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2010 Demonstrativo Financeiro Auditado Votorantim Cimentos ...

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Balanços patrimoniais<br />

Em milhares de reais<br />

Controladora Controladora Consolidado Consolidado<br />

Ativo Nota 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 Passivo e patrimônio líquido Nota 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Circulante<br />

Circulante<br />

Caixa e equivalentes de caixa 4.215 598 759 22.061 14.007 16.128 Empréstimos e financiamentos 16 139.226 13.716 27.560 220.679 329.483 713.649<br />

Aplicações financeiras 8 878.631 686.297 833.966 1.177.872 2.542.458 1.068.510 Fornecedores 324.464 14.927 10.859 638.528 456.185 501.546<br />

Contas a receber de clientes 9 328.284 679.562 666.855 905.718 Salários e encargos sociais 95.293 15.049 12.456 111.386 96.709 82.373<br />

Estoques 10 318.667 796.836 702.719 836.190 Tributos a recolher 156.460 7.906 7.989 357.279 396.772 250.442<br />

Tributos a recuperar 11 52.414 104.851 117.532 97.254 304.736 180.922 Dividendos a pagar 12 650.101 140.107 135.850 668.990 164.810 217.859<br />

Adiantamentos a fornecedores 52.821 73.199 49.706 87.357 Adiantamentos de clientes 13.828 833 26.288 27.175<br />

Dividendos a receber 12 110.477 156.398 325.195 5.543 24.443 10.000 Contas a pagar - Trading 17 100.769 187.735 88.367<br />

Outros ativos 57.907 11.404 6.759 191.929 92.216 160.224 Outros passivos 94.844 4.783 16.808 194.694 116.914 167.073<br />

1.803.416 959.548 1.284.211 3.044.256 4.397.140 3.265.049 1.574.985 197.321 211.522 2.405.579 1.676.415 1.932.942<br />

Não circulante<br />

Não circulante<br />

Realizável a longo prazo Empréstimos e financiamentos NC 16 4.171.267 89.584 110.206 5.027.644 2.632.895 2.094.353<br />

Partes relacionadas 12 328.377 4.280.557 4.436.605 257.081 3.569.437 3.020.126 Partes relacionadas PasNC 12 4.546.172 3.304.714 3.814.672 1.748.042 6.301.141 5.949.871<br />

Tributos diferidos 18 (b) 353.836 266.573 150.126 479.765 477.287 300.880 Provisão para contingências e<br />

Tributos a recuperar NC 11 18.369 22.967 24.563 25.900 obrigações tributárias 19 (a) 458.897 371.989 366.557 691.376 682.254 506.872<br />

Outros ativos NC 48.105 19.144 19.694 226.306 146.444 134.041 Tributos diferidos PasNC 18 (b) 873.922 55.600 1.068.156 478.466 285.439<br />

Outros passivos NC 188.008 35.615 41.822 467.770 380.955 398.465<br />

Investimentos 13 11.066.862 3.419.461 2.986.523 3.318.656 488.870 461.918<br />

Imobilizado 14 2.436.103 18.067 14.314 5.768.321 5.148.345 5.347.977 10.238.266 3.857.502 4.333.257 9.002.988 10.475.711 9.235.000<br />

Intangível 15 137.308 43.286 49.449 2.862.490 3.029.711 3.181.287<br />

Patrimônio líquido 21<br />

14.388.960 8.047.088 7.656.711 12.935.586 12.884.657 12.472.129 Capital social 2.327.212 1.889.722 1.889.722 2.327.212 1.889.722 1.889.722<br />

Reserva para incentivos fiscais 220.813 139.768 78.492 220.813 139.768 78.492<br />

Reservas de lucros 1.983.031 2.708.351 1.572.174 1.983.031 2.708.351 1.572.174<br />

Ajuste de avaliação patrimonial (151.931) 213.972 855.755 (151.931) 213.972 855.755<br />

Total do patrimonio líquido dos<br />

acionistas controladores 4.379.125 4.951.813 4.396.143 4.379.125 4.951.813 4.396.143<br />

Participação dos acionistas não controladores 192.150 177.858 173.093<br />

Total do patrimonio líquido 4.379.125 4.951.813 4.396.143 4.571.275 5.129.671 4.569.236<br />

Total do ativo 16.192.376 9.006.636 8.940.922 15.979.842 17.281.797 15.737.178 Total do passivo e patrimônio líquido 16.192.376 9.006.636 8.940.922 15.979.842 17.281.797 15.737.178<br />

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.<br />

1 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Demonstrações do resultado<br />

dos exercícios findos em 31 de dezembro<br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

Nota <strong>2010</strong> 2009 <strong>2010</strong> 2009<br />

Receita líquida 22 2.124.198 8.047.081 7.247.424<br />

Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados (1.262.656) (4.794.488) (4.383.710)<br />

Lucro bruto 861.542 3.252.593 2.863.714<br />

Receitas (despesas) operacionais<br />

Com vendas (162.867) (32.230) (500.731) (321.007)<br />

Gerais e administrativas (195.329) (65.372) (413.144) (600.381)<br />

Outras receitas operacionais, líquidas 23 1.830.833 135.949 1.659.540 (27.114)<br />

1.472.637 38.347 745.665 (948.502)<br />

Lucro operacional antes das participações<br />

societárias e do resultado financeiro 2.334.179 38.347 3.998.258 1.915.212<br />

Resultado de participações societárias<br />

Equivalência patrimonial 13 1.139.038 1.421.292 197.263 67.758<br />

Resultado financeiro líquido 26<br />

Receitas financeiras 256.309 300.992 425.759 668.392<br />

Despesas financeiras (362.728) (102.968) (867.590) (668.700)<br />

Variações cambiais, líquidas 79.328 133.941 97.227 475.830<br />

(27.091) 331.965 (344.604) 475.522<br />

Lucro antes do imposto de renda e da<br />

contribuição social 3.446.126 1.791.604 3.850.917 2.458.492<br />

Imposto de renda e contribuição social 18<br />

Correntes (109.861) (41.485) (582.398) (562.868)<br />

Diferidos (665.817) 60.848 (566.060) (46.106)<br />

Lucro líquido do exercício 2.670.448 1.810.967 2.702.459 1.849.518<br />

Lucro líquido atribuído aos acionistas controladores 2.670.448 1.810.967 2.670.448 1.810.967<br />

Lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores 32.011 38.551<br />

Lucro líquido do exercício 2.670.448 1.810.967 2.702.459 1.849.518<br />

Lucro líquido por ações do capital social no fim do<br />

exercício - R$ 24,24 17,30<br />

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.<br />

2 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Demonstrações do resultado abrangente<br />

dos exercícios findos em 31 de dezembro<br />

Em milhares de reais<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

Nota <strong>2010</strong> 2009 <strong>2010</strong> 2009<br />

Lucro líquido do exercício 2.670.448 1.810.967 2.702.459 1.849.518<br />

Outros componentes do resultado abrangente<br />

Aquisição de participação de não controladores 1 (b) (124.525) (124.525)<br />

Participação no resultado abrangente das coligadas 13 (b) 74.458 74.458<br />

Ganhos e perdas atuariais com benefícios de aposentadoria 27 (19.216) (3.258)<br />

Hedge de investimento líquido 2.6 103.953 103.953<br />

Hedge de fluxo de caixa 2.6 21.806 21.806<br />

Variação cambial de investidas localizadas no exterior 13 (b) (422.379) (638.525) (354.578)<br />

Outros componentes do resultado abrangente do exercício (365.903) (641.783) (278.886)<br />

Total do resultado abrangente do exercício 2.304.545 1.169.184 2.423.573 1.849.518<br />

Atribuível<br />

Lucro líquido atribuído aos acionistas controladores 2.394.865 1.810.967<br />

Lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores 28.708 38.551<br />

2.423.573 1.849.518<br />

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.<br />

3 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido<br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

Reserva para<br />

Atribuível aos acionistas da controladora<br />

Ajuste de<br />

Participação dos<br />

Capital incentivos Reservas de lucros Lucros avaliação acionistas não Patrimônio<br />

Nota social fiscais Legal Retenção acumulados patrimonial Total controladores<br />

líquido<br />

Em 31 de dezembro de 2008 1.889.722 78.492 1.595.783 855.755 4.419.752 4.419.752<br />

Ajustes de adoção de novas práticas 3.2.1 (23.609) (23.609) 173.093 149.484<br />

Em 1º de janeiro de 2009 1.889.722 78.492 1.572.174 855.755 4.396.143 173.093 4.569.236<br />

Total do resultado abrangente do exercício<br />

Lucro líquido do exercício<br />

Originalmente apresentado 1.829.288 1.829.288 38.551 1.867.839<br />

Ajustes de adoção de novas práticas 3.2.2 (18.321) (18.321) (18.321)<br />

Variação cambial de investimento no exterior 21 (d) (638.525) (638.525) (638.525)<br />

Ganhos e perdas atuariais com<br />

benefícios de aposentadoria 27 (3.258) (3.258) (3.258)<br />

Total do resultado abrangente do exercício 1.810.967 (641.783) 1.169.184 38.551 1.207.735<br />

Total de contribuições dos acionistas e<br />

distribuições aos acionistas<br />

Destinação do lucro líquido do exercício<br />

Acionistas não controladores (33.786) (33.786)<br />

Constituição de reserva para incentivos fiscais 21 (c) 61.276 (61.276)<br />

Constituição de reserva legal 21 (b) 91.803 (91.803)<br />

Dividendos (R$ 5,86 por ação) 21 (e) (613.514) (613.514) (613.514)<br />

Retenção de lucros 21 (b) 1.044.374 (1.044.374)<br />

Total de contribuições dos acionistas e<br />

distribuições aos acionistas 61.276 91.803 1.044.374 (1.810.967) (613.514) (33.786) (647.300)<br />

Em 31 de dezembro de 2009 1.889.722 139.768 91.803 2.616.548 213.972 4.951.813 177.858 5.129.671<br />

Total do resultado abrangente do exercício<br />

Lucro líquido do exercício 2.670.448 2.670.448 32.011 2.702.459<br />

Aquisição de participação de não controladores 1 (b) (124.525) (124.525) (8.635) (133.160)<br />

Variação cambial de investimento no exterior (422.379) (422.379) (422.379)<br />

Ganhos e perdas atuariais com<br />

benefícios de aposentadoria 27 (19.216) (19.216) (19.216)<br />

Hedge de investimento líquido 2.6 103.953 103.953 103.953<br />

Hedge de fluxo de caixa 21.806 21.806 21.806<br />

Reflexos de coligadas 21 (d) 74.458 74.458 74.458<br />

Total do resultado abrangente do exercício 2.670.448 (365.903) 2.304.545 23.376 2.327.921<br />

Total de contribuições dos acionistas e<br />

distribuições aos acionistas<br />

Aumento de capital social 21 (a) 437.490 (200.000) 237.490 237.490<br />

Destinação do lucro líquido do exercício<br />

Acionistas não controladores (9.084) (9.084)<br />

Constituição de reserva para incentivos fiscais 21 (c) 81.045 (81.045)<br />

Constituição de reserva legal 21 (b) 133.522 (133.522)<br />

Dividendos (R$ 28,27 por ação) 21 (e) (2.086.718) (1.028.005) (3.114.723) (3.114.723)<br />

Retenção de lucros 21 (b) 1.427.876 (1.427.876)<br />

Total de contribuições dos acionistas e<br />

distribuições aos acionistas 81.045 133.522 (658.842) (2.670.448) (3.114.723) (9.084) (3.123.807)<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2010</strong> 2.327.212 220.813 225.325 1.757.706 (151.931) 4.379.125 192.150 4.571.275<br />

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.<br />

4 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Demonstrações dos fluxos de caixa<br />

dos exercícios findos em 31 de dezembro<br />

Em milhares de reais<br />

Fluxo de caixa das atividades operacionais<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

Nota <strong>2010</strong> 2009 <strong>2010</strong> 2009<br />

Lucro antes do imposto de renda e da<br />

contribuição social 3.446.126 1.791.604 3.850.917 2.458.492<br />

Ajustes para reconciliar o lucro ao caixa gerado<br />

pelas atividades operacionais<br />

Depreciação, amortização e exaustão 14 e 15 68.854 13.476 414.266 445.955<br />

Resultado da venda de ativo não circulante 280.370 33.351 671 84.548<br />

Equivalência patrimonial 13 (b) (1.139.038) (1.421.292) (197.263) (67.758)<br />

Ganho na permuta de ativos - Cimpor 1 (b) (1.672.980) (1.672.980)<br />

Juros, variações monetárias e cambiais 147.277 (3.256) 283.564 (177.384)<br />

Provisão para contingências e obrigações tributárias 19 (b) (27.184) 6.331 55.850 209.560<br />

1.103.425 420.214 2.735.025 2.953.413<br />

Variações nos ativos e passivos<br />

Aplicações financeiras (187.088) 147.669 1.364.586 (1.473.948)<br />

Contas a receber de clientes 86.249 (12.707) 238.863<br />

Estoques 31.250 (94.117) 133.471<br />

Tributos a recuperar 242.807 12.681 209.078 (122.477)<br />

Partes relacionadas (693.859) (353.910) (1.116.422) (198.041)<br />

Outros ativos 11.925 (4.994) (236.406) 78.876<br />

Fornecedores (23.852) 4.068 182.343 (45.361)<br />

Tributos a recolher (185.852) (83) (39.493) 146.330<br />

Salários e encargos sociais 16.242 2.593 14.677 14.336<br />

Adiantamento de clientes (340) 833 (887) 27.175<br />

Contas a pagar e outros passivos 122.564 (18.232) 250.573 900<br />

Acionistas não controladores (17.719) (33.786)<br />

Caixa proveniente das operações 523.471 210.839 3.238.531 1.719.751<br />

Juros pagos 16 (c) (82.999) (8.728) (280.176) (164.089)<br />

Imposto de renda e contribuição social pagos (106.309) (41.484) (561.246) (592.354)<br />

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 334.163 160.627 2.397.109 963.308<br />

Fluxo de caixa das atividades de investimento<br />

Aquisição de investimento 13 (b) (1.638.633) (25.900) (1.382.122) (28.122)<br />

Aquisição de imobilizado 14 (b) (520.772) (5.626) (1.074.035) (767.224)<br />

Aumento do intangível 15 (c) (48.304) (5.444) (31.944) (185.181)<br />

Caixa na incorporação da VCB 7.177<br />

Recebimento pela venda de imobilizado 13.637 18.456 77<br />

Recebimento de dividendos 1.455.129 507.921 51.895 (14.443)<br />

Caixa líquido proveniente das (usado nas) atividades de investimento (731.766) 470.951 (2.417.750) (994.893)<br />

Fluxo de caixa das atividades de financiamento<br />

Captações de recursos 16 (c) 2.963.722 13.202 2.976.719 1.796.106<br />

Liquidação de empréstimos e financiamentos 16 (c) (195.263) (35.684) (574.971) (1.100.079)<br />

Aumento de capital 21 (a) 237.490 237.490<br />

Dividendos pagos antecipados (2.604.729) (609.257) (2.610.543) (666.563)<br />

Caixa líquido proveniente das (usado nas) atividades de financiamentos 401.220 (631.739) 28.695 29.464<br />

Acréscimo (decréscimo) em caixa e equivalentes de caixa 3.617 (161) 8.054 (2.121)<br />

Caixa e equivalentes de caixa no início do período 598 759 14.007 16.128<br />

Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 4.215 598 22.061 14.007<br />

Transações que não afetam o caixa<br />

Permuta de ativos 202.748 124.321<br />

Aquisição de participação de não controladores (124.525) (124.525)<br />

78.223 (204)<br />

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Demonstrações do valor adicionado<br />

dos exercícios findos em de 31 de dezembro<br />

Em milhares de reais<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

Nota <strong>2010</strong> 2009 <strong>2010</strong> 2009<br />

Receita Bruta<br />

Vendas de produtos e serviços 22 2.823.890 10.323.662 9.299.649<br />

Outras receitas 1.870.509 157.646 2.061.524 623.791<br />

Provisão (reversão) para créditos de liquidação duvidosa 28.882 (2.409) 5.387<br />

4.723.281 157.646 12.382.777 9.928.827<br />

Insumos adquiridos de terceiros<br />

Custos dos produtos e serviços vendidos (1.159.471) (4.264.893) (3.878.596)<br />

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (194.475) (52.830) (662.961) (939.653)<br />

(1.353.946) (52.830) (4.927.854) (4.818.249)<br />

Valor adicionado bruto 3.369.335 104.816 7.454.923 5.110.578<br />

Retenções<br />

Depreciação, amortização e exaustão 14 e 15 (68.854) (13.476) (414.266) (445.955)<br />

Valor adicionado líquido produzido 3.300.481 91.340 7.040.657 4.664.623<br />

Valor adicionado recebido em transferência<br />

Resultado de equivalência patrimonial 13 1.139.038 1.421.292 197.263 67.758<br />

Receitas financeiras 26 335.637 434.933 522.986 1.144.222<br />

1.474.675 1.856.225 720.249 1.211.980<br />

Valor adicionado total a distribuir 4.775.156 1.947.565 7.760.906 5.876.603<br />

Distribuição do valor adicionado<br />

Pessoal e encargos<br />

Remuneração direta 140.843 29.504 393.713 369.786<br />

Benefícios 40.082 5.100 121.327 98.364<br />

Impostos, taxas e contribuições<br />

Federais 425.837 57.471 1.583.213 1.503.640<br />

Estaduais 442.411 1.452.182 1.265.625<br />

Municipais 10.914 26.616 23.539<br />

Diferidos 665.818 (60.848) 566.061 34.254<br />

Renumeração de capitais de terceiros<br />

Despesas financeiras 26 362.728 102.968 867.590 668.700<br />

Aluguéis 16.075 2.403 47.745 63.177<br />

Remuneração de capitais próprios<br />

Participação dos acionistas não controladores 32.011 38.551<br />

Dividendos 1.028.005 613.514 1.028.005 613.514<br />

Lucros retidos 1.642.443 1.197.453 1.642.443 1.197.453<br />

Valor adicionado distribuído 4.775.156 1.947.565 7.760.906 5.876.603<br />

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

1 Contexto operacional<br />

(a)<br />

Considerações gerais<br />

A <strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A. ("Companhia", "Controladora" ou "VCSA") e suas controladas têm como<br />

objeto social e atividade preponderante a participação em sociedades do segmento de cimentos do<br />

Grupo <strong>Votorantim</strong>, investimentos em geração de energia destinados a suprir as necessidades desse<br />

segmento e a produção e o comércio de cimento, agregados e complementares, bem como de matériasprimas<br />

e produtos derivados, afins ou correlatos; a prestação de serviços na aplicação de concretos; a<br />

pesquisa, a lavra e o aproveitamento de jazidas minerais; o transporte, a distribuição e a importação; e a<br />

participação em outras sociedades. A Companhia é uma sociedade anônima com sede em São Paulo –<br />

SP. A atuação de suas controladas abrange as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste do<br />

Brasil, Estados Unidos da América e Canadá. Por meio de suas investidas, possui também operações na<br />

America Latina e Portugal.<br />

A Companhia e suas controladas pertencem ao Grupo <strong>Votorantim</strong> e têm estruturas e custos<br />

administrativos, gerenciais e operacionais compartilhados.<br />

(b)<br />

(i)<br />

Participações societárias e<br />

principais eventos ocorridos<br />

<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> N/NE S.A. ("VCNNE")<br />

A controlada VCNNE atua nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, com fábricas em Laranjeiras (SE),<br />

Poty Paulista (PE), Baraúna (RN), Sobral (CE), Pecém (CE), Xambioá (TO) e Barcarena (PA).<br />

A controlada possui também os ativos da Usina Hidrelétrica Pedra do Cavalo, operação aprovada pela<br />

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) mediante a Resolução Autorizativa nº 752, de<br />

28 de novembro de 2006.<br />

Possui também contrato de concessão de um terminal portuário localizado em Barra dos Coqueiros (SE),<br />

por onde direciona parte de sua produção ao mercado externo. A concessão tem duração de 15 anos,<br />

contados desde 1 o de setembro de 1999 e renováveis por prazo indeterminado.<br />

(ii)<br />

<strong>Votorantim</strong> Cement North America Inc. ("VCNA")<br />

A controlada VCNA atua no Canadá e nos Estados Unidos da América como subsidiária da VCSA, cujas<br />

principais entidades operacionais estão relacionadas abaixo:<br />

St. Marys Cement Inc. (Canadá)<br />

St. Marys Cement Inc. (U.S.A)<br />

St. Barbara Cement Inc.<br />

Suwannee American Cement LLC.<br />

Trinity Materials LLC.<br />

Sumter Cement Co. LLC.<br />

VCNA Prestige Gunite Holdings, Inc.<br />

VCNA Prestige Materials Holdings, Inc.<br />

VCNA Prairie, Inc.<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

Superior Materials LLC.<br />

(iii)<br />

Aquisição de participação na <strong>Votorantim</strong><br />

Investimentos Latino-Americanos S.A. ("VILA")<br />

Em 24 de novembro de <strong>2010</strong>, a Companhia assinou contrato de compra ações com a Bradesplan<br />

Participações Ltda. ("Bradesplan"), segundo o qual a Bradesplan transferiu à VCSA 54 ações ordinárias<br />

nominativas sem valor nominal da VILA, representativas de 6,55% do capital social votante, adquiridas<br />

pelo valor de R$ 416.251.<br />

Essa transação foi reconhecida contabilmente considerando o valor justo do ativo adquirido, a diferença<br />

entre o valor pago e o valor justo, R$ 115.660 foi registrada diretamente no patrimônio líquido na<br />

rubrica "Ajuste de avaliação patrimonial" por se tratar da aquisição de Companhia controlada pelo<br />

Grupo <strong>Votorantim</strong> (Nota 2.2 (b)).<br />

(iv)<br />

Incorporação da Cal Itaú<br />

Participações S.A. ("Cal Itaú")<br />

Em 31 de outubro de <strong>2010</strong>, a Companhia realizou a incorporação do acervo líquido contábil da<br />

subsidiária Cal Itaú. Considerando que a Companhia era titular da totalidade do capital da Cal Itaú, não<br />

houve aumento de capital social da incorporadora.<br />

Apresentamos abaixo, na forma sumarizada, os principais grupos de contas do balanço patrimonial da<br />

Cal Itaú em 31 de outubro de <strong>2010</strong>.<br />

Não circulante<br />

Não circulante<br />

Investimentos 433.923 Partes relacionadas PasNC 226.771<br />

Outros ativos NC 13 Outros passivos NC 30.575<br />

257.346<br />

433.936<br />

Patrimônio líquido 176.590<br />

Total do ativo 433.936 Total do passivo e patrimônio líquido 433.936<br />

(v)<br />

Incorporação da <strong>Votorantim</strong><br />

<strong>Cimentos</strong> Brasil S.A. ("VCB")<br />

Em 31 de julho de <strong>2010</strong>, a Companhia realizou a incorporação do acervo líquido contábil da subsidiária<br />

VCB. Considerando que a Companhia era titular da totalidade do capital da VCB, não houve aumento de<br />

capital social da incorporadora.<br />

Devido a incorporação os saldos da controladora de 31 de dezembro de <strong>2010</strong> não servem como base de<br />

comparação com os saldos de 31 de dezembro de 2009.<br />

Apresentamos abaixo, na forma sumarizada, os principais grupos de contas do balanço patrimonial da<br />

VCB em 31 de julho de <strong>2010</strong>.<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

