a importância da qualidade de vida no trabalho - Congresso ...
a importância da qualidade de vida no trabalho - Congresso ...
a importância da qualidade de vida no trabalho - Congresso ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
31 <strong>de</strong> Julho a 02 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2008<br />
A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE<br />
VIDA NO TRABALHO<br />
João Paulo Póvoa dos Santos (Uff)<br />
joao.povoa@inthegra.com.br<br />
Sérgio Portella Prange (Uff)<br />
spprange@uol.com.br<br />
Milena <strong>de</strong> Souza Martins (Uff)<br />
milena@fec.uff.br<br />
Resumo<br />
O tema Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> <strong>no</strong> Trabalho (QVT) é tratado sob inúmeros<br />
aspectos. As <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> QVT vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os cui<strong>da</strong>dos estabelecidos<br />
pela legislação médica e a segurança do <strong>trabalho</strong>, até as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s aos empregados e empregadorees em áreas como lazer, a<br />
motivação, entre outras.<br />
Neste artigo será abor<strong>da</strong>do o <strong>de</strong>senvolvimento e a mo<strong>de</strong>rnização <strong>da</strong><br />
Gestão <strong>de</strong> Pessoas, com ênfase em Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> <strong>no</strong> Trabalho, e a<br />
importância do investimento e preservação dos funcionários <strong>de</strong> uma<br />
organização. Foi analisa<strong>da</strong>, através <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caso, uma<br />
iniciativa <strong>de</strong> melhoria para a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> colaboradores<br />
através <strong>da</strong> prática <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física sistemática. O estudo comprovou<br />
que ações <strong>de</strong> bem estar específicas geram benefícios tangíveis e<br />
intangíveis para o colaboradores e para a organização.<br />
<br />
Abstract<br />
The theme File’s Quality at Work (LQW) is trated un<strong>de</strong>r a number of<br />
aspects. The <strong>de</strong>finitions of LQW go since the cares stabilished by the<br />
medical legislation and the security at work, till the activities gear<strong>de</strong>d<br />
to employees and employers inn areas such as leisure, motivation and<br />
others.<br />
This article will approach the <strong>de</strong>velopment and mo<strong>de</strong>rnization of<br />
people’s management, with emphasis on Life’s Quality at Work and the<br />
importance of the investment and preservation of the employees of an<br />
organization. It was analized through the case study, an initiative of<br />
improving the life’s quality of employees through the practing of<br />
systematic physical activities. The study proved that action of well<br />
being specific bring tangibles and untangibles benefits to the<br />
employees and to the organization.
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
Palavras-chaves: gestão <strong>de</strong> pessoas, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, colaboradores,<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física<br />
IV CNEG 2
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
1.1. Contextualização<br />
O cenário empresarial brasileiro nas últimas déca<strong>da</strong>s tem sido caracterizado como palco <strong>de</strong><br />
profun<strong>da</strong>s transformações, reflexo dos cenários mundiais <strong>de</strong> eco<strong>no</strong>mia globaliza<strong>da</strong>,<br />
tec<strong>no</strong>logias arroja<strong>da</strong>s, exigindo ca<strong>da</strong> vez mais a busca <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />
satisfação do cliente. Com isso, o relacionamento entre empresas e seus colaboradores mudou.<br />
Antes, os funcionários eram vistos como recursos, hoje como talentos.<br />
Des<strong>de</strong> a déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90, a Gestão <strong>de</strong> Pessoas vem ganhando importância e passando por um<br />
processo <strong>de</strong> transformação. Hoje, não significa controle, padronização e rotina, mas sim<br />
estímulo, <strong>de</strong>senvolvimento e comprometimento. Palavras como capacitação e valorização <strong>da</strong><br />
equipe fazem parte <strong>da</strong> estratégia <strong>da</strong>s organizações que querem ser competitivas.<br />
