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São João del-Rei: Justiça de casa nova - Informativo 163 pág. 03

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TÓXICOSCampanha Crack DestróiPágina 10Em <strong>de</strong>fesa dasmulheresA Lei Maria da Penha, consi<strong>de</strong>rada pela Organização das Nações Unidas (ONU)como iniciativa pioneira na <strong>de</strong>fesa dos direitos das mulheres, completa, em 2011,cinco anos. A norma, que protege a mulher contra violência física, psicológica,sexual, patrimonial e moral, tornou-se não apenas meio <strong>de</strong> proteção mas tambémmotivação para o <strong>de</strong>bate da questão no âmbito da saú<strong>de</strong> pública. Conheça,nesta edição, os avanços alcançados nesse período <strong>de</strong> vigência da lei.Publicação da Secretaria do Tribunal<strong>de</strong> Justiça do Estado <strong>de</strong> Minas GeraisPáginas 6 e 7BH - AGOSTO - 2011ANO 17 - NÚMERO <strong>163</strong>Marcelo Albert


EDITORIALPelo fim daviolência domésticaTribunal <strong>de</strong> Justiça <strong>de</strong> Minas GeraisPresi<strong>de</strong>nte:Desembargador Cláudio Costa1º Vice-Presi<strong>de</strong>nte:Desembargador Carreira Machado2º Vice-Presi<strong>de</strong>nte:Desembargador Herculano Rodrigues3º Vice-Presi<strong>de</strong>nte:Desembargadora Márcia MilanezCorregedor-Geral:Desembargador Alvim SoaresEm agosto <strong>de</strong>ste ano, a Lei 11.340, conhecida comoLei Maria da Penha, completa cinco anos. Ao longo <strong>de</strong>sseperíodo, as mulheres e a socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma forma geralconheceram as garantias trazidas pelo texto legal eseguem se acostumando com uma <strong>nova</strong> realida<strong>de</strong>: a <strong>de</strong>não aceitar passivamente a violência que ocorre entre quatropare<strong>de</strong>s, ameaçando vidas e comprometendo famílias.Nesta edição do TJMG <strong>Informativo</strong>, a reportagem <strong>de</strong>capa <strong>de</strong>staca os avanços trazidos pela lei, que atua sobrepilares como a punição, a proteção e a prevenção.Magistrados e operadores do direito atestam que a lei ébenéfica e que trouxe, sim, garantias para a mulher vítima<strong>de</strong> violência. É cedo, contudo, para concluir que a legislaçãovai garantir o fim dos casos <strong>de</strong> agressão doméstica.O caminho até a mudança <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong> é árduo e exige,além da existência da legislação, a a<strong>de</strong>quada estruturaçãodos órgãos <strong>de</strong> aplicação da lei e <strong>de</strong> assistências às vítimas.Um dos <strong>de</strong>safios da <strong>nova</strong> lei, além <strong>de</strong> garantir proteçãoe <strong>de</strong> coibir as agressões, é acabar com aimpunida<strong>de</strong>. Muitas vezes, o laço <strong>de</strong> afeto entre agressor evítima po<strong>de</strong> servir como um entrave para que a mulher efetivamentedê continuida<strong>de</strong> à sua busca pelo respeito noambiente familiar.ParticipeO que fica claro, cinco anos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> entrar emvigor, é que a lei era necessária e que vai ajudar a acabarcom o estigma <strong>de</strong> que a mulher é um ser inferior, que <strong>de</strong>vese sujeitar a maus-tratos e agressões. Claro também é ofato <strong>de</strong> que a mulher <strong>de</strong>ve se conscientizar da importância<strong>de</strong> buscar seus direitos, sem, com isso, usar a lei comouma forma <strong>de</strong> vingança contra o agressor.Além da reportagem <strong>de</strong> capa sobre a Lei Maria daPenha, esta edição traz matéria sobre a formação dosjuízes na atualida<strong>de</strong>. O texto mostra que os magistradostêm buscado cada vez mais o conhecimento <strong>de</strong> temas <strong>de</strong>áreas variadas como um suporte para atuar em processosque, na contemporaneida<strong>de</strong>, abrangem áreas as maisdiversas.O jornal traz ainda reportagens sobre a campanhaCrack Destrói, o novo fórum <strong>de</strong> São João <strong><strong>de</strong>l</strong>-<strong>Rei</strong>, o programaAtitu<strong>de</strong> Legal, o Santuário do Caraça, a ginástica laborale as aulas <strong>de</strong> violão ministradas aos con<strong>de</strong>nados daAssociação <strong>de</strong> Proteção e Assistência ao Con<strong>de</strong>nado(Apac) <strong>de</strong> Itaúna. A entrevista <strong>de</strong>ste número mostra a atuaçãopioneira do Judiciário mineiro nas discussões sobre ajudicialização da saú<strong>de</strong>.Boa leitura.EXPEDIENTESecretário Especial da Presidência: LuizCarlos Elói; Assessora <strong>de</strong> ComunicaçãoInstitucional: Valéria Valle Vianna; Gerente<strong>de</strong> Imprensa: Wilson Menezes;Coor<strong>de</strong>nadora <strong>de</strong> Imprensa: Letícia Lima;Editoras: Francis Rose; Patrícia Melillo;Revisora: Patricia Limongi; Design Gráfico:Shirley Moraes;Fotolito e Impressão:CGB Artes Gráficas LtdaAscom TJMGRua Goiás, 253 – 1º andar – Centro, BeloHorizonte/MGCEP 30190-<strong>03</strong>0Tel.: (31) 3237-6551Fax: (31) 3226-2715E-mail: ascom@tjmg.jus.brAscom TJMG/Unida<strong>de</strong> Raja Gabaglia:(31) 3299-4622Ascom Fórum BH: (31) 3330-2123Tiragem: 3 mil exemplaresPortal TJMG: www.tjmg.jus.brInteressados em divulgar notícias nas próximas edições do TJMG <strong>Informativo</strong> <strong>de</strong>vem encaminhar o material àAscom pelo e-mail informativo.ascom@tjmg.jus.br.Marcelo AlbertTJ tem novo<strong>de</strong>sembargadorO presi<strong>de</strong>nte do Tribunal <strong>de</strong> Justiça, <strong>de</strong>sembargador Cláudio Costa, empossou, em22 <strong>de</strong> julho, o procurador <strong>de</strong> Justiça João Cancio <strong>de</strong> Mello Junior no cargo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembargadordo TJMG. A solenida<strong>de</strong>, realizada no gabinete da Presidência, contou com a participação<strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s do TJMG e do Ministério Público, familiares e amigos <strong>de</strong> JoãoCancio. O novo <strong>de</strong>sembargador ocupa uma das vagas <strong>de</strong>stinadas ao QuintoConstitucional (para integrantes do Ministério Público), surgida com a aposentadoria do<strong>de</strong>sembargador Célio César Paduani.02 AGOSTO/2011