Ativo<br />

Passivo e patrimônio líquido<br />

Circulante<br />

Circulante<br />

Caixa e equivalentes de caixa 7.177 Empréstimos e financiamentos 189.477<br />

Aplicações financeiras 5.246 Fornecedores 333.389<br />

Contas a receber de clientes 414.533 Salários e encargos sociais 64.002<br />

Estoques 349.918 Tributos a recolher 334.406<br />

Outros ativos 275.961 Outros passivos 78.500<br />

1.052.835 999.774<br />

Não circulante<br />

Não circulante<br />

Partes relacionadas 3.807.885 Empréstimos e financiamentos NC 1.269.716<br />

Outros ativos NC 259.942 Partes relacionadas PasNC 9.671.359<br />

Investimentos 7.726.255 Outros passivos NC 487.669<br />

Imobilizado 1.951.585 11.428.744<br />

Intangível 60.386<br />

13.806.053 Patrimônio líquido 2.430.370<br />

Total do ativo 14.858.888 Total do passivo e patrimônio líquido 14.858.888<br />

(vi)<br />

Aquisição de participação na Companhia<br />

de Cimento Ribeirão Grande ("CCRG")<br />

Em 29 de junho de <strong>2010</strong>, a Companhia por meio de sua controlada Cal Itaú, assinou contrato de compra<br />

de ações com o Banco Santander S.A. ("Santander"), segundo o qual o Santander transferiu à Cal Itaú<br />

1.354.326 ações ordinárias e 5.417.306 ações preferências, todas nominativas, sem valor nominal da<br />

CCGR, representativas de 4,34% do capital social votante, adquiridas pelo valor de R$ 17.500. Após esta<br />

negociação, a Cal Itaú passou a controlar 100% do capital social da CCRG.<br />

Essa transação foi reconhecida contabilmente considerando o valor justo do ativo adquirido, a diferença<br />

entre o valor pago e o valor justo, R$ 8.865 foi registrada diretamente no patrimônio líquido na rubrica<br />

"Ajuste de avaliação patrimonial" por se tratar da aquisição da participação de acionistas não<br />

controladores.<br />

(vii)<br />

Aquisição de participação na Cimpor<br />

Em 3 de fevereiro de <strong>2010</strong>, a Companhia assinou Contrato de Permuta de Ações com a Companhia<br />

Nacional de Cimento Portland (Lafarge Brasil), segundo o qual a Lafarge Brasil transferiu para a VCSA<br />

ações de emissão da Cimpor <strong>Cimentos</strong> de Portugal SGPS S.A. ("Cimpor"), representativas de 17,28% do<br />

capital social de companhia portuguesa, em troca da totalidade das ações de uma Sociedade de Propósito<br />

Específico ("SPE"), constituída pela Companhia, que detém negócios de cimento nas regiões Centro-<br />

Norte e Nordeste do Brasil. Os ativos, direitos e obrigações detidos pela SPE incluem uma moagem de<br />

cimento, transferida da VCB – uma fábrica e uma moagem de cimento transferidas da VCNNE, ambas<br />

sociedades controladas direta e indiretamente, respectivamente, pela Companhia.<br />

Essa transação foi reconhecida contabilmente considerando os valores justos dos ativos transacionados,<br />

o que resultou em ganho no montante de R$1.672.980 registrado na rubrica "Outras receitas<br />

operacionais, líquidas" e correspondentes tributos diferidos passivos no montante de R$ 568.626.<br />

Adicionalmente, em 11 de fevereiro de <strong>2010</strong>, a Companhia adquiriu de terceiros 3,93% de participação<br />

na Cimpor, pelo valor de R$ 390.000.<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(viii)<br />

Aquisição do controle na CJ Mineração Ltda. e<br />

Santa Ana Participações Ltda.<br />

Em 5 de janeiro de 2009, a controlada CCGR efetuou aquisição do controle das empresas CJ Mineração<br />

Ltda. e Santa Ana Participações Ltda. pelo montante de R$ 131.237, apurado em conformidade com o<br />

CPC 15 – Combinação de negócios.<br />

(ix)<br />

Outras participações<br />

Além das participações mencionadas em (b), compõem o segmento de cimentos do Grupo <strong>Votorantim</strong> as<br />

seguintes principais empresas, que não possuem saldos significativos no consolidado da VCSA:<br />

Companhia de Cimento Pinheiro Machado ("Pinheiro Machado") e Cimento Itaú do Paraná Ltda. com<br />

operações no Brasil. Para atuação no exterior, são mantidos investimentos nas empresas Eromar S.A.<br />

("Eromar"), no Uruguai, Itacamba Cemento S.A. ("Itacamba"), na Bolívia, Yguazú Cementos S.A.<br />

("Yguazú"), no Paraguai, Cementos Bio Bio S.A. ("Bio Bio"), no Chile e Cemento Itaú da Argentina S.A.<br />

("Cemento Argentina"), na Argentina, que operam depósitos de revenda.<br />

2 Apresentação das demonstrações financeiras e<br />

resumo das principais políticas contábeis<br />

A emissão dessas demonstrações financeiras foi aprovada pela Administração da Companhia em<br />

1º de março de 2011, considerando os eventos subsequentes ocorridos até essa data, que tiveram efeito<br />

sobre as divulgações das referidas demonstrações.<br />

2.1 Base de apresentação<br />

As demonstrações financeiras foram preparadas tendo o custo histórico como base de valor e foram<br />

ajustadas para refletir, na data de transição para a adoção integral dos pronunciamentos do Comitê de<br />

Pronunciamentos Contábeis, certos ativos e passivos financeiros (inclusive instrumentos derivativos)<br />

mensurados ao valor justo contra o resultado do exercício.<br />

A preparação das demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e<br />

também o exercício de julgamento por parte da Administração da Companhia no processo de aplicação<br />

das políticas contábeis da Companhia. As áreas que requerem maior nível de julgamento e apresentam<br />

maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as<br />

demonstrações financeiras consolidadas, estão descritas na Nota 4.<br />

(a)<br />

Demonstrações financeiras consolidadas<br />

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as<br />

práticas contábeis emitidas pelo CPC e pelo IFRS.<br />

Estas são as primeiras demonstrações financeiras apresentadas de acordo com CPCs e IFRS pela<br />

Companhia. As principais diferenças entre as práticas contábeis adotadas anteriormente no Brasil (BR<br />

GAAP antigo) e CPCs, incluindo as reconciliações do patrimônio líquido e do resultado, estão descritas<br />

na Nota 3.<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(b)<br />

Demonstrações financeiras individuais<br />

As demonstrações financeiras individuais da controladora também foram elaboradas com base nas<br />

práticas contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo CPC e normas internacionais de contabilidade,<br />

exceção feita ao descrito no parágrafo a seguir, e são publicadas em conjunto com as demonstrações<br />

financeiras consolidadas.<br />

As normas internacionais de contabilidade admitem demonstrações da controladora com investimentos<br />

em controladas, mas desde que estes investimentos sejam avaliados pelo valor justo ou mesmo pelo<br />

custo, e dá o nome a essas demonstrações de demonstrações separadas, tornando-as diferentes das<br />

demonstrações individuais. A legislação societária brasileira, todavia, exige a apresentação dessas<br />

demonstrações individuais e, que os investimentos em controladas incluídos nestas demonstrações<br />

sejam avaliados pelo método de equivalência patrimonial.<br />

O fato de existir exclusivamente essa exceção, faz com que os resultados e o patrimônio líquido<br />

atribuíveis aos acionistas da Companhia obtidos nas demonstrações individuais não sejam diferentes<br />

daqueles obtidos nas demonstrações consolidadas.<br />

2.2 Consolidação<br />

As seguintes políticas contábeis são aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras<br />

consolidadas.<br />

(a)<br />

Controladas<br />

São todas as entidades nas quais a Companhia tem o poder de determinar as políticas financeiras e<br />

operacionais, geralmente acompanhada de uma participação de mais do que metade dos direitos a voto<br />

(capital votante). A existência e o efeito de possíveis direitos a voto atualmente exercíveis ou conversíveis<br />

são levados em consideração para avaliar se a Companhia controla outra entidade. As controladas são<br />

totalmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para a Companhia. A<br />

consolidação é interrompida na data em que o controle termina.<br />

A Companhia usa o método de contabilização da aquisição para contabilizar as combinações de<br />

negócios. A contraprestação transferida para a aquisição de uma controlada é o valor justo dos ativos<br />

transferidos, passivos incorridos e instrumentos patrimoniais emitidos pela Companhia. A<br />

contraprestação transferida inclui o valor justo de algum ativo ou passivo resultante de um contrato de<br />

contraprestação contingente quando aplicável. Custos relacionados com aquisição são contabilizados no<br />

resultado do exercício conforme incorridos. Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos<br />

contingentes assumidos em uma combinação de negócios são mensurados inicialmente pelos valores<br />

justos na data da aquisição. A Companhia reconhece a participação não controladora na adquirida, tanto<br />

pelo seu valor justo como pela parcela proporcional da participação não controlada no valor justo de<br />

ativos líquidos da adquirida. A mensuração da participação não controladora a ser reconhecida é<br />

determinada em cada aquisição realizada.<br />

O excesso da contraprestação transferida e do valor justo na data da aquisição de qualquer participação<br />

patrimonial anterior na adquirida em relação ao valor justo da participação do grupo de ativos líquidos<br />

identificáveis adquiridos é registrado como ágio (goodwill). Nas aquisições em que a Companhia atribui<br />

valor justo aos não controladores, à determinação do ágio inclui também o valor de qualquer<br />

participação não controladora na adquirida, e o ágio é determinado considerando a participação da<br />

Companhia e dos não controladores. Quando a contraprestação transferida for menor que o valor justo<br />

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Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

dos ativos líquidos da controlada adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração do<br />

resultado do exercício.<br />

Transações entre companhias, saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas da<br />

Companhia são eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados a menos que a operação<br />

forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das<br />

controladas são alteradas quando necessário para assegurar a consistência com as políticas adotadas<br />

pela Companhia.<br />

(b)<br />

Transações e participações não controladoras<br />

A Companhia trata as transações com participações não controladoras como transações com<br />

proprietários de ativos da Companhia. Para as compras de participações não controladoras, a diferença<br />

entre qualquer contraprestação paga e a parcela adquirida do valor contábil dos ativos líquidos da<br />

controlada é registrada no patrimônio líquido. Os ganhos ou perdas sobre alienações para participações<br />

não controladoras também são registrados no patrimônio líquido.<br />

Quando a Companhia deixa de ter controle, qualquer participação retida na entidade é recalculada ao<br />

seu valor justo, sendo a mudança no valor contábil reconhecida no resultado. O valor justo é o valor<br />

contábil inicial para subsequente contabilização da participação retida em uma coligada, uma joint<br />

venture ou um ativo financeiro. Além disso, quaisquer valores previamente reconhecidos em ajuste de<br />

avaliação patrimonial relativos àquela entidade são contabilizados como se a Companhia tivesse<br />

alienado diretamente os ativos ou passivos relacionados. Isso significa que os valores reconhecidos<br />

previamente em ajuste de avaliação patrimonial são reclassificados no resultado.<br />

(c)<br />

Coligadas<br />

Coligadas são todas as entidades sobre as quais a Companhia tem influência significativa, mas não o<br />

controle, com participação acionária de até 50% dos direitos de voto. Os investimentos em coligadas são<br />

contabilizados pelo método de equivalência patrimonial e são, inicialmente, reconhecidos pelo seu valor<br />

de custo. O investimento da Companhia em coligadas inclui o ágio identificado na aquisição, líquido de<br />

qualquer perda acumulada por impairment.<br />

A participação da Companhia nos lucros ou prejuízos de suas coligadas é reconhecida na demonstração<br />

do resultado e sua participação na movimentação nas contas de patrimônio líquido dessas coligadas é<br />

reconhecida de forma reflexa em seu patrimônio líquido. As movimentações cumulativas pós-aquisição<br />

são ajustadas contra o valor contábil do investimento. Quando a participação da Companhia nas perdas<br />

de uma coligada for igual ou superior a sua participação na coligada, incluindo quaisquer outros<br />

recebíveis, a Companhia não reconhece perdas adicionais, a menos que tenha incorrido em obrigações<br />

ou efetuado pagamentos em nome da coligada.<br />

Os ganhos não realizados das operações entre a Companhia e suas coligadas são eliminados na<br />

proporção da participação da Companhia nas coligadas. As perdas não realizadas também são<br />

eliminadas, a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido.<br />

As políticas contábeis das coligadas são alteradas, quando necessário, para assegurar consistência com<br />

as políticas adotadas pela Companhia.<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(d)<br />

Empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas<br />

As principais empresas controladas incluídas na consolidação estão são apresentadas abaixo:<br />

Percentual do capital total<br />

31 de<br />

dezembro<br />

de <strong>2010</strong><br />

31 de<br />

dezembro<br />

de 2009<br />

A21 Mineração Ltda. (Brasil) 85,00 85,00<br />

Cal Itaú Participações S.A. (Brasil) - Incorporada em 31/10/<strong>2010</strong> (Nota 1 (b)) 100,00<br />

Companhia de Cimento Ribeirão Grande (Brasil) 100,00 95,66<br />

Interávia Transportes Ltda. (Brasil) 88,41 88,41<br />

Pedreira Pedra Negra Ltda. (Brasil) 100,00 100,00<br />

Seacrown do Brasil, Com.Import.e Part. S.A. (Brasil) 99,99 99,99<br />

Silcar Empreendimentos Comércio e Participações Ltda. (Brasil) 100,00 100,00<br />

<strong>Votorantim</strong> Cement North America Inc. (Canadá) 100,00 100,00<br />

<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> América S.A. (Brasil) 94,54 94,54<br />

<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> Brasil S.A. (Brasil) - Incorporada em 31/07/<strong>2010</strong> (Nota 1 (b)) 100,00<br />

<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> N/NE S.A. (Brasil) 95,23 95,40<br />

2.3 Conversão em moeda estrangeira<br />

(a)<br />

Moeda funcional e moeda de<br />

apresentação das demonstrações financeiras<br />

A Administração, após análise das operações e negócios, concluiu que o Real ("R$") é a moeda funcional<br />

e de apresentação da Companhia. Esta conclusão baseia-se na análise dos seguintes indicadores:<br />

Moeda que mais influencia os preços de bens e serviços;<br />

Moeda do país cujas forças competitivas e regulamentos mais influenciam na determinação do preço<br />

de venda de seus produtos e serviços;<br />

Moeda que mais influencia mão de obra, material e outros custos para fornecimento de produtos ou<br />

serviços;<br />

Moeda na qual são obtidos, substancialmente, os recursos das atividades financeiras; e<br />

Moeda na qual são normalmente acumulados os valores recebidos de atividades operacionais.<br />

A moeda funcional da VCNA, principal controlada da Companhia no exterior, é o Dólar canadense.<br />

(b)<br />

Transações e saldos<br />

As operações com moedas estrangeiras são convertidas em Reais, na qual os itens são remensurados.<br />

Para essa conversão, são utilizadas as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação.<br />

Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas<br />

de câmbio do fim do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são<br />

reconhecidos na demonstração do resultado, exceto quando diferidos no patrimônio como operações<br />

qualificadas de hedge de investimento líquido.<br />

Todos os ganhos e perdas cambiais são apresentados na demonstração do resultado como receita ou<br />

despesa financeira.<br />

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(c)<br />

Empresas do Grupo<br />

Os resultados e a posição financeira de todas as entidades da Companhia (nenhuma das quais opera<br />

moeda de economia hiperinflacionária), cuja moeda funcional é diferente da moeda de apresentação, são<br />

convertidos na moeda de apresentação, como segue:<br />

(i) os ativos e passivos de cada balanço patrimonial apresentado são convertidos pela taxa de<br />

fechamento da data do balanço;<br />

(ii) as receitas e despesas de cada demonstração do resultado são convertidas pelas taxas de câmbio<br />

médias (a menos que essa média não seja uma aproximação razoável do efeito cumulativo das taxas<br />

vigentes nas datas das operações, e, nesse caso, as receitas e despesas são convertidas pela taxa das<br />

datas das operações); e<br />

(iii) todas as diferenças de câmbio resultantes são reconhecidas como um componente separado no<br />

patrimônio líquido.<br />

Na consolidação, as diferenças de câmbio decorrentes da conversão do investimento líquido em<br />

operações no exterior e de empréstimos e outros instrumentos de moeda designados como hedge desses<br />

investimentos são reconhecidas no patrimônio líquido. Quando uma operação no exterior é<br />

parcialmente alienada ou vendida, as diferenças de câmbio que foram registradas no patrimônio são<br />

reconhecidas na demonstração do resultado como parte de ganho ou perda sobre a venda.<br />

Os ajustes no ágio e no valor justo, decorrentes da aquisição de uma entidade no exterior são tratados<br />

como ativos e passivos da entidade no exterior e convertidos pela taxa de fechamento.<br />

2.4 Caixa e equivalentes de caixa<br />

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto<br />

prazo de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que<br />

estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor, bem como as contas garantidas. As contas<br />

garantidas são demonstradas como "Empréstimos e financiamentos", no passivo circulante, quando<br />

aplicável.<br />

2.5 Ativos financeiros<br />

2.5.1 Classificação<br />

A Companhia e suas controladas classificam seus ativos financeiros nas seguintes categorias: mantidos<br />

para negociação e empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos<br />

financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no<br />

seu reconhecimento inicial.<br />

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(a)<br />

Mantidos para negociação<br />

Os ativos financeiros mantidos para negociação têm como característica a sua negociação ativa e<br />

frequente nos mercados financeiros. Esses ativos são mensurados por seu valor justo, e suas variações<br />

são reconhecidas no resultado do exercício, na rubrica "Resultado financeiro líquido". Os ativos dessa<br />

categoria são classificados como ativos circulantes.<br />

(b)<br />

Empréstimos e recebíveis<br />

Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou<br />

determináveis não cotados em mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com<br />

prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados<br />

como ativos não circulantes). Os empréstimos e os recebíveis são atualizados de acordo com a taxa<br />

efetiva da respectiva transação. Compreende-se como taxa efetiva aquela fixada nos contratos e ajustada<br />

pelos respectivos custos de cada transação. Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem<br />

principalmente "contas a receber de clientes e demais contas a receber" e "caixa e equivalentes de caixa".<br />

2.5.2 Reconhecimento e mensuração<br />

As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data na<br />

qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os ativo financeiros classificados como<br />

mantidos até o vencimento, quando existentes, são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo,<br />

acrescidos dos custos da transação. Os ativos financeiros mantidos para negociação são, inicialmente,<br />

reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação são debitados à demonstração do resultado.<br />

Os ativos financeiros mantidos para negociação são, subsequentemente, contabilizados pelo valor justo.<br />

Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros<br />

efetiva.<br />

Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos<br />

tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que a Companhia tenha<br />

transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade.<br />

Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mantidos para<br />

negociação são apresentados na demonstração do resultado em "Resultado financeiro líquido" no<br />

exercício em que ocorrem.<br />

Os valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra. Se o<br />

mercado de um ativo financeiro (e de títulos não registrados em Bolsa) não estiver ativo, a Companhia<br />

estabelece o valor justo através de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações<br />

recentes contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancialmente<br />

similares, a análise de fluxos de caixa descontados e os modelos de precificação de opções que fazem o<br />

maior uso possível de informações geradas pelo mercado e contam o mínimo possível com informações<br />

geradas pela administração da própria entidade.<br />

2.5.3 Compensação de instrumentos financeiros<br />

Ativos e passivos financeiros somente são compensados, e o valor líquido reportado no balanço<br />

patrimonial, quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há<br />

intenção de liquidá-los numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.<br />

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2.5.4 Impairment de ativos financeiros<br />

mensurados ao custo amortizado<br />

A Companhia avalia no fim de cada período do relatório se há evidência objetiva de que o ativo<br />

financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros<br />

está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de<br />

impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos<br />

(um "evento de perda") e se esse evento (ou eventos) de perda tem impacto nos fluxos de caixa futuros<br />

estimados do ativo financeiro ou do grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira<br />

confiável.<br />

Os critérios que a Companhia usa para determinar se há evidência objetiva de uma perda por<br />

impairment incluem:<br />

Dificuldade financeira relevante do emitente ou tomador;<br />

Uma quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos juros ou principal;<br />

Garantia da Companhia ao tomador do empréstimo, por razões econômicas ou jurídicas relativas à<br />

dificuldade financeira do tomador de uma concessão que o credor não consideraria;<br />

A probabilidade de o tomador declarar falência ou outra reorganização financeira;<br />

O desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo financeiro devido às dificuldades<br />

financeiras; ou<br />

Dados observáveis indicando que há uma redução mensurável nos futuros fluxos de caixa estimados<br />

a partir de uma carteira de ativos financeiros desde o reconhecimento inicial daqueles ativos,<br />

embora a diminuição não possa ainda ser identificada com os ativos financeiros individuais na<br />

carteira, incluindo:<br />

(i)<br />

(ii)<br />

mudanças adversas na situação do pagamento dos tomadores de empréstimo na carteira;<br />

condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com as inadimplências<br />

sobre os ativos na carteira.<br />

A Companhia avalia em primeiro lugar se existe evidência objetiva de impairment.<br />

O montante do prejuízo é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor<br />

presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo-se os prejuízos de crédito futuro que não<br />

foram incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contábil<br />

do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do resultado. Se um<br />

empréstimo ou investimento mantido até o vencimento tiver uma taxa de juros variável, a taxa de<br />

desconto para medir uma perda por impairment será a atual taxa de juros efetiva determinada de<br />

acordo com o contrato. Como um expediente prático, a Companhia pode calcular o impairment com<br />

base no valor justo de um instrumento utilizando um preço de mercado observável.<br />

Se, num período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser<br />

relacionada objetivamente com um evento ocorrido após o reconhecimento do impairment (como uma<br />

melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida<br />

anteriormente será reconhecida na demonstração do resultado.<br />

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2.6 Instrumentos financeiros<br />

derivativos e atividades de hedge<br />

Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos<br />

é celebrado e são subsequentemente, reavaliados ao seu valor justo. O método para reconhecer o ganho<br />

ou a perda resultante depende do fato do derivativo ser designado ou não como um instrumento de<br />

hedge. Em caso afirmativo, o método depende da natureza do item que está sendo protegido por hedge.<br />

A Companhia designa certos derivativos como:<br />

(a)<br />

(b)<br />

hedge de um risco específico associado a um ativo ou passivo reconhecido ou de uma operação prevista<br />

altamente provável (hedge de fluxo de caixa);<br />

hedge de risco de moeda de um investimento líquido em uma operação no exterior (hedge de<br />

investimento líquido).<br />

A Companhia documenta, no início da operação, a relação entre os instrumentos de hedge e os itens<br />

protegidos por hedge, assim como os objetivos da gestão de risco e a estratégia para a realização de<br />

várias operações de hedge. A Companhia também documenta sua avaliação, no início do hedge e de<br />

forma contínua, de que os derivativos usados nas operações de hedge são altamente eficazes na<br />

compensação de variações no valor justo ou nos fluxos de caixa dos itens protegidos por hedge.<br />

Os valores justos de instrumentos derivativos usados para fins de hedge estão divulgados na Nota 7. O<br />

valor justo total de um derivativo de hedge é classificado como ativo ou passivo não circulante, quando o<br />

vencimento remanescente do item protegido por hedge é superior a 12 meses.<br />

(a)<br />

Hedge de fluxo de caixa<br />

A Companhia contrata derivativos para proteger o risco de juros relacionado a alguns empréstimos<br />

remunerados em taxa Libor. A Companhia adota a contabilidade de hedge para os instrumentos<br />

derivativos contratados com essa finalidade. A parcela efetiva das variações no valor justo dos<br />

derivativos designados e qualificados como hedge de fluxo de caixa é reconhecida no patrimônio líquido<br />

na rubrica "Ajuste de avaliação patrimonial". Ganhos ou perdas relacionados à parcela não efetiva são<br />

imediatamente reconhecidos no resultado, em "Resultado financeiro líquido".<br />

Os valores acumulados no patrimônio líquido são levados ao resultado (na mesma linha de resultado<br />

impactada pela operação originalmente protegida) nos períodos em que se realiza a amortização dos<br />

empréstimos.<br />

Quando um instrumento de hedge prescreve ou é vendido, ou quando um hedge não atende mais aos<br />

critérios de contabilização de hedge, todo ganho ou toda perda cumulativa existente no patrimônio<br />

naquele momento permanece no patrimônio e é reconhecida quando a operação prevista é finalmente<br />

reconhecida na demonstração do resultado. Quando não se espera a ocorrência de mais que uma<br />

operação prevista, o ganho ou a perda cumulativa que havia sido apresentada no patrimônio é<br />

imediatamente transferida para a demonstração do resultado em "Resultado financeiro líquido".<br />