Para Chelotti (2007), presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Associação Brasileira <strong>de</strong> Recursos Huma<strong>no</strong>s (ABRH), “o<br />
sistema focado em cargos e remuneração é ca<strong>da</strong> vez mais ineficiente. Hoje, as empresas<br />
valorizam seu capital intelectual. O executivo acredita que o principal <strong>de</strong>safio é ter li<strong>de</strong>res<br />
competentes, que gostem <strong>da</strong>s pessoas e conheçam os fatores que motivam o<br />
comprometimento com a organização.”<br />
O sistema utilizado até a déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90, focado em cargos e remuneração, não é capaz <strong>de</strong><br />
aten<strong>de</strong>r às <strong>no</strong>vas <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s <strong>de</strong> um mercado globalizado e exigente. Hoje, as organizações<br />
valorizam seu capital intelectual. A Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> está na cultura <strong>da</strong> empresa, que se<br />
preocupa em proporcionar um ambiente <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong> a<strong>de</strong>quado e agradável. Isso acontece não<br />
apenas nas gran<strong>de</strong>s organizações, mas também nas <strong>de</strong> peque<strong>no</strong> e médio porte.<br />
Ain<strong>da</strong> segundo Chelotti (2007), a Gestão <strong>de</strong> Pessoas se baseia <strong>no</strong> fato <strong>de</strong> que o <strong>de</strong>sempenho<br />
<strong>de</strong> uma organização <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> contribuição <strong>de</strong> quem nela trabalha e <strong>da</strong> forma como a equipe<br />
se organiza, é estimula<strong>da</strong> e capacita<strong>da</strong>. Conforme Orlinkas (1998) “A maioria <strong>da</strong>s empresas<br />
IV CNEG 3
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
bem-sucedi<strong>da</strong>s já compreen<strong>de</strong>u que a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> na gestão <strong>de</strong> seus profissionais e a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> seus produtos ou serviços é o melhor meio <strong>de</strong> que dispõe para enfrentar os constantes<br />
<strong>de</strong>safios propostos pela concorrência, mais acentua<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> pela globalização <strong>da</strong> eco<strong>no</strong>mia.”<br />
A estratégia <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong>ve ser pauta<strong>da</strong> por um processo <strong>de</strong> aprendizado contínuo. É<br />
preciso <strong>de</strong>senvolver práticas <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Pessoas que tornem o ambiente agradável, façam<br />
com que todos sejam tratados <strong>da</strong> mesma forma, com liber<strong>da</strong><strong>de</strong>, companheirismo, respeito,<br />
transparência e ética. Assim, o colaborador se sente valorizado, o que auxilia na melhora <strong>da</strong><br />
produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s instituições. Enfim, a empresa precisa ter a visão <strong>de</strong> que o capital huma<strong>no</strong> é<br />
seu gran<strong>de</strong> diferencial. Ele <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado um sinônimo <strong>de</strong> crescimento e vantagem<br />
competitiva.<br />
Não se po<strong>de</strong> falar em sucesso sem que sejam adota<strong>da</strong>s políticas e práticas avança<strong>da</strong>s. É<br />
preciso i<strong>no</strong>var sempre. A satisfação dos clientes é conseqüência <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos produtos e<br />
serviços <strong>de</strong> uma empresa. E essa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> só po<strong>de</strong> ser alcança<strong>da</strong> se os colaboradores<br />
estiverem motivados e não pressionados pelo ambiente corporativo.<br />
Esta <strong>de</strong>man<strong>da</strong> tem gerado, como conseqüência nas empresas, uma necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aperfeiçoar<br />
a gestão <strong>de</strong> RH. Isto <strong>de</strong>ve ser feito <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Planejamento Estratégico, sob o risco <strong>de</strong> termos<br />
programas individuais <strong>de</strong> curto prazo, atingindo apenas alguns setores <strong>da</strong> organização, e não<br />
ela como um todo.<br />
Segundo Oliveira (1993), o Planejamento Estratégico consiste “num processo gerencial que<br />
possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas a obter um<br />
nível <strong>de</strong> otimização na relação <strong>da</strong> empresa com o seu ambiente”. Tal <strong>de</strong>finição <strong>no</strong>s leva a<br />
algumas características do Planejamento Estratégico: ser <strong>de</strong> longo prazo, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
abrangência, uma vez que consi<strong>de</strong>ra a empresa como um todo; leva em conta os cenários<br />
como variáveis do ambiente exter<strong>no</strong> <strong>da</strong> mesma forma que as variáveis do ambiente inter<strong>no</strong>. É<br />
relacionado às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s-fins e meios <strong>da</strong> empresa.<br />
IV CNEG 4
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
A figura 1 <strong>de</strong>monstra como a Gestão <strong>de</strong> Pessoas <strong>de</strong>ve estar posiciona<strong>da</strong> <strong>de</strong>ntro do<br />
Planejamento Estratégico, conti<strong>da</strong> na política <strong>de</strong> uma organização, alinha<strong>da</strong> com sua missão,<br />
baliza<strong>da</strong> por sua cultura e a eco<strong>no</strong>mia.<br />
1.2. Situação Problema<br />
No mundo dos negócios, o bem-estar e a saú<strong>de</strong> dos colaboradores são vantagens competitivas<br />
comprova<strong>da</strong>s através <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos estatísticos:<br />
• funcionários se<strong>de</strong>ntários faltam ao <strong>trabalho</strong> 30% mais vezes e têm 40% mais <strong>de</strong>spesas<br />
médicas do que os praticantes <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas. (www.welcoa.org – 2002);<br />
• 93% <strong>da</strong>s organizações mais competitivas dos Estados Unidos <strong>de</strong>senvolvem programas<br />
<strong>de</strong> bem-estar e <strong>de</strong> estímulo à prática <strong>de</strong> exercícios físicos. (www.welcoa.org – 2002);<br />
• para ca<strong>da</strong> dólar investido pelas companhias em projetos <strong>de</strong> bem estar, US$ 3,20<br />
retornam em ganhos. (www.who.int/en – 2004).<br />
Neste estudo procuramos respon<strong>de</strong>r a duas in<strong>da</strong>gações:<br />
IV CNEG 5
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
1) Como reduzir o se<strong>de</strong>ntarismo dos colaboradores sem alterar, <strong>de</strong> forma prejudicial, o<br />
funcionamento <strong>da</strong> organização e sob custos aceitáveis?<br />
2) Quais as vantagens para a organização na implementação <strong>de</strong> uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física<br />
sistemática fora <strong>da</strong>s <strong>de</strong>pendências <strong>da</strong> empresa?<br />
1.3 Objetivo<br />
O objetivo <strong>de</strong>ste artigo e analisar um <strong>trabalho</strong> realizado, por uma empresa carioca, na área<br />
Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> do Trabalhador, a luz <strong>da</strong>s teorias mo<strong>de</strong>rnas <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Pessoas,<br />
especificamente, em <strong>de</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> do trabalhador.<br />
1.4 Metodologia<br />
A metodologia aplica<strong>da</strong> é a <strong>de</strong> Estudo <strong>de</strong> Caso, através do qual será <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong> a viabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e os resultados, tangíveis e intangíveis, <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> prática <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física sistemática<br />
para melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos colaboradores.<br />
2. REFERENCIAL TEÓRICO<br />
2.1. Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> <strong>no</strong> Trabalho<br />
O tema Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> <strong>no</strong> Trabalho (QVT) é tratado sob inúmeros aspectos. As <strong>de</strong>finições<br />
<strong>de</strong> QVT vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os cui<strong>da</strong>dos estabelecidos pela legislação médica e a segurança do<br />
<strong>trabalho</strong>, até as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s aos empregados e empregadores em áreas como lazer,<br />
a motivação, entre outras.<br />
