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Saca<br />

informativo<br />

rolhas<br />

Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

Programa de Desenvolvimento da Cadeia<br />

Produtiva de Vinhos, Espumantes e Suco de Uva<br />

A força<br />

do vinho<br />

brasileiro<br />

RS colhe a maior safra<br />

de uva da história<br />

| Página 4<br />

1% da riqueza do RS vem<br />

do setor vitivinícola<br />

| Página 3<br />

Exportações crescem<br />

40% no 1º semestre<br />

| Página 27<br />

Venda de vinhos no<br />

Brasil aumenta 8%<br />

| Página 5<br />

Foto: Gilmar Gomes<br />

Suco sabor uva é o mais<br />

consumido do país<br />

| Página 13<br />

Brasil ganha medalha<br />

de ouro em Londres<br />

| Página 23<br />

Top Ten moscatéis do<br />

mundo inclui o Brasil<br />

| Página 21


Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

informativo<br />

Saca-rolhas<br />

Vinhos do Brasil será tema<br />

do Carnaval da Restinga<br />

Festa popular<br />

Lançamento oficial do tema, regado a vinho e macarronada, reuniu mais de 400 pessoas no último dia 6 de<br />

agosto, na sede da escola de samba Estado Maior da Restinga, atual campeã do Carnaval de Porto Alegre.<br />

Setor vitivinícola produz 1% da<br />

riqueza do Rio Grande do Sul<br />

Pujança<br />

Economista da FEE (Fundação de Economia e Estatística) informou que um estudo inédito mostra que o setor<br />

vitivinícola é dono de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) do Rio Grande do Sul. Parece pouco, mas é muito.<br />

2<br />

“Da mitologia à realidade, a<br />

Tinga de Taça na Mão! Vinhos do<br />

Brasil, sinônimo de qualidade, saúde,<br />

prazer e prosperidade!” Este é<br />

o enredo que a escola de samba<br />

Estado Maior da Restinga, de Porto<br />

Alegre, levará ao Porto Seco no<br />

Carnaval 2012.<br />

O lançamento oficial do tema<br />

foi realizado no dia 6 de agosto, na<br />

sede da Tinga, na zona Sul da Capital,<br />

com a presença de aproximadamente<br />

400 pessoas. Prestigiaram<br />

o ato o presidente da Assembleia<br />

Legislativa do Rio Grande do Sul,<br />

deputado Adão Villaverde, o diretor-executivo<br />

da Fecovinho, Hélio<br />

Marchioro, e demais vereadores,<br />

secretários municipais e autoridades<br />

em geral. “Este o pontapé inicial<br />

para o bicampeonato”, disse o<br />

presidente da Tinga, Róbson Dias,<br />

o popular “Preto”.<br />

Expediente<br />

Presidente: Júlio Gilberto Fante<br />

Vice-presidente: Denis Debiasi<br />

Diretor-executivo:<br />

Carlos Raimundo Paviani<br />

Conselho Deliberativo formado<br />

pelas seguintes associações:<br />

Associação Gaúcha de Viticultores (Agavi),<br />

Federação das Cooperativas de Vinho<br />

do Estado do RS (Fecovinho), Associação<br />

Brasileira de Enologia (ABE), Comissão<br />

Interestadual da Uva, Secretaria da Agricultura,<br />

Pecuária, Pesca e Agronegócio<br />

(Seappa), Sindicato da Indústria do Vinho<br />

do Rio Grande do Sul (Sindivinho-<br />

RS), Sindicato Rural de Caxias do Sul<br />

(Sindirural-Caxias), Associação Nacional<br />

dos Engarrafadores de Vinho (ANEV), Associação<br />

Catarinense de Vinhos Finos de<br />

Altitude (Acavitis) e União Brasileira da<br />

Vitivinicultura (Uvibra).<br />

Edição e textos:<br />

Orestes de Andrade Jr.<br />

Planejamento Gráfico:<br />

Alvo Global Publicidade e Propaganda<br />

IBRAVIN<br />

CNPJ: 02.728.155/0001-74.<br />

Alameda Fenavinho, 481. Edificação 29<br />

Bento Gonçalves - RS<br />

Telefone e fax: + 55 54 3455.1800<br />

E-mail: imprensa@ibravin.org.br<br />

O diretor-executivo do <strong>Ibravin</strong>,<br />

Carlos Raimundo Paviani, comentou<br />

que a democratização do consumo<br />

de vinho no Brasil pode ser<br />

ajudada por esta grande festa popular<br />

que é o Carnaval. “Estamos<br />

unindo duas coisas históricas, a<br />

produção de vinho e o Carnaval,<br />

para realizarmos uma grande festa”,<br />

disse ele.<br />

O gerente de Marketing do <strong>Ibravin</strong>,<br />

Diego Bertolini, destacou a<br />

mudança de cultura da Tinga já no<br />

lançamento do enredo: “O evento<br />

foi regado a vinho e macarronada,<br />

substituindo a tradicional cerveja e<br />

o churrasco dos barracões da escola<br />

de samba”, comparou.<br />

A confirmação do tema Vinhos<br />

do Brasil como samba-enredo da<br />

Tinga em Porto Alegre faz parte do<br />

Projeto Carnaval do <strong>Ibravin</strong>. “Vamos<br />

começar pela nossa casa, o Rio<br />

A força do vinho brasileiro<br />

tem se mostrado de diversas formas<br />

nos últimos meses. Nos propomos<br />

a reunir alguns exemplos<br />

desta pujança nesta quarta edição<br />

do informativo Saca-rolhas.<br />

Começamos com a revelação de<br />

que o setor vitivinícola é responsável<br />

por 1% do PIB (Produto<br />

Interno Bruto) do Rio Grande<br />

do Sul, principal estado produtor<br />

de vinhos do Brasil. Parece<br />

pouco, mas na comparação com<br />

outros setores, vimos que é uma<br />

fatia considerável, que demonstra<br />

em números a potência do<br />

setor que gera emprego para<br />

mais de 20 mil famílias só no<br />

RS. Mais detalhes estão colocados<br />

na página 3.<br />

A seguir, na página 4, podese<br />

conferir o volume da maior<br />

safra de uvas da história dos<br />

viticultores gaúchos. O positivo<br />

balanço de vendas do primeiro<br />

EDITORIAL<br />

RAINHAS da Escola de Samba Estado Maior da Restinga<br />

entraram no clima e brindaram com vinho brasileiro<br />

Grande do Sul, para depois fazer<br />

o mesmo em escolas de samba de<br />

São Paulo e do Rio de Janeiro no<br />

Carnaval de 2013”, adiantou Bertolini.<br />

“Aí estaremos às vésperas da<br />

Copa do Mundo e das Olimpíadas<br />

no Brasil, o que ajudará muito na<br />

divulgação dos vinhos brasileiros”,<br />

explicou o gerente de Marketing do<br />

<strong>Ibravin</strong>.<br />

semestre segue o roteiro de vigor<br />

do vinho brasileiro, na página 5.<br />

O sucesso no exterior é pauta de<br />

reportagens publicadas a partir<br />

da página 26, destacando os negócios<br />

fechados nas principais<br />

feiras de vinhos do mundo, como<br />

a London Wine Fair e a Vinexpo.<br />

O reconhecimento à qualidade<br />

dos rótulos verde-amarelos também<br />

chegou este ano em forma<br />

de prêmios - já são mais de 60<br />

medalhas só em 2011. A mais notória<br />

foi a primeira medalha de<br />

ouro dos vinhos do Brasil recebida<br />

no International Wine Challenge<br />

2011, um dos concursos<br />

independentes de vinhos mais<br />

prestigiados e infl uentes do mundo.<br />

Além disso, tratamos das novas<br />

tencologias e dos projetos<br />

que estão sendo forjados para<br />

dar sequência ao crescimento<br />

do setor no Brasil e no mundo.<br />

Foto: Dulce Helfer<br />

O setor vitivinícola é dono de<br />

1% do PIB (Produto Interno Bruto)<br />

do Rio Grande do Sul, estado<br />

responsável por cerca de 90% da<br />

produção brasileira de vinhos. A<br />

informação, inédita, foi divulgada<br />

no dia 13 de julho, em Bento Gonçalves,<br />

pelo economista Carlos<br />

Paiva, da Fundação de Economia<br />

e Estatística (FEE), que participou<br />

de seminário “Dimensionamento<br />

do Arranjo Vitivinícola Gaúcho<br />

e Custos da Produção Vinícola”,<br />

promovido pelo Projeto Observinho,<br />

realizado pelo <strong>Ibravin</strong> e pela<br />

UFRGS (Universidade Federal do<br />

Rio Grande do Sul), com patrocínio<br />

do CNPQ (Conselho Nacional<br />

de Pesquisa).<br />

Segundo o estudo feito por<br />

Paiva, a elaboração de vinhos e<br />

derivados corresponde a quase<br />

40% das riquezas produzidas pelo<br />

setor de bebidas no Estado, cuja<br />

fatia do PIB gaúcho é de 2,55%.<br />

“O desempenho positivo do setor<br />

é surpreendente, com uma performance<br />

excepcionalmente boa”,<br />

avaliou o economista. Paiva comparou<br />

o setor vitivinícola com outras<br />

cadeias produtivas do RS para<br />

comprovar a importância da uva e<br />

seus produtos derivados á economia<br />

gaúcha.<br />

O setor de laticínios, por exemplo,<br />

possui 1,5% do PIB gaúcho e<br />

um setor vistoso, como os serviços<br />

industriais de utilidade pública<br />

(empresas de energia, gás e água,<br />

entre outras), gera apenas 0,5% da<br />

riqueza produzida no Estado. “É<br />

impressionante que o setor vitivinícola<br />

seja responsável pelo dobro<br />

da geração de emprego e renda<br />

das empresas de energia”, observou<br />

Paiva. O economista chamou<br />

a atenção para o fato de que todo<br />

o estudo foi baseado na Matriz de<br />

Insumo Produto, que elimina os<br />

efeitos de dupla contagem e extrai<br />

as importações interestaduais do<br />

valor agregado setorial.<br />

Suco de uva<br />

O suco de uva, que vive uma<br />

participação crescente na produção<br />

vitivinícola, já corresponde a 30%<br />

do PIB gerado pelo setor (1% do<br />

RS). Em 2007, 36% do faturamento<br />

do setor estavam ligados à elaboração<br />

de suco de uva. Em 2010,<br />

este índice passou para 42%. “O<br />

setor está respondendo de forma<br />

criativa e eficiente à reestruturação<br />

que está obrigado a processar,<br />

tendo em vista o ingresso massivo<br />

de produtos importados, e isso se<br />

dá justamente pela mudança da<br />

matriz produtiva, investindo na<br />

diversificação, por meio do suco e<br />

dos espumantes”, analisou o economista<br />

da FEE.<br />

O estudo ainda apontou que<br />

existe uma “sustentabilidade expressiva<br />

do setor vitiviníciola”,<br />

com a ampliação do cultivo de uva<br />

e elaboração de vinho e derivados<br />

em outras regiões do RS (Campanha<br />

Gaúcha, Serra do Sudeste,<br />

Campos de Cima da Serra, entre<br />

outras), mas mostrou que a geração<br />

de empregos na indústria está<br />

estagnada.<br />

Ao contrário de outros estados,<br />

onde há evolução no emprego na<br />

cadeia produtiva. “Se analisarmos<br />

ainda o impacto da produção de<br />

riqueza na renda das pessoas envolvidas<br />

no setor, o desempenho<br />

da cadeia vitivinícola tende a ganhar<br />

ainda mais importância para<br />

o RS”, argumentou Paiva. “O setor<br />

é, sem dúvida, mais democrático<br />

que outras cadeias produtivas<br />

existentes no Estado”.<br />

“Estes números só demonstram<br />

a importância que a produção de<br />

uva, vinhos e derivados têm para<br />

o Rio Grande do Sul, com 20 mil<br />

famílias produtoras”, comentou o<br />

diretor-executivo do <strong>Ibravin</strong>, Carlos<br />

Paviani.<br />

Foto: Orestes de Andrade Jr.<br />

ECONOMISTA Carlos Paiva, da Fundação de Economia e Estatística (FEE), que divulgou os dados no seminário organizado pelo Projeto Observinho<br />

3


Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

informativo<br />

Saca-rolhas<br />

Rio Grande do Sul colhe uma<br />

safra de uva recorde este ano<br />

Volume histórico<br />

Estado teve 707,2 milhões de kg de uvas tirados dos parreirais de 151 municípios, 34,2% a mais do que os 526,8<br />

milhões de kg da safra passada. Recorde histórico é 10% superior aos 634 milhões de Kg de uva da safra 2008.<br />

Venda de vinho cresce 8% no<br />

1º semestre do ano de 2011<br />

Resultado positivo<br />

<strong>Ibravin</strong> divulga balanço de vendas de vinhos, espumantes e suco de uva de janeiro a junho deste ano. O total de<br />

6,8 milhões de litros de vinho fino tinto vendido no primeiro semestre deste ano supera todos os últimos seis anos.<br />

4<br />

A safra de uva colhida este ano<br />

no Rio Grande do Sul é a maior da<br />

história. Segundo dados do <strong>Ibravin</strong>,<br />

divulgados dia 18 de julho na<br />

Secretaria da Agricultura, Pecuária<br />

e Agronegócio (Seapa), com a presença<br />

do secretário Luiz Fernando<br />

Mainardi, foram colhidos 707,2<br />

milhões de quilos de uvas no RS,<br />

estado responsável por cerca de<br />

90% da elaboração brasileira de<br />

vinhos e 55% da produção de uvas.<br />

O crescimento é de 180,4 milhões<br />

de quilos – 34,2% a mais do que<br />

os 526,8 milhões de quilos colhidos<br />

na safra de 2010. Até agora,<br />

a maior safra da história era a de<br />

2008, que teve a colheita de 634<br />

milhões de quilos de uva, 10,3%<br />

menor do que a atual.<br />

O maior aumento ocorreu nas<br />

uvas comuns (americanas ou híbridas),<br />

que resultaram numa colheita<br />

de 624,9 milhões de quilos, enquanto<br />

as uvas viníferas somaram 82,3<br />

milhões de quilos, um pouco menor<br />

do que o recorde de 83,8 milhões de<br />

quilos da safra 2008. No ano passado,<br />

a safra de uva vinífera foi de<br />

46,1 milhões de quilos.<br />

Quase a metade das uvas comuns<br />

foi destinada à elaboração de<br />

suco, seguindo uma tendência observada<br />

desde a safra passada. Na<br />

comparação com 2004, dobrou o<br />

volume de uva comum designada<br />

ao suco, pulando de 24,2% em 2004<br />

para 49% este ano. “Felizmente, o<br />

aumento considerável na produção<br />

de uva no Estado foi destinado, em<br />

sua grande maioria, para a elaboração<br />

de suco”, afirmou o presidente<br />

do Conselho Deliberativo do <strong>Ibravin</strong>,<br />

Júlio Fante.<br />

O mercado do suco de uva cresceu<br />

300% nos últimos sete anos no<br />

Brasil. Em 2010, o aumento nas<br />

vendas de suco de uva pronto para<br />

beber foi de 20%. Isso justifica a<br />

preferência dos viticultores pelas<br />

variedades americanas ou híbridas,<br />

sobretudo Bordô e Isabel. “O suco<br />

CARLOS Paviani (diretor-executivo do <strong>Ibravin</strong>), Júlio Fante (presidente do Conselho Deliberativo do <strong>Ibravin</strong>), Luiz<br />

Fernando Mainardi (secretário estadual da Agricultura) e Cláudio Fioreza (secretário adjunto da Agricultura do RS)<br />

de uva consolida-se como uma alternativa<br />

viável para o maior equilíbrio<br />

do setor, diminuindo o destino<br />

de uvas comuns à produção de vinho<br />

de mesa, que ainda sofre com<br />

os altos estoques”, observou Fante.<br />

A produção de uvas viníferas foi<br />

dominada – mais de 60% – por cinco<br />

municípios nesta safra: Bento Gonçalves<br />

(25% do total), Farroupilha<br />

(15,7%), Monte Belo do Sul (10%),<br />

Santana do Livramento (6%) e Garibaldi<br />

(5,6%). Na sequencia dos 10<br />

maiores municípios produtores de<br />

uvas viníferas aparecem São Jorge,<br />

Cotiporã, Flores da Cunha, Encruzilhada<br />

do Sul e Veranópolis.<br />

O diretor-executivo do <strong>Ibravin</strong>,<br />

Carlos Raimundo Paviani,<br />

Evolução de vinícolas no RS<br />

lembrou que o aumento da safra<br />

de uva está relacionado às novas<br />

áreas de cultivo implantadas<br />

nos últimos anos e que só agora<br />

entram definitivamente em produção,<br />

especialmente na Serra<br />

Gaúcha, a mais tradicional região<br />

produtora do Brasil. “Expandimos<br />

a área produtiva de uva na Serra<br />

Gaúcha e também em outras regiões,<br />

como a Campanha, a Serra<br />

do Sudeste e inclusive o Norte do<br />

Estado”, disse. Mainardi ressaltou<br />

a presença da Campanha Gaúcha,<br />

que com apenas 16 vinícolas já<br />

possui em torno de 15% da produção<br />

de vinhos finos, elaborados a<br />

partir de uvas de variedades Vitis<br />

viníferas.<br />

• O número de empresas vinícolas no Rio Grande do Sul soma 751 este ano, contra<br />

