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ARTIGOSCadernos de Pesquisa e Extensão | Vol. 1 | N. 1 | Dezembro de 2010 | SemestralCEAC-CG: concretizando a atenção farmacêuticaatravés de projetos de educação em saúdeGisele São Pedro da SILVA 1Melissa Manna MARQUES 2Natália Linhares Coutinho SILVA 3Stefanie MENZEL 4Victor Hugo de Holanda Costa MARTINS 5RESUMO: A Atenção Farmacêutica, entendida como um modelo de prática profissional desenvolvida no contextoda Assistência Farmacêutica, tem por finalidade o uso racional de medicamentos, a efetividade do tratamentomedicamentoso e a redução dos possíveis problemas relacionados a medicamentos (PRMs). Na prática daAtenção Farmacêutica, o acompanhamento farmacoterapêutico foi inserido como uma forma de acompanharo desenvolvimento da farmacoterapia a partir de orientações contínuas prestadas pelo farmacêutico ao pacienteou ao seu cuidador, e documentação da evolução do paciente, sejam aspectos positivos ou negativos, comrelação ou não à farmacoterapia, havendo responsabilidade por parte do profissional farmacêutico, que detémos conhecimentos técnico-científicos e deve estar sempre atualizado, podendo intervir na farmacoterapia aopromover educação em saúde e ao trabalhar junto aos outros profissionais da área, principalmente junto aoprescritor. O projeto de extensão “Acompanhamento Farmacoterapêutico”, realizado no Centro de Extensãoe Assuntos Comunitários da UNISUAM – Campo Grande (CEAC-CG), propõe esta prática há cerca de trêsanos, envolvendo ações de Educação em Saúde com criatividade, práticas lúdicas e de baixo custo, utilizandolinguagem adequada ao público. Conta com a participação ativa do grupo de alunos do curso de Farmácia, quedesenvolve projetos que possam levar conhecimento à população atendida. Além da proposta de promoção eproteção da saúde, a oportunidade do projeto estimula a reflexão dos alunos acerca das condições e limitaçõesde cada paciente, tornando-os mais humanistas, críticos e reflexivos e, portanto, sendo uma experiência muitorelevante para a vida profissional e pessoal.Palavras-chave: Acompanhamento Farmacoterapêutico, Atenção Farmacêutica, Educação em saúde, ProblemasRelacionados a Medicamentos, Uso Racional de Medicamentos.ABSTRACT: Pharmaceutical Care, understood as a model of professional practice in the context of the PharmaceuticalAssistance, aims the Rational Drug Use, the effectiveness of the drug treatment and the reduction ofthe drug-related problems (DRPs). In the practice of the Pharmaceutical Care, the Pharmacotherapeutic Monitoramentwas inserted as a way to accompanying the development of the pharmacotherapy from continuousguidance provided by the pharmacist to the patient or his caregiver, and documentation of the patient evolution,whether positive or negative aspects, regarding or not to the pharmacotherapy. The pharmacist, who owns theknow-how and should always be updated, in order to promote health education may intervene in the pharmacotherapywhen working with other related professionals, especially with the prescriber. The extension project“Pharmacotherapeutic Accompanying" realized at the Extension and Community Affairs UNISUAM - CampoGrande (CG-ECAC) proposes this practice for about three years involving actions of Health Education withcreativity, entertainment practices and low-cost using appropriate language to the public. It involves the activeparticipation of a group of students of Pharmacy School, which develops projects that can bring knowledge tothe population served. In addition to the proposal of the promotion and protection of health, the project encouragesstudents to reflect on the conditions and limitations of each patient, making them more humanistic, criticaland reflexive and, therefore, it is an experience extremely relevant to their professional and personal life.Keywords: Pharmacotherapeutic Accompanying, Pharmaceutical Care, Health Education, Drug-relatedProblems, Rational Drug Use.1 Discente do curso de Farmácia da UNISUAM2 Docente do curso de Farmácia da UNISUAM3 Discente do curso de Farmácia da UNISUAM4 Discente do curso de Farmácia da UNISUAM5 Discente do curso de Farmácia da UNISUAM42UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta


Cadernos de Pesquisa e Extensão | Vol. 1 | N. 1 | Dezembro de 2010 | SemestralARTIGOSIntroduçãoO Centro de Extensão e Assuntos Comunitáriosda UNISUAM – Campo Grande(CEAC-CG) está localizado na Rua Alfredode Moraes, 548 – Lojas A e B, e oferece atendimentosgratuitos à população interessadanas áreas de Direito, Enfermagem, Farmácia,Fisioterapia, Nutrição e Serviço Social. Cadacurso tem seu respectivo projeto de extensão,mas sempre que possível realizam-se trabalhosmultiprofissionais.O curso de Farmácia participa do projetode extensão “Acompanhamento Farmacoterapêutico”,que consiste na realização doAcompanhamento Farmacoterapêutico (AFT)a um dos componentes da Atenção Farmacêutica(AF), promovendo a educação em saúdeatravés de conhecimentos interdisciplinarese práticas lúdicas como medidas educativas:potes ilustrativos, planos de utilização demedicamentos com melhor visualização ecompreensão da posologia a ser administrada(HAAS, 2007).De acordo com o Consenso Brasileiro, aAtenção Farmacêutica (AF) pode ser entendidacomo modelo da prática farmacêuticadesenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica,compreendendo atitudes, valoreséticos, habilidades, compromisso, co-responsabilidadena prevenção de doenças, promoçãoe recuperação da saúde de forma integradaà equipe de saúde. Baseia-se na ação direta doFarmacêutico com o usuário de medicamentos,visando à promoção do Uso Racional deMedicamentos (URM), à detecção dos ProblemasRelacionados aos Medicamentos (PRM)e à obtenção de resultados mensurados e definidosvoltados para a melhora da qualidade devida do usuário (OPAS, 2002).A promoção do URM é uma ferramentaimportante de atuação junto à sociedade, parasenão eliminar, minimizar os PRMs. (VIEI-RA, 2007).De acordo com a Organização Pan-Americanada Saúde, o uso racional ocorre quandoo paciente recebe o medicamento apropriadoà sua necessidade clínica, na dose e posologiacorretas, por um período de tempo adequadoe ao menor custo para si e para a comunidade(MARIN et al., 2003).O URM sugere também a diminuição daautomedicação por parte da população, atravésde medidas educativas e orientadas nomomento da dispensação dos medicamentos(MARQUES, 2008). Porém, o que se observa,mostra uma realidade bastante diferente. Pelomenos 35% dos medicamentos adquiridos noBrasil são feitos através de automedicação. Osmedicamentos respondem por 27% das intoxicaçõesno Brasil e 16% dos casos de morte porintoxicações são causados por medicamentos.Além disso, 50% de todos os medicamentossão prescritos, dispensados ou usados inadequadamente,e os hospitais gastam de 15a 20% de seus orçamentos para lidar com ascomplicações causadas pelo mau uso dos mesmos(AQUINO, 2008).O consenso Brasileiro de Atenção Farmacêuticadefiniu o AFT como uma metodologiada AF na qual o Farmacêutico é co-responsávelpelas necessidades relacionadas aos medicamentosdo usuário, por meio de orientações,detecção, prevenção e resolução dos PRMs, deforma sistemática, contínua e documentada,com objetivo de alcançar resultados definidose positivos quanto à adesão a farmacoterapia,buscando a melhoria da qualidade de vida dousuário (OPAS, 2002).Machuca et al. (2003) conceituaram PRMscomo problemas de saúde entendidos comoresultados clínicos negativos, derivados dafarmacoterapia que, produzidos por diversas43UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta


ARTIGOSCadernos de Pesquisa e Extensão | Vol. 1 | N. 1 | Dezembro de 2010 | Semestralcausas, tem como consequência o não alcancedo objetivo da farmacoterapia ou o aparecimentode efeitos indesejáveis (quadro 1).Quadro 1: Classificação de PRMs estabelecida noSegundo Consenso de Granada (2002) (DÁDER et al.,2008, p.53; FAUS et al., 2004; MACHUCA et al., 2003)Necessidade:PRM 1PRM 2Efetividade:PRM 3PRM 4Segurança:PRM 5PRM 6O doente tem um problema de saúde pornão utilizar a medicação que necessita.O doente tem um problema de saúdepor utilizar um medicamento que nãonecessita.O doente tem um problema de saúde poruma inefetividade não quantitativa damedicação.O doente tem um problema de saúdepor uma inefetividade quantitativa damedicação.O doente tem um problema de saúde poruma insegurança não quantitativa de ummedicamento.O doente tem um problema de saúdepor uma insegurança quantitativa de ummedicamento.De acordo com Delaporte et al. (2006),o farmacêutico, como profissional da saúdecom maior conhecimento e experiência emmedicamentos, aliado à facilidade de acessoda população a este profissional, torna-se apessoa mais indicada e habilitada para atuarentre o medicamento e o paciente, prestandoorientações e visando à farmacoterapia racional,adequada, eficaz e segura.Apesar disso, constatou-se que as dificuldadesencontradas pelos profissionaisfarmacêuticos na aplicação prática da AFrepresentam grande expressão dentro de suaatuação: existe a necessidade de estímulo e segurançados profissionais. Este estímulo deveser voltado