INTERIORSão João <strong><strong>de</strong>l</strong>-<strong>Rei</strong>: Justiça <strong>de</strong> <strong>casa</strong> <strong>nova</strong>Marcelo AlbertNovo fórum, que começou a ser construído em 2007, tem área <strong>de</strong> 7 mil m², cinco pavimentos e capacida<strong>de</strong> para abrigar <strong>de</strong>z varas, arquivo e setores <strong>de</strong> apoioPatrícia Melillo“O fórum é um local sagrado, espaçopor excelência do exercício <strong>de</strong>mocrático,que assegura o governo da lei. Étambém um território <strong>de</strong> honra das repúblicas,pois nele todos são iguais e igualmentesubmetidos à lei.” Essas palavrasforam proferidas pelo presi<strong>de</strong>nte doTJMG, <strong>de</strong>sembargador Cláudio Costa, nainauguração, em 1º <strong>de</strong> julho, do novo prédiodo Fórum Carvalho Mourão, dacomarca <strong>de</strong> São João <strong><strong>de</strong>l</strong>-<strong>Rei</strong>.O edifício, com área total <strong>de</strong> 7 milm², tem cinco pavimentos e capacida<strong>de</strong>para abrigar até <strong>de</strong>z varas (hoje, sãocinco), arquivo e setores <strong>de</strong> apoio. A obrateve início em julho <strong>de</strong> 2007 e foinecessária <strong>de</strong>vido à insuficiência <strong>de</strong>espaço do antigo prédio – um <strong>casa</strong>rãohistórico <strong>de</strong> 1849 – para abrigar todos ossetores do fórum. O prédio, projetado ecom obra administrada pela DiretoriaExecutiva <strong>de</strong> Engenharia e GestãoPredial (Dengep), foi construído conformeas normas <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>ficientesfísicos e visuais.Durante a solenida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inauguração,o presi<strong>de</strong>nte lembrou que a comarca<strong>de</strong> São João <strong><strong>de</strong>l</strong>-<strong>Rei</strong> originou-se dacomarca do Rio das Mortes, instituída em1714. “Sou filho <strong>de</strong> Sabará. Sei bem o significado<strong>de</strong> uma consciência coletiva marcadapor uma longa e gloriosa experiência”,disse Cláudio Costa. Para ele, quemmelhor po<strong>de</strong> representar essa herançacultural é o mais ilustre dos filhos <strong>de</strong> SãoJoão <strong><strong>de</strong>l</strong>-<strong>Rei</strong>: o presi<strong>de</strong>nte TancredoNeves.PlanejamentoO governador do Estado, AntonioAnastasia, cumprimentou o Po<strong>de</strong>r Judiciáriopela construção do edifício dofórum. Segundo ele, a realida<strong>de</strong> não po<strong>de</strong>ser transformada do dia para a noite, épreciso serenida<strong>de</strong> e planejamento.“Obras bem planejadas e executadas,como o novo prédio do fórum, irão oferecermais conforto e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimentoao jurisdicionado”, concluiu.“A verda<strong>de</strong>ira riqueza <strong>de</strong> MinasGerais é a sua gente, e na comarca <strong>de</strong>São João <strong><strong>de</strong>l</strong>-<strong>Rei</strong> isso não foge à regra”,disse o diretor do Foro da comarca, juizAuro Aparecido Maia Andra<strong>de</strong>. Para ele, oedifício do novo fórum foi construído paraessa gente, para <strong>de</strong>votar-se à socieda<strong>de</strong>a que serve, distribuindo e aplicando ajustiça com o propósito <strong>de</strong> pacificaçãosocial. Além <strong>de</strong> São João <strong><strong>de</strong>l</strong>-<strong>Rei</strong>, as<strong>nova</strong>s instalações irão beneficiar a populaçãodos municípios <strong>de</strong> Conceição daBarra <strong>de</strong> Minas, Lagoa Dourada,Nazareno, Ritápolis, Santa Cruz <strong>de</strong>Minas, São Tiago e Tira<strong>de</strong>ntes.Aobra foinecessária<strong>de</strong>vido àinsuficiência<strong>de</strong> espaço doantigo prédioPresençasTambém estavam presentes nasolenida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inauguração o <strong>de</strong>sembargadorJosé Costa Loures, ex-presi<strong>de</strong>ntedo TJ; o corregedor-geral <strong>de</strong> Justiça,<strong>de</strong>sembargador Antônio Marcos AlvimSoares; a <strong>de</strong>sembargadora AlbergariaCosta; os <strong>de</strong>sembargadores AfrânioVilela, Antônio <strong>de</strong> Pádua, Delmival <strong>de</strong>Almeida Campos, Luiz Carlos Biasutti,Marcílio Eustáquio <strong>de</strong> Souza, MauroSoares e Rogério Me<strong>de</strong>iros; o presi<strong>de</strong>nteda Associação dos Magistrados Mineiros(Amagis), juiz Bruno Terra Dias; os juízesda comarca <strong>de</strong> São João <strong><strong>de</strong>l</strong>-<strong>Rei</strong>Armando Barreto Marra, CarlosPabanelli Batista, Ernane BarbosaNeves, Hélio Martins Costa e Maria <strong>de</strong>Fátima Santos Dolabela; além <strong>de</strong> religiosos,autorida<strong>de</strong>s dos po<strong>de</strong>resExecutivo e Legislativo, advogados,membros do Ministério Público e dacomunida<strong>de</strong>.AGOSTO/2011<strong>03</strong>


QUALIFICAÇÃOOs vários saberes que formam um juizDaniela LimaA expressão latina da mihi factum,dabo tibi jus (exponha o fato, e direi odireito) traduz o papel <strong>de</strong> um juiz ao <strong>de</strong>cidiros conflitos surgidos na socieda<strong>de</strong>.Mas a formação <strong>de</strong> um magistrado vaialém das leis. O juiz precisa conhecer,ainda, as complexas normas que regem asocieda<strong>de</strong> e o relacionamento entre aspessoas. No dia a dia, o magistrado lida,em sua comarca, com assuntos que nãosão essencialmente jurídicos, comoquestões administrativas que envolvemrotinas <strong>de</strong> trabalho, servidores, direção doForo, entre outros.Atenta a isso, a Escola Judicial DesembargadorEdésio Fernan<strong>de</strong>s (Ejef)aborda, no Curso <strong>de</strong> Formação para Ingressona Carreira da Magistratura, últimaetapa do concurso, não só a práticajurídica mas também disciplinas comorelações interpessoais e interinstitucionais,administração judiciária, gestão <strong>de</strong>pessoas e psicologia judiciária, técnicas<strong>de</strong> conciliação, capacitação em recursosda informação, impacto econômico, políticoe social das <strong>de</strong>cisões judiciais e acompanhamentopsicossocial.Ana Paula Prosdocimi, coor<strong>de</strong>nadora<strong>de</strong> Formação Inicial, explica que taismatérias passaram a ser recomendadaspela Escola Nacional <strong>de</strong> Formação eAperfeiçoamento <strong>de</strong> Magistrados(Enfam), mas já eram contempladas pelaEjef, nos cursos anteriores, exatamentepara aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s dos juízesiniciantes.Atualização“Durante os dois primeiros anos <strong>de</strong>carreira, lapso temporal exigido para ovitaliciamento dos magistrados, é realizadopela Ejef o curso <strong>de</strong> aperfeiçoamentoVitaliciar, em que são <strong>de</strong>batidos