFFE4 CEFFE4 DFFE4 R² CV(%)<br />

-16,6289 --- 0,118955 --- 0,134287 --- --- 0,87 23,15<br />

¹NPE, número de pencas; NFR, número de frutos; NFR4, número de frutos da quarta penca;<br />

MFFE4, massa do fruto da fileira externa da quarta penca; CEFFE4, comprimento exter<strong>no</strong> do fruto<br />

da fileira externa da quarta penca; DFFE4, diâmetro do fruto da fileira externa da quarta penca; ---,<br />

variáveis não significativas pelo procedimento backward elimination.<br />

Os estudos de previsão associados aos de correlação podem discriminar<br />

quais variáveis influenciam na produção ao determinar a magnitude e a<br />

significância das associações entre descritores fe<strong>no</strong>típicos (SOARES, 2010).<br />

Além disso, deve-se observar a praticidade de mensuração das variáveis, a fim de<br />

torná-la de fácil aplicação prática pelo produtor.<br />

Os estudos de correlação efetivados à priori evidenciaram maiores<br />

coeficientes de correlação para as massas do cacho e das pencas em associação<br />

com a massa da quinta penca para a 'Prata-Anã', e com a massa da quarta penca<br />

para ‘BRS Platina’, o que justifica a utilização das características unitárias dessas<br />

pencas para compor os modelos de predição.<br />

Meyer (1975) estimou uma equação de predição de colheita para<br />

bananeiras tipo Cavendish. O autor investigou as relações entre a massa líquida<br />

do cacho (massa das pencas, sem engaço) e alguns parâmetros facilmente<br />

mensuráveis <strong>no</strong> dia da colheita. O melhor ajuste encontrado pelo autor foi obtido<br />

a partir da massa do dedo médio da quarta mão ou penca, o que assemelha ao<br />

presente trabalho. As equações foram: Y =15,295X 1 + 9,835X 2 + 13,549; e Y =<br />

8,41Z + 4,314; em que, Y = massa líquida do cacho, expresso em kg; X 1 =<br />

número de dedos por cacho x 10 -2 ; X 2 = massa do dedo médio da quarta mão, em<br />

hectogramas; Z = X 1 x X 2 .<br />

Soares (2010) em estudo da bananeira cv. Tropical, para predição de<br />

colheita, trabalhou o procedimento estatístico, de seleção por etapas, baseado <strong>no</strong><br />

55


modelo stepwise regression procedure para regressão linear múltipla, utilizando<br />

características vegetativas e de rendimento. Nesse estudo, determi<strong>no</strong>u-se o<br />

melhor ajuste da equação de predição da massa do cacho na colheita, com o<br />

aumento das variáveis que compõe o modelo de predição, através da equação:<br />

MĈA= -5,249 + 0,11NFC + 0,066NFR + 0,046MMF + 0,183CEF + 2,039MRA -<br />

0,011CEN; em que, MĈA = massa do cacho, expresso em kg; NFC = número de<br />

folhas; NFR = número de frutos; MMF= massa média do fruto; CEF =<br />

comprimento exter<strong>no</strong> do fruto; MRA = massa da ráquis; CEN = comprimento do<br />

engaço, e obteve-se o coeficiente de determinação igual a 0,71. No entanto, as<br />

variáveis são de difícil mensuração ou com amostras destrutíveis, para a massa<br />

média do fruto e massa da ráquis, respectivamente, fato que inviabiliza ou pouco<br />

contribui para a eficiência e praticidade do processo de predição, conforme<br />

argumenta Walpole et al. (2009).<br />

A associação entre características agronômicas em bananeira é de<br />

fundamental importância para estimar a produção do cacho, podendo ser avaliada<br />

por meio das correlações fe<strong>no</strong>típicas, genéticas e ambientais (ROCHA, 2010).<br />