aos acadêmicos e profissionaisrecém-formados, os quais possuem íntegra aenergia e o anseio de colaboração com a saúdeda comunidade (MIGUEL et al., 2005).A interação do acadêmico com a comunidade,utilizando os conhecimentos adquiridosnas disciplinas de formação na prática, identificandoproblemas e soluções relacionados aosmedicamentos, estimula o desenvolvimento,de forma consistente, de um espírito crítico,uma postura mais humanística e contextualizada,demonstra o importante papel dofarmacêutico junto à construção de um novomodelo de atenção à saúde e possibilita umaintervenção em busca da melhoria da qualidadede vida (EL-KHATIB et al., 2005).O Projeto de extensão contempla também“práticas lúdicas”, que são ações de participaçãofranca, criativa, livre e crítica, capaz depromover a interação social e tendo em vista oforte compromisso de transformação e modificaçãodo meio (ALMEIDA, 1987).Com o mesmo princípio de incentivo aoUso Racional de Medicamentos (URM) eeducação em saúde, a equipe ministra palestrasquinzenais sobre temas relevantes emsaúde no Centro Esportivo Miécimo da Silva(CEMS).O presente artigo teve por objetivo fazer umparalelo entre a literatura disponível a respeitoda AF e a experiência dos alunos de Farmácianestes cinco semestres (2007/2 – 2009/2) noCentro de Extensão e Assuntos Comunitáriosda UNISUAM – Campo Grande, a fim de exporas práticas de educação em saúde utilizadase como estas ferramentas têm contribuído44UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta


Cadernos de Pesquisa e Extensão | Vol. 1 | N. 1 | Dezembro de 2010 | SemestralARTIGOSpara a realização do projeto “AcompanhamentoFarmacoterapêutico”, corroborando paramelhor adesão dos pacientes à farmacoterapiae, consequentemente, à melhoria da qualidadede vida de cada um deles.Materiais e métodosPara a elaboração deste artigo, foi feitauma revisão bibliográfica no período de julhoa outubro de 2009, principalmente a partir deartigos publicados em revistas da área de saúde;também foram utilizados livros e sites de instituiçõesidôneas. E para o AFT no CEAC-CG,a metodologia foi baseada no Método Dáder(MACHUCA et al., 2003). O serviço foi oferecidoa qualquer paciente que utilizasse um oumais medicamentos; foi esclarecido como funcionae os benefícios que poderiam ser obtidospelo paciente. O paciente foi informado que oobjetivo é conseguir a máxima efetividade nafarmacoterapia prescrita.O acompanhamento dos pacientes envolvidosneste Projeto ocorreu semanalmente com opropósito de reduzir e sanar quaisquer PRMsque tenham sido ou que venham a ser identificadose, para isto, estimulou-se o URM.Os dados de análise referentes ao projeto“Acompanhamento Farmacoterapêutico”foram obtidos pela reunião dos registros doCEAC-CG entre o primeiro semestre de 2007e a terceira semana do mês de novembro de2009 (fichas de acompanhamento dos pacientese seus anexos). E documentados nas fichas denominadas:Histórico Farmacoterapêutico paraPacientes do CEAC-CG, Controle da PressãoArterial, Controle de Uso de Medicamentose Ficha de Evolução do Paciente. A pressãoarterial foi verificada em todas as consultasfarmacêuticas com esfigmomanômetro manuale estetoscópio.Dados referentes aos alunos do CEMS foramobtidos pelo registro de pressão arterial,com esfigmomanômetro manual e estetoscópio,e de glicemia capilar, com lancetador.A primeira consulta (primeira entrevista)serviu para coleta de dados, gerando um históricodo paciente. Nele estão contidos: nome <strong>completo</strong>,endereço, telefone, data de nascimento,estado civil, número de filhos, escolaridade,ocupação; pergunta-se a respeito dos hábitosdo paciente (como etilismo, dieta, tabagismo,praticante de atividades físicas e etc), registrando-sequalquer queixa (como náusea, vômito,cefaléia, diarréia, tosse, edema, coceira e etc),observação ou fato relatado pelo paciente, oususpeitado pelo farmacêutico enquanto conversacom o paciente.De acordo com a prescrição, os medicamentose suas posologias foram anotados, juntamentecom a forma de administração, em vistade possíveis divergências entre a orientaçãomédica e atitude do paciente. Avaliou-se o graude conhecimento e adesão à farmacoterapia.Durante toda a consulta, o farmacêuticoe os acadêmicos ficaram atentos a tudo que opaciente relata, mostraram interesse e responderamaos questionamentos. O consultórioonde o atendimento aconteceu é agradável,silencioso e os móveis estão dispostos de formaque aproxime o paciente do farmacêutico e dosacadêmicos, sendo todos simpáticos e receptivoscom os pacientes.Intervenção Farmacêutica é a ação do farmacêuticoque tem como objetivo melhorar oresultado clínico dos medicamentos, mediantea modificação da utilização dos mesmos. Estaintervenção aconteceu por meio de um plano deatuação, ou seja, um conjunto de intervençõesque o paciente e o farmacêutico em comumacordo se comprometeram a realizar para resolveros PRMs detectados (DÁDER et al., 2008;MACHUCA et al., 2003). Essa intervenção45UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta


ARTIGOSCadernos de Pesquisa e Extensão | Vol. 1 | N. 1 | Dezembro de 2010 | Semestralpode ser de duas formas: 1. Farmacêutico-paciente2. Farmacêutico-paciente-médico (DÁ-DER et al., 2008; MACHUCA et al., 2003).Para as práticas de educação em saúde voltadaspara pacientes do CEAC-CG e CEMS,foram necessários os seguintes itens: potesplásticos, papel, tesoura, fita adesiva, transparente,larga e canetas coloridas, para confecçãodos potes ilustrativos, e as fichas de Controlede Hipertensão e Plano Diário de Utilizaçãode Medicamentos. Além de palestras e oficinasrealizadas no CEMS e na UNISUAM.Para a realização do AFT no CEAC-CG,o Projeto foi submetido e aceito no Comitê deÉtica em Pesquisa (CEP) da UNISUAM. Baseou-seno Método Dáder, adaptando-o à rotinado CEAC (MACHUCA et al., 2003).Resultados e discussõesO projeto “Acompanhamento Farmacoterapêutico”foi iniciado no primeiro semestre doano de 2007. O primeiro desafio foi a divulgaçãodo CEAC e do papel social do curso defarmácia.Os pacientes atendidosO Projeto não restringiu os atendimentos aum determinado grupo de pacientes, ou seja, aproposta era oferecer AF Global, mas foi observadoque a maioria dos pacientes atendidos erahipertensa.As doenças crônicas, dentre elas a hipertensãoarterial, apresentaram um aumento significativonas últimas décadas, sendo responsáveispor um grande número de óbitos em todo opaís. Quando não tratada adequadamente,a hipertensão arterial pode acarretar gravesconsequências; está entre as mais frequentesmorbidades do adulto. Desse modo, a doençahipertensiva tem se constituído num dos maisgraves problemas de saúde pública (MAGNAet al., 2003).Dos 32 pacientes cadastrados, de 2007/1a 2009/2, 15 são idosos. Como relata Araújoet al. (2005), o cuidado com a saúde do idosodeve considerar o complexo processo de envelhecer,que ultrapassa barreiras fisiológicas,psicológicas e sociais, pois engloba a realidadeeconômica, cultural, o contexto familiar enecessidades de ações específicas. Amaral etal. (2006) ressaltaram que acompanhamentofarmacoterapêutico do paciente idoso é etapafundamental para a promoção do uso corretodos medicamentos.O avanço da idade reduz de forma progressivaa capacidade funcional e, com essas limitaçõesfisiológicas, a farmacocinética clínicadesta população sofre uma série de alteraçõesque interferem diretamente nos processos deabsorção, distribuição e eliminação dos fármacos,podendo as doses terapêuticas habituaisproduzir efeitos tóxicos e as reações adversasa medicamentos tornarem-se mais frequentes(BENVEGNÚ; FLORES, 2008).Educação em saúdeA proposição de medidas corretivas numafarmacoterapia só deve ser feita após se confirmaradequado grau de adesão à prescrição.De acordo com as dificuldades identificadas decada paciente através das consultas farmacêuticas,utilizam-se diferentes práticas de educaçãoem saúde; se ainda assim a farmacoterapia nãotiver o resultado esperado, a possibilidade denão adesão fica em segundo plano.Na primeira entrevista, geralmente as práticasiniciais voltadas para a educação em saúdeconsistem no esclarecimento das dúvidas dopaciente, da função do medicamento, como eleage no organismo e quais os problemas que podemser gerados pelo uso incorreto. O exposto46UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta


Cadernos de Pesquisa e Extensão | Vol. 1 | N. 1 | Dezembro de 2010 | SemestralARTIGOSestá de acordo com as conclusões de Magnaet al. (2003). Segundo os autores, o fato de ospacientes conhecerem de forma inadequada ouparcialmente os riscos da sua patologia podeser um fator que favorece a não adesão ao tratamento.Magna et al. (2003) concluíram ainda quegrande parte dos pacientes entrevistados em suapesquisa havia recebido algum tipo de orientaçãodos profissionais da saúde, mas supõe-seque as orientações oferecidas não foram efetivamenteabsorvidas ou compreendidas.O problema destas informações através dalinguagem verbal é que muitos não compreendem,é uma dificuldade cultural e social. Deacordo com Araújo et al. (2005), muitos fatoresinfluenciam no correto tratamento medicamentoso,como: capacidade de ler e escrever, desconhecimentosobre os