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Sustentabilidade: é possível viver esse sonho - Colégio Mãe de Deus

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<strong>Sustentabilida<strong>de</strong></strong>: <strong>é</strong> <strong>possível</strong> <strong>viver</strong> <strong>esse</strong> <strong>sonho</strong>?Daniela Laky <strong>de</strong> DomênicoGabriela Tombini PonziMatheus Fialho Zawacki“E o que o ser humano mais aspira <strong>é</strong> tornar-se ser humano”.(Clarice Lispector)RESUMO: A sustentabilida<strong>de</strong> está ligada a uma forma <strong>de</strong> vida ecologicamente correta on<strong>de</strong> seus preçossão viáveis. Tem intenção <strong>de</strong> melhorar o meio ambiente, o qual estamos inseridos, a partir <strong>de</strong> algunsprocessos e projetos. Tem-se tal necessida<strong>de</strong> pelo mau uso, ou uso em <strong>de</strong>masia da mat<strong>é</strong>ria prima,ten<strong>de</strong>ndo a piorar com o tempo por <strong>viver</strong>mos em um mundo muito consumista. A falta <strong>de</strong> conscientizaçãoda população começa a gerar diversos problemas ao Planeta. Entretanto, ainda há pessoas que vivem <strong>de</strong>uma forma sustentável, os quais ainda têm esperança <strong>de</strong> ter um futuro melhor, provando assim que hácomo <strong>viver</strong> assim, <strong>viver</strong> <strong>esse</strong> <strong>sonho</strong>.PALAVRAS-CHAVE: conscientização, <strong>de</strong>senvolvimento sustentável, preservação, reciclagem, cultura.RESUMEN: La sostenibilidad está ligado a una forma ecológicamente correcta <strong>de</strong> la vida don<strong>de</strong> losprecios son insostenibles. Tiene la intención <strong>de</strong> mejorar el medio ambiente, los que operamos, <strong>de</strong> algunosprocesos y proyectos. Ha sido una necesidad <strong>de</strong> que el mal uso o uso excesivo <strong>de</strong> la materia prima, quetien<strong>de</strong> a empeorar con el tiempo, viviendo en un mundo muy consumista. La falta <strong>de</strong> conciencia <strong>de</strong> lapoblación empieza a generar varios problemas para el planeta. Sin embargo, todavía hay personas queviven <strong>de</strong> una manera sostenible, que sigue con la esperanza <strong>de</strong> un futuro mejor, lo que <strong>de</strong>muestra que allíviven, así, a vivir este sueño.PALABRAS CLAVES: la sensibilización, el <strong>de</strong>sarrollo sostenible, la conservación, el reciclaje, lacultura.1. INTRODUÇÃOAtualmente, a combinação das palavras “produção”, “consumo” e“sustentabilida<strong>de</strong>” <strong>é</strong> dita com mais frequência nos meios <strong>de</strong> comunicação, poisnecessitamos mudar algumas <strong>de</strong> nossas atitu<strong>de</strong>s em relação ao meio em que vivemose o prazo para as mudanças necessárias para a preservação do Planeta que está seesgotando. Por mais que essas atitu<strong>de</strong>s fossem corrigidas neste exato momento,ainda assim sofreríamos com as consequências <strong>de</strong> s<strong>é</strong>culos <strong>de</strong> uso <strong>de</strong>senfreado <strong>de</strong>recursos naturais não renováveis.Esse fato se suce<strong>de</strong>, pois há alguns anos não conseguimos con<strong>viver</strong> emharmonia com o Planeta e os recursos naturais que este nos oferece. Tal fato foiconstatado na edição <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010 da revista Veja, on<strong>de</strong> afirmava que oVolume 2, Setembro <strong>de</strong> 2011. 1