Contudo, deve-se agregar ao estudo de predição de colheita a análise de<br />

correlação a fim de determinar quais variáveis influenciam em maior ou me<strong>no</strong>r<br />

grau na produção.<br />

As correlações entre as variáveis massa do cacho e massa das pencas,<br />

para com os caracteres de rendimentos observados à época da colheita, número de<br />

pencas e número de frutos do cacho, e os caracteres da quarta penca, número de<br />

frutos, massa do fruto da fileira externa, comprimento exter<strong>no</strong> do fruto da fileira<br />

externa e o diâmetro do fruto da fileira externa, bem como as correlações entre si,<br />

para a 'Prata-Anã', encontram-se, respectivamente, nas Tabelas 15 e 16. Foi<br />

realizada a análise de correlação apenas para as variáveis significativas pela<br />

regressão linear múltipla para predição do rendimento do cacho e das pencas.<br />

56


TABELA 15. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa do cacho e<br />

características de rendimento para bananeira 'Prata-Anã'.<br />

MCA 1,00<br />

MCA NPE NFR NFR4 MFFE4 CEFFE4 DFFE4<br />

NPE 0,70 1,00<br />

NFR 0,74 0,94 1,00<br />

NFR4 0,51 0,69 0,76 1,00<br />

MFFE4 0,73 0,25 0,25 0,19 1,00<br />

CEFFE4 0,64 0,21 0,21 0,16 0,76 1,00<br />

DFFE4 0,41 0,03 0,056 -0,01 0,47 0,37 1,00<br />

MCA, massa do cacho; NPE, número de pencas; NFR, número de frutos; NFR4, número de frutos<br />

da 4ª penca; MFFE4, massa do fruto da fileira externa da 4ª penca; CEFFE4, comprimento exter<strong>no</strong><br />

do fruto da fileira externa da 4ª penca; DFFE4, diâmetro do fruto da fileira externa da 4ª penca.<br />

TABELA 16. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa das pencas e<br />

características de rendimento para a bananeira 'Prata-Anã'.<br />

MPE NPE NFR NFR4 MFFE4 CEFFE4 DFFE4<br />

MPE 1,00<br />

NPE 0,68 1,00<br />

NFR 0,72 0,94 1,00<br />

NFR4 0,50 0,69 0,76 1,00<br />

MFFE4 0,75 0,25 0,25 0,19 1,00<br />

CEFFE4 0,66 0,21 0,21 0,16 0,76 1,00<br />

DFFE4 0,42 0,03 0,06 -0,010 0,47 0,37 1,00<br />

MPE, massa das pencas; NPE, número de pencas; NFR, número de frutos; NFR4, número de frutos<br />

da 4ª penca; MFFE4, massa do fruto da fileira externa da 4ª penca; CEFFE4, comprimento exter<strong>no</strong><br />

do fruto da fileira externa da 4ª penca; DFFE4, diâmetro do fruto da fileira externa da 4ª penca.<br />

O número de pencas e de frutos do cacho e os caracteres da quarta penca<br />

(número de frutos, massa do fruto da fileira externa, comprimento exter<strong>no</strong> do<br />

fruto da fileira externa e diâmetro do fruto da fileira externa) foram<br />

correlacionados à produção.<br />

As variáveis massa do cacho e massa das pencas, correlacionadas com o<br />

número de pencas, foram estatisticamente significativas, positivas, com valores,<br />

respectivamente de 0,70 e 0,68. Conforme Flores (2000), o número de pencas por<br />

57


cacho é de grande interesse para o produtor de banana, uma vez que a penca<br />

constitui a unidade comercial, além do que, um aumento <strong>no</strong> número de pencas<br />

pode resultar em elevação da massa do cacho, caráter que expressa a<br />

produtividade do genótipo.<br />

O número de pencas e frutos por cacho é o componente que mais<br />

influencia na massa do cacho. Neste trabalho, a quantidade de frutos e o diâmetro<br />

do fruto da fileira externa da quarta penca apresentaram os me<strong>no</strong>res valores de<br />

correlação com as massas do cacho e das pencas (Tabelas 15 e 16). Moreira<br />

(1999) e Soto Ballestero (2008) relatam a relação entre o diâmetro do fruto<br />

central da fileira externa de frutos da segunda penca e a idade dos cachos para a<br />

colheita, sendo por isso, tal fruto utilizado como referência na indicação do ponto<br />

de colheita do cacho. Pádua (1978) também obteve estimativas positivas e altas<br />

para as correlações entre o diâmetro dos frutos da segunda penca e a produção.<br />