(b)<br />

Hedge de investimento líquido<br />

A Companhia designa o bônus de 9 anos emitido em euro como hedge de seu investimentos na empresa<br />

portuguesa CIMPOR, cuja moeda funcional é o Euro. O objetivo desse procedimento é atenuar os<br />

impactos da volatilidade cambial nos resultados da Companhia. Periodicamente comprova-se a<br />

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efetividade da política de hedge. Nesse contexto, a parcela de variação cambial sobre os referidos<br />

contratos de empréstimo e financiamentos é acumulada no patrimônio líquido da Companhia na rubrica<br />

"Ajuste de avaliação patrimonial".<br />

As operações de hedge de investimentos líquidos em operações no exterior são contabilizadas de modo<br />

semelhante às de hedge de fluxo de caixa.<br />

Qualquer ganho ou perda do instrumento de hedge relacionado com a parcela efetiva do hedge é<br />

reconhecido no patrimônio líquido. O ganho ou perda relacionado com a parcela não efetiva é<br />

imediatamente reconhecido na demonstração do resultado em "Resultado financeiro líquido".<br />

Ganhos e perdas acumulados no patrimônio são incluídos na demonstração do resultado quando a<br />

operação no exterior é parcialmente alienada ou vendida.<br />

2.7 Contas a receber de clientes<br />

As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de<br />

mercadorias ou prestação de serviços no decurso normal das atividades da Companhia. Se o prazo de<br />

recebimento é equivalente a um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante.<br />

Caso contrário, são apresentadas no ativo não circulante.<br />

As contas a receber são inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas<br />

pelo custo amortizado com o uso do método da taxa de juros efetiva menos a provisão de para créditos<br />

de liquidação duvidosa (impairment). Normalmente são reconhecidas ao valor faturado, ajustado pela<br />

provisão para impairment, quando necessário. As contas a receber de clientes no mercado externo são<br />

atualizadas com base nas taxas de câmbio vigentes na data do balanço. A provisão para perdas é<br />

estabelecida quando existe uma evidência objetiva de que as empresas da Companhia não serão capazes<br />

de cobrar todos os valores devidos de acordo com os prazos originais das contas a receber. O cálculo da<br />

provisão é baseado em estimativa suficiente para cobrir prováveis perdas na realização das contas a<br />

receber, considerando a situação de cada cliente e respectivas garantias oferecidas de modo, consistente<br />

com a política de impairment de ativos financeiros ao custo amortizado.<br />

2.8 Estoques<br />

Os estoques são apresentados pelo menor valor entre o custo e o valor líquido realizável. O custo é<br />

determinado pelo método do custo médio ponderado. O custo dos produtos acabados e dos produtos em<br />

elaboração compreende matérias-primas, mão de obra direta, outros custos diretos e indiretos de<br />

produção. O valor líquido realizável é o preço de venda estimado para o curso normal dos negócios,<br />

deduzidos os custos de execução e as despesas de venda. As importações em andamento são<br />

demonstradas ao custo acumulado de cada importação.<br />

2.9 Imposto de renda e contribuição social<br />

São calculados com base nas alíquotas vigentes de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro<br />

líquido e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, para fins<br />

de determinação de exigibilidade. Portanto, as inclusões ao lucro contábil de despesas, temporariamente<br />

não dedutíveis, ou as exclusões de receitas, temporariamente não tributáveis, para apuração do lucro<br />

tributável corrente, geram créditos ou débitos tributários diferidos. As alíquotas desses impostos são de<br />

25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social.<br />

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Os créditos tributários diferidos decorrentes de prejuízo fiscal ou base negativa da contribuição social e<br />

adições temporárias são reconhecidos somente na extensão em que sua realização seja provável, tendo<br />

como base o histórico de rentabilidade e as projeções de resultados futuros.<br />

As despesas fiscais do exercício compreendem o imposto de renda corrente e diferido. O imposto é<br />

reconhecido na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiver relacionado com itens<br />

reconhecidos diretamente no patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no<br />

patrimônio líquido.<br />

2.10 Imobilizado<br />

O imobilizado é demonstrado pelo custo histórico de aquisição ou de construção menos depreciação<br />

acumulada. O custo histórico também inclui os custos de financiamento relacionados com a aquisição /<br />

construção de ativos qualificados.<br />

Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo<br />

separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros<br />

associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens<br />

ou peças substituídos é baixado.<br />

Os terrenos não são depreciados. A depreciação de outros ativos é calculada usando-se o método linear<br />

para alocar seus custos ou valores reavaliados aos valores residuais durante a vida útil estimada, como<br />

segue:<br />

- Edificações 36-54 anos<br />

- Máquinas 16-20 anos<br />

- Veículos 3-5 anos<br />

- Móveis, utensílios e equipamentos 10 anos<br />

Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao fim de cada<br />

exercício.<br />

O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável quando o valor<br />

contábil do ativo é maior do que seu valor recuperável estimado.<br />

Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor<br />

contábil e são reconhecidos em "Outras receitas operacionais, líquidas" na demonstração do resultado.<br />

A Companhia não tem ativos de longo prazo que espera abandonar ou alienar e que exigiriam a<br />

constituição de provisão para obrigações por descontinuação de ativos.<br />

2.11 Arrendamento mercantil<br />

Os arrendamentos nos quais uma parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade é retida<br />

pelo arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos efetuados para<br />

arrendamentos operacionais (líquidos de quaisquer incentivos recebidos do arrendador) são debitados à<br />

demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do arrendamento.<br />

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A Companhia arrenda certos bens do imobilizado. Os arrendamentos do imobilizado, nos quais a<br />

Companhia detém, substancialmente, os riscos e benefícios da propriedade, são classificados como<br />

arrendamentos financeiros. Estes são capitalizados no início do arrendamento pelo menor valor entre o<br />

valor justo do bem arrendado e o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento.<br />

Cada parcela paga do arrendamento é alocada, parte ao passivo e parte aos encargos financeiros, para<br />

que, dessa forma, seja obtida uma taxa constante sobre o saldo da dívida em aberto. As obrigações<br />

correspondentes, líquidas dos encargos financeiros, são incluídas em outros passivos.<br />

Os juros das despesas financeiras são debitados à demonstração do resultado durante o período do<br />

arrendamento, para produzir uma taxa periódica constante de juros sobre o saldo remanescente do<br />

passivo para cada período. O imobilizado adquirido por meio de arrendamentos financeiros é<br />

depreciado durante a vida útil do ativo.<br />

2.12 Ativos intangíveis<br />

(a)<br />

Ágio<br />

O ágio (goodwill) é representado pela diferença positiva entre o valor pago ou a pagar e o montante<br />

líquido do valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida. O ágio de aquisições de controladas é<br />

registrado como "ativo intangível" no consolidado. Na controladora, é apresentado na conta de<br />

"Investimentos". Se a adquirente apurar deságio, deverá registrar o montante como ganho no resultado<br />

do período, na data da aquisição. O ágio é testado anualmente para verificar prováveis perdas<br />

(impairment) e contabilizado pelo seu valor de custo menos as perdas acumuladas por impairment, que<br />

não são revertidas. Os ganhos e as perdas da alienação de uma entidade incluem o valor contábil do ágio<br />

relacionado com a entidade vendida.<br />

O ágio é alocado às Unidades Geradoras de Caixa (UGCs) para fins de teste de impairment. A alocação é<br />

feita para as Unidades Geradoras de Caixa ou para os grupos de Unidades Geradoras de Caixa que<br />

devem se beneficiar da combinação de negócios da qual o ágio se originou.<br />

(b)<br />

Direitos sobre recursos naturais<br />

Quando da comprovação efetiva da viabilidade econômica da exploração comercial de determinada<br />

jazida, os correspondentes gastos com estudos e pesquisas minerais e os gastos de remoção de estéril<br />

incorridos, a partir dessa comprovação, são capitalizados como custo de formação da mina.<br />

Os custos com a aquisição de direitos de exploração de minas são capitalizados e amortizados usando-se<br />

o método linear ao longo das vidas úteis, ou, quando aplicável, com base na exaustão de minas.<br />

Após o início da fase produtiva da mina, esses gastos são amortizados e tratados como custo de<br />

produção.<br />

A exaustão de recursos minerais é calculada com base na extração, considerando-se as vidas úteis<br />

estimadas das reservas.<br />

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2.13 Combinação de negócios e ágio<br />

fundamentado pela expectativa de<br />

rentabilidade futura ("Goodwill")<br />

A Companhia utiliza o método de aquisição para contabilização de transações classificadas como<br />

combinações de negócios. O custo de aquisição é mensurado pelo valor justo dos ativos entregues, dos<br />

instrumentos de capital emitidos e dos passivos incorridos ou assumidos na data de aquisição.<br />

Os ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos são mensurados ao valor justo na data de<br />

aquisição. A participação de não controladores na adquirida é avaliada ao valor justo dessa participação<br />

ou pela parte que lhes cabe no valor justo dos ativos identificáveis líquidos da adquirida.<br />

O excesso do custo de aquisição relativamente ao valor justo dos ativos identificáveis adquiridos e<br />

passivos assumidos é registrado como goodwill e, caso seja inferior, é registrado como ganho por<br />

compra vantajosa no resultado do exercício na data de aquisição.<br />

Em transações nas quais a Companhia adquire o controle da empresa em que mantinha uma<br />

participação de capital imediatamente antes da data da aquisição, essa participação inicial é avaliada<br />

pelo valor justo na data da aquisição e, caso haja ganho, ele é reconhecido no resultado do período.<br />

O goodwill é apresentado no subgrupo Intangível nas demonstrações consolidadas, não sofre<br />

amortização e é submetido anualmente ao teste anual de avaliação do valor recuperável (impairment).<br />

2.14 Impairment de ativos não financeiros<br />

Os ativos que têm vida útil indefinida, como o ágio, não estão sujeitos à amortização e são testados<br />

anualmente para a verificação de impairment. Os ativos que estão sujeitos à depreciação/amortização<br />

são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias<br />

indiquem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida pelo<br />

valor em que o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável. Este último é o valor mais alto entre<br />

o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o valor em uso. Para fins de avaliação do<br />

impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa<br />

identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa - UGC). Os ativos não financeiros, exceto o<br />

ágio, que tenham sofrido impairment, são revisados para a análise de uma possível reversão do<br />

impairment.<br />

2.15 Contas a pagar aos fornecedores<br />

As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de<br />

fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes quando o<br />

pagamento é devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como<br />

passivo não circulante.<br />

Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo<br />

amortizado com o uso do método de taxa de juros efetiva. Na prática, são normalmente reconhecidas ao<br />

valor da fatura correspondente.<br />

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2.16 Empréstimos e financiamentos<br />

Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos da<br />

transação incorridos e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença<br />

entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de resgate é reconhecida na<br />

demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos estejam em aberto, utilizando-se<br />

o método da taxa de juros efetiva.<br />

As taxas pagas na contratação do empréstimo são reconhecidas como custos da transação do<br />

empréstimo, quando há probabilidade que uma parte ou todo o empréstimo seja sacado. Nesse caso, a<br />

taxa é diferida até que o saque ocorra. Quando não houver evidências da probabilidade de saque de parte<br />

ou da totalidade do empréstimo, a taxa será capitalizada como um pagamento antecipado de serviços de<br />

liquidez e amortizada durante o período do empréstimo ao qual se relaciona.<br />

Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia<br />

tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data<br />

do balanço.<br />

2.17 Provisões<br />

As provisões para custos de reestruturação e ações judiciais são reconhecidas quando: (i) a Companhia<br />

tem uma obrigação presente ou não formalizada como resultado de eventos passados; (ii) é provável que<br />

uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; e (iii) o valor foi estimado com<br />

segurança. As provisões não são reconhecidas com relação às perdas operacionais futuras.<br />

Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de a Companhia liquidá-las será<br />

determinada, levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo. Uma provisão é<br />

reconhecida mesmo que seja pequena a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item<br />

individual incluído na mesma classe de obrigações.<br />

As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a<br />

obrigação, usando uma taxa antes do imposto, a qual reflete as avaliações atuais do mercado do valor<br />

temporal do dinheiro e dos riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da<br />

passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira.<br />

2.18 Passivos ambientais<br />

Os gastos representativos de fechamento de mina decorrentes do encerramento das atividades estão<br />

registrados como obrigação com desmobilização de ativo. As obrigações consistem principalmente em<br />

custos associados com encerramento de atividades. O custo de desmobilização de ativo, equivalente ao<br />

valor presente da obrigação (passivo), está capitalizado como parte do valor contábil ao ativo sendo<br />

depreciado pelo período de vida útil do ativo.<br />

A parcela do passivo está registrada pelo valor presente pelo mesmo prazo da desmobilização. Esses<br />

passivos estão contabilizados em outras contas a pagar.<br />

2.19 Ajuste a valor presente de ativos e passivos<br />

Quando relevantes ativos e passivos foram ajustados a valor presente. O valor presente é calculado com<br />

base na taxa efetiva de juros aplicável. A referida taxa é compatível com a natureza, o prazo e os riscos de<br />

transações similares em condições de mercado.<br />

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financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

2.20 Benefícios a funcionários<br />

(a)<br />

Obrigações de aposentadoria<br />

A Companhia e suas controladas participam de planos de pensão, administrados por entidade fechada<br />

de previdência privada, que provêm a seus empregados benefícios pós-emprego.<br />

A Companhia tem planos de benefício definido e, também, de contribuição definida. Um plano de<br />

contribuição definida é um plano de pensão segundo o qual a Companhia paga contribuições a entidades<br />

fechadas de previdência privada, em bases compulsórias, contratuais ou voluntárias. As contribuições<br />

regulares são reconhecidas como despesas operacionais. A Companhia não tem obrigações legais nem<br />

construtivas de fazer contribuições se o fundo não tiver ativos suficientes para pagar a todos os<br />

empregados os benefícios relacionados com o serviço do empregado no período corrente e anterior. Um<br />

plano de benefício definido é diferente de um plano de contribuição definida. Em geral, os planos de<br />

benefício definido estabelecem um valor de benefício de aposentadoria que um empregado receberá em<br />

sua aposentadoria, normalmente dependente de um ou mais fatores, como idade, tempo de serviço e<br />

remuneração.<br />

O passivo reconhecido no balanço patrimonial com relação aos planos de pensão de benefício definido é<br />

o valor presente da obrigação de benefício definido na data do balanço, menos o valor justo dos ativos do<br />

plano, com os ajustes de custos de serviços passados não reconhecidos. A obrigação de benefício definido<br />

é calculada anualmente por atuários independentes, com o método da unidade de crédito projetada. O<br />

valor presente da obrigação de benefício definido é determinado mediante o desconto das saídas futuras<br />

estimadas de caixa, usando-se taxas de juros condizentes com os rendimentos de mercado, as quais são<br />

denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e têm prazos de vencimento próximos<br />

daqueles da respectiva obrigação do plano de pensão.<br />

Os ganhos e as perdas atuariais decorrentes de mudanças nas premissas atuariais e nos planos de<br />

pensão são reconhecidos em "Ajuste de avaliação patrimonial".<br />

Os custos de serviços passados são imediatamente reconhecidos no resultado, a menos que as mudanças<br />

do plano de pensão estejam condicionadas à permanência do empregado no emprego, por um período<br />

de tempo específico (o período no qual o direito é adquirido). Nesse caso, os custos de serviços passados<br />

são amortizados pelo método linear durante o período em que o direito foi adquirido.<br />

(b)<br />

Assistência médica (pós-aposentadoria)<br />

Algumas empresas da Companhia oferecem benefício de assistência médica pós-aposentadoria a seus<br />

empregados. O benefício de assistência médica para aposentados é oferecido pela Companhia de acordo<br />

com uma política existente no passado. Essa política estabelecia a concessão vitalícia do benefício a um<br />

grupo predeterminado de empregados. Esse benefício está fechado para novos participantes e não<br />

existem empregados ativos elegíveis a ele.<br />

O passivo relacionado ao plano de assistência médica aos aposentados é registrado pelo valor presente<br />

da obrigação, menos o valor de mercado dos ativos do plano, ajustado por ganhos e perdas atuariais e<br />

custos de serviços passados. A obrigação de benefício definido é calculada anualmente por atuários<br />

independentes. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado pela estimativa de<br />

saída futura de caixa.<br />

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financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(c)<br />

Participação dos empregados nos resultados<br />

São registradas provisões para reconhecer a despesa referente à participação dos empregados nos<br />

resultados. Essas provisões são calculadas com base em metas qualitativas e quantitativas definidas pela<br />

Administração e contabilizadas no resultado como "Benefício para empregados".<br />

2.21 Capital social<br />

As ações ordinárias são classificadas no patrimônio líquido.<br />

Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são demonstrados<br />

no patrimônio líquido como uma dedução do valor captado, líquida de impostos.<br />

Quando qualquer empresa do Grupo compra ações do capital da Companhia (ações em tesouraria), o<br />

valor pago, incluindo todos os custos adicionais diretamente atribuíveis (líquidos do imposto de renda),<br />

é deduzido do patrimônio atribuível aos acionistas da Companhia até que as ações sejam canceladas ou<br />

reemitidas. Quando essas ações são, subsequentemente, reemitidas, qualquer valor recebido, líquido de<br />

todos os custos adicionais da transação, diretamente atribuíveis e dos respectivos efeitos do imposto de<br />

renda e da contribuição social, é incluído no capital atribuível aos acionistas da Companhia.<br />

2.22 Reconhecimento da receita<br />

A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de<br />

produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos<br />

impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos, e também após a eliminação das vendas<br />

entre empresas consolidadas.<br />

A Companhia reconhece a receita quando: (i) o valor da receita pode ser mensurado com segurança; (ii)<br />

há probabilidade de benefícios econômicos futuros fluírem para a entidade e (iii) critérios específicos<br />

tenham sido atendidos para cada uma das atividades a Companhia, conforme descrição a seguir. O valor<br />

da receita não será considerado mensurável com segurança até que todas as condições relacionadas com<br />

a venda tenham sido resolvidas. A Companhia baseia suas estimativas em resultados históricos, levando<br />

em consideração o tipo de cliente, o tipo de transação e as especificações de cada venda.<br />

(a)<br />

Venda de produtos e serviços<br />

O reconhecimento da receita baseia-se nos princípios a seguir:<br />

(i)<br />

Venda de produtos: As vendas são feitas à vista ou a prazo, em períodos de, no máximo, 30 dias.<br />

Essas vendas são reconhecidas, em geral, quando os produtos são entregues ao transportador e a<br />

propriedade da carga, bem como seus riscos são transferidos ao cliente.<br />

(ii)<br />

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Venda de serviços: a Companhia vende serviços de concretagem, co-processamento e transporte de<br />

cargas. Esses serviços são prestados com base no tempo e no material ou, como um contrato de<br />

preço fixo, e os termos do contrato, geralmente, variam entre menos de um e três anos. A receita de<br />

contratos de prestação de serviços de transporte por preço fixo é, em geral, reconhecida no período<br />

em que os serviços são prestados, usando o método linear de reconhecimento de receita conforme o<br />

período do contrato.


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financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

Se surgirem circunstâncias que possam alterar as estimativas originais de receitas, custos ou extensão do<br />

prazo para conclusão, as estimativas iniciais serão revisadas. Essas revisões podem resultar em<br />

aumentos ou reduções das receitas ou custos estimados e estão refletidas no resultado no período em<br />

que a Administração tomou conhecimento das circunstâncias que originaram a revisão.<br />

(b)<br />

Receita financeira<br />

A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa de juros efetiva.<br />

Quando uma perda (impairment) é identificada em relação a uma conta a receber (Outros valores a<br />

receber/ ativos financeiros), a Companhia reduz o valor contábil para seu valor recuperável, que<br />

corresponde ao fluxo de caixa futuro estimado, descontado à taxa de juros efetiva original do<br />

instrumento. Subsequentemente, à medida que o tempo passa, os juros são incorporados às contas a<br />

receber, em contrapartida de receita financeira. Essa receita financeira é calculada pela mesma taxa de<br />

juros efetiva utilizada para apurar o valor recuperável, ou seja, a taxa original do contas a receber.<br />

2.23 Distribuição de dividendos<br />

A distribuição de dividendos para os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo nas<br />

demonstrações financeiras ao fim do exercício, com base no estatuto social. Qualquer valor acima do<br />

mínimo obrigatório somente é provisionado quando for aprovado pelos acionistas, em Assembléia Geral.<br />

3 Adoção integral dos CPCs e<br />

das IFRSs pela primeira vez<br />

3.1 Base da transição para os CPCs / IFRSs<br />

3.1.1 Aplicação do CPC 37 e 43 / IFRS 1<br />

O processo de convergência das normas brasileiras de contabilidade, que teve como objetivo principal o<br />

alinhamento pleno das práticas contábeis adotadas no Brasil com as IFRSs abrangeu duas etapas: (i) a<br />

primeira, desenvolvida em 2008, com a emissão dos pronunciamentos contábeis CPC 01 ao CPC 14, que<br />

foram aplicados pela Companhia em suas demonstrações financeiras consolidadas encerradas em 31 de<br />

dezembro de 2008; (ii) a segunda, desenvolvida em 2009, com a edição dos pronunciamentos contábeis<br />

CPC 15 ao CPC 40 e 43 (exceto o CPC 34 - ainda não emitido), cuja adoção obrigatória ocorre em <strong>2010</strong>,<br />

com efeito retroativo para o ano de 2009 apenas para fins comparativos.<br />

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia para o exercício findo em<br />

31 de dezembro de <strong>2010</strong> são as primeiras demonstrações financeiras anuais em conformidade com os<br />

CPCs e IFRSs.<br />

A data de transição da Companhia é 1 o de janeiro de 2009. A Companhia preparou seu balanço<br />

patrimonial de abertura segundo os CPCs e IFRSs nessa data.<br />

Na preparação destas demonstrações financeiras de acordo com o IFRS 1/CPC 37, a Companhia aplicou<br />

as exceções obrigatórias relevantes e certas isenções opcionais em relação à aplicação completa<br />

retrospectiva.<br />

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

3.1.2 Isenções da aplicação retrospectiva<br />

Conforme previsto no CPC 37 / IFRS 1, a Companhia adotou a seguinte isenção na aplicação<br />

retrospectiva:<br />

(i) Combinação de negócios: o CPC 15 / IFRS 3 foi aplicado a partir de 1º de janeiro de 2009;<br />

(ii)<br />

Passivos decorrentes de desativação incluídos no custo do ativo imobilizado – a Companhia<br />

reconheceu os valores na data da transação.<br />

Com relação às demais isenções constantes do CPC 37 / IFRS 1, não se aplicam à Companhia:<br />

(i)<br />

(ii)<br />

Contratos de seguros – os contratos de seguros celebrados pela Companhia não estão no escopo<br />

deste pronunciamento;<br />

Custo atribuído ao ativo imobilizado – a Administração optou por não adotar o custo atribuído;<br />

(iii) Instrumentos financeiros compostos – não há operações envolvendo esse tipo de instrumentos<br />

financeiros;<br />

(iv) Ativos financeiros e ativos intangíveis contabilizados de acordo com o ICPC 1 / IFRIC 12 – contratos<br />

de concessão – a Companhia não possui contratos de concessão sob o escopo dessa norma.<br />

(v)<br />

(vi)<br />

A Companhia optou por não realizar o zeramento dos saldos das contas de ajuste acumulados de<br />

conversão;<br />

A Companhia optou por reconhecer todos os ganhos e perdas atuariais passados cumulativamente<br />

em 1º de janeiro de 2009;<br />

(vii) As práticas contábeis adotadas pela Companhia para contabilização de arrendamentos mercantis já<br />

estavam alinhadas ao CPCs e IFRSs.<br />

3.1.3 Exceções da aplicação retrospectiva<br />

seguidas pela Companhia<br />

As estimativas utilizadas na preparação destas demonstrações financeiras em 1 o de janeiro de 2009 e em<br />