medicamentos, númerode comprimidos tomados diariamente, localde guarda do medicamento, contexto familiar,dentre outros.Dacoreggio e Possamai (2007) ressaltaramque a questão comunicacional no campo dasaúde passa a não mais se reduzir a planejamentoe elaboração de produtos comunicativos,mas a se conformar como um conjunto maiscomplexo de processos, estratégias, táticas einventividades, entre os quais os produtos comunicacionaisconstituem apenas uma parte.Segundo Dáder et al. (2008, p.215), a comunicaçãoé um componente-chave para o alcancedos objetivos propostos. Um bom comunicadordeve se expressar com clareza, objetividade,cordialidade, amabilidade, acessibilidade, empatia,humildade. O olhar, o sorriso e o tom devoz fazem parte da comunicação não verbal quedeve ser empregada para auxiliar nesta tarefa.Propõe-se um processo educativo queabarque os seguintes aspectos: conhecer preliminarmenteas atitudes, crenças, percepções,pensamentos e práticas do paciente; incentivare permitir uma participação ativa dos pacientesno tratamento; saber escutá-los e buscar compreendê-los;utilizar uma fala que seja acessívelao paciente, trabalhando os aspectos cognitivose psicossociais; buscar o envolvimento da famíliano tratamento (MAGNA et al.; 2003).O uso de potes ilustrativos (figura 1) temse mostrado muito eficaz. É uma forma lúdicade incentivar o URM, pois chama a atenção dopaciente (e da sua família): é colorido, é artesanal,é criativo. Neles estão reunidas linguagemverbal e não verbal. Utiliza-se um pote por medicamento,dentro do pote são colocados todosos blisters.O pote contém figuras desenhadas de acordocom o horário: sol, quando o medicamentoé para ser administrado pela manhã; prato decomida, simbolizando a utilização no horáriodo almoço; sol se pondo, quando deve sertomado à tarde; lua, quando o medicamento épara ser administrado à noite; pessoa dormindo,indicando que é para ser utilizado ao deitar. Onúmero de comprimidos a ser administrado foiidentificado por bolinhas coloridas.Figura 1: Potes ilustrativos (vista superior): uma estratégiade educação em saúde.Além do exposto, Marques (2008) enfati-47UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta


ARTIGOSCadernos de Pesquisa e Extensão | Vol. 1 | N. 1 | Dezembro de 2010 | Semestralzou a importância do método por favorecer oentendimento dos usuários quanto à farmacoterapiaatravés da simplificação dos esquemasde administração dos medicamentos, com oauxílio dos potes ilustrativos, intensificando aadesão ao tratamento.Após a confecção dos potes, em umaplanilha de Controle de Uso de Medicamentos,registra-se a quantidade de comprimidospresentes nos blisters. Nas semanas seguintes,sempre que o paciente retornar à consultafarmacêutica, deverá trazer estes potes; oscomprimidos serão contados, suas quantidadesserão registradas nesta mesma planilha, eé possível saber se o paciente cumpriu quantitativamentea prescrição.Outra prática de educação em saúde adotadano CEAC é a elaboração de um plano diáriode utilização dos medicamentos. As mesmasfiguras utilizadas para o pote ilustrativo sãodesenhadas no plano, contendo o horário,seguido do nome da substância ativa do medicamentoe dose a ser administrada.Também é oferecido o Controle de Hipertensão,ideal para o paciente que temproblemas para lembrar se já tomou ou não omedicamento, evitando que ele não tome emcaso de dúvida ou tome em duplicata. Em algunscasos, é importante colocar a substânciaativa e, entre parentes, indicar qual o nome comercialdo medicamento, em vista de muitospacientes se confundirem.Resultados obtidos durante o Projeto AFTOs resultados referentes à 2009/2 foramreunidos até a terceira semana do mês de novembro.O quadro 2 demonstra o quantitativode cadastros realizados para o AFT e o total deatendimentos realizados por semestre.Quadro 2: Quantitativo de cadastros e atendimentos àpopulação por semestre (CEAC-CG)SemestreNúmero decadastrosrealizadosTotal deatendimentos2007/1 8 112007/2 3 112008/1 13 672008/2 5 812009/1 2 232009/2 1 182Entende-se por “paciente cadastrado”aquele que tem a ficha preenchida pelo cursode farmácia no CEAC-CG. Entende-se por“atendimento” qualquer prática realizada pelaequipe do Projeto em prol da promoção e proteçãoda saúde.Nestes três anos de funcionamento, 32pacientes foram cadastrados. Destes, 15 sãoidosos. Apenas 5 participaram de maneira efetivado AFT, onde 1 tinha idade inferior a 60anos. Esse pequeno número de pacientes tambémfoi enfatizado por Muñoz et al. (2006);os autores relatam que o serviço de AFT foioferecido a aproximadamente 100 pacientes,destes, 40 manifestaram interesse e aceitaramo registro dos dados, mas somente 5 participaramde maneira efetiva do AFT.Apesar de poucos, foi observada melhoradesão à farmacoterapia e compreensão daprescrição para todos os pacientes que permaneceramno Projeto do CEAC-CG; 80% destes48UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta


Cadernos de Pesquisa e Extensão | Vol. 1 | N. 1 | Dezembro de 2010 | SemestralARTIGOSpacientes relataram algum ponto positivo doAFT para qualidade de vida. Como resultadosdo AFT, foram relatados os casos de algunspacientes do CEAC-CG.Paciente 1: N.R.D. – 74 anos – sexo feminino.Pressão arterial sistólica elevada constante,impedindo a paciente de realizar a fisioterapia;no consultório farmacêutico, verificouse140x80mmHg. Hipertensa, controlava apressão arterial pela administração de atenolol50mg (1/0/0), hidroclorotiazida 25mg (1/0/0),enalapril 10mg (0/0/1). Prática de educaçãoem saúde utilizada: orientações pertinentes epotes ilustrativos (gráfico 1).Gráfico 1 - Evolução da Pressão Arterial (mmHg) porsemana - Paciente 1: N.R.D.Nas semanas posteriores, a pressão arterialse manteve ótima-limítrofe (classificação deacordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão,2006); a paciente teve alta da fisioterapiae não está mais em acompanhamento,embora tenha conquistado uma grande amizadecom os participantes do Projeto. Continuautilizando os potes ilustrativos.Paciente 2: P.C.R – 69 anos – sexo masculino.Foi encaminhado para o AFT por intermédiode outro paciente, já que apresentava umaferida no tornozelo de difícil cicatrização.Hipertenso, controlava a pressão arterial pelaadministração de anlodipino 5mg (1/0/1),atenolol 50mg (1/01), enalapril 10mg (2/0/2).Verificou-se pressão arterial sistólica elevada:170x80 mmHg. O paciente apresenta gota.49UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta


ARTIGOSCadernos de Pesquisa e Extensão | Vol. 1 | N. 1 | Dezembro de 2010 | SemestralPrática de educação em saúde utilizada: o pacienterecebeu uma indicação farmacêutica decomo tratar a ferida (uso tópico do creme depapaína 10% e óleo de semente de uva 5%),orientações pertinentes à hipertensão arterial,plano diário e potes ilustrativos (gráfico 2).Gráfico 2 - Evolução da Pressão Arterial (mmHg) porsemana - Paciente 2: P.C.R.pressão, podendo contribuir para hipertensãoarterial sustentada, como no caso deste paciente.O paciente ainda está em AFT; foi observada,nas últimas consultas, a reincidência daferida no tornozelo do paciente e, na semanado fechamento destes resultados, apresentousinais de gota.A ferida teve excelente cicatrização emalgumas semanas. Ao iniciar o acompanhamento,era notório que o paciente apresentavaresistência à farmacoterapia prescrita (PRM1); após intervenção, foi observado algum sucesso,porém constatou-se que o paciente vivecom muitos problemas pessoais, fazendo comque sua hipertensão seja de difícil controle.De acordo com o V Congresso Brasileirode Hipertensão Arterial (SOCIEDADEBRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2006),estudos evidenciam o efeito do estresse psicoemocionalna reatividade cardiovascular e daAs intervenções farmacêutico-paciente sãomais frequentes no CEAC-CG pela maioriados casos serem suspeitos de PRM 1 (o pacienteapresenta um problema de saúde pornão utilizar a farmacoterapia que necessita),em decorrência do não cumprimento ou cumprimentoparcial da farmacoterapia.Até o momento, o CEAC-CG teve apenasum caso em que a intervenção envolveu oprescritor, conforme detalhado a seguir.Paciente 3: A.L.O. – 36 anos – sexo masculino.50UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta


ARTIGOSCadernos de Pesquisa e Extensão | Vol. 1 | N. 1 | Dezembro de 2010 | SemestralO quadro 3 traz informações pertinentesa cada paciente, nas quais se baseiam essassuspeitas.Quadro 3: Observações a respeito dos supostos PRMsde cada paciente acompanhado no CEAC-CG (Referentesao período de 2007/1 a 2009/2)Foi registrada uma média de aproximadamente4,5 medicamentos por paciente cadastrado,uma elevada quantidade média secomparada a outras literaturas (BENVEGNÚ;FLORES, 2008).Os cinco medicamentos mais administra-Paciente 1N. R. D.Não foram detectados PRMs; mesmo assim o AFT trouxe para a paciente segurança na horada administração dos medicamentos por ter esclarecido suas dúvidas.Antes da intervenção, o paciente não tinha adesão à farmacoterapia (o problema de saúde nãoestava sendo tratado porque o paciente não utilizava o que necessitava – PRM 1 – e, portanto,percebe-se uma ineficácia quantitativa – PRM 4).Paciente 