As associações entre as massas do cacho e das pencas com a massa do<br />

fruto da fileira externa da quarta penca foram estatisticamente significativas,<br />

positivas e com maior valor em relação às outras variáveis, sendo<br />

respectivamente 0,73 e 0,75 (TABELAS 15 e 16). Isso indica que a quarta penca<br />

do cacho é fortemente relacionada à produção (MEYER, 1975). Dessa menira,<br />

com base <strong>no</strong>s dados de Meyer (1975) e <strong>no</strong> presente trabalho, infere-se que a<br />

quarta e a quinta penca podem ser tão adequadas para o desenvolvimento de<br />

estudos de pós-colheita e para a programação do ponto de colheita quanto à<br />

segunda penca, referência para estudos e procedimento clássico na bananicultura<br />

para determinação do ponto de colheita para alguns genótipos (JARAMILLO,<br />

1982), o que sugere pesquisas específicas para comprovação dessa hipótese.<br />

As variáveis massa do cacho e massa das pencas, em relação ao<br />

comprimento exter<strong>no</strong> do fruto da fileira externa da quarta penca apresentaram<br />

correlações significativas e positivas, respectivamente de 0,64 e 0,66 (TABELAS<br />

15 e 16). Soares (2010) relatou esses valores para a cultivar Tropical. Outros<br />

58


autores (PÁDUA, 1978; JARAMILLO, 1982; DADZIE, 1998; DONATO et al.,<br />

2006a) encontraram associação positiva e significativa entre a produção e o<br />

comprimento exter<strong>no</strong> do fruto, o que a preconiza como característica varietal para<br />

alguns genótipos.<br />

De acordo com o estudo de correlação, pode-se sugerir que os descritores<br />

de rendimento apresentam potencial para compor o modelo de predição. Nesse<br />

contexto, os maiores coeficientes de determinação obtidos para as estimativas de<br />

colheita, tanto para massa do cacho quanto para massa das pencas, foram<br />

observados com as variáveis de rendimento, número de frutos e massa do fruto da<br />

fileira externa da quarta penca para a bananeira 'Prata-Anã'.<br />

Em análise do coeficiente de determinação, para as mesmas estimativas<br />

de colheita, o híbrido BRS Platina expressou valores inferiores aos apresentados<br />

pela genitora, porém considerados adequados, sendo R² = 0,80 e 0,79,<br />

respectivamente, para a massa do cacho (TABELA 17) e massa das pencas<br />

(TABELA 18). Isso é justificável, uma vez que as associações entre a massa do<br />

cacho e os demais caracteres em bananeira podem variar entre genótipos e ciclos<br />

e inclusive entre os híbridos e seus respectivos genitores (FLORES, 2000;<br />

DONATO et al., 2006a; ARANTES et al., 2010).<br />

Os coeficientes de variação apresentaram similaridade entre os genótipos.<br />

As melhores equações para determinar a massa do cacho e a massa das pencas na<br />

colheita, em bananeira ‘BRS Platina’, foram, respectivamente (TABELAS 17 e<br />

18):<br />

MĈA = -14,2494+0,155647NFR+0,117627MFFE5, e;<br />

M Pˆ E = -13,8663+0,144082NFR+0,108365MFFE5.<br />

Em que MĈA e M Pˆ E indicam respectivamente a massa do cacho e a<br />

massa das pencas; NFR = número de frutos e MFFE5 = massa do fruto da fileira<br />