31 de dezembro de 2009 são consistentes com as estimativas feitas nas mesmas datas de acordo com as<br />

práticas contábeis adotadas no Brasil anteriormente ("BR GAAP antigo").<br />

As outras exceções obrigatórias não se aplicaram, pois não houve diferenças significativas com relação<br />

ao BR GAAP antigo.<br />

3.2 Sumário das práticas contábeis modificadas e demonstração dos efeitos no resultado e no<br />

patrimônio líquido<br />

Abaixo seguem explicações sobre os principais ajustes nos balanços patrimoniais e na demonstração do<br />

resultado, e depois as conciliações apresentando a quantificação dos efeitos da transição.<br />

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(a)<br />

Investimento em coligada e em controlada<br />

Os resultados não realizados em operações de venda de ativos da controladora para uma controlada<br />

foram eliminados nos balanços individuais, de forma a eliminar as diferenças entre o patrimônio líquido<br />

individual e consolidado;<br />

(b)<br />

Custos de empréstimos<br />

Os custos de empréstimos das unidades operacionais da Companhia, que estavam atribuídos à aquisição<br />

ou construção de ativos qualificados, foram contabilizados como parte dos custos desses ativos na data<br />

da adoção das novas práticas contábeis.<br />

(c)<br />

Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes<br />

Passivos decorrentes de desmobilização de ativos foram incluídos nos custos do ativo imobilizado a<br />

partir da data de transição para os CPCs e IFRSs.<br />

(d)<br />

Apresentação das demonstrações financeiras<br />

A participação dos acionistas não controladores (também conhecida por Participação dos Minoritários)<br />

foi agregada ao patrimônio líquido e nele identificada, e não deixando assim de ser incluída em rubrica<br />

especifica, acima do patrimônio líquido.<br />

(e)<br />

Tributos sobre o lucro<br />

De acordo com as práticas contábeis anteriormente adotadas no Brasil, a Companhia reconhecia um<br />

ativo fiscal diferido na medida em que fossem realizáveis no prazo máximo de dez anos. De acordo com o<br />

novo pronunciamento técnico, os créditos devem ser registrados na medida em que seja provável a<br />

existência de lucros tributáveis futuros com os quais esses créditos possam ser utilizados,<br />

independentemente do prazo máximo estipulado na legislação anterior.<br />

(f)<br />

Benefícios a empregados<br />

Os ganhos e perdas acumulados existentes nos planos atuariais e benefícios definidos das controladas<br />

<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> N/NE e VCNA foram zerados na data de transição para a adoção das novas<br />

práticas contábeis.<br />

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

3.2.1 Conciliação do balanço patrimonial<br />

Balanço de abertura das novas práticas em 1º de janeiro<br />

de 2009<br />

Ativo<br />

Passivo<br />

Participação<br />

Minoritária<br />

Consolidado<br />

Patrimônio<br />

Líquido<br />

Saldo anterior à adoção das novas práticas 15.650.710 11.057.865 173.093 4.419.752<br />

Custos de empréstimos 30.594 30.594<br />

Passivos contingentes 36.721 52.037 (15.316)<br />

Benefícios a empregados 3.144 65.445 (62.301)<br />

Outros ajustes (6.242) (13.842) 7.600<br />

Tributos diferidos sobre os CPCs adotados 22.251 6.437 15.814<br />

Ajustes das novas práticas em 1º de janeiro de 2009 86.468 110.077 (23.609)<br />

Reclassificação da participação dos acionistas não<br />

controladores para o patrimônio líquido (173.093) 173.093<br />

Saldo em 1º de janeiro de 2009 com as novas práticas 15.737.178 11.167.942 4.569.236<br />

Balanço divulgado pelas práticas contábeis anteriores em<br />

31 de dezembro de 2009<br />

Ativo<br />

Passivo<br />

Participação<br />

Minoritária<br />

Consolidado<br />

Patrimônio<br />

Líquido<br />

Saldo anterior à adoção das novas práticas 17.142.539 11.967.680 177.858 4.997.001<br />

Investimento em coligadas e em controlada (20.640) (20.640)<br />

Custos de empréstimos 87.499 87.499<br />

Passivos contingentes 30.861 138.376 (107.515)<br />

Benefícios a empregados 9.929 77.166 (67.237)<br />

Outros ajustes 5.373 (56.128) 61.501<br />

Tributos diferidos sobre os CPCs adotados 26.236 25.032 1.204<br />

Ajustes das novas práticas em 31 de dezembro de 2009<br />

139.258 184.446 (45.188)<br />

Reclassificação da participação dos acionistas não<br />

controladores para o patrimônio líquido (177.858) 177.858<br />

Saldo em 31 de dezembro de 2009 com as novas<br />

práticas 17.281.797 12.152.126 5.129.671<br />

3.2.2 Conciliação do lucro líquido no exercício<br />

Controladora Consolidado<br />

Lucro líquido originalmente apresentado 1.829.288 1.829.288<br />

Investimento em coligadas e em controlada (20.640) (20.640)<br />

Custos de empréstimos 56.905<br />

Passivos contingentes (92.199)<br />

Outros ajustes 42.049<br />

Imposto de renda diferido (4.436)<br />

Efeito de equivalência patrimonial 2.319<br />

Total dos ajustes (18.321) (18.321)<br />

31 de dezembro de 2009<br />

Lucro líquido do exercício ajustado 1.810.967 1.810.967<br />

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financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

3.2.3 Normas, alterações e interpretações de<br />

normas que ainda não estão em vigor<br />

(a)<br />

Normas, alterações e interpretações de<br />

normas existentes que ainda não estão<br />

em vigor e não foram adotadas<br />

antecipadamente pela Companhia<br />

As normas e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias para os<br />

períodos contábeis da Companhia iniciados em 1o de janeiro de 2011, ou após essa data, ou para<br />

períodos subsequentes. Todavia, não houve adoção antecipada dessas normas e alterações de normas<br />

por parte da Companhia.<br />

. IFRS 9, "Instrumentos financeiros", emitido em novembro de 2009. Esta norma é o primeiro passo<br />

no processo para substituir o IAS 39 "Instrumentos <strong>Financeiro</strong>s: Reconhecimento e Mensuração".<br />

O IFRS 9 introduz novas exigência para classificar e mensurar os ativos financeiros e<br />

provavelmente afetará a contabilização da Companhia para seus ativos financeiros. A norma não é<br />

aplicável até 1o de janeiro de 2013, mas está disponível para adoção prévia.<br />

A Companhia ainda avaliará o impacto total do IFRS 9. Entretanto, as indicações iniciais são de que ele<br />

poderá afetar a contabilização da Companhia para seus ativos financeiros disponíveis para venda<br />

relativos à dívida, uma vez que o IFRS 9 permite somente o reconhecimento dos ganhos e perdas do<br />

valor justo em ajuste de avaliação patrimonial, se estes se relacionarem com investimentos patrimoniais<br />

que não são mantidos para negociação. Portanto, os ganhos e perdas de valor justo sobre os títulos de<br />

dívida disponíveis para venda, por exemplo, terão de ser reconhecidos diretamente no resultado.<br />

. IAS 24 (revisado), "Divulgações de Partes Relacionadas", emitido em novembro de 2009. Substitui<br />

o IAS 24, "Divulgações de Partes Relacionadas", emitido em 2003. O IAS 24 (revisado) é<br />

obrigatório para períodos iniciando em ou após 1º de janeiro de 2011. Aplicação prévia, no todo ou<br />

em parte, é permitida.<br />

A norma revisada esclarece e simplifica a definição de parte relacionada e retira a exigência de entidades<br />

relacionadas com o governo divulgarem detalhes de todas as transações com o governo e outras<br />

entidades relacionadas do governo. A Companhia aplicará a norma revisada a partir de 1º de janeiro de<br />

2011. Quando a norma revisada é aplicada, a Companhia e a controladora precisarão divulgar quaisquer<br />

transações entre suas controladas e coligadas. A Companhia está atualmente operando sistemas<br />

apropriados para captar as informações necessárias. Portanto, não é possível, neste estágio, divulgar o<br />

impacto, se houver, da norma revisada sobre as divulgações de partes relacionadas.<br />

. "Classificação das emissões de direitos" (alteração ao IAS 32), emitida em outubro de 2009. A<br />

alteração aplica-se a períodos anuais iniciando em ou após 1º de fevereiro de <strong>2010</strong>. Aplicação prévia<br />

é permitida. A alteração aborda a contabilização de direitos de ações denominados em outra moeda<br />

que não a funcional do emissor. Contanto que determinadas condições sejam atendidas, esses<br />

direitos de ações agora são classificados como patrimônio, independente da moeda em que o preço<br />

de exercício é denominado. Anteriormente, as ações tinham de ser contabilizadas como passivos<br />

derivativos. A alteração aplica-se retroativamente, de acordo com o IAS 8 "Políticas Contábeis,<br />

Mudanças de Estimativas Contábeis e Erros". A Companhia aplicará a norma alterada a partir<br />

de 1º de janeiro de 2011.<br />

. O IFRIC 19, "Extinção dos Passivos <strong>Financeiro</strong>s com Instrumentos Patrimoniais" está em vigor<br />

desde 1o de julho de <strong>2010</strong>. A interpretação esclarece a contabilização por parte de uma entidade<br />

quando os prazos de um passivo financeiro são renegociados e resultam na emissão pela entidade<br />

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Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

dos instrumentos patrimoniais a um credor da entidade para extinguir todo ou parte do passivo<br />

financeiro (conversão da dívida). Isso requer que um ganho ou perda seja reconhecido no resultado,<br />

que é mensurado como a diferença entre o valor contábil do passivo financeiro e o valor justo dos<br />

instrumentos patrimoniais emitidos. Se o valor justo dos instrumentos financeiros emitidos não<br />

puder ser mensurado de maneira confiável, os instrumentos patrimoniais devem ser mensurados<br />

para refletir o valor justo do passivo financeiro extinto. A Companhia aplicará a interpretação a<br />

partir de 1º de janeiro de 2011. Não se espera que haja algum impacto nas demonstrações<br />

financeiras da Companhia ou da controladora.<br />

. "Pagamentos Antecipados de Requerimentos Mínimos de Provimento de Fundos" (alteração ao<br />

IFRIC 14). As alterações corrigem uma consequência não intencional do IFRIC 14, IAS 19 - "Limite<br />

de Ativo de Benefício Definido, Exigências Mínimas de Provimento de Recursos e sua Interação".<br />

Sem as alterações, as entidades não podem reconhecer como um ativo alguns pagamentos<br />

antecipados voluntários para contribuições mínimas de provimento de fundos. Essa não era a<br />

intenção quando o IFRIC 14 foi emitido, e as alterações corrigem isso. As alterações entram em<br />

vigor em períodos anuais iniciando em 1º de janeiro de 2011. Aplicação prévia é permitida. As<br />

alterações devem ser aplicadas retroativamente ao primeiro período comparativo apresentado. A<br />

Companhia aplicará essas alterações no período de apresentação dos relatórios financeiros que<br />

iniciará em 1º de janeiro de 2011.<br />

(b)<br />

Interpretações e alterações de normas existentes<br />

que ainda não estão em vigor e não são<br />

relevantes para as operações da Companhia<br />

As interpretações e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias para os<br />

períodos contábeis da Companhia iniciados em 1° de janeiro de 2011, ou após essa data, ou para<br />

períodos subsequentes. Entretanto, não são relevantes para as operações da Companhia.<br />

Apresentamos a seguir uma lista de normas/interpretações emitidas e que estão em vigor para períodos<br />

após 1 o de janeiro de <strong>2010</strong>.<br />

Tópico<br />

Alteração no IAS 32,<br />

"Instrumentos <strong>Financeiro</strong>s:<br />

Apresentação - Classificação<br />

dos Direitos de Ações"<br />

IFRIC 19 - "Extinção dos<br />

Passivos <strong>Financeiro</strong>s com<br />

Instrumentos de Capital"<br />

30 de 76<br />

Exigências-chave<br />

O IASB alterou o IAS 32 para permitir<br />

que direitos, opções ou warrants para<br />

adquirir um número fixo dos próprios<br />

instrumentos de capital da entidade por<br />

um valor fixo em qualquer moeda sejam<br />

classificados como instrumentos de<br />

capital, contanto que a entidade ofereça<br />

direitos, opções ou warrants de maneira<br />

proporcional a todos os seus<br />

proprietários da mesma classe de seus<br />

próprios instrumentos de capital não<br />

derivativos.<br />

Esclarece as exigências do IFRS quando<br />

uma entidade renegocia os termos de um<br />

passivo financeiro com seu credor, e este<br />

concorda em aceitar as ações da entidade<br />

Data da entrada<br />

em vigor<br />

1° de fevereiro de <strong>2010</strong><br />

1° de julho de <strong>2010</strong>


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

Tópico<br />

Alteração no IFRS 1 -<br />

"Primeira Adoção de IFRS -<br />

Isenção Limitada a Partir das<br />

Divulgações Comparativas do<br />

IFRS 7 para as Entidades que<br />

Fazem a Adoção pela Primeira<br />

Vez"<br />

IAS 24 - "Divulgações de<br />

Partes Relacionadas"<br />

(revisado em 2009)<br />

Alteração ao IFRIC 14,<br />

IAS 19 - "Limite de Ativo de<br />

Benefício Definido, Exigências<br />

Mínimas de Provimento de<br />

Recursos (funding) e sua<br />

Interação"<br />

IFRS 9 "Instrumentos<br />

<strong>Financeiro</strong>s"<br />

31 de 76<br />

Exigências-chave<br />

ou outros instrumentos de capital para<br />

liquidar o passivo financeiro total ou<br />

parcialmente.<br />

Oferece para aquelas entidades que a<br />

adotam pela primeira vez o IFRS as<br />

mesmas opções que foram dadas aos<br />

usuários atuais do IFRS na adoção das<br />

alterações ao IFRS 7. Também esclarece<br />

as regras de transição das alterações ao<br />

IFRS 7.<br />

Altera a definição de uma parte<br />

relacionada e modifica determinadas<br />

exigências de divulgação da parte<br />

relacionada para entidades relacionadas<br />

com o governo.<br />

Retira as consequências não intencionais<br />

que surgem do tratamento de<br />

pagamentos antecipados, no qual há uma<br />

exigência mínima de provimento de<br />

recursos. Os resultados nos pagamentos<br />

antecipados das contribuições em<br />

determinadas circunstâncias são<br />

reconhecidos como ativo, em vez de<br />

despesa.<br />

O IFRS 9 é o primeiro padrão emitido<br />

como parte de um projeto maior para<br />

substituir o IAS 39. O IFRS 9 retém, mas<br />

simplifica, o modelo de mensuração e<br />

estabelece duas categorias de<br />

mensuração principais para os ativos<br />

financeiros: custo amortizado e valor<br />

justo. A base de classificação depende do<br />

modelo de negócios da entidade e das<br />

características contratuais do fluxo de<br />

caixa dos ativos financeiros. A orientação<br />

incluída no IAS 39 sobre impairment dos<br />

ativos financeiros e contabilização de<br />

hedge continua a ser aplicada.<br />

Períodos anteriores não precisam ser<br />

reapresentados se uma entidade adotar a<br />

norma para os períodos iniciados ou a<br />

iniciar antes de 1 o de janeiro de 2012.<br />

Data da entrada<br />

em vigor<br />

1° de julho de <strong>2010</strong><br />

1° de janeiro de 2011<br />

1° de janeiro de 2011<br />

1° de janeiro de 2013


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(c) Aprimoramentos aos IFRS em <strong>2010</strong><br />

As alterações geralmente são aplicáveis para períodos anuais iniciando após 1 o de janeiro de 2011, a não<br />

ser que seja indicado de outra forma. A aplicação antecipada, embora permitida pelo IASB, não está<br />

disponível no Brasil.<br />

Norma Principais exigências Aplicações<br />

IFRS 1 - "Primeira Adoção das<br />

Normas Internacionais de<br />

Contabilidade"<br />

32 de 76<br />

(a) Mudanças na política contábil<br />

no ano da adoção<br />

Esclarece que, se uma entidade que<br />

faz a adoção pela primeira vez muda<br />

suas políticas contábeis ou seu uso de<br />

isenções no IFRS 1 após ter<br />

publicado um relatório financeiro<br />

intermediário de acordo com o IAS<br />

34, "Relatório <strong>Financeiro</strong><br />

Intermediário", essa empresa deve<br />

explicar as mudanças e atualizar as<br />

reconciliações entre GAAP anterior e<br />

IFRS.<br />

(b) Base de reavaliação como custo<br />

atribuído (deemed cost)<br />

Permite que as entidades que adotam<br />

pela primeira vez o IFRS utilizem o<br />

valor justo determinado por um<br />

evento específico como custo<br />

atribuído, mesmo se o evento ocorrer<br />

após a data de transição, mas antes<br />

de as primeiras demonstrações<br />

financeiras em IFRS serem emitidas.<br />

Quando essa remensuração ocorre<br />

após a data de transição para IFRS,<br />

mas durante o período abrangido por<br />

suas primeiras demonstrações<br />

financeiras em IFRS, qualquer ajuste<br />

subsequente àquele valor justo<br />

determinado pelo evento será<br />

reconhecido no patrimônio. Esse<br />

evento pode ser, por exemplo, uma<br />

privatização ou aquisição.<br />

(c) Uso do custo estimado para<br />

operações sujeitas a preços<br />

regulados (por exemplo,<br />

concessionárias de serviços<br />

públicos)<br />

Aplicado<br />

prospectivamente.<br />

As entidades que<br />

adotaram IFRS em<br />

períodos anteriores<br />

podem aplicar a alteração<br />

retroativamente no<br />

primeiro período anual<br />

após a alteração entrar<br />

em vigor, contanto que a<br />

data da mensuração<br />

esteja no período<br />

abrangido pelas<br />

primeiras demonstrações<br />

financeiras em IFRS.


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

Norma Principais exigências Aplicações<br />

IFRS 3 - "Combinações de<br />

Negócios"<br />

33 de 76<br />

As entidades sujeitas à<br />

regulamentação de tarifa podem usar<br />

os valores contábeis anteriores, de<br />

acordo com o GAAP anterior, do<br />

ativo imobilizado ou dos ativos<br />

intangíveis como custo atribuído em<br />

uma base item a item. É requerido<br />

que as entidades que usam essa<br />

isenção testem cada item para<br />

impairment de acordo com o IAS 36<br />

na data da transição.<br />

(a) Exigências de transição para<br />

contraprestação contingente a<br />

partir de uma combinação de<br />

negócios que ocorreu antes da<br />

data da entrada em vigor do<br />

IFRS revisado.<br />

Esclarece que as alterações ao IFRS 7<br />

- "Instrumentos <strong>Financeiro</strong>s:<br />

Divulgações", IAS 32 - "Instrumentos<br />

<strong>Financeiro</strong>s: Apresentação", e IAS 39<br />

- "Instrumentos <strong>Financeiro</strong>s:<br />

Reconhecimento e Mensuração", que<br />

eliminam a isenção da<br />

contraprestação contingente, não se<br />

aplicam à contraprestação<br />

contingente que surgiu de<br />

combinações de negócios cujas datas<br />

de aquisição precedem a aplicação do<br />

IFRS 3 (como revisado em 2008).<br />

(b) Mensuração de participações<br />

não controladoras<br />

A escolha de mensurar as<br />

participações não controladoras ao<br />

valor justo ou pela parcela<br />

proporcional dos ativos líquidos da<br />

adquirida aplica-se somente a<br />

instrumentos que representam as<br />

atuais participações acionárias e dão<br />

direito aos seus detentores a uma<br />

parcela proporcional dos ativos<br />

líquidos no caso de liquidação. Todos<br />

os outros componentes de<br />

participação não controladora são<br />

Aplicado<br />

prospectivamente.<br />

Aplicável a períodos<br />

anuais iniciando em ou<br />

após 1 o de julho de <strong>2010</strong>.<br />

Aplicada retroativamente.<br />

Aplicável a períodos<br />

anuais iniciando em<br />

ou após 1 o de julho<br />

de <strong>2010</strong>. Aplicado<br />

prospectivamente, a<br />

partir da data em que<br />

a entidade aplicar o<br />

IFRS 3.<br />

Aplicável a períodos<br />

anuais iniciando em ou<br />

após 1 o de julho de <strong>2010</strong>.


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Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

Norma Principais exigências Aplicações<br />

mensurados ao valor justo, a menos<br />

que outra mensuração seja exigida<br />

pelo IFRS.<br />

Aplicado<br />

prospectivamente.<br />

IFRS 7 - "Instrumentos<br />

<strong>Financeiro</strong>s"<br />

IAS 1 - "Apresentação das<br />

Demonstrações Financeiras"<br />

IAS 27 - "Demonstrações<br />

Financeiras Consolidadas e<br />

separadas"<br />

IAS 34 - "Apresentação de<br />

Relatórios <strong>Financeiro</strong>s<br />

Intermediários"<br />

34 de 76<br />

(c) Concessões de pagamentos com<br />

base em ações não substituídos<br />

ou substituídos<br />

voluntariamente<br />

A orientação da aplicação em IFRS 3<br />

aplica-se a todas as transações de<br />

pagamentos com base em ações que<br />

formam parte de uma combinação de<br />

negócios, incluindo concessões de<br />

pagamentos com base em ações não<br />

substituídos ou substituídos<br />

voluntariamente.<br />

Enfatiza a interação entre divulgações<br />

quantitativas e qualitativas sobre a<br />

natureza e a extensão dos riscos<br />

associados com os instrumentos<br />

financeiros.<br />

Esclarece que uma entidade apresentará<br />

uma análise de outros resultados<br />

abrangentes para cada componente do<br />

patrimônio, na demonstração das<br />

mutações do patrimônio ou nas notas<br />

explicativas às demonstrações<br />

financeiras.<br />

Esclarece que as consequentes alterações<br />

a partir do IAS 27 feitas ao IAS 21 -<br />

"Efeito das Mudanças nas Taxas de<br />

Câmbio", IAS 28 - "Investimentos em<br />

Coligadas" e IAS 31 - "Participações em<br />

Joint Ventures", aplicam-se<br />

prospectivamente a períodos anuais<br />

iniciando em ou após 1 o de julho de 2009,<br />

ou antes dessa data, quando o IAS 27(R)<br />

é aplicado antecipadamente.<br />

Oferecer orientação para ilustrar como<br />

aplicar os princípios de divulgação no<br />

IAS 34 e acrescentar exigências de<br />

divulgação acerca de:<br />

. circunstâncias que provavelmente<br />

1° de janeiro de 2011<br />

Aplicado<br />

retroativamente.<br />

1° de janeiro de 2011<br />

Aplicado<br />

retroativamente.<br />

Aplicável a períodos<br />

anuais iniciando em<br />

ou após 1 o de julho<br />

de <strong>2010</strong>. Aplicado<br />

retroativamente.<br />

1° de janeiro de 2011<br />

Aplicado<br />

retroativamente.