741 no ano passado.<br />

• Os primeiros cinco municípios sede destas empresas são Flores da Cunha (25%),<br />

Caxias do Sul (17,4%), Bento Gonçalves (10,7%), Garibaldi (8,8%) e Farroupilha<br />

(6%).<br />

• Em relação há cinco aos, ocorreu uma elevação de 10% no total de empresas<br />

vinícolas no RS e, há uma década, o crescimento foi de 71%.<br />

• 151 municípios gaúchos – 30% do total do RS – produziram uva nesta safra,<br />

contra 141 na safra de 2010.<br />

• Em 2004, por exemplo, havia 119 (24%) municípios produtores de uva no RS.<br />

Foto: Vilmar da Rosa / Seapa<br />

A comercialização de vinhos finos<br />

e de mesa elaborados no Rio<br />

Grande do Sul – responsável por<br />

cerca de 90% da produção nacional<br />

– alcançou um crescimento de<br />

8% no primeiro semestre no Brasil.<br />

Conforme levantamento do<br />

<strong>Ibravin</strong>, foram vendidos 112,5 milhões<br />

de litros de vinhos finos e de<br />

mesa de janeiro a junho deste ano,<br />

ante 104,3 milhões de litros colocados<br />

nos primeiros seis meses de<br />

2010. “É o maior volume de venda<br />

de vinhos finos e de mesa do primeiro<br />

semestre dos últimos quatro<br />

anos”, comemorou o presidente do<br />

Conselho Deliberativo do <strong>Ibravin</strong>,<br />

Júlio Fante. “Estamos em um bom<br />

ano, tendo a ajuda do frio nas regiões<br />

Sul e Sudeste, o que nos permitindo<br />

recuperar parte do espaço<br />

perdido no ano passado”, observou<br />

Fante.<br />

Os vinhos finos tintos tiveram<br />

suas vendas aumentadas em 4,4%<br />

no período e os tintos de mesa cresceram<br />

8,5%. O total de 6,8 milhões<br />

de litros de vinho fino tinto vendido<br />

no primeiro semestre deste ano<br />

supera todos os últimos seis anos.<br />

“Cada vez mais o consumidor tem<br />

se voltado a descobrir a evolução<br />

do vinho brasileiro e isso tem se<br />

refletido nas vendas”, salientou<br />

Fante.<br />

A comercialização de espumantes<br />

manteve-se estável no primeiro<br />

semestre deste ano em relação ao<br />

mesmo período do ano passando,<br />

com a colocação dos mesmos<br />

11,77 milhões de litros de 2010.<br />

“O forte da venda de espumantes é<br />

no segundo semestre, quando mais<br />

da metade da produção é colocada<br />

no mercado”, explicou.<br />

<strong>Ibravin</strong> e Baco Multimídia preparam<br />

Anuário sobre os Vinhos do Brasil<br />

O <strong>Ibravin</strong>, em parceria com<br />

a Baco Multimídia, prepara o<br />

Anuário Vinhos do Brasil, uma<br />

publicação que fará um panorama<br />

completo da produção nacional<br />

de vinhos.<br />

A revista premium, padrão table<br />

book, trará as regiões produtoras,<br />

as castas mais utilizadas, os<br />

vinhos, as rotas do vinho, o enoturismo,<br />

a gastronomia, os principais<br />

restaurantes que privilegiam cartas<br />

com rótulos verde-amarelos, entre<br />

outros destaques. Sempre com<br />

muitas dicas e serviços (endereços,<br />

sites, telefones e e-mails).<br />

“Hoje não há nenhuma publicação<br />

que contenha um cenário amplo<br />

dos Vinhos do Brasil e é justamente<br />

isso que o Anuário buscará<br />

contemplar”, afirmou o gerente de<br />

Marketing do <strong>Ibravin</strong>, Diego Bertolini.<br />

O editor Marcelo Copello explicou<br />

que a revista proporcionará<br />

ao leitor uma navegação prazerosa<br />

por todas as facetas do Brasil<br />

vitivinícola. “Também traremos<br />

um Raio-X contendo os números<br />

da produção e comercialização de<br />

vinhos brasileiros nos mercados interno<br />

e externo”, disse ele.<br />

Foto: Gilmar Gomes<br />

VINHOS fi nos tintos tiveram suas vendas acrescidas em<br />

4,4% no 1º semestre do ano em relação ao mesmo tempo<br />

de 2010<br />

Suco de uva<br />

O destaque do primeiro semestre<br />

do ano, mais uma vez, foi o suco<br />

de uva, que teve sua venda incrementada<br />

em 33% de janeiro a junho<br />

de 2010. Foram colocados no<br />

mercado brasileiro 21,5 milhões de<br />

litros de suco de uva, contra 16,1<br />

milhões de litros no mesmo período<br />

de 2010.<br />

O suco de uva 100% natural<br />

pronto para beber teve um aumento<br />

ainda maior – 36,8% – alcançando<br />

18,6 milhões de litros comercializados,<br />

o maior volume da história.<br />

“O suco de uva continua nos surpreendendo<br />

com números sempre<br />

positivos, prova de que o consumidor<br />

está cada vez mais identificando<br />

as características saudáveis<br />

e refrescantes deste produto”, comentou<br />

o presidente do Conselho<br />

Deliberativo do <strong>Ibravin</strong>. O suco<br />

de uva 100% natural não contém<br />

adição de água nem açúcar, e ainda<br />

possui benefícios dos derivados<br />

das uvas tintas oferecem devido à<br />

presença do resveratrol, sem a presença<br />

de álcool.<br />

Saiba mais<br />

Os números apurados pelo <strong>Ibravin</strong><br />

referem-se ao Rio Grande do<br />

Sul – origem de aproximadamente<br />

90% da produção brasileira de vinhos<br />

e derivados – conforme o Cadastro<br />

Vinícola, mantido em parceria<br />

com a Secretaria da Agricultura,<br />

Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa)<br />

e o Ministério da Agricultura,<br />

Pecuária e Abastecimento (Mapa).<br />

As informações não abrangem as<br />

empresas do restante do País em<br />

razão de outros estados brasileiros<br />

não implantarem o Cadastro Vinícola.<br />

5


Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

informativo<br />

Saca-rolhas<br />

Conselho Consultivo do <strong>Ibravin</strong><br />

encaminha propostas ao setor<br />

Avaliação<br />

Encontro serviu para apresentação e reflexão acerca dos programas e ações em execução pelo Instituto e<br />

também para definir estratégias de desenvolvimento do setor vitivinícola brasileiro nos próximos anos.<br />

Lançado o projeto-piloto<br />

Escola Vinhos do Brasil<br />

Treinamento<br />

<strong>Ibravin</strong> e Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Região Uva e Vinho capacitarão garçons de<br />

70 restaurantes de Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Farroupilha, Carlos Barbosa, Flores da Cunha e Garibaldi.<br />

6<br />

O Conselho Consultivo do <strong>Ibravin</strong><br />

reuniu-se, no dia 7 de junho,<br />

na sala Chardonnay do Dall’Onder<br />

Vitória Grande Hotel, em Bento<br />

Gonçalves (RS), para apresentar<br />

e avaliar os programas e ações em<br />

execução pelo Instituto, além de<br />

alinhar estratégias de desenvolvimento<br />

e ordenamento do setor vitivinícola<br />

brasileiro. “Tivemos uma<br />

boa representatividade das instituições<br />

integrantes do Conselho<br />

Consultivo, composto por lideranças<br />

do Rio Grande do Sul, de Santa<br />

Catarina e de São Paulo”, disse o<br />

presidente do Conselho Deliberativo<br />

do <strong>Ibravin</strong>, Júlio Fante.<br />

No encontro foram apresentadas<br />

as ações de promoção e marketing<br />

do <strong>Ibravin</strong>, os projetos de proteção<br />

e defesa do setor, o programa de<br />

qualificação realizado em parceria<br />

com o Sebrae, os números da safra<br />

2011 e as estatísticas de comercialização.<br />

A pauta ainda contemplou<br />

o Programa Visão 2025 e a Agenda<br />

Estratégica, além da Rede de Inovação<br />

em Vitivinicultura e as pesquisas<br />

em metodologias analíticas<br />

e instrumentos de controle da qualidade.<br />

No final da reunião, os cerca de<br />

30 participantes foram reunidos<br />

em três grupos para debater novas<br />

propostas a serem trabalhadas pelo<br />

<strong>Ibravin</strong>. Entre as sugestões, destaque<br />

para a inclusão das vinícolas<br />

no Simples Nacional, investir em<br />

projetos de equalização tributária,<br />

com vistas à redução de impostos<br />

nos vinhos e derivados. Também<br />

foi sugerido maior investimento<br />

em ações de promoção e marketing<br />

que contribuam para o fortalecimento<br />

da imagem dos produtos<br />

brasileiros.<br />

Por fim, o Conselho Consultivo<br />

do <strong>Ibravin</strong> recomendou mais investimentos<br />

em modernização tecnológica<br />

e assistência técnica aos<br />

produtores, bem como incentivar<br />

uma relação mais estável entre vi-<br />

TRINTA participantes foram reunidos em 3 grupos para debater novas propostas a serem trabalhadas pelo <strong>Ibravin</strong><br />

ticultores e vinícolas por meio de<br />

programas de qualidade.<br />

Saiba mais<br />

O Conselho Consultivo do<br />

<strong>Ibravin</strong> é formado por mais de 30<br />

entidades representativas do setor<br />

vitivinícola brasileiro. Entre elas,<br />

algumas atuantes no Conselho<br />

Deliberativo do <strong>Ibravin</strong>, como a<br />

Associação Gaúcha de Vinicultores<br />

(Agavi), Federação das Cooperativas<br />

Vinícolas (Fecovinho),<br />

Sugestões apresentadas<br />

• Inclusão das vinícolas no Simples Nacional;<br />

Associação Brasileira de Enologia<br />

(ABE), Comissão Interestadual<br />

da Uva (STR), Secretaria<br />

da Agricultura, Pecuária, Pesca e<br />

Agronegócio (Seappa), Sindicato<br />

da Indústria do Vinho do Rio<br />

Grande do Sul (Sindivinho-RS),<br />

Sindicato Rural de Caxias do Sul<br />

(Sindirural-Caxias), Sindusvinho<br />

(Sindicato da Indústria do Vinho<br />

de São Roque - SP) e Acavitis-SC<br />

(Associação Catarinense dos Produtores<br />

de Vinhos Finos).<br />

• Investir em projetos de equalização tributária, com vistas à redução de impostos<br />

nos vinhos e derivados;<br />

• Maior investimento em ações de promoção e marketing que contribuam para o<br />

fortalecimento da imagem dos produtos brasileiros;<br />

• Mais investimentos em modernização tecnológica e assistência técnica aos produtores;<br />

• Promover uma relação mais estável entre viticultores e vinícolas por meio de<br />

programas de qualidade.<br />

Recadastramento vitícola segue até outubro<br />

O recadastramento vitícola<br />

da safra 2011 deve ser feito até<br />

o dia 31 de outubro nos Sindicatos<br />

de Trabalhadores Rurais, que<br />

são responsáveis por coletar as<br />

informações relativas à produção<br />

de uvas (área de cultivo, variedades<br />

utilizadas, destino das<br />

uvas, entre outros dados) dos<br />

seus produtores associados. “O<br />

objetivo é manter atualizados<br />

os dados relativos à produção<br />

de uvas no Rio Grande do Sul”,<br />

afirmou o presidente do Conselho<br />

Deliberativo do <strong>Ibravin</strong>, Júlio<br />

Fante. O trabalho realizado<br />

pelo <strong>Ibravin</strong> conta com a parceria<br />

dos Sindicatos de Trabalhadores<br />

Rurais, entidades, Embrapa<br />

Uva e Vinho, Seapa (Secretaria<br />

da Agricultura, Pecuária e<br />

Agronegócio) e Emater-RS.<br />

Foto: Orestes de Andrade Jr.<br />

O projeto-piloto Escola Vinhos<br />

do Brasil, uma parceria entre o<br />

<strong>Ibravin</strong> e o SHRBS (Sindicato de<br />

Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares<br />

da Região Uva e Vinho),<br />

foi lançado no dia 16 de agosto,<br />

em Caxias do Sul. “O objetivo é<br />

capacitar garçons e sommeliers de<br />

70 restaurantes da Serra Gaúcha<br />

para incrementar a venda de vinhos<br />

brasileiros”, disse o gerente<br />

de Marketing do <strong>Ibravin</strong>, Diego<br />

Bertolini. Ao longo do próximo<br />

ano, o projeto será estendido para a<br />

Capital e outras regiões do Brasil.<br />

O presidente do SHRBS, João<br />

Antônio Leidens, falou que esta<br />

parceria era buscada há anos pelo<br />

sindicato. “Agora vamos poder<br />

capacitar adequadamente os profissionais<br />

que recebem nossos<br />

clientes e turistas nos restaurantes<br />

da região”, frisou. Os municípios<br />

envolvidos nesta 1ª etapa do projeto<br />

são Bento Gonçalves, Caxias do<br />

Sul, Farroupilha, Carlos Barbosa,<br />

Flores da Cunha e Garibaldi.<br />

O treinamento das equipes de<br />

atendimento dos 70 restaurantes da<br />

GERENTE de Marketing do <strong>Ibravin</strong>, Diego Bertolini, apresentou o projeto na sede do SHRBS, em Caxias do Sul<br />

região da Uva e do Vinho deve durar<br />

seis meses. Ele será feito pelo<br />

sommelier Arlindo Menoncin, contratado<br />

pelo <strong>Ibravin</strong> especialmente<br />

para esta atividade. A capacitação<br />

seguirá o mesmo modelo aplicado<br />

nas churrascarias brasileiras<br />

instaladas nos Estados Unidos. A<br />

contrapartida dos estabelecimentos<br />

é disponibilizar local e equipe<br />

para os treinamentos e participar<br />

de ações de promoção dos vinhos<br />

brasileiros. Além disso, os restau-<br />

<strong>Ibravin</strong> e Senac-SP acertam parceria para formação de sommeliers<br />

A qualificação dos profissionais<br />

treinados para ajudar os<br />

clientes a escolherem seus vinhos<br />

será reforçada graças a uma parceria<br />

entre o <strong>Ibravin</strong> e o Senac de<br />

São Paulo. Os alunos do Curso<br />

de Sommelier do Senac São Paulo<br />

serão convidados pelo <strong>Ibravin</strong><br />

para virem à Serra Gaúcha, contando<br />

com descontos especiais<br />

na hospedagem e alimentação<br />

oferecidos pelo SHRBS. “Pretendemos<br />

trazer este ano mais<br />

de 100 sommeliers para a principal<br />

região produtora de vinhos<br />

do país”, calculou o presidente<br />

do <strong>Ibravin</strong>, Júlio Fante. “Estes<br />

profissionais se tornarão multiplicadores<br />

das questões culturais<br />

e turísticas da região pelo Brasil<br />

afora”, disse.<br />

“Dessa forma conseguiremos<br />

levar profissionais cada vez mais<br />

rantes terão de criar ou ampliar a<br />

carta com Vinhos do Brasil.<br />

Bertolini lembrou que uma pesquisa<br />

realizada em 2008 pelo <strong>Ibravin</strong><br />

demonstrou um amplo desconhecimento<br />

do consumidor e dos<br />

profissionais sobre o consumo de<br />

vinhos no Brasil. “Nossa ideia é trazer<br />

informação e educação para os<br />

canais de venda, que, consequentemente,<br />

atenderão melhor os clientes”,<br />

comentou. “Queremos formar<br />

embaixadores do vinho brasileiro”.<br />

capacitados ao ponto de venda”,<br />

afirma a coordenadora dos cursos<br />

de bebidas do Senac São Paulo,<br />

Juliana Trombeta Reis.<br />

A COOPERAÇÃO entre o <strong>Ibravin</strong> e o Senac inclui a participação em feiras, exposições e eventos<br />

Fotos: Gilmar Gomes<br />

7


Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

informativo<br />

Saca-rolhas<br />

Argentinos e brasileiros<br />

debatem ações conjuntas<br />

Negociação<br />

Produtores discutiram a criação de um Plano Estratégico Vitivinícola do Mercosul, cujo objetivo seria encontrar<br />

coincidências gerais para superar as dissidências pontuais. Aproximação terá nova rodada em outubro.<br />

