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Bio à la Carte

Uma revista com foco em atraír os leitores para a botânica através do paladar.

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Ano 1 | Junho 2015 | Brasil D$ 12,00<br />

<strong>Bio</strong> <strong>à</strong> <strong>la</strong> <strong>Carte</strong><br />

Prazer sem<br />

culpa<br />

Saiba como variar as<br />

proteínas em sua dieta<br />

Para o Mal<br />

e para o Bem<br />

Evitando o veneno<br />

e alucinógenos<br />

em sua vida<br />

Fungos<br />

é hora de comer<br />

Leveduras e Algas<br />

estão presentes na maior<br />

parte dos alimentos


da Redação<br />

Índice<br />

Este trabalho tem como intuito utilizar os conhecimentos adquiridos<br />

de <strong>Bio</strong>logia 1 para o público, com o artifício de misturar o<br />

dia-a-dia com o conhecimento atravéz de receitas.<br />

A revista constitui de:<br />

4<br />

5<br />

Leveduras<br />

Curiosidades<br />

• uma grande matéria: os cogumelos<br />

• duas matérias secundárias:<br />

venenosos e alucinógenos<br />

direto da europa<br />

delicias submarinas<br />

• e algumas matérias curtas de uma página:<br />

leveduras<br />

curiosidades<br />

trufas<br />

outras algas<br />

samambaias<br />

Mesmo sabendo da necessidade de propagandas para dar<br />

a “sensação” de imersão neste trabalho como revista, optamos por<br />

não adicionar para dar enfoque <strong>à</strong>s matérias e imagens.<br />

Tal cuidado também foi pensado ao deixar as páginas sem<br />

muitos artifícios gráficos, no qual a tipografia se torne eficiente na<br />

orientação do leitor.<br />

Desejamos <strong>à</strong> todos uma ótima leitura e que desfrutem mais<br />

tarde dos sabores gastronômicos reunidos neste trabalho.<br />

Dos alunos<br />

Beatriz Teixeira<br />

Iohana Barbosa<br />

Nicole Kakozu<br />

Robson Alves<br />

Samuel Menezes<br />

6<br />

12<br />

16<br />

19<br />

20<br />

25<br />

Prazer sem culpa<br />

Direto da Europa<br />

Para o Bem e para o Mal<br />

Trufas<br />

Delícias Submersas<br />

Suculentas Samambaias


Leveduras<br />

Curiosidades<br />

Os fungos estão mais presentes no seu dia-a-dia<br />

do que você imagina!<br />

Fotos<br />

1. Levedura Saccharomyces cerevisiae<br />

2. Massa com Saccharomyces cerevisiae<br />

3. A mesma massa acima depois da<br />

levedura multiplicada<br />

Sabe bebidas como<br />

vinho, cerveja e até mesmo<br />

aquele champagne?<br />

Então, são todos feitos usando fungos. Esses fungos<br />

unicelu<strong>la</strong>res, mais conhecidos como leveduras, fazem<br />

o processo de fermentação para obtenção de alimento e<br />

que tem como resquício do seu metabolismo, a formação<br />

do álcool apreciada nessas bebidas e o gás carbônico utilizado<br />

na fabricação de pães. Se você for até sua cozinha<br />

agora, há uma grande chance de encontrar fermento biológico<br />

lá! Esse fermento, nada mais é que leveduras em estado<br />

dormente, só esperando pra você colocá-<strong>la</strong>s em meio<br />

nutritivo para começar sua rotina!<br />

No pão, o que é utilizado é o gás carbônico liberado<br />

após a fermentação, que fica aprisionado na massa,<br />

fazendo o que chamamos de alvéolos, mas você deve conhecer<br />

como aqueles “furinhos” que vemos no pão. Essa<br />

porção areada do corpo do pão, permite que ele fique macio!<br />

Isso acontece com bolos também. Sem esses alvéolos,<br />

teríamos uma massa densa pra comer, eca! Então quando<br />

a receita diz pra deixar a massa “descansar”, isso nada<br />

mais é que dar um tempo pras leveduras se multiplicarem<br />

pra que o gás carbônico liberada seja o suficiente para fazer<br />

sua massa crescer.<br />

Na verdade, a fermentação é usada como uma alternativa<br />

a respiração, que nós fazemos, para obtenção de<br />

energia. Essa energia, o ATP, é obtida a partir da quebra da<br />

glicose presente no meio em outros componentes químicos,<br />

para só então sua conversão no álcool e gás carbônico.<br />

Esse componente químico é o Piruvato, que participa de<br />

todo tipo de fermentação. A equação química ficaria mais<br />

ou menos assim:<br />

Glicose 2 molécu<strong>la</strong>s de Piruvato + 2 ATP 2 molécu<strong>la</strong>s de etanol + 2 CO2<br />

