Saindo do Cativeiro
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inteiro.<br />
"Harris, R. Laird, op. cit., p. 220.<br />
'Veja também Deuteronômio 28.45, 46.<br />
Uma Criança com Problemas Sexuais<br />
Denise (este não é o seu nome verdadeiro) é uma mãe que veio desesperada compartilhar<br />
comigo o esta<strong>do</strong> espiritual de seu filho Leonar<strong>do</strong> (este não é o seu nome verdadeiro) de dez anos. O<br />
menino padecia de uma rebeldia extrema, e os pais já não sabiam o que fazer para contê-lo. Além<br />
disso, tinha constantes problemas de enfermidades e também me<strong>do</strong> exagera<strong>do</strong>, nervosismo,<br />
dificuldades de aprendizagem na escola e bastante resistência às coisas espirituais, principalmente<br />
durante os cultos.<br />
Mas, de todas as dificuldades, uma era a mais preocupante: Leonar<strong>do</strong> tinhas sérios problemas na<br />
área sexual. Segun<strong>do</strong> sua mãe, ele tinha fascinação por sexo e por assuntos relaciona<strong>do</strong>s a ele.<br />
Denise reclamava ainda dizen<strong>do</strong> que tanto a diretora da escola onde Leonar<strong>do</strong> estuda como as<br />
professoras e as funcionárias <strong>do</strong> ônibus escolar viviam queixan<strong>do</strong>-se de que o menino tinha sua<br />
mente muito bitolada em assuntos de natureza sexual, por isso estava se constituin<strong>do</strong> num problema<br />
para seus colegas. Seu quadro assemelhava-se àquilo que os psiquiatras denominam de satiríase,<br />
que é uma exaltação mórbida <strong>do</strong> impulso sexual.<br />
Para minha surpresa, conversan<strong>do</strong> com a mãe e também com a criança, descobri que ele já havia<br />
ti<strong>do</strong> cerca de 14 envolvimentos sexuais. Seis casos foram com meninas; os outros oito, com<br />
meninos. Além disso, confidenciou-me já ter pratica<strong>do</strong> sexo em grupo diversas vezes, ele e outros<br />
colegas, usan<strong>do</strong> meninas da sua mesma faixa etária. Leonar<strong>do</strong> também me disse já ter pratica<strong>do</strong> até<br />
sexo anal. Para meu espanto, estava ouvin<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> isso de uma criança de apenas dez anos de idade.<br />
Após ouvir to<strong>do</strong> este relatório, perguntei a Denise sobre como era a família na área sexual. "Eu já<br />
fui prostituta", disse Denise, "e igualmente minha mãe. Todas as minhas tias casaram-se grávidas e<br />
são envolvidas com inúmeras situações de adultério. Os meus tios similarmente estão envolvi<strong>do</strong>s<br />
com várias outras mulheres. Meu pai teve oito mulheres, e meu avô três. Além disso, minha mãe me<br />
teve ainda quan<strong>do</strong> solteira."<br />
Fico pensan<strong>do</strong> sobre como experiências como esta servem para confirmar a passagem de<br />
Deuteronômio 28.45,46, quan<strong>do</strong> diz que as maldições deixam sinais nas gerações. A prostituição era<br />
aquilo que manchava a linhagem desta família. Após ouvir, então, o relatório de Denise foi que<br />
comecei a entender por que Leonar<strong>do</strong> tão precocemente mostrava desvios em sua conduta sexual<br />
(seu primeiro envolvimento foi aos seis anos de idade). De fato, ele estava sen<strong>do</strong> influencia<strong>do</strong> por<br />
este espírito familiar de prostituição que estava atuan<strong>do</strong> e direcionan<strong>do</strong> os familiares nesta direção.<br />
Gastamos cerca de três sessões de libertação com Leonar<strong>do</strong>. No final, os resulta<strong>do</strong>s vieram de<br />
forma a nos impressionar tremendamente. Durante uma semana, ele foi observa<strong>do</strong> pela mãe, e foi<br />
ela mesma quem me deu o seguinte relatório: "Pastor, tanto eu como meu esposo estamos<br />
impressiona<strong>do</strong>s com a mudança <strong>do</strong> Leonar<strong>do</strong>. Está bem mais calmo, bem mais calmo mesmo. Sua<br />
obediência esta semana muito me impressionou. Uma coisa terrível era fazê-lo <strong>do</strong>rmir mais ce<strong>do</strong>,<br />
pois reagia com grande rebeldia. Esta semana, ele mesmo arrumou a sua cama e, quan<strong>do</strong> eu<br />
chegava em casa, lá estava o Leonar<strong>do</strong> <strong>do</strong>rmin<strong>do</strong>. Glória a Deus! Esta semana também a diretora da<br />
escola me ligou relatan<strong>do</strong> que percebeu melhoras no seu comportamento e, um fato inédito, não<br />
recebi nenhuma reclamação das professoras acerca <strong>do</strong> Leonar<strong>do</strong>, o que é algo muito incomum.