2P. C. R.Após incentivo do cumprimento da prescrição, percebe-se a dificuldade em manter a pressãoarterial normalizada. Não é um problema quantitativo, suspeita-se de PRM 3.A possibilidade de PRM 5 também não pode ser descartada: embora sejam sintomas subjetivos,o paciente se queixa de cefaléia e sonolência; estas queixas foram descritas nas bulasdos medicamentos como reações adversas. O paciente também relata edema, mas é provávelque esteja associado à elevação do ácido úrico conforme exames laboratoriais.Paciente 3A. L. O.Antes da intervenção, o paciente tinha adesão à farmacoterapia, mas não utilizava o quenecessitava e, portanto, o problema de saúde não estava sendo tratado (PRM 1), os medicamentosnão apresentaram o efeito desejado e, após substituídos, confirmou-se a ineficácianão quantitativa (PRM 3).Paciente 4C. D. M.A pressão arterial do paciente sempre esteve normalizada, mas o mesmo fazia uma grandeconfusão na hora da administração dos medicamentos: administrava o que não precisava(PRM 2) e deixava de administrar o que precisava (PRM 1). Com os potes ilustrativos, opaciente conseguiu cumprir a farmacoterapia prescrita.Paciente 5E. A.O paciente demonstrava resistência ao cumprimento da prescrição; tinha um problema desaúde por não utilizar a farmacoterapia que necessitava (PRM 1) e, portanto, este problemaera por uma ineficácia quantitativa (PRM 4). O uso do diurético hidroclorotiazida pode elevara glicemia, reduzindo a eficácia do tratamento da diabetes, o que constitui uma ineficácia nãoquantitativa (PRM 3).52UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta


Cadernos de Pesquisa e Extensão | Vol. 1 | N. 1 | Dezembro de 2010 | SemestralARTIGOSdos estão em ordem decrescente foram: Hidroclorotiazida,atenolol, enalapril, captopril,anlodipino.Os medicamentos cardiovasculares representarama categoria terapêutica mais comumenteusada, o que é explicado pela altaprevalência de doenças cardiovasculares entrea população idosa. O presente achado foi consistentecom outros estudos, como de Andradeet al. (2004), Castelo et al. (2004), Crozatti etal. (2002), Flores e Mengue (2005).Analisando-se as fichas preenchidas, asqueixas mais comuns foram sonolência, cefaléia,insônia e hipotensão ortostástica, edema.Confrontando medicamentos e queixasmais comuns, as mesmas podem ser resultadode reações adversas dos medicamentos, poisestão descritas em suas respectivas bulas, alémdisso, de acordo com Castelo et al., 2005,idosos apresentam frequentemente quadros deinsônia.ConclusãoO “Projeto Acompanhamento Farmacoterapêutico”constituiu uma experiência ímparpara a formação dos alunos envolvidos: vaimuito mais além do que mais um tópico nocurrículo. Poder vivenciar a realidade da AF,suas dificuldades em chegar ao paciente e suasrecompensas, por exemplo, ao constatar umapressão arterial controlada depois de algumaintervenção, aprendendo a adaptar a literaturaàs necessidades do CEAC-CG e pôr em práticaas teorias aprendidas em sala de aula.Juntos, o ensino e a extensão estimulamo olhar atento e humanizado do acadêmicopara o paciente, desenvolvem a capacidadede tomada de decisões e comunicação, essenciaispara a promoção da educação em saúde.A extensão é capaz de instigar a busca porrespostas e por mais conhecimentos, gerandopesquisas, que se difundem para mais e maisacadêmicos, tornando-se em ensino e gerandomais pesquisas.O carinho com os pacientes, como se fossemmembros da família, e toda a educação emsaúde a eles oferecida, em especial, aos idosos,que veem os “potinhos” como uma brincadeira,para a equipe, é uma forma de linguagempara o alcance da adesão à farmacoterapia e àpromoção do uso racional de medicamentos,que se revela positivamente na qualidade davida de um ser humano.53UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta


ARTIGOSCadernos de Pesquisa e Extensão | Vol. 1 | N. 1 | Dezembro de 2010 | SemestralReferências:ALMEIDA, P. N. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. 11ª edição. São Paulo: Loyola,1987. 295p.AMARAL, R. T. DO; CÁRNIO, E. C.; JÚNIOR, D. P. DE L.; NOGUEIRA, M. S.; PELÁ, I. R.;VEIGA, E. V.; A Farmacoterapia no Idoso: Revisão sobre a abordagem multiprofissional no controleda Hipertensão Arterial Sistêmica. Rev Latino-am Enfermagem, São Paulo, v.14, n.3, p.435-41, mai-jun, 2006.ANDRADE, M. A.; FREITAS, O. de; SILVA, V. S. da; Assistência Farmacêutica como Estratégiapara o Uso Racional de Medicamentos em Idosos. Semina Cienc. Biol. Saude, Londrina, v.25,p.55-63, jan.