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equipamento identificador de fases para redes de baixa tensão

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EQUIPAMENTO IDENTIFICADOR DE FASES PARA REDES DE BAIXA TENSÃOCristiane G. Langner 1,2 , João A. Pereira 2Caixa Postal 1906781531-990 – Curitiba, PRcris_langner@hotmail.compereira@lactec.org.br(1) PUC-PR – Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Paraná(2) LACTEC – Instituto <strong>de</strong> Tecnologia <strong>para</strong> o DesenvolvimentoAbstractThe objective of this article is to present the project of the phases i<strong>de</strong>ntifier equipment for electricpower distribution lines in low voltage. This solution has for objective to facilitate thei<strong>de</strong>ntification of phases and unbalances loads in these lines. In the <strong>de</strong>velopment, we used digitaltechnology type EPLD for discrimination circuits. The transmission of the information is ma<strong>de</strong> bythe own distribution line. As result has a portable equipment of small dimensions and robust forapplications in field.ResumoO objetivo <strong>de</strong>ste artigo é apresentar o projeto do <strong>equipamento</strong> <strong>i<strong>de</strong>ntificador</strong> <strong>de</strong> <strong>fases</strong> <strong>para</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>distribuição <strong>de</strong> energia em <strong>baixa</strong> tensão. Esta solução tem por objetivo facilitar a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><strong>fases</strong> e <strong>de</strong>sequilíbrios <strong>de</strong> cargas nestas linhas. No <strong>de</strong>senvolvimento utilizamos tecnologia digitaltipo EPLD <strong>para</strong> o circuito <strong>de</strong> discriminação e transmissão <strong>de</strong> informações pela própria linha <strong>de</strong>distribuição. Como resultado temos um <strong>equipamento</strong> portátil <strong>de</strong> pequenas dimensões e robusto<strong>para</strong> aplicações em campo.Palavras ChavesI<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> <strong>fases</strong>, Circuito Digital, EPLD.1 INTRODUÇÃOPara que as concessionárias <strong>de</strong> energia atendam os requisitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> no fornecimento <strong>de</strong> energiaelétrica, são necessárias avaliações periódicas e precisas das condições da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição. No cálculo daqueda <strong>de</strong> tensão em circuitos <strong>de</strong> <strong>baixa</strong> tensão, a i<strong>de</strong>ntificação das <strong>fases</strong>, nas quais os consumidores estão ligados,é ação fundamental <strong>para</strong> <strong>de</strong>terminar o valor correto <strong>de</strong> carregamento em cada linha <strong>de</strong> fase específica. Através<strong>de</strong>sta i<strong>de</strong>ntificação, po<strong>de</strong>-se executar ações <strong>de</strong> balanceamento <strong>de</strong> cargas nos circuitos das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>baixa</strong> tensão,bem como, faseamento em instalações prediais ou industriais. O cálculo eficaz das reais condições <strong>de</strong>stescircuitos reduz os custos operativos com manutenção e elimina eventuais incômodos ao usuários melhorando aqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia entregue.Pelo fato <strong>de</strong> não haver <strong>equipamento</strong>s específicos <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> <strong>fases</strong> no mercado <strong>de</strong> distribuição<strong>de</strong> energia elétrica, funcionários das concessionárias <strong>de</strong> energia, responsáveis pelo levantamento <strong>de</strong> <strong>fases</strong> emre<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>baixa</strong> tensão, utilizam-se <strong>de</strong> métodos improvisados, alguns até engenhosos, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auxiliare agilizar seus trabalhos. No entanto, tais procedimentos muitas vezes po<strong>de</strong>m vir a causar incômodos aosconsumidores por haver a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligamento temporário <strong>de</strong> energia ou por causarem aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>curto-circuito entre as <strong>fases</strong> da re<strong>de</strong>, além dos riscos a saú<strong>de</strong> do próprio operador que po<strong>de</strong> estar sujeito acontatos com cabos energizados, uma vez que os acessórios e métodos improvisados não são totalmente seguros.