Recivitis está apta a receber<br />

demandas de inovação<br />

Recursos<br />

Em uma primeira etapa, com prazo de dois anos, a Recivitis tem a sua disposição R$ 10 milhões, a serem alocados<br />

no projeto de gestão dela mesma e nos projetos demandados pelo setor empresarial e aprovados pelo sistema.<br />

8<br />

Depois de dois anos, os vitivinicultores<br />

brasileiros e argentinos<br />

voltaram a se reunir oficialmente<br />

para debater ações conjuntas com<br />

vistas ao desenvolvimento do mercado<br />

de vinhos no País.<br />

O encontro ocorreu no dia 12<br />

de julho, na Sala Piemonte, do Hotel<br />

Dall’Onder Vitória, em Bento<br />

Gonçalves. O presidente do Conselho<br />

Deliberativo do <strong>Ibravin</strong>, Júlio<br />

Fante, foi o anfitrião do presidente<br />

da Corporacion Vitivinicola Argentina<br />

(Coviar), Lorenzo Capece,<br />

acompanhado de Alberto Arizu,<br />

presidente do Wines of Argentina,<br />

Cristina Bracheta (diretora-executiva<br />

da Coviar) e José Alberto Zuccardi.<br />

Brasileiros e argentinos discutiram<br />

a criação de um Plano Estratégico<br />

Vitivinícola do Mercosul,<br />

cujo objetivo seria encontrar coincidências<br />

para superar as divergências.<br />

“Os nossos problemas são<br />

muito semelhantes”, disse o presidente<br />

da Coviar, Lorenzo Capece.<br />

“Devemos procurar pontos de consenso<br />

para enfrentar juntos as dificuldades<br />

impostas pelo mercado”,<br />

afirmou o presidente do <strong>Ibravin</strong>,<br />

Júlio Fante.<br />

Nesse sentido, foi debatida uma<br />

proposta de promoção conjunta do<br />

consumo responsável de vinho no<br />

Brasil. “Temos um mercado com<br />

um potencial de crescimento muito<br />

grande, com espaço para os vinhos<br />

brasileiros e também para os importados,<br />

desde que a concorrência<br />

ocorra de forma saudável em um<br />

ambiente competitivo responsável”,<br />

ponderou Fante.<br />

A ideia inicial é buscar recursos<br />

do BID (Banco Interamericano de<br />

Desenvolvimento) para financiar a<br />

construção e a implementação de<br />

planejamento estratégico que pode<br />

prever a realização de uma campanha<br />

conjunta, no Brasil, divulgando<br />

os benefícios do vinho como alimento<br />

e bem estar para as pessoas.<br />

Foto: Orestes de Andrade Jr.<br />

ENCONTRO reuniu quatro lideranças do setor vitivinícola argentino e mais de uma dezena de brasileiros<br />

Na Argentina, lembrou Capece,<br />

o governo federal acaba de<br />

reconhecer o vinho como bebida<br />

nacional, como alimento saudável<br />

e estratégico para os argentinos.<br />

“Tem que acontecer o mesmo no<br />

Brasil”, salientou.<br />

A intenção da campanha, além<br />

de recomendar o consumo moderado<br />

da bebida, é esclarecer os<br />

consumidores e os canais de distribuição<br />

sobre as particularidades<br />

do vinho em geral. “O Estudo de<br />

Mercado realizado em 2008, unindo<br />

<strong>Ibravin</strong> e Coviar, mostrou que<br />

existe um alta grau de desconhecimento<br />

dos brasileiros em relação<br />

ao vinho”, lembrou Zuccardi.<br />

Um novo encontro será marcado<br />

para seguir na implementação<br />

deste Plano Estratégico Vitivinícola<br />

do Mercosul, atraindo o Uruguai<br />

para as discussões. A partir<br />

de agora, o contato será contínuo<br />

entre os vitivinicultores brasileiros<br />

e argentinos.<br />

Outros temas<br />

Outro resultado do encontro<br />

foi o consenso de que é preciso<br />

estabelecer uma estratégia conjunta<br />

dos setores vitivinícolas de<br />

ambos os países tendo em vista as<br />

negociações do Acordo de Livre<br />

Comércio entre Mercosul e União<br />

Europeia. Ainda foi acertado o<br />

seguimento do debate acerca de<br />

uma cooperação técnica para análise<br />

de vinhos entre o Brasil e a<br />

Argentina.<br />

Os brasileiros também deixaram<br />

evidente o desejo de rever<br />

os termos do Acordo de 2005,<br />

que estabeleceu um piso mínimo<br />

para entrada de vinhos argentinos<br />

ao Brasil. Hoje, em torno de 60%<br />

dos vinhos argentinos vendidos<br />

no País ingressam abaixo dos custos<br />

de produção nacionais, criando<br />

um desequilíbrio competitivo.<br />

O governo estadual, através<br />

de Plínio Manosso, da Secretaria<br />

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento<br />

(Seapa), e o governo<br />

federal, por meio de Edgar Luis<br />

Rodrigues, do Ministério do Desenvolvimento,<br />

Indústria e Comércio<br />

(MDIC), acompanharam o<br />

encontro, assim como lideranças<br />

da Uvibra (Henrique Benedetti),<br />

Agavi (Elmar Viapianna e Darci<br />

Dani), Fecovinho (Alceu Dalle<br />

Molle e Hélio Marchioro), Sindicatos<br />

dos Trabalhadores Rurais de<br />

Bento Gonçalves (Inês Beltoni),<br />

Asbrasuco (José Carlos Estefenon),<br />

Embrapa Uva e Vinho (José<br />

Fernando Protas), Comissão Interestadual<br />

da Uva (Olir Schiavenin<br />

e Eduardo Piaia) e da Câmara Setorial<br />

da Viticultura, Vinhos e Derivados<br />

(Arnaldo Passarin).<br />

A Rede de Centros de Inovação<br />

em Vitivinicultura (Recivitis), formada<br />

por dez instituições científicas<br />

e tecnológicas (ICTs) de três<br />

Estados, está apta a receber solicitações<br />

de projetos de inovação<br />

do setor produtivo. A habilitação<br />

é o resultado de reunião de representantes<br />

das ICTs integrantes da<br />

Rede, realizada recentemente, na<br />

Embrapa Uva e Vinho, em Bento<br />

Gonçalves.<br />

Agora, então, empresas, cooperativas<br />

agroindustriais ou organizações<br />

empresariais já podem<br />

procurar as ICTs da Recivitis, para<br />

apresentar demandas de inovação<br />

(veja o conceito abaixo), a serem<br />

financiadas pelo Sistema Brasileiro<br />

de Tecnologia (Sibratec)/Financiadora<br />

de Estudos e Projetos<br />

(Finep), do Ministério da Ciência<br />

e Tecnologia (MCT).<br />

Resumidamente, as instituições<br />

científicas e tecnológicas avaliam<br />

os pedidos, que, se aprovados, recebem<br />

a forma de projetos – elaborados<br />

pelas referidas ICTs –, para<br />

passarem à análise pela Finep; acatada<br />

a proposta pela Financiadora,<br />

é, finalmente, celebrado o convênio<br />

para implementação do projeto<br />

de inovação, para o que são liberados<br />

recursos do sistema Sibratec/<br />

Finep. A execução, depois, é orientada<br />

e acompanhada pelas instituições<br />

científicas e tecnológicas.<br />

Um exemplo, já em andamento,<br />

aponta o coordenador da Rede, pesquisador<br />

da Embrapa Uva e Vinho<br />

José Fernando da Silva Protas, também<br />

integrante da equipe do <strong>Ibravin</strong><br />

(Instituto Brasileiro do Vinho), é o<br />

“Projeto de inovação tecnológica<br />

para o desenvolvimento da vitivinicultura<br />

da Campanha” do RS.<br />

O projeto, já elaborado, tem<br />

como meta a instituição de uma<br />

Indicação Geográfica (IG, conceito<br />

em que se inserem o Vale dos<br />

Vinhedos e, mais recentemente,<br />

Pinto Bandeira) “profundamente<br />

Texto e foto: Giovani Capra / Embrapa Uva e Vinho<br />

PRIMEIRA reunião de trabalho da Recivitis, realizada na Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves<br />

comprometida com a preservação<br />

ambiental”, anotou Protas.<br />

Em tal sentido, a proposta prevê,<br />

entre outras diretrizes, esmero<br />

na gestão de recursos naturais,<br />

em particular o solo, por meio<br />

da seleção das áreas com maior<br />

aptidão para o cultivo da videira,<br />

através do instrumento de zoneamento<br />

vitícola, e racionalização<br />

do uso de insumos químicos, com<br />

consequente redução do impacto<br />

sobre o solo e recursos hídricos.<br />

Inovação: conceito<br />

O projeto, de acordo com o<br />

coordenador da Recivitis, está<br />

sendo encaminhado para o comitê<br />

gestor da Rede e, se aprovado,<br />

vai para a Finep.<br />

Em uma primeira etapa, com<br />

prazo de dois anos, a Recivitis<br />

tem à sua disposição R$ 10 milhões,<br />

a serem alocados no projeto<br />

de gestão dela mesma e nos<br />

projetos demandados pelo setor<br />

empresarial e aprovados pelo sistema.<br />

Introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo ou social que<br />

resulte em novos produtos, processos ou serviços. Definição dada pela Lei Nº<br />

10.973, de 2 de dezembro de 2004, a “Lei de Inovação Tecnológica”.<br />

A Recivitis - A Rede de Centros de Inovação em Vitivinicultura (Recivitis), como<br />

seu próprio nome antecipa, é um grupo de instituições de ciência e tecnologia,<br />

atuantes no setor vitivinícola em todo o país, coordenada pela Embrapa Uva e<br />

Vinho, de Bento Gonçalves. A Rede integra o Sibratec, que tem como secretariaexecutiva<br />

a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCT e,<br />

como agência executora, a Finep. Atualmente, ela é formada pelas seguintes instituições:<br />

Embrapa, por meio das unidades Uva e Vinho, Pecuária Sul (Bagé-RS),<br />

Clima Temperado (Pelotas-RS) e Semiárido (Petrolina-PE); Empresa de Pesquisa<br />

Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri); universidades Federal<br />

de Santa Catarina (UFSC), do Estado de Santa Catarina (Udesc), de Caxias do Sul<br />

(UCS) e Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Instituto de Tecnologia de Pernambuco<br />

(ITEP-OS).<br />

9


Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

informativo<br />

Saca-rolhas<br />

<strong>Ibravin</strong> defende redução da<br />

carga tributária sobre o vinho<br />

No Senado<br />

Reivindicações do setor foram apresentadas em audiência pública realizada para discutir a situação dos<br />

acordos internacionais que impactam nas cadeias produtivas do leite, do arroz, do trigo, da carne e do vinho.<br />

Receita mantém exigência<br />

do Selo Fiscal para 2012<br />

Cronograma<br />

Nova Instrução Normativa da Receita Federal obriga atacadistas e varejistas a só comercializar vinhos nacionais e<br />

importados com o Selo de Controle Fiscal a partir de 1º de janeiro do próximo ano. Quem não o fizer, será punido.<br />

10<br />

O diretor-executivo do <strong>Ibravin</strong>,<br />

Carlos Raimundo Paviani, defendeu,<br />

no dia 4 de agosto, em Brasília,<br />

a redução da carga tributária<br />

para o vinho brasileiro. Ao falar<br />

sobre a realidade da vitivinicultura<br />

brasileira na audiência pública realizada<br />

pela Comissão de Agricultura<br />

e Reforma Agrária (CRA) para<br />

discutir a situação dos acordos<br />

internacionais que impactam diretamente<br />

nas cadeias produtivas do<br />

leite, do arroz, do trigo, da carne<br />

e do vinho, Paviani salientou que<br />

o volume de impostos cobrados no<br />

país é um grande obstáculo à busca<br />

de novos mercados e ao crescimento<br />

dos produtos brasileiros. Ele<br />

esteve acompanhado presidente da<br />

Câmara Setorial da Cadeia Produtiva<br />

de Viticultura, Vinhos e Derivados,<br />

Arnaldo Passarin. A autora<br />

do requerimento para a realização<br />

do debate foi a senadora gaúcha<br />

Ana Amélia Lemos (PP-RS).<br />

Entre as propostas defendidas<br />

pelo setor, além da desoneração da<br />

produção, já que o vinho pode ser<br />

considerado como alimento, estão<br />

um maior controle e fiscalização,<br />

fiscal e sanitária e a alteração da<br />

política cambial, buscando uma<br />

melhor relação entre real e dólar,<br />

visto que a situação atual estimula<br />

muito mais a importação do que a<br />

produção nacional. Paviani também<br />

defendeu, em nome do setor,<br />

a revisão pontual do Mercosul<br />

(para os setores que tem condições<br />

assimétricas, tais como vinho, arroz,<br />

trigo, entre outros), revisão do<br />

ACE 35, que estabeleceu acordo<br />

de comércio entre o Mercosul e o<br />

Chile, pedindo a volta do imposto<br />

de importação.<br />

Outra reivindicação apresentada<br />

foi no sentido do Brasil tomar<br />

uma posição defensiva para o setor<br />

de vinhos em relação à negociação<br />

de acordo de livre comércio entre<br />

a União Europeia e o Mercosul.<br />

“Estas medidas buscam compensar<br />

SENADORA Ana Amélia Lemos (PP-RS) foi a autora do requerimento para a realização do debate em Brasília<br />

o aumento das importações de vinhos<br />

pelo Brasil, em grande parte<br />

motivadas pelos acordos entre os<br />

países do Mersosul, e também procuram<br />

proteger a competitividade<br />

do setor ante novas ameaças de flexibilização<br />

de acordos comerciais<br />

especialmente com a União Europeia”,<br />

destacou Paviani.<br />

Cenário<br />

Antes de apresentar os pleitos<br />

do setor vitivinícola brasileiro,<br />

base do sustento de mais de 20 mil<br />

famílias de pequenos produtores<br />

de uva no Brasil, Paviani discorreu<br />

sobre o panorama mundial da produção<br />

de vinhos, que mostra uma<br />

produção maior do que o consumo.<br />

Por esta razão, a Uniao Europeia,<br />

maior produtora, importadora,<br />

consumidora e exportadora de<br />

vinhos do mundo, está reorganizando<br />

sua vitivinicultura, a partir<br />

de um plano implantado em 2008,<br />

prevendo a aplicação de 1,2 bilhão<br />

de euros de subsídio aos seus produtores<br />

este ano. O mesmo valor<br />

deve ser aplicado anualmente até<br />

2015. “O plano deles é avançar sobre<br />

novos mercados consumidores,<br />

como o Brasil, país com estabilidade<br />

econômica conquistada, moeda<br />

forte e ascensão social, quer atrai<br />

a atenção de países exportadores”,<br />

explicou. “Isso coloca em risco<br />

a indústria nacional de vinhos”,<br />

completou Paviani, justificando<br />

que, com os subsídios europeus, a<br />

concorrência fica desleal e predatória.<br />

Em relação ao Chile e Argentina,<br />

Paviani relatou as discrepâncias<br />

nas condições de competitividade<br />

em relação o Brasil, que são bem<br />

diferentes em função da diferença<br />

de matriz produtiva, escala de produção<br />

ou mesmo pela forma com<br />

o produto vinho é tratado internamente,<br />

como produto prioritário<br />

– sendo o vinho, na Argentina, a<br />

bebida nacional. “É clara a nossa<br />

desvantagem frente a estes países”,<br />

apontou.<br />

Por outro lado, o diretor-executivo<br />

do <strong>Ibravin</strong> relatou a busca por<br />

qualificação do setor, com programas<br />

de melhorias das condições<br />

tecnológicas e busca de uma identidade<br />

para promoção coletiva dos<br />

Vinhos do Brasil no mercado interno<br />

e do Wines of Brasil no exterior.<br />

“Ainda estamos procurando<br />

alternativas para desafogar os<br />

altos estoques de vinhos de mesa,<br />

como um investimento maior na<br />

produção de suco de uva, que já<br />

recebe a metade das uvas comuns<br />

colhidas nas duas últimas safras”,<br />

citou.<br />

Foto: André Oliveira<br />

A Receita Federal do Brasil<br />

emitiu, no dia 12 de setembro, a<br />

Instrução Normativa (IN) 1.191,<br />

determinando que os estabelecimentos<br />

atacadistas e varejistas não<br />

poderão comercializar vinhos nacionais<br />

e importados sem o Selo<br />

de Controle Fiscal a partir de 1º de<br />

janeiro de 2012.<br />

A medida, assinada pela secretária<br />

adjunta Zayda Bastos Manatta,<br />

revoga a IN 1.180, publicada<br />

no dia 30 de agosto de 2011, que<br />

estendia para 1º de janeiro de 2015<br />

a obrigatoriedade na exigência do<br />

Selo de Controle Fiscal nos vinhos<br />

nacionais e importados pelo varejo<br />

e o atacado, como lojas e supermercados.<br />

“Felizmente a Receita Federal<br />

corrigiu o equívoco que seria<br />

adiar a implantação do selo, beneficiando<br />

apenas os sonegadores”,<br />

afirmou o diretor-executivo<br />

do <strong>Ibravin</strong> (Instituto Brasileiro do<br />

Vinho), Carlos Paviani. “Os varejistas<br />

e atacadistas tiveram mais de<br />

18 meses para se adaptar a medida,<br />

já que o selo foi aprovado em abril<br />

do ano passado”, lembrou Paviani.<br />

A anulação do adiamento ocorreu<br />

depois que o governador Tarso<br />

Genro, acompanhado de secretários,<br />

recebeu representantes do setor<br />

vitivinícola do Estado na última<br />

quinta-feira (8), no Palácio Piratini.<br />

Na ocasião, o governador manifestou<br />

apoio ao pleito dos vitivinicultores<br />

gaúchos pela manutenção<br />

dos prazos. “Essa medida retira todos<br />

os efeitos positivos da implantação<br />

do Selo Fiscal, que protegia<br />

a qualidade, a produção e a autenticidade<br />

do vinho. É uma decisão<br />

PRODUTORES brasileiros e importadores estão selando os vinhos desde o começo do ano<br />