Não só os fungos fazem fermentação, bactérias, alguns<br />

protozoários e mesmo célu<strong>la</strong>s humanas fazem fermentação<br />

na ausência de O2.<br />

@Curiosidade<br />

Não só leveduras são usados<br />

na produção da cerveja, algas<br />

vermelhas, encontradas<br />

no Nordeste do Brasil, fazem<br />

parte do processo! Essas algas,<br />

são usadas no processo<br />

de c<strong>la</strong>rificação, que as cervejas<br />

Pilsen, mais popu<strong>la</strong>res por<br />

aqui, passam, que consiste na<br />

retirada de proteínas que deixam<br />

a bebida ficar turva. Essas<br />

algas também são usadas<br />

para dar consistência aqueles<br />

doces típicos, como doces de<br />

batata doce. Hm!<br />

@Curiosidade<br />

Que cerveja é uma das bebidas mais apreciadas<br />

pe<strong>la</strong> humanidade, todos sabem. Há resquícios de<br />

serem consumidas há mais de 5 mil anos pelos<br />

antigos egípcios!<br />

E não eram só utilizadas como bebidas, mas também<br />

para curar algumas doenças e para servirem<br />

de oferenda aos deuses. Mas hoje em dia e<strong>la</strong> não<br />

se atém aos ingredientes mais comuns, como o<br />

malte ou o lúpulo. Já tem por aí cerveja feita com<br />

ostras vivas, formigas saúvas...<br />

Então por que não algas e musgos?<br />

Uma cervejaria nos EUA, a Marshall Wharf<br />

Brewing Co., achou que seria uma boa idéia testar<br />

e por isso criou a Sea Belt, que é uma cerveja que<br />

utiliza as algas da região! Outro exemplo de cerveja<br />

estranha é essa feita no Nordic Food Lab, que<br />

fica em Copenhague, que tem como ingrediente<br />

principal, o musgo de carvalho.<br />

E aí, teria coragem de experimentar?<br />

Quem sabe mata a pau!<br />

A levedura começa a fermentação a partir da<br />

quebra da glicose presente no meio. Essa glicose<br />

serve de “alimento” para o fungo, mas o que<br />

realmente nos interessa industrialmente, são os<br />

resíduos dessa alimentação. Esses resíduos produzidos<br />

pe<strong>la</strong> quebra da glicose são o CO2 e o Etanol,<br />

mais conhecidos como gás carbônico e álcool.<br />

Essa quebra de glicose, fornecesse energia para<br />

a levedura, uma vez que e<strong>la</strong> não consegue obter<br />

energia a partir da respiração como nós.<br />

Comida para todo mundo!<br />

As algas não são somente<br />

utilizadas na alimentação<br />

humana, como em sushis e<br />

sopas, são utilizadas também<br />

como meio nutritivo para<br />

diversos microorganismos.<br />

Mais conhecido como ágar-<br />

-ágar, essa “ge<strong>la</strong>tina” de algas<br />

vermelhas, é utilizada para<br />

criar colônias de bactérias,<br />

fungos, entre outras.<br />

4 5


Cogumelos<br />

Receita<br />

Prazer sem culpa<br />

Bem, se você gosta de culinária exótica, você sem duvida já ouviu fa<strong>la</strong>r nesses<br />

fungos, mas talvez não os conheça tão bem quanto pensa. Vamos começar<br />

com os mais famosos e consumidos no Brasil, os cogumelos japoneses.<br />

O Shiitake (Lentinu<strong>la</strong> edodes) é originário do leste da Ásia, a pa<strong>la</strong>vra “shiitake”<br />

tem origem no japonês shii (uma árvore parecida com carvalho) e take<br />

(cogumelo), esse nome lhe foi dado por se desenvolver em arvores mortas, pois<br />

é um ótimo decompositor de celulose e lignina. Mas além de ser delicioso, o uso<br />

desse cogumelo na alimentação pode trazer uma serie de benefícios para o seu<br />

corpo, entre e<strong>la</strong>s, podemos citar:<br />

• Rico em proteínas e nutrientes<br />

• Cerca de 20% de seu peso é proteína (peso seco)<br />

• Contem todos os 9 aminoácidos essenciais<br />

• Regu<strong>la</strong> a pressão arterial<br />

• Reforça o sistema imunológico<br />

Como pode ser feito o consumo?<br />

Sa<strong>la</strong>das, grelhados, carnes, frito na manteiga, diversos tipo de molhos ou<br />

até mesmo seco in natura, e sim, colocamos uma receita para vocês.<br />

Shimeji (Japão)<br />

Sem duvida o cogumelo comestível mais difundido no mundo é o Shimeji,<br />

é extremamente nutritivo e rico em vitaminas, possui algumas espécies que<br />

são chamadas por esse nome, podendo ser Shimeji-Branco, Shimeji-Preto e<br />

Shimeji-Cinza.<br />

香 り 松 茸 、 味 湿 地 (kaori matsutake*, aji shimeji)<br />

Provérbio japonês que significa “a fragrância é do matsutake, mas o sabor é do<br />

shimeji”).<br />

* Tricholoma matsutake, é o nome comum de um cogumelo micorrízico<br />

valorizado na culinária japonesa por seu odor apimentado.<br />

Sa<strong>la</strong>da de Shiitake com Quiona<br />

Ingredientes<br />

Sa<strong>la</strong>da<br />

1 copo de quinoa crua<br />

1 1/4 copos de caldo vegetal<br />

1 Frasco de óleo fino, de preferência óleo de arroz<br />

3-4 cogumelos shiitake, fatiados<br />

1 cebo<strong>la</strong> péro<strong>la</strong> (aque<strong>la</strong> de conserva)<br />

2-3 xícaras de espinafre<br />

1 abacate fatiado<br />

Sal e pimenta moída na hora<br />

Cebolinhas verdes, para enfeitar<br />

Molho<br />

1 colher de sopa de cebo<strong>la</strong> picada bem fininha<br />

2 colheres de sopa de óleo de cebo<strong>la</strong> em conserva<br />

1 colher de sopa de shoyu<br />

2 colheres de sopa de vinagre de arroz<br />

1 colher de sopa de açúcar mascavo<br />

1 xícara de suco de limão<br />

Modo de preparo<br />

Comece cozinando a quinoa. Se você já tiver algum método<br />

preferido para o cozimento de quinoa que funcione<br />

com você, ignore o próximo passo.<br />

Lave a quinoa em uma peneira fina e escorra bem.<br />

Coloque a quinoa escorrida em uma pane<strong>la</strong> não<br />

aderente em fogo médio até tostá-<strong>la</strong> levemente, por<br />

aproximadamente 2 minutos.<br />

Adicione o caldo vegetal, deixe ferver, baixe o fogo e<br />

tampe. Cozinhe por 15 minutos.Remova a pane<strong>la</strong> do<br />

fogo e deixe em repouso, tampada, por 5 minutos.<br />

Retire a tampa e reserve.<br />

Aqueça um pouco de óleo em uma pane<strong>la</strong> não aderente<br />

em fogo médio. Adicione o cogumelo fatiado de forma<br />

que fique em uma camada e cozinhe sem mexer até<br />

ficar dourado, por aproximadamente 2 - 3 minutos. Vireos<br />

e continue <strong>à</strong> cozinhar até ficarem levemente murchos<br />

e dourados. Seque-os com papel toalha e repita até que<br />

as fatias fiquem cozidas. Tempere os cogumelos com<br />

sal e pimenta, ainda quentes.<br />

Adicione duas colheres e meia de óleo <strong>à</strong> mesma pane<strong>la</strong><br />

e aqueça <strong>à</strong> fogo médio. Adicione as fatias de cebo<strong>la</strong><br />

péro<strong>la</strong> e frite levemente, mexendo até que fiquem douradas.<br />