2 SOLUÇÃO PROPOSTANo sentido <strong>de</strong> se disponibilizar um <strong>equipamento</strong> confiável e seguro foi <strong>de</strong>senvolvido o EquipamentoI<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> Fases, único no mercado, robusto, portátil, <strong>de</strong> prática instalação na re<strong>de</strong>, <strong>de</strong> simples operação esem qualquer tipo <strong>de</strong> ajuste ou calibração. O mesmo foi projetado <strong>para</strong> operar em re<strong>de</strong>s trifásicas <strong>de</strong> distribuição<strong>de</strong> energia, a qual é fisicamente composta por um cabo <strong>de</strong> neutro e três cabos <strong>de</strong> <strong>fases</strong> com sinais senoidais <strong>de</strong>tensão <strong>de</strong>fasados <strong>de</strong> 120º entre si.O <strong>equipamento</strong> tem como princípio <strong>de</strong> operação a transmissão <strong>de</strong> um sinal que i<strong>de</strong>ntifique uma das <strong>fases</strong>como <strong>de</strong> referência com relação às <strong>de</strong>mais, tomando-se os seus ângulos <strong>de</strong> fase como meio <strong>de</strong> distinguí-las. Estesinal é então recebido por um circuito, <strong>de</strong>nominado receptor, que executa a função <strong>de</strong> compará-lo ao ângulo <strong>de</strong>fase do sinal da linha em teste. Assim, o <strong>equipamento</strong> é fisicamente constituído por um Módulo Transmissor, umMódulo Receptor e o Meio <strong>de</strong> Comunicação, os quais serão tratados com maiores <strong>de</strong>talhes na seqüência.2.1 MÓDULO TRANSMISSOR (TX)O Módulo Transmissor (TX) é a unida<strong>de</strong> fixa que <strong>de</strong>ve ser instalada, por exemplo, junto ao transformador<strong>de</strong> distribuição, posição esta on<strong>de</strong> se tem acesso a todas as linhas <strong>de</strong> <strong>fases</strong> e o neutro da re<strong>de</strong> (Figura 11).Assim sendo, com base no diagrama <strong>de</strong> blocos da Figura01 e formas <strong>de</strong> onda da Figura02, o módulo TXtoma os sinais referentes a cada linha <strong>de</strong> <strong>fases</strong>, F1(IN), F2(IN) e F3(IN) (110V/ 220V-60Hz), e os converte, nosblocos A/D, em pulsos <strong>de</strong> 5,0V com duração <strong>de</strong> 1,0ms, sempre no instante em que a respectiva senoi<strong>de</strong> passarpor 0V (zero volts). Desta forma, tem-se três pulsos digitais seqüenciais <strong>de</strong>fasados <strong>de</strong> 120º entre si (PF1, PF2 ePF3). O sinal PF1, particularmente, serve como start <strong>para</strong> o contador do bloco BASES DE COMPARAÇÃO quegera os sinais J120 e J240 com duração <strong>de</strong> 4,0ms em nível lógico alto e <strong>de</strong>fasados <strong>de</strong> 120º e 240º com relação aosinal <strong>de</strong> referência (o próprio PF1). Na seqüência, os sinais digitalizados referentes às duas outras linhas, PF2 ePF3, são com<strong>para</strong>dos aos sinais J120 e J240 nos blocos COPARADORes, gerando os sinais LED F2 e LED F3que, por sua vez, ativam os respectivos LEDs coloridos no painel do aparelho, os quais são responsáveis porassociar uma cor a cada fase, conforme ângulo <strong>de</strong> fase correspon<strong>de</strong>nte em relação à fase tomada como referênciae <strong>de</strong> acordo com a Tabela 01.O sinal PF1, por correspon<strong>de</strong>r diretamente ao sinal <strong>de</strong> referência, por si só gera o sinal LED F1 que ativao LED amarelo, cor esta associada ao ângulo <strong>de</strong> fase 0º.Tabela 01 – Associação <strong>de</strong> cores <strong>para</strong> os ângulos <strong>de</strong> <strong>fases</strong>CORÂNGULO DE FASEAMARELO0 GrausVERMELHO120 GrausVERDE240 GrausOutra função do módulo TX, a qual dá a ele este nome, é a <strong>de</strong> tomar o sinal digital PF1, referente à fase<strong>de</strong> referência, e com ele modular um sinal <strong>de</strong> portadora no bloco MODULADOR gerando o sinal REF(F1). Estesinal, por sua vez, é amplificado no MODULO DE POTÊNCIA e, por fim, é acoplado às três linhas <strong>de</strong> <strong>fases</strong> dare<strong>de</strong> através das próprias pontas <strong>de</strong> prova utilizadas anteriormente <strong>para</strong> amostrar os sinais da re<strong>de</strong> elétrica. Doacoplamento, realizado pelos blocos ACOPLADORES, gera-se os sinais F1(OUT), F2(OUT) e F3(OUT).Assim, o sinal REF(F1) po<strong>de</strong> propagar-se pelas linhas <strong>de</strong> fase até chegar ao módulo RX, instalado empontos <strong>de</strong> testes remotos da re<strong>de</strong> (Figura 11) on<strong>de</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tratado, é com<strong>para</strong>do com o sinal da fase locali<strong>de</strong>ntificando seu ângulo <strong>de</strong> fase e consequentemente a fase em si, por intermédio dos mesmos padrões <strong>de</strong> coresassociados anteriormente no módulo TX.