externa da quinta penca. As demais variáveis mensuradas à colheita não foram<br />

significativas pelo procedimento utilizado para a escolha dos modelos.<br />

59


TABELA 17. Componentes da equação de predição para massa do cacho da<br />

bananeira ‘BRS Platina’, em função das características de<br />

rendimento.<br />

Coeficientes<br />

Constante 1 NPE NFR NFR5 MFFE5 CEFFE5 DFFE5 R² CV(%)<br />

-14,2494 --- 0,155647 --- 0,117627 --- --- 0,80 22,87<br />

¹NPE, número de pencas; NFR, número de frutos; NFR5, número de frutos da 5ª penca; MFFE5,<br />

massa do fruto da fileira externa da 5ª penca; CEFFE5, comprimento exter<strong>no</strong> do fruto da fileira<br />

externa da 5ª penca; DFFE5, diâmetro do fruto da fileira externa da 5ª penca; ---, variáveis não<br />

significativas pelo procedimento backward elimination<br />

TABELA 18. Componentes da equação de predição para massa das pencas da<br />

bananeira ‘BRS Platina’, em função das características de<br />

rendimento.<br />

Coeficientes<br />

Constante 1 NPE NFR NFR5 MFFE5 CEFFE5 DFFE5 R² CV(%)<br />

-13,8663 --- 0,144082 --- 0,108365 --- --- 0,79 23,15<br />

¹NPE, número de pencas; NFR, número de frutos; NFR5, número de frutos da 5ª penca; MFFE5,<br />

massa do fruto da fileira externa da 5ª penca; CEFFE5, comprimento exter<strong>no</strong> do fruto da fileira<br />

externa da 5ª penca; DFFE5, diâmetro do fruto da fileira externa da 5ª penca; ---, variáveis não<br />

significativas pelo procedimento backward elimination.<br />

Vários modelos podem ser usados para descrever o rendimento de<br />

plantas. Todavia, Cunha (2011) constatou que o crescimento dos frutos de<br />

amexeira 'Gulfblase' apresentou comportamento linear. O ajuste do modelo<br />

poli<strong>no</strong>mial proporcio<strong>no</strong>u coeficiente de determinação acima de 0,71, sugerindo<br />

que os modelos explicam acima de 71% das variações ocorridas <strong>no</strong> diâmetro do<br />

fruto da amexeira devido às variações <strong>no</strong> tempo. Dessa forma, <strong>no</strong>ta-se que a<br />

tendência do crescimento do diâmetro dos frutos foi sempre crescente. Godoy e<br />

Cardoso (2003) ajustaram o modelo poli<strong>no</strong>mial ao diâmetro longitudinal do fruto<br />

do melão, cultivar Louis, obtendo um coeficiente de determinação igual a 0,77.<br />

No intuito de estimar a produção em duas variedades de algodão, vr.<br />

America<strong>no</strong> e Desi, Shamim & Mahey (2000) verificaram, pela regressão linear<br />

múltipla, que o rendimento de algodão em caroço (MCA), variedade America<strong>no</strong>,<br />

60


apresentou alto coeficiente de determinação com as variáveis conteúdo de<br />

clorofila (CL) e número de capulhos abertos por planta (NCA), dada pela<br />

seguinte equação: MCA= 4,74 + 1,32CL + 0,54NCA, R² = 0,95. Nessa avaliação,<br />

a produção de caroço de algodão, variedade Desi, também foi correlacionada;<br />

contudo, o modelo associou quatro variáveis independentes à equação, em que a<br />

massa de algodão em caroço (MCA) foi estimada pelo número de flores por<br />

planta (NFP), número de capulhos abertos por planta (NCA), número de<br />

capulhos total por planta (NCT) e capulhos fechados por planta (NCF), sendo a<br />

equação resultante, MCA= 14,97+0,40NFP+0,31 NCA-0,21NCT+0,23NCF, R² =<br />

0,99.<br />

Scarpari (2002) buscou, através de parâmetros climáticos, obter modelos<br />

para a previsão da produtividade da cana-de-açúcar (Saccharum spp.). O modelo<br />