Para Limongi-França (2004, p.24), “a base <strong>da</strong> discussão sobre o conceito <strong>de</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Vi<strong>da</strong> encerra escolhas <strong>de</strong> bem-estar e percepção do que po<strong>de</strong> ser feito para aten<strong>de</strong>r às<br />
expectativas cria<strong>da</strong>s tanto por gestores como por usuários <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> na<br />
empresa”.<br />
IV CNEG 6
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
No Brasil, a criação <strong>de</strong> programas específicos para a melhoria <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e bem-estar <strong>de</strong><br />
funcionários ocorreu primeiramente nas empresas multinacionais, que realizavam projetos<br />
semelhantes em seus escritórios <strong>no</strong> exterior. Hoje, várias empresas brasileiras, tais como<br />
Petrobrás, Vale do Rio Doce e Furnas têm projetos <strong>de</strong> bem-estar visando melhorias na<br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> seus colaboradores.<br />
2.2 Abor<strong>da</strong>gem do Tema em Certificações<br />
A Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> e o Ambiente <strong>de</strong> Trabalho são itens em certificações e prêmios <strong>de</strong><br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> nacionais e internacionais. No Brasil <strong>de</strong>staca-se, o Premio Nacional <strong>de</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
que foi <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong>s <strong>no</strong>rmas ISO. Abaixo apresentaremos um breve sobre os principais<br />
prêmios nacionais , a <strong>no</strong>rma ISO <strong>no</strong> aspecto Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> <strong>no</strong> Trabalho.<br />
Nesta última déca<strong>da</strong> verificou-se, em todo o mundo industrializado, um esforço grandioso<br />
para o aperfeiçoamento <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos produtos e dos processos. Com a globalização <strong>da</strong><br />
eco<strong>no</strong>mia necessitou-se utilizar um padrão <strong>de</strong> referência que estabelecesse uma linguagem<br />
comum para as transações comerciais. As <strong>no</strong>rmas NBR ISO (Normas Brasileiras -<br />
“International Organization for Stan<strong>da</strong>rdization”) série 9000 transformaram-se nas condições<br />
mínimas para uma organização comprovar sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r aos requisitos<br />
estabelecidos pelos clientes.<br />
A ISO 9004:2000, em seu item 6.4- Ambiente <strong>de</strong> Trabalho, comenta que “convém que a<br />
direção assegure que o ambiente <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong> exerça uma influência positiva na motivação,<br />
satisfação e <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s pessoas, para aumentar o <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong> organização”.<br />
O Prêmio Nacional <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> (PNQ), instituído em 1992, busca promover o entendimento<br />
dos requisitos para alcançar a excelência do <strong>de</strong>sempenho e troca <strong>de</strong> informações sobre<br />
métodos e sistemas <strong>de</strong> gestão. O PNQ é composto por sete critérios, que são <strong>de</strong>finidos em<br />
Li<strong>de</strong>rança; Planejamento Estratégico; Foco <strong>no</strong> Cliente e <strong>no</strong> Mercado; Informação e Análise;<br />
IV CNEG 7
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
Gestão <strong>de</strong> Pessoas; Gestão <strong>de</strong> Processos e Resultados <strong>da</strong> Organização. Estes critérios mostram<br />
o que a organização <strong>de</strong>ve fazer para obter sucesso na busca pela excelência <strong>no</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />
No PNQ, o critério Gestão <strong>de</strong> Pessoas é subdividido em Sistemas <strong>de</strong> Trabalho; Capacitação e<br />
Desenvolvimento e Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> e visa “compreen<strong>de</strong>r que o <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong><br />
Organização <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> capacitação, motivação e bem-estar <strong>da</strong> força <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong> e <strong>da</strong> criação<br />
<strong>de</strong> um ambiente <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong> propício a participação e ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s pessoas”.<br />
3.ESTUDO DE CASO<br />
3.1 Descrição do Caso<br />