Figura 01 – Arquitetura do Módulo TXFigura 02 – Formas <strong>de</strong> onda que resumem o princípio <strong>de</strong> operação do Módulo TX


2.2 MÓDULO RECEPTORO Módulo Receptor (RX) é a unida<strong>de</strong> portátil do Equipamento I<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> Fases e trabalha emconjunto com o Módulo TX, o qual <strong>de</strong>ve ser instalado previamente. A instalação do módulo RX <strong>de</strong>ve ser feitaconforme Figura 11, num painel <strong>de</strong> medição convencional ou em algum ponto da re<strong>de</strong> on<strong>de</strong> se tenha aceso a pelomenos uma fase e neutro.As Figura 03 e 04 ilustram o princípio <strong>de</strong> operação do Módulo RX on<strong>de</strong>, em primeira instância, o sinal <strong>de</strong>tensão proveniente da linha <strong>de</strong> fase em teste, FT, passa por circuitos específicos que <strong>de</strong>le extraem dois sinaisfundamentais <strong>para</strong> a operação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> <strong>fases</strong>, que são os sinais PREF e RL.Figura 03 – Arquitetura do Módulo RXFigura 04 – Formas <strong>de</strong> onda que resumem o princípio <strong>de</strong> operação do Módulo RX


O sinal PREF traz a informação <strong>de</strong> fase <strong>de</strong> referência. O mesmo é proveniente do sinal REF(F1), Figura02, gerado pelo Módulo TX e transmitido à linha por acoplamento. Este sinal é recuperado no Módulo RXatravés <strong>de</strong> um circuito <strong>de</strong> ACOPLAMENTO seguido por um filtro passa alta (FPA) e um circuito <strong>de</strong>DEMODULAÇÃO gerando assim o sinal PREF, base <strong>para</strong> a geração dos sinais J0, J120 e J240 no bloco BASESDE COMPARAÇÃO, <strong>de</strong> forma semelhante ao mesmo circuito no Módulo TX.Já o sinal RL, por sua vez, traz a informação <strong>de</strong> referência local, ou seja, como no caso do Módulo TX, areferência local nada mais é do que um sinal na forma <strong>de</strong> um pulso <strong>de</strong> 5V com 1,0ms <strong>de</strong> duração gerado noinstante em que o sinal senoidal <strong>de</strong> fase amostrada passar por 0V. O sinal RL é gerado <strong>de</strong>pois que o sinal <strong>de</strong> fase,FT, tenha passado por um filtro passa <strong>baixa</strong> (FPB) resultando no sinal SFL que por sua vez é tratado no circuitoA/D gerando, por fim, o sinal RL.No bloco COMPARADOR é feita a com<strong>para</strong>ção do instante em que o evento RL ocorre com relação àsbases <strong>de</strong> com<strong>para</strong>ção J0, J120 e J240, fazendo com que os sinais LED F1, LED F2 e LED F3 passem <strong>para</strong> nívellógico alto quando o pulso RL coincidir com os sinais J0, J120 e J240 respectivamente.Os sinais LED F1, LED F2 e LED F3, quanto ativados, acionam LEDs nas cores amarelo, vermelho ever<strong>de</strong>, respectivamente, no painel do <strong>equipamento</strong>, <strong>de</strong> forma a associar uma cor a cada ângulo <strong>de</strong> fase conformepadrão anteriormente <strong>de</strong>finido no Módulo TXDesta maneira, em um teste <strong>de</strong> campo, como exemplificado pela Figura 11, em que <strong>para</strong> a fase B éassociado um LED ver<strong>de</strong> do Módulo TX, no Módulo RX o LED ver<strong>de</strong> também <strong>de</strong>verá acen<strong>de</strong>r, quando a linhaem teste for a mesma da fase B.Resumidamente, a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> <strong>fases</strong> é obtida com<strong>para</strong>ndo-se as indicações <strong>de</strong> ângulo <strong>de</strong> <strong>fases</strong>tomadas no Módulo TX com a indicação <strong>de</strong> ângulo <strong>de</strong> fase tomada pelo Módulo RX, ambos tendo a mesma fasecomo referência. Esta