simulações é altamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e resolução <strong>do</strong> MNT, assim como,<strong>do</strong>s parâmetros ângulo <strong>de</strong> atrito interno <strong>do</strong> material ( φ int) e basal com a superfície emque se dá movimento ( φ bed), os quais refletem no comportamento <strong>da</strong> corri<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>massa</strong>,produzin<strong>do</strong> diferentes trajetórias, alcances, altura <strong>do</strong> material e veloci<strong>da</strong><strong>de</strong>s.Para obter simulações mais realistas foi utiliza<strong>do</strong> um mapa <strong>de</strong> materiais quecorrespon<strong>de</strong> a um mapa com a mesma área <strong>do</strong> MNT, também no formato matricial(raster) <strong>do</strong> SIG GRASS, que informa a variação <strong>do</strong> ângulo <strong>de</strong> atrito basal em função <strong>de</strong>diferentes superfícies <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s pelo usuário. Tal mapa foi elabora<strong>do</strong> a partir <strong>da</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong>drenagem crian<strong>do</strong> um mapa <strong>de</strong> distâncias (“buffering”) com largura <strong>de</strong> 30 metros(Figura 3). Diferentes valores <strong>do</strong> ângulo <strong>de</strong> atrito basal nas encostas (Material 1) e noscanais <strong>de</strong> drenagem foram forneci<strong>do</strong>s, pelo fato <strong>da</strong>s vertentes apresentarem<strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s maiores e praticamente mantêm-se o mesmo nível <strong>de</strong> saturação atéatingir os canais. Nos canais há um aporte <strong>de</strong> água maior favorecen<strong>do</strong> o transporte <strong>da</strong><strong>massa</strong>, assim, estes foram dividi<strong>do</strong>s em canais <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m (Material 2) queestão nas porções superiores <strong>da</strong> bacia com maiores <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e canais <strong>de</strong> segun<strong>da</strong>or<strong>de</strong>m (Material 3) com aporte maior <strong>de</strong> água nas porções inferiores <strong>da</strong> bacia e commenores <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.Figure 3 – Mapa <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> a partir <strong>da</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem para variação <strong>do</strong> ângulo <strong>de</strong> atritocom a superfície em que se dá o movimento e principais distâncias medi<strong>da</strong>s nos canais (princial esecundário) a partir <strong>de</strong> suas cabeceiras.
Os valores <strong>de</strong> ângulo <strong>de</strong> atrito ( φ ) utiliza<strong>do</strong>s nas simulações partem <strong>da</strong> hipótese que omaterial rompeu-se e irá <strong>de</strong>senvolver um movimento, portanto, foram a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s valores<strong>de</strong> ângulo <strong>de</strong> atrito interno menores que qualquer valor residual medi<strong>do</strong> por ensaios <strong>de</strong>resistência <strong>de</strong> cisalhamentos. Consi<strong>de</strong>rou-se também que, fatores como a redução <strong>do</strong>ângulo <strong>de</strong> atrito interno, redução <strong>da</strong> coesão, redução <strong>da</strong> viscosi<strong>da</strong><strong>de</strong> e aumento <strong>da</strong>pressão neutra são fatores intrínsecos que favorecem a mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma corri<strong>da</strong>(IPT, 1988). Em testes para calibração <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo numérico semelhante, Bertolo &Wieczorek (2005) chegaram a valores entre 25º e 26º <strong>de</strong> atrito interno até atingir a re<strong>de</strong>drenagem e a partir <strong>de</strong>sse ponto utilizaram valores <strong>de</strong> 5,7º e 11,5º para ângulo <strong>de</strong>atrito basal.Para vali<strong>da</strong>r os resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s simulações foram utiliza<strong>do</strong>s os <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> saí<strong>da</strong>, isto é,altura <strong>do</strong> material mobiliza<strong>do</strong> com a área <strong>de</strong> inun<strong>da</strong>ção e a magnitu<strong>de</strong> <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong>em diversos tempos, para comparar com cálculos empíricos relata<strong>do</strong>s em outrostrabalhos.As condições <strong>de</strong> pré-ruptura <strong>do</strong> talu<strong>de</strong> e <strong>de</strong> precipitação não foram abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s nassimulações. No caso <strong>da</strong> precipitação, consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como agente efetivo na <strong>de</strong>flagração<strong>do</strong>s escorregamentos foram consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s as condições semelhantes ao registra<strong>do</strong> nodia <strong>do</strong> evento, isto é, ação combina<strong>da</strong> <strong>de</strong> chuva prece<strong>de</strong>nte (acumula<strong>da</strong> por 4 dias) echuva intensa <strong>de</strong> curta duração, com índices pluviométricos acima <strong>de</strong> 250 mm – 300mm diários.RESULTADOS E DISCUSSÕESO trabalho inicial foi estabelecer uma coerência entre os parâmetros requeri<strong>do</strong>s peloprograma e os <strong>da</strong><strong>do</strong>s disponíveis. Foram necessários vários testes para obter umequilíbrio entre a resolução <strong>da</strong> gra<strong>de</strong> numérica <strong>de</strong> altimetria, a resolução <strong>da</strong> gra<strong>de</strong>computacional, o tempo <strong>de</strong> processamento e os ângulos <strong>de</strong> atrito interno e basal, coma configuração <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r utiliza<strong>do</strong>.A Figura 4 mostra duas ortofotos, antes <strong>do</strong> evento (em 1885) e após o evento (em2001), além <strong>da</strong>s distâncias ao longo <strong>do</strong> canal <strong>de</strong> drenagem por on<strong>de</strong> passou o material,utiliza<strong>da</strong>s para <strong>de</strong>screver a simulações.Foram a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s os seguintes parâmetros para a pilha <strong>de</strong> material; espessura <strong>de</strong> 22m,coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s <strong>do</strong> centro <strong>da</strong> pilha <strong>de</strong> 34<strong>80</strong>89 (em X) e 7358707 (em Y), eixo maior emenor <strong>da</strong> pilha <strong>de</strong> 200m e 70m, orientação <strong>do</strong> eixo X com maior eixo <strong>de</strong> 52º, com umvolume inicial <strong>de</strong> 345.575 m 3 . Em to<strong>da</strong>s as simulações foram a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s o tempomáximo <strong>de</strong> 240s com tempo <strong>de</strong> amostragem <strong>de</strong> 2s, ou um número máximo <strong>de</strong>