consumo <strong>de</strong> mat<strong>é</strong>rias primas utilizadas para a produção <strong>de</strong> mercadorias e afins no ano<strong>de</strong> 2007 havia ultrapassado os ciclos naturais <strong>de</strong> reposição dos mesmos pela natureza.Naquele ano, a <strong>de</strong>manda pelo uso <strong>de</strong> recursos naturais foi equivalente ao <strong>de</strong> umplaneta Terra e meio (50% a mais do que sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> regeneração). Se o ritmose mantiver, o cenário no ano <strong>de</strong> 2030 será ainda mais preocupante e impraticável,pois seriam necessários os recursos naturais <strong>de</strong> dois planetas Terra, um fato um tantoatordoante. Por<strong>é</strong>m, se o consumo for reduzido em 33% nos próximos vinte anosvoltaríamos ao patamar <strong>de</strong> uma Terra e, <strong>de</strong>ssa forma, conseguiríamos <strong>viver</strong> <strong>de</strong> formaharmoniosa com a natureza, on<strong>de</strong> existiria o respeito mútuo.Entretanto, mudanças drásticas não seriam aceitas por uma boa parte dapopulação, pois algumas pessoas acreditam que as mudanças climáticas –aquecimento global, <strong>de</strong>rretimento das geleiras, e <strong>de</strong>sastres ambientais – tsunamis,furacões, terremotos, fazem parte da renovação do ciclo terrestre que se dá entrealguns milênios. A existência d<strong>esse</strong> ciclo não <strong>é</strong> negada, uma vez que o nosso Planetajá passou por diversas e extremas mudanças climáticas – <strong>de</strong>s<strong>de</strong> temperaturasaltíssimas que impossibilitavam a existência <strong>de</strong> vida terrestre, at<strong>é</strong> gran<strong>de</strong>s erasglaciais. Por<strong>é</strong>m o <strong>de</strong>scaso, com o meio ambiente, está agravando a intensida<strong>de</strong> e oaumento da frequência d<strong>esse</strong>s <strong>de</strong>sastres.Enquanto alguns acreditam que os problemas ambientais não passam <strong>de</strong>casualida<strong>de</strong>s naturais, outros optam por não acreditar, ou não ouvir os diversosprotestos em favor da conservação do meio ambiente, pois preferem sustentar omundo do consumo irracional, mantendo seus lucros os mais altos possíveis. Ou seja,a ganância humana ainda <strong>é</strong> uma priorida<strong>de</strong>, mesmo em uma situação crítica como aatual. Por<strong>é</strong>m, no lugar da ganância, <strong>de</strong>veria estar o sentimento <strong>de</strong> cooperação epreservação, e, <strong>de</strong>ssa forma, o consumo aconteceria <strong>de</strong> forma sustentável e limpa, enem por isso os lucros das gran<strong>de</strong>s empresas seriam menores, muito pelo contrário,seus lucros teriam um aumento significativo.Para isso seria necessário que alguns mitos fossem <strong>de</strong>smascarados, pois umasocieda<strong>de</strong> “ver<strong>de</strong>” só traria benefícios, aumentando a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, e at<strong>é</strong>diminuindo a criminalida<strong>de</strong>, pois, com a conscientização da população, algunscomportamentos mudariam, pois acarretaria uma mudança cultural. A conscientizaçãoda população <strong>é</strong> <strong>de</strong> extrema importância para um futuro próspero, e <strong>é</strong> algo que <strong>de</strong>veser feito no presente, hoje, pois o tempo para reverter essa situação está acabando. OVolume 2, Setembro <strong>de</strong> 2011. 2