Desligue o fogo, retire-as da pane<strong>la</strong> e seque-as<br />

com papel toalha, reserve o óleo que usou para fritá-<strong>la</strong>s<br />

e deixe-o esfriar.<br />

Na mesma pane<strong>la</strong>, aqueça o espinafre, tempere com<br />

sal e pimenta e reserve. Coloque os demais ingredientes<br />

e junte a quinoa. Monte o prato comeándo pe<strong>la</strong><br />

quinoa, cobrindo-a com os cogumelos, espinafre e por<br />

fim o abacate fatiado.<br />

Decore com as cebo<strong>la</strong>s douradas e cebolinhas verdes.<br />

6 7


Cogumelos<br />

Receitas<br />

Stir-fried King Buna Shimeji With Parsley<br />

灵 芝 王 菇 炒 芫 荽<br />

Retirada em : Doris Choo @ Sumptuous F<strong>la</strong>vours<br />

Uma receita saudável e saborosa. Pode ser até mesmo<br />

crocante se utilizar cogumelos inoki frescos.<br />

Para adicionar mais sabor, utilize salsa chinesa.<br />

Comummente acompanhada com arroz, pode ser feita<br />

também com risoto.<br />

• Lyophyllum shimeji<br />

(em japonês: hon-shimeji, 本 湿 地 , Shimeji verdadeiro):<br />

é uma micorriza. Considerado por muitos o mais saboroso<br />

dos cogumelos por conta de seu sabor único, mas para a<br />

tristeza de muitos, é um fungo difícil de ser criado, o que<br />

aumenta seu preço de mercado #chateado.<br />

Bluestem’s Chawanmushi with Hon Shimeji,<br />

Scallion, and Dashi<br />

Receita<br />

Serve 4 pessoas | Preparo 1 hora | Tempo total 2 horas<br />

Retirada em: Cook the Book: ‘Bluestem: The Cookbook’<br />

Procedimentos<br />

1 Para fazer o dashi: Lave o kombu em água ge<strong>la</strong>da.<br />

Em uma pane<strong>la</strong>, cozinhe o kombu na água em fogo<br />

alto até levantar fervura. Desligue o fogo, removendo o<br />

kombu e adicionando os flocos de bonito. Deixe de <strong>la</strong>do<br />

para resfriar. O bonito ficará mole e irá afundar. Quando<br />

todo o bonito estiver submerso, peneire o líquido descartando<br />

o bonito apenas.<br />

2 Para fazer o caldo do chawanmushi: Combine o dashi<br />

com o shoyu, vinagre e mirin em uma pane<strong>la</strong>. Aqueça<br />

em fogo médio até ferver. Desligue o fogo e mantenha o<br />

caldo quente.<br />

• Hypsizygus marmoreus<br />

(em japonês: buna-shimeji, 椈 湿 地 , Shimeji que cresce na<br />

faia /buna/ ,faia é Fagus crenata) é um fungo saprófago.<br />

O mais comum e mais fácil de ser cultivado.<br />

Ingredientes<br />

300g king buna shimeji<br />

(2 dois pacotes)<br />

ou cogumelos inoki<br />

30g salsinha em pedaços<br />

de 5cm. Deixe de molho na<br />

água por 15 minutos e <strong>la</strong>ve.<br />

3 dentes de alho,<br />

amassadas<br />

2 colheres de chá de óleo<br />

Salsa<br />

King buna shimeji<br />

Seasonings<br />

2 colheres de chá de molho<br />

de ostra<br />

1/2 colher de chá de sal<br />

1 colher de chá de açúcar<br />

1 tige<strong>la</strong> de água<br />

Ingredientes<br />

Dashi<br />

30 ml de kombu<br />

8 copos de água<br />

35 gramas flocos de<br />

bonito<br />

Caldo de Chawanmushi<br />

2 1/2 copos de Dashi<br />

2 colheres de sopa de<br />

shoyu<br />

2 colheres de sopa de<br />

vinagre de arroz<br />

1 colher de sopa e<br />

mais 1 colher de chá de<br />

mirin<br />

Mushrooms<br />

1 colher de sopa óleo de<br />

gergelim escuro<br />

4 ml de hon shimeji<br />

mushrooms<br />

2 colheres de sopa de água<br />

1 colher de sopa de mirin<br />

Chawanmushi Base<br />

2 1/2 copos de Dashi<br />

1 colher de sopa de shoyu<br />

1 colher de sopa de mirin<br />

1/2 colher de chá de<br />

vinagre de arroz<br />

3 ovos grandes<br />

Pedaços finos de cebolinha<br />

para enfeite<br />

3 Sauté de cogumelos: Aqueça em fogo médio, o óleo<br />

de gergelim em uma pequena pane<strong>la</strong>. Adicione os<br />

cogumelos, a água e mirin por 30 segundos até os<br />

cogumelos ficarem levemente macios. Tire os cogumelos<br />

da pane<strong>la</strong>.<br />

4 Para fazer a base do Chawanmushi: Pré aqueça o<br />

forno em135°C. Bata no liquidificador o dashi, shoyu,<br />

mirin, vinagre e os ovos em velocidade baixa. Peinere<br />

e divida a base em 4 pequenas tige<strong>la</strong>s. Cubra-as bem<br />

com filme plástico.<br />

5 Coloque as tige<strong>la</strong>s em uma cassaro<strong>la</strong> com 3 cm de<br />

água e leve-as para o forno para assar por 40 minutos<br />

até que o chawanmushi fique consistente. Após isso,<br />

coloque as tige<strong>la</strong>s para esfriar lentamente e cuidadosamente<br />