A organização objeto do estudo é a uma Companhia <strong>de</strong> Seguros, fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1895. A<br />
companhia tem escritórios <strong>no</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo e sucursais em 19 estados do país .<br />
Comercializa seguros <strong>de</strong> autos, residências, condomínios, empresas, transportes,<br />
odontológicos, previdências, saú<strong>de</strong>, vi<strong>da</strong> e investimentos. A figura 2 apresenta o orga<strong>no</strong>grama<br />
<strong>da</strong> empresa estu<strong>da</strong><strong>da</strong>.<br />
FIGURA 2 – ORGANOGRAMA DA ORGANIZAÇÃO<br />
IV CNEG 8
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
A área <strong>de</strong> Recursos Huma<strong>no</strong>s é composta por um Diretor <strong>de</strong> Recursos Huma<strong>no</strong>s, um<br />
coor<strong>de</strong>nador e uma área <strong>de</strong> recursos huma<strong>no</strong>s, que é responsável pelo bem estar dos<br />
colaboradores e tem alguns projetos regulares <strong>de</strong> melhorias na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos<br />
funcionários, <strong>de</strong>ntre eles <strong>de</strong>stacam-se:<br />
• Projeto Atletas;<br />
• Projeto Caminha<strong>da</strong>s Ecológicas;<br />
• Campanha <strong>de</strong> Doação <strong>de</strong> Brinquedos;<br />
• Campanha do Agasalho.<br />
Nosso objeto <strong>de</strong> estudo é o Projeto Atletas do Rio <strong>de</strong> Janeiro, que foi implementado em março<br />
<strong>de</strong> 2005, com objetivo <strong>de</strong> oferecer uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física para os colaboradores <strong>da</strong> empresa e,<br />
com isso, melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos participantes.<br />
IV CNEG 9
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
A caminha<strong>da</strong> e corri<strong>da</strong> outdoor foram escolhi<strong>da</strong>s pelo Projeto Atletas do Rio <strong>de</strong> Janeiro como<br />
a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física <strong>de</strong>vido ao crescimento <strong>de</strong>ssa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>no</strong> Brasil <strong>no</strong>s últimos cinco a<strong>no</strong>s e<br />
por que alguns colaboradores já praticavam a corri<strong>da</strong>. Calcula-se que hoje cerca <strong>de</strong> três<br />
milhões <strong>de</strong> pessoas participem <strong>da</strong>s mais <strong>de</strong> 500 provas <strong>de</strong> corri<strong>da</strong> e caminha<strong>da</strong> organiza<strong>da</strong>s <strong>no</strong><br />
país por a<strong>no</strong>. Com isso esse projeto teve sua implementação aten<strong>de</strong>ndo às expectativas cria<strong>da</strong>s<br />
por gestores como por usuários <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> na empresa, conforme Limongi<br />
(2004).<br />
Esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> traz diversos benefícios para a saú<strong>de</strong>. Fortalece o coração e melhora a<br />
eficiência <strong>de</strong> todo o sistema circulatório, <strong>de</strong> forma a aumentar a oxigenação dos diversos<br />
tecidos e reduzir a pressão arterial. O aumento <strong>da</strong> circulação melhora a função do rim, que<br />
filtra o sangue. Produz eleva<strong>da</strong> queima <strong>de</strong> calorias, auxiliando na redução e controle do peso.<br />
Estimula a formação <strong>de</strong> massa óssea, prevenindo a osteoporose. Desenvolve o sistema<br />
respiratório, gerando me<strong>no</strong>s risco <strong>de</strong> contrair infecção respiratória. Reduz as taxas <strong>de</strong> glicose,<br />
o que é favorável aos portadores <strong>de</strong> diabetes. Diminui os níveis <strong>de</strong> LDL (colesterol "ruim").<br />
Aumenta os níveis <strong>de</strong> serotonina, neurotransmissor associado à <strong>de</strong>pressão. Após os exercícios<br />
o corpo libera endorfina, substância que provoca euforia (bom humor).<br />
No início do projeto havia 65 participantes e o ponto <strong>de</strong> trei<strong>no</strong> era na praia <strong>de</strong> Ipanema. Em<br />
2007 ocorreu uma gran<strong>de</strong> ampliação do projeto, com a abertura <strong>de</strong> <strong>no</strong>vos pontos em Niterói,<br />
Maracanã e Lagoa Rodrigo <strong>de</strong> Freitas. Até o final <strong>de</strong> 2008 planeja-se abrir um <strong>no</strong>vo ponto na<br />