que causa um prejuízo irreversível<br />

à indústria vitivinícola gaúcha, caso<br />

seja mantida”, disse o governador<br />

no encontro da semana passada.<br />

Tarso informou que entraria em<br />

contato com a presidente Dilma<br />

Rousseff para levar a posição do<br />

Estado quanto à necessidade de<br />

preservação dos prazos originais<br />

de adoção do Selo Fiscal. Os produtores<br />

gaúchos e brasileiros, assim<br />

como os importadores, estão selando<br />

os vinhos desde 1º de janeiro<br />

deste ano.<br />

Paviani ainda destacou o envolvimento<br />

do presidente da Assembleia<br />

Legislativa do Rio Grande<br />

do Sul, Adão Villaverde, do secretário<br />

de Agricultura, Pecuária<br />

e Agronegócio, Luiz Fernando<br />

Mainardi, do secretário-geral de<br />

Governo, Estilac Xavier, e do<br />

ministro da Agricultura, Mendes<br />

Ribeiro Filho, que prontamente<br />

se colocaram ao lado do setor<br />

vitivinícola gaúcho e brasileiro,<br />

contra o adiamento do prazo para<br />

exigência do selo.<br />

A preocupação dos produtores<br />

do setor é em relação à circulação<br />

no mercado interno de vinhos importados<br />

por meio de contrabando<br />

ou sem o pagamento dos devidos<br />

impostos, o que prejudica a competitividade<br />

daqueles empreendedores<br />

que vem se ajustando às<br />

normas para a aquisição do Selo.<br />

“Nossa expectativa de que essa<br />

instrução fosse cancelada rapidamente<br />

foi plenamente atendida,<br />

tendo em vista que as empresas nacionais<br />

e os bons importadores já<br />

estão se adequando e cumprindo a<br />

legislação”, ressaltou Paviani.<br />

Confira os prazos de implantação do Selo de Controle Fiscal nos vinhos<br />

1) Desde o dia 1º de janeiro de 2011, os vinhos só podem sair das vinícolas e engarrafadoras com o Selo de Controle Fiscal. O<br />

mesmo vale para a importação dos vinhos estrangeiros.<br />

2) A partir do dia 1º de janeiro de 2012, os atacadistas e varejistas (lojas, supermercados, bares, entre outros) só poderão<br />

comercializar os vinhos com Selo de Controle Fiscal.<br />

Foto: Orestes de Andrade Jr.<br />

11


Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

informativo<br />

Saca-rolhas<br />

<strong>Ibravin</strong> solicita recursos<br />

para modernização do Laren<br />

Demanda<br />

Secretário estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, acatou pedido do setor e disse que encaminhará<br />

demanda ao Ministério do Planejamento e ao Focem (Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul).<br />

Suco de sabor uva foi o mais<br />

consumido do Brasil em 2010<br />

Liderança<br />

Tradicional hegemonia do suco de laranja é enfrentada por outros sabores de frutas, tendo a uva como nova<br />

líder de mercado no ano passado. <strong>Ibravin</strong> estima que possa estar começando a “Era do suco de uva”.<br />

12<br />

Em audiência realizada no dia<br />

18 de agosto com o secretário da<br />

Agricultura, Luiz Fernando Mainardi,<br />

o presidente do Conselho<br />

Deliberativo do <strong>Ibravin</strong> (Instituto<br />

Brasileiro do Vinho), Júlio Fante,<br />

e demais autoridades do setor vitivinícola<br />

gaúcho e brasileiro, solicitaram<br />

apoio para a obtenção de<br />

recursos ao projeto de “Atualização<br />

do Laboratório de Referência<br />

Enológica (Laren)”, de Caxias do<br />

Sul (RS).<br />

Fante explicou que são necessários<br />

cerca de R$ 3 milhões para<br />

aquisição de novos equipamentos<br />

que atendam as necessidades de<br />

modernização do Laren. Mainardi<br />

prontamente atendeu a solicitação<br />

do <strong>Ibravin</strong> e disse que irá buscar os<br />

recursos no Ministério do Planejamento<br />

e também no Focem (Fundo<br />

para a Convergência Estrutural do<br />

Mercosul).<br />

De propriedade da Secretaria de<br />

Agricultura, Pecuária e Agronegócio<br />

(Seapa), cujo quadro funcional<br />

é mantido através de convênio entre<br />

o <strong>Ibravin</strong> e a própria secretaria,<br />

o Laren foi estruturado há mais de<br />

dez anos, sendo naquele momento,<br />

um dos mais equipados e modernos<br />

Vitivinicultura terá Plano de Ação Estadual<br />

A produção estadual da uva e<br />

do vinho será foco de um projeto<br />

de qualificação e reestruturação a<br />

ser desenhado pelo setor e pelo<br />

governo estadual nos próximos<br />

meses. A definição veio após<br />

reunião do secretário da Agricultura,<br />

Luiz Fernando Mainardi, no<br />

Ministério do Planejamento, em<br />

Brasília. Segundo Mainardi, o<br />

objetivo é buscar verbas junto à<br />

Pasta e ao Fundo para a Convergência<br />

Estrutural do Mercosul<br />

(Focem) para modernizar o Laboratório<br />

de Referência Enológica<br />

(Laren), melhorar a qualidade<br />

da uva e investir no enoturismo.<br />

Para isso, o próximo passo é a<br />

reinstalação da Câmara Setorial<br />

do Vinho, quando serão definidos<br />

grupos de trabalho para elaborar<br />

as diretrizes da proposta.<br />

LIDERANÇAS do setor vitivinícola brasileiro reunidas com o secretário da Agricultura do RS<br />

laboratórios enológicos da América<br />

do Sul. “Passada mais de uma década,<br />

é urgente a aquisição de novos<br />

equipamentos que respondem de<br />

forma mais eficiente as necessidades<br />

de controle da qualidade e combate<br />

a fraude”, afirmou Fante.<br />

GOVERNADOR Tarso Genro e secretário Luiz Fernando Mainardi têm sido parceiros do setor<br />

em várias iniciativas<br />

O presidente do Conselho Deliberativo<br />

do <strong>Ibravin</strong>, Júlio Fante,<br />

que encaminhou pedido de recursos<br />

para o Laren, ressaltou a urgência<br />

da aquisição de novos equipamentos<br />

para o laboratório, que<br />

foi estruturado há mais de 10 anos.<br />

Foto: Caco Argemi<br />

Ele demonstrou preocupação<br />

com a possível demora na execução<br />

do projeto. “É importante<br />

que a proposta seja abrangente,<br />

mas, quanto maior o projeto,<br />

maior é o tempo de avaliação e<br />

aprovação”, disse.<br />

Foto: Orestes de Andrade Jr.<br />

Os sucos do sabor uva são os<br />

mais consumidos no Brasil atualmente.<br />

A informação foi revelada<br />

no 1º Seminário do Suco de Uva,<br />

realizado dia 19 de abril, na Sala<br />

de Eventos do CIC (Centro da Indústria<br />

e Comércio) de Bento Gonçalves,<br />

no Parque da Fenavinho,<br />

numa promoção do <strong>Ibravin</strong> (Instituo<br />

Brasileiro do Vinho) e do Ibraf<br />

(Instituto Brasileiro de Frutas), em<br />

parceria com a Apex-Brasil, e patrocínio<br />

do Sebrae.<br />

Em 2010, foram consumidos<br />

550 milhões de litros de sucos de<br />

todos os sabores no Brasil. Desse<br />

total, o consumidor levou para<br />

casa 152 milhões de litros (27%)<br />

de suco de sabor uva, incluindo<br />

néctares (com até 50% da fruta) e<br />

produtos 100% natural.<br />

Até 1999, o Brasil viveu a “Era<br />

do suco de laranja”, mas com um<br />

volume de venda baixo, de aproximadamente<br />

100 milhões de litros.<br />

Depois desta data, começou a “Era<br />

do sabor”, com outras frutas dominando<br />

o mercado. “Desde 2005, temos<br />

uma alternância de sabores de<br />

fruta na liderança do consumo de<br />

sucos no País”, destaca José Carlos<br />

Estefenon, da Natural Products,<br />

empresa integrante do Programa<br />

de Desenvolvimento Setorial do<br />

Suco de Uva, criado em agosto de<br />

2009, pelo <strong>Ibravin</strong> e pelo Ibraf.<br />

Em 2005, foi maracujá, depois<br />

passou para o pêssego e agora é<br />

a uva. No ano passado, depois do<br />

suco de uva – novo líder de mercado<br />

– o sabor mais consumido foi<br />

pêssego. O suco de laranja ficou<br />

em 3º lugar. “Podemos estar começando<br />

a Era do suco de uva”, afirma<br />

a coordenadora do Programa<br />

de Desenvolvimento Setorial do<br />

Suco de Uva, Raquel Rohden.<br />

O consumo per capita de suco<br />

no Brasil é de 2,9 litros por pessoa.<br />

Outros países consumem muito<br />

mais, mas os sabores preferenciais<br />

são laranja e maça. Stefenon lem-<br />

Foto: Lisiane Becker<br />

BOM para saúde, suco de uva 100% natural e integral está caindo no gosto de crianças, jovens e adultos<br />

bra que o consumo de suco de uva<br />

está em crescimento no Brasil,<br />

com 0,9 litro per capita. “É um<br />

fenômeno brasileiro interessante”,<br />

opina.<br />

Na Argentina e na Europa, por<br />

exemplo, onde o consumo de vinho<br />

é uma tradição, o consumo<br />

per capita de suco de uva é pequeno,<br />

de 0,20 e 0,30 por pessoa, respectivamente.<br />

Nos Estados Unidos,<br />

porém, que é um mercado<br />

consolidado para o suco de uva, o<br />

consumo é de 2 litros per capita.<br />

“A pergunta é até quando vamos<br />

crescer?”, questiona Stefenon.<br />

O seminário abordou ainda as<br />

novas tendências no mercado nacional<br />

e mundial de sucos, em palestra<br />

da ABIR (Associação Brasileira<br />

de Indústrias de Refrigerantes<br />

e Bebidas Não Alcoolicas).<br />

Raquel Rohden falou sobre as<br />

ações do Programa de Desenvolvimento<br />

Setorial do Suco de Uva,<br />

que já conta com a adesão de 12<br />

empresas – Casa de Madeira, Catafesta,<br />

Cooperativa Aurora, Cooperativa<br />

Aliança, Cooperativa Garibaldi,<br />

Cooperativa Monte Vêneto,<br />

Irmãos Molon, Natural Products<br />

(Suvalan), Vinícola Muraro, Vinícola<br />

Galiotto, Vinícola Menakaho<br />

e Terragnolo. “O objetivo do programa<br />

é divulgar o suco de uva<br />

100% natural, sem adição de água,<br />

nem açúcar, que tem maior valor<br />

agregado”, diz ela.<br />

Além de tratar da produção<br />

suco de uva em panela extratora,<br />

que produz 8 milhões de litros por<br />

400 agroindústrias, orientando os<br />

produtores presentes sobre a elaboração<br />

deste produto, o seminário<br />

abordou as novas tendências<br />

no mercado nacional e mundial<br />

de sucos. O evento ainda abordou<br />

a promoção do suco de uva 100%<br />

natural pronto para beber entre os<br />

consumidores, analisando estratégias<br />

de marketing e comunicação,<br />

e analisou o mercado do Oriente<br />

Médio, um dos principais alvos<br />

do programa.<br />

13


Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

informativo<br />

Saca-rolhas<br />

Vinícolas aplicam nova tecnologia sem uso de agrotóxicos e pesticidas<br />

Inovação<br />

Tecnologia TPC (Thermal Pest Control), ou seja, controle térmico de doenças e pragas, é um processo de imunização de culturas agrícolas à base do ar quente. Quase 50 produtores de uva no Brasil já utilizaram o novo sistema na última safra de uva.<br />

14<br />

Uma tecnologia inovadora, que<br />

promete eliminar ou reduzir significativamente<br />

o uso de agrotóxicos<br />

e pesticidas, está sendo usada por<br />

42 produtores (sendo 22 vinícolas)<br />

de uva no Brasil. A tecnologia TPC<br />

(Thermal Pest Control), ou seja, controle<br />

térmico de doenças e pragas, é<br />

um processo de imunização de culturas<br />

agrícolas à base do ar quente, que<br />

está sendo aplicada na atual safra em<br />

mais de 1.000 hectares por 50 máquinas<br />

– 19 no Rio Grande do Sul, seis<br />

em Santa Catarina e 25 em Petrolina,<br />

no Vale do São Francisco.<br />

“Estamos diante da varinha de<br />

condão do setor vitivinícola, que<br />

pode utilizar esta ferramenta revolucionária<br />

para estar na vanguarda da<br />

demanda mundial por produtos orgânicos”,<br />

diz o gerente de Promoção<br />

e Marketing do <strong>Ibravin</strong>, Diego Bertolini.<br />

Segundo o gerente-executivo<br />

da Lazo TPC no Brasil, Diego Arpini<br />

Valerio, na próxima safra, pelo menos<br />

o dobro de máquinas serão utilizadas<br />

pelos produtores de uva e vinho no<br />

Brasil. “Acreditamos que no mínimo<br />

teremos 100 máquinas Lazo TPC em<br />

operação no Brasil na próxima safra,<br />

mas este número pode ser bem<br />

maior”, informa.<br />

Descoberta no Chile por Florêncio<br />

Lazo, a tecnologia foi testada pelo<br />

enólogo Mário Geisse na sua vinícola<br />

em Pinto Bandeira, em 2008. “Já no<br />

primeiro ano de uso, em 2008, obtivemos<br />

uma safra especialmente boa,<br />

Descoberta<br />

A tecnologia TPC surgiu de uma experiência<br />

doméstica. Em 1999, o agricultor<br />

chileno Florencio Lazo testava equipamentos<br />

capazes de inibir as geadas que prejudicavam<br />

a produtividade de suas lavouras<br />

no Chile.<br />

Entretanto, ao fazer as aplicações, por<br />

alguns segundos, de um jato de ar em alta<br />

temperatura, ele percebeu que as plantas<br />

não tinham qualquer dano, ao contrário,<br />

tornavam-se mais resistentes. Assim nasceu<br />

a TPC.<br />

MÁQUINA da Lazo TPC sendo aplicada em um vinhedo na Campanha Gaúcha<br />

com uvas (Chardonnay e Pinot Noir)<br />

sem qualquer resíduo de agrotóxico e<br />

de qualidade superior”, conta o precursor<br />

da tecnologia no Brasil.<br />

Entretanto, conforme ele, o resultado<br />

da safra de 2009 foi mais surpreendente.<br />

“Além de eliminarmos o uso<br />

de pesticidas e agrotóxicos, a análise<br />

das uvas encontrou a presença do<br />

dobro de resveratrol, uma substância<br />

que combate o envelhecimento das<br />

Jato de ar quente<br />

O funcionamento da tecnologia é simples<br />

e fácil de manusear. Uma máquina<br />

rebocada por um trator lança um<br />

ar quente (foto), de 120ºC a 150ºC e<br />

120Km/h, nas plantas, utilizando um<br />

sistema de combustão de gás liquefeito<br />

de petróleo (GLP).<br />

O jato de ar quente elimina fungos,<br />

bactérias e insetos. A nova tecnologia<br />

ainda possui benefícios extras, como<br />

para a saúde dos trabalhadores, a diminuição<br />

do uso de água e de pesticidas<br />

na natureza, contribuindo para a<br />

preservação do lençol freático, e uma<br />

queda nos custos de produção.<br />

células, em comparação com as outras<br />

uvas tratadas com agrotóxicos”,<br />

comenta o diretor comercial da vinícola,<br />

Daniel Geisse, também diretor<br />

da Lazo TPC Brasil, que forneceu a<br />

tecnologia aos 50 viticultores brasileiros<br />

nesta safra.<br />

Pioneirismo<br />

Diego Arpini Valerio lembra que<br />

um estudo da Universidade de Cor-<br />

nell, nos Estados Unidos, concluiu que<br />

a máquina de ar quente reduz em 40%<br />

a emissão de dióxido de carbono em<br />

comparação com o uso de defensivos.<br />

Na produção vitícola, o Brasil é o<br />

primeiro país a usar esta tecnologia.<br />

O objetivo é reduzir o impacto ambiental,<br />

substituindo a aplicação de<br />

fungicidas sistêmicos (intervenção<br />

química) pela aplicação de um jato de<br />

ar quente (intervenção física).<br />

PARCERIA com empresa de gás possibilita entrega da máquina em comodato para os produtores<br />

