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Saindo do Cativeiro

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invadi<strong>do</strong>s por demônios. Como eu já disse, o <strong>do</strong>mínio satânico sempre é progressivo. Se um cristão<br />

vai abrin<strong>do</strong> portas e mais portas para o peca<strong>do</strong>, pode ser que um dia o diabo não veja mais<br />

empecilho para invadir sua vida. Mas este processo não é imediato; leva tempo. Em muitos casos, o<br />

endemoninhamento não chega a acontecer.<br />

Se você analisar com o seu coração aberto todas as referências bíblicas que citei anteriormente,<br />

verá evidências para crer na possibilidade de crentes tornarem-se endemoninha<strong>do</strong>s. Tenho<br />

pesquisa<strong>do</strong> também várias outras literaturas que abordam o problema <strong>do</strong> endemoninhamento, e<br />

parece haver quase uma concordância universal entre os autores cristãos acerca de tal possibilidade.<br />

Mas é bom lembrar que estes autores cita<strong>do</strong>s estão envolvi<strong>do</strong>s diretamente com o ministério de<br />

libertação, ou seja, não são apenas teóricos.<br />

O campo prático tende a ser um laboratório onde iremos comprovar ou não as nossas teorias.<br />

Não estou queren<strong>do</strong> dizer que a Bíblia deve ser interpretada a partir de uma via experimental, mas<br />

que, algumas vezes, nossas interpretações podem não estar de acor<strong>do</strong> com aquilo que Deus quis<br />

dizer em alguns textos. A Palavra de Deus nunca se chocará com verdades factuais consistentes.<br />

Deixe-me dar alguns exemplos para melhor elucidar o que estou queren<strong>do</strong> dizer. Alguém que queira<br />

emitir um parecer sobre como é o ministério pastoral, sua prática, ética, formas erradas e certas de<br />

proceder, como fazer uma igreja crescer, etc, terá, além de buscar to<strong>do</strong> embasamento bíblico<br />

possível, que colocar em prática o que pesquisou e estu<strong>do</strong>u, para ver se realmente sua hermenêutica<br />

bíblica está correta ou se ela contraria a experiência vivencial. Quantas vezes já ouvi pessoas de<br />

fora <strong>do</strong> pastora<strong>do</strong> queren<strong>do</strong> "ensinar ao pastor como se deve pastorear" que, mais tarde, quan<strong>do</strong> se<br />

depararam com a atividade <strong>do</strong> pastoreio, passaram a perceber que a prática é bem diferente <strong>do</strong> que<br />

ensinavam. Igualmente, ensinar sobre casamento, relação conjugai, além de se ler todas as<br />

passagens bíblicas que falam sobre o assunto e consultar to<strong>do</strong>s os livros disponíveis no merca<strong>do</strong>, é<br />

preciso também que se tenha a experiência <strong>do</strong> casamento. Falar também <strong>do</strong> cristianismo apenas<br />

como um teórico, sem se ter experimenta<strong>do</strong> a graça <strong>do</strong> evangelho por meio de Cristo Jesus, é<br />

produzir um discurso fada<strong>do</strong> ao descrédito. De igual forma, falar de libertação espiritual, sem estar<br />

envolvi<strong>do</strong> com a prática de libertar pessoas <strong>do</strong>s demônios, é perigoso, pois novamente pode se<br />

incorrer no erro de produzir um discurso teórico pouco conecta<strong>do</strong> com a realidade prática. A própria<br />

Filosofia faz uma distinção acentuada entre "falar sobre" e "falar desde". Aquele que só teoriza<br />

acerca de algo, sem importar-se com o aspecto prático <strong>do</strong> que ensina, fala sobre, ou seja, fala de<br />

fora da coisa que analisa. Mas "falar desde" é falar de dentro, isto é, experimentan<strong>do</strong> o que se diz.<br />

Em suma, o que quero advogar é a necessidade que temos de difundir uma teologia prática, um<br />

ensino que esteja alicerça<strong>do</strong> substancialmente na Bíblia, mas que ao mesmo tempo possa ser<br />

comprova<strong>do</strong> na prática, por meio da experiência cristã. Concor<strong>do</strong> com Peter C. Wagner quan<strong>do</strong> ele<br />

diz que "as melhores teorias são aquelas que funcionam".<br />

Com isso, estou queren<strong>do</strong> dizer que a maioria daqueles que estão envolvi<strong>do</strong>s com o ministério de<br />

libertação em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> percebem que o endemoninhamento de crentes é uma possibilidade.<br />

Veja, por exemplo, o comentário que o Dr. Ed Murphy, vice-presidente e diretor da International<br />

Ministry Team da Overseas Crusades, faz a respeito disto:<br />

Acredito que seria acura<strong>do</strong> afirmarmos que qualquer indivíduo, em qualquer lugar <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>,<br />

que realmente esteja envolvi<strong>do</strong> em um ministério que ajude a libertar os demoniza<strong>do</strong>s, concordará<br />

que crentes verdadeiros podem ser demoniza<strong>do</strong>s. Somente aqueles que não estão ativamente<br />

envolvi<strong>do</strong>s em tal ministério é que advogam a opinião contrária.'<br />

O Dr. Kurt Kock, teólogo alemão, considera<strong>do</strong> o maior estudioso de demonologia em toda a<br />

Europa, também está de acor<strong>do</strong> com a opinião de Murphy, quan<strong>do</strong> diz:<br />

Soube que um missionário de um campo africano foi manda<strong>do</strong> de volta ao seu país pelo fato de<br />

crer na possessão de crentes. Doutra feita, deparei na África com um missionário, o qual esteve, ele

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