Zona Norte do Rio <strong>de</strong> Janeiro e atingir 140 participantes.<br />
Para ingressar <strong>no</strong> projeto o colaborador realiza sua inscrição <strong>no</strong> setor <strong>de</strong> Recursos Huma<strong>no</strong>s e<br />
precisa apresentar um eletrocardiograma <strong>de</strong> esforço e obter uma liberação médica. O projeto<br />
oferece aos colaboradores um calendário com as principais provas do Rio <strong>de</strong> Janeiro e do<br />
Brasil e um calendário sistemático <strong>de</strong> trei<strong>no</strong>s semanais, conforme a tabela:<br />
IV CNEG 10
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
FIGURA 3 – TABELA DE TREINOS SEMANAIS<br />
Local <strong>de</strong> Trei<strong>no</strong> Horários Dias <strong>da</strong> semana<br />
Lagoa Rodrigo <strong>de</strong> Freitas 18h às 21h e 8h às 11h segun<strong>da</strong>, quarta e sábado<br />
Maracanã 18h às 21h terça e quinta<br />
Niterói (Icaraí) 18h às 21h e 8h às 11h segun<strong>da</strong>, quarta e sábado<br />
Semanalmente os alu<strong>no</strong>s recebem uma planilha <strong>de</strong> treinamento, elabora<strong>da</strong> pelos treinadores.<br />
Nela constam indicações <strong>de</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> esforço, distância a ser percorri<strong>da</strong> e o tempo <strong>de</strong><br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Esta planilha (figura 4) baseia-se <strong>no</strong>s objetivos individuais do participante do<br />
projeto.<br />
FIGURA 4 – PLANILHA DE TREINAMENTO<br />
Fonte: Página <strong>da</strong> WEB do Inthegra. Disponível em: . Acesso em: 12 <strong>de</strong>z. 2007.<br />
IV CNEG 11
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
A ca<strong>da</strong> seis meses é realiza<strong>da</strong> uma avaliação <strong>de</strong> aptidão física para <strong>de</strong>terminar o nível <strong>de</strong><br />
condicionamento físico dos participantes e para prescrição <strong>da</strong>s planilhas <strong>de</strong> treinamento. No<br />
mesmo momento são aferidos as medi<strong>da</strong>s corporais e o percentual <strong>de</strong> gordura e massa<br />
muscular. O teste <strong>de</strong> aptidão física aplicado é a ventilometria em esteira, conforme figura 5,<br />
on<strong>de</strong> através <strong>da</strong> expiração do alu<strong>no</strong> po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>terminar sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> física e comparar<br />
com testes anteriores. Esses <strong>da</strong>dos são armazenados e apresentados semestralmente ao setor<br />
<strong>de</strong> RH para análise <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças do grupo, conforme a figura 6.<br />
FIGURA 5 – TESTE DE VENTILOMETRIA<br />
IV CNEG 12
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
FIGURA 6 – PLANILHA DE AVALIAÇÕES<br />
atleta<br />
altura<br />
(cm)<br />
peso (kg)<br />
% <strong>de</strong><br />
gordura<br />
veloc<br />
máxima Fc máxima Fc <strong>de</strong> limiar<br />
jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul<br />
A 174 85,0 84,3 18,5 18,2 5,9 5,9 171 174 160 161<br />
B 173 77,0 74,9 18,0 17,4 6,6 6,9 180 181 167 165<br />
C 166 - 67,2 - 15,0 - 6,0 - 183 - 168<br />
D 179 - 72,1 - 11,6 - 6,9 - 178 - 165<br />
E 179 86,0 86,0 16,1 18,0 6,2 7,2 179 177 158 152<br />
F 180 84,0 81,5 13,3 13,0 6,2 6,5 181 174 160 155<br />
G 190 77,5 79,8 12,2 15,0 6,6 6,9 185 184 169 167<br />
H 184 68,0 68,7 14,5 16,4 6,6 - 191 - 176<br />
I 171 - 65,5 - 17,9 - 6,3 - 180 - 156<br />
J 184 87,0 87,3 17,9 19,1 6,2 - 172 - 155 -<br />
K 181 105,0 103,0 19,0 20,2 6,2 5,6 173 174 165 156<br />
L 171 67,0 68,5 21,4 21,7 6,2 5,6 190 182 169 159<br />
M 183 - 91,8 - 26,1 - 5,3 - 182 - 160<br />
N 171 - 67,3 - 14,2 - 6,9 - 174 - 161<br />
O 180 - 83,3 - 20,4 - 6,9 - 170 - 153<br />
P 173 91,0 85,5 26,5 22,8 5,4 6,3 160 176 155 161<br />
Q 176 76,0 75,1 12,7 13,0 6,9 6,6 188 187 162 169<br />
R 152 - 71,6 - 36,0 - 4,7 - 185 - 171<br />
S 185 87,0 83,7 15,7 14,1 6,9 7,2 169 172 161 157<br />
T 175 - 78,1 - 25,2 - 5,3 - 168 - 156<br />
U 167 - 55,7 - 18,4 - 6,6 - 189 - 177<br />
V 173 89,0 84,3 18,7 18,8 - - - - - -<br />
X 170 65,0 64,7 13,6 13,7 6,5 6,6 167 159 153 146<br />
Z 164 78,5 75,3 15,3 14,9 6,6 5,3 180 181 166 171<br />
Y 178 82,0 81,8 22,4 19,0 6,3 6,6 194 194 160 160<br />
W 185 94,0 92,9 16,3 16,1 5,9 6,2 181 175 166 169<br />
AA 178 - 63,1 - 13,9 - 5,9 - 169 - 160<br />
AB 174 87,0 94,5 20,8 28,8 5,3 5,0 176 200 160 160<br />