retire o filme plástico.<br />

Para Servir: Coloque um copo de caldo do chawanmushi<br />

em cada tige<strong>la</strong>. E adicione os cogumelos salteados<br />

e a cebolinha como guarnição.<br />

6 Sirva imediatamente.<br />

Dissolva todos ingredientes em uma tige<strong>la</strong> com água.<br />

Solução para engrossar o caldo<br />

1/2 colher de sopade farinha de tapioca dissolvida em<br />

1 colher de sopa de água<br />

Procedimentos<br />

1. Aqueça o óleo em um wok em temperatura média.<br />

Salteie os alhos amassados até ficarem dourados.<br />

2. Coloque os ingredientes do molho. Então, adicione a<br />

tige<strong>la</strong> de água até fervura em temperatura alta.<br />

3. Adicione king buna shimeji/inoki.<br />

Deixe ferver por 5 minutos.<br />

4. Adicione a salsa e a solução para engrossar.<br />

Misture constantemente.<br />

5. Deixe fervendo por outro meio minuto.<br />

6. Sirva.<br />

8 9


Cogumelos<br />

Receitas<br />

Cogumelos na Pane<strong>la</strong> ou Kinoko Nabe<br />

Adaptada do livro “Japanese Hot Pots” – Serves 4<br />

Retirada de Savorysweetlife.com por Alice Currah<br />

• Lyophyllum decastes<br />

(em japonês: hatake-shimeji 畑 湿 地 , Literalmente, shimeji<br />

que cresce na agricultura /hatake/ ) é um cogumelo<br />

saprófago, do mesmo gênero de hon-shimeji .<br />

Ingredientes<br />

4 copo de dashi (4 copos de água + of water + 2-6<br />

pedaços de kombu + 45 ml de flocos de bonito)<br />

1 copo de sake<br />

1/2 copo de mirin<br />

1/2 copo de soyu<br />

45 gr de acelga chinesa cortada<br />

1/2 pacote de tofu cortado em 4 pedaços<br />

45 gr de cogumelo hiratake<br />

85 gr de edodes shimeji<br />

200 gr de hatake shimeji<br />

450 gr de espinafre cortado<br />

Opicional: Pitada de pimenta vermelha japonesa<br />

(Shichimi togarashi)<br />

Procedimentos<br />

1.Para fazer o caldo: Em uma pane<strong>la</strong> grande ou wok<br />

coloque o dashi, sake, mirin e shoyu e cozinhe em fogo<br />

médio.<br />

2. Adicione a acelga e o tofu e espere até ferver. Diminua<br />

o fogo e tampe por 5 minutos.<br />

3. Retire a tampa e adicione os cogumelos e o macarrão<br />

de Udon e cozinhe por mais 5 minutos.<br />

4. Adicione o espinafre e cozinhe por mais 1 minuto.<br />

Retire e descarte o Kombu.<br />

5. Sirva em tige<strong>la</strong>s individuais e adione Shimichi Togarashi<br />

quando necessário. Aprecie!<br />

• Pleurotus ostreatus<br />

(em japonês: hiratake ひら 茸 ): é um cogumelo saprófago<br />

também conhecido como Cogumelo-Ostra. No Brasil, esta<br />

espécie é conhecida e comercializada como shimeji.<br />

Hiratake sautée<br />

Ingredientes<br />

1 colher de sopa de óleo vegetal<br />

500g de cogumelo Hiratake<br />

2 colheres de chá de vinagre de maçã<br />

Preparação<br />

Corte os cogumelos em pedaços de aproximadamente<br />

3cm, aqueça o óleo em uma frigideira grande antiaderente.<br />

Frite os cogumelos com meia colher de sal,<br />

até que fiquem dourados, o que leva em torno de 8<br />

minutos. Adicione o vinagre e frite até que o mesmo<br />

evapore, o que leva em torno de 1 minuto. Tempere com<br />

sal, coloque os cogumelos em um prato e deixe esfriar.<br />

Sirva <strong>à</strong> temperatura ambiente.<br />

Quem sabe mata a pau!<br />

Micorriza: Associação de ajuda mutua de fungos com raízes de p<strong>la</strong>ntas, myco significa “fungo” e riza “raiz”.<br />

Saprófago: É o termo utilizado para seres decompositores, sapros significa “morto” e fagus “comer”.<br />