por sua vez é “informada” ao Módulo RX por meio do sinal <strong>de</strong> referência modulado emfreqüência, enviado pelo Módulo TX pela linha <strong>de</strong> energia.2.3 MEIO DE COMUNICAÇÃOO meio <strong>de</strong> comunicação adotado <strong>para</strong> transmissão da informação entre os Módulos TX e RX foi a próprialinha <strong>de</strong> energia <strong>de</strong> <strong>baixa</strong> tensão. Apesar <strong>de</strong> alguns inconvenientes, a comunicação <strong>de</strong> dados pela linha <strong>de</strong> energiafoi adotada pelo fato da mesma estar presente tanto no ponto <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> referência quanto no ponto <strong>de</strong>medição, possibilitando a implementação <strong>de</strong> circuitos <strong>de</strong> comunicação simples e <strong>de</strong> baixo custo. No entanto, valea informação <strong>de</strong> que, <strong>para</strong> a transmissão <strong>de</strong> dados em taxas mais altas são necessários circuitos mais elaborados.Para o caso proposto, a re<strong>de</strong> elétrica não permite um alcance <strong>de</strong> comunicação superior a 200 metros. Istose <strong>de</strong>ve ao fato do sinal <strong>de</strong> referência dissipar-se ao longo da linha chegando com <strong>baixa</strong> amplitu<strong>de</strong> no ponto on<strong>de</strong>se utiliza o Módulo RX. Esta característica está relacionada à <strong>baixa</strong> impedância da linha <strong>de</strong> energia, a qual aindapo<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> distribuição <strong>para</strong> outro, não permitindo, em alguns casos, que o sinal atinja sequeros 200 metros.A solução <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> um módulo <strong>de</strong> potência mais eficiente acarretaria em um aumento <strong>de</strong> peso econsumo, do Módulo TX, não satisfatório com relação ao aumento do raio <strong>de</strong> ação correspon<strong>de</strong>nte. Assim,adotou-se a configuração atual <strong>de</strong> forma a satisfazer a maioria dos casos previstos pelas concessionária <strong>de</strong>energia, sem comprometer o peso e o consumo do <strong>equipamento</strong>.Em casos <strong>de</strong> teste <strong>de</strong> campo em que se necessite maior alcance, o procedimento normalmente utilizado éa medição <strong>de</strong> <strong>fases</strong> por trechos <strong>de</strong> linha.3 IMPLEMENTAÇÃOO circuito eletrônico que compõem o I<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> Fases po<strong>de</strong> ser dividido em duas partes quanto àtecnologia <strong>de</strong> operação. Uma parte analógica, constituída <strong>de</strong> circuitos como conversor A/D, fonte <strong>de</strong>alimentação, circuito <strong>de</strong> sincronismo com cristal oscilador, circuito <strong>de</strong> acoplamento e display <strong>de</strong> LEDs, que foiimplementada com componentes comerciais e <strong>de</strong> simples tecnologia, e outra parte em tecnologia digital, querealiza a operação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> <strong>fases</strong> propriamente dita. Esta por sua vez foi implementada em tecnologiaEPLD (Erasable Programmable Logic Devices) possibilitando circuitos com excelente repetibilida<strong>de</strong> <strong>para</strong>produção em série, com garantia <strong>de</strong> sigilo das principais informações do projeto e redução <strong>de</strong> área e número <strong>de</strong>componentes na placa <strong>de</strong> circuito impresso.Para implementação da parte digital do Equipamento I<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> Fases, <strong>de</strong>scrita a seguir, utilizou-seo dispositivo <strong>de</strong> EPM7064SLC44-10 da ALTERA, com 64 células lógicas.