-dez. 2004.AQUINO, D. S. de; Por que o uso racional de medicamentos deve ser uma prioridade? Ciência &Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.13, p.733-736, 2008.ARAÚJO, T. L.; MOREIRA T.M.M.; VASCONCELOS F.F.; VICTOR, J.F.; Utilização medicamentosapor idosos de uma Unidade Básica de Saúde da Família de Fortaleza – CE. Acta PaulEnferm, Fortaleza, v.18, n.2, p.178-83, mai. 2005.BENVEGNÚ, L. A.; FLORES, V. B.; Perfil de utilização de medicamentos em idosos da zonaurbana de Santa Rosa, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.24, n.6,p.1439-1446, jun. 2008.CASTELO, A.; FILHO, J. M. C.; MARCOPITO, L. F.; Perfil de utilização de medicamentos poridosos em área urbana do Nordeste do Brasil. Rev Saúde Pública, São Paulo, v.38, n.4, p.557-64,2004.CIPOLLE, R.J.; STRAND, L.M.; MORLEY, P.C.; Pharmaceutical care practice: the clinician’sguide. 2ª edição. New York: McGraw-Hill, 2004. 394p.CORDEIRO, B. C.; LEITE, S. N. (org.). O farmacêutico na atenção à saúde. 2ª edição. Itajaí: Universidadedo Vale do Itajaí, 2005. 189p.CROZATTI, M. T. L.; FARHAT, F. C. L. G; OLIVEIRA, G. S. A. de; RIBEIRO, E.; ROMANO-LIEBER, N. S.; TEIXEIRA, J. J. V.; Revisão dos estudos de intervenção do farmacêutico no usode medicamentos por pacientes idosos. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.18, n.6, p.1499-1507,nov-dez, 2002.DACOREGGIO, M. S.; POSSAMAI, F. P.; A habilidade de comunicação com o paciente no processode Atenção Farmacêutica. Trab. Educ. Saúde, Criciúma, v.5, n.3, p.473-490, nov.2007/fev.2008.54UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta


Cadernos de Pesquisa e Extensão | Vol. 1 | N. 1 | Dezembro de 2010 | SemestralARTIGOSDÁDER, M. J. F.; MUÑOZ, P. A.; MARTÍNEZ, F.; Atenção Farmacêutica: conceitos, processose casos práticos. 1ª edição. São Paulo: RCN editora, 2008. 246p.DELAPORTE, R. H.; DOBLINSKI, P. M. F.; HOLBACH, D. M.; Estudo do conhecimento dosprofissionais farmacêuticos sobre a metodologia Dáder de Atenção Farmacêutica. Arq. Ciênc.Saúde UNIPAR, Umuarama, v.10, n.2, p.81-85, mai./ago., 2006.EL-KHATIB, S.; GRANJEIRO, P. A.; MEROLA, Y. de L.; Atenção Farmacêutica como Instrumentode Ensino. Infarma, v.17, nº 7/9, p.70-2, 2005.FARINA, S. S. ; ROMANO-LIEBER, N. S.; Atenção farmacêutica em farmácias e drogarias:existe um processo de mudança?. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 18, p. 7-18, 2009.FLORES, L. M.; MENGUE, S. S.; Uso de Medicamentos por Idosos em Região do Sul do Brasil.Rev Saúde Pública, Porto Alegre v.39, n.6, p.924-9., 2005.FREITAS, O.; PEREIRA, L. R. L.; A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva para oBrasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, São Paulo, v.44, n.4, out.-dez., 2008.HAAS, C. M.; Interdisciplinaridade: uma nova atitude docente. Olhar de Professor, Ponte Grossa,v.10, n.1, p.179-93. jul, 2007.MACHUCA, M; FERNÁNDEZ-LLIMÓS, F; FAUS, M.J. Método Dáder. Guia de SeguimentoFarmacoterapêutico. Granada: Universidad de Granada, 2003.MAGNA, M. J.; PÉRES, D. S.; VIANA, L. A.; Portador de hipertensão arterial: atitudes, crenças,percepções, pensamentos e práticas. Rev Saúde Pública, São Paulo, v.37, n.5, p.635-42,2003MARIN, N. J. et al.; Assistência farmacêutica para gerentes municipais. OPAS/OMS. Rio deJaneiro, 2003.MARQUES, M. M.; Atenção Farmacêutica: instrumento de educação em saúde no Programa deSaúde da Família. 101p. Dissertação de mestrado – UNIPLI, Niterói-RJ, 2008.MIGUEL, M. D.; MONTRUCCHIO, D. P.; OLIVEIRA, A. B.; OYAKAWA, C. N.; ZANIN, S.M. W.; Obstáculos da Atenção Farmacêutica no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas,Curitiba, v.41, n.4, out.-dez., 2005.MUÑOZ, I.J.; RODRÍGUEZ, E.; RUBIO, E. M.; Contribuciones a la implementación de unprograma de atención farmacéutica para paciente ambulatorio en un hospital de tercer nivel deBogotá D.C., II-2005. Rev. Col. Cienc. Quím. Farm., Bogotá Colômbia, v. 35 n.2, p. 149-167, 2006.55UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta


ARTIGOSCadernos de Pesquisa e Extensão | Vol. 1 | N. 1 | Dezembro de 2010 | SemestralNEVES, E. R. Z. Prática de Atenção Farmacêutica: Caminho para a profissionalização farmacêutica.Brasília-DF, 2005. Disponível em: . Acesso em: 5 out. 2009, 07:15.OPAS. Organização Pan-Americana de Saúde. Proposta: Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica.Atenção Farmacêutica no Brasil: “trilhando caminhos”. Brasília: OPAS, 2002.VIEIRA, F. S.; Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da saúde. Ciência& Saúde Coletiva, Brasília-DF, v.12, n.1, p. 213-220, 2007.56UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta

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