Veja as vinícolas e/ou produtores que estão usando a<br />

nova tecnologia em seus vinhedos na safra de 2011:<br />

RS - região da Serra Gaúcha:<br />

Bento Gonçalves - Vinícola Geisse / Vinícola Miolo / Vinícola Don Giovanni<br />

Farroupilha - Vinícola Perini<br />

Alto Feliz - Vinícola Don Guerino<br />

Vacaria - Rasip (Miolo WG)<br />

RS - região da Campanha:<br />

Encruzilhada do Sul - Vinhedos da Quinta (antiga Angheben) / Cooperativa Aliança /<br />

Vinícola Lidio Carraro / Vinícola Chandon<br />

Candiota - Vinícola Fortaleza do Seival (Miolo WG)<br />

Dom Pedrito - Dunamis Vinhos e Vinhedos / Guatambu Vinhos Finos<br />

Pinheiro Machado - Hermann & Hermann<br />

RS - região da Fronteira:<br />

Santana do Livramento - Vinícola Almadén (Miolo WG)<br />

SC - região da Serra Catarinense (São Joaquim):<br />

Vinícola Quinta da Neve / Vinícola Suzin / Vinícola Santo Emilio / Vinícola Pericó / Villaggio<br />

Bassetti<br />

SC - região Central<br />

Villaggio Grando<br />

PE/BA - região Vale do São Francisco (Petrolina, Juazeiro, Casa Nova,<br />

Vermelhos)<br />

Vinícola Ouro Verde (Miolo WG) e mais 20 produtores de uvas de mesa<br />

Fotos: Orestes de Andrade Jr.<br />

15


Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

informativo<br />

Saca-rolhas<br />

Workshop de Mídias Sociais<br />

agita comunidade real e virtual<br />

On-line<br />

Auditório do Farina Park Hotel, em Farroupilha, recebeu 150 pessoas e mobilizou milhares de internautas do<br />

Brasil e do mundo que participaram das discussões sobre o papel das redes sociais no mundo do vinho.<br />

Vinhos do Brasil promovem<br />

interação inédita na Expovinis<br />

Em tempo real<br />

Tela gigante reproduziu de forma on-line e instantânea as mensagens postadas no Twitter sobre os vinhos<br />

brasileiros no 15º Salão Internacional do Vinho, a maior feira do setor da América Latina.<br />

16<br />

IMAGEM inusitada: evento teve uso massivo de notebooks e celulares com acesso à internet<br />

O Workshop de Mídias Sociais,<br />

evento integrante das comemorações<br />

do Dia Estadual do Vinho,<br />

colocou em polvorosa o mundo digital<br />

do vinho e da comunicação.<br />

Desde às 8h50, quando subiu ao<br />

palco Daniel Perches, do blog Vinhos<br />

de Corte, as mais de 150 presentes<br />

no auditório do Farina Park<br />

Hotel, em Farroupilha, e milhares<br />

de internautas participam das discussões.<br />

O patrocínio foi do Sebrae.<br />

Com espaço para perguntas<br />

no Facebook (facebook.com/vinhosdobr),<br />

transmissão do evento<br />

minuto a minuto no site www.<br />

saca-rolhas.com e também pelo<br />

Twitter (@diadovinho), os debates<br />

envolveram participantes do Brasil<br />

e do mundo. “O aviso inicial<br />

do workshop foi: o funcionamento<br />

de celulares, Ipad, Iphone, notebook<br />

etc está liberado”, lembra o<br />

diretor-executivo do <strong>Ibravin</strong>, Carlos<br />

Paviani. O segundo palestrante<br />

a falar foi Alexandre Frias, criador<br />

do portal Enoblogs e do blog Diário<br />

de Baco, que abordou o impacto<br />

das redes sociais no mercado do<br />

vinho.<br />

As conferências sobre Mídia<br />

tradicional X Mídia Digital mostraram<br />

como as mídias impressas<br />

complementam o trabalho das digitais,<br />

e que ambas têm seu papel.<br />

Sobre o tema, falaram a coordenadora<br />

de conteúdo da Zerohora.<br />

com, Marcela Duarte, o diretor de<br />

conteúdo do portal IG e autor do<br />

Blog do Vinho, Beto Gerosa, e Leonardo<br />

Attuch, sócio e criador do<br />

Brasil 247, primeiro jornal brasileiro<br />

desenvolvido para iPad.<br />

À tarde, o evento continuou<br />

com dicas de como se destacar no<br />

mundo da comunicação digital. As<br />

informações vieram de PC Dias,<br />

sócio da Mazah Live Marketing,<br />

e Fabiano Goldoni, gerente de<br />

estratégias digitais da agência de<br />

publicidade Escala. A importância<br />

da inovação como estratégia na internet<br />

foi tratada pelos palestrantes<br />

Anselmo Endlich, presidente da<br />

Wine.com.br, maior loja virtual de<br />

vinhos do Brasil, e Márcio Cunha,<br />

especialista em colaboração em<br />

massa e sócio-fundador do WineTag,<br />

rede social que conecta os<br />

Brinde simultâneo marca<br />

Dia Estadual do Vinho<br />

amantes do vinho e que fornece informações<br />

por meio de QR Codes<br />

e dispositivos móveis.<br />

O ponto alto do encontro foi<br />

uma degustação on-line feita por<br />

10 blogueiros de diferentes estados<br />

e pela plateia do workshop.<br />

Foto: Gilmar Gomes<br />

Foto: Giovani Nunes<br />

Os municípios da<br />

região da Uva e do Vinho<br />

que participaram<br />

das comemorações do<br />

Dia Estadual do Vinho<br />

promoveram brindes<br />

simultâneos e coletivos<br />

para marcar a passagem<br />

da data. As taças foram<br />

levantadas em Bento<br />

Gonçalves, Caxias do<br />

Sul, Garibaldi, Flores da<br />

Cunha e Monte Belo do<br />

Sul na noite de sábado<br />

(4 de junho) para domingo (Dia do Vinho, 5 de junho), por volta das 23h.<br />

Cada município fez a concentração em um local. Em Caxias, o brinde<br />

coletivo ocorreu no Baile Municipal do Clube Juvenil. Em Bento Gonçalves,<br />

os amantes da bebida se reuniram no Filó Italiano do Hotel Villa<br />

Michelon. O 10º Festival do Vinho foi palco do brinde em Monte Belo<br />

do Sul. Garibaldi escolheu o Festival Colonial realizado nos pavilhões da<br />

Fenachamp. E, em Flores da Cunha, a comemoração pelo Dia Estadual do<br />

Vinho foi no restaurante Casa Nostra.<br />

O <strong>Ibravin</strong> inovou mais uma vez.<br />

Em parceria com o site Enoblogs<br />

(enoblogs.com.br) – que reúne o<br />

conteúdo dos principais endereços<br />

enológicos da internet brasileira – o<br />

<strong>Ibravin</strong> instalou um painel de LED<br />

(de 4×4) logo na entrada do estande<br />

coletivo Vinhos do Brasil na Expovinis<br />

2011, realizada de 26 a 28 de<br />

abril, em São Paulo.<br />

Na tela gigante foram reproduzidos<br />

posts e mensagens on-line do<br />

Twitter que falavam sobre o vinho<br />

brasileiro. Os melhores tuítes ganharam<br />

brindes das 31 vinícolas<br />

presentes na feira.<br />

Segundo o diretor-executivo do<br />

<strong>Ibravin</strong>, Carlos Raimundo Paviani,<br />

esta ação marca uma maior aproximação<br />

entre o Instituto e os blogs<br />

dedicados à cobertura do setor vitivinícola<br />

no Brasil.<br />

Os blogueiros ainda puderam<br />

usar a Sala de Imprensa instalada<br />

no estande Vinhos do Brasil para<br />

elaboração e publicação de textos<br />

sobre o evento. Para ter seus tuítes<br />

publicados na tela do <strong>Ibravin</strong><br />

na Expovinis bastava acrescentar<br />

a hashtag #vdb no final das mensagens.<br />

O maior estande da Expovinis<br />

2011, com área de 557 m², foi ocupado<br />

pelo <strong>Ibravin</strong> para uma participação<br />

coletiva de 31 vinícolas verde-amarelas.<br />

No espaço Vinhos do<br />

Brasil estiveram presentes outras 16<br />

cantinas, totalizando uma participação<br />

recorde de 47 empresas nacionais<br />

na 15ª edição do Salão Internacional<br />

do Vinho, a maior feira do<br />

setor da América Latina e uma das<br />

dez mais importantes do mundo.<br />

O principal estado produtor de<br />

vinhos do País – o Rio Grande do<br />

Sul – esteve representado nas suas<br />

diferentes regiões – a Serra, o Vale<br />

dos Vinhedos e a Campanha Gaúcha.<br />

O estande coletivo do <strong>Ibravin</strong><br />

ainda contou com uma vinícola do<br />

Paraná (a Dezem) e uma de Santa<br />

Catarina (Santo Emílio).<br />

Foto: Orestes de Andrade Jr.<br />

PAINEL de LED (de 4×4) foi instalado pelo <strong>Ibravin</strong> logo na<br />

entrada do estande coletivo Vinhos do Brasil na Expovinis<br />

Vinhos do Brasil está mais ativo nas redes sociais<br />

Ficou muito mais fácil seguir<br />

os passos do vinho brasileiro.<br />

Basta estar conectado à internet.<br />

Em junho foram oficialmente<br />

lançadas as novas mídias do<br />

Vinhos do Brasil e do Wines of<br />

Brasil na web. Além dos sites<br />

institucionais dos projetos voltados<br />

ao mercado nacional e ao<br />

internacional, agora é possível<br />

acompanhar as novidades pela<br />

rede social Facebook, pelo site<br />

de micromensagens Twitter e<br />

pelo YouTube.<br />

Fotos, notícias, vídeos, comentários<br />

dos internautas…<br />

tudo isso está sendo repercutido<br />

nos novos canais do setor vitivinícola<br />

nacional. E com todas as<br />

opções de interatividade oferecidas<br />

por essas mídias, oportunizando<br />

a construção do conteúdo<br />

por todos os interessados.<br />

Para tanto, basta seguir os perfis<br />

@vinhosdobrasil e @winesofbrasil<br />

no Twitter e curtir nossas<br />

páginas no Facebook (facebook.<br />

com/vinhosdobr e facebook.com/<br />

brazilianwines). Confira ainda os<br />

canais no YouTube, youtube.<br />

com/vinhosdobrasil e youtube.<br />

com/winesofbrasil.<br />

O jornalista e blogueiro<br />

Maurício Roloff, ex-Pioneiro,<br />

foi contratado exclusivamente<br />

para trabalhar com redes sociais<br />

para o <strong>Ibravin</strong>.<br />

17


Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

informativo<br />

Saca-rolhas<br />

Compradores negociam<br />

El Corte Ingles terá vinhos<br />

com vinícolas brasileiras<br />

brasileiros na Europa<br />

Comércio internacional<br />

Negócio<br />

Convidados pelo Wines of Brasil, compradores da Alemanha, França e Bélgica conheceram vinícolas na Serra Gaúcha,<br />

participaram da Fenavinho, das rodadas de negócios na Expovinis e assistiram à Fórmula Indy em São Paulo.<br />

Compradores de uma das principais lojas de departamentos da Europa conheceram os produtos verde-amarelos<br />

na Apas em São Paulo. Rótulos já foram pré-selecionados e agora só falta fechar o pedido inicial.<br />