3.1 MÓDULO TRANSMISSOR (TX)3.1.1 Circuito BASES DE COMPARAÇÃOO circuito BASES DE COMPARAÇÃO (Figura 05) tem como entrada o pulso <strong>de</strong> referência PF1 queativa um MONOESTÁVEL fazendo com que o sinal LED F1 passe <strong>de</strong> nível lógico 0 <strong>para</strong> nível lógico 1ativando o LED amarelo (0 Graus) no painel do Módulo TX. O sinal PF1 também tem a função <strong>de</strong> dis<strong>para</strong>r oCONTADOR o qual ativa os circuitos INICIA_J120, RESET_J120, INICIA_J240 e RESET_J240, que gerampulsos que ativam (in) e <strong>de</strong>sativam (clr) os monoestáveis, cujas saídas correspon<strong>de</strong>m às bases <strong>de</strong> com<strong>para</strong>çãoJ120 e J240 <strong>de</strong> acordo com a Figura 02. O estado ativado <strong>de</strong> J120 e J240 tem cerca <strong>de</strong> 4,0ms o que garante umacom<strong>para</strong>ção com certa margem <strong>de</strong> segurança em função <strong>de</strong> atrasos inerentes a <strong>de</strong>sbalanceamentos ocasionais dare<strong>de</strong>.Figura 05 – Circuito BASES DE COMPARAÇÃO (TX)3.1.2 Circuito COMPARADOROs sinais J120 e J240, gerados no circuito BASES DE COMPARAÇÃO, são então com<strong>para</strong>dos, emlógicas AND2, com o sinal PF2 (Figura 02), equivalente ao pulso <strong>de</strong> referência da fase conectada ao terminal F2.O resultado <strong>de</strong>sta com<strong>para</strong>ção é um pulso que atuará em um dos MONOESTÁVEIS cuja saída ativa umdos sinais LED F2 - vermelho 120 ou LED F2 - ver<strong>de</strong> 240, <strong>de</strong> acordo com o ângulo <strong>de</strong> fase do sinal PF2 comrelação ao sinal <strong>de</strong> referência PF1. O circuito correspon<strong>de</strong>nte aos sinais LED F3 é idêntico ao circuito da Figura06, a não ser pelo sinal <strong>de</strong> entrada PF3.Figura 06 – Circuito COMPARADOR (TX)3.1.3 Circuito MODULAÇÃOO sinal PF1 ativa o CONTADOR (Figura 07) quando estiver em nível lógico 1. Assim, é gerado o sinal<strong>de</strong> referência a ser transmitido, REF(F1), na saída do contador, <strong>de</strong> acordo com a Figura 02.Figura 07 – Circuito MODULAÇÃO (TX)


3.2 MÓDULO RECEPTOR (RX)3.2.1 Circuito BASES DE COMPARAÇÃOO circuito ilustrado na Figura 08 refere-se ao bloco BASES DE COMPARAÇÃO on<strong>de</strong>, da mesma formaque no Módulo TX, a lógica <strong>de</strong> funcionamento baseia-se num CONTADOR ativo pelo pulso <strong>de</strong> referênciaPREF, cujas saídas atuam em com<strong>para</strong>dores que ativam (in) e <strong>de</strong>sativam (clr) os monoestáveis, cujas saídascorrespon<strong>de</strong>m às bases <strong>de</strong> com<strong>para</strong>ção J0, J120 e J240 (Figura 04).Figura 08 – Circuito BASES DE COMPARAÇÃO (RX)3.2.2 Circuito COMPARADORAssim como nos circuitos COMPARADORes do Módulo TX, os sinais J0, J120 e J240 são com<strong>para</strong>dosem lógicas AND2 com o sinal RL (Figura 04), equivalente ao pulso <strong>de</strong> referência da fase local em análise.O resultado <strong>de</strong>sta com<strong>para</strong>ção resulta em um pulso que atua em um dos MONOESTÁVEIS cuja saídacorrespon<strong>de</strong> a um dos sinais LED F1, LED F2 ou LED F3, que por sua vez ativam os respectivos LEDs dopainel do Módulo RX.Figura 09 – Circuito COMPARADOR (RX)4 RESULTADOS OBTIDOSOs módulos do <strong>equipamento</strong> são construídos <strong>de</strong> forma a atingir os requisitos <strong>de</strong> segurança e robustez <strong>para</strong>trabalhos <strong>de</strong> campo (Figura 10). Para tanto, optou-se pela utilização <strong>de</strong> caixas plásticas resistentes e comvedação. O acesso à placa do Módulo TX é feito por meio <strong>de</strong> passadores do tipo “prensa-cabos” <strong>de</strong> modo a nãocomprometer a vedação. Outra característica é que as placas <strong>de</strong> circuito impresso e seus componentes estãofixados <strong>de</strong> forma a apresentar resistência mecânica contra impactos. Também utilizou-se <strong>de</strong> conectores isolados<strong>para</strong> acesso à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma a reduzir os riscos <strong>de</strong> choques elétricos. Quanto aos aspectos <strong>de</strong> operação, buscou-sesimplicida<strong>de</strong> na disposição dos painéis dos módulos, <strong>de</strong> forma que os mesmos não apresentem qualquer tipo <strong>de</strong>ajuste e fornecendo sempre uma leitura clara e direta da associação <strong>de</strong> cada fase a uma cor específica por meio<strong>de</strong> LEDs <strong>de</strong> alto brilho.