10 11


Cogumelos<br />

Venenosos<br />

Direto da Europa<br />

Talvez você não seja tão fã de culinária asiática e não<br />

conhecia os pratos, mas provavelmente você conhece o<br />

Strogonoffe, normalmente acompanha Champignons no<br />

seu molho, o Champignon também é utilizado em uma<br />

grande variedade de molhos, assados e pizzas. Esse próximo<br />

grupo de cogumelos que vamos conhecer, apresenta<br />

uma característica interessante, cogumelos de mesmo<br />

gênero ao serem ingeridos podem nos propiciar diferentes<br />

reações.<br />

Agaricus xanthodermus – O interessante dessa espécie é<br />

que e<strong>la</strong> é e não é venenosa ao mesmo tempo, #comoassim?,<br />

A maioria das pessoas ao ingerir esse fungo podem<br />

apresentar intoxicação não letal, a pessoa começa<br />

a apresentar enjoos e desregu<strong>la</strong>ções gastrointestinais,<br />

mas, quando ingerido por outras pessoas não apresenta<br />

nenhum efeito-co<strong>la</strong>teral, seu nome “xanthodermus”<br />

refere-se a base do cogumelo que apresenta uma coloração<br />

amarelo forte, xanthos vem do grego e significa<br />

“amarelo” e dermus significa “pele”, apresenta também<br />

um odor muito forte e desagradável que desencoraja a<br />

maioria das pessoas a come-lo, logo, não é comercializado<br />

para consumo, e se fosse, seria um péssimo modo<br />

de descobrir se é o seu dia de sorte.<br />

Agaricus silvaticus – Conhecido popu<strong>la</strong>rmente no Brasil<br />

como Cogumelo do Sol©, amp<strong>la</strong>mente difundido por<br />

suas propagandas na televisão, as capsu<strong>la</strong>s vendidas<br />

realmente podem fazer “mi<strong>la</strong>gres” no seu corpo, como<br />

já foi citado, os Cogumelos são extremamente ricos em<br />

vitaminas ,proteínas e aminoácidos essenciais para o<br />

nosso organismo, e não, essa “tecnologia” não é tão recente<br />

quanto você pensa, existem registros que datam<br />

mais de XXXX anos sobre povos na Ásia e Europa que<br />

já sabiam dessas propriedades medicinais e os consumiam.<br />

Agaricus californicus – Assim como o A. xanthodermus,<br />

essa espécie também é venenosa, causa o mesmo problema<br />

que o ultima espécie citada só que um pouco mais<br />

agressivo e quantidade de pessoas que ingerem sem<br />

terem nenhum problema é muito inferior.<br />

Agaricus campestres – Este sem duvida é o cogumelo<br />

mais comum nos supermercados e nos cozinhas<br />

brasileiras, o Champignon, provavelmente você não sabia<br />

que ele era tão próximo do Cogumelo do Sol© não<br />

é? Pois bem, o Champignon possui também uma vasta<br />

gama de propriedades benéficas para o nosso corpo,<br />

obviamente, não tantas e em tão grandes proporções<br />

quanto o A. silvaticus, comumente é utilizado para<br />

fazer molhos, carnes e principalmente o famoso Strogonoffe,<br />

que talvez você não tenha percebido que um<br />

dos ingredientes é um fungo decompositor.<br />

O que podemos concluir?<br />

Não é aconselhável ingerir qualquer tipo de cogumelo<br />

encontrado na natureza (a não ser que você seja um especialista<br />

em cogumelos), pois a diferença entre um cogumelo<br />

comestível e um cogumelo venenoso é pouquíssima,<br />

como pode ver, dos 4 que foram apresentados, 2 são extremamente<br />

nutritivos e fazem bem ao organismo e 2 podem<br />

ser prejudiciais para o organismo.<br />

Agaric champêtre<br />

12 13


Cogumelos<br />

Receitas<br />

Risoto de Cogumelo Porcini<br />

Cogumelo Porcino ou Porcini<br />

Sem duvida é o queridinho dos italianos, seu nome Porcini<br />

vem do italiano para porco, não, esse nome não tem<br />

nada a ver com os porcos que farejam as trufas, recebeu<br />

esse nome por possuir um aspecto corpulento e maciço,<br />

Os antigos romanos davam a este cogumelo a denominação<br />

Suillus (suíno), você deve conhecer pelo nome Funghi<br />

Secchi ou somente Funghi utilizado para fazer risotos e<br />

molhos, o Botelus edulis normalmente é encontrado associado<br />

a Pinheiros e Carvalhos nas épocas chuvosas, os<br />

mais maduros podem pesar até 1kg.<br />

E para deixar vocês com agua na boca, aqui vai uma receita<br />

de risoto:<br />

Autora: Giulia<br />

Tempo:<br />

Preparo 10 mins | Cozimento 25 mins | Total 35 mins<br />

Serve: 4 pessoas<br />

Ingredientes<br />

1.5 l de água<br />

1 maço de ervas frescas<br />

(salvia, alecrim, erva-das-azeitonas)<br />

Sal e Azeite de Oliva Extra Virgem<br />

500 g de cogumelos porcini<br />

2 dentes de alho<br />

1 chilli seco<br />

1 cebo<strong>la</strong><br />

400 g de arroz Carnaroli<br />

Queijo Parmigiano<br />

Salsinha Fresca<br />

Procedimentos<br />

1. Para fazer o caldo: Ferva a água com uma boa pitada<br />

de sal e o maço de ervas por 5 minutos. Peneire e<br />

reserve.<br />

2. Aqueça algumas colheres de sopa de azeite extra<br />

virgem em uma frigideira e doure o alho.<br />

3. Cozinhe os cogumelos por 10 minutos até ficarem<br />

macios e seu líquido reduzir na pane<strong>la</strong>. Tempere com<br />

sal e pimenta e reserve.<br />

4. Corte a cebo<strong>la</strong> em finos pedaços e com algumas<br />

colheres de azeite em fogo baixo, até ficarem macios.<br />

5. Coloque o arroz e deixe-o tostar, misturando sempre<br />

até ficarem translucidas.<br />

6. Adicione uma concha do caldo e misture até o arroz<br />

absorver. Continue o processo misturando vigorosamente<br />

até que cada concha seja absorvida. O que<br />

levará aproximadamente 15 min.<br />

6. Agora, adicione os cogumelos e continue misturando<br />

tudo por mais 5 minutos, adicionando mais caldo caso<br />

necessário.<br />

7. Quando o arroz ficar al dente, retire do fogo. Coloque<br />

algumas colheres de Parmigiano e misture até ficar<br />

cremoso. Sirva com salsinha fresca<br />

Cogumelo Portobello<br />

Outro que não podemos deixar de comentar é o Cogumelo<br />

Portobello (Agaricus bisporus), parente próximo do<br />

Champignon (Agaricus silvestris), este cogumelo é bem<br />

parecido com o champignon só que bem maior e com o<br />

píleo (chapéu) mais <strong>la</strong>rgo e isso possibilita recheá-lo com<br />

o que vier a mente, geralmente é consumido fresco pois<br />

assim pode-se desfrutar de seu aroma e textura, aqui vão<br />

algumas ideias:<br />

- Experimente um Portobello grelhado no lugar de um<br />

hambúrguer.<br />

- Substitua o Champignom por Potobello na receita de Strogonoff,<br />

o prato ganhará mais sabor e textura.<br />

- Recheie o chapéu com algum queijo de sua preferencia,<br />

tempere-o com ervas finas e azeite e coloque no forno ou<br />

na grelha por alguns minutos.<br />

Tóxicos<br />

Página ao <strong>la</strong>do<br />

1. Cogumelo Porcini<br />

2. Rissoto com Cogumelo Porcini<br />

Pagia Atual<br />

1.Receita de Agaricus bisporus<br />

2.Agaricus bisporus<br />

14 15


Tóxicos<br />

Mágicos<br />

Cogumelos<br />

para o Bem e para o Mal<br />

Fa<strong>la</strong>mos até agora só sobre os cogumelos comestíveis, MAS, lembre-se que não são todos os cogumelos que podemos<br />

comer, alguns destes são muitos semelhantes a alguns comestíveis e por isso não podemos comer os cogumelos que<br />

encontramos em matas ou parques pois é muito difícil diferenciar quais podemos ou não comer, aqui vão algumas<br />

