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Musculação & Fitness - ed 100

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Difícil é convencer os entusiastas do alto<br />

volume de treinamento da validade do HIT com suas<br />

propostas mínimas. Quem dentre aqueles que se<br />

exercitam diariamente com 3, 4 ou mais exercícios<br />

por grupo muscular, múltiplas séries, realizando 6,<br />

10 ou até 12 treinos semanais, irá dar crédito a 3, 2<br />

ou mesmo um treino curto por semana? A grande<br />

maioria sequer se dá ao trabalho de experimentar.<br />

Este parece ser o principal entrave para a aceitação<br />

do HIT. Vamos ver o que dizem a respeito dois dos<br />

principais defensores do HIT:<br />

O Dr. Ken Leistner (médico, atleta, especialista<br />

em treinamento de força e escritor norte-americano)<br />

afirma:<br />

“Treinar com intensidade não é ir até próximo<br />

do limite, mas ir realmente até o limite. Não é<br />

executar uma única série até quase o limite, mas<br />

sim buscar o limite absoluto. É utilizar quaisquer<br />

equipamentos disponíveis, não apenas uma<br />

maquina ou grupo de maquinas. Não será conversar<br />

com duas ou três pessoas durante o treino, mas ter o<br />

compromisso de trabalhar tão duro quanto possível<br />

na academia, sem fazer “social”, não descansar<br />

em excesso entre as séries, ou ser vitimado pelo<br />

pensamento de que “isso não vai funcionar, vou<br />

copiar o que o campeão faz”.<br />

Realmente é impossível realizar treinos de<br />

duas ou três horas com alta intensidade. Treinos<br />

mais curtos de 30 ou 40 minutos, sim, pode-se<br />

treinar intensamente por este tempo. Mas treinos<br />

muito intensos repetidos por seis ou mais vezes<br />

por semana, mesmo que curtos, têm levado muita<br />

gente ao insucesso, ao overtraining e a lesões. Seria<br />

mesmo necessário tanto volume de treino? Continuo<br />

acr<strong>ed</strong>itando na validade de experimentar e observar<br />

os resultados, considerando a individualidade<br />

biológica e as diferentes reações a estímulos iguais.<br />

Mike Mentzer (competidor do Olympia, autor<br />

do Heavy Duty e treinador de Dorian Yates) emenda:<br />

“Treine intensamente, treine breve, treine<br />

infrequentemente – isso é válido e funciona para<br />

todo mundo”. Copiar o que fazem os campeões,<br />

hábito comum entre os frequentadores de<br />

academias, também era criticado por Mentzer:<br />

“É um erro justificar o sucesso de duas dúzias de<br />

campeões como prova de que uma determinada<br />

abordagem é eficiente. Se fizermos uma<br />

retrospectiva do transcurso de suas carreiras de<br />

bodybuilders e calcularmos as horas, meses e<br />

anos de esforço desperdiçado, como resultante de<br />

uma cega crença no treinamento de alto volume,<br />

teríamos que questionar se as suas conquistas<br />

podem ser realmente consideradas um sucesso”<br />

(IronMan, março de 1994).<br />

MUSCULAÇÃO & FITNESS<br />

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