considerado pode fornecer valores de produção com um mês de antecedência da<br />

colheita, sendo de extrema valia <strong>no</strong> planejamento de corte, pois o tempo de<br />

planejamento numa usina geralmente é escasso. Com relação ao coeficiente de<br />

determinação obtido R² = 0,76, este é um valor que explica cerca de 76% da<br />

variação da produção, sendo o restante (24%) devido a fatores que não foram<br />

considerados <strong>no</strong> modelo, como a própria diferença varietal.<br />

As correlações entre as variáveis massa do cacho e massa das pencas<br />

apresentaram os mesmos valores, sendo expressos na Tabela 19, para o número<br />

de pencas, número de frutos, número de frutos da quinta penca, massa do fruto da<br />

fileira externa da quinta penca, comprimento exter<strong>no</strong> do fruto da fileira externa da<br />

quinta penca e o diâmetro do fruto da fileira externa da quinta penca, bem como<br />

as correlações entre si, para a bananeira ‘BRS Platina’. Foi realizada a análise de<br />

correlação apenas para variáveis significativas pela regressão linear múltipla para<br />

predição da massa do cacho.<br />

61


TABELA 19. Coeficientes de correlações fe<strong>no</strong>típicas entre a massa do cacho ou<br />

a massa das pencas e características de rendimento para bananeira<br />

‘BRS Platina’.<br />

1 MCA ou<br />

MPE<br />

NPE NFR NFR5 MFFE5 CEFFE5 DFFE5<br />

NPE 0,59 1,00<br />

NFR 0,73 0,90 1,00<br />

NFR5 0,65 0,61 0,78 1,00<br />

MFFE5 0,66 0,14 0,23 0,30 1,00<br />

CEFFE5 0,57 0,05 0,16 0,34 0,79 1,00<br />

DFFE5 0,34 0,08 0,08 0,03 0,58 0,26 1,00<br />

1 MCA ou MPE, massa do cacho ou das pencas; NPE, número de pencas; NFR, número de frutos;<br />

NFR5, número de frutos da 5ª penca; MFFE5, massa do fruto da fileira externa da 4ª penca;<br />

CEFFE5, comprimento exter<strong>no</strong> do fruto da fileira externa da 5ª penca; DFFE5, diâmetro do fruto da<br />

fileira externa da 5ª penca.<br />

Pela análise da Tabela 19, depreende-se que os descritores de rendimento,<br />

número de frutos e massa do fruto da fileira externa da quinta penca,<br />

apresentaram maiores coeficientes de correlação em relação às demais variáveis.<br />

Esse fato credencia essas variáveis para compor o modelo de predição de colheita<br />

para o híbrido BRS Platina.<br />

Em síntese, a variável de maior correlação para a massa do cacho e massa<br />

das pencas foi o número de frutos, para os dois genótipos (TABELAS 15, 16 e<br />

19). Apesar da massa do fruto da fileira externa ter apresentado valores<br />

interessantes de coeficiente de correlação para as bananeiras tipo Prata, houve<br />

divergência para os genótipos em função da posição da penca, sendo a quinta<br />

penca a segunda maior expressão para o híbrido BRS Platina (TABELA 19),<br />

enquanto para a 'Prata-Anã', a maior correlação foi obtida para a massa do fruto<br />

da fileira externa da quarta penca (TABELAS 15 e 16).<br />

Consoante Jaramillo (1982) e Carvalho (1995), a massa do cacho de um<br />

genótipo está estreitamente relacionada ao número de frutos, que, por sua vez, é<br />

diretamente proporcional ao número de pencas. Jaramillo (1982) estimou<br />

equações de regressão e verificou que o número de pencas por cacho está<br />

fortemente relacionado com a massa do cacho. Outros autores (FERNANDEZ<br />

62


CALDAS et al., 1977; HOLDER & CUMBS, 1982) confirmam a relação dos<br />

componentes, massa do cacho e pencas, com o número de pencas. Dessa forma,<br />

pode-se inferir que os caracteres de produção e número de pencas são diretamente<br />

correlacionados. Donato et al. (2006a) verificaram coeficientes de correlações de<br />