os principaisproblemas que os juízes enfrentamno começo da carreira. Esse feedback éimportante não só para a dinâmica docurso <strong>de</strong> vitaliciamento como para a a-tualização dos cursos <strong>de</strong> formaçãoseguintes”, esclarece a coor<strong>de</strong>nadora.Esses temas também estão sendovistos em cursos <strong>de</strong> atualização dos magistradosvitaliciados. Embora a maioriados cursos oferecidos pela Ejef tratem datemática jurídica, o interesse por outrosassuntos tem crescido. Cerca <strong>de</strong> 50% dosmagistrados mineiros fizeram o curso <strong>de</strong>gestão administrativa oferecido, em parceria,pelo ConselhoNacional <strong>de</strong> Justiça(CNJ) e pelaEjef. Em setembro,a Ejef vai oferecer ocurso <strong>de</strong> sociologiajudiciária, que enfocaráos <strong>de</strong>safioscontemporâneos damagistratura, a ética dos profissionais dodireito, o pluralismo jurídico, os novosdireitos, os impactos socioeconômicosdas <strong>de</strong>cisões, as formas alternativas <strong>de</strong>solução <strong>de</strong> controvérsias e o acesso àjurisdição.GraduaçãoA necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma formaçãoampla para os operadores do direito éobservada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a graduação. SegundoRonaldo Brêtas <strong>de</strong> Carvalho Dias, coor<strong>de</strong>nadoradjunto do Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Direito da PUC Minas, osformação <strong>de</strong> ummagistrado vaiAalém das leisprogramas pedagógicos das faculda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> direito, no Brasil, abrangem matériasrelativas à formação cultural, profissionale prática do bacharelem direito. Porisso, são incluídasmatérias como antropologia,sociologia,economia, formaçãodo mundocontemporâneo,ciência política, medicinalegal e psicologia jurídica. “A importância<strong>de</strong>ssas matérias é integrar o conhecimentotécnico-profissional com disciplinas<strong>de</strong> outras áreas da ativida<strong>de</strong> humana,visto que o direito é um fenômenocientífico universal e social”, afirma.Segundo o professor, a procura porcursos <strong>de</strong> especialização interdisciplinartem aumentado. “A cada dia, <strong>nova</strong>s teoriase figuras jurídicas <strong>de</strong>spontam, emface da dinâmica da realida<strong>de</strong> política eda vida social. Daí a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ooperador do direito voltar aos estudos emcursos <strong>de</strong> pós-graduação ou <strong>de</strong> especialização,com o objetivo <strong>de</strong> atualizar suaformação”, conclui.Diversas disciplinas, além das jurídicas, são abordadas durante o Curso <strong>de</strong> Formação para Ingresso na Carreira da MagistraturaValéria Queiroga04AGOSTO/2011


SAÚDERenata Cal<strong>de</strong>iraAtivida<strong>de</strong>sfeitas duranteo horário <strong>de</strong>trabalhomelhoram aqualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida eevitamproblemasocupacionaisExercícios previnem doenças laboraisExercícios PernasExercícios CostasJúlia MaiaA dor lombar é uma das causas físicas mais frequentes<strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> entre magistrados e servidoresda 1ª e da 2ª Instâncias do TJMG. Esse e outros dadossobre a saú<strong>de</strong> no trabalho são resultados <strong>de</strong> um estudoorganizado pela Gerência <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> no Trabalho(Gersat), que teve como objetivo i<strong>de</strong>ntificar os motivos<strong>de</strong> falta ou atraso <strong>de</strong>vido a doenças.Segundo o estudo, o crescente volume <strong>de</strong> processosnas varas e secretarias, acomodados em prateleirasque se esten<strong>de</strong>m do chão até o teto, po<strong>de</strong> levar a posturas<strong>de</strong>sfavoráveis e, eventualmente, ocasionardoenças osteomusculares, aquelas que atacam ossos emúsculos. O carregamento <strong>de</strong> processos também po<strong>de</strong>agravar o problema, já que cada volume contém cerca<strong>de</strong> 200 páginas e pesa em torno <strong>de</strong> 1,1 kg. Quase sempre,o servidor necessita carregar vários volumes <strong>de</strong>cada vez.Os exercícios <strong>de</strong>ginástica laboralpo<strong>de</strong>m ser realizadosem qualquer local, semnecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamentoou roupas especiaisA fisioterapeuta Ana Paula Pereira diz que não é sóquem trabalha carregando peso que corre o risco <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolver problemas musculares. Quem passa muitashoras na frente do computador ou exercendo umamesma função também <strong>de</strong>ve tomar alguns cuidados.“Fazer pausas <strong>de</strong> 15 minutos após duas horas <strong>de</strong> trabalhoé fundamental. Manter a ca<strong>de</strong>ira em uma altura a<strong>de</strong>quadaem relação à mesa <strong>de</strong> trabalho, utilizar apoios <strong>de</strong>punho e praticar regularmente a ginástica laboral sãopráticas que ajudam na prevenção”, ensina.AlongamentosA ginástica laboral é formada por um conjunto <strong>de</strong>exercícios realizados no ambiente <strong>de</strong> trabalho, tem comofinalida<strong>de</strong> prevenir problemas ocupacionais e baseia-seem técnicas <strong>de</strong> alongamento. Os exercícios po<strong>de</strong>m serrealizados em qualquer local, sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>slocamento ou roupas especiais.“A ginástica tem o objetivo <strong>de</strong> proporcionar melhorqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida aos trabalhadores e evitar doençasocasionadas por movimentos repetitivos. Também é ummomento <strong>de</strong> relaxamento”, explica Sirlene Maria <strong>de</strong>Souza, estudante <strong>de</strong> educação física e professora <strong>de</strong>ginástica laboral no Tribunal <strong>de</strong> Justiça.No TJ, essa ativida<strong>de</strong> é realizada duas vezes porsemana, em todos os prédios da capital, por meio daempresa Revigore. Para a assistente da 3ª CâmaraCriminal Patrícia Gonçalves, esse é um momento importantena sua rotina. “É uma maneira <strong>de</strong> cuidar <strong>de</strong> mim etambém <strong>de</strong> interagir com os meus colegas. Com asaulas, me sinto bem e disposta.”Outros cuidadosAlém da ginástica laboral, outras iniciativas daGersat visam melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> magistradose servidores. Uma <strong><strong>de</strong>l</strong>as é o programa Viva Bem –Mudando sua