1 – Conectores tipo “jacaré”;2 – Cabo “multivelas” (4 vias);3 – “Prensa-cabo”;4 – Caixa plástica;5 – Display <strong>de</strong> LEDs;6 – Conector 4 vias.1 – Ponta <strong>de</strong> Prova;2 – Conector tipo “jacaré”;3 – Caixa plástica;4 – Display <strong>de</strong> LEDs;5 – Passador <strong>de</strong> borracha <strong>para</strong> vedação;6 – Cabos.Figura 10 –Módulos TX e RX do Equipamento I<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> FasesA Foto 01 apresenta o Kit I<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> Fases. À frente é exibido Módulo RX e o Módulo TXencontra-se acoplado à vara <strong>de</strong> manobra (acessório <strong>de</strong>senvolvido <strong>para</strong> facilitar a conexão <strong>de</strong>sse módulo à re<strong>de</strong> <strong>de</strong>distribuição <strong>de</strong> energia).Foto 01 – Equipamento I<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> Fase


Como exemplo <strong>de</strong> aplicação, a Figura 11 ilustra um tipo comum <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> distribuição on<strong>de</strong> oI<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> Fases po<strong>de</strong> ser aplicado.Figura 11 – Exemplo <strong>de</strong> aplicação5 CONCLUSÃOO <strong>equipamento</strong> I<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> Fases permite realizar tarefas <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> <strong>fases</strong> em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>baixa</strong>tensão (110/220V – 60Hz) <strong>de</strong> forma eficaz, prática e segura, com baixo custo e manutenção praticamenteinexistente. Um curto prazo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do projeto, em parte, se <strong>de</strong>ve ao fato do mesmo ter sidoimplementado com tecnologia digital EPLD, o que permitiu a construção <strong>de</strong> um <strong>equipamento</strong> leve, <strong>de</strong> pequenasdimensões, com excelente repetibilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produção em série e com garantia <strong>de</strong> sigilo das principaisinformações do projeto, além <strong>de</strong> que sua adaptação <strong>para</strong> outros sistemas é simples e rápida, sem havernecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alterações do hardware já <strong>de</strong>senvolvido.AGRADECIMENTOSOs autores agra<strong>de</strong>cem aos colegas do LACTEC José C. do Nascimento, Ivan Chueiri, Mário Klinkoski,R. Naliwaiko, Adilson M. da Luz, Márcio Rodrigues, Fernando Uada e Marcelo Charan, a Flávio E. Mog daempresa MO Engenharia, fabricante do <strong>equipamento</strong>, ao Sr. Ary Gioria da empresa FESP, que fornece osacessórios do <strong>equipamento</strong> e ao Sr. Cavalcante da empresa Ban<strong>de</strong>irante <strong>de</strong> Energia S.A. e, principalmente, aosfuncionários <strong>de</strong> campo da COPEL/DIS/SED/SEDGEO por todo o apoio técnico e cooperação nas diversas <strong>fases</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do <strong>equipamento</strong> I<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> Fases, sem os quais sua realização e este trabalho nãoteriam sido possíveis.


BIBLIOGRAFIA[01] Agência Nacional <strong>de</strong> Telecomunicações ANATEL, “Regulamentação sobre Equipamentos <strong>de</strong>Radiocomunicação <strong>de</strong> Radiação Restrita”, 1999;[02] ALTERA, “Data Books” e “Max+Plus II Getting Started”;[03] Amitava Dutta-Roy, “Networks for Homes”, IEEE Spectrum, Dec. 1999;[04] INTELLON, Power Line Communications Sistems, “User´s Manual for the P200/P300 EvaluationBoards”, 1999;[05] National Semiconductor, “Aplication Notes 146”, Jun. 1975;[06] Norma Técnica COPEL, “Materiais <strong>de</strong> Distribuição Padrão”, NTC 81, Rev. Set. 1992.[07] Norma Técnica COPEL, “Montagem <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Distribuição Urbana”, NTC 849, Rev. Set. 1992.[08] POWER Integrations, Inc., Data Sheet, “TNY253/254/255 TinySwitch Family”, Sep. 1998;

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