AC 177 78,0 78,7 24,1 23,5 5,0 5,6 168 175 158 163<br />
AD 183 - 97,6 - 20,8 - 6,8 - 186 - 158<br />
AE 186 - 92,3 - 18,6 - 6,8 - 185 - 157<br />
AF 171 - 102,3 - 25,7 - 5,3 - 176 - 150<br />
AG 178 92,0 87,3 23,2 24,1 5,3 5,0 186 182 159 154<br />
AH 170 72,0 69,2 14,8 15,6 6,2 6,3 181 176 161 162<br />
AI 181 92,0 85,6 22,9 19,5 6,2 6,3 167 166 156 153<br />
média 82,7 81,5 18,1 18,3 6,1 6,2 177,4 179,0 161,0 160,8<br />
diferença:<br />
-<br />
1,51% 1,26% 1,37% 0,90%<br />
-<br />
0,12%<br />
IV CNEG 13
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
4.RESULTADOS<br />
Através <strong>da</strong> análise <strong>da</strong>s informações apresenta<strong>da</strong>s, foi possível i<strong>de</strong>ntificar que em seis meses<br />
houve uma redução significativa do peso corporal e um aumento na veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> máxima<br />
obti<strong>da</strong> <strong>no</strong> teste do grupo.<br />
Outros aspectos relevantes alcançados pelo referido projeto foram à satisfação e motivação<br />
<strong>da</strong>s pessoas e melhoria do clima organizacional. O projeto Atletas possui uma a<strong>de</strong>são máxima<br />
para as vagas disponíveis gerando benefícios tangíveis e intangíveis para os colaboradores e<br />
para a organização. Foi verifica<strong>da</strong> a redução <strong>de</strong> absenteísmo e <strong>de</strong> licenças médicas para a<br />
organização, conforme os <strong>da</strong>dos abaixo:<br />
O grupo <strong>de</strong> praticantes faltou 33% me<strong>no</strong>s ao <strong>trabalho</strong>, comparado com a média <strong>da</strong><br />
empresa <strong>no</strong> a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2007.<br />
O grupo <strong>de</strong> praticantes apresentou 50% me<strong>no</strong>s licenças médicas, comparado com a<br />
média <strong>da</strong> empresa <strong>no</strong> a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2007.<br />
Além disso, é evi<strong>de</strong>nte um interesse do setor <strong>de</strong> marketing <strong>da</strong> empresa, tendo em vista a<br />
utilização pelos funcionários do uniforme <strong>da</strong> companhia em pontos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> circulação <strong>no</strong><br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro e Niterói, conforme figura 7, contribuindo para uma imagem positiva <strong>da</strong><br />
organização.<br />
FIGURA 7- EQUIPE<br />
IV CNEG 14
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
Devido aos benefícios <strong>de</strong>sse projeto, sucursais <strong>de</strong>sta Companhia nas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Brasília, Belo<br />
Horizonte e Recife estão realizando cotações para implementação do treinamento <strong>de</strong> corri<strong>da</strong> e<br />
caminha<strong>da</strong> para seus funcionários.<br />
Finalmente, vale ressaltar que nesta organização, existe uma preocupação com a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
vi<strong>da</strong> dos funcionários e a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física <strong>de</strong> forma continua<strong>da</strong> é um meio <strong>de</strong> gerar melhorias<br />
neste aspecto.<br />
4. CONCLUSÕES<br />
A partir do Estudo <strong>de</strong> Caso acima, foi constatado a eficácia <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> caminha<strong>da</strong> e<br />
corri<strong>da</strong>, como ferramenta <strong>de</strong> melhoria <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> colaboradores, o que aten<strong>de</strong><br />
aos itens sobre o assunto na ISO e <strong>no</strong> PNQ.<br />
Além <strong>da</strong>s melhorias diretas para a saú<strong>de</strong> do funcionário fisicamente ativo, como redução do<br />
peso corporal e aumento <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> cardiorrespiratória.. Foi verificado que o projeto gera<br />
benefícios para a companhia através <strong>da</strong> redução <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> absenteísmo e <strong>de</strong> licenças médicas.<br />
Ações <strong>de</strong> melhoria na Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> do funcionário po<strong>de</strong>m gerar um aumento <strong>da</strong><br />
produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> companhia. Limongi-França (2004, p. 42) afirma que há uma “íntima<br />