0,94 e 0,92, respectivamente, para 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, entre massa do<br />

cacho e número de pencas, <strong>no</strong> primeiro ciclo de produção. Também a massa das<br />

pencas correlacio<strong>no</strong>u significativamente com o número de pencas, como era de se<br />

esperar, pois a massa do cacho é semelhante à massa das pencas, sem a ráquis.<br />

Arantes et al. (2010) encontraram correlação de 0,97 e 0,98 entre massa do cacho<br />

e massa das pencas, respectivamente, com número de pencas em bananeiras tipo<br />

Terra.<br />

Assim, diante da alta correlação <strong>no</strong>rmalmente encontrada entre a<br />

produção e o número de pencas, aliada a facilidade de mensuração e o seu caráter<br />

não destrutivo, essa variável foi testada como componente da equação de<br />

predição das massas do cacho e das pencas para as bananeiras 'Prata-Anã' e ‘BRS<br />

Platina’. Ajustaram-se, dessa forma, modelos de regressão linear simples entre<br />

essas variáveis (TABELA 20) a partir das médias das repetições, considerando<br />

como variável independente o número de pencas.<br />

O número de pencas é uma característica de fácil determinação, por<br />

contagem simples, e pode ser obtido ainda na fase de florescimento, bem anterior<br />

à colheita do cacho da 'Prata-Anã' e da 'BRS Platina', cerca de 120 a 150 dias<br />

(DONATO et al., 2006, 2009), e que, associado à técnica de marcação do cacho<br />

por idade como critério de ponto de colheita (LICHTEMBERG et al., 2008;<br />

SOTO BALLESTERO, 2008), possibilita prever a época e a quantidade da<br />

colheita com maior precisão.<br />

Os modelos de regressão linear simples que estimam as massas do cacho<br />

e das pencas, para a 'Prata-Anã e ‘BRS Platina’, mostraram valores significativos<br />

para a variável de rendimento, número de pencas (TABELA 20). Dessa forma, o<br />

63


número de pencas apresentou dependência linear <strong>no</strong> modelo de predição de<br />

colheita para os genótipos tipo Prata. Assim, a genitora 'Prata-Anã', tanto para a<br />

massa das pencas (FIGURA 9) quanto para a massa do cacho (FIGURA 10), com<br />

a variável número de pencas ajustou r² de 0,99. Para o híbrido BRS Platina, o<br />

coeficiente de determinação foi de 0,97 para as massas do cacho (FIGURA 11) e<br />

das pencas (FIGURA 12) também, com a variável número de pencas. Outrossim,<br />

Jaramillo (1982) observou, por meio da regressão linear, ajuste de alta<br />

dependência linear (r² 0,99) entre o número de pencas e a massa do cacho para<br />

cultivares tipo Cavendish.<br />

TABELA 20. Modelos de predição para as massas do cacho e das pencas, em<br />

bananeiras tipo Prata, 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’, em função do<br />

número de pencas, Guanambi, BA, 2009.<br />

Genótipo ¹Estimativa (Yˆ ) Equação de regressão linear simples ²(X) (r²)<br />

Prata-Anã MCA Yˆ = -12,3804 + 3,55401**X NPE 0,99<br />

Prata-Anã MPE Yˆ = -10,0485 + 3,07985**X NPE 0,99<br />

BRS Platina MCA Yˆ = -1,36638 + 3,01573**X NPE 0,97<br />

BRS Platina MPE Yˆ = -2,73380 + 2,87825**X NPE 0,97<br />

¹Estimativa de rendimento( Yˆ): MCA = massa do cacho; MPE = massa das pencas;²Variável<br />

independente (X): NPE = número de pencas.<br />

Os modelos de regressão linear simples para os genótipos Prata-Anã e<br />

BRS Platina podem ser vistos, respectivamente, nas Figuras 9, 10 e 11, 12. Desse<br />

modo, estima-se que, para cada penca aumentará o valor correspondente ao<br />

coeficiente que acompanha a variável independente, na massa do cacho em<br />

quilos. O coeficiente de determinação (r²) mostrado nas ilustrações representa o<br />

ajuste dos dados para a predição da colheita em função do número de pencas.<br />