alvo da conscientização <strong>é</strong> o jovem, pois ele <strong>viver</strong>á e sofrerá as consequências dasatitu<strong>de</strong>s impensadas da humanida<strong>de</strong>, e cabe a ele tomar uma posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staquenessa batalha. Reivindicando seus direitos e tamb<strong>é</strong>m os do Planeta.Viver <strong>de</strong> forma sustentável não significa abdicar <strong>de</strong> luxos e prazeres e simcon<strong>viver</strong> em harmonia com a natureza, diminuindo o impacto ambiental. E, às vezes,algumas mudanças que aparentam ser pequenas e insignificantes, tais como optarpelo GNV (gás natural veicular), pelos meios <strong>de</strong> transporte limpos – bicicleta–, pelassacolas ecológicas e, at<strong>é</strong> mesmo, pelo xixi no banho, po<strong>de</strong>m fazer uma gran<strong>de</strong>diferença, quando pensadas em nível <strong>de</strong> população mundial. Somos praticamente seisbilhões <strong>de</strong> pessoas no mundo, e se começarmos com mudanças pequenas, jáestabeleceríamos um novo padrão <strong>de</strong> comportamento para esta e futuras gerações,mudando a forma <strong>de</strong> pensar e agir. Dessa forma, outros hábitos ecológicos seriama<strong>de</strong>ridos com maior facilida<strong>de</strong>, tornando-se algo natural no nosso dia-a-dia.2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA2.1 MITOS SOBRE SUSTENTABILIDADEÀs vezes, quando uma palavra torna-se conhecida pela população <strong>de</strong> umacida<strong>de</strong> ou at<strong>é</strong> mesmo do mundo, ela acaba tornando-se um chavão. Por isso, muitasvezes acaba sendo usada <strong>de</strong> forma errada, per<strong>de</strong>ndo seu real sentido e sendo inseridaem um contexto qualquer. Isso aconteceu com a palavra “sustentabilida<strong>de</strong>”, que ficouro<strong>de</strong>ada por diversos mitos que agora serão “<strong>de</strong>svendados” e que surgiram a partir <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ias erradas <strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> conhecimento da população sobre o assunto.Poucas pessoas realmente sabem o significado da expressão “crescimentosustentável”, por<strong>é</strong>m seu significado foi estabelecido em uma conferência no ano <strong>de</strong>1987, chamada Nosso Futuro Comum, que ficou classificado como aquele que “satisfazas necessida<strong>de</strong>s presentes, sem comprometer a capacida<strong>de</strong> das gerações futuras <strong>de</strong>suprir suas próprias necessida<strong>de</strong>s”. Isso significa que <strong>de</strong>vemos cuidar dosecossistemas neste momento, para que as futuras gerações tenham capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<strong>de</strong>senvolver <strong>de</strong> forma mo<strong>de</strong>rna e consciente.Volume 2, Setembro <strong>de</strong> 2011. 3


[...] Não estamos preocupados com a salvação do planeta. A Terra jásobreviveu a cinco extinções em massa, a última <strong>de</strong>las a que acabou com osdinossauros, há 65 milhões <strong>de</strong> anos, e vai sobre<strong>viver</strong> se o modo <strong>de</strong> vidahumano causar nova extinção em massa [...] mas encontrar formas <strong>de</strong>preservar a capacida<strong>de</strong> da Terra <strong>de</strong> sustentar uma civilização próspera emo<strong>de</strong>rna. (ANTHONY CORTESE, revista veja, pág. 42, <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010).Isso significa que in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> nossas atitu<strong>de</strong>s, a Terra continuaráexistindo e que no futuro uma outra civilização a habitará. Por<strong>é</strong>m, se <strong>de</strong>sejamoscontinuar existindo, <strong>de</strong>vemos apren<strong>de</strong>r a respeitá-la e sabermos con<strong>viver</strong> <strong>de</strong> formaharmoniosa com a mesma.Outro gran<strong>de</strong> mito a respeito <strong>de</strong> uma vida sustentável <strong>é</strong> que esta teria umpreço muito alto. Todavia <strong>esse</strong>s altos custos existiriam apenas no início do processo,para a implantação <strong>de</strong> tecnologias limpas, e <strong>esse</strong> custo seria recompensado a longoprazo, gerando economia num futuro próximo. Para exemplo disso, temos a maiorempresa <strong>de</strong> carpetes do mundo, a Interface, que nos últimos <strong>de</strong>z anos economizoucerca <strong>de</strong> 400 milhões <strong>de</strong> dólares apenas por reduzir o <strong>de</strong>sperdício da mat<strong>é</strong>ria primadurante a produção. O que significa que pequenas mudanças po<strong>de</strong>m fazer a diferençaquando colocadas em planos <strong>de</strong> m<strong>é</strong>dio ou longo prazo.2.2 PROJETO VÊNUSO projeto Vênus foi inicialmente uma i<strong>de</strong>ia criada por Jacque Fresco, visandouma gran<strong>de</strong> mudança social - no modo em que vivemos e trabalhamos a favor <strong>de</strong> ummundo ecologicamente correto. O Projeto Vênus <strong>é</strong> um meio alternativo e praticamenteutópico <strong>de</strong> se <strong>viver</strong>, pois ele influencia em mudarmos nossa postura frente ao meio emque vivemos, aplicando-a em cida<strong>de</strong>s sustentáveis. Ele se torna utópico a partir domomento em que para construir as cida<strong>de</strong>s sustentáveis <strong>de</strong>veríamos <strong>de</strong>struir asexistentes e começar da estaca zero. Reformulando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o planejamento at<strong>é</strong> adistribuição dos pr<strong>é</strong>dios. Utilizando tecnologias novas e caras. Como, por exemplo, asestruturas seriam feitas a partir <strong>de</strong> um material-memória – que seria produzido ecomprimido em pequenos cubos, logo após seriam transportados para as cida<strong>de</strong>sconstruídas no mar, e <strong>de</strong>ssa forma acabaria se expandindo para estruturaspreviamente construídas.Volume 2, Setembro <strong>de</strong> 2011. 4


