CLIMA TROCA AS VOLTAS AOS AGRICULTORES ... - Cidade NET

terça-Feira, 28 de junho de 2011
Seminário
Realiza-se amanhã, o seminário “A Europa e as Regiões: Presente e Futuro” no Hotel CS Madeira. Trata-se de
uma organização conjunta do Instituto de Desenvolvimento Regional da Rergião Autónoma da Madeira e do
Observatório do QREN, integrado no ciclo de Seminários sobre Desenvolvimento Territorial.
Equipamento Social
Regional
O Secretário Regional do Equipamento Social preside, no próximo
dia 29 de Junho, à sessão de abertura do Seminário “Eurocódigos
Estruturais – O Início da sua aplicação em Portugal”.
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Clima troca as voltas
aos agricultores do Norte
Ainda falta algum
tempo para o início
das vindimas, que
ocorre no final
de Agosto, mas
os agricultores
da zona norte,
concretamente
nos concelhos
de São Vicente e
Porto Moniz, estão
desanimados. A
chuva e o nevoeiro
deitaram muita
uva a perder. As
colheitas vão ficar
aquém do previsto.
As condições climatéricas
trocaram as voltas
aos agricultores dos concelhos
de São Vicente e do
Porto Moniz. As videiras
não tiveram condições para
o desenvolvimento e isso
reflecte-se nas uvas ou,
neste caso, nas falta delas.
As colheitas, também
de outros produtos, ficam
aquém das expectativas.
“A chuva e o nevoeiro
deitaram muita uva a
perder no Chão da Ribeira.
Aquilo queimou tudo”,
salienta Ascensão da Conceição,
quando se prepara
para mais uma tarde a cuidar
das vinhas, “do pouco
que resta delas”.
Apesar de todo o trabalho
realizado, muito dele
para atenuar os efeitos do
clima nas videiras, a produção
vai ser muito inferior
a do ano passado. Em
alguns casos, a produção
pode nem chegar a metade.
A agricultora considera
que 2011 é um dos piores
A chuva
e o nevoeiro
deitaram muita
uva a perder
anos para a produção de
uvas sercial e uvas verdelho.
E agora a esperança é
que as uvas que aguentaram
“tenham bom grau”.
Facto que é confirmado
pelas técnicas da Secretaria
Regional do Ambiente
e dos Recursos Naturais,
nos dias anteriores às vindimas.
Também João Abel
mostra-se insatisfeito com
as colheitas. Para além das
uvas, o ano tem sido complicado
para a semilha,
para o feijão. “Deu a doença
em quase tudo”, refere,
lamentando o prejuízo,
principalmente nesta
altura em que as contas
complicam-se para quase
todos os madeirenses.
No seu caso, por produzir
apenas uvas de jaqué,
utilizadas na produção de
vinhos caseiros, nem espera
grandes indmenizações
do Governo Regional. Mas
para os restantes agricultores,
que trabalham com
as castas usadas na produção
do Vinho Madeira,
“era bom que houvesse
um dinheiro extra”.
O nosso interlocutor explica,
neste contexto, que
as despesas foram as mesmas,
“até mais” com o aumento
dos preços. “Todos
os anos temos de deitar
sulfato e outros remédios
para a podridão das uvas”.
Uma afirmação partilhada
por Manuel Gonçalves,
que nos últimos cinco
anos tem cuidado dos
terrenos dos sogros. “Isto
sempre ajuda às despesas
da casa. Mas este ano (...)
tem lugares que não têm
um cacho de uvas que seja.
Penso que daqui até à
Ponta Delgada todos se
queixam do mesmo”.
A situação que se verifica
em 2011 foge aos anos
anteriores. São Vicente e
o Porto Moniz são conhecidos
pelas uvas de qualidade,
que apresentam um
bom grau. “Nem em 2010,
quando houve aquela chuva,
foi tão mau”, conclui.
Os agricultores contactados
pelo Diário Cidade
recebem anualmente um
subsídio da Secretaria Regional
do Ambiente e dos
Recursos Naturais, através
dos fundos comunitários.
Todavia, face aos
prejuízos que se prevêem,
pedem uma atenção especial
às entidades competentes.
Mesmo porque,
nestes concelhos, a agricultura
assume um papel
importante na subsistência
das famílias.
A propósito desta reivindicação,
tentamos
contactar o Instituto do
Vinho, do Bordado e do
Artesanato Madeira (IV-
BAM). Paula Cabaço, representante
daquele organismo,
disse que existe
já “uma brigada de técnicos
em São Vicente a fazer
um levantamento da situação.”
Só depois, a se confirmarem
grandes prejuízos,
o IVBAM procederá
aos apoios necessários. T.C
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