64


yˆ<br />

12,3804<br />

r ² 0,99<br />

3,55401<br />

* * x<br />

FIGURA 9. Massa do cacho em função do número de pencas em bananeira<br />

'Prata-Anã'.<br />

yˆ<br />

10,0485<br />

3,07985 ** x<br />

r²<br />

0,99<br />

FIGURA 10. Massa das pencas em função do número de pencas em bananeira<br />

'Prata-Anã'.<br />

65


yˆ<br />

<br />

1,36638<br />

<br />

3,01573<br />

* * x<br />

r ²<br />

<br />

0,97<br />

FIGURA 11. Massa do cacho em função do número de pencas em bananeira<br />

'BRS Platina'.<br />

yˆ<br />

2,7338<br />

2,87825 ** x<br />

r²<br />

0,97<br />

FIGURA 12. Massa das pencas em função do número de pencas em bananeira<br />

'BRS Platina'.<br />

66


Pelas equações de regressão linear simples foi possível estimar com alta<br />

precisão o rendimento em massa do cacho (FIGURA 9) e em massa das pencas<br />

(FIGURA 10) para ‘Prata-Anã’. Nesta mesma ordem, a razão do aumento da<br />

massa por pencas foi estimada em 3,55 kg e 3,08 kg, e o rendimento em massa do<br />

cacho (FIGURA 11) e em massa das pencas (FIGURA 12) para o híbrido BRS<br />

Platina apresentou, por penca, respectivamente, um aumento estimado em 3,02 kg<br />

e 2,88 kg.<br />

Dessa forma, para compor a equação, buscou-se a facilidade na obtenção<br />

dos valores da variável de rendimento aliada ao seu alto coeficiente de correlação<br />

com a produção. Nesse conjunto, o ajuste dos dados proporcio<strong>no</strong>u r² 0,99 e 0,97,<br />

respectivamente para ‘Prata-Anã' e ‘BRS Platina’. Este resultado sugere que o<br />

modelo de previsão encontrado nas Figuras 9 a 12 é significativo e de grande<br />

aplicação científica e prática. Além disso, como estes modelos utilizam a variável<br />

número de pencas do cacho, que é definida na floração, ou seja, 3 a 4 meses antes<br />

da colheita, possibilita-se que o produtor faça seu planejamento.<br />

67


5 – CONCLUSÕES<br />

1- Os modelos de regressão linear simples estimam, com relativa precisão, as<br />

massas do cacho e das pencas, com base <strong>no</strong> perímetro do pseudocaule mensurado<br />

ao nível do solo, para bananeiras 'Prata-Anã' e ‘BRS Platina’.<br />

2- Os modelos de regressão linear múltipla estimam, com adequada precisão, as<br />

massas do cacho e das pencas, em função das características número de frutos e<br />

massa do fruto da quarta penca para 'Prata-Anã', e número de frutos e massa do<br />

fruto da quinta penca para ‘BRS Platina’.<br />

3- Os modelos de regressão linear simples possibilitam predição das massas do<br />

cacho e das pencas, em função do número de pencas, com antecedência de pelo<br />

me<strong>no</strong>s 120 dias à colheita, e alta precisão, para 'Prata-Anã' (r²= 0,99) e ‘BRS<br />

Platina’ (r²= 0,97), o que assegura a consistência das regressões para estimativa<br />

da produção em bananeiras tipo Prata.<br />

68


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