Postura <strong>de</strong> Vida, que tem como objetivopromover bons hábitos para uma vida saudável, como areeducação alimentar, o equilíbrio emocional e a ativida<strong>de</strong>física. Uma vez por semestre, é organizado umgrupo na modalida<strong>de</strong> presencial e outro a distância, paraas comarcas do interior. Os servidores são atendidos poruma equipe formada por médicos, enfermeiros e psicólogos.Já o Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida nas Comarcas do Interiorenvolve ativida<strong>de</strong>s antitabagistas, <strong>de</strong> prevenção aocâncer bucal e <strong>de</strong> pele, <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do homem e oficinas<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> emocional. O trabalho é <strong>de</strong>senvolvido pormédicos, enfermeiros, psicólogos e <strong>de</strong>ntistas.No banner Saú<strong>de</strong> no Trabalho, disponível naintranet do TJMG, há a sugestão <strong>de</strong> diversos exercíciospara alongamento e fortalecimento dos músculos.AGOSTO/201105


LEGISLAÇÃOValéria QueirogaPara a <strong>de</strong>sembargadora Teresa Cristina da Cunha Peixoto, a Lei Maria da Penha protege não só a mulher mas também a famíliaManuela RibeiroContrariando o ditado segundo oqual “em briga <strong>de</strong> marido e mulher,ninguém mete a colher”, a Lei 11.340completa, em 2011, cinco anos salvandovidas. Apelidada Maria da Penha, emhomenagem à farmacêutica cearenseque transformou um problema pessoalnuma luta pelas vítimas <strong>de</strong> violênciadoméstica, a norma se tornou não apenasmeio <strong>de</strong> proteção da mulher mastambém motivação para o <strong>de</strong>bate daquestão no âmbito da saú<strong>de</strong> pública.O texto da lei, citada no relatório2011/2012 da Organização das NaçõesUnidas (ONU) como iniciativa pioneira na<strong>de</strong>fesa dos direitos das mulheres, protegecontra violência física, psicológica,sexual, patrimonial e moral e prevê acooperação entre o po<strong>de</strong>r público e asocieda<strong>de</strong> civil. Com o objetivo <strong>de</strong> mudara concepção <strong>de</strong> que a violência domésticae familiar era um crime <strong>de</strong> menorpotencial ofensivo, a lei vedou a aplicação<strong>de</strong> penas como a doação <strong>de</strong> cestasbásicas, a prestação pecuniária e opagamento isolado <strong>de</strong> multa.Para a <strong>de</strong>sembargadora TeresaCristina da Cunha Peixoto, a Maria daPenha protege não só a mulher mastambém a família. Gran<strong>de</strong> entusiasta doinstituto, ela <strong>de</strong>staca a lei como um divisor<strong>de</strong> águas que só será justamenteapreciado no futuro: “Ao longo dahistória, a mulher foi consi<strong>de</strong>rada inferior,sujeitando-se ao domínio masculino e amaus-tratos. Até o início do século passado,ela ainda precisava <strong>de</strong> autorizaçãodo marido ou pai para estudar e trabalhar.A lei veio corrigir a situação e acabarcom a impunida<strong>de</strong>”.A magistrada enten<strong>de</strong> a Lei 11.340como uma ação afirmativa exclusivapara a mulher com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> permitirque ela assuma seu lugar na famíliasem que isso gere disputa. “Espero quea Maria da Penha modifique mentalida<strong>de</strong>sa ponto <strong>de</strong> um dia tornar-se<strong>de</strong>snecessária. Mas isso é um sonho distantee requer esforço. O processo culturalé lento, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> toda asocieda<strong>de</strong>”, completa.‘A lei veiocorrigir asituação eacabar com aimpunida<strong>de</strong>”Cidadania emconstruçãoO juiz Nilseu Buarque <strong>de</strong> Lima, da14ª Vara Criminal <strong>de</strong> Belo Horizonte (quefunciona no Centro Integrado <strong>de</strong>Atendimento à Mulher Vítima daViolência Doméstica e Familiar – CIM),lembra que a lei criou “mecanismos paracoibir a violência doméstica e familiar,trazendo avanços como as medidas protetivas,que socorrem as mulheres einibem a conduta do agressor, sob pena<strong>de</strong> prisão”.Lima <strong>de</strong>staca que a legislaçãoencorajou as mulheres a buscar seusdireitos, o que se comprova pelo significativoaumento do número <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas.Além disso, há a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>abrigamento quando a própria <strong>casa</strong> serevela insegura. “A repercussão é positiva.Trata-se <strong>de</strong> uma norma com umimpacto social tremendo”, <strong>de</strong>clara.No entanto, o magistrado observaque, <strong>de</strong>vido à enorme procura, a Lei11.340 corre o risco <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r o seuobjetivo, pois ainda falta estrutura paraos órgãos <strong>de</strong> aplicação da lei, especialmentevaras especializadas. Baseadoem reflexão do jurista Luiz Flávio Gomes,ele pon<strong>de</strong>ra: “Instaura-se o inquérito,mas, com o passar do tempo, oferecidaa <strong>de</strong>núncia, a ofendida <strong>de</strong>siste da representação.Do ponto <strong>de</strong> vista criminal, oartigo 41 da Lei Maria da Penha, queexclui a possibilida<strong>de</strong> da aplicação da Lei9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais),foi um retrocesso”. Pelo que prevê aMaria da Penha, nos casos <strong>de</strong> violênciadoméstica não po<strong>de</strong> haver aplicação daspenas previstas na Lei dos JuizadosEspeciais. Porém, conforme o juiz, “omo<strong><strong>de</strong>l</strong>o da justiça retributiva é ultrapassadoe dá respostas tardias, ao passoque a justiça consensual é segura e imediata”.O magistrado elogia a lei, masenten<strong>de</strong> que algumas mudanças po<strong>de</strong>riammelhorá-la, sobretudo no que dizrespeito aos tipos <strong>de</strong> penas aplicadas.Nilseu Lima <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que é válido mantera possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adotar pena restritiva<strong>de</strong> direitos ou multa e promover a conciliaçãoou a transação penal. “Em casosespecíficos, a vítima, ao procurar a <strong><strong>de</strong>l</strong>egaciaespecializada, <strong>de</strong>veria ser encaminhadapela autorida<strong>de</strong> policial ao juízocom o agressor. Ambos, acompanhados<strong>de</strong> advogados, compareceriam à presençado juiz e do promotor para recebera reprimenda penal. A resposta, além <strong>de</strong><strong>de</strong>sestimular a reincidência, daria maiscredibilida<strong>de</strong> à Justiça”, sugere06AGOSTO/2011