correlação entre melhoria <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas e estilo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>ntro e fora <strong>da</strong><br />
organização” e que essa melhoria “causará impacto na excelência e na produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos<br />
indivíduos em seu <strong>trabalho</strong>”.<br />
IV CNEG 15
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
Observou-se também que e possível reduzir o se<strong>de</strong>ntarismo dos colaboradores através <strong>de</strong><br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas sistemáticas fora <strong>da</strong>s <strong>de</strong>pendências <strong>da</strong> empresa sem altera, <strong>de</strong> forma<br />
prejudicial, o funcionamento <strong>da</strong> organização e sob custos aceitáveis, trazendo benefícios para<br />
a organização estu<strong>da</strong><strong>da</strong>.<br />
De posse <strong>da</strong> análise dos resultados do estudo conclui-se que a introdução <strong>de</strong> prática <strong>de</strong><br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física <strong>de</strong> forma sistemática melhora a Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> dos colaboradores, <strong>de</strong><br />
forma a trazer benefícios diretos à organização:<br />
- redução do absenteísmo;<br />
- redução <strong>da</strong>s licenças médicas;<br />
- integração <strong>da</strong> equipe;<br />
- disposição para executar sua função individual.<br />
BIBLIOGRAFIA<br />
IV CNEG 16
ALBUQUERQUE, L.G. - Competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e Recursos Huma<strong>no</strong>s - Revista <strong>de</strong><br />
Administração <strong>da</strong> USP, Vol. 7 (4), Outubro/Dezembro, 1992.<br />
ALBUQUERQUE , L.G.- O Papel Estratégico <strong>de</strong> Recursos Huma<strong>no</strong>s - Capítulo I - Tese <strong>de</strong><br />
Livre Docência apresenta<strong>da</strong> à FEA/USP, São Paulo, 1988.<br />
ANTHONY, W.P., PERREWE, P.L., KACMAR, K. M. - Strategic Resource Management<br />
-Cap. 1, Harcourt Brace & Company, 1996.<br />
BRASMOTOR - O Futuro sem Fronteiras: A História dos Primeiros 50 A<strong>no</strong>s <strong>da</strong><br />
Brasmotor.-Prêmio, l996.<br />
BRASMOTOR - Documento referente ao Sistema <strong>de</strong> Planejamento e Desenvolvimento <strong>de</strong><br />
Executivos, 1997.<br />
CHELOTTI, Ralph – FNQ (Fun<strong>da</strong>ção Nacional <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong>) em revista, disponível em <<br />
http://www.fnq.org.br>. Acesso em 08 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2008.<br />
DUTRA, J. S. - Administração <strong>de</strong> Carreiras - Uma Proposta para Repensar a Gestão <strong>de</strong><br />
Pessoas - Editora Atlas, São Paulo, 1996.<br />
FIGUEIREDO A. R. - Vantagem Competitiva Sustentável Por Meio <strong>da</strong> Gestão<br />
Estratégica <strong>de</strong> Recursos Huma<strong>no</strong>s: Um Estudo Exploratório - Dissertação apresenta<strong>da</strong> à<br />
Univesi<strong>da</strong><strong>de</strong> Mackenzie, São Paulo, 1998.<br />
FISCHMANN A. A. e ALMEIDA M.I.R. - Planejamento Estratégico na Prática - Atlas,<br />
São Paulo, 1993.<br />
FOMBRUN, C. TICHY, N.M. e DEVANNA, M.A. - Strategic Human Resource<br />
Management - Cap. 3, John Wiley & Sons, New York - EUA, 1984.<br />
GAJ L. - Administração Estratégica - Ática, São Paulo, 1993.
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />
Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Socioambiental <strong>da</strong>s Organizações Brasileiras<br />
Niteroi, RJ, Brasil, 31 <strong>de</strong> julho, 01 e 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008<br />
LIMONGI - FRANÇA, A. C. - Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>no</strong> <strong>trabalho</strong>: conceitos e práticas na<br />
socie<strong>da</strong><strong>de</strong> pós-industrial. São Paulo: Atlas, 2004.<br />
OLIVEIRA, D.P.R. - Planejamento Estratégico:Conceitos, Metodologia a Práticas - Atlas,<br />
São Paulo, l993.<br />
ORLINKAS, E. - Consultoria Interna <strong>de</strong> Recursos Huma<strong>no</strong>s - Makron Books, São Paulo,<br />
1998.<br />
SAVIOLI, N. - Carreira - Manual do Proprietário - Qualimark Editora, Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />
1991.<br />
WOOD, S. - Administração Estratégica e Administração <strong>de</strong> Recursos Huma<strong>no</strong>s – Revista<br />
<strong>de</strong> Administração <strong>da</strong> USP, Vol. 27(4), Outubro/Dezembro, 1992.<br />
IV CNEG 18