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Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

Norma Principais exigências Aplicações<br />

afetarão os valores justos dos<br />

instrumentos financeiros e sua<br />

classificação;<br />

. transferências de instrumentos<br />

financeiros entre níveis diferentes da<br />

hierarquia do valor justo;<br />

. mudanças na classificação dos ativos<br />

financeiros; e<br />

. mudanças nos passivos e ativos<br />

contingentes.<br />

IFRIC 13 - "Programas de<br />

Fidelização de Clientes"<br />

O significado de "valor justo" é<br />

esclarecido no contexto de mensuração<br />

de concessão de créditos nos programas<br />

de fidelização de clientes.<br />

1°de janeiro de 2011<br />

4 Estimativas e premissas contábeis críticas<br />

As estimativas e premissas contábeis são continuamente avaliadas e baseiam-se na experiência histórica<br />

e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as<br />

circunstâncias.<br />

As estimativas contábeis raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e<br />

premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nos<br />

valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício financeiro, estão contempladas a seguir.<br />

(a)<br />

Combinação de negócios e avaliação de<br />

perda (impairment) estimada do ágio<br />

Em combinação de negócios, os ativos adquiridos e passivos assumidos devem ser mensurados ao valor<br />

justo na data da aquisição e a participação de acionistas não controladores pode ser mensurada ao valor<br />

justo. A avaliação destes ativos e passivos na data da aquisição requer o uso do julgamento sobre<br />

recuperabilidade dos ativos, incluindo a estimativa dos fluxos de caixa futuros, valores de mercado,<br />

qualidade dos créditos, entre outros, e que podem divergir significativamente dos respectivos resultados<br />

reais.<br />

Anualmente ou em período menor quando há alguma alteração nas circunstâncias que acarretariam na<br />

redução do valor justo das unidades geradoras de caixa para as quais existem ágios registrados, a<br />

Companhia realiza testes para eventuais perdas (impairment) no ágio, de acordo com a prática contábil<br />

apresentada na Nota 2.14. Os valores recuperáveis das UGCs foram determinados com base em cálculos<br />

do valor em uso, efetuados com base em estimativas.<br />

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financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(b)<br />

Imposto de renda, contribuição social<br />

e outros impostos<br />

A Companhia está sujeito ao imposto de renda em todos os países em que opera. É necessário um<br />

julgamento significativo para determinar a provisão para impostos sobre a renda nesses diversos países.<br />

Em muitas operações, a determinação final do imposto é incerta. A Companhia também reconhece<br />

provisões por conta de situações em que é provável que valores adicionais de impostos sejam devidos.<br />

Quando o resultado final dessa avaliação é diferente dos valores inicialmente estimados e registrados,<br />

essas diferenças afetam os ativos e passivos fiscais atuais e diferidos no período em que o valor definitivo<br />

é determinado.<br />

(c)<br />

Benefícios para empregados<br />

O valor atual de obrigações do plano de assistência médica depende de uma série de fatores que são<br />

determinados com base em cálculos atuariais e utilizam diferentes premissas. Entre as premissas usadas<br />

na determinação do custo (receita) líquido para os saldos das obrigações atuariais, está a taxa de<br />

desconto.<br />

A Companhia determina a taxa de desconto apropriada ao fim de cada exercício. Essa é a taxa de juros<br />

que deve ser usada para determinar o valor presente de futuras saídas de caixa estimadas, necessárias<br />

para liquidar as obrigações de planos de pensão.<br />

Quaisquer mudanças nas premissas utilizadas para o cálculo dessas obrigações afetarão o valor contábil<br />

na data do balanço.<br />

(d)<br />

Valor justo de derivativos e outros<br />

instrumentos financeiros<br />

O valor justo de instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos é determinado<br />

por meio de técnicas de avaliação. A Companhia utiliza seu julgamento para escolher diversos métodos e<br />

definir premissas que se baseiam principalmente nas condições de mercado existentes na data do<br />

balanço.<br />

As análises de sensibilidade dos instrumentos financeiros, considerando uma variação provável com<br />

base em índices do mercado e deterioração de 25% e 50% sobre o cenário provável, estão demonstradas<br />

na Nota 5.3.<br />

(e)<br />

Reconhecimento de receita e redução ao<br />

valor recuperável de contas a receber<br />

A Companhia reconhece a receita e os custos associados de vendas, no momento em que os produtos são<br />

entregues aos clientes ou quando os riscos e benefícios associados são transferidos. A receita é registrada<br />

pelo valor líquido de vendas (após deduções de impostos, descontos e devoluções).<br />

A provisão para redução ao valor recuperável destes créditos é constituída em montante considerado<br />

suficiente para cobrir as prováveis perdas em sua realização. A política contábil para estabelecer a<br />

provisão requer a análise individual das faturas de clientes inadimplentes em relação às medidas de<br />

cobrança adotadas por departamento responsável e, de acordo com o estágio da cobrança, é estimado<br />

um montante de provisão a ser constituída.<br />

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financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(f)<br />

Revisão da vida útil e recuperação de<br />

propriedades, plantas e equipamentos<br />

A capacidade de recuperação dos ativos que são utilizados nas atividades da Companhia é avaliada<br />

sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo ou<br />

grupo de ativos pode não ser recuperável com base em fluxos de caixa futuros. Se o valor contábil destes<br />

ativos for superior ao seu valor recuperável, o valor líquido é ajustado e sua vida útil readequada para<br />

novos patamares.<br />

(g)<br />

Passivos contingentes<br />

A Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas, cíveis e tributários que se encontram em<br />

instâncias diversas. As provisões para contingências, constituídas para fazer face a potenciais perdas<br />

decorrentes dos processos em curso, são estabelecidas e atualizadas com base na avaliação da<br />

Administração, fundamentada na opinião de seus assessores legais e requerem elevado grau de<br />

julgamento sobre as matérias envolvidas.<br />

5 Gestão de risco financeiro<br />

5.1 Fatores de risco financeiro<br />

As atividades da Companhia a expõem a diversos riscos financeiros, a saber: (a) risco de mercado<br />

(moeda e taxa de juros); (b) risco de crédito e (c) risco de liquidez.<br />

Os produtos vendidos pela Companhia são predominantemente denominados em reais. Por outro lado,<br />

alguns custos e investimentos em ativos são denominados em moeda estrangeira.<br />

Adicionalmente, a Companhia possui dívidas atreladas a indexadores e moedas distintos, que podem<br />

impactar seu fluxo de caixa.<br />

O processo de gestão de riscos de mercado tem por objetivo a proteção do fluxo de caixa da Companhia<br />

contra eventos adversos de mercado tais como oscilações de taxas de câmbio, preços de commodities e<br />

taxas de juros. A governança e as macrodiretrizes desse processo estão definidas na Política de Gestão de<br />

Riscos de Mercado.<br />

A Política de Gestão de Riscos de Mercado é complementada por outras políticas, que estabelecem<br />

diretrizes e normas para: (i) Gestão de Exposição Cambial, (ii) Gestão de Exposição a Taxa de Juros, (iii)<br />

Gestão de Riscos de Emissores e Contrapartes e (iv) Gestão de Liquidez e Endividamento <strong>Financeiro</strong>.<br />

A estrutura de governança inclui o Comitê de Finanças, Gestão de Riscos e Auditoria Interna (referido<br />

como "Comitê de Finanças" no conteúdo desta nota), e o Comitê de Tesouraria. Todas as propostas feitas<br />

para atender cada uma das políticas são discutidas no Comitê de Tesouraria e posteriormente levadas<br />

para aprovação do Comitê de Finanças.<br />

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financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(a)<br />

(i)<br />

Risco de mercado<br />

Risco cambial<br />

A Política de Gestão de Exposição Cambial destaca que as operações de derivativos têm como objetivos<br />

diminuir a volatilidade no fluxo de caixa, proteger a exposição cambial e evitar o descasamento entre<br />

moedas da Companhia. As propostas para contratação de hedge são elaboradas pelo Comitê de<br />

Tesouraria para aprovação do Comitê de Finanças e baseiam-se na exposição cambial projetada até o fim<br />

do ano subsequente à data de referência.<br />

Adicionalmente, durante a elaboração do orçamento, podem ser definidos programas de hedge para<br />

proteção de fluxo de caixa da Companhia. Nesses casos, o Comitê de Tesouraria elaborará a proposta<br />

para posterior aprovação do Comitê de Finanças.<br />

O real (R$) é a moeda funcional da Companhia, e todos os esforços do processo de gestão de riscos de<br />

mercado têm como objetivo a proteção do fluxo de caixa nesta moeda, a preservação da capacidade de<br />

pagamento de obrigações financeiras e a manutenção de níveis de liquidez e endividamento adequados.<br />

A atuação da Companhia em mercados que têm preços estabelecidos em referência a preços<br />

internacionais e moedas estrangeiras gera uma exposição ao risco cambial, principalmente em relação<br />

ao dólar norte-americano.<br />

A Companhia tem certos investimentos em operações no exterior, cujos ativos líquidos estão expostos ao<br />

risco cambial. A exposição cambial decorrente da participação em operações no exterior da Companhia é<br />

protegida, principalmente, por meio de empréstimos na mesma moeda desses investimentos.<br />

Apresentamos a seguir os saldos contábeis de ativos e passivos indexados ao dólar norte americano na<br />

data de encerramento dos balanços patrimoniais:<br />

Consolidado<br />

<strong>2010</strong> 2009<br />

Ativos em moeda estrangeira<br />

Títulos mantidos para negociação 195.437 110.785<br />

Instrumentos financeiros derivativos 4.874<br />

Contas a receber 239.692 236.614<br />

440.003 347.399<br />

Passivos em moeda estrangeira<br />

Empréstimos e financiamentos 2.365.797 1.095.670<br />

Fornecedores 286.155 213.823<br />

Contas a pagar - Trading 187.735 88.367<br />

Instrumentos financeiros derivativos 19.815<br />

Exposição ativa (passiva)<br />

2.839.687 1.417.675<br />

(2.399.684) (1.070.276)<br />

(ii)<br />

Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros<br />

O risco de taxa de juros da Companhia decorre principalmente de empréstimos de longo prazo. Os<br />

empréstimos emitidos às taxas fixas e variáveis expõem a Companhia ao risco de taxa de juros de fluxo<br />

de caixa. Os empréstimos emitidos às taxas fixas expõem a Companhia ao risco de valor justo associado<br />

à taxa de juros.<br />

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financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

A Política de Gestão de Exposição a Taxas de Juros estabelece diretrizes e normas para a proteção contra<br />

oscilações de taxas de juros que impactam o fluxo de caixa da Companhia. As exposições a cada<br />

indexador de taxa de juros (principalmente CDI, LIBOR e TJLP) são projetadas até o fim da vigência dos<br />

ativos e passivos atrelados a tais indexadores. Com base em tais exposições, o Comitê de Tesouraria<br />

elabora propostas para contratação de hedge e as submete à aprovação do Comitê de Finanças.<br />

(b)<br />

Risco de crédito<br />

O risco de crédito é administrado corporativamente e decorre de equivalentes de caixa, instrumentos<br />

financeiros derivativos, depósitos em bancos, certificados de depósitos bancários (CDBs), Recibo de<br />

Depósito Bancário (RDBs), box de Renda Fixa e operações compromissadas com lastro de debêntures e<br />

títulos públicos, Cartas de crédito (LC's - Letters of Credit), seguradoras, entre outros.<br />

A tabela a seguir mostra o montante de ativos classificados de acordo com ratings de seus emissores.<br />

Rating <strong>2010</strong> 2009<br />

brAA+ 759.756 1.899.457<br />

brAAA 242.518 541.964<br />

A2.br 11.210 4.257<br />

A+ 35.837 39.811<br />

A 32.532 32.279<br />

AA- 118.080 38.697<br />

1.199.933 2.556.465<br />

No caso do risco de crédito decorrente de exposições de crédito a clientes, a Companhia avalia a<br />

qualidade do crédito do cliente, levando em consideração principalmente o histórico de relacionamento<br />

e indicadores financeiros, definindo limites individuais de crédito, os quais são regularmente<br />

monitorados.<br />

A provisão para deterioração do saldo de contas a receber é registrada em quantia considerada suficiente<br />

para cobrir todas as perdas prováveis quando da execução das contas a receber de clientes e é incluída<br />

nas despesas de vendas (Nota 9).<br />

No que diz respeito a risco de concentração em crédito privado, resultando da alocação de aplicações<br />

financeiras ou ajustes positivos de derivativos, a Companhia tem como política trabalhar com emissores<br />

privados que possuam, no mínimo, avaliação de umas das seguintes agências de rating: Fitch, Moodys<br />

ou Standard&Poors. O rating mínimo exigido para as contrapartes é "AA-" (em escala local) ou "AA+"<br />

(em escala global), ambos com perspectiva estável ou positiva, ou equivalente. Nenhum emissor privado<br />

detém, isoladamente, mais de 20% sobre o caixa total da Companhia, mais de 5% do saldo do último<br />

saldo de patrimônio líquido publicado pelo emissor, ou mais de 15% do último saldo de patrimônio<br />

líquido da Companhia.<br />

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financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(c)<br />

Risco de liquidez<br />

O risco de liquidez é gerenciado de acordo com a Política de Gestão de Liquidez e Endividamento, visando<br />

a garantir recursos líquidos suficientes para honrar os compromissos financeiros da Companhia no prazo e<br />

sem custo adicional. O principal instrumento de medição e monitoramento da liquidez é a projeção de<br />

fluxo de caixa, observando-se um prazo mínimo de 12 meses de projeção a partir da data de referência.<br />

A gestão de liquidez e endividamento adota métricas comparáveis fornecidas por agências<br />

classificadoras de riscos de abrangência global para riscos de crédito BBB estável ou equivalente.<br />

A tabela abaixo analisa os principais passivos financeiros da Companhia, por faixas de vencimento,<br />

correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento.<br />

Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa não descontados contratados.<br />

Menos de 1<br />

ano<br />

Entre 1 e 2<br />

anos<br />

Entre 2 e 5<br />

anos<br />

Entre 5 e 10<br />

anos<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Empréstimos e financiamentos 428.657 477.303 1.413.390 5.414.150<br />

Fornecedores 638.528<br />

Contas a pagar - Trading 187.735<br />

1.254.920 477.303 1.413.390 5.414.150<br />

Consolidado<br />

Acima de 10<br />

anos<br />

Em 31 de dezembro de 2009<br />

Empréstimos e financiamentos 261.367 137.611 1.026.347 1.375.551 377.980<br />

Fornecedores 456.185<br />

Contas a pagar - Trading 88.367<br />

805.919 137.611 1.026.347 1.375.551 377.980<br />

Como os valores incluídos na tabela são os fluxos de caixa não descontados contratuais, esses valores<br />

podem não ser conciliados com os valores divulgados no balanço patrimonial para empréstimos,<br />

instrumentos financeiros derivativos e fornecedores<br />

5.2 Estimativa do valor justo<br />

Pressupõe-se que os saldos das contas a receber de clientes, menos a provisão para perda, e de contas a<br />

pagar aos fornecedores pelo valor contábil, estejam próximos de seus valores justos. O valor justo dos<br />

passivos financeiros, para fins de divulgação, são estimados por meio do desconto dos fluxos de caixa<br />

contratuais futuros pela taxa de juros vigente no mercado.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2010</strong>, os principais instrumentos financeiros ativos e passivos são descritos a<br />

seguir, bem como as premissas para sua valorização:<br />

. Caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, contas a receber e outros ativos circulantes –<br />

considerando-se a natureza e os prazos, os valores contabilizados aproximam-se dos de realização.<br />

. Passivos financeiros – estão sujeitos a juros com taxas usuais de mercado. O valor de mercado foi<br />

utilizado tendo por base o valor presente do desembolso futuro de caixa, usando-se taxas de juros<br />

atualmente disponíveis para emissão de débitos com vencimentos e termos similares. Em relação aos<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

valores contábeis, esses passivos totalizaram perda de R$ 183.737 para empréstimos e<br />

financiamentos.<br />

A Companhia aplica o CPC 38 / IFRS 7 para instrumentos financeiros mensurados no balanço<br />

patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da<br />

seguinte hierarquia de mensuração pelo valor justo:<br />

Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (nível 1).<br />

Informações, além dos preços cotados, incluídas no nível 1 que são adotadas pelo mercado para o<br />

ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos<br />

preços) (nível 2).<br />

Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou<br />

seja, inserções não-observáveis) (nível 3).<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2010</strong> e de 2009 os ativos financeiros mensurados ao valor justo e passivos<br />

financeiros divulgados ao valor justo foram classificados no nível 2 de hierarquia do valor justo.<br />

5.3 <strong>Demonstrativo</strong> da análise de sensibilidade<br />

A seguir é apresentada a análise de sensibilidade para as posições em aberto com base na apreciação /<br />

depreciação dos principais fatores de risco conforme cenários:<br />

Cenário I: provável – baseia-se nas curvas e cotações de mercado de 31 de dezembro de <strong>2010</strong>. A<br />

administração acredita que as condições de mercado observadas no fim do mês de dezembro<br />

configuram um cenário de provável ocorrência.<br />

Cenário II: considera um choque de 25% nas curvas e cotações de mercado utilizadas para<br />

apreçamento no cenário provável, impactando negativamente o valor justo das posições de<br />

derivativos;<br />

Cenário III: considera um choque de 50% nas curvas e cotações de mercado utilizadas para<br />

apreçamento no cenário provável, impactando negativamente o valor justo das posições de<br />

derivativos;<br />

Apresentamos a seguir o quadro demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros<br />

derivativos.<br />

Fator de Risco Cenários Provável -25% -50% +25% +50%<br />

Câmbio<br />

USD<br />

Aumento de 5% (com<br />

impacto no resultado e PL)<br />

19.359 (96.227) (192.455) 96.227 192.455<br />

EUR<br />

Aumento de 3,7% (com<br />

impacto no PL)<br />

(22.236) (432.806) (865.612) 432.806 865.612<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

6 Instrumentos financeiros por categoria<br />

(a)<br />

Controladora<br />

Ativos<br />

Empréstimos mantidos para<br />

Nota e recebíveis negociação<br />

Total<br />

31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Ativos, conforme o balanço patrimonial<br />

Contas a receber de clientes e demais contas a<br />

receber excluindo pagamentos antecipados 9 328.284 328.284<br />

Aplicação financeira 8 878.631 878.631<br />

Caixa e equivalentes de caixa 4.215 4.215<br />

Dividendos a receber 12 110.477 110.477<br />

Partes relacionadas 12 328.377 328.377<br />

771.353 878.631 1.649.984<br />

Outros<br />

passivos<br />

Nota financeiros<br />

31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Passivos, conforme o balanço patrimonial<br />

Empréstimos e financiamentos 16 4.310.493<br />

Fornecedores 324.464<br />

Contas a pagar - Trading 17 100.769<br />

Dividendos a pagar 12 650.101<br />

Partes relacionadas 12 4.546.172<br />

9.931.999<br />

Ativos<br />

Empréstimos mantidos para<br />

Nota e recebíveis negociação<br />

Total<br />

31 de dezembro de 2009<br />

Ativos, conforme o balanço patrimonial<br />

Aplicação financeira 8 686.297 686.297<br />

Caixa e equivalentes de caixa 598 598<br />

Dividendos a receber 12 156.398 156.398<br />

Partes relacionadas 12 4.280.557 4.280.557<br />

Outros<br />

passivos<br />

Nota financeiros<br />

31 de dezembro de 2009<br />

Passivos, conforme o balanço patrimonial<br />

Empréstimos e financiamentos 16 103.300<br />

Fornecedores 14.927<br />

Dividendos a pagar 12 140.107<br />

Partes relacionadas 12 3.304.714<br />

4.437.553 686.297 5.123.850<br />

3.563.048<br />

42 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

Ativos<br />

Empréstimos mantidos para<br />

Nota e recebíveis negociação<br />

Total<br />

1° de janeiro de 2009<br />

Ativos, conforme o balanço patrimonial<br />

Aplicação financeira 8 833.966 833.966<br />

Caixa e equivalentes de caixa 759 759<br />

Dividendos a receber 12 325.195 325.195<br />

Partes relacionadas 12 4.436.605 4.436.605<br />

Outros<br />

passivos<br />

Nota financeiros<br />

1° de janeiro de 2009<br />

Passivos, conforme o balanço patrimonial<br />

Empréstimos e financiamentos 16 137.766<br />

Fornecedores 10.859<br />

Dividendos a pagar 12 135.850<br />

Partes relacionadas 12 3.814.672<br />

4.762.559 833.966 5.596.525<br />

4.099.147<br />

(b)<br />

Consolidado<br />

Ativos<br />

Empréstimos mantidos para<br />

Nota e recebíveis negociação<br />

Total<br />

31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Ativos, conforme o balanço patrimonial<br />

Contas a receber de clientes e demais contas a<br />

receber excluindo pagamentos antecipados 9 679.562 679.562<br />

Aplicação financeira 8 1.177.872 1.177.872<br />

Caixa e equivalentes de caixa 22.061 22.061<br />

Dividendos a receber 12 5.543 5.543<br />

Partes relacionadas 12 257.081 257.081<br />

964.247 1.177.872 2.142.119<br />

Outros<br />

passivos<br />

Nota financeiros<br />

31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Passivos, conforme o balanço patrimonial<br />

Empréstimos e financiamentos 16 5.248.323<br />

Fornecedores 638.528<br />

Contas a pagar - Trading 17 187.735<br />

Dividendos a pagar 12 668.990<br />

Partes relacionadas 12 1.748.042<br />

8.491.618<br />

43 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

Ativos<br />

Empréstimos mantidos para<br />

Nota e recebíveis negociação<br />

Total<br />

31 de dezembro de 2009<br />

Ativos, conforme o balanço patrimonial<br />

Contas a receber de clientes e demais contas a<br />

receber excluindo pagamentos antecipados 9 666.855 666.855<br />

Aplicação financeira 8 2.542.458 2.542.458<br />

Caixa e equivalentes de caixa 14.007 14.007<br />

Dividendos a receber 12 24.443 24.443<br />

Partes relacionadas 12 3.569.437 3.569.437<br />

4.274.742 2.542.458 6.817.200<br />

Outros<br />

passivos<br />

Nota financeiros<br />

31 de dezembro de 2009<br />

Passivos, conforme o balanço patrimonial<br />

Empréstimos e financiamentos 16 2.962.378<br />

Fornecedores 456.185<br />

Contas a pagar - Trading 17 88.367<br />

Dividendos a pagar 12 164.810<br />

Partes relacionadas 12 6.301.141<br />

9.972.881<br />

Ativos<br />

Empréstimos mantidos para<br />

Nota e recebíveis negociação<br />

Total<br />

1° de janeiro de 2009<br />

Ativos, conforme o balanço patrimonial<br />

Contas a receber de clientes e demais contas a<br />

receber excluindo pagamentos antecipados 9 905.718 905.718<br />

Aplicação financeira 8 1.068.510 1.068.510<br />

Caixa e equivalentes de caixa 16.128 16.128<br />

Dividendos a receber 12 10.000 10.000<br />

Partes relacionadas 12 3.020.126 3.020.126<br />

3.951.972 1.068.510 5.020.482<br />

Outros<br />

passivos<br />

Nota financeiros<br />

1° de janeiro de 2009<br />

Passivos, conforme o balanço patrimonial<br />

Empréstimos e financiamentos 16 2.808.002<br />

Fornecedores 501.546<br />

Dividendos a pagar 12 217.859<br />

Partes relacionadas 12 5.949.871<br />

9.477.278<br />

44 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

7 Instrumentos financeiros derivativos<br />

(a)<br />

VCNA<br />

Hedge de fluxo de caixa e swap de taxas de juros<br />

A Companhia possui hedges de fluxo de caixa para reduzir sua exposição da variação de certos fluxos de<br />

caixa futuros.<br />

A Companhia firmou contratos de interest rate collars em 6 de dezembro de 2006. Em 31 de dezembro<br />

de <strong>2010</strong>, o valor justo passivo é de R$ 10.749 (31 de dezembro de 2009 – R$ 19.815).<br />

Em conexão com o novo empréstimo sindicalizado, a Companhia firmou contratos de swap de taxas de<br />

juros. Em 31 de dezembro de <strong>2010</strong>, o valor justo ativo dos instrumentos financeiros é de<br />

R$ 4.874. Estes contratos trocam a taxa LIBOR para uma taxa fixa média de 1,7% e tem vencimento em<br />

31 de outubro de 2014.<br />

Os valores de referência (notional) desses contratos é de USD 200.000 (2009 – USD 400.000).<br />

(b)<br />

VCSA<br />

Hedge de investimento líquido em entidade no exterior<br />

Uma porcentagem dos empréstimos da Companhia mantidos em Euros no montante de R$ 1.731.224 é<br />

usada para o hedge do investimento líquido na investida Cimpor.<br />

A perda cambial de R$ 103.953 sobre a conversão do empréstimo para a moeda corrente na data do<br />

balanço está reconhecida em ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio líquido.<br />