Conquista femininafaz aniversárioQuando um não quer...De acordo com a <strong>de</strong>sembargadoraTeresa Cristina, a violência domésticaatinge todas as classes, e crianças quevivem em lares violentos ten<strong>de</strong>m a reproduziro que veem quando adultas. “A formaçãoeducativa <strong>de</strong> base é fundamentale, nisso, a imprensa po<strong>de</strong> ser uma aliada,mostrando que a lei alberga a mulher,mas não <strong>de</strong>ve ser utilizada para revanchee vingança. É uma conquista que<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do compromisso <strong>de</strong> não tripudiardo agressor nem provocá-lo”, esclarece.O juiz Nilseu Lima concorda: “A iniciativada mulher é imprescindível. OEstado protege, mas a ofendida precisaavaliar sua situação, <strong>de</strong>cidir-se ou nãopela continuação da ação penal e <strong>de</strong>tectaro grau <strong>de</strong> risco a que está exposta”. Issoporque, por se tratar <strong>de</strong> relacionamentospróximos, o laço afetivo ten<strong>de</strong> a dificultar orompimento e o afastamento do agressor,que, em geral, é um parceiro ou parente.A <strong>de</strong>sembargadora ressalta, contudo,que atualmente é complicado interrompero andamento <strong>de</strong> uma ação, porque,para <strong>de</strong>sistir do caso, a mulher <strong>de</strong>vejustificar perante o juiz porque tomou a<strong>de</strong>cisão. Dessa forma, evita-se que coerção,chantagem ou pressão façam asagredidas recuarem.Em estudo <strong>de</strong> caso sobre a implementaçãoda Lei Maria da Penha emCuiabá (2009), a pesquisadora WâniaPasinato, da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong>Campinas (Unicamp), estabelece trêseixos <strong>de</strong> intervenção estruturadores dalei: punição, proteção e prevenção. Coma Maria da Penha, ainda que o caminhoseja longo e aci<strong>de</strong>ntado, resultados já sãovisíveis na conscientização da mulher ena criação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistênciaeficiente. Punir, proteger e prevenir: passosvitais para fortalecer o chamado“sexo frágil” e fazer a violência <strong>de</strong> gênerosair <strong>de</strong>finitivamente <strong>de</strong> moda.Renata Cal<strong>de</strong>iraDe acordo com ojuiz Nilseu Lima,a lei trouxeavanços como asmedidasprotetivas, quesocorrem asmulheres einibem a condutado agressorAGOSTO/201107


ATITUDE LEGALServidor: um ser humanoem construçãoSidneia Simões e Wilson Menezes“O ser humano está em constantebusca da perfeição por ser inacabado.Mesmo diante das adversida<strong>de</strong>s, hápossibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento.” Essasforam algumas das reflexões apresentadaspelo psicólogo e antropólogoRoberto Crema, numa palestra voltadapara gestores do Tribunal <strong>de</strong> Justiça,<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma das ativida<strong>de</strong>s do programaAtitu<strong>de</strong> Legal. A premissa do programa,<strong>de</strong>senvolvido pela Escola JudicialDesembargador Edésio Fernan<strong>de</strong>s(Ejef), é a <strong>de</strong> que a excelência no atendimentoé uma construção <strong>de</strong> todos.A última campanha do programa,em curso na capital e nas <strong>de</strong>mais comarcasdo Estado, adotou como um <strong>de</strong>seus símbolos o espelho. Assim, nosespelhos das unida<strong>de</strong>s do TJMG, estãosendo colados a<strong>de</strong>sivos com os dizeres“Veja aqui uma pessoa <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> legal”.“O espelho nos convida a olhar para nósmesmos. Isso nos possibilita chegar aoautoconhecimento e ao reconhecimentodas potencialida<strong>de</strong>s e das limitações <strong>de</strong>cada um. Só a partir daí é que escolhaspo<strong>de</strong>m ser feitas no sentido <strong>de</strong> se fazermelhor”, diz o 2º vice-presi<strong>de</strong>nte doTJMG e superinten<strong>de</strong>nte da Ejef, <strong>de</strong>sembargadorHerculano Rodrigues.‘A cadasituaçãovivida, temosa possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>manter acesa nossaconexão como próximo”Durante a palestra, o magistradoafirmou que as mudanças <strong>de</strong>vem partir<strong>de</strong> cada um. E vai além: “Não há dúvida<strong>de</strong> que o aprimoramento do mundocomeça pelo auto<strong>de</strong>senvolvimento. Osespelhos são para lembrar que neles<strong>de</strong>vem estar refletidas as imagens <strong>de</strong>pessoas <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> legal, que estão <strong>de</strong>bem com a vida”.Na mesma linha <strong>de</strong> pensamento,Roberto Crema disse que as pessoas sóse transformam quando são motivadas.“E motivos não faltam. Sejamos atores<strong>de</strong> nossas vidas. Vamos estimular osrelacionamentos interpessoais. A cadasituação vivida, temos a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>manter acesa nossa conexão com opróximo.”O psicólogo explicou que as pessoas,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nascimento, estão conectadas.“Se hoje falta compaixão, há um<strong>de</strong>sequilíbrio que <strong>de</strong>ve ser combatido. Areceita é sermos agentes das situaçõesque nos cercam. Vamos aliar corpo econsciência. Deixar <strong>de</strong> cuidar somente<strong>de</strong> nosso mundo e expandir ações emtorno do outro. Temos que pensarglobalmente.”Para o palestrante, se não houveruma mudança <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s, o mundoestará diante <strong>de</strong> um comportamentoinsustentável. “Ficaremos adaptados auma rotina <strong>de</strong>sgastante até pa<strong>de</strong>cermosda ´normose´, que é a incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sair da mesmice, do vazio”, alertou.Roberto Crema acentuou que cada pessoarecebe talentos, mas é necessárioinvestir neles: “se não houver investimento<strong>de</strong> cada um em suas potencialida<strong>de</strong>s,seremos apenas possibilida<strong>de</strong>s”. Para opsicólogo, “se cada um não contar a suahistória, ninguém po<strong>de</strong>rá contá-la”.O programa Atitu<strong>de</strong> Legal, realizadoem parceria com a Assessoria <strong>de</strong>Comunicação Institucional (Ascom) doTJMG, propõe reflexões sobre o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong>aten<strong>de</strong>r com excelência. “Por isso temosoferecido momentos que convidam osgestores e servidores a refletir sobretemas como o autoconhecimento, oauto<strong>de</strong>senvolvimento. Palestrantes renomadosque apresentam possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>aprofundamento sempre darão sua contribuição”,esclarece a gerente <strong>de</strong>Formação Permanente da Ejef, ThelmaRegina Cardoso. Os principais trechos dapalestra do psicólogo e antropólogoRoberto Crema serão contextualizadosem um documentário e estarão à disposiçãodos interessados brevemente.Fotos: Renata Cal<strong>de</strong>iraO antropólogo Roberto Crema <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a mudança <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s para que o serhumano não perca a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indignação diante das situaçõesPara o <strong>de</strong>sembargador Herculano Rodrigues, superinten<strong>de</strong>nte da Ejef, oautoconhecimento permite que as pessoas i<strong>de</strong>ntifiquem suas potencialida<strong>de</strong>s08AGOSTO/2011