curiosidades:<br />

Tóxicos<br />

Gyromitra esculenta - Este cogumelo é potencialmente letal<br />

se ingerido cru mas é um petisco comum no hemisfério<br />

norte, o modo de preparo para ser servido é o cozimento, o<br />

que “destrói” a toxicidade e permite ser consumido<br />

Morchel<strong>la</strong> sp. – É um cogumelo normalmente confundido<br />

com os Gyromitra e também não deve ser ingerido cru<br />

Mágicos<br />

Sem dúvida você estava esperando por essa parte, os<br />

cogumelos alucinógenos sempre geraram grande curiosidade<br />

nas pessoas e a séculos muitas culturas os utilizavam<br />

em rituais religiosos como os Maias e os Egípcios, mas afinal<br />

de contas porque esses cogumelos tem de especial?<br />

Esses cogumelos possuem uma substancia conhecida<br />

como Psilocibina e Psilocina que são alucinógenas, ou<br />

seja, quando ingeridas causam alucinações e visões, mas<br />

deve haver um cuidado muito especial quando se trata<br />

dessas substancias pois dependendo da dose pode ser letal.<br />

Os Maias acreditavam que quando ingeriam esses<br />

cogumelos ficavam mais próximos e até poderiam ver e tocar<br />

os deuses, logo, não eram utilizados para “ficar doidão”<br />

mas sim em rituais de extrema importância para a cultura,<br />

tanto é que até hoje em algumas culturas mexicanas<br />

indígenas é utilizado em rituais Xamanicos.<br />

A psilocibina é uma substancia encontrada principalmente<br />

nos cogumelos do gênero Psilocybe, estes são encontrado<br />

principalmente na América Central e utilizados<br />

principalmente por tribos indígenas em rituais xamanicos<br />

Sem duvida o próximo é um dos cogumelos mais<br />

conhecido no mundo todo, a casa dos Smurfs, o cogumelo<br />

do Mario, os cogumelos da Alice e entre tantos outros desenhos<br />

que sempre vemos, e mesmo assim poucos sabem<br />

o que esse cogumelo pode causar, este é um cogumelo<br />

muito comum em zonas frias, montanhosas e sempre esta<br />

próxima a pinheiros.<br />

Um fato interessante sobre o gênero Amanita é que<br />

nem todas as espécies possuem substancias toxicas, como<br />

exemplo temos o Amanita rubescens que não possui nenhuma<br />

toxicidade, já o Amanita muscaria e o Amanita<br />

pantherina possuem neurotoxinas como Ácido Ibotênico<br />

e Muscimol<br />

1 Retrato de Maria Sabina, uma importante<br />

curandeira que utilizava cogumelos<br />

Psilocybe em rituais no México.<br />

2 psilocibina.<br />

3 Psilocybe mexicana.<br />

4 Super Mario, da Nintendo.<br />

5. Alice no País das Maravilhas de Tim<br />

Burton.<br />

16 17


Em casa e com fadas<br />

Trufas<br />

Alguns são tao comuns<br />

que você pode encontrar<br />

na sua cozinha<br />

Smurfs fez muito sucesso na dec de 80.<br />

Acima: Amanita rubesces.<br />

Abaixo: Amanita muscaria<br />

Sabe o bolor ou mofo do pão? Esses também são fungos<br />

só que estes são unicelu<strong>la</strong>res, estes podem causar<br />

problemas gastointestinais quando ingeridos, em termos<br />

simples, dores de barriga e enjoos, são bem comuns<br />

de aparecerem tanto é que na Europa da idade média<br />

aconteceram alguns fatos interessantes, alguns grandes<br />

celeiros que armazenavam grãos foram infectados por<br />

fungos e naque<strong>la</strong> época não havia muita higiene e estes<br />

grãos eram consumidos do mesmo jeito, na maioria das<br />

vezes como pão, só que o interessante é que ao serem consumidos<br />

esses fungos causavam uma série de sintomas<br />

no individuo como: calores, suor e até alucinações, logo,<br />

vocês já podem imaginar o que aconteceu, vários cidadãos<br />

começaram a apresentar esses sintomas no meio da rua e<br />

muitos acreditavam que estavam “com o Diabo no corpo”<br />

pois as reações variavam desde visões e pessoas dizendo<br />

frases sem sentido até calores tão intensos que os obrigavam<br />

a tirar as roupas no meio da rua. Bem deve ter sido<br />

“bem loko” esse dia.<br />

Anéis de fadas<br />

Como se os fungos já não fossem loucos o suficientes<br />

com suas cores aspectos e substancias, alguns fungos dão<br />

origem aos chamados “Anéis de fadas” pois os cogumelos<br />

crescem de maneira que forme um circulo no solo, possuem<br />

esse nome pois povos europeus antigos acreditavam<br />

que durante a noite as fadas e seres mágicos faziam festas<br />

e dançavam em círculos e esses cogumelos eram resultado<br />

disso, outros povos diziam que bruxas faziam magias<br />

e amaldiçoavam aquele local e outros até diziam que<br />

naquele lugar havia caído um relâmpago.<br />

Acima: Tuber me<strong>la</strong>nosporum<br />

Abaixo: Tuber aestivum<br />

Pra quem tem bom gosto<br />

(e bolso $$): Trufa<br />

Não, não é a trufa de choco<strong>la</strong>te, a trufa de que iremos<br />

fa<strong>la</strong>r é um fungo micorriza #comoassim? Como vimos<br />

anteriormente, as micorrizas são associações entre raízes<br />

e micélios que formam um corpo frutífero subterrâneo , as<br />

trufas são bem difíceis de serem encontradas já que estão<br />

enterradas, mas o ser humano descobriu como encontra<strong>la</strong>s,<br />

cães e porcos (sim, Porcos) adestrados farejam o solo<br />

próximo a Carvalhos e Castanheiras.<br />

As trufas são do gênero Tuber e as espécies mais comuns<br />

são a Trufa de verão (Tuber aestivum) e a Trufa Negra (Tuber<br />

me<strong>la</strong>nosporum), normalmente são servidas como temperos<br />

para dar um toque especial na gastronomia. Possuem<br />

um gosto único e suave mas o seu preço é bem “salgado”<br />

variando de 300 a 2.000 dó<strong>la</strong>res o quilo, achou caro? A<br />

trufa mais cara já vendida foi encontrada na Itália e foi<br />

arrematada por 330 mil dó<strong>la</strong>res em um leilão que ocorreu<br />

simultaneamente em Macau(China), Londres(Ing<strong>la</strong>terra) e<br />

Florença(Itália), a trufa pesava 1,5 kg e foi comprada por<br />

Stanley Ho, dono de um cassino em Macau.<br />

Já que comentamos da Trufa que é pra quem curte algo<br />

mais gourmet, fa<strong>la</strong>remos então dos cogumelos utilizados<br />

pelos “chefs de cuisine”, estes cogumelos são comuns na<br />

culinária europeia e normalmente acompanham pratos<br />

mais sofisticados, provavelmente você deve conhecer alguns<br />

deles mas talvez não nessas receitas.<br />

18 19


Algas<br />

Receita<br />

Delícias Submersas<br />

Algas são organismos poucos conhecidos pe<strong>la</strong> grande<br />

maioria da popu<strong>la</strong>ção, e até mesmo objeto de dúvidas para<br />

experientes biólogos. Porém sua importância não pode ser<br />

ignorada. Por serem fotossintetizantes, são consideradas<br />

como responsáveis pe<strong>la</strong> manutenção do oxigênio na atmosfera,<br />

além de servirem de alimento para diversos animais<br />

aquáticos, e, até mesmo para nós, seres humanos.<br />

Uma história milenar<br />

O uso de algas na culinária data de milhares de anos<br />

atrás. No Japão, descobertas arqueológicas mostram que<br />

eram usadas desde o período Jomon (10.500-300 A.C). No<br />

Peru, foram encontrados resquícios de algas do grupo<br />

Kelps em utensílios culinários primitivos (datando de<br />

2500 A.C).<br />

Curiosamente<br />

Durante o período Yayoi (200 A.C. – 200 D.C.) foi estabelecida<br />

a ‘Lei de Taiho’ na qual algas, juntamente com<br />

outros produtos marinhos, eram usadas como pagamento<br />

de impostos <strong>à</strong> corte real.<br />

Sushi (uso da alga Nori)<br />

Ingredientes<br />

Arroz:<br />

• 2 xícaras (chá) de arroz japonês<br />

• 2 xícaras (chá) de água<br />

Tempero para o arroz:<br />

• 1/2 xícara (chá) de vinagre japonês para sushi<br />

(tozan)<br />

• 1 e 1/2 xícaras (chá) de açúcar<br />

• 1/2 colher (café) de sal<br />

• 1 colher (café) de ajinomoto<br />

Sushi de verduras:<br />

• 1 xícara de água<br />

• 3/4 xícara de açúcar<br />

• 1/4 xícara de shoyu<br />

• 1 saquinho de hondashi<br />

• 1 cenoura cortada em tiras no sentido do comprimento<br />

• 15 vagem<br />

• Gengibre em conserva, cortado em tiras<br />

Montagem:<br />

• 1 pacote de nori (algas)<br />

Modo de Preparo<br />

Arroz<br />

Algas na culinária oriental<br />

Nori ( 海 苔 )<br />

é o nome dado <strong>à</strong> um grupo de algas do gênero Porphyra<br />

muito utilizado pelos japoneses no sushi e onigiri, onde<br />

são utilizados para enro<strong>la</strong>r o arroz e os outros ingredientes.<br />