8 Aplicações financeiras<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Títulos mantidos para negociação<br />

Fundo DI (Depósitos Interfinanceiros) 873.529 683.954 808.976 1.171.490 1.330.505 1.032.978<br />

Certificados de Depósitos Interbancários (CDI) 5.102 2.343 24.990 6.382 1.211.953 35.532<br />

878.631 686.297 833.966 1.177.872 2.542.458 1.068.510<br />

As aplicações em Fundo DI apresentam remuneração média correspondente a aproximadamente 100%<br />

do CDI.<br />

O fundo exclusivo é controlado pela <strong>Votorantim</strong> Participações S.A., sendo administrado pela tesouraria<br />

corporativa razão pela qual não esta sendo consolidado nestas demonstrações financeiras. Tal<br />

consolidação é efetuada nas demonstrações financeiras da holding do Grupo.<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

9 Contas a receber de clientes<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

Nota 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Clientes nacionais 283.058 395.485 418.666 485.045<br />

Clientes estrangeiros 97 259.815 257.050 394.037<br />

Partes relacionadas 12 74.011 81.087 50.373 80.483<br />

Provisão para créditos de<br />

liquidação duvidosa (28.882) (56.825) (59.234) (53.847)<br />

328.284 679.562 666.855 905.718<br />

As contas a receber não possuem caráter de financiamento e estão avaliadas e registradas inicialmente<br />

pelo valor justo.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2010</strong>, as contas a receber consolidadas de R$ 631.786 (31 de dezembro de 2009 -<br />

R$ 522.991; 1o de janeiro de 2009 – R$ 740.464) estavam totalmente adimplentes.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2010</strong>, as contas a receber de clientes consolidadas no valor de R$ 47.776 (31 de<br />

dezembro de 2009 - R$ 143.864; 1o de janeiro de 2009: R$ 165.254) encontram-se vencidas, mas não<br />

impaired. Essas contas referem-se a uma série de clientes independentes que não tem histórico de<br />

inadimplência recente. A análise de vencimentos dessas contas a receber está apresentada abaixo:<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Até 3 meses 32.192 25.012 136.489 149.721<br />

De 3 a 6 meses 1.777 3.520 5.228 6.543<br />

Acima de 6 meses 6.503 19.244 2.147 8.990<br />

40.472 47.776 143.864 165.254<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2010</strong>, as contas a receber de clientes consolidadas no total de R$ 56.825 (31 de<br />

dezembro de 2009 – R$ 59.234; 1o de janeiro de 2009 – R$ 53.847) estavam impaired e provisionadas.<br />

Segundo avaliação, uma parcela das contas a receber deve ser recuperada. Os vencimentos dessas contas<br />

a receber estão assim discriminados:<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

De 3 a 6 meses (88) (636) (1.373)<br />

Acima de 6 meses (28.882) (56.737) (58.598) (52.474)<br />

(28.882) (56.825) (59.234) (53.847)<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

As contas a receber de clientes da Companhia são mantidas nas seguintes moedas:<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Reais 328.187 439.870 430.241 534.619<br />

Dólares norte americanos 97 239.692 236.614 371.099<br />

328.284 679.562 666.855 905.718<br />

As movimentações na provisão para impairment de contas a receber de clientes da Companhia são as<br />

seguintes:<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009<br />

Saldo inicial (31.114) (59.234) (53.847)<br />

Adições, líquidas das reversões 85 (3.692) (17.895)<br />

Contas a receber de clientes baixadas<br />

durante o exercício como incobráveis<br />

2.147 5.212 6.641<br />

Variação cambial 889 5.867<br />

Saldo final (28.882) (56.825) (59.234)<br />

A constituição e a baixa da provisão para contas a receber impaired foram registradas no resultado do<br />

exercício como "Despesas com vendas". Os valores debitados à conta de provisão são geralmente<br />

baixados quando não há expectativa de recuperação dos recursos.<br />

As vendas para os 50 maiores clientes da Companhia representam 7% do total de vendas, minimizando o<br />

risco de crédito pela extensa base de clientes e pelos procedimentos de controle, que incluem o<br />

monitoramento de limites de crédito desses clientes.<br />

10 Estoques<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Produtos acabados 28.230 172.874 52.667 65.833<br />

Produtos em processamento 133.360 190.393 242.773 271.416<br />

Matérias-primas 124.704 219.453 225.864 349.918<br />

Materiais auxiliares e de consumo 85.846 193.110 248.863 209.802<br />

Adiantamentos a fornecedores 4.803 19.088 9.511 35.387<br />

Importações em andamento 44.958 139.789 48.357 49.889<br />

Provisão para perdas (110.030) (153.646) (130.323) (149.788)<br />

Outros 6.796 15.775 5.007 3.733<br />

318.667 796.836 702.719 836.190<br />

Nas respectivas datas bases, a Companhia não mantinha estoques dados como penhor de garantia de<br />

passivos.<br />

A provisão para perdas refere-se, substancialmente, à obsolescência de materiais no estoque.<br />

47 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

11 Tributos a recuperar<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Imposto de renda e contribuição social - IR/CS 11.892 104.466 117.147 22.688 227.337 150.953<br />

Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços - ICMS<br />

sobre ativo imobilizado 39.554 50.334 43.074 37.745<br />

Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços - ICMS 1.489 385 385 18.945 38.007 10.119<br />

Imposto sobre produtos industrializados - IPI 16.994 21.862 14.199 2.652<br />

Outros854 6.392 6.682 5.353<br />

70.783 104.851 117.532 120.221 329.299 206.822<br />

Circulante (52.414) (104.851) (117.532) (97.254) (304.736) (180.922)<br />

Não circulante 18.369 22.967 24.563 25.900<br />

Os créditos do ICMS são resultantes da compra de ativos fixos (com prazo de realização de 48 parcelas mensais) e da aquisição de produtos consumíveis. Sua realização decorre<br />

da própria operação da Companhia. Os créditos de IRPJ e CSLL referem-se a antecipações que serão compensadas com os mesmos tributos e contribuições incidentes sobre os<br />

resultados futuros.<br />

A Companhia estima que 80% dos saldos de tributos a recuperar serão utilizados na compensação de impostos a recolher até o final do exercício de 2011.<br />

48 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

12 Partes relacionadas<br />

(a)<br />

Controladora<br />

Contas a<br />

receber de<br />

Demonstrações do resultado<br />

clientes<br />

Dividendos a receber<br />

Mútuos ativos Fornecedores Mútuos passivos Dividendos a pagar Compras Vendas<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009<br />

Sociedades Acionistas<br />

<strong>Votorantim</strong> Industrial S.A. 37 17.787 281.352 197.552 2.183 966 141.081 217.273 18.523 105.233 8.505<br />

<strong>Votorantim</strong> Participações S.A. 13 18.302 2.145.199 2.132.721 21.641 76.262 150.786 23.633<br />

Sociedades Ligadas<br />

Cal Itaú Participações S.A. 66.562 66.532<br />

Calmit Industrial Ltda. 373.438 373.368<br />

Empresa de Mineração Acariúba Ltda. 454.187 454.152<br />

Empresa de Transportes CPT Ltda. 415.087 992.217 992.217<br />

Hejoassu Administração S.A. 150.424<br />

Inecap Investimentos S.A. 362.611 61.351<br />

Interavia Transportes Ltda. 80.873 59.905 37.727 1.904 518.291 101<br />

<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> Brasil S.A. 156.398 325.195 1.242.055 1.263.533<br />

<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> N/NE S.A. (iii) 8.754 106.609 2.434 1.849.905 1.491.206 1.482.488 16.615 23.085 27.059 5.712<br />

<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> América S.A. 599.659<br />

Companhia Cimento Ribeirão Grande 2.953 3.000 7.622 13.239 66.260 22.241<br />

Companhia de Cimento Itambé 1.837 3 21.576 1.516<br />

Citrovita Agroindustrial S.A. 94.037 65<br />

Companhia Brasileira de Alumínio 860 35 484.378 165 1.629<br />

Pedreira Pedra Negra Ltda. 1.900 323 4.259<br />

Hailstone Limited 8.501<br />

Itacamba Cemento S.A. 1.169 32 23.671 11.811<br />

Mizu S.A. 5.062 270 1.701 17.554 6.655<br />

Somix Concreto Ltda. 1.088 5.664 10.730<br />

Supermix Concreto S.A. 20.191 19 95.785 167.797<br />

Polimix Concreto S.A. 25.872 92 2.538 88.854 84.329<br />

<strong>Votorantim</strong> Investimentos<br />

Latino-Americano S.A. 3.868 115<br />

Votener -<strong>Votorantim</strong> Comer.Energia Ltda. 22.403 4 80.666 144.866<br />

Anfreixo S.A. 1.200 6.410<br />

Voto IV (i) 333.955 349.025 468.726<br />

<strong>Votorantim</strong> Cement North America 1.727 32.576 6.906<br />

<strong>Votorantim</strong> Metais Ltda. 2.049<br />

<strong>Votorantim</strong> Metais Níquel S.A. 4.443 30.205 8.382 3.827 18<br />

<strong>Votorantim</strong> Metais Zinco S.A. 68 9.440 3 57<br />

<strong>Votorantim</strong> Siderurgia S.A. 609 33.577 774 23.895 7.287<br />

<strong>Votorantim</strong> GmbH 48.353 306.764 44.395 24.935<br />

Outros 1.055 6.478 31.297 133.964 347 170 22.566 206.006 70.217 36.600 30.617 11.478 11.433 247 2.779<br />

74.011 110.477 156.398 325.195 328.377 4.280.557 4.436.605 106.499 4.546.172 3.304.714 3.814.672 650.101 140.107 135.850 277.743 235.295 280.666 291.329<br />

Circulante (74.011) (110.477) (156.398) (325.195) (106.499) (650.101) (140.107) (135.850)<br />

Não circulante 328.377 4.280.557 4.436.605 4.546.172 3.304.714 3.814.672<br />

49 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(b)<br />

Consolidado<br />

Demonstrações do resultado<br />

Contas a receber de clientes Dividendos a receber Mútuos ativos<br />

Fornecedores Mútuos passivos Dividendos a pagar Compras Vendas<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009<br />

Sociedades Acionistas<br />

<strong>Votorantim</strong> Industrial S.A. 37 4.704 17.787 381.448 199.702 2.183 1.388 1.728 176.430 222.976 1.616.438 218.005 19.046 105.233 8.988<br />

<strong>Votorantim</strong> Participações S.A. 55 19.601 2.184.960 2.363.988 21.812 3.321.767 2.350.888 25.090 70.590<br />

Inecap Investimentos S.A. 362.611 61.351<br />

Sociedades Ligadas<br />

Citrovita Agroindustrial S.A. 94.037 640.348 4.461 65 148.502 123.137<br />

Citrovita Agropecuaria S.A. 283 4.914 6.524<br />

Companhia Brasileira de Aluminio 864 8.370 5.826 35 484.378 10.000 1.320 1.297 165 272 1.630 104<br />

Companhia Cimento Ribeirão Grande 66.260 22.241<br />

Companhia de Cimento Itambé 1.911 3 21.645<br />

CJ Mineração Ltda. 600 6.169<br />

Empresa de Transportes CPT Ltda. 415.588 992.217 992.217<br />

Hailstone Limited 8.501 8.884 11.923<br />

Hejoassu Administração S.A. 413.503<br />

Ibar Administr. e Participações Ltda. 5.075 6.064 6.064<br />

MAESA - Machadinho Energética S.A. 2.544 4.235 3.179<br />

Maré Cimento Ltda. 9.415 3.552 3.166 833 68 2.567 181 54.339<br />

Verona Participações Ltda. 222 2.100<br />

Mizu S.A. 7.286 1.230 90 2.546 270 54.078 2.801 34.476 25.746<br />

Polimix Cimento S.A. 20.864<br />

Polimix Concreto S.A. 26.297 11.204 17.767 53 5.589 90 1.408 2.710 90.761 84.329<br />

Rhamo Ind. E Com. Serviços Ltda. 3.064 3.065 3.065 580<br />

Somix Concreto Ltda. 1.105 1.387 2.647 10.544 18.071<br />

Anfreixo S.A. 1.516 10.190<br />

Supermix Concreto S.A. 25.220 20.322 19.864 13.375 10.000 269 160.104 192.127<br />

Votener -<strong>Votorantim</strong> Comer.Energia Ltda. 22.403 4 14.543 81.619 144.864 16.887 838<br />

Voto IV (i) 333.955 349.025 468.726<br />

Voto V (ii) 872.643<br />

<strong>Votorantim</strong> Cement North America 13.161<br />

<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> N/NE S.A. 17.009 29.536<br />

<strong>Votorantim</strong> GmbH 2.113 3.598 7.261 83.728 14.829 61.983 306.764 293.920 387.635 57.866 44.484 22.347<br />

<strong>Votorantim</strong> Investimentos Latino-Americano S.A. 3.868 115<br />

<strong>Votorantim</strong> Metais Ltda. 4 10.593 2.049 1.183<br />

<strong>Votorantim</strong> Metais Níquel S.A. 4.444 4.877 7.655 30.205 38.012 8.382 7.594 3.827 28 516<br />

<strong>Votorantim</strong> Metais Zinco S.A. 68 9.440 31.609 22<br />

<strong>Votorantim</strong> Siderurgia S.A. 618 1.394 3.246 33.577 226.303 955 36.743 7.918<br />

Outros 767 4.039 4.573 1.310 2.193 38.151 11.594 332 3.299 4.531 477 3.580 9.647 87.032 58.026 42.036 18.983 9.700 98 38.580<br />

81.087 50.373 80.483 5.543 24.443 10.000 257.081 3.569.437 3.020.126 97.563 36.603 72.477 1.748.042 6.301.141 5.949.871 668.990 164.810 217.859 324.534 207.266 442.261 382.658<br />

Circulante (81.087) (50.373) (80.483) (5.543) (24.443) (10.000) (97.563) (36.603) (72.477) (668.990) (164.810) (217.859)<br />

Não circulante 257.081 3.569.437 3.020.126 1.748.042 6.301.141 5.949.871<br />

50 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

As principais transações com partes relacionadas foram feitas nas seguintes condições:<br />

Os produtos foram vendidos com base nas tabelas de preço interno das empresas. As vendas de serviços<br />

foram efetuadas com base nos custos internos, não havendo margens definidas pelas companhias.<br />

(i)<br />

(ii)<br />

(iii)<br />

(c)<br />

Refere-se a captação junto a VOTO-<strong>Votorantim</strong> Overseas Trading Operations IV Limited ("VOTO IV"),<br />

com vencimentos semestrais e com prazo final para 2020, sendo atualizada a uma taxa pré fixada de<br />

8,5% e variação cambial do Dollar Norte Americano.<br />

Em 28 de outubro, a Companhia substituiu a emissora Voto-<strong>Votorantim</strong> Limited (‘VOTO V"), assumindo<br />

integralmente a emissão de bônus no mercado europeu de 750 milhões, com vencimento em 2017 e<br />

cupom de 5,25% a.a.. Esta emissão de bônus em que a Companhia era garantidora estava contabilizada<br />

por 375 milhões como partes relacionadas.<br />

A Companhia detém contratos de mútuos com sua controlada VCNNE com vencimento em 2015, sendo<br />

atualizado com a taxa SELIC.<br />

Remuneração do pessoal<br />

chave da administração<br />

As despesas com remuneração dos executivos e administradores da Companhia e suas controladas,<br />

incluindo todos os benefícios, são resumidas conforme a seguir:<br />

Consolidado<br />

<strong>2010</strong> 2009<br />

Salários e adicionais 12.971 11.097<br />

Encargos sociais 1.669 1.323<br />

Benefícios sociais 373 370<br />

15.013 12.790<br />

Os benefícios incluem remuneração fixa (salários e honorários, férias e 13º salário), encargos sociais<br />

(contribuições para a seguridade social - INSS, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e<br />

programa de remunerações variáveis.<br />

51 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

13 Investimentos<br />

(a)<br />

(i)<br />

Composição<br />

Controladora<br />

Resultado ajustado de<br />

Informações em 31 de dezembro de <strong>2010</strong> equivalência patrimonial<br />

Saldo de investimentos<br />

Patrimônio Resultado do Percentual de participação<br />

líquido exercício Votante Total 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Investimentos avaliados por equivalência patrimonial<br />

<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> Brasil S.A. (Nota 1 (b v)) 576.166 100,00 100,00 576.166 1.407.607 3.280.805 2.851.466<br />

<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> N/NE S.A. (b) 2.944.750 469.668 95,23 95,23 221.105 2.785.584<br />

<strong>Votorantim</strong> Cement North America (b) 2.726.814 47.664 100,00 100,00 92.684 2.726.814<br />

Cimpor – <strong>Cimentos</strong> de Portugal S.A. (Nota 1 (b vii)) 4.484.601 399.274 21,21 21,21 84.712 2.132.556<br />

<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> Americas S.A. (b) 599.633 (17) 94,54 94,55 (16) 566.926<br />

A21 Mineração Ltda. (b) 7.000 85,00 85,00 5.950<br />

Acariuba Mineração e Participação Ltda. 80.749 (4.463) 100,00 100,00 (4.463) 2.418 80.749 19.502 17.084<br />

Eromar S.A. 1.589 (92) 100,00 100,00 290 299 1.589 1.299 1.000<br />

Interavia Transportes Ltda. (b) 439.485 25.211 88,41 88,41 10.529 388.549<br />

Itacamba Cemento S.A. 14.992 3.429 50,01 50,01 2.215 (764) 7.497 5.282 6.046<br />

<strong>Votorantim</strong> Cementos Chile Ltda. 27.650 675 99,99 99,99 675 10.517 27.647 31.818 23.949<br />

<strong>Votorantim</strong> Investimentos Latino-Americano S.A. 2.822.534 59.380 15,39 15,39 11.310 559.906<br />

Silcar - Empreend. Com Particip. Ltda. (b) 317.740 126.236 100,00 100,00 108.418 317.740<br />

Cal Itaú Participações S.A. (b) (Nota 1 (b iv)) 19.805 100,00 100,00 9.727<br />

Companhia Cimento Ribeirão Grande 210.891 24.830 100,00 100,00 20.777 200.344<br />

Pedreira Pedra Negra Ltda. (b) 52.166 4.932 100,00 100,00 1.633 52.166<br />

Lux Cem International S.A. (b) (14.545) (1.779) 99,99 99,99 (1.779) (14.544)<br />

Seacrown do Brasil, Com.Import.e Part. S.A. (b) 6.666 (2.918) 35,80 35,80 (4.235) 2.387<br />

Yguazú Cemento S.A. 20.937 35,00 35,00 1.215 7.328 2.831 1.616<br />

Maesa - Machadinho Energética S.A. (b) 364.348 11.000 6,76 6,76 744 24.630<br />

Companhia de Cimento Portland Lacim (c) 8.546<br />

Outros investimentos 15.918 2.042 9.480<br />

Total dos investimentos 1.139.038 1.421.292 9.889.736 3.343.579 2.910.641<br />

Ágios<br />

A21 Mineração Ltda. (b) 807<br />

Companhia Cimento Ribeirão Grande 205.939<br />

Pedreira Pedra Negra Ltda. (b) 11.700<br />

St. Marys Cement Inc (b) 108.938<br />

<strong>Votorantim</strong> Cement North America (b) 773.860<br />

Engemix S.A. 75.882 75.882 75.882<br />

Total dos investimentos e ágios 11.066.862 3.419.461 2.986.523<br />

1.177.126 75.882 75.882<br />

52 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(ii)<br />

Consolidado<br />

Resultado ajustado de<br />

equivalência patrimonial Informações em 31 de dezembro Saldo de de <strong>2010</strong> investimentos<br />

Patrimônio Resultado do Percentual de participação<br />

líquido exercício Votante Total 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Investimentos avaliados por equivalência patrimonial<br />

Cemento Bio Bio S.A. 879.690 (106.178) 15,15 15,15 (16.086) (20.640) 133.273 142.894 173.535<br />

Cimpor – <strong>Cimentos</strong> de Portugal S.A. (Nota 1 (b vii)) 4.484.601 399.274 21,21 21,21 84.712 2.132.556<br />

Lux Cem International S.A. (14.545) (1.779) 99,99 99,99 7.484 7.484<br />

Maesa - Machadinho Energia S.A. 364.348 11.000 6,76 6,76 744 24.630 23.830 23.830<br />

Maré Cimento Ltda. (a) 167.191 50.170 51,00 51,00 28.011 15.001 85.267 40.232 23.185<br />

Verona Participações Ltda. (a) 55.408 42.137 25,00 25,00 5.175 (457) 13.852 10.024 5.962<br />

Mizu S.A. (a) 53.950 24.109 51,00 51,00 11.816 (9.661) 33.562 21.883 14.203<br />

Polimix Cimento Ltda. (a) 30.345 51,00 51,00 15.476 15.476 15.476<br />

Polimix Concreto Ltda. (a) 135.001 74.543 27,57 27,57 7.841 12.804 37.223 31.659 17.714<br />

Sirama Participações Ltda. 465.172 156.306 38,25 38,25 59.798 54.072 177.931 146.444 119.305<br />

Supermix Concreto S.A. 176.503 61.600 25,00 25,00 15.400 15.324 42.831 28.256 27.217<br />

<strong>Votorantim</strong> Investimentos Latino-Americano S.A. 2.822.534 59.380 15,39 15,39 11.310 559.906<br />

Yguazú Cementos S.A. 20.937 35,00 35,00 1.215 7.328 2.831 1.616<br />

Outros investimentos (11.458) 100 54.821 17.857 32.391<br />

197.263 67.758 3.318.656 488.870 461.918<br />

(a)<br />

(b)<br />

(c)<br />

Refere-se a investidas da controlada Silcar – Empreendimentos Comércio e Participações Ltda. Nestes investimentos sua participação é baseada em determinado segmento de<br />

produtos da empresa, portanto a Silcar não detém o controle total ou compartilhado e recebe dividendos desproporcionai.<br />

Refere-se às empresas anteriormente investidas da VCB. Os resultados foram apresentados de forma integral e a equivalência é correspondente aos meses após a incorporação<br />

(Nota 1 (b (v)).<br />

Sociedade de Propósito Específica ("SPE"), constituída pela Companhia com ativos que incluem uma moagem de cimento, transferida da VCB – uma fábrica e uma moagem de<br />

cimento transferidas da VCNNE, ambas controladas pela Companhia, que em 3 de fevereiro de <strong>2010</strong>, assinou contrato de permuta de ações com a Lafarge Brasil que transferiu<br />

para a VCSA ações de emissão da Cimpor, em troca da SPE. Nota (1 (b (vii)).<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(b)<br />

Movimentação dos investimentos<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009<br />

Saldo inicial 3.419.461 2.986.523 488.870 461.918<br />

Equivalência patrimonial 1.139.038 1.421.292 197.263 67.758<br />

Incorporação 5.553.218<br />

Variação cambial de investimentos no exterior (422.379) (638.525) (354.578)<br />

Outros resultados abrangentes de investidas 96.264 (3.258) 96.264<br />

Dividendos recebidos (1.409.208) (339.124) (32.995)<br />

Aquisições de investimentos e aumento<br />

de capital em investidas 3.187.088 25.900 2.930.577 28.122<br />

Transferência de ágio para o intangível (62.534)<br />

Baixa de investimentos e redução<br />

de capital em investidas (496.620) (33.347) (6.745) (6.394)<br />

Saldo final 11.066.862 3.419.461 3.318.656 488.870<br />

As principais aquisições estão descritas na Nota 1.<br />

(c)<br />

Investimentos não consolidados que possuem<br />

ações cotadas em bolsas de valores<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Valor Valor Valor Valor Valor Valor<br />

patrimonial de mercado patrimonial de mercado patrimonial de mercado<br />

Cementos Bio Bio S.A. (*) 133.273 203.070 142.894 157.000 173.535 125.000<br />

Cimpor <strong>Cimentos</strong> de Portugal SGPS S.A. (*) 2.132.556 1.610.027<br />