ENTREVISTA - Desembargadora Vanessa Verdolim Hudson Andra<strong>de</strong>Vanessa Verdolimexplica que MinasGerais é referêncianas discussõessobre o assuntoMarcelo AlbertJudicialização da saú<strong>de</strong> écrescente em MinasFrancis RoseNos últimos anos, tem havido uma crescente judicialização da saú<strong>de</strong>. Isso significa que, a cada dia, mais pessoas procuram a Justiça paragarantir internações urgentes ou a realização <strong>de</strong> procedimentos médicos, além do recebimento <strong>de</strong> medicamentos e <strong>de</strong> insumos essenciais àsaú<strong>de</strong>. Minas Gerais é uma referência nas discussões que tratam <strong>de</strong>sse tema, já que o assunto é abordado pelo Judiciário, pelo MinistérioPúblico e pela Secretaria <strong>de</strong> Estado da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006. O esforço do Judiciário é para dar ao cidadão o atendimento a<strong>de</strong>quado, sem interferirexcessivamente nas políticas públicas <strong>de</strong> assistência à saú<strong>de</strong>. Em entrevista ao TJMG <strong>Informativo</strong>, a <strong>de</strong>sembargadora Vanessa Verdolim HudsonAndra<strong>de</strong>, à frente do Fórum Estadual Permanente da Saú<strong>de</strong>, explica os impactos <strong>de</strong>ssa busca dos pacientes pela Justiça e fala das iniciativaspara que os magistrados estejam cada vez mais informados e preparados para atuar nesses casos.TJMG <strong>Informativo</strong> – A judicialização da saú<strong>de</strong> temimpactos positivos?Vanessa Verdolim Hudson Andra<strong>de</strong> – O lado positivoé que os órgãos responsáveis pela assistência àsaú<strong>de</strong> atentaram para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar aspolíticas públicas. Nos últimos anos, o Estado aumentousua lista <strong>de</strong> medicamentos, incluindo vários <strong><strong>de</strong>l</strong>esem seus protocolos <strong>de</strong> atendimento. O Estado tambémbaixou um ato normativo garantindo a internação imediata.Se não houver vaga em sua re<strong>de</strong>, ela será contratadaem um hospital particular. O lado negativo éque, se o Judiciário não promover a discussão ampla<strong>de</strong>sse assunto com os juízes, corremos o risco <strong>de</strong>substituir o administrador, provocando uma ingerênciano Po<strong>de</strong>r Executivo.Como conciliar a necessida<strong>de</strong> alegada pelocidadão ao orçamento muitas vezes limitado <strong>de</strong>municípios pequenos?O orçamento é a parte preocupante, porque o Judiciário<strong>de</strong>ci<strong>de</strong> sem se preocupar com isso. Na verda<strong>de</strong>,o Judiciário precisa aten<strong>de</strong>r, na medida do possível,observando as recomendações da Corregedoria-Geral<strong>de</strong> Justiça e do Conselho Nacional <strong>de</strong> Justiça, queatestam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que o magistrado conheçaas políticas públicas. Por exemplo, muitas vezes opaciente aciona o município judicialmente, mas omedicamento pretendido já é fornecido pelo Estado.Se o juiz conhece as políticas públicas, não vai con<strong>de</strong>nara administração municipal. Sabemos <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>smenores que estão em situação crítica por cumprir as<strong>de</strong>cisões. De qualquer forma, todas têm obe<strong>de</strong>cido aoque é <strong>de</strong>terminado pela Justiça.Como garantir que os juízes estejam mais preparadospara as <strong>de</strong>cisões na área da saú<strong>de</strong>?O fórum já promoveu reuniões sobre a judicializaçãoda saú<strong>de</strong> em Belo Horizonte e Uberlândia. Agora, preten<strong>de</strong>mosrealizá-las nas regiões do Vale do Aço, <strong>de</strong>Juiz <strong>de</strong> Fora, <strong>de</strong> Montes Claros e <strong>de</strong> Poços <strong>de</strong> Caldas.Em Uberlândia, o comparecimento <strong>de</strong> juízes da regiãofoi maciço. Outra iniciativa é o convênio que estásendo celebrado pela Escola Judicial DesembargadorEdésio Fernan<strong>de</strong>s (Ejef) com uma entida<strong>de</strong> da áreatécnica. Essa entida<strong>de</strong>, que não é ligada ao Executivo,vai fornecer, aos magistrados <strong>de</strong> todo o Estado, informaçõese pareceres técnicos que sirvam <strong>de</strong> base paraas <strong>de</strong>cisões. Por e-mail, o magistrado vai solicitar osdados científicos, que vão ajudá-lo, por exemplo, a<strong>de</strong>cidir se conce<strong>de</strong> uma liminar ou uma tutela antecipada.O convênio está na fase final <strong>de</strong> acertos. Outra iniciativasão as informações que vamos disponibilizar nosite da Ejef. Leis, portarias e informações ficarãodisponíveis permanentemente para a consulta dosmagistrados.Com qual embasamento técnico os magistrados<strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m hoje?Atualmente, as informações técnicas são dadas aoJudiciário por médicos e farmacêuticos da Secretaria<strong>de</strong> Estado da Saú<strong>de</strong>. Mas essa não é a situação i<strong>de</strong>al,já que o Estado é parte em muitos processos.AGOSTO/201109