Por<strong>é</strong>m, mesmo este sendo utópico e <strong>de</strong> certa forma inviável, algumas <strong>de</strong> suasfundamentações po<strong>de</strong>riam ser usadas nas cida<strong>de</strong>s atuais. Procurando reformular seusconceitos básicos em relação ao consumo consciente. Se partes d<strong>esse</strong> projeto foremaplicadas, será ainda mais fácil para as próximas gerações realmente o colocarem emprática, simplesmente por ter um exemplo e vivenciar os benefícios <strong>de</strong>ssas escolhas.O comportamento humano está sempre em constante modificação, conformeo meio em que está inserido. Neste momento a esp<strong>é</strong>cie humana está passando pordiversas transições, como, por exemplo, abrir mão do uso exagerado <strong>de</strong> automóveispara a utilização <strong>de</strong> meios alternativos limpos – como a bicicleta. Este não <strong>é</strong> um fatofictício, ele faz parte da nossa sobrevivência. É isto que o projeto Vênus oferece-nos:um meio <strong>de</strong> sobre<strong>viver</strong>, direcionando nossas tecnologias e recursos para apreservação do meio ambiente e da nossa esp<strong>é</strong>cie.2.3 TEORIA DE GAIAA teoria <strong>de</strong> Gaia <strong>é</strong> aceita pela comunida<strong>de</strong> científica como a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> "SistemaTerra": a interação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte entre atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera.Segundo o Dr. Ramón Folch y Guil<strong>é</strong>n, biólogo e consultor ambiental da UNESCO, o<strong>de</strong>senvolvimento sustentável po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido como “<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>”.Portanto, <strong>de</strong>senvolvimento sustentável não <strong>é</strong> somente o uso <strong>de</strong> recursos renováveis e,sim, a constante evolução e adaptação. Como exemplo, temos a Evolução da Vidaon<strong>de</strong> diversas esp<strong>é</strong>cies foram extintas por não conseguirem se adaptar, enquantooutras foram selecionadas naturalmente, pois foram capazes <strong>de</strong> manter o “SistemaTerra”. Genes são consi<strong>de</strong>rados informações, então, a evolução da vida <strong>é</strong> a evolução<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ais.A Teoria <strong>de</strong> Gaia, proposta pelos Cientistas James Lovelock e Lynn Margulis, <strong>é</strong><strong>de</strong> que a Terra <strong>é</strong> um Sistema Dinâmico Vivo, <strong>é</strong> Gaia. E o que nós chamamos <strong>de</strong> "seresvivos", evoluem naturalmente e interagem com os fatores abióticos mantendo sempreas condições favoráveis. Seres vivos que prejudicam o sistema <strong>de</strong> equilíbrio acabamsendo eliminados pela natureza, ou então eles a matam e acabam morrendo <strong>de</strong>pois.Há tamb<strong>é</strong>m a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrar em simbiose, <strong>de</strong>scobrindo uma nova interaçãocom o meio, interessante para ambos.Volume 2, Setembro <strong>de</strong> 2011. 5