(*) Calculado de forma proporcional a participação detida pela Companhia<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

14 Imobilizado<br />

(a)<br />

Composição<br />

Custo<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Depreciação<br />

acumulada Saldo Saldo Saldo<br />

Taxas médias<br />

anuais de<br />

depreciação %<br />

Controladora<br />

Terrenos e edificações 820.884 (451.911) 368.973 18 19 3<br />

Equipamentos e instalações 2.482.336 (1.777.886) 704.450 4.263 4.830 5<br />

Benfeitorias em propriedade<br />

de terceiros 14.139 (7.166) 6.973 17<br />

Veículos 246.032 (169.817) 76.215 759 1.035 23<br />

Móveis e utensílios 43.239 (39.039) 4.200 370 450 11<br />

Obras em andamento (d) 1.275.292 1.275.292 12.657 7.980<br />

Consolidado<br />

4.881.922 (2.445.819) 2.436.103 18.067 14.314<br />

Terrenos e edificações 2.284.326 (833.306) 1.451.020 1.390.053 1.818.694 2<br />

Equipamentos e instalações 5.365.695 (3.054.566) 2.311.129 2.365.548 2.265.128 6<br />

Benfeitorias em propriedade<br />

de terceiros 22.752 (11.223) 11.529 10.436 6.136 17<br />

Veículos e Aeronaves 629.938 (402.766) 227.172 251.110 96.474 25<br />

Móveis e utensílios 64.483 (55.844) 8.639 9.774 10.837 10<br />

Obras em andamento (d) 1.687.541 1.687.541 1.088.428 1.150.293<br />

Outros 10.836 (3.152) 71.291 32.996 415<br />

10.065.571 (4.360.857) 5.768.321 5.148.345 5.347.977<br />

As depreciações consolidadas no exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2010</strong> totalizaram R$ 254.662<br />

(2009 – R$ 318.036), dos quais R$ 242.016 (2009 - R$ 310.714) foram alocados ao custo de produção e<br />

R$ 12.646 (2009 - R$ 7.322) foram alocados em despesas operacionais.<br />

Não existem operações de leasing financeiro em 31 de dezembro de <strong>2010</strong> e de 2009.<br />

(b)<br />

Movimentação<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009<br />

Saldo inicial 18.067 14.314 5.148.345 5.347.977<br />

Adições 520.772 5.626 1.074.035 767.224<br />

Baixas (135) (4) (12.382) (8.472)<br />

Depreciação (54.186) (1.789) (254.662) (318.036)<br />

Variação cambial (62.694) (634.225)<br />

Baixas constituição LACIM (i) (124.321)<br />

Incorporação VCB 1.951.585<br />

Transferência para o intangível (80) (6.123)<br />

Saldo final 2.436.103 18.067 5.768.321 5.148.345<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(i)<br />

(c)<br />

Em 3 de fevereiro de <strong>2010</strong>, a controladora <strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A. e a Companhia Nacional de<br />

Cimento Portland (Lafarge Brasil) assinaram contrato de permuta de ações, segundo o qual a Lafarge<br />

Brasil transferiu para a VCSA ações de emissão da Cimpor <strong>Cimentos</strong> de Portugal SGPS S.A., em troca<br />

uma Sociedade de Propósito Específica ("SPE"), constituída pela Companhia com ativos que incluem<br />

uma moagem de cimento, transferida da VCB – uma fábrica e uma moagem de cimento transferidas da<br />

VCNNE, ambas controladas pela Companhia. Nota (1 (b (vii)).<br />

Revisão e ajuste da vida útil estimada<br />

A Companhia periodicamente revisa a vida útil econômica estimada do seu ativo imobilizado para fins<br />

de cálculo da depreciação, bem como para determinar o valor residual dos itens do imobilizado.<br />

(d)<br />

Principais obras em andamento, consolidado<br />

O saldo de obras em andamento é composto principalmente de projetos de expansão e otimização das<br />

unidades industriais da Companhia, sendo:<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Granulador de escória 155.088 126.600 35.071<br />

Nova linha de produção Salto de Pirapora 120.324 63.500<br />

Contrução da fabrica de Vidal Ramos 206.071 39.400<br />

Nova unidade Baraúna 36.353<br />

Compra de direito minerário 38.428<br />

Nova unidade Xambioá 33.939 276.000 93.410<br />

Construção e pavimentação Vicente Matheus 12.581<br />

Aquisição de direitos minerários 63.581 52.229<br />

Renovação da frota da Engemix 17.300<br />

Reativação de fornos 25.760 44.617<br />

Reativação mina subterrânea Santa Helena 18.421<br />

Reativação unidade de Cocalzinho 23.232<br />

Moagem de cimento unidade Pecém 39.632<br />

Construção unidade Salvador 28.060<br />

Britagem Japerí 1.522 9.400<br />

Aquisição de ativos 18.400<br />

Centro de distuição Campinas 6.055<br />

Aquisição de novas áreas 43.124 9.693<br />

Expansão unidade Poty Paulista 9.634<br />

736.771 505.500 405.154<br />

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2010</strong>, os encargos sobre empréstimos capitalizados nas<br />

obras em andamento totalizaram R$ 47.092 (31 de dezembro de 2009 – R$ 60.957). A taxa de<br />

capitalização utilizada foi de 6,92% a.a.<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

15 Intangível<br />

(a)<br />

Composição<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Ágios (b) 1.847.407 1.879.876 1.998.266<br />

Direitos sobre recursos naturais 85.894 742.903 865.085 813.984 9<br />

Lista de clientes 189.725 202.078 297.809<br />

Softwares 16.358 24.425 36.031 13.424 25.754 42.173 20<br />

Outros 35.056 18.861 13.418 69.031 56.918 29.055<br />

137.308 43.286 49.449 2.862.490 3.029.711 3.181.287<br />

Taxas médias<br />

anuais de<br />

amortização - %<br />

(b)<br />

Ágios decorrentes de aquisições<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

<strong>Votorantim</strong> Cement North America 773.860 773.860 773.860<br />

Prairie Material Sales Inc 327.287 350.365 350.207<br />

Companhia Cimento Ribeirão Grande 205.939 205.339 205.339<br />

Prestige Gunite Inc 107.412 116.420 152.267<br />

St. Marys Cement Inc 108.938 108.938 217.698<br />

SMC Canadá 89.477 93.440 125.500<br />

Engemix S.A. 75.882 75.882 75.882<br />

Cementos Bio Bio 66.538 62.534 66.374<br />

SMC USA 30.515 31.866<br />

Suwannee 17.759 18.544<br />

CJ Mineração Ltda. 15.641 15.641<br />

Pedreira Pedra Negra Ltda. 11.700 11.700 11.700<br />

S & W 8.373 8.743 11.743<br />

Outros 8.086 6.604 7.696<br />

1.847.407 1.879.876 1.998.266<br />

Os ágios têm por fundamentação econômica a rentabilidade futura dos investimentos e até<br />

31 de dezembro de 2008, eram amortizados de acordo com as projeções de retorno dos respectivos<br />

investimentos.<br />

57 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(c)<br />

Movimentação<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009<br />

Saldo inicial 43.286 49.449 3.029.711 3.181.287<br />

Adições 48.304 5.444 31.944 185.181<br />

Baixas (69.759)<br />

Amortização (14.668) (11.687) (159.604) (127.919)<br />

Variação cambial(39.561) (207.736)<br />

Incorporação VCB 60.386<br />

Transferência de ágio de investimentos 62.534<br />

Transferência do imobilizado 80 6.123<br />

Saldo final 137.308 43.286 2.862.490 3.029.711<br />

(d)<br />

Teste do ágio para verificação de "impaiment"<br />

A Companhia avaliou em 31 de dezembro de <strong>2010</strong> a recuperação do valor contábil dos ágios com base no<br />

seu valor em uso, utilizando o modelo de fluxo de caixa descontado para cada unidade de negócio. O<br />

processo de estimativa do valor em uso envolve a utilização de premissas, julgamentos e estimativas<br />

sobre os fluxos de caixa futuros e representa a melhor estimativa da Companhia aprovada pela<br />

Administração. O teste de recuperação dos ativos da Companhia não resultou na necessidade de<br />

reconhecimento de perdas por redução do valor recuperável para os ágios naquela data.<br />

O valor recuperável é determinado com base em cálculos do valor em uso. Esses cálculos usam projeções<br />

de fluxo de caixa, antes do cálculo do imposto de renda e da contribuição social, baseadas em<br />

orçamentos financeiros aprovados pela Administração para um período de cinco anos.<br />

58 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

16 Empréstimos e financiamentos<br />

(a)<br />

Controladora<br />

Captados a longo prazo Vencimento<br />

Passivo circulante Passivo não circulante<br />

Modalidade Encargos anuais médios (%) final 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Em moeda estrangeira<br />

BNDES UMBNDES + 2,48 2017 2.407 1.744 48.547 11.081<br />

Eurobond EUR + 5,25 2017 60.192 1.671.032<br />

FINIMP 11.206<br />

Capital de Giro 1.680 3.641 13.430 18.024<br />

62.599 3.424 14.847 1.719.579 24.511 18.024<br />

Em moeda nacional<br />

BNDES TJLP + 2,89 2017 15.188 10.292 12.713 255.991 65.073 92.182<br />

BNDES 5,05 2017 1.159 98.533<br />

Debêntures 112,70 CDI 2019 34.445 2.000.000<br />

FINAME TJLP + 2,55 2020 24.929 61.744<br />

PADES (Incentivo fiscal) 2,43 2019 31.868<br />

Outros 2015 906 3.552<br />

76.627 10.292 12.713 2.451.688 65.073 92.182<br />

139.226 13.716 27.560 4.171.267 89.584 110.206<br />

LIBOR<br />

EUR<br />

BNDES<br />

FINAME<br />

UMBNDES<br />

TJLP<br />

CDI<br />

PADES<br />

- London Interbank Offered Rate<br />

- Moeda da União Européia "EURO"<br />

- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social<br />

- Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais<br />

- Unidade Monetária do BNDES.<br />

- Taxa de Juros de Longo Prazo fixada pelo Conselho Monetário Nacional, a TJLP é o custo básico de financiamentos do BNDES<br />

- Certificado de Depósito Interbancário<br />

- Programa de Apoio ao Desenvolvimento Econômico e Social do Distrito Federal<br />

59 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

O perfil dos vencimentos das parcelas de empréstimos e financiamentos em 31 de dezembro de <strong>2010</strong> é<br />

demonstrado a seguir:<br />

Vencimento das<br />

parcelas<br />

Em moeda<br />

nacional<br />

Em moeda<br />

estrangeira Total %<br />

2011 76.627 62.599 139.226 3,23%<br />

2012 91.886 6.416 98.302 2,28%<br />

2013 92.808 9.632 102.440 2,38%<br />

2014 88.814 9.580 98.394 2,28%<br />

2015 84.284 9.580 93.864 2,18%<br />

2016 73.035 9.407 82.442 1,91%<br />

2017 30.256 1.674.964 1.705.220 39,56%<br />

2018 202.319 202.319 4,69%<br />

2019 1.404.701 1.404.701 32,59%<br />

2020 em diante 383.585 383.585 8,90%<br />

2.528.315 1.782.178 4.310.493 100,00%<br />

60 de 76


<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(b)<br />

Consolidado<br />

Captados a longo prazo Vencimento<br />

Passivo circulante Passivo não circulante<br />

Modalidade Encargos anuais médios (%) final 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Em moeda estrangeira<br />

BNDES UMBNDES + 2,30 2017 6.983 5.576 4.487 79.103 54.812 18.838<br />

Eurobond EUR + 5,25 2017 60.192 1.671.032<br />

FINIMP 34.817 141.782 242.133<br />

Capital de Giro 37.453 86.443 349.537 424.231<br />

Empréstimos sindicalizados LIBOR + 2,50 2014 20.611 37.000 44.907 527.876 576.475 859.953<br />

87.786 114.846 277.619 2.278.011 980.824 1.545.155<br />

Em moeda nacional<br />

BNDES TJLP + 2,70 2017 64.289 37.310 101.563 517.404 406.409 135.924<br />

BNDES 4,95 2017 2.835 176 120.201<br />

Debêntures 112,70 CDI 2019 34.445 2.227 276.745 2.000.000 1.004.765<br />

FINAME TJLP + 2,55 2020 25.689 23.994 26.783 65.035 38.460 62.549<br />

Capital de Giro 135.176 14.867 157.407 290.907<br />

PADES (Incentivo fiscal) 2,43 2019 7.321 6.179 31.868 20.132 40.369<br />

FDI (Incentivo fiscal) TJLP 2013 4.729 8.343 9.893 11.572 20.458 14.947<br />

Outros 2015 906 90 3.553 4.440 4.502<br />

132.893 214.637 436.030 2.749.633 1.652.071 549.198<br />

220.679 329.483 713.649 5.027.644 2.632.895 2.094.353<br />

LIBOR<br />

EUR<br />

BNDES<br />

FINAME<br />

UMBNDES<br />

TJLP<br />

CDI<br />

PADES<br />

FDI<br />

- London Interbank Offered Rate<br />

- Moeda da União Européia "EURO"<br />

- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social<br />

- Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais<br />

- Unidade Monetária do BNDES.<br />

- Taxa de Juros de Longo Prazo fixada pelo Conselho Monetário Nacional, a TJLP é o custo básico de financiamentos do BNDES<br />

- Certificado de Depósito Interbancário<br />

- Programa de Apoio ao Desenvolvimento Econômico e Social do Distrito Federal<br />

- Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

O perfil dos vencimentos das parcelas de empréstimos e financiamentos em 31 de dezembro de <strong>2010</strong> é<br />

demonstrado a seguir:<br />

Vencimento das<br />

parcelas<br />

Em moeda<br />

nacional<br />

Em moeda<br />

estrangeira Total %<br />

2011 132.893 87.786 220.679 4,20%<br />

2012 144.075 542.153 686.228 13,08%<br />

2013 179.577 16.697 196.274 3,74%<br />

2014 144.175 15.532 159.707 3,04%<br />

2015 139.637 15.532 155.169 2,96%<br />

2016 103.750 13.133 116.883 2,23%<br />

2017 30.765 1.674.964 1.705.729 32,50%<br />

2018 202.361 202.361 3,86%<br />

2019 1.404.701 1.404.701 26,76%<br />

2020 em diante 400.592 400.592 7,63%<br />

2.882.526 2.365.797 5.248.323 100,00%<br />

(c)<br />

Movimentação<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009<br />

Saldo inicial 103.300 137.766 2.962.378 2.808.002<br />

Captações 2.963.722 13.202 2.976.719 1.796.106<br />

Amortizações (195.263) (35.684) (574.971) (1.100.079)<br />

Juros pagos (82.999) (8.728) (280.176) (164.089)<br />

Provisão de juros 130.530 9.573 232.677 138.885<br />

Variação cambial (67.990) (12.829) (68.304) (516.447)<br />

Incorporação VCB 1.459.193<br />

Saldo final 4.310.493 103.300 5.248.323 2.962.378<br />

(d)<br />

Garantias<br />

A Companhia é uma das garantidoras de parte dos empréstimos contraídos por empresas do Grupo<br />

<strong>Votorantim</strong> em moeda estrangeira. Em 31 de dezembro de <strong>2010</strong>, esses empréstimos totalizaram<br />

R$ 2.449.562 (2009 - R$ 1.674.997 e 2008 - R$ 2.735.892).<br />

(e)<br />

Obrigações contratuais / Índices financeiros<br />

Determinados contratos de empréstimos e financiamentos estão sujeitos ao cumprimento de certos<br />

índices financeiros ("covenants"), como (i) Alavancagem financeira (Dívida Líquida/Lucro Antes de<br />

Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – "LAJIDA"); (ii) Índice de capitalização (Dívida<br />

Total/Dívida Total + Patrimônio Liquido ou Patrimonio Liquido/Ativo Total ); (iii) Índice de cobertura<br />

de juros (Caixa + LAJIDA/ Juros + Dívida de Curto Prazo). Quando aplicáveis, tais obrigações são<br />

padronizadas para todos os contratos de empréstimos e financiamentos.<br />

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Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

A Companhia e suas controladas atenderam a todas as condições estabelecidas nas cláusulas contratuais<br />

de empréstimos e financiamentos, quando aplicáveis.<br />

(f)<br />

Acordos<br />

A subsidiária <strong>Votorantim</strong> Cement North America Inc., tem empréstimos com obrigações que restringem<br />

o pagamento de dividendos e novos financiamentos. Além disso, nos cálculos dos covenants foram<br />

consideradas nas demonstrações financeiras consolidadas e mantida a uniformidade com os períodos<br />

anteriores.<br />

(g)<br />

Captações<br />

As principais captações efetuadas na controladora e consolidado foram as seguintes:<br />

Em dezembro de 2009, a Companhia efetuou sua primeira emissão pública de debêntures simples, não<br />

conversíveis em ações de espécie sem garantia real e preferência (quirografária) com garantia<br />

fidejussória. As debêntures foram distribuídas com esforços restritos de colocação e com dispensa de<br />

registro na Comissão de Valores Mobiliários ("CVM"), nos termos do artigo 6º da Instrução CVM no.<br />

476, de 16 de janeiro de 2009.<br />

A emissão no valor de R$ 1.000.000, com vencimento em dezembro de 2019, tem duas séries de mesmo<br />

montante, sendo a primeira com remuneração de 110,20% do CDI e a segunda com 112,65% do CDI.<br />

Em 5 de outubro de <strong>2010</strong>, a Companhia emitiu 1.000 debêntures simples não conversíveis em ação, em<br />

série única no valor de R$ 1.000.000 emitidas na forma nominativa e escritural, sem a emissão de<br />

certificados. O vencimento final é Outubro de 2020 e a remuneração 113,95% do CDI.<br />

Em 28 de outubro de <strong>2010</strong>, a <strong>Votorantim</strong> Cement North America (VCNA), controlada da Companhia,<br />

USD 325 milhões de dívida sindicalizada com vencimento em 2014, sendo os recursos utilizados para<br />

pagamento antecipado de empréstimo com vencimento em 2011.<br />

Em 28 de outubro de <strong>2010</strong>, a Companhia substituiu a emissora Voto-<strong>Votorantim</strong> Limited, assumindo<br />

integralmente a emissão de bônus no mercado europeu de 750 milhões com vencimento em 2017 e<br />

cupom de 5,25% a.a..<br />

Desde 2009, a Companhia vem adotando estratégia de refinanciamento da dívida, com premissas de<br />

alongamento do prazo médio dos vencimentos e redução de alavancagem financeira.<br />

17 Contas a pagar - Trading<br />

Refere-se a compras de determinadas matérias-primas efetuadas por meio de empresas de trading, que<br />

apresentam prazos de pagamento de até 360 dias com comissão calculada e acertada entre as partes<br />

antes ou no momento de cada transação comercial, sobre o valor total das compras efetuadas.<br />

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Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

18 Imposto de renda e contribuição social diferidos<br />

A Companhia utiliza a sistemática do lucro real, calcula e registra seus impostos com base nas alíquotas<br />

efetivas vigentes na data de elaboração das demonstrações financeiras. Os créditos tributários diferidos<br />

de imposto de renda e contribuição social são decorrentes de prejuízos fiscais e de diferenças<br />

temporárias referentes (a) ao efeito da variação cambial apurada (sistemática de apuração do imposto de<br />

renda e contribuição social pelo regime de caixa - efeitos cambiais), (b) provisões não dedutíveis até o<br />

momento da sua efetiva realização e (c) diferenças temporárias surgidas na aplicação das novas normas<br />

contábeis.<br />

A realização dos créditos relativos ao prejuízo fiscal, à base negativa da contribuição social e às<br />

diferenças temporárias ocorrerá até o fim de 2011, de acordo com a projeção orçamentária aprovada pela<br />

Diretoria.<br />

Impostos diferidos ativos são reconhecidos quando há probabilidade de o lucro futuro tributável estar<br />

disponível para ser utilizado na compensação das diferenças temporárias, com base em projeções de<br />

resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos<br />

futuros sujeitos, portanto, a alterações.<br />

A movimentação líquida da conta de imposto de renda diferido é a seguinte:<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

<strong>2010</strong> 2009 <strong>2010</strong> 2009<br />

Saldo inicial 210.973 150.126 (1.179) 15.441<br />

Prejuízos fiscais e base negativa (64.931) (19.492) (69.818) (26.050)<br />

Provisões temporárias 92.509 132.029 41.439 193.896<br />

Ajustes decorrentes das novas práticas contábeis 52.728 51.503 (14.610)<br />

Tributos diferidos sobre o ganho gerado na<br />

permuta de ativos - Cimpor (568.626) (568.626)<br />

Mais valia de ativos incorporado<br />

ao custo do imobilizado 66.465 68.314<br />

Ajustes de vida útil imobilizado (depreciação) (143.630) (97.765) (94.582)<br />

Variação cambial (13.655) (42.121) 49.208 (107.261)<br />

Amortização de ágio (92.411) (13.479) (66.100) (39.790)<br />

Outros 6.957 3.910 6.482 3.463<br />

Saldo final (520.086) 210.973 (588.391) (1.179)<br />

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Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(b)<br />

Reconciliação da despesa de IR e CSLL<br />

Os valores de imposto de renda e contribuição social demonstrados no resultado em 31 de dezembro<br />

apresentam a seguinte reconciliação com base na alíquota nominal brasileira:<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009<br />

Lucro antes do imposto de renda, da contribuição<br />

social e das participações minoritárias<br />

3.446.126 1.791.604 3.850.917 2.458.492<br />

Alíquotas nominais 34% 34% 34% 34%<br />

IRPJ e CSLL calculados às alíquotas nominais (1.171.683) (609.145) (1.309.312) (835.887)<br />

Ajustes para apuração do IRPJ e da CSLL efetivos<br />

Tributos diferidos de exercícios anteriores 126.764 126.764<br />

Equivalência patrimonial 387.273 483.239 67.069 23.038<br />

Incentivo fiscal 3.230 180 32.622 12.335<br />

Doações e subvenções para investimentos 2.602 35.430<br />

Valor não tributado pelo adicional do<br />

imposto de renda 6.793 6.402 6.817 6.402<br />

Outras adições (exclusões) permanentes líquidas (3.893) 11.923 18.916 58.374<br />

IRPJ e CSLL apurados (775.678) 19.363 (1.148.458) (608.974)<br />

Correntes (109.861) (41.485) (582.398) (562.868)<br />

Diferidos (665.817) 60.848 (566.060) (46.106)<br />

IRPJ e CSLL no resultado (775.678) 19.363 (1.148.458) (608.974)<br />

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financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(c)<br />

Composição dos saldos de impostos diferidos<br />

A origem do imposto de renda e da contribuição social diferidos está a seguir apresentada:<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 01/01/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Ativo<br />

Prejuízos fiscais e base negativa 65.703 130.634 150.126 82.934 152.752 178.802<br />

Diferenças temporárias<br />

Provisões para contingências 170.384 124.269 245.914 224.054 23.408<br />

Provisão para impostos “sub-judice” 9.466 23.378 13.557<br />

Provisão para perdas em investimentos 14.332 7.760 21.051 17.783 34.261<br />

Provisão para perdas de estoques 18.354 24.579 16.721 22.927<br />

PPR - Provisão de participação no resultado 10.773 12.461 9.537 9.930<br />

Ajustes novas praticas contábeis 52.728 54.907 26.236 22.251<br />

Provisão para créditos de cobrança duvidosa 1.229 1.763 6.055 3.285<br />

Outros 10.867 3.910 12.778 10.592 6.016<br />

Ativo não circulante 353.836 266.573 150.126 479.765 477.287 300.880<br />

Passivo<br />

Diferenças temporárias<br />

Tributos diferidos sobre o ganho gerado na<br />

permuta de ativos - Cimpor 568.626 568.626<br />

Mais valia de ativos incorporada<br />

ao custo do imobilizado 103.166 169.631 237.945<br />

Ajustes de vida útil imobilizado (depreciação) 143.630 228.621 130.856 36.274<br />