TÓXICOSDivulgação/Light Estúdio“Essa pedra <strong>de</strong>spedaça famílias” é uma das fotos da campanha Crack DestróiCampanha <strong>de</strong> prevençãoao uso do crack é lançada no TJRaul Machado“Crack Destrói. Construa um caminho sempedras.” Esse é o slogan da campanha <strong>de</strong> prevençãoao uso do crack lançada em 11 <strong>de</strong> julho, no Tribunal <strong>de</strong>Justiça. A campanha é promovida pelo Instituto MinasPela Paz (IMPP), com apoio do TJMG – através doPrograma Novos Rumos e da Vara Infracional daInfância e da Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belo Horizonte –, doConselho Estadual <strong>de</strong> Políticas sobre Drogas(Conead/MG) e da TV Globo Minas.A ação prevê uma intensa campanha publicitárianos veículos <strong>de</strong> comunicação, exibição <strong>de</strong> peças gráficasnos coletivos, pontos <strong>de</strong> ônibus, outdoors, bancas<strong>de</strong> revista e outros locais, além <strong>de</strong> ações educativasem escolas e espaços públicos. A realização <strong>de</strong>parcerias garantirá a veiculação gratuita do material,que foi produzido pela agência Libra ComunicaçãoIntegrada.“O resultado do uso do crack é a <strong>de</strong>sagregaçãofamiliar. Com a campanha, esperamos que esse panoramaseja alterado”, disse oAcoor<strong>de</strong>nador do ProgramaNovos Rumos, <strong>de</strong>sembargadorJoaquim Alves <strong>de</strong>Andra<strong>de</strong>, representando opresi<strong>de</strong>nte do TJMG,<strong>de</strong>sembargador CláudioCosta, no lançamento dacampanha.A ação visa alcançartodas as classes sociais. “O crack não é uma droga sóda periferia”, disse a juíza da Vara Infracional daInfância e da Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belo Horizonte Valéria daSilva Rodrigues. O secretário executivo do IMPP, LuizFlávio Sapori, também ressaltou o caráter “<strong>de</strong>mocrático”da droga, que po<strong>de</strong> ser observado nos centros <strong>de</strong>tratamento. “O crack per<strong>de</strong>u o estigma <strong>de</strong> droga <strong>de</strong>pobre”, disse o secretário do IMPP.Popularizaçãoação prevê umaintensa campanhapublicitária nosveículos <strong>de</strong> comunicação e aexibição <strong>de</strong> peças gráficas,além <strong>de</strong> ações educativas emescolas e espaços públicosNos anos 80, uma <strong>nova</strong> droga chegava aos bairrospobres <strong>de</strong> Nova York, Los Angeles e Miami. Opreço baixo foi fundamental para a popularização docrack, que é produzido a partir da mistura da pastabase<strong>de</strong> coca ou da cocaína refinada com bicarbonato<strong>de</strong> sódio e água. Depois <strong>de</strong> aquecida, a mistura <strong>de</strong>cantae, voltando à temperatura ambiente, dá origemàs pedras. O estalo que apedra faz quando queimada– “crack” – batizou a droga.Ainda em 1989, SãoPaulo registra os primeiroscasos <strong>de</strong> uso da droga.Hoje, <strong>de</strong> acordo compesquisa realizada pelaAssociação Brasileira <strong>de</strong>Municípios, a droga estápresente em 98% dos municípios brasileiros. A informaçãofoi dada pelo presi<strong>de</strong>nte do Conead/MG, opsiquiatra Aloísio <strong>de</strong> Freitas, no lançamento da campanha.Mais informações sobre a campanha po<strong>de</strong>m serobtidas no site www.crack<strong>de</strong>stroi.org.br.FATORES DE RISCODisponibilida<strong>de</strong> – facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conseguir adroga e influência do tráficoCírculo <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>s – o convívio comusuários <strong>de</strong> crack po<strong>de</strong> ser um incentivo para consumira drogaQuestões psicológicas e sociais – insegurança,baixa autoestima, sensação <strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quaçãosocial e <strong>de</strong>pressão po<strong>de</strong>m levar ao uso do crackUso <strong>de</strong> outras drogas – pesquisa do CentroBrasileiro <strong>de</strong> Informações sobre DrogasPsicotrópicas (Cebrid), da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>São Paulo (Unifesp), aponta que a maior parte dosusuários <strong>de</strong> crack já havia usado álcool, tabaco eoutras drogas ilícitasFonte: http://www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack10AGOSTO/2011


TURISMOVisita ao sagradoFrancis RoseUm lugar sagrado, tanto por suaorigem e vocação religiosas, quantopela história e pela beleza natural e avarieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies da flora e dafauna que abriga. O Santuário doCaraça, a 120 km <strong>de</strong> Belo Horizonte, éum paraíso que convida à reflexão e àcontemplação. A temperatura amena,as belas paisagens, o ver<strong>de</strong> em seusvariados tons e o barulho dos pássarose da água cortando o silêncioaguçam os sentidos e <strong>de</strong>slumbram osvisitantes. A reserva particular dopatrimônio natural (RPPN), que temcerca <strong>de</strong> 11 mil hectares, oferece atraçõesvariadas, com foco religioso, culturale ecoturístico.Picos, corre<strong>de</strong>iras, piscinas naturais,<strong>de</strong>sfila<strong>de</strong>iros, grutas e cachoeirasestão espalhados por todo oterreno. Alguns locais são acessíveispor trilhas fáceis. Para chegar a outrospontos, contudo, é necessário contratarum dos sete guias cre<strong>de</strong>nciadosna reserva. O trajeto até algumasatrações, como os picos, é longo, difícile exige preparo físico.O pico do Sol é o mais alto daca<strong>de</strong>ia do Espinhaço e está a 2.072metros <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>. Além <strong><strong>de</strong>l</strong>e, o turistapo<strong>de</strong> visitar os picos do Inficionado, daCarapuça, da Canjerana, da Conceição,Três Irmãos e da Verruguinha.Para quem prefere os passeios por trilhasmais acessíveis e em que não hánecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> guia, há opções comoa Cascatinha, o Tanque Gran<strong>de</strong>, oBanho do Belchior e a Prainha.Os aspectos culturais e religiososdo santuário, que é proprieda<strong>de</strong>particular da Província Brasileira daCongregação da Missão, po<strong>de</strong>m serconferidos com uma visita ao museu, àbiblioteca e à pinacoteca. Também sãoatrações a capelinha Sagrado Coração<strong>de</strong> Jesus, o santuário neogótico<strong>de</strong> Nossa Senhora Mãe dos Homens,o calvário, a capela Irmão Lourenço, oclaustro, as catacumbas, o jardim e orelógio <strong>de</strong> sol.Religiosida<strong>de</strong>Na igreja neogótica, construídacom pedra sabão, mármore e quartzitoda região, estão a obra A Ceia <strong>de</strong>Ataí<strong>de</strong>, <strong>de</strong> 1828, e os altares barrocos,<strong>de</strong> 1806 e 1807, pintados por mestreAtaí<strong>de</strong>. A construção também tem vitraisfranceses, uma imagem <strong>de</strong> NossaSenhora Mãe dos Homens, vinda<strong>de</strong> Portugal em 1784, e o corpo revestido<strong>de</strong> cera <strong>de</strong> são Pio Mártir. O órgãocom 628 tubos é tocado todo segundofinal <strong>de</strong> semana do mês pelo organistaLucas Raposo.Anualmente, o Santuário do Caraçarecebe cerca <strong>de</strong> 60 mil visitantes.No local