Quando analisamos a humanida<strong>de</strong> a partir da Teoria <strong>de</strong> Gaia, ela acaba seenquadrando como uma “doença bacteriológica” –que <strong>é</strong> responsável por sua extinção,uma vez que “mata” o meio em que vive. Caso não seja eliminada pelo meio, acabarámatando o mesmo e assim causará sua <strong>de</strong>struição. A simbiose seria uma solução,seria um <strong>de</strong>senvolvimento sustentável, uma relação favorável a ambas. A meta do<strong>de</strong>senvolvimento sustentável seria a auto-suficiência <strong>de</strong> países, estados, cida<strong>de</strong>s e porfim residências.As casas ecológicas seriam um exemplo <strong>de</strong> simbiose. Neste caso, a casaecológica i<strong>de</strong>al seria a que se sustenta a partir da economia natural. Obtêm energiasolar, mecânica ou química, utilizando os subprodutos at<strong>é</strong> sua máxima otimização eseus resíduos são reiterados em um novo ciclo. Um dos exemplos mais interessantessobre casas ecológicas seria a que usa a fotossíntese como fonte <strong>de</strong> energia. Suaenergia prov<strong>é</strong>m da reação química <strong>de</strong> hidrólise reversa:1H2 +1/2 O2 = (2H+) + 2e + (1/2 O2) = H2OEssa Reação inclui uma estrutura que induz o fluxo <strong>de</strong> íons (H+) que geracorrente el<strong>é</strong>trica. A produção <strong>de</strong> Hidrogênio H2 – da on<strong>de</strong> prov<strong>é</strong>m a energia – <strong>é</strong> feitapor microorganismos que ficaram sem enxofre. E o subproduto <strong>de</strong>ssa reação <strong>é</strong> a água.2.4 RECICLAGEMPara explicar melhor sobre reciclagem <strong>é</strong> necessário explicar um pouco sobreos tipos <strong>de</strong> lixo que possuímos no Planeta. Claro que não existe uma classificaçãoúnica, normalmente, eles se diferem pelo grau <strong>de</strong> perigo, tanto em relação à saú<strong>de</strong>pública ou à ambiental, e tamb<strong>é</strong>m pela sua origem. As classificações mais simplessão: industrial, urbano e domiciliar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste <strong>é</strong> dividido em seco e orgânico. Dentrodo resíduo urbano temos o dom<strong>é</strong>stico (residências), comercial (pelo setor comercial <strong>de</strong>serviço), hospitalar (hospitais farmácias ou clínicas) e especial (podas <strong>de</strong> jardins,entulhos, e animais mortos). Tamb<strong>é</strong>m existem os resíduos perigosos – classe A –, queapresentam riscos à saú<strong>de</strong> pública e à ambiental.Gran<strong>de</strong> parte do lixo das gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s acaba em aterros sanitários,poluindo solo. Os aterros não são consi<strong>de</strong>rados lixões, pois o solo passa por diversostratamentos e, por fim, o lixo <strong>é</strong> soterrado, <strong>de</strong> forma a não ficar exposto. Todavia osaterros não são a melhor solução para os resíduos recicláveis –conhecidosVolume 2, Setembro <strong>de</strong> 2011. 6