18<br />

Três compradores de vinhos da<br />

Alemanha, Bélgica e França, trazidos<br />

ao País pelo projeto Wines of<br />

Brasil, realizado em parceria entre<br />

o <strong>Ibravin</strong> e a Apex-Brasil, decidiram<br />

fazer negócios com as vinícolas<br />

verde-amarelas.<br />

Com apoio da Exponor, organizadora<br />

da Expovinis, o alemão<br />

Thomas Luber, da Wiv Wein International<br />

GmbH, o belga Frank<br />

Matthys, da Wijnimport NV, e o<br />

francês Phillipe Larche, da Vintex<br />

& Vignobles Gregoire, estiveram<br />

no Brasil de 26 de abril a 1º<br />

de maio participando da Expovinis<br />

e da etapa brasileira da Fórmula<br />

Indy, ambas em São Paulo.<br />

Neste período, eles ainda conheceram<br />

algumas vinícolas da<br />

Serra Gaúcha e estiveram na Fenavinho<br />

Brasil 2011, em Bento<br />

Gonçalves. “Como resultado deste<br />

projeto, no mínimo seis vinícolas<br />

serão introduzidas nestes três<br />

mercados [Alemanha, Bélgica e<br />

França]”, comemorou a gerente de<br />

Promoção Comercial do Wines of<br />

Brasil, Andreia Gentilini Milan.<br />

Depois de degustar os vinhos<br />

brasileiros, o alemão Thomas Luber,<br />

um dos principais importadores<br />

da Alemanha, que também<br />

possui 16 lojas chamadas Vino<br />

WeineundIdeen, vislumbrou a possibilidade<br />

de realizar negócios com<br />

as quatro vinícolas, uma de grande<br />

COMPRADOR alemão negocia com a Vinícola Santo Emilio e trading Suriana<br />

porte para produtos de entrada e<br />

outras três vinícolas menores com<br />

produtos premium.<br />

O francês Phillipe Matthys e o<br />

belga Frank Matthys ficaram impressionados<br />

com a qualidade e o<br />

custo-benefício dos vinhos brasileiros.<br />

Por isso, colocarão ao menos<br />

uma marca de vinho brasileiro<br />

em seus respectivos mercados. O<br />

francês está começando a importar<br />

vinhos do Novo Mundo de olho na<br />

expansão do mercado chinês. Já o<br />

belga está procurando uma vinícola<br />

para desenvolver a marca com<br />

seus clientes, que são exclusivamente<br />

restaurantes.<br />

Na Expovinis foram realizadas<br />

31 reuniões entre os três compradores<br />

com as vinícolas integrantes<br />

do Wines of Brasil presentes na feira<br />

em São Paulo. Na Fórmula Indy,<br />

no dia 1º de abril, os compradores<br />

participaram de um jantar para 300<br />

convidados no Hotel Intercontinental<br />

onde foram servidos vinhos<br />

e espumantes da Aurora, Casa Valduga,<br />

Lidio Carraro, Miolo, Perini,<br />

Pizzato e Salton.<br />

A programação incluiu a presença<br />

dos compradores entre 350<br />

convidados para assistir a corrida<br />

no camarote VIP da Apex-Brasil,<br />

que foi abastecido por produtos<br />

das mesmas cantinas relacionadas<br />

acima.<br />

Fotos: Bárbara Rupell<br />

Os vinhos brasileiros serão comercializados<br />

em uma das principais<br />

lojas de departamentos da<br />

Europa – a El Corte Ingles. Os representantes<br />

da rede Miguel Castelão<br />

e Jorge Herranz Bravo conheceram<br />

os vinhos e espumantes<br />

verde-amarelos no 27º Congresso<br />

de Gestão e Feira Internacional<br />

de Negócios em Supermercados<br />

(Apas 2011), o maior evento supermercadista<br />

do mundo, realizado<br />

de 10 a 12 de maio, em São Paulo.<br />

Convidados pela Apex-Brasil<br />

(Agência Brasileira de Promoção<br />

de Exportações e Investimentos),<br />

os compradores do El Corte Ingles<br />

anunciaram na própria feira que<br />

irão fracionar um contêiner para<br />

levar diversos rótulos das vinícolas<br />

brasileiras. “Eles gostaram tanto<br />

dos produtos degustados nas dez<br />

vinícolas presentes na Apas que<br />

decidiram fazer negócios com as<br />

vinícolas brasileiras imediatamente”,<br />

contou o gerente de Marke-<br />

ting do <strong>Ibravin</strong>, Diego<br />

Bertolini, que esteve<br />

na Apas.<br />

Bertolini disse que<br />

a intenção do El Corte<br />

Ingles é realizar ações<br />

promocionais de degustação<br />

com os clientes<br />

da loja de departamentos<br />

para divulgar<br />

os vinhos brasileiros.<br />

“Inicialmente, eles escolherão<br />

algumas lojas<br />

da rede pra colocar<br />

os vinhos brasileiros<br />

à venda”, informou o gerente de<br />

Marketing do <strong>Ibravin</strong>. Os rótulos<br />

já foram pré-selecionados pela<br />

rede e agora só falta confirmar o<br />

primeiro pedido.<br />

Apas<br />

O estande Vinhos do Brasil,<br />

contratado pelo <strong>Ibravin</strong> na Apas<br />

2011, abrigou 10 empresas – Cooperativa<br />

Aliança, Cooperativa<br />

ESTANDE Vinhos do Brasil na Apas abrigou 10 empresas<br />

Vinícola Garibaldi, Irmãos Molon,<br />

Mioranza, Wine Park, Casa<br />

de Madeira, Domno do Brasil,<br />

Góes & Venturini, Miolo e Vinhos<br />

Canção. A participação na feira<br />

contou com o apoio do governo<br />

do Estado do Rio Grande do Sul,<br />

por meio da Secretaria da Agricultura,<br />

Pecuária e Agronegócio (Seapa),<br />

Cristal Blumenau, Scholle e<br />

Marfrig/Seara.<br />

<strong>Ibravin</strong> presente na Casa Brasil em Bento Gonçalves<br />

Os vinhos brasileiros estiveram presentes na<br />

Casa Brasil, feira de produtos contemporâneos de<br />

alto padrão, realizada de 2 a 6 de agosto, no Parque<br />

de Eventos de Bento Gonçalves. O estande Vinhos<br />

do Brasil, organizado pelo <strong>Ibravin</strong>, contou com a<br />

participação de cinco empresas – Aurora, Casa Valduga,<br />

Dal Pizzol, Domno e Miolo. “O espaço funcionou<br />

como uma espécie de boas-vindas aos visitantes,<br />

devido à localização estratégica, antes do<br />

restaurante”, explicou o gerente de Marketing do<br />

<strong>Ibravin</strong>, Diego Bertolini. Segundo ele, a proposta<br />

era que os visitantes da Casa Brasil degustassem os<br />

vinhos brasileiros servidos no local para logo em<br />

seguida harmonizá-los no almoço.<br />

Este ano, os Irmãos Campana foram os grandes<br />

homenageados do evento. Assim, o saca-rolhas de<br />

inox – criado pela dupla de designers Fernando e<br />

Humberto Campana para ser o símbolo máximo dos<br />

vinhos brasileiros – esteve em exposição logo na entrada<br />

do pavilhão principal do Parque de Eventos. O<br />

Foto: Arlindo Menoncin<br />

CINCO vinícolas participam do estande Vinhos do Brasil, com o<br />

objetivo de harmonizar os produtos verde-amarelos com os pratos<br />

servidos no restaurante do evento<br />

saca-rolhas Laçador é a principal arma da estratégia<br />

de marketing do <strong>Ibravin</strong> para reposicionar os Vinhos<br />

do Brasil no mercado interno e iniciar o processo de<br />

construção de imagem da marca no exterior. Tanto<br />

que virou logomarca do Vinhos do Brasil e Wines<br />

of Brasil.<br />

Foto: Orestes de Andrade Jr.<br />

19<br />

MORGANA Miolo na Rodada de Negócios com comprador holandês<br />

RODADA de negócios na Expovinis com Júlio Kunz, da Dunamis


Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

informativo<br />

Saca-rolhas<br />

Empresas ativas crescem<br />

o dobro da média do setor<br />

Balanço<br />

Acréscimo no faturamento chega a 30% de janeiro a junho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado,<br />

das empresas que têm presença constante nas feiras e ações comerciais no mercado interno promovidas pelo <strong>Ibravin</strong>.<br />

Brasil no ranking dos 10<br />

melhores moscatéis do mundo<br />

No topo<br />

11º Concurso Internacional Muscat du Monde, na França, um dos mais importantes do mundo, incluiu um<br />

vinho verde-amarelo no Top Ten e distribuiu uma medalha de ouro e cinco de prata aos rótulos brasileiros.<br />

20<br />

As vinícolas brasileiras que investem<br />

na participação em feiras e<br />

em ações comerciais crescem acima<br />

da média do mercado. Esta é a<br />

realidade apresentada pelas nove<br />

vinícolas brasileiras que participaram,<br />

de 9 a 11 de agosto, da Abad<br />

2011 Recife – 31ª Convenção Anual<br />

do Atacadista Distribuidor, em<br />

Olinda (PE), considerada a maior<br />

feira do setor da América Latina.<br />

A terceira participação do estande<br />

coletivo Vinhos do Brasil,<br />

organizado pelo <strong>Ibravin</strong>, reuniu as<br />

empresas Casa de Madeira, Campestre,<br />

Canção, Cooperativa Aliança,<br />

Cooperativa Garibaldi, Domno<br />

do Brasil, Miolo Wine Group, Perini<br />

e Peterlongo.<br />

Todas estas empresas, que têm<br />

presença constante nas feiras e<br />

ações comerciais no mercado interno,<br />

incrementaram seu faturamento<br />

em vendas de vinhos, espumantes<br />

e suco de uva acima de<br />

30% no primeiro semestre do ano,<br />

em relação ao mesmo período de<br />

2010. A média do setor em faturamento<br />

ficou ao redor de 15% de<br />

janeiro a junho de 2011, com o volume<br />

7,8% maior.<br />

“A presença em feiras que re-<br />

Faturamento<br />

Crescimento do faturamento das empresas<br />

presente na Abad no 1º semestre<br />

de 2011 (em relação ao mesmo<br />

período de 2010):<br />

Cooperativa Aliança ............. 53%<br />

Cooperativa Garibaldi ........... 44%<br />

Casa de Madeira.................. 40%<br />

Miolo .................................. 34%<br />

Peterlongo .......................... 35%<br />

Perini.................................. 28%<br />

Domno ............................... 25%<br />

Pergola ............................... 25%<br />

Canção ............................... 12%<br />

Foto: Orestes de Andrade Jr.<br />

NOVE vinícolas prospectaram R$ 15 milhões em negócios para os próximos 12 meses na Abad 2011<br />

únem em um só lugar os gigantes<br />

da indústria com os maiores atacadistas<br />

distribuidores nacionais<br />

e internacionais acaba gerando<br />

ótimos negócios para as empresas<br />

participantes”, afirma o gerente de<br />

Marketing do <strong>Ibravin</strong>, Diego Bertolini.<br />

Um exemplo é a vinícola Canção,<br />

que na última edição da<br />

Seminário debate a vitivinicultura<br />

na Metade Sul do Estado<br />

A Metade Sul do Rio Grande<br />

do Sul sediou em agosto a oitava<br />

edição de seu principal evento<br />

de atualização tecnológica e debate<br />

no setor da uva e do vinho, no<br />

qual a região se destaca como um<br />

dos principais novos polos produtores<br />

do Brasil. Nos dias 11 e 12,<br />

no Clube Comercial, em Bagé,<br />

ocorreu o VIII Seminário de Vitivinicultura<br />

da Metade Sul do RS,<br />

que teve como assuntos centrais o<br />

enoturismo como estratégia para<br />

o desenvolvimento da vitivinicultura<br />

na região e a sustentabilidade<br />

ambiental da produção.<br />

Abad, realizada em Curitiba, fechou<br />

negócios no valor de R$ 2<br />

milhões. Na Abad de Recife, realizada<br />

em 2009, o faturamento<br />

das empresas bateu os R$ 3 milhões.<br />

Na Abad deste ano, a prospecção<br />

de negócios das nove empresas<br />

presentes alcançou R$ 15<br />

milhões.<br />

O segmento técnico do seminário<br />

colocou em pauta os<br />

vinhos finos da Campanha<br />

Gaúcha no contexto da vitivinicultura<br />

brasileira e os desafios<br />

e viabilidade para a irrigação<br />

vitícola na região. O evento<br />

contou ainda com um dia de<br />

campo sobre mecanização em<br />

viticultura, apresentando estações<br />

de máquinas para manejo<br />

de solo, da planta (poda e condução)<br />

e de pragas e doenças,<br />

além de degustação temática<br />

de vinhos elaborados com uvas<br />

da região.<br />

O ranking dos 10 melhores<br />

moscatéis do mundo de 2011 tem<br />

um rótulo brasileiro. O vinho branco<br />

Perini Licoroso, da vinícola<br />

Perini, acaba de ser listado no Top<br />

10 do 11º Concurso Internacional<br />

Muscat du Monde, realizado nos<br />

dias 30 de junho e 1º de julho em<br />

Frontignan La Peyrade, no Sul da<br />

França. Além do Brasil, somente<br />

mais quatro países tiveram rótulos<br />

colocados no Top 10 dos melhores<br />

moscatéis de 2011: África do Sul,<br />

Espanha, França e Portugal.<br />

O Muscat du Monde reconheceu<br />

a qualidade dos rótulos moscatéis<br />

do Brasil distribuindo uma<br />

medalha de ouro – para o Perini Licoroso<br />

– e cinco medalhas de prata<br />

(espumante moscatel Panizzon, da<br />

Panizzon; espumante moscatel Perini<br />

Aquarela, da Perini; Baccio espumante<br />

moscatel, da vinícola Serra<br />

Gaúcha; Casa Valduga Premium<br />

moscatel, da Casa Valduga; e Monte<br />

Paschoal Frisante, da Basso). A<br />

participação brasileira foi organizada<br />

pela Associação Brasileira de<br />

Enologia (ABE).<br />

O concurso exclusivo de rótulos<br />

da uva moscatel foi disputado este<br />

ano por 210 vinhos de 23 países,<br />

tornando-se o maior e mais representativo<br />

das 11 edições já realizadas.<br />

O júri de 55 especialistas de<br />

diversas nacionalidades, sendo<br />

45% franceses, conferiu medalhas<br />

a apenas 33% dos rótulos<br />

inscritos. Foram 25 medalhas de<br />

ouro e 49 de prata entregues aos<br />

participantes.<br />

Terra do moscatel<br />

Farroupilha, na Serra Gaúcha,<br />

ao lado de Caxias do Sul, é o maior<br />

produtor de uvas moscatéis do País.<br />

Conforme dados da safra de 2011<br />

da Associação Farroupilhense de<br />

Produtores de Vinhos, Espumantes,<br />

Sucos e Derivados (Afavin),<br />

foram produzidos 7,7 milhões de<br />

quilos de moscato branco no município,<br />

perfazendo 46% do total<br />

do Rio Grande do Sul, que somou<br />

16,7 milhões de quilos.<br />

Segundo o presidente da Afavin,<br />

Tiago Tonini, na safra de 2010,<br />

Farroupilha produziu 3,6 milhões<br />

de quilos de moscato branco, 42%<br />

do total gaúcho, que foi de 8,5 milhões<br />

de quilos na safra passada.<br />

Em parceria com a Embrapa<br />

Uva e Vinho e o <strong>Ibravin</strong>, a Afavin<br />

busca a Indicação Geográfica (IG)<br />

dos vinhos da região, tendo em vista<br />

especialmente a produção de espumantes<br />

e vinhos moscatéis. Em<br />

2008, a entidade deu a largada em<br />

estudos para delimitação do território<br />

da IG.<br />

Espumantes são servidos no Festival<br />

Internacional de Criatividade em Cannes<br />

Os vinhos brasileiros estiveram<br />

presentes, pela primeira<br />

vez, no Festival Internacional de<br />

Criatividade, em Cannes, no sul<br />

na França, que ocorreu de 16 a<br />

25 de junho. Reunidas pelo projeto<br />

Wines of Brasil, realizado<br />

em parceria entre o <strong>Ibravin</strong> e a<br />

Apex-Brasil, oito vinícolas tiveram<br />

seus espumantes servidos no<br />

lounge da Apro (Associação Brasileira<br />

das Produtoras de Audiovisual)<br />

instalado na beira da praia<br />

em Cannes.<br />

Os espumantes das vinícolas<br />

Aurora, Casa Valduga, Cooperativa<br />

Vinícola Garibaldi, Irmãos<br />

Basso, Peterlongo, Piagentini,<br />

Pizzato e Salton foram apreciados<br />

entre os dias 20 e 24 nos happy<br />

hours promovidos no lounge<br />

da Apro e no coquetel oferecido<br />

pela Associação Brasileira de<br />

Empresas de Design (Abedesign),<br />

no dia 22. As ações em<br />

Cannes da Abedesign contemplaram<br />

o envio de kits contendo<br />

o saca-rolha Laçador dos Vinhos<br />

do Brasil/Wines of Brasil e um<br />

vinho brasileiro.<br />

21


Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

informativo<br />

Saca-rolhas<br />

Vinhos brasileiros prospectam<br />

Brasil ganha 1ª medalha de ouro<br />

US$ 1,7 milhão em Londres<br />

no Wine Challenge em Londres<br />

Resultado positivo<br />

As 10 vinícolas brasileiras presentes na London Wine Fair fecharam novos contratos de exportação para países europeus<br />

e tiveram seus rótulos incluídos na carta de alguns dos mais renomados restaurantes da capital britânica.<br />

Reconhecimento<br />

Participação histórica dos vinhos brasileiros em um dos mais prestigiados concursos de vinho do mundo rendeu<br />

o recorde de 25 medalhas recebidas na edição deste ano, 150% a mais do que os prêmios do ano passado.<br />

22<br />

VINHO brasileiro deixou de ser apenas uma curiosidade para se tornar um produto que já faz parte do circuito<br />