funcionou, <strong>de</strong> 1820 a 1968,um importante colégio, por on<strong>de</strong> passaram11 mil alunos. As ativida<strong>de</strong>s dainstituição <strong>de</strong> ensino foram encerradasapós um incêndio que <strong>de</strong>struiu partedas instalações e do rico acervo dabiblioteca. Em 2002, o prédio foi res-SERVIÇOtaurado e passou a abrigar o museu.A partir <strong>de</strong> 1982, a visita noturnado lobo-guará para receber alimentaçãona porta da igreja tornou-se um<strong>de</strong>staque no local. Contudo, apenas oshóspe<strong>de</strong>s da Pousada do Caraça,hospedagem que funciona <strong>de</strong>ntro dareserva, po<strong>de</strong>m acompanhar a visita,já que o acesso para os visitantescomuns se encerra diariamente às17h, e o lobo-guará só costuma aparecera partir das 19h.O Santuário do Caraça, localizado nos municípios <strong>de</strong> Catas Altas e SantaBárbara, está aberto à visitação diariamente, das 7h às 17h, e, em finais <strong>de</strong> semanae feriados, das 8h às 17h. Para acesso à reserva, é cobrada uma taxa <strong>nova</strong>lor <strong>de</strong> R$ 5 por pessoa. Crianças até 6 anos não pagam. Excursões com ônibusprecisam ser agendadas.Dentro da reserva, uma lanchonete funciona das 8h às 17h. Os visitantesinteressados em almoçar no refeitório <strong>de</strong>vem comprar fichas (R$ 12 por pessoa;self service sem balança) até as 11h. A refeição é servida das 12h às 14h.Há diversos tipos <strong>de</strong> acomodação para quem <strong>de</strong>seja se hospedar no santuário,com preços que variam, na baixa temporada, por pessoa, <strong>de</strong> R$ 77 (quartocom banheiro externo) a R$ 165 (suíte imperial), diárias com pensão completa.A reserva para finais <strong>de</strong> semana <strong>de</strong>ve ser feita com dois meses <strong>de</strong> antecedência.Informações pelos telefones: (31) 3837-2698, 3837-1939 e 3231-4993.A capelinha <strong>de</strong> 1866 fica a 2 km do centro histórico e po<strong>de</strong> ser avistada <strong>de</strong> várias partes do parque, que é uma reserva particular do patrimônio naturalRosana MariaAGOSTO/201111


CULTURAEm Itaúna,20 recuperandostêm aulas semanais<strong>de</strong> uma horacom o juiz GeraldoRogério <strong>de</strong> SouzaENTREVISTA >> DesembargadorDivulgaçãoCon<strong>de</strong>nadosda Apacapren<strong>de</strong>m violãoFrancis Rose e Van<strong>de</strong>rleia RosaDes<strong>de</strong> sempre, a harmonia e aexpressivida<strong>de</strong> dos sons encantam o serhumano. A aposta do juiz GeraldoRogério <strong>de</strong> Souza, da 1ª Vara Cível <strong>de</strong>Itaúna, é que esse po<strong>de</strong>r da música sirvatambém como um instrumento para arecuperação e para a integração <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nados.Semanalmente, o magistradodá aulas <strong>de</strong> violão aos <strong>de</strong>tentos quecumprem pena na Associação <strong>de</strong>Proteção e Assistência ao Con<strong>de</strong>nado(Apac) <strong>de</strong> Itaúna, no Centro-Oeste <strong>de</strong>Minas. O juiz tem 20 alunos.O magistrado acredita que a músicae o esporte são importantes ferramentaspara a prevenção <strong>de</strong> <strong><strong>de</strong>l</strong>itos epara a integração e a participação <strong>de</strong>quem está nos sistemas <strong>de</strong> custódia dopaís, seja em abrigos para menores, sejaem penitenciárias <strong>de</strong> segurança máxima.“A minha ação visa sempre levar a essaspessoas uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração,<strong>de</strong> participação, não só aos con<strong>de</strong>nados,mas também às pessoas quevivem à margem dos direitos”, afirma.ContribuiçãoNas comarcas por on<strong>de</strong> passa, omagistrado faz questão <strong>de</strong> dar a sua contribuição.“Des<strong>de</strong> que iniciei a minha carreirano TJMG, tenho mantido atuações‘extracurriculares’. Em São João daPonte, fui técnico <strong>de</strong> futebol feminino <strong>de</strong>um time formado por crianças carentes.Em Vespasiano, orientei menores indicadospelo serviço <strong>de</strong> assistência sociallocal na prática <strong>de</strong> futebol. Em SãoLourenço, <strong>de</strong>i aulas <strong>de</strong> violão a menoresinfratores. Agora, meu trabalho tem sidocom as aulas <strong>de</strong> violão para os recuperandosda Apac”, conta.Geraldo Rogério <strong>de</strong> Souza afirmaque há outros trabalhos excepcionaisque usam a música e o esporte narecuperação <strong>de</strong> pessoas em conflito coma lei, a maior parte <strong><strong>de</strong>l</strong>es <strong>de</strong>senvolvidospela socieda<strong>de</strong> em geral, com pequenaparticipação do Estado. “Muitas vezes,as iniciativas são preventivas e têmimportância vital para evitar que essaspessoas cheguem aos abrigos e presídios”,<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>. Em Itaúna, segundo ojuiz, a primeira reação dos apenados àsaulas <strong>de</strong> violão foi <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconfiança. Essaresistência inicial, contudo, passou aolongo dos meses.O curso <strong>de</strong> violão é realizadodurante uma hora, sempre às quartasfeiras.Os <strong>de</strong>tentos apren<strong>de</strong>m nos violõesda própria Apac e em alguns instrumentosdoados. “As doações são semprebem-vindas”, lembra o juiz, que toca violão<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os 14 anos e que já compôsmúsicas e participou <strong>de</strong> festivais.CLICKDO LEITORMaria Goretti Dias Lopes PaivaThe Living Water Waysi<strong>de</strong> Chapel. É a menorcapela em ativida<strong>de</strong> do mundo. Fica ao longo dorio Parkway Niagara entre Niagara Falls eNiagara-on-the-Lake, no Canadá. Foi erguidaem 1960 pela Igreja Cristã Reformada.Originalmente <strong>de</strong>stinada a ser lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>scansopara os visitantes ao longo do ParkwayNiagara, tornou-se tão popular que passou a serlugar favorito para cerimônias <strong>de</strong> <strong>casa</strong>mento.Tem apenas alguns bancos, uma caixa <strong>de</strong>doações e um livro para os pedidos <strong>de</strong> orações.Maria Goretti Dias Lopes Paiva –Programa Novos RumosPara publicar a sua foto no Click do Leitor, envie a imagem e o texto para o e-mail informativo.ascom@tjmg.jus.br.IMPRESSO12AGOSTO/2011 Remetente: Assessoria <strong>de</strong> Comunicação Institucional - TJMG | Rua Goiás, 253 - Térreo - Centro - Belo Horizonte - MG - CEP 30190-<strong>03</strong>0

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