popularmente por lixo seco (plásticos, papel, vidros entre outros). Em gran<strong>de</strong> partedas cida<strong>de</strong>s existem as chamadas cooperativas, que separam e encaminham osresíduos a <strong>de</strong>terminadas fábricas, que se encarregam <strong>de</strong> reaproveitá-los.Esse resíduo reciclado po<strong>de</strong> ser reaproveitado e acabará se transformando emum novo produto, <strong>de</strong>ssa forma, a vida útil do objeto será ampliada e, assim, não serianecessário recorrer a sua mat<strong>é</strong>ria prima para a produção <strong>de</strong>ste novo produto. Por<strong>é</strong>m,para que isso aconteça <strong>de</strong> forma mais eficiente, a conscientização sobre importância<strong>de</strong> separar os resíduos recicláveis dos não recicláveis <strong>de</strong>ve ser feita com a populaçãotanto brasileira quando mundial, pois o exemplo parte <strong>de</strong> casa.2.5 PROTOCOLO DE KYOTONos últimos encontros sobre o aquecimento global, a maiorias dos países domundo apoiaram a proposta <strong>de</strong> diminuir a emissão <strong>de</strong> gás carbônico progressivamenteat<strong>é</strong> o ano <strong>de</strong> 2012 em pelo menos 5,2% em relação aos níveis <strong>de</strong> 1990. O Mecanismo<strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo permite que os países ricos financiem, para os paísespobres, projetos <strong>de</strong> reflorestamento, substituição <strong>de</strong> combustíveis, entre outros.Todavia, não foram todos os países que assinaram o Protocolo, <strong>de</strong>ntre eles estão osEstados Unidos da Am<strong>é</strong>rica. O então presi<strong>de</strong>nte na <strong>é</strong>poca George W. Bush afirmou queos compromissos acarretados com a assinatura atrasariam a economia norteamericana. Esse <strong>é</strong> um exemplo clássico <strong>de</strong> que o dinheiro vem antes <strong>de</strong> tudo, inclusiveda sobrevivência da esp<strong>é</strong>cie.3. CONSIDERAÇÕES FINAISSim <strong>é</strong> <strong>possível</strong> <strong>viver</strong>mos em um mundo sustentável <strong>de</strong> acordo com os fatosapresentados ao longo do artigo, on<strong>de</strong> seria conciliado o consumo com asnecessida<strong>de</strong>s da natureza. Entretanto, para isso, seria necessário por as necessida<strong>de</strong>sda população frente à ganância <strong>de</strong> alguns. Deve haver, tamb<strong>é</strong>m, preocupação com asfuturas gerações, pois <strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>ixar como herança um Planeta habitável e com asmenores consequências possíveis on<strong>de</strong> os nossos <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes possam retirar seusustento sem cometer os mesmos erros. Ou seja, serviríamos <strong>de</strong> exemplo para umavida mais “ver<strong>de</strong>”.Volume 2, Setembro <strong>de</strong> 2011. 7


REFERÊNCIASCORTESE, Anthony. In: 10 MITOS SOBRE A SUSTENTABILIDADE. São Paulo: Abril, 01<strong>de</strong>z. 2010.DESCONHECIDO (Brasil). O protocolo <strong>de</strong> kyoto. Disponível em:. Acesso em: 08 maio2011.DESCONHECIDO (Brasil). A Teoria <strong>de</strong> Gaia. Disponível em: .Acesso em: 07 maio 2011.ENDRUWEIT, Leila. Do lixo para a pavimentação. Nosso Mundo Sustentável, PortoAlegre, p. 02-02. 05 jul. 2010.FRANKENBERG, Claudio Luis Crescente. Resíduos sólidos geração, gestão eresponsabilida<strong>de</strong>. Revista Textual da PUCRS, Porto Alegre, número 13, Edição I,Abril <strong>de</strong> 2011.GEWANDSZNAJDER, S<strong>é</strong>rgio Linhares Fernando. Biologia s<strong>é</strong>rie Brasil. São Paulo:Ática, 2004.Projeto Vênus, disponível em:. Acesso em 09 maio <strong>de</strong>2011.SAIBA mais sobre o efeito estufa e o protocolo <strong>de</strong> Kyoto Ecos, Porto Alegre, n. 30,p.39-39, mar. 2010.5. ANEXOSVolume 2, Setembro <strong>de</strong> 2011. 8


Projeto VênusProjeto Vênus com estrutura marítimaPlacas <strong>de</strong> energia solarVolume 2, Setembro <strong>de</strong> 2011. 9


“Base da energia atrav<strong>é</strong>s <strong>de</strong> algas, os tanques <strong>de</strong> algas que produzem H2 po<strong>de</strong>m ser inclinadospara maximizar a insolação; Por <strong>de</strong>ntro, o oxigênio e o hidrogênio são separados por estruturastubulares, on<strong>de</strong> ficam o eletrólito. É n<strong>esse</strong>s tubos que ocorre a produção <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> atrav<strong>é</strong>sdo fluxo <strong>de</strong> íons H+. “Centros <strong>de</strong> reciclagemVolume 2, Setembro <strong>de</strong> 2011. 10

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