Variação cambial 55.776 42.121 58.053 107.261<br />

Amortização de ágio 105.890 13.479 105.890 39.790<br />

Ajustes novas práticas contábeis 2.200 25.032 6.437<br />

Outros 1.600 5.896 4.783<br />

Passivo não circulante 873.922 55.600 1.068.156 478.466 285.439<br />

(d)<br />

Regime tributário de transição – "RTT"<br />

Para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido dos exercícios de 2009 e 2008, a Companhia e suas controladas optaram pelo RTT, que<br />

permite à pessoa jurídica eliminar os efeitos contábeis da Lei 11.638/07 e da MP 449/08, convertida na Lei 11.941/09, por meio de registros no livro de apuração do lucro real -<br />

LALUR ou de controles auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil.<br />

Em <strong>2010</strong>, a Companhia também adotou as mesmas práticas tributárias adotadas em 2008 e 2009, uma vez que o RTT terá vigência até a entrada em vigor de uma lei que<br />

discipline os efeitos fiscais dos novos métodos contábeis, buscando a neutralidade tributária.<br />

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financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

19 Obrigações tributárias, provisão<br />

para contingências e depósitos judiciais<br />

A Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas, cíveis, tributários e outros em andamento, e está discutindo essas questões tanto na esfera administrativa como na<br />

judicial. Quando aplicável, foram efetuados depósitos judiciais para fazer frente à parte dessas obrigações.<br />

As provisões para as eventuais perdas consideradas prováveis decorrentes de passivos contingentes são estimadas e atualizadas pela Administração, amparadas na opinião de<br />

seus consultores legais. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, sendo divulgados nas notas explicativas. Os passivos<br />

contingentes classificados como remotos não são provisionados nem divulgados.<br />

No que se refere a processos judiciais de contestação de legalidade ou constitucionalidade de obrigação tributária, eles têm seus montantes reconhecidos integralmente nas<br />

demonstrações contábeis, independentemente da probabilidade de sucesso dos processos judiciais em andamento.<br />

Os saldos das obrigações tributárias e provisões para passivos contingentes registradas contabilmente, são apresentados a seguir:<br />

(a)<br />

Composição dos saldos<br />

Depósitos<br />

judiciais<br />

Montante<br />

provisionado<br />

Controladora<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Total<br />

líquido<br />

Depósitos<br />

judiciais<br />

Montante<br />

provisionado<br />

Total<br />

líquido<br />

Depósitos<br />

judiciais<br />

Montante<br />

provisionado<br />

Total<br />

líquido<br />

Tributários 225.389 (614.837) (389.448) 164.227 (499.230) (335.003) 165.458 (478.075) (312.617)<br />

Trabalhistas 18.203 (48.202) (29.999) 11.067 (18.540) (7.473) 7.024 (21.636) (14.612)<br />

Cíveis e outros 12.793 (52.243) (39.450) 4.027 (33.540) (29.513) 5.940 (45.268) (39.328)<br />

256.385 (715.282) (458.897) 179.321 (551.310) (371.989) 178.422 (544.979) (366.557)<br />

Depósitos<br />

judiciais<br />

Montante<br />

provisionado<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Total<br />

líquido<br />

Depósitos<br />

judiciais<br />

Montante<br />

provisionado<br />

Total<br />

líquido<br />

Depósitos<br />

judiciais<br />

Montante<br />

provisionado<br />

Total<br />

líquido<br />

Tributários 261.291 (846.679) (585.388) 238.950 (808.822) (569.872) 218.182 (633.222) (415.040)<br />

Trabalhistas 41.691 (60.444) (18.753) 32.144 (69.296) (37.152) 23.403 (54.305) (30.902)<br />

Cíveis e outros 15.925 (103.160) (87.235) 14.475 (89.705) (75.230) 29.604 (90.534) (60.930)<br />

318.907 (1.010.283) (691.376) 285.569 (967.823) (682.254) 271.189 (778.061) (506.872)<br />

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Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(b)<br />

Movimentação do montante provisionado<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009<br />

Saldo inicial 551.310 544.979 967.823 778.061<br />

Adições (líquidas das reversões) 103.206 (31.116) 194.957 106.661<br />

Saldo de sociedades adquiridas 20.854<br />

Incorporação VCB 197.443<br />

Baixas por pagamento (6.287) (13.390) (19.798)<br />

Atualizações e reversão monetária (130.390) 37.447 (139.107) 82.045<br />

Saldo final 715.282 551.310 1.010.283 967.823<br />

Os principais processos passivos em 31 de dezembro de <strong>2010</strong> são os seguintes:<br />

. Tributários - referem-se, principalmente, à discussão sobre a legalidade do recolhimento de tributos<br />

federais, estaduais e municipais.<br />

. Trabalhistas - consistem, principalmente, em reclamações movidas por ex-empregados e terceiros,<br />

cujos pleitos envolvem pagamento de verbas rescisórias, adicionais por insalubridade e<br />

periculosidade, horas extras, horas in itinere. Incluem ainda ações cíveis referentes a pedidos de<br />

indenização de ex-empregados ou terceiros por supostas doenças ocupacionais, acidentes de<br />

trabalho, danos materiais e morais.<br />

. Cíveis - as principais ações estão relacionadas a reclamações sobre danos materiais e morais. A<br />

Secretaria de Direito Econômico (SDE) iniciou em 2003 inquérito administrativo envolvendo as<br />

maiores companhias de cimento brasileiras, incluindo a Companhia e sua controlada VCNNE.<br />

O procedimento investiga a alegação de algumas concreteiras de que as companhias de cimento<br />

teriam infringido regras de concorrência. Não há indícios até o momento de que a SDE pretenda<br />

encaminhar qualquer recomendação ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) sobre<br />

esse processo. Com base na opinião de seus consultores jurídicos, a Companhia e sua controlada<br />

VCNNE entendem que não estão sujeitas a quaisquer penalidades administrativas e/ou criminais.<br />

(c)<br />

Processos com probabilidade de perdas<br />

consideradas como possíveis<br />

A Companhia e suas controladas também estão se defendendo em diversos outros processos tributários,<br />

trabalhistas e cíveis com probabilidade de perda, avaliada como possível, conforme abaixo detalhado:<br />

Consolidado<br />

<strong>2010</strong> 2009<br />

Processos tributários 644.449 615.622<br />

Processos cíveis 200.577 184.642<br />

Outros 306.303 296.533<br />

1.151.329 1.096.797<br />

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Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

Os principais processos tributários classificados como possíveis referem-se, principalmente, à discussão<br />

sobre o recolhimento de impostos e contribuições destinadas a: Imposto sobre Circulação de<br />

Mercadorias e Serviços (ICMS) - R$ 300.795, ISS – R$ 11.308, PIS/COFINS - R$ 32.843 e IR/CSLL -<br />

R$ 87.704.<br />

(d)<br />

Compromissos<br />

A Companhia e sua controlada VCNNE têm os seguintes contratos de fornecimento:<br />

. A VCSA e a St. Marys Cement Inc. têm contratos de fornecimento com usinas siderúrgicas para a<br />

compra de escórias, que vencem em 2011 e em 2023, respectivamente.<br />

. As compras de energia da Companhia e da controlada VCNNE são feitas pela Votener, empresa ligada<br />

com a qual há acordos de nível operacional. A Votener é encarregada de gerenciar compras e vendas de<br />

energia, firmando, quando necessário, contratos bilaterais para compra de energia e/ou negociando os<br />

excedentes no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).<br />

. A Companhia possui ou participa em empresas que detêm contratos de concessão do setor de energia<br />

elétrica. Esses contratos prevêem em sua grande maioria pagamentos anuais, a partir do inicio da<br />

operação e reajustado pelo IGPM, a título de Uso do Bem Público ("UBP").<br />

Os contratos apresentam prazo de duração em média de 35 anos e em 31 de dezembro de <strong>2010</strong> estavam<br />

compostos da seguinte forma:<br />

% de<br />

participação Situação Usina<br />

Valor anual<br />

aproximado em <strong>2010</strong> (*)<br />

100 Em operação Pedra do Cavalo 19.711<br />

80 Em licenciamento Pai Querê 1.866<br />

10 Em licenciamento Santa Isabel 11.761<br />

100 Em licenciamento São João e Cachoeirinha 3.085<br />

(*) Valores calculados em relação à participação da Companhia nesses contratos.<br />

36.423<br />

20 Programa de Recuperação Fiscal - REFIS<br />

Em novembro de 2009, a Companhia aderiu ao Programa de Recuperação Fiscal, instituído pela Lei<br />

11.941/09 cujo objetivo é regularizar os passivos fiscais por meio de um sistema especial de pagamento e<br />

de parcelamento de obrigações fiscais e previdenciárias.<br />

Os débitos incluídos são aqueles originados substancialmente de:<br />

COFINS: Majoração da alíquota da COFINS de 2% para 3% determinada pela Lei 9.718/98;<br />

Juros Sobre Capital Próprio – JCP: Discussão sobre a não incidência de JCP sobre PIS/COFINS;<br />

PIS: Ampliação da base de calculo e majoração da alíquota pela Lei 10.637/02 (MP 66/02);<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

CSLL: Execução Fiscal decorrente do não pagamento de CSLL após IR, conforme exigência da Lei<br />

7.689/88;<br />

IR: Auto de Infração decorrente do não recolhimento de IR sobre aplicações financeiras.<br />

O montante atualizado dos débitos incluídos no parcelamento atualizado é de R$ 218.901, para os quais<br />

existiam depósitos judiciais no montante de R$ 77.216. Os impactos no resultado estão relacionados ao<br />

reconhecimento de débitos não provisionados anteriormente de R$ 13.319, reconhecimento de crédito<br />

por benefício de multa e juros no montante R$ 52.254.<br />

21 Patrimônio líquido<br />

(a)<br />

Capital social<br />

O capital social, totalmente subscrito e integralizado em 31 de dezembro de <strong>2010</strong> e<br />

31 de dezembro de 2009 é representado por 110.183.998 e 104.683.991 ações ordinárias,<br />

respectivamente, sem valor nominal.<br />

Em 1º de setembro de <strong>2010</strong> foi aprovada em assembléia extraordinária o aumento de capital social de<br />

R$ 200.000 com reserva de lucros elevando o capital social de R$ 1.889.722 para R$ 2.089.722.<br />

Em 1º de dezembro de <strong>2010</strong> foi aprovada em assembléia extraordinária o aumento de capital social de<br />

R$ 237.490 mediante a emissão de 5.500.007 ações ordinárias nominativas sem valor nominal,<br />

elevando o capital social de R$ 2.089.722 para R$ 2.327.212.<br />

(b)<br />

Reserva legal e de retenção de lucros<br />

A reserva legal é constituída anualmente como destinação de 5% do lucro líquido do exercício e não pode<br />

ultrapassar 20% do capital social. Sua finalidade é assegurar a integridade do capital social. Ela poderá<br />

ser utilizada somente para compensar prejuízo e aumentar o capital.<br />

A reserva de retenção de lucros refere-se à retenção do saldo remanescente de lucros acumulados, a fim<br />

de atender ao projeto de crescimento dos negócios estabelecido no plano de investimentos.<br />

(c)<br />

Reserva para incentivos fiscais<br />

Constituída de acordo com o estabelecido no artigo 195-A da Lei das Sociedades por Ações (emendado<br />

pela Lei 11.638/07), essa reserva recebe a parcela dos incentivos fiscais, reconhecidos no resultado do<br />

exercício e a ela destinados a partir da conta de lucros acumulados. Esses incentivos não entram na base<br />

de cálculo do dividendo mínimo obrigatório.<br />

(d)<br />

Ajuste de avaliação patrimonial<br />

A Companhia reconhece nesta rubrica o efeito das variações cambiais sobre os investimentos em<br />

controladas no exterior detidas de forma direta ou indireta. Esse efeito acumulado será revertido para o<br />

resultado do exercício como ganho ou perda, somente em caso de alienação ou perda do investimento.<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

Para as compras de participações não-controladoras, a diferença entre qualquer contraprestação paga e<br />

a parcela relevante adquirida do valor contábil dos ativos líquidos da controlada é registrada no<br />

patrimônio. Os ganhos ou perdas sobre alienações para participações não-controladoras também são<br />

registrados no patrimônio.<br />

Também é reconhecida nesta rubrica a parcela de variação cambial sobre contratos de empréstimos e<br />

financiamentos em moeda estrangeira destinados como hedge de parte de investimentos no exterior<br />

(Hedge de investimento líquido) e hedge de fluxo de caixa. (Nota 7)<br />

(e)<br />

Dividendos<br />

Os dividendos são calculados de acordo com estatuto da Companhia e em consonância com a Lei das<br />

Sociedades por Ações.<br />

O cálculo dos dividendos, em 31 de dezembro pode ser assim demonstrado:<br />

<strong>2010</strong> 2009<br />

Lucro líquido do exercício 2.670.448 1.810.967<br />

Reserva legal (133.522) (91.803)<br />

Base de cálculo dos dividendos 2.536.926 1.719.164<br />

Dividendos mínimos - 25% conforme estatuto 634.232 429.791<br />

Dividendos complementares 2.480.491 183.723<br />

Total dos dividendos propostos 3.114.723 613.514<br />

Dividendos por ação - R$ 28,27 5,86<br />

22 Receita líquida<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

<strong>2010</strong> <strong>2010</strong> 2009<br />

Receita bruta<br />

Vendas de produtos 2.396.545 9.086.538 8.214.902<br />

Receitas de serviços 427.345 1.237.124 1.084.747<br />

2.823.890 10.323.662 9.299.649<br />

Impostos sobre vendas e<br />

serviços e outras deduções (699.692) (2.276.581) (2.052.225)<br />

2.124.198 8.047.081 7.247.424<br />

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Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

23 Outras receitas operacionais, líquidas<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

<strong>2010</strong> 2009 <strong>2010</strong> 2009<br />

Ganho realizado na permuta de<br />

ativos - Cimpor (Nota 1(b)) 1.672.980 1.672.980<br />

Outras receitas (despesas), líquidas 157.853 135.949 (13.440) (27.114)<br />

1.830.833 135.949 1.659.540 (27.114)<br />

24 Despesas por natureza<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

<strong>2010</strong> 2009 <strong>2010</strong> 2009<br />

Variações nos estoques de produtos acabados e<br />

produtos em elaboração 161.590 67.827 (41.809)<br />

Matérias-primas, insumos e materiais de consumo 1.086.976 4.043.995 3.937.410<br />

Despesa de benefícios a empregados 219.514 48.933 699.155 631.274<br />

Depreciação, amortização e exaustão 68.854 13.476 414.266 445.955<br />

Despesas de transporte 83.918 7.353 483.120 332.268<br />

Outras (receitas) despesas, líquidas 27.840<br />

Custo total das vendas, custos de distribuição e<br />

despesas administrativas 1.620.852 97.602 5.708.363 5.305.098<br />

25 Despesas de benefício a empregados<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

<strong>2010</strong> 2009 <strong>2010</strong> 2009<br />

Salários e adicionais 122.914 29.504 393.713 369.786<br />

Encargos sociais 63.420 14.329 184.115 163.124<br />

Benefícios sociais 33.180 5.100 121.327 98.364<br />

219.514 48.933 699.155 631.274<br />

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Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

26 Resultado financeiro líquido<br />

Controladora<br />

Consolidado<br />

<strong>2010</strong> 2009 <strong>2010</strong> 2009<br />

Receitas<br />

Juros sobre ativos financeiros 18.276 22.162 40.224 53.137<br />

Juros sobre mútuo partes relacionadas 154.176 208.030 230.362 303.194<br />

Rendimento de aplicação financeira 83.038 70.766 139.984 97.540<br />

Outras receitas financeiras 819 34 15.189 214.521<br />

256.309 300.992 425.759 668.392<br />

Despesas<br />

Juros sobre empréstimos, financiamentos e outros (116.351) (50.229) (261.051) (266.873)<br />

Juros sobre mútuo partes relacionadas (145.414) (402.906) (253.019)<br />

Imposto sobre operações financeiras - IOF (64.754) (6.064) (72.021) (19.343)<br />

Outras despesas financeiras (34.880) (29.219) (130.282) (75.227)<br />

Perda com derivativos (1.329) (17.456) (1.330) (54.238)<br />

(362.728) (102.968) (867.590) (668.700)<br />

Variações cambiais e monetárias, líquidas 79.328 133.941 97.227 475.830<br />

(27.091) 331.965 (344.604) 475.522<br />

27 Benefícios de plano de pensão e saúde pós-emprego<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Obrigações registradas no balanço patrimonial com:<br />

Benefícios de planos de pensão 38.646 5.839 70.649<br />

Benefícios de saúde pós-emprego 66.315 71.422 29.743<br />

104.961 77.261 96.763<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009<br />

Despesas reconhecidas na demonstração de resultado com:<br />

Benefícios de planos de pensão 7.386 5.783<br />

Benefícios de saúde pós-emprego 3.715 5.766<br />

11.101 11.549<br />

Perdas atuariais reconhecidos no resultado abrangente no exercício (*) (29.117) (4.936)<br />

Perdas atuariais acumuladas reconhecidas no resultado abrangentes (34.053) (4.936)<br />

(*) Efeito bruto<br />

Majoritariamente, a Companhia mantém um plano de contribuição definida. Algumas investidas, no<br />

entanto, possuem plano de beneficio definido.<br />

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Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

(a)<br />

Contribuição definida<br />

A Companhia e a sua controlada VCNNE são patrocinadoras de planos de aposentadoria privada<br />

administrados pela Fundação Senador José Ermírio de Moraes - FUNSEJEM, um fundo fechado de<br />

previdência privada, sem fins lucrativos, disponível a todos os funcionários. Nos termos do regulamento<br />

do fundo, as contribuições dos funcionários à FUNSEJEM são igualadas pelas patrocinadoras, de acordo<br />

com o nível de remuneração do funcionário. Para os que têm remuneração inferior ao patamar<br />

especificado pelo regulamento, as contribuições são igualadas até 1,5% da remuneração mensal do<br />

funcionário. Para aqueles com remuneração superior ao patamar, igualam-se as contribuições do<br />

funcionário até o limite de 6% da remuneração mensal. Podem também ser realizadas contribuições<br />

voluntárias à FUNSEJEM.<br />

Uma vez cumpridas as contribuições desse plano, não existem obrigações de pagamentos adicionais.<br />

(b)<br />

Benefício definido<br />

A <strong>Votorantim</strong> Cement North America Inc. e a <strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> N/NE dispõem de planos de<br />

aposentadoria de benefício definido, que oferecem também assistência médica e seguro de vida, entre<br />

outros. O custo dos benefícios de aposentadoria e de outros benefícios desses planos concedidos a<br />

funcionários é determinado pelo método de benefício projetado pro rata sobre o serviço e as melhores<br />

expectativas da Administração sobre margens de investimentos, reajustes salariais, tendências de custo e<br />

mortalidade e idade de aposentadoria dos funcionários.<br />

Os valores reconhecidos no balanço patrimonial são os seguintes:<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009 1/1/2009<br />

Valor presente das obrigações financiadas 440.833 405.009 447.179<br />

Valor justo dos ativos do plano 335.872 327.748 350.416<br />

Passivo no balanço patrimonial 104.961 77.261 96.763<br />

A movimentação na obrigação de benefício definido durante o exercício é apresentada a seguir:<br />

Consolidado<br />

<strong>2010</strong> 2009<br />

Saldo inicial 405.009 447.179<br />

Custo do serviço corrente 3.774 14.607<br />

Custo financeiro 26.583 24.206<br />

Contribuições dos participantes do plano 347<br />

Perdas (ganhos) atuariais 25.659 (25.660)<br />

Benefícios pagos (18.038) (38.002)<br />

Reduções nos benefícios (2.501) (17.321)<br />

Saldo final 440.833 405.009<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

A movimentação do valor justo dos ativos do plano de benefícios nos períodos é apresentada a seguir:<br />

Consolidado<br />

<strong>2010</strong> 2009<br />

Saldo inicial 327.748 350.416<br />

Retorno esperado sobre os ativos do plano 8.495 882<br />

Contribuições do empregador 13.065 13.656<br />

Contribuições dos empregados 203 796<br />

Benefícios pagos (13.639) (38.002)<br />

Saldo final 335.872 327.748<br />

As principais premissas atuariais usadas foram as seguintes:<br />

(c)<br />

Consolidado<br />

31/12/<strong>2010</strong><br />

31/12/2009<br />

Planos de<br />

aposentaria<br />

Planos de<br />

aposentaria<br />

Outros<br />

planos pósaposentaria<br />

Planos de<br />

aposentaria<br />

Taxa de desconto 6,8% 5,6% 6,8% 6,7%<br />

Taxa de inflação 4,3% 4,5%<br />

Retorno esperado sobre os ativos do plano 5,0% 7,0% 7,0%<br />

Aumentos salariais futuros 3,0% 2,5% 3,0% 2,5%<br />

Tabua biométrica de mortalidade geral AT - 1983 UP - 94 AT - 1983 UP - 94<br />

Tabua biométrica de mortalidade de inválidos IAPB 57 RP 2000 IAPB 57 RP 2000<br />

Taxa de tendência - Custo de planos de saude 3,0% 6,9% 3,0% 7,0%<br />

Benefícios pós-emprego (planos de pensão e saúde)<br />

Os ativos do maior plano de pensão e saúde (<strong>Votorantim</strong> Cement North America Inc.) são compostos<br />

desta forma:<br />

Ações 50% 47%<br />

Instrumentos de dívida 47% 51%<br />

Caixa 3% 2%<br />

31/12/<strong>2010</strong> 31/12/2009<br />

100% 100%<br />

28 Seguros<br />

De acordo com a Política Corporativa de Gestão de Seguros da Companhia, são contratados diferentes<br />

tipos de apólices de seguros, tais como seguros de riscos operacionais e responsabilidade civil,<br />

proporcionando proteção para seus ativos, para possíveis perdas com interrupção de produção, bem<br />

como para danos a terceiros.<br />

A Companhia e suas controladas mantêm seguro de responsabilidade civil, para suas operações no<br />

Brasil, Canadá e Estados Unidos, com coberturas e condições, consideradas pela Administração destas,<br />

adequadas aos riscos inerentes.<br />

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<strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A.<br />

Notas explicativas da administração às demonstrações<br />

financeiras em 31 de dezembro de <strong>2010</strong><br />

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma<br />

Para as principais plantas do Brasil e a operação da América do Norte é contratada apólice "All Risks"<br />

para todos os seus ativos, incluindo cobertura para perdas com interrupção de produção.<br />

A cobertura de seguro operacional vigente em 31 de dezembro de <strong>2010</strong> é a seguinte:<br />

Ativo Tipo de cobertura Importância segurada<br />

Instalações e equipamentos<br />

Danos materiais 8.089.975<br />

Lucros cessantes 1.971.045<br />

Seguro de riscos operacionais e responsabilidade<br />

civil na usina hidrelétrica Pedra do Cavalo – VCNNE<br />

Anualmente é contratado seguro de riscos operacionais para a UHE, com cobertura "All Risks" e<br />

Importância Segurada total de R$ 199.050. A Companhia mantém seguro de responsabilidade civil, para<br />

esta operação, com coberturas e condições, consideradas pela Administração da Companhia, adequadas<br />

aos riscos inerentes.<br />

29 Eventos subsequentes<br />

Em fevereiro de 2011, a controlada <strong>Votorantim</strong> <strong>Cimentos</strong> S.A. efetuou sua terceira emissão pública de<br />

debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única, da espécie quirografária, com garantia<br />

fidejussória. As debêntures foram distribuídas com esforços restritos de colocação e com dispensa de<br />

registro na Comissão de Valores Mobiliários ("CVM"), nos termos do artigo 6º da Instrução CVM nº 476,<br />

de 16 de janeiro de 2009. A emissão no valor de R$ 600.000, com vencimento em fevereiro de 2021, tem<br />

remuneração de 113,9% do CDI.<br />

* * *<br />

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