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HOTEL CHELSEA DESENVOLVIMENTO DE UMA HIPERFICÇÃO ...

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<strong>HOTEL</strong> <strong>CHELSEA</strong><br />

<strong><strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO</strong> <strong>DE</strong> <strong>UMA</strong><br />

<strong>HIPERFICÇÃO</strong><br />

Ana Vanessa Malheiro da Silva Simões Rôla<br />

___________________________________________________<br />

Mestrado<br />

em Novos Media e Práticas Web<br />

AGOSTO, 2008<br />

Ana Vanessa Malheiro S. S. Rôla,<br />

Hotel Chelsea – Desenvolvimento de<br />

uma hiperficção, 2008


Trabalho de Projecto apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau<br />

de Mestre em Novos Média e Práticas Web realizado sob a orientação científica de Jorge Martins<br />

Rosa


RESUMO<br />

<strong>HOTEL</strong> <strong>CHELSEA</strong> – <strong><strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO</strong> <strong>DE</strong> <strong>UMA</strong> <strong>HIPERFICÇÃO</strong><br />

ANA VANESSA MALHEIRO DA SILVA SIMÕES RÔLA<br />

PALAVRAS-CHAVE: hiperficção, escrita hipertextual, narrativas não-lineares<br />

No final do século XX assistimos ao surgimento das primeiras hiperficções e à<br />

descoberta do hipertexto enquanto utensílio ao dispor da criação literária.<br />

Com o presente trabalho de projecto pretendemos contribuir para a teorização deste<br />

tema, levantando questões a ele adjacentes como a do hipertexto enquanto nova forma de<br />

escrita, a questão das potencialidades do suporte, a hiperligação e sua importância, o<br />

storytelling e a hiperficção e em particular o caso específico de Hotel Chelsea, a<br />

hiperficção que nos propusemos construir de raiz como componente prática do projecto<br />

final do Mestrado Profissionalizante em Novos Media e Práticas Web.<br />

Em jeito de introdução abordamos a temática da existência da escrita não-linear<br />

previamente ao surgimento do hipertexto, apresentando, a título de exemplo, alguns dos<br />

seus antepassados, como o I-Ching, com o intuito de criar bases que sustentem a teoria por<br />

nós defendida de que a grande mais valia do hipertexto e seu carácter inovador residem não<br />

na forma como apresentam um tipo de escrita não-linear ao leitor mas sim no rol imenso de<br />

novas possibilidades de explorar essa não-lineridade não só por parte de quem lê mas<br />

também de quem escreve.<br />

Já assumido o hipertexto enquanto nova técnica de escrita, partimos daqui para a<br />

abordagem de pontos como o da co-autoria, o da concentração da função de autor e leitor<br />

numa mesma e pessoa e surgimento de um novo tipo de leitor e de literacia, consequente da<br />

emergência de uma nova forma de escrita.<br />

Após termos explorado e desenvolvido alguns dos tópicos acima apresentados<br />

chegamos à questão da interacção, própria do hipertexto, com o objectivo de apresentar<br />

aqui aquela que consideramos ser a sua marca distintiva e que o torna verdadeiramente<br />

numa nova técnica de escrita: o potencial do suporte tecnológico, ao permitir a<br />

convergência de diversas técnicas em si mesmo.<br />

Continuando a percorrer o caminho iniciado no ponto anterior, avançamos para a<br />

exploração daquele que julgamos ser o grande trunfo do hipertexto e sua a verdadeira<br />

“arma”, a hiperligação, para de seguida abordarmos a temática do storytelling, fazendo a<br />

respectiva passagem para a hiperficção, tema principal do nosso trabalho de projecto.


Num segundo momento, transpomos alguns dos pontos apresentados até aqui para o<br />

caso particular de Hotel Chelsea, hiperficção que nos propusemos desenvolver.<br />

Começamos por falar da escolha do hotel enquanto cenário da narrativa, o porquê<br />

do Hotel Chelsea em particular, e desenvolvemos as potencialidades do espaço enquanto<br />

cenário de uma narrativa não-linear.<br />

De seguida explanamos a construção e desenvolvimento do leque de personagens<br />

que adoptámos, enquanto modo de construção do universo da história e do imaginário da<br />

mesma, bem como alguns dos desafios colocados aquando da construção da narrativa em si<br />

que apresentamos, falando da sua respectiva ramificação e prévia opção pelo uso da<br />

analepse e da prolepse.<br />

Finalizamos com a questão do papel do leitor face aos diversos caminhos que lhe<br />

são oferecidos e questionamos os limites da sua liberdade de movimentos e de escolha que<br />

lhe são oferecidos.

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