1. Em uma pane<strong>la</strong> colocar o arroz e a água e levar ao<br />

fogo para cozinhar<br />

2. Quando levantar fervura, mexer e deixar cozinhar em<br />

fogo brando<br />

Tempero<br />

1. Misturar todos os ingredientes em uma tige<strong>la</strong>, misturando<br />

aos poucos, ao arroz cozido<br />

2. Ir experimentando para ver o tempero<br />

3. Reservar cerca de 1 colher (sopa) do tempero para<br />

fechar os sushis<br />

Verduras<br />

1. Colocar todos os ingredientes do sushi de verduras<br />

em uma pane<strong>la</strong>, exceto o gengibre e deixar cozinhar até<br />

ficarem macios<br />

2. Desligue o fogo e escorra - os<br />

Montagem<br />

1. Com a ajuda de uma esteira própria para enro<strong>la</strong>r sushi,<br />

coloque o nori, com o <strong>la</strong>do que brilha voltado para<br />

dentro (onde se colocará o arroz)<br />

2. Preencher o nori com o arroz, que deverá estar frio<br />

3. Deixar dois dedos do nori sem preencher com o arroz<br />

4. Bem no centro colocar 2 tiras de cenoura, 2 tiras de<br />

vagem e tirinhas de gengibre (1 fileira)<br />

5. Passar um pouquinho do tempero que usou para o<br />

arroz no local do nori onde não foi preenchido com o<br />

arroz<br />

6. Enro<strong>la</strong>r do sentido de onde está o arroz para o sentido<br />

da onde não foi colocado o arroz, para que grude<br />

7. Tire a esteirinha e corte os sushis, com espessura de<br />

cerca de 2 dedos cada um<br />

Outras opões de recheios:<br />

1. Atum - alface - maionese<br />

2. Salmão crú - wasabi (condimento japonês)<br />

3. Salmão - manga - pepino<br />

Informações Adicionais<br />

•Dicas: Com essa receita de arroz, poderá ser feito temakis<br />

e utilizar o recheio que preferir. Os sushis também<br />

podem ser feitos com o recheio que preferir.<br />

20 21


Algas<br />

Receita<br />

Wakame (ワカメ)<br />

do gênero Undaria, tem sabor suave e adocicado, e são utilizadas<br />

não só no Japão, mas também na China e Coréia<br />

em pratos como sopas ou sa<strong>la</strong>das.<br />

Receita de Missoshiro<br />

(uso da alga wakame)<br />

Ingredientes<br />

750 ml de água<br />

1 envelope de hondashi<br />

3 colheres (sopa) de missô<br />

1 fatia grossa de tofu cortado em cubos<br />

3 colheres (sopa) de cebolinha<br />

alga wakame<br />

Preparo<br />

1.Ferva a água, coloque numa tige<strong>la</strong> ou vasilha e misture<br />

o missô no recipiente<br />

2. Acrescente os outros ingredientes, não é necessário<br />

levar ao fogo, o calor da água fervente irá cozinhar levemente<br />

os demais ingredientes no ponto certo.<br />

3. Sirva.<br />

Konbu ( 昆 布 )<br />

da família Laminariaceae, são excelentes quando cozidas<br />

junto <strong>à</strong> leguminosas ou vegetais, sendo especialmente macias<br />

e digeríveis, o que evita a formação de gases intestinais.<br />

Receita de Bimby<br />

(Alga Konbu refogada)<br />

Ingredientes<br />

1 pedaço de alga marinha konbu de 9cm<br />

1 colher (sopa) de óleo<br />

1 colher (sopa) rasa de cebo<strong>la</strong> picada<br />

1 colher (sopa) de shoyu<br />

Modo de preparo<br />

Deixar a alga de molho por duas horas para que cresça<br />

e fique macia.<br />

Cortá-<strong>la</strong> em fatias, dourar a cebo<strong>la</strong> em óleo numa pane<strong>la</strong>,<br />

acrescentar o shoyu, cozinhar meio minuto, juntar a<br />

alga e cozinhar por mais quinze minutos.<br />

Não usar sal, pois o shoyu já é salgado.<br />

22 23


Algas<br />

Pteridófitas<br />

Outros usos<br />

Spirulina<br />

Uma cianobactéria, rica em nutrientes.<br />

Têm sido utilizada no tratamento<br />

de hiperlipidemia(elevação<br />

de gorduras no organismo), controle<br />

da pressão arterial e diminuição da<br />

glicose circu<strong>la</strong>nte.<br />

Também é utilizado como complemento<br />

alimentar principalmente<br />

por sua atividade antioxidante.<br />

Agar-Agar<br />

Também conhecido como ágar ou<br />

agarose. Trata-se de uma substância<br />

extraída de diversos gêneros e<br />

espécies de algas vermelhas, sendo<br />

um polímero insolúvel em água<br />

fria, mas que se expande e absorve<br />

cerca de 20 vezes seu peso em água.<br />

É utilizado na microbiologia na<br />

cultura de bactérias e na culinária<br />

para a fabricação de ge<strong>la</strong>tinas.<br />

Suculentas<br />

Samambaias<br />

Da decoração ao prato<br />

Provavelmente todos nós já vimos uma samambaia<br />

antes. Seja na casa da vovó, ou no jardim de sua própria<br />

casa, essas p<strong>la</strong>ntas vêm ocupando espaço na decoração<br />

de ambientes há muito tempo. Pertencentes ao grupo das<br />

Pteridófidas (do grego, Pteridon significa ‘feto’ e phyton<br />

‘p<strong>la</strong>nta’), são p<strong>la</strong>ntas que não possuem sementes, flores ou<br />

frutos, se reproduzem por esporos, localizados em pequenas<br />

estruturas chamadas soros (lê-se soros) que ficam embaixo<br />

de suas folhas. O que poucas pessoas sabem, é que<br />

em algumas regiões do mundo, p<strong>la</strong>ntas desse grupo são<br />

usadas como alimento.<br />

Não parece muito apetitoso, certo? Mas é verdade. No<br />

norte do país, em cidades andinas da Venezue<strong>la</strong> e em algumas<br />

regiões do Japão é comum comer o broto da samambaia,<br />

mas não a mesma da decoração, chamada Nephrolepis<br />

panicu<strong>la</strong>ta e sim a Pteridium aquilinum.<br />

O broto se chama báculo e na verdade trata-se da folha<br />

jovem da samambaia, possui sabor amargo e algumas<br />

pesquisas demonstram que existem substâncias tóxicas<br />

e cancerígenas que podem trazer problemas com o consumo<br />

<strong>à</strong> longo prazo. Tais estudos também apontam haver<br />

uma corre<strong>la</strong>ção entre as regiões que utilizam samambaia<br />

como alimento e elevados índices de cânceres gástricos e<br />

na bexiga em seres humanos, principalmente os que vivem<br />

em áreas rurais.<br />

A ação tóxica e carcinogênica da samambaia é observada<br />

também em animais que a utilizam como fonte de<br />

alimento, onde, apontam os estudos, há o surgimento de<br />

neop<strong>la</strong>sias na bexiga e trato gastrointestinal de bovinos e<br />

equinos.<br />

Se mesmo sabendo dos riscos você tem interesse em<br />

provar essa iguaria exótica, temos abaixo uma receita<br />

excelente. Afinal, só se vive uma vez.<br />

Broto de Samambaia com<br />

Costelinha de Porco<br />

Tempo de Preparo 01 hora<br />

Ingredientes<br />

1 kg de costelinha de porco<br />

400 g de broto de samambaia<br />

1 cebo<strong>la</strong><br />

1 tomate<br />

1 pimentão<br />

1 colher de banha de porco<br />

1 colher de sobremesa de corante<br />

Tempero e cheiro verde a gosto<br />

Modo de Preparo<br />

1 - Lavar o broto de samambaia<br />

2 - Ferver o broto de samambaia pelo menos<br />

2 vezes, por 3 minutos, para tirar o amargo, escorrendoo<br />

e reservando-o<br />

3 - Temperar a costelinha<br />

4 - Fritar a costelinha e refogá-<strong>la</strong> na banha de porco ou<br />

óleo de soja junto com o tempero, o cheiro verde, a cebo<strong>la</strong>,<br />

o tomate e o pimentão (cortados em pedacinhos)<br />

5 - Cozinhar por 25 minutos<br />

6 - Juntar o broto de samambaia<br />

7 - Cobrir os ingredientes com água até a metade da<br />

pane<strong>la</strong>, fervendo-os por mais 10 minutos<br />

Dica Sirva com feijão batido, arroz, angu e uma boa<br />

cachaça de Minas Gerais.<br />

24 25


Bibliografia<br />

Fotos<br />

http://www.infoesco<strong>la</strong>.com/reino-fungi/funghi/<br />

http://www.cuestasabores.com.br/blog/79-cogumelo-ou-funghi.html<br />

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http://www.cogumelosurakami.com.br/variedades-cultivadas/portobello<br />

Receita Hon Shitake<br />

http://www.seriouseats.com/recipes/2012/02/bluestems-chawanmushi-with-hon-shimeji-scalliondashi-recipe.html<br />

Receita de Buna Shimeji<br />

http://choodoris.blogspot.com.br/2014/04/stir-fried-king-buna-shimeji-with.html<br />

Receita Risoto<br />

http://en.julskitchen.com/first-course/rice-first-course/porcini-mushroom-risotto<br />

Receita Hiratake Shimeji<br />

http://www.epicurious.com/recipes/food/views/sauteed-oyster-mushrooms-351872<br />

Receita Nori<br />

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http://computerwallpapers.org/sushi-wallpaper-80.html<br />

Receita Kombu<br />

http://www.trbimg.com/img-5204d281/turbine/jtqlqrnc-recipe-db/<br />

Receita Wakame<br />

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http://www.foodtimeline.org/foodfaq.html<br />

http://www.petiscos.com/receita.php?recid=12870&catid=33<br />

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Capa<br />

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Levedura Saccharomyces cerevisiae<br />

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https://breadcakesandale.wordpress.com/tag/saccharomyces-cerevisiae/<br />

Lentinu<strong>la</strong> Edodes<br />

http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Lentinu<strong>la</strong>&<strong>la</strong>ng=1<br />

Pagina 6 e 7<br />

http://www.joyglow.co.uk/2015/04/shiitake-quinoa-sa<strong>la</strong>d-recipe/<br />

Receita Hon Shitake<br />

Foto por: Bonjwing Lee<br />

http://www.seriouseats.com/recipes/2012/02/bluestems-chawanmushi-with-hon-shimeji-scalliondashi-recipe.html<br />

Pagina 8 e 9<br />

Hypsizygus marmoreus<br />

http://de.academic.ru/dic.nsf/dewiki/624569<br />

Fotos da Receita de Buna Shimeji<br />

http://choodoris.blogspot.com.br/2014/04/stir-fried-king-buna-shimeji-with.html<br />

Página 10 e 11<br />

Fotos da Receita Hiratake Shimeji<br />

http://www.epicurious.com/recipes/food/views/sauteed-oyster-mushrooms-351872<br />

Agaric champêtre<br />

http://raf-photos.blogspot.com.br/2010_10_04_archive.html<br />

Página 14 e 15<br />

Fotos da Receita Risoto<br />

http://en.julskitchen.com/first-course/rice-first-course/porcini-mushroom-risotto<br />

Página 22 e 23<br />

Wakame<br />

http://www.nutrilysdelmar.com/blog/the-best-wild-seaweed-supplement/<br />

Kombu<br />

http://www.montereybayaquarium.org/animals-and-experiences/exhibits/kelp-forest<br />

Página 24<br />

http://www.trbimg.com/img-51d70474/turbine/<strong>la</strong>-wn-algae-bloom-in-qingdao-china-pictures-20130705<br />

Spirulina<br />

http://www.<strong>la</strong>molina.net/spirulina.html<br />

http://www.storableorganics.com/Product-SpirulinaTablets.asp<br />

Agar agar<br />

http://fishdb.sinica.edu.tw/e_books/fishshell2011pic.php?id=7<br />

http://www.justasdelish.com/dragon-fruit-agar-agar/<br />

Capa de trás<br />

http://botanicalillustration.blogspot.com.br/2014_10_01_archive.html<br />

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