dos compradores internacionais reunidos na London Wine Fair em maio<br />

A prospecção de negócios dos<br />

vinhos brasileiros para os próximos<br />

12 meses alcançou US$ 1,7<br />

milhão na 31ª London International<br />

Wine Fair (Feira Internacional<br />

de Vinhos de Londres), realizada<br />

de 17 a 19 de maio. Cerca de US$<br />

250 mil foram fechados na feira<br />

pelas 10 vinícolas integrantes do<br />

estande coletivo do projeto Wines<br />

of Brasil, realizado em parceria<br />

entre o <strong>Ibravin</strong> Apex-Brasil, que<br />

contou com o apoio do governo<br />

do Estado do Rio Grande do Sul,<br />

por meio da Secretaria Estadual de<br />

Desenvolvimento e Promoção do<br />

Investimento (SDPI), representada<br />

na feira pelo diretor do Departamento<br />

de Articulação Internacional,<br />

Somchai Ansuj, e pela assessora<br />

técnica Leila Dias.<br />

As vinícolas brasileiras presentes<br />

na London Wine Fair fecharam<br />

novos contratos de exportação para<br />

países europeus e tiveram seus rótulos<br />

incluídos na carta de alguns<br />

dos mais renomados restaurantes<br />

da capital britânica. A Salton acertou<br />

sua primeira exportação para o<br />

Reino Unido.<br />

O importante mercado britânico,<br />

considerado referência mundial<br />

no mercado de vinhos, é também<br />

um dos principais focos da Miolo,<br />

que lançou três novos rótulos<br />

varietais na feira. Além da linha<br />

Alísios do Seival, desenvolvida<br />

especialmente para o consumidor<br />

do Reino Unido, a Miolo passará<br />

também a exportar para o país o vinho<br />

superpremium Quinta do Seival<br />

Castas Portuguesas, através da<br />

importadora Bibendum.<br />

“Pretendemos dobrar nossas exportações<br />

de vinhos e espumantes<br />

para o mercado britânico”, disse<br />

o gerente de exportação da Miolo,<br />

Fabiano Maciel. Ele festejou ainda<br />

a indicação do rótulo Quinta Seival<br />

Castas Portuguesas pelo crítico<br />

Steven Spurrier, publicado na<br />

última edição da revista especializada<br />

em vinhos Decanter, a mais<br />

importante do Reino Unido, que<br />

em 2010 se tornou o maior importador<br />

dos vinhos brasileiros, com<br />

um aumento de 385% no valor das<br />

exportações.<br />

Outras quatro vinícolas brasileiras<br />

também presentes na London<br />

Wine Fair comemoraram sua entrada<br />

na Noruega, através de con-<br />

tratos fechados durante a feira. A<br />

conquista teve sabor especial para<br />

a vinícola Basso, que passou a realizar<br />

sua primeira exportação, vendendo<br />

ao país escandinavo o espumante<br />

moscatel e o frisante Monte<br />

Paschoal. Pizzato, Casa Valduga<br />

e Lidio Carraro completam a lista<br />

das vinícolas que estrearão no mercado<br />

norueguês.<br />

River, Zuma, Roka e Fifteen incluem<br />

vinhos brasileiros em suas cartas<br />

O Wines of Brasil também comemorou<br />

a entrada dos produtos brasileiros<br />

em alguns dos mais renomados<br />

restaurantes de Londres. O River, do<br />

Hotel Savoy, anunciou a inclusão em<br />

sua carta de vinhos de quatro rótulos:<br />

Dádivas Chardonnay, da Lidio Carraro;<br />

Gran Reserva Cabernet Sauvigon,<br />

da Casa Valduga; Tannat, da<br />

Pizatto; e o espumante Cave Geisse<br />

Brut Rosé, da Geisse.<br />

Já os badalados restaurantes japoneses<br />

Zuma e Roka confirmaram que<br />

incluiram o tinto Lidio Carraro Elos<br />

Touriga Nacional/Tannat em suas<br />

cartas, somando-o ao Dádivas Chardonnay<br />

e ao Grande Vindima Merlot,<br />

ambos também da Lidio Carraro, que<br />

estrearam no menu no ano passado.<br />

O restaurante-escola do conhecido<br />

chef Jamie Oliver – o Fifteen –<br />

Fotos: Orestes de Andrade Jr.<br />

também incluiu dois rótulos brasileiros<br />

na sua carta de vinhos. Conforme<br />

o sommelier do Fifteen, o brasileiro<br />

Fernando Matumato, os dois vinhos<br />

que estarão na carta do Fifteen serão<br />

um Merlot e um Pinot Noir da Miolo.<br />

“Em breve quero colocar um espumante<br />

brasileiro também”, anunciou.<br />

A Dunamis, que lançou seus primeiros<br />

vinhos no final de 2010, já<br />

prepara a sua entrada no mercado<br />

internacional. Presente na London<br />

Wine Fair, o CEO da Dunamis, Júlio<br />

César Kunz, anunciou que na feira<br />

do ano que vem estará presente como<br />

expositor para lançar um vinho varietal,<br />

da linha premium, da uva Pinot<br />

Grigio. “Entramos na agenda do<br />

mundo dos vinhos”, definiu Andreia<br />

Gentilini Milan, gerente do Wines of<br />

Brasil.<br />

Vinhos brasileiros premiados no<br />

International Wine Challenge 2011<br />

Medalha de ouro<br />

- Gran Legado Brut Champenoise - Vinícola Wine Park<br />

Medalha de prata<br />

- Don Giovani Rosé - Vinícola Don Giovani<br />

- Aurora Brut Chardonnay - Vinícola Aurora<br />

- Salton Virtude Chardonnay 2009 - Vinícola Salton<br />

- Talento 2006 - Vinícola Salton<br />

Medalha de bronze<br />

- Aurora Brut Pinot Noir - Vinícola Aurora<br />

- Dádivas 2009 - Lidio Carraro<br />

- Monte Paschoal Frisante - Vinícola Basso<br />

- Monte Paschoal Merlot 2009 - Vinícola Basso<br />

- Alisios dp Seival Pinot Grigio/Riesling 2010 - Vinícola Miolo<br />

Menção honrosa<br />

- Aurora Brut - Vinícola Aurora<br />

- Aurora Moscatel - Vinícola Aurora<br />

- Ponto Nero Brut - Domno do Brasil<br />

- Ponto Nero Moscatel - Domno do Brasil<br />

- Concentus 2005 - Pizzato<br />

- DNA99 2005 - Pizzato<br />

- Salton Desejo 2006 - Salton<br />

- Cave Geisse Nature 2009 - Geisse<br />

- Cave Geisse Terroir Nature 2006 - Geisse<br />

- Casa Venturini Reserva Chardonnay 2009 - Góes e Venturini<br />

- Monte Paschoal Mscatel - Vinícola Basso<br />

- Leopoldo 2007 - Santo Emílio<br />

- Bacchio Brut 2010 - Vinícola Serra Gaúcha<br />

- Bacchio Moscatel 2010 - Vinícola Serra Gaúcha<br />

- Gran Legado Brut Charmat - Vinícola Wine Park<br />

Apenas nove anos depois de se<br />

lançarem no mercado internacional,<br />

os vinhos brasileiros vêm consolidando<br />

cada vez mais suas conquistas.<br />

Este ano, o Brasil conquistou<br />

a sua primeira medalha de ouro<br />

no International Wine Challenge<br />

2011, um dos concursos independentes<br />

de vinhos mais prestigiados<br />

e influentes do mundo.<br />

Os resultados do Desafio 28 do<br />

Wine Challenge foram anunciados<br />

na abertura da London International<br />

Wine Fair (LIWF), no dia 17<br />

de maio, em Londres, Inglaterra,<br />

consagrando o espumante Grand<br />

Legado Brut Champenoise, da vinícola<br />

Wine Park, como o primeiro<br />

rótulo verde-amarelo a receber<br />

ouro no concurso, disputado por<br />

mais de 12 mil amostras de 48 países.<br />

Das 36 amostras enviadas de<br />

vinhos brasileiros, 69,4% foram<br />

premiadas no Wine Challenge, somando<br />

25 medalhas, um<br />

crescimento de 150%<br />

em relação ao ano passado.<br />

No Desafio 27 do<br />

concurso, em 2010, foram<br />

enviadas 32 amostras<br />

de vinhos e espumantes,<br />

que resultaram<br />

em 10 medalhas para os<br />

rótulos verde-amarelos.<br />

Além da inédita medalha<br />

de ouro, quatro<br />

produtos receberam<br />

medalha de prata (no<br />

ano passado, apenas um<br />

rótulo ganhou prata), e<br />

cinco medalhas de bronze<br />

(em 2010, foram três bronze).<br />

Quinze (15) vinhos e espumantes<br />

brasileiros ganharam Menção<br />

Honrosa (na edição passada, foram<br />

seis).<br />

“É uma conquista incrível, um<br />

reconhecimento muito importante<br />

para as vinícolas brasileiras”, afirmou<br />

a gerente de Exportação<br />

do projeto Wines of<br />

Brasil, Andreia Gentilini<br />

Milan. “É emocionante<br />

ganhar o primeiro ouro<br />

no Wine Challenge, surpreendendo<br />

a organização<br />

do evento, que achava<br />

que iria demorar mais<br />

para isso acontecer”,<br />

destacou. “O expressivo<br />

aumento no número de<br />

medalhas, que consagra<br />

uma participação histórica<br />

dos vinhos brasileiros,<br />

mostra a evolução dos<br />

nossos produtos ao longo<br />

dos anos e o reconhecimento<br />

internacional à<br />

qualidade da produção<br />

vitivinícola brasileira”,<br />

observou Andreia.<br />

Aurora (4 medalhas),<br />

Basso (3), Salton (3),<br />

Wine Park (2), Geisse<br />

(2), Pizzato (2), Serra<br />

Gaúcha (2), Domno (2),<br />

Fotos: Ana Rojas<br />

ALGUNS dos vinhos brasileiros premiados no International Wine Challenge<br />

2011 que foram degustados na London Wine Fair<br />

Góes e Venturini (1), Miolo (1),<br />

Lidio Carraro (1), Don Giovani (1)<br />

e Santo Emílio (1) foram as vinícolas<br />

que tiveram produtos premiados.<br />

Este ano, o Wine Challenge teve<br />

a participação de mais de 12 mil<br />

amostras de vinhos, com um número<br />

recorde 48 países produtores,<br />

dois a mais do que no ano passado.<br />

Ao contrário da edição passada,<br />

quando os espumantes receberam<br />

nove das dez medalhas concedidas<br />

aos vinhos brasileiros, este<br />

ano ocorreu um equilíbrio entre vinhos<br />

e espumantes verde-amarelos<br />

premiados. Das 25 medalhas, 14<br />

(56%) foram para espumantes e<br />

11 (44%) para vinhos, entre eles<br />

um frisante. “Isso demonstra o<br />

progresso do vinho brasileiro e a<br />

continuidade do bom conceito aos<br />

nossos espumantes”, comentou<br />

Andreia.<br />

A participação brasileira no<br />

Wine Challenge foi organizada<br />

pela Associação Brasileira de Enologia<br />

(ABE). Em parceria com o<br />

<strong>Ibravin</strong>, ocorreu a primeira participação<br />

de um jurado brasileiro<br />

do concurso. Foi o pesquisador<br />

da Embrapa Uva e Vinho, Mauro<br />

Zanus, que já foi convidado para<br />

ocupar uma vaga entre os degustadores<br />

no próximo ano.<br />

23


Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

informativo<br />

Saca-rolhas<br />

Quatro vinícolas brasileiras<br />

Vinhos brasileiros conquistam<br />

no Sial Canadá em Toronto<br />

10 novos mercados na Vinexpo<br />

Mix completo<br />

Além de vinhos e espumantes, empresas integrantes do projeto Wines of Brasil, realizado pelo <strong>Ibravin</strong> e pela<br />

Apex-Brasil, levaram o suco de uva 100% natural para a principal feira de alimentos e bebidas do Canadá.<br />

Ampliando espaços<br />

A segunda participação do projeto Wines of Brasil na Vinexpo teve a presença de sete vinícolas verde-amarelas<br />

que abriram novos mercados e incrementaram seus negócios na Europa, América do Norte e Ásia.<br />

24<br />

Vinhos, espumantes e o suco<br />

de uva colheram excelentes resultados<br />

no Salão Internacional<br />

de Alimentação e Bebidas – Sial<br />

Canadá, realizado de 11 a 13 de<br />

maio, em Toronto. Quatro empresas<br />

– Aurora, Irmãos Molon,<br />

Miolo e Salton – do projeto Wines<br />

of Brazil, realizado pelo <strong>Ibravin</strong><br />

e pela Apex-Brasil, participaram<br />

do evento, assim como o suco<br />

de uva 100% natural pronto para<br />

beber, levado pelas empresas Aurora<br />

e Irmãos Molon, integrantes<br />

do Programa de Desenvolvimento<br />

Setorial do Suco de Uva (Grape<br />

Juice of Brasil), desenvolvido em<br />

parceria entre o <strong>Ibravin</strong> e o Ibraf<br />

(Instituto Brasileiro de Frutas). O<br />

estande brasileiro foi organizado<br />

pelo Ministério das Relações Exteriores<br />

(MRE/DPR), por meio<br />

do Setor de Promoção Comercial<br />

(SECOM) do Consulado Geral do<br />

Brasil em Toronto. A presença das<br />

vinícolas verde-amarelas<br />

contou ainda com o patrocínio<br />

do Sebrae.<br />

A estreia do suco de uva<br />

100% natural brasileiro no<br />

Sial 2011 não poderia ter<br />

sido melhor. Segundo a<br />

coordenadora do programa,<br />

Raquel Rohden, presente<br />

na feira, a aceitação<br />

do produto pelos canadenses<br />

foi excelente. “Fizemos<br />

diversos contatos para<br />

colocação do suco 100%<br />

natural, sem adição de água, açúcar<br />

nem conservantes, no Canadá”,<br />

afirma Raquel. O Canadá está entre<br />

os mercados-alvo tanto do vinho<br />

como do suco de uva brasileiros.<br />

“A participação das vinícolas brasileiras<br />

neste que é um dos maiores<br />

mercados do mundo é obrigatória”,<br />

diz Raquel, acrescentando que o<br />

consumo per capita dos canadenses<br />

chega a 14,2 litros/ano, totalizando<br />

Fotos: Divulgação<br />

AURORA, Irmãos Molon, Miolo e Salton representaram o Brasil no Canadá<br />

350 milhões de litros – 70% importado<br />

de outros países.<br />

“A presença ininterrupta nos<br />

últimos anos no Sial tem o objetivo<br />

de consolidar e ampliar nosso<br />

mercado no Canadá”, comenta<br />

Raquel. Os representantes das<br />

empresas brasileiras ligadas aos<br />

projetos do <strong>Ibravin</strong> presentes no<br />

evento foram unânimes em reconhecer<br />

o sucesso da exposição.<br />

Wines of Brasil promove degustações na Suíça e Suécia<br />

A Suíça e a Suécia sediaram duas inéditas degustações<br />

de vinhos brasileiros. Com o objetivo de<br />

combater o desconhecimento dos compradores de<br />

vinhos suíços e suecos, o projeto Wines of Brasil,<br />

realizado em parceria entre o <strong>Ibravin</strong> e a Apex-<br />

Brasil, em parceria com a Embaixada Brasileira<br />

em Berna, promoveu uma Master Class (palestra<br />

seguida de degustação) com cinco vinícolas verdeamarelas<br />

– Basso, Lidio Carraro, Miolo, Pizzato e<br />

Salton – na Suíça, no dia 12 de maio, e na Suécia,<br />

no dia 20 de maio, com o acréscimo das empresas<br />

Aurora e Casa Valduga.<br />

A estreia na degustação de vinhos brasileiros<br />

para a maioria dos convidados gerou reações surpreendentes,<br />

como a do alemão Antonio Potenza,<br />

chefe de vendas do Park Hyatt Zurich, hotel de cinco<br />

estrelas de Zurique. “Muito interessante. Não é<br />

um vinho que você conhece dos supermercados. Eu<br />

não imaginava que se produzia vinho no Brasil”.<br />

Animado após a degustação dos cinco rótulos servidos,<br />

ele disse: “Achei muito bons os vinhos que<br />

experimentei. Vou conversar com meus colegas no<br />

hotel sobre a possibilidade de incluí-los no nosso<br />

cardápio.”<br />

NA SUÍÇA, sentados em pufs, o selecionado público composto por jornalistas,<br />

críticos e compradores respondeu com surpresa a cada informação<br />

sobre a produção vitivinícola do Brasil<br />

EMBAIXADORA do Brasil na Suécia, Leda Lúcia Martins Camargo abriu<br />

o evento saudando os convidados presentes<br />

As sete vinícolas brasileiras presentes<br />

na Vinexpo 2011, realizada<br />

de 19 a 23 de junho, em Bordeaux,<br />

na França, comemoraram a entrada<br />

em dez novos países, além da ampliação<br />

das vendas em mercados<br />

que já importavam seus produtos.<br />

Com os negócios fechados na Vinexpo,<br />

oito países passam a contar<br />

com novas vinícolas brasileiras<br />

em seus mercados: China, Suécia,<br />

Dinamarca, Finlândia, Bélgica,<br />

Luxemburgo, Estônia e Canadá.<br />

Além disso, pela primeira vez, os<br />

vinhos do Brasil serão vendidos no<br />

México e na Venezuela, aumentando<br />

de 27 para 29 o total de países<br />

para onde a produção brasileira é<br />

exportada.<br />

A feira em Bordeaux também<br />

foi importante para que as vinícolas<br />

Boscato, Casa Valduga, Lidio<br />

Carraro, Miolo, Pizzato, Salton e<br />

Vinibrasil ampliassem suas vendas<br />

em países onde já estão presentes,<br />

como, por exemplo, os Estados<br />

Unidos, a China, a Grã-Bretanha, a<br />

Holanda e a própria França.<br />

Os franceses em breve já poderão<br />

comprar mais vinhos e espumantes<br />

da Miolo e conhecer os tintos<br />

da Casa Valduga, que até agora<br />

comercializava no país apenas sua<br />

linha de espumantes. Além disso, a<br />

famosa loja de vinhos Lavinia fará<br />

uma degustação exclusiva de rótulos<br />

brasileiros de 6 a 11 de novembro,<br />

em sua sede no<br />

bairro de Madeleine,<br />

em Paris. “Aumentar<br />

nossa presença<br />

no mercado francês<br />

é uma conquista fundamental<br />

para os vinhos<br />

brasileiros, pois<br />

se trata de um país<br />

onde os rótulos importados<br />

competem<br />

em um nicho pequeno<br />

e onde o consumidor<br />

é altamente exigente”,<br />

disse Andreia<br />

Gentilini Milan, gerente<br />

de exportações<br />

do projeto Wines of<br />

Brasil.<br />

Burburinho<br />

Uma amostra desse sucesso foi<br />

a visita de Mel Dick, presidente<br />

da Wine Division, a maior distribuidora<br />

de vinhos dos Estados<br />

Unidos, ao estande brasileiro na<br />

Vinexpo. Acompanhado do vicepresidente<br />

executivo, Steve Slater,<br />

o norte-americano disse que está<br />

ocorrendo um “burburinho” sobre<br />

os vinhos brasileiros nos EUA.<br />

Eles chegaram ao espaço do Brasil<br />

na feira por indicação da sommelier<br />

brasileira Alexandra Corvo.<br />

“Estamos convencidos de que os<br />

vinhos do Brasil terão seu espaço<br />

no mercado americano nos próxi-<br />

UMA promoção inédita do projeto<br />

Wines of Brasil nas redes<br />

sociais agitou a Vinexpo 2011.<br />

Quem passou pelo estande brasileiro<br />

na maior feira de vinhos do<br />

mundo foi convidado a responder<br />

a pergunta “Como os vinhos brasileiros<br />

surpreenderam você?”<br />

As respostas foram enviadas via<br />

Facebook (facebook.com/brazilianwines)<br />

e Twitter (#brazilianwines).<br />

O melhor comentário de<br />

cada dia rendeu ao participante<br />

um saca-rolhas Laçador, símbolo<br />

dos vinhos brasileiros criado<br />

pelos Irmãos Campana e comercializado<br />

pela Tramontina. Foram<br />

entregues cinco ícones dos Vinhos<br />

do Brasil para as melhores<br />

respostas feitas durante a feira.<br />

Fotos: Ana Rojas<br />

TIME brasileiro formado por representantes das vinícolas vinícolas Boscato,<br />

Casa Valduga, Lidio Carraro, Miolo, Pizzato, Salton e Vinibrasil.<br />

mos anos”, disse Dick. Ele acertou<br />

com a Andreia o envio de amostras<br />

dos rótulos das empresas integrantes<br />

do Wines of Brasil para uma seleção<br />

da Wine Division. “Esta pode<br />

ser considerada uma das principais<br />

conquistas do ano. Em primeiro<br />

lugar, por ganharmos a atenção de<br />

um comprador deste porte, e em<br />

segundo, por termos sido convidados<br />

a promover uma degustação de<br />

produtos, que pode levar os vinhos<br />

brasileiros a serem importados por<br />

uma das maiores empresas dos Estados<br />

Unidos”, festejou Andreia.<br />

O diretor da Decanter, principal<br />

revista inglesa sobre vinhos e uma<br />

das mais respeitadas do mundo,<br />

também esteve no estande do Wines<br />

of Brasil. “O Brasil está fazendo<br />

muito barulho na Inglaterra”,<br />

disse ele, que também sugeriu a visita<br />

de um correspondente da Decanter<br />

à Serra Gaúcha para conhecer<br />

a produção vinícola brasileira.<br />

Nos materiais distribuídos pela<br />

assessoria de imprensa da Vinexpo,<br />

o Brasil estava na seleta lista<br />

dos 12 principais países produtores<br />

presentes na feira, que possui 47<br />

nações representadas. O país ainda<br />

é mencionado, ao lado de China e<br />

Rússia, como novo mercado consumidor<br />

a ser explorado.<br />

25


Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

informativo<br />

Saca-rolhas<br />

Finlândia faz Carnaval com<br />

vinho brasileiro de 6 empresas<br />

Treinamento<br />

Aurora, Casa Valduga, Lidio Carraro, Miolo, Pizzato e Salton tiveram seus vinhos e espumantes selecionados<br />

para participar do Kuopio Wine Festival, realizado de 1º a 9 de julho, na Finlândia Oriental.<br />

Exportação de vinhos cresce<br />

40% no 1º semestre de 2011<br />

Mercado externo<br />

De janeiro a junho de 2011, as empresas integrantes do Wines of Brasil venderam US$ 1,2 milhão de vinho brasileiro<br />

para 27 países, ante uma comercialização de US$ 853,4 mil no mesmo período de 2010 para 20 destinos diferentes.<br />

26<br />

Um verdadeiro “Carnaval do vinho<br />

brasileiro” foi realizado de 1º a<br />

9 de julho na Finlândia. Seis vinícolas<br />

gaúchas – Aurora, Casa Valduga,<br />

Lidio Carraro, Miolo, Pizzato<br />

e Salton – tiveram seus vinhos<br />

e espumantes selecionados para o<br />

Kuopio Wine Festival [Festival de<br />

Vinhos de Kuopio], cuja edição de<br />

2011 homenageou o Brasil, com a<br />

participação de 50 mil visitantes<br />

na cidade de Kuopio, na Finlândia<br />

Oriental. A compra total foi de<br />

14.328 garrafas.<br />

Durante toda a semana, os vinhos<br />

verde-amarelos foram servidos com<br />

cardápios da culinária brasileira,<br />

embalados pelo samba e pela bossa<br />

nova. Todos os dias também ocorreram<br />

degustações guiadas sobre<br />

os rótulos brasileiros, abordando as<br />

características da produção nacional<br />

de vinhos. As degustações duram<br />

meia hora em uma sala com capacidade<br />

para 80 participantes, que<br />

pagam 14 euros para saberem mais<br />

sobre os vinhos brasileiros.<br />

Hoje, nenhum vinho brasileiro<br />

é comercializado na Finlândia.<br />

Depois do festival, os compradores<br />

Huovinen Mika e Felix Bertschinger,<br />

donos de um atacado de vinhos<br />

para restaurantes (www.tampereenviinitukku.fi/fi),<br />

irão incluir os rótulos<br />

verde-amarelos na carta dos estabelecimentos<br />

atendidos por eles.<br />

Segundo a gerente de Promoção<br />

Comercial do Wines of Brasil, Andreia<br />

Gentilini Milan, os compradores<br />

solicitarão ao monopólio responsável<br />

pela compra e distribuição<br />

de vinhos na Finlândia que inclua os<br />

produtos brasileiros na licitação que<br />

será aberta em outubro ou novembro<br />

deste ano. “Eles acreditam que<br />

a divulgação dos vinhos brasileiros<br />

que será feita pelo festival vai gerar<br />

uma demanda entre os consumido-<br />

Foto: Antti Uusitalo<br />

ENTRADA do espaço de degustação dos vinhos brasileiros<br />

no Festival de Kuopio<br />

Vinhos brasileiros na principal rede de varejo de luxo da Irlanda<br />

O país do uísque se rendeu ao<br />

vinho brasileiro. A principal rede<br />

de varejo de luxo da Irlanda, a<br />

Superquinn, acaba de selecionar<br />

dois vinhos da Miolo e um da<br />

Casa Valduga, duas das 37 empresas<br />

integrantes do projeto Wines<br />

of Brasil, realizado em parceria<br />

entre o <strong>Ibravin</strong> e a Apex-<br />

Brasil. Os três rótulos escolhidos<br />

para inaugurar a seção Brasil no<br />

portfólio dos mais conceituados<br />

vinhos do mundo todo disponíveis<br />

na rede Superquinn, que tem<br />

status de butique de alimentos e<br />

bebidas, são os seguintes: Miolo<br />

Reserva Merlot, Miolo Reserva<br />

Pinot Grigio e o Casa Valduga<br />

Premium Cabernet Franc.<br />

Os rótulos verde-amarelos,<br />

que já chegaram em Dublin e<br />

começam a ser vendidos em<br />

setembro, foram selecionados<br />

pelo gerente de compras Ri-<br />

Fotos: Divulgação<br />

REDE Superquinn escolheu três rótulos da<br />

Casa Valduga e da Miolo para inaugurar a<br />

seção Brasil nas adegas de 23 lojas<br />

chard Moriarty, um dos profissionais<br />

ingleses mais respeitados do<br />

mundo do vinho. Ele disse que<br />

ficou admirado com a excelente<br />

qualidade dos vinhos brasileiros.<br />

“É um orgulho ter vinhos escolhidos<br />

por um local que prima pela<br />

qualidade dos rótulos oferecidos”,<br />

res, então, é preciso ter produtos à<br />

venda na Finlândia antes, durante e<br />

depois do evento”, disse Andreia.<br />

afirma a gerente de exportações<br />

do Miolo Wine Group, Morgana<br />

Miolo. “Este é um lugar frequentado<br />

por consumidores exigentes,<br />

formadores de opinião,<br />

que tem um efeito multiplicador<br />

para outros canais, como lojas e<br />

restaurantes”, observa a diretora<br />

comercial da Casa Valduga, Juciane<br />

Casagrande.<br />

Aberta em 1960, a Superquinn<br />

possui uma rede com 23 lojas e<br />

mais de 3 mil funcionários na<br />

Irlanda. A adega de vinhos é organizada<br />

por Richard Moriarty<br />

destacando os principais países<br />

produtores de vinho do mundo,<br />

com total atendimento e suporte<br />

de informações aos clientes. A<br />

rede possui excelente reputação<br />

entre os consumidores de gosto<br />

exigente por vender vinhos de<br />

categoria diferenciada, a preços<br />

justos.<br />

As vinícolas brasileiras integrantes<br />

do projeto setorial integrado Wines<br />

of Brasil, realizado em parceria<br />

entre o <strong>Ibravin</strong> e a Agência Brasileira<br />

de Promoção de Exportações<br />

e Investimentos (Apex-Brasil), exportaram<br />

US$ 1,2 milhão no primeiro<br />

semestre deste ano, um resultado<br />

40,7% superior ao alcançado<br />

no mesmo período de 2010, quando<br />

foram faturados US$ 853,4 mil. Os<br />

dados foram levantados pelo <strong>Ibravin</strong>,<br />

com base em informações das<br />

vinícolas integrantes do Wines of<br />

Brasil.<br />

Onze empresas – Aurora, Basso,<br />

Boscato, Casa Valduga, Geisse, Fazenda<br />

Ouro Verde, Lidio Carraro,<br />

Miolo, Peterlongo, Pizzato e Salton<br />

– mandaram seus vinhos e espumantes<br />

para 27 países de janeiro<br />

a junho deste ano. Foram sete destinos<br />

a mais do que no mesmo período<br />

do ano passado. Pela ordem,<br />

Reino Unido, Colômbia, Holanda,<br />

Estados Unidos e Alemanha foram<br />

os cinco principais compradores de<br />

vinhos brasileiros no primeiro semestre<br />

do ano.<br />

A novidade é a China, que, pela<br />

primeira vez, aparece entre os 10<br />

primeiros compradores de rótulos<br />

verde-amarelos, exatamente na 7ª<br />

colocação, com a compra de US$<br />

76 mil. "Estamos começando a ter<br />

uma presença na Ásia, com o objetivo<br />

de criar um vínculo com o<br />

mercado chinês, cujo potencial é<br />

enorme e, por todos os prognósticos,<br />

deve ser o mercado do futuro",<br />

disse Andreia.<br />

A gerente de Promoção Comercial<br />

do Wines of Brasil, Andreia<br />

Gentilini Milan, destacou que o valor<br />

médio exportado pelas empresas<br />

integrantes do projeto cresceu<br />

114% de janeiro a junho deste ano,<br />

em comparação com igual período<br />

de 2010. “Isso significa que estamos<br />

exportando produtos de maior<br />

Foto: Ana Rojas<br />

INTERESSE chinês, que, pela primeira vez, aparece entre os 10 primeiros compradores de rótulos verdeamarelos,<br />

foi demonstrado no estande do Wines of Brasil na Vinexpo 2001, realizada em Bordeaux, na França<br />

valor agregado para o exterior”, explicou<br />

Andreia. Apesar de o câmbio<br />

permanecer desfavorável às exportações,<br />

as empresas integrantes do<br />

projeto estão colhendo os frutos das<br />

participações em feiras e eventos<br />

pelo mundo afora, especialmente<br />

nos oito mercados-alvo do Wines of<br />

Brasil: Alemanha, Canadá, Estados<br />

Unidos, Hong Kong, Países Baixos,<br />

Polônia, Reino Unido e Suécia.<br />

O roteiro de eventos do projeto<br />

ainda prevê para este ano degustações<br />

e presenças em feiras e eventos<br />

na França, Estados Unidos, Canadá,<br />

Tóquio, Cingapura e Hong Kong.<br />

Importações<br />

As importações de vinhos e espumantes<br />

estrangeiros, que somaram<br />

29,5 milhões de litros de janeiro<br />

a junho, aumentaram em menor<br />

ritmo do que os rótulos nacionais.<br />

O acréscimo na entrada de produtos<br />

importados subiu 2,9%, com destaque<br />

para vinhos vindos da França<br />

(+ 15,5%), Portugal (+12,5%) e<br />

Itália (+10,5%). Chile e Argentina,<br />

que respondem juntos por mais da<br />

metade dos rótulos importados pelo<br />

Brasil, sofreram prejuízo neste primeiro<br />

semestre do ano. A entrada de<br />

vinhos chilenos caiu 1,25% de janeiro<br />

a junho, em relação ao mesmo<br />

período do ano passado. O ingresso<br />

de vinhos argentinos despencou 9%<br />

no semestre.<br />

Ranking<br />

Países que mais compraram vinho brasileiro<br />

no 1º semestre de 2011:<br />

1º Reino Unido .................... 17%<br />

2º Colômbia ....................13,5%<br />

3º Holanda ............................9%<br />

4º Estados Unidos ..................8%<br />

5º Alemanha ......................6,5%<br />

6º Noruega ............................6%<br />

7º China ................................6%<br />

8º Finlândia ...........................5%<br />

9º Polônia ..............................4%<br />

10º Canadá ...........................4%<br />

27


Ano 2 | Nº 4 | Setembro de 2011<br />

Saca<br />

informativo<br />

rolhas<br />

Exportação de vinhos brasileiros<br />

deve somar US$ 3 milhões este ano<br />

Sucesso<br />

Parceria entre <strong>Ibravin</strong> e Apex-Brasil foi comemorada na 34ª Expointer, em Esteio (RS). “Nossa intenção com o projeto Wines of Brasil é<br />

construir uma boa imagem do vinho brasileiro no exterior”, disse o diretor de Negócios da Agência, Rogério Bellini.<br />

A exportação de vinhos brasileiros<br />

deve somar US$ 3 milhões este ano – 30%<br />

a mais do que no ano passado. Segundo a<br />

gerente de Promoção Comercial do Wines<br />

of Brasil, Andreia Gentilini Milan, esta é<br />

a expectativa da Agência Brasileira de<br />

Promoção de Exportações e Investimentos<br />

(Apex-Brasil), com quem o <strong>Ibravin</strong><br />

celebrou os sete anos de parceria, no dia<br />

31 de agosto, durante a 34ª Expointer. O<br />

evento foi realizado no estande da Apex-<br />

Brasil no Parque Assis Brasil, em Esteio,<br />

com a presença do diretor de Negócios da<br />

Agência, Rogério Bellini, do presidente<br />

da Assembleia Legislativa do Rio Grande<br />

do Sul, Adão Villaverde, e do secretário<br />

de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo,<br />

Ivar Pavan.<br />

Adriano Miolo, do Miolo Wine Group,<br />

falou representando as 37 empresas exportadoras<br />

ligadas ao Wines of Brasil, e<br />

Maria Angélica Rech, da vinícola Basso,<br />

que deu um depoimento em nome das vinícolas<br />

iniciantes em exportação. “Sem o<br />

projeto, a Miolo não estaria hoje presente<br />

em 30 países e nem teria 10% do seu<br />

faturamento vindos do mercado externo”,<br />

disse Adriano Miolo. “Graças ao Wines of<br />

BRINDE celebrou a parceria de sete anos entre o <strong>Ibravin</strong> e a Apex-Brasil<br />

Vinhos brasileiros são destaque na 34ª Expointer<br />

A qualidade dos vinhos e espumantes<br />

brasileiros foi destaque na 34ª Expointer,<br />

desde o lançamento, até a feira em<br />

si, que ocorreu de 27 de agosto a 4 de<br />

setembro, em Esteio (RS). Por meio de<br />

uma parceria entre o Governo do Estado<br />

e o <strong>Ibravin</strong>, as vinícolas Aracuri,<br />

Aurora, Domno do Brasil, Don Giovani,<br />

Província de São Pedro e Valmarino<br />

forneceram vinhos e espumantes para<br />

eventos oficiais promovidos pelo Palácio<br />

Piratini, como os jantares dos Peões,<br />

dos Prefeitos e dos Embaixadores, que<br />

Brasil realizamos este ano a nossa primeira<br />

exportação [para a Noruega]”, destacou<br />

Maria Angélica.<br />

reuniram mais de 1.000 convidados.<br />

Os rótulos das seis vinícolas gaúchas<br />

ainda abasteceram a adega oficial do governador<br />

Tarso Genro, na Casa Branca,<br />

sede oficial do governo estadual no Parque.<br />

No dia 2 de setembro, o vinho Don<br />

Giovanni Merlot e o espumante Ponto<br />

Nero Moscatel foram servidos no almoço<br />

oficial oferecido pelo governador<br />

Tarso Genro à presidenta da República<br />

Dilma Rousseff. No lançamento do<br />

evento, foram servidos vinhos da Miolo,<br />

Perini e Rastros do Pampa.<br />

Foto: Orestes de Andrade Jr.<br />

Em 2010, as empresas associadas<br />

ao projeto, que tem o objetivo de posicionar<br />

o produto brasileiro no mercado<br />

internacional por meio da promoção<br />

do vinho fino engarrafado, exportaram<br />

US$ 2,29 milhões, praticamente o mesmo<br />

valor de 2009, que foi de US$ 2,30<br />

milhões. “O crescimento que devemos<br />

alcançar este ano nas exportações de vinhos<br />

brasileiros se deve ao investimento<br />

das empresas e ao planejamento estratégico<br />

no mercado internacional”, comentou<br />

Andreia. “Nossa intenção com<br />

o projeto Wines of Brasil é construir<br />

uma boa imagem do vinho brasileiro no<br />

exterior”, disse o diretor de Negócios<br />

da Agência, Rogério Bellini. “Com o<br />

passar dos anos, o projeto está cada vez<br />

mais consistente, com ações muito bem<